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Apresentação
Nesta aula, conheceremos o Sistema Interligado Nacional (SIN), composto pelas linhas de transmissão existentes que
interligam as diversas regiões do país, com extensão da ordem das centenas de milhares de quilômetros. Essas linhas são
abastecidas pelas usinas geradoras, hidrelétricas, térmicas etc., que estão todas conectadas ao SIN.
Com uma rede de transmissão extensa, é possível aproveitar os diversos recursos renováveis ou não das regiões e
aproveitá-los para maximizar a geração nos locais onde há mais abundância de recursos (como água, por exemplo) e
poupar os recursos em locais onde há escassez, sem prejudicar o abastecimento de energia elétrica.
Abordaremos também a programação a longo e curto prazo da geração com a metodologia para elaboração desta
programação e conheceremos as variáveis mais importantes para elaboração da programação diária da geração.
Objetivos
Descrever o Sistema Interligado Nacional.
Identificar a importância da geração e transmissão de energia para a segurança do fornecimento de energia elétrica.
Estas usinas geradoras de energia elétrica transmitem a energia ao sistema de transmissão para que ela seja disponibilizada
aos consumidores finais. Em nosso país, temos uma grande rede de transmissão de energia elétrica, chamada de Sistema
Interligado Nacional (SIN), que é constituído por quatro subsistemas:
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Sul Sudeste/Centro-Oeste
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( ) A geração de energia elétrica no Brasil é composta por usinas hidrelétricas, termelétricas, fazendas eólicas, fotovoltaicas,
que são todas estatais, com somente um proprietário: Ministério de Minas e Energia.
( ) A rede de transmissão de energia está interconectada por uma malha. Assim, podemos transferir energia entre as diversas
regiões do país e obter maiores ganhos pela exploração da diversidade entre os regimes hidrológicos e diferentes climas das
bacias hidrográficas.
( ) Nos últimos anos, tem ocorrido uma forte expansão da construção e comissionamento de fazendas eólicas especialmente
nas regiões Nordeste e Sul. Essas usinas têm contribuído fortemente para o mercado de energia nacional.
Atribuindo V para a sentença verdadeira e F para a sentença falsa, teremos a seguinte sequência:
a) F, V, V.
b) V, V, V.
c) V, F, V.
d) F, F, V.
e) V, F, F.
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Segundo informações do Operador Nacional do Sistema, temos os seguintes dados das capacidades instaladas no SIN em
2018 e sua projeção para 2023.
Ao analisar esses dados, percebemos a expansão crescente do setor de energia elétrica do Brasil. Para comportar este
acréscimo de geração previsto para 2023, será necessário o investimento na infraestrutura da rede de transmissão de energia
elétrica que compõe o SIN. Os valores da extensão dessa rede, em 2017, me quilômetros (Km), para 2023 são os seguintes:
Atividade
2. Analise as afirmativas a seguir, classificando-as como verdadeiras ou falsas.
( ) As linhas de transmissão do SIN são todas de corrente alternada (CA), pois sua construção e manutenção possuem menor
custo que as linhas de corrente contínua (CC).
( ) O mercado de energia brasileiro enfrenta crise e, por isso, a previsão para os próximos anos para a geração e a transmissão
de energia é de estagnação, não havendo previsão de qualquer acréscimo na geração e transmissão.
( ) A vantagem das usinas termelétricas é que elas trabalham com combustíveis cujas reservas são mensuráveis, garantindo a
geração futura e contribuindo para maior segurança do SIN.
Atribuindo V para a sentença verdadeira e F para a sentença falsa, teremos a seguinte sequência:
a) F, V, V.
b) V, V, V.
c) V, F, V.
d) F, F, V.
e) V, F, F.
O cronograma de expansão desses sistemas, ou seja, do
As capacidades dos reservatórios e seu estado atual de
comissionamento de novas usinas e novas linhas de armazenamento, previsões de carga das cidades e estados, a
transmissão. demanda nos próximos dias, meses, anos e década.
Análise das condições e previsões climáticas (se as condições
do tempo serão mais quentes ou mais frias) e previsões
meteorológica das chuvas nas bacias hidrográficas do sistema
integrado nacional para estimar as vazões e afluências dos
aproveitamentos hidrelétricos.
Programação mensal
O Programa Mensal de Operação Energética é elaborado em reuniões com a participação dos agentes comercializadores de
energia. Nesta reunião, são debatidos estudos de otimização e a simulação da operação mensal do SIN, que é dividida em
blocos semanais, nos quais são avaliadas as políticas de geração e a necessidade de importação de energia e, no caso de
excedente, a exportação de energia.
Para compor essa programação diária, o ONS precisa receber informações dos diversos agentes do SIN diariamente, além de
saber as previsões climáticas para o dia seguinte. Essas informações incluem:
Clique nos botões para ver as informações.
As eventuais paradas de funcionamento programadas ou de emergência precisam ser conhecidas pelo ONS para que o
despacho do dia seguinte não contabilize, para uma determinada usina, uma potência gerada, que naquele dia específico,
seja superior à capacidade de geração da usina, pela da parada dos equipamentos. As diversas usinas informam ao ONS
sua potência disponível, para o dia seguinte, através da Declaração de Disponibilidade citando quaisquer restrições
operativas na unidade geradora, suas causas e previsão de normalização.
A previsão climática impacta diretamente na demanda energética devido ao aumento do consumo de energia nos dias
mais quentes pelo do uso de aparelhos de ar-condicionado em outros para climatização ambiental. Para estimar as
afluências dos rios em função das chuvas, permitindo estimar a vazão, controlar melhor as cheias e gerenciar melhor os
requisitos em locais onde a água possui múltiplo uso (pesca, agricultura, navegação etc.).
Recursos não renováveis
Quando esta geração acontece por uso de combustíveis não
renováveis, os valores da matéria-prima (óleo, gás e outras)
para geração de energia são mais facilmente mensuráveis e,
assim, calculamos o custo do megawatt gerado.
Recursos renováveis
Quando a energia é gerada por recursos renováveis, a
mensuração é mais difícil. Para isso, foi estabelecido um
modelo em que o recurso não renovável recebe um valor
monetário para gerar, também, um megawatt de potência. A
água é usada como exemplo para o estabelecimento de um
valor para o volume de água capaz de gerar um megawatt de
potência.
A principal variável presente para o cálculo do valor da água é sua quantidade disponível nos reservatórios.
Quando o nível do reservatório está cheio e água é abundante, Nos períodos de estiagem, em que o nível dos reservatórios cai
o valor é mais baixo devido à grande oferta de água, e a oferta de água diminui, seu valor aumenta até o ponto em
resultando, nessas épocas, em um valor da água mais baixo que o preço para geração de energia da usina hidrelétrica
que o valor de geração das usinas termelétricas. supera o que é cobrado pelo megawatt gerado pela usina
termelétrica. Justificando, então, seu despacho.
Como o SIN é composto por usinas de diversos proprietários, ao estabelecer valores de geração por megawatt, o ONS pode
categorizar as usinas pelo seu custo de geração e compor despacho da programação diária pelo valor menor de megawatt
gerado. As usinas são despachadas em ordem crescente de custo até que toda a carga seja atendida.
Atenção
Um aspecto ainda não abordado em relação à programação da geração de energia elétrica do dia seguinte é que esse modelo foi
concebido com base em previsões futuras das condições do dia seguinte em função das diversas variáveis já citadas. Como
estamos falando de previsão futura estatística e como a potência envolvida é muito grande, os valores planejados para o dia
seguinte e os valores reais de potência demandada não são iguais.
Normalmente, como a base de dados com médias de chuva e temperatura do ONS abrangem períodos muito extensos, a
previsão é bem assertiva, com uma diferença muito pequena, não ocasionando problemas no SIN. Porém, ocorrem momentos
em que essa diferença é grande devido a fatores aleatórios, que podem ocorrer no dia seguinte, havendo déficit ou superávit de
geração de energia.
Sobra
Quando há sobra de geração, o gerador precisa ser desligado,
equilibrando a geração e a carga.
Falta
Quando há falta de geração, é necessário ligar mais geradores
ao SIN.
O setor elétrico brasileiro conta, desde 2008, com usinas destinadas a prover energia reserva para aumentar a segurança
e confiabilidade do SIN, estabelecidas pelo decreto 6353, que regulamentou esta contratação. A Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica CCEE passou a responder pela contratação desta energia e pela gestão da conta de
energia reserva. Essas usinas ficam prontas para gerar energia a todo o instante.
a) No Programa Mensal de Operação são debatidos estudos de otimização e a simulação da operação mensal do SIN, dividida em blocos
semanais onde são avaliadas as políticas de geração e a necessidade de importação de energia e, no caso de excedente, a exportação de
energia.
b) O propósito da programação diária da operação é gerenciar a operação do Sistema Interligado Nacional, tomando como base aspectos
de ordem técnica e econômica.
c) Para compor a programação diária de operação, o ONS precisa diariamente receber informações dos diversos agentes do SIN.
d) O estado de funcionamento dos diversos equipamentos das usinas geradoras e do sistema de transmissão e a previsão climática são
subsídios para elaboração da programação diária da operação.
e) O critério de ordem econômica de despacho das usinas hidrelétricas leva em conta a necessidade de arcar com o investimento
realizado para sua construção.
Notas
Referências
PINTO, Milton. Energia elétrica: geração, transmissão e sistemas interligados. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
Próxima aula
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