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JOELMIR A.

MAZON

DARIO CEBULSKI

PROJETO REVITALIZAÇÃO PARQUE NÚCLEO RESIDENCIAL 2000 –


GUARAPUAVA/PR

GUARAPUAVA

2010
Introdução

A população urbana vem crescendo cada vez mais nos últimos anos,
obrigando ao poder publico disponibilizar mais áreas para habitação. O
surgimento de novos bairros requer não só que a população disponha de uma
habitação para morar, como também áreas de lazer, como parques e praças,
melhorando assim a qualidade de vida das pessoas, desenvolvimento do
comercio local, além de melhorar o aspecto estético do bairro, levando a
valorização da área.

Este projeto tem como objetivo a revitalização de uma área localizada no


Núcleo Residencial 2000,no Bairro Morro Alto, em Guarapuava-PR. A região
abordada iniciou seu processo de urbanização à pouco tempo e dispõe de uma
população de classe média-baixa. Com a revitalização, espera-se melhorar a
qualidade de vida da população, dispondo não só a estes, como a toda a
população de Guarapuava e região mais um local de lazer, com possibilidade
de prática de esportes, melhor contato e respeito com a natureza, melhoria
estética e social, afastando jovens das drogas e violência.

Este projeto também visa à integração do parque com a APP da Escola


Municipal Prof Luiza Pawlina do Amaral, localizada em frente à área proposta à
revitalização/ criação do parque e de uma área florestal anexa ao bairro,
promovendo assim melhoria da educação em níveis de cidadania e ambientais,
propiciando campo para práticas de educação física e educação ambiental aos
alunos da escola, e tornando estes, também responsáveis na conservação do
parque e na conscientização dos moradores do bairro.
Projeto de revitalização de uma área do Núcleo Residencial 2000,
em Guarapuava-PR.

Segundo PISANI (2001), revitalizar significa tornar a vitalizar, dar nova


vida ou vigor a alguém ou alguma coisa (...) fazer intervenções em edifícios ou
áreas urbanas a fim de torná-los aptos a terem usos mais intensos, torná-los
atrativos para desencadearem atividades que garantam a vitalidade da área.

Localização

O município de Guarapuava localiza-se à Latitude Sul: 25º 23' 26''.


Longitude Oriental: 51º 27' 15'' Oeste - W. Greenwich na Região Sul do Brasil,
centro-oeste do Paraná, com 1120 m de altitude, terceiro planalto chamado
Planalto de Guarapuava. Faz limite ao norte com Campina do Simão, ao Sul
com o município de Pinhão, a leste com Prudentópolis e Inácio Martins e a
Oeste com os municípios de Candói, Cantagalo e Goioxim.

A área a ser implantado o projeto localiza-se no Bairro Morro Alto, no


Núcleo Residencial 2000 (Figura 1), cujas coordenadas geográficas são

Figura 1 -Prefeitura Municipal de Guarapuava, 2007 & Google®


456284.41 a Leste e 7195572.78 a Sul, na zona 22J – Universal Transverse
Mercator (UTM)

Aspectos geológicos

O Município de Guarapuava localiza-se na região centro-sul do Estado


do Paraná (Fig. 1), no terceiro planalto paranaense ou planalto de Guarapuava
(MAACK, 2002).

A composição geológica de um determinado local tem íntima relação


com as formas de apropriação e utilização desses recursos, nesse sentido,
torna-se fundamental tratar dos aspectos estratigráficos e petrográficos do
Município de Guarapuava, que se encontra inserido na Bacia Sedimentar do
Paraná. Esta se localiza no centro-leste da América do Sul cobrindo uma área
de aproximadamente 1.600.000 km², sendo que 1.000.000 km² integram o
território brasileiro, e o restante ocupa os territórios da Argentina, Uruguai e
Paraguai (PETRI & FÚLFARO, 1983).

Quanto aos aspectos litoestratigráficos o Município de Guarapuava,


situa-se sobre as rochas ígneas da Formação Serra Geral e, estritamente em
sua área leste, na Formação Botucatu, ambas do Grupo São Bento, formadas
durante a era mesozóica. Tal vulcanismo (fissural) gerou essencialmente
diferentes tipos de rochas ígneas, no qual, as rochas de natureza básica
(basaltos e andesitos toleíticos) predominam em aproximadamente 97,5% do
volume total, enquanto as rochas de natureza ácidas (riolitos e riodacitos
principalmente) correspondem a 2,5% do volume (MELFI, et al. 1988; NARDY,
et al.2002).

Diante disso, Nardy (1995) após estudar detalhadamente a Região


Central da Bacia do Paraná, identificou e classificou as rochas em quatro
unidades litoestratigráficas, quais sejam: Unidade Básica Inferior, Unidade
Básica Superior, Tipo Chapecó e Tipo Palmas. No Município de

Guarapuava, foi possível observar a ocorrência de três das quatro unidades


propostas por Nardy (1995). A área urbana do município é composta, quase
que exclusivamente, por riodacitos do Tipo Chapecó, sobrepostos aos basaltos
da Unidade JKSGB1 ou Unidade Básica Inferior. Estes ocorrem em uma faixa
ao longo da margem direita do Rio Cascavel e a sudeste formando a Escarpa
do Rio Jordão, além de predominarem fora do perímetro urbano de
Guarapuava. A Unidade JKSGB2 ou Unidade básica superior ocorre na região
que compreende o Distrito da Palmeirinha, e apresenta como característica
principal o fraturamento cerrado (MINEROPAR, 1992; NARDY, 1995).

Clima

Clima Subtropical Úmido Mesotérmico (Cfb) (Figura 2), classificação de


Köeppen (IAPAR, 1978), verões frescos (temperatura média inferior a 22°C),
invernos com ocorrências de geadas severas e frequentes (temperatura média
superior a 3°C e inferior a 18°C), não apresentando estação seca. A região
apresenta um clima Cfb (temperado).

Figura 2 - Carta climática do Paraná (IAPAR)

Hidrografia

A hidrografia do Paraná pode ser classificada em cinco


bacias hidrográficas (DO ESPIRITO SANTO, 2008) :
* Bacia do Rio Paraná, cujos afluentes mais importantes são os rios Piquiri e Iv
aí;

* Bacia do Rio Paranapanema, drenada pelos rios Pirapó, Tibagi,


das Cinzas e Itararé;

* Bacia do Rio Iguaçu, que tem como principais afluentes o rio Chopim, no sul d
o estado, e o rio Negro, no limite com o Estado de Santa Catarina.

* Bacia do Rio Ribeira do Iguape, cujas águas seguem para o rio Ribeira do Igu
ape.

* Bacia Atlântica ou do Litoral Paranaense, cujas águas seguem direto


para o Oceano Atlântico.

Guarapuava faz parte de três bacias hidrográficas do Rio Paraná, a do Rio


Piquiri, a do Rio Iguaçu, e a do Rio Ivaí. Os principais rios da cidade são o Rio Jordão,
e os rios Cascavelzinho, Girassol, Coutinho, Banana, Pinhão, Cavernoso e São João
(Nascente principal do Ivaí, junto com o Rio dos Patos).

Vegetação

A cidade de Guarapuava está situada na faixa de Floresta Ombrofila


Mista Montana e Submontana. Floresta com Araucária (HUECK, 1953),
Pinheiral (RIZZINI et al., 1988) e Floresta Ombrófila Mista (VELOSO et al.,
1991) são algumas denominações utilizadas na literatura para se referir às
formações florestais caracterizadas pela presença de Araucaria angustifolia
(Bertol.) Kuntze – Araucariaceae, espécie arbórea também conhecida como
pinheiro-do-paraná ou pinheiro-brasileiro.

Com copas corimbiformes e folhagem verde-escuro, essa espécie


encontra-se na floresta geralmente representada por indivíduos emergentes, os
quais imprimem um aspecto fitofisionômico próprio e muito característico à
Floresta Ombrófila Mista (FOM). Abaixo dos indivíduos emergentes podem
ainda ser observados outros três estratos, o arbóreo superior, o arbóreo inferior
e o arbustivo-herbáceo (KLEIN, 1979).

A FOM compreende as formações florestais típicas dos planaltos da


região Sul do Brasil, com disjunções na região Sudeste e em países vizinhos
(Argentina e Paraguai). Encontra-se predominantemente entre 800 e 1200 m
s.n.m., podendo eventualmente ocorrer acima desses limites (RODERJAN et
al., 2002). As áreas ocupadas pela floresta apresentam valores de precipitação
média situados entre 1500 e 1750 mm anuais e temperatura variável, sendo
que no verão as médias estão entre 20º e 21º C e no inverno entre 10º e 11º C
(KLEIN, 1960). De acordo com IBGE (1992), a FOM pode ser subdividida e
classificada em formação Aluvial, Submontana, Montana e Altomontana, em
função da latitude e altitude de ocorrência da vegetação.
Na última década do século XX, as áreas ocupadas pela FOM no sul do
Brasil foram bastante reduzidas. A exploração madeireira de Araucaria
angustifolia e de espécies consorciadas a ela, como por exemplo, a imbuia
(Ocotea porosa (Nees) L. Barr.), e a expansão de áreas agrícolas representam
alguns dos fatores responsáveis pela expressiva redução da área ocupada por
esse tipo vegetacional (BACKES, 1983).

Fauna

O Paraná tem fauna muito rica e diversificada com muitas espécies de


animais. Bons exemplos dessa espécies são a raposa-dos-pampas, a
jaguatirica, o guaxinim, o lobo-guará, e a ave símbolo do Estado, a gralha-azul,
que enriquecem a paisagem da região (SEMA-PR).

Raposa-dos-Pampas (Pseudalopex gymnocercus)

A raposa-dos-pampas é um animal típico da fauna paranaense e, atualmente,


se encontra na lista vermelha de animais ameaçados de extinção do Estado.
Seu peso varia de 4 a 6kg, e mede cerca de 90 cm, incluindo sua cauda, que é
longa e peluda. A alimentação desse onívoro é baseada em carne, pequenos
animais e roedores.

Jaguatirica (Leopardus pardalis)

A jaguatirica mede entre 95cm a 1,45 m e é típica da fauna paranaense. Seu


peso pode variar de 7kg a 15kg e se alimenta de pequenos roedores, além de
macacos, pacas, tatus, ouriços, carcaças, ovos e aves.

Lobo-guará ( Chrysocyon brachyurus)

O lobo-guará é um animal com pelo laranja-avermelhado, pode medir até


1,60m e pesar até 30kg. Sua alimentação é baseada em outros animais como
répteis, anfíbios, aves, além de alguns frutos. Tem ótima audição e costuma
sair para procurar alimento no fim da tarde ou início da manhã.

Gralha-azul (Cyanocorax caeruleus)

A gralha-azul é a ave símbolo do Paraná, mede cerca de 40cm e pesa


entre 180 e 260 gramas. Alimenta-se basicamente de pequenos insetos,
anfíbios, frutos e sementes. A ave é conhecida como plantadora de pinhão,
pois costuma enterrar a semente para comer em épocas de escassez de
alimento. Muitas vezes acaba esquecendo onde deixou e, consequentemente o
pinhão germina e dá vida a uma nova araucária.
Projeto – Situação atual da área proposta à revitalização do Parque

A área de 2,6 ha de parque e 7,8 ha de floresta (Figura 3) analisada


neste projeto situa-se em Guarapuava-PR, no Bairro Morro Alto, no Núcleo
Residencial 2000 (FIGURA 4), à cerca de 5 km do centro da cidade.

Figura 3 – Área analisada (Google®)

A situação atual é de abandono (conforme pode ser visto nos anexos),


haja vista que a região não dispõe de muita atenção da prefeitura municipal e
possui uma população de classe média-baixa.

O Residencial 2000 é coberto pela estrutura de luz, água e esgoto,


mesmo que não em sua totalidade. A estrutura viária é precária, dispondo de
ruas de chão batido com cascalho, esburacado e que gera grande transtorno a
população nos dias de chuva.
Figura 4 - Croqui atual da área

A área do parque (Figura 5), apesar de sua boa estética natural, está
em situação de abandono, com crescimento de vegetação desordenada, um
lago que recebe cargas de poluição, áreas de lazer inadequadas (campos para
a prática de esportes e parque precários) e falta de iluminação, tornando-se
chamariz para atividades de violência e uso de drogas.

A parcela florestal adjacente (Figura 3, 4 e Anexos) tornou-se via de


acesso a outros locais do bairro, colaborando também para atitudes ilícitas.
Esta faixa florestal é próxima ao cemitério do Morro Alto, o qual possui estudos
revelando que os córregos e nascentes deste local recebem carga poluidora de
necrochorume do cemitério, prejudicando a qualidade da água desta
microbacia, a do Rio Cascavelzinho e, portanto, na bacia do cascavel, que
por sua vez desagua na Bacia do Rio Jordão.
Figura 5 – Situação atual da área

No caso da vegetação, existe uma grande diversidade de espécies


típicas da Floresta Ombrofila Mista, não só na parcela florestais, como também
espalhadas ao redor do lago (Anexos). Algumas das espécies facilmente
encontradas são:

• Aroeira-vermelha (Schinus terenbintifolius);

• Bugreiro (Lithraea molleoides);

• Guavirova (Campomanesia xanthocarpa);

• Espécies da família Lauraceae;

Existem também linhas de palmeira-de-jerivá (Syagrus romanzoffiana),


mostrando que apesar do desmatamento, existiu também alguma intervenção
humana para a arborização no parque.
O descaso com o local também gera indignação da população. O caso
do morador Aníbal Moreira, 69 anos foi exposto à mídia em abril de 2010 ,pelo o site
www.redesulnoticiais.com.br:

“Da redação - “Seo” Aníbal Moreira, 69 anos, é um cidadão comum, dono de uma
micro-empresa na Avenida Moacyr Julio Silvestri. É um trabalhador como a maioria
dos guarapuavanos. Levanta bem cedo todos os dias para poder chegar cedo no
trabalho. Mora longe do centro da cidade, lá no Residencial 2000, um bairro que a
exemplo dos demais, necessita de muitas melhorias. O projeto inicial prometia
creches, ruas pavimentadas, áreas para esporte e lazer, farmácias, supermercados,
entre outras benfeitorias, mas muito nada disso saiu do papel. Morador no conjunto
há 10 anos, Moreira resolveu fazer a sua parte quando viu que não havia nenhuma
atividade recreativa que ocupasse o tempo vago de seus filhos. No lugar onde havia
mato em frente a sua casa construiu um parquinho infantil e um campo de futebol. Os
brinquedos foram feitos artesanalmente, a maioria de madeira. A limpeza e a
manutenção do parque chamam a atenção. “Não tenho o apoio de ninguém e cuido de
tudo isso nos finais de semanas”, diz. A rotina que se repete há cinco anos possibilita
que crianças da comunidade e da própria escola municipal tenham espaço para aulas
de educação física, para projetos oficiais existentes no Residencial 2000.”

Isto apenas corrobora a necessidade de revitalização desta área no


Núcleo Residencial 2000, conforme o plano a seguir.

Propostas para revitalização da área

Etapa arquitetônica/engenharia:

Conhecendo o panorama atual no qual se encontra a área e nas


necessidades possibilidades de melhoria, são propostas as seguintes etapas
para a implantação do processo de revitalização e melhoria do local:

1. Estacionamento: Conforme apresentado no croqui de planejamento


(Figura 6), será construído um estacionamento de cerca de 200m da
borda oeste da área, com 5% das vagas reservadas para idosos e
deficientes.

2. Calçadas: Serão construídas calçadas ligando a escola à área do


estacionamento até o final da área do parque, além de levar também a
entrada da trilha ecológica.

3. Lixeiras: Serão instalados 6 grupos de lixeiras para recicláveis e suas


respectivas cores (plástico, papel, orgânico, vidro, metal) na área do
parque e outras 6 na área da trilha ecológica.

4. Sinalização: Serão colocadas placas de sinalização no Parque e na


trilha ecológica.
5. Iluminação: Serão instalados 18 postes de iluminação, sendo 13 destes
nas áreas de calçadas e estacionamento e 5 para a área interna do
parque. A trilha não poderá ser acessada a noite.

6. Campos poliesportivos: Os campos atuais sofrerão reforma,


recebendo grama ou saibro (campo de futebol), com demarcação oficial
e será criada uma quadra poliesportiva de concreto para a prática de
vôlei, basquete ou futsal.

7. Novo Parquinho: Será construído um hexágono preenchido com areia


no qual serão instalados brinquedos infantis, como escorregadores,
balanças, etc.

8. Banheiros: Será construído um W.C. masculino e outro feminino na


área próxima à entrada do parque.

9. Quiosques: Serão instalados 4 quiosques com bancos e mesas de


concreto (com tabuleiro de xadrez embutido) em algumas destas.

10. Bancos: Serão colocados 10 bancos de ferro em toda a área do


parque.

11. Área de atividades físicas: Será construída uma área de 400m² com
equipamentos próprios para exercícios físicos de frente ao lago.

Etapa Ambiental

• Lagoa:

1. Remoção das taboas: As taboas (Typha domingensis),


apesar da importância ecológica (Anexos), não são de
interesse estético para um parque e terão de ser retiradas
ou controladas.

2. Localização de possíveis pontos de poluição: Será


realizado um estudo para localização de possíveis pontos
de poluição por esgoto na lagoa das residências ao redor.

3. Cercamento e impedimento de entrada de resíduos na


lagoa: Serão plantados arbustos ou cercas vivas ao redor
da lagoa, impedindo a deposição de lixo advindo do redor
da lagoa na mesma.

4. Proteção da sua nascente: Plantação de árvores na


borda da lagoa que anteriormente existiam taboas,
ajudando a manter a nascente da lagoa.
5. Construção de nova caixa vazão: Será construída uma
nova caixa de vazão/transbordamento adequada para
lagoa.

1. Área do Parque:

1. Capinagem: A vegetação tem que ser capinada,


melhorando o aspecto estético do parque.

2. Latas de Lixo: Serão instaladas 6 latas de lixo coloridas


(recicláveis) em toda a área do parque.

3. Sinalização: Serão colocadas placas de sinalização


educativas e informativas em todo parque.

4. Captação da água da chuva para galerias pluviais e


caixa de separação de óleo/água: Serão construídas vias
de escoamento da água da chuva e caixas separadoras
de óleo/água para efluentes vindos do estacionamento,
com propriedade coalescente.

2. Arborização:

1. Espécies nativas: Serão mantidas as espécies nativas


que se encontram no parque, e implantadas outras de
valor estético. Exemplos de nativas esteticamente
interessantes:

 Tabebuia alba;

 Ceiba speciosa;

 Erythrina falcata;

 Erythrina crista-galli,

 Senna macranthera.

 Bauhinia forficata

2. Novas espécies: Serão implantadas novas espécies,


desta vez exóticas em todo o parque, próximas à bancos,
quiosques, campos e calçadas (obedecendo o
espaçamento adequado). Algumas espécies que podem
ser implantadas no parque:

 Plátano: (Platanus sp)

 Acer: (Acer sp);

 Extremosa: (Lagerstroemia indica);

 Cinamomo: (Melia azedarach);

 Flamboryant: (Delonix regia)

3. Trilha ecológica (parte de engenharia e ambiental):

1. Oficialização da trilha: Os carreiros da área florestal


serão remanejados, tornando-se, a priori, uma trilha
para a prática de lazer e educação ambiental;

2. Proteção dos córregos e nascentes: Serão


localizadas e protegidas as nascentes de água desta
região, assim como os córregos;

3. Infraestrutura da trilha: Os caminhos das trilhas serão


planejados. Serão instaladas mini-pontes sob os
córregos, além de bancos para descanso, etc.

4. Placas educativas: Serão colocadas placas e


plaquetas com informações educacionais e
comportamentais aos visitantes, como também
informações sobre o meio ambiente de Guarapuava e
identificação de espécies de árvores, entre outros.

Etapa educacional e social

Escola Municipal Profª Luiza Pawlina do Amaral: A escola,


devido à proximidade (é limítrofe à area) deverá participar do
processo de revitalização e conservação do parque. Estará
prevista ampla aplicação da Educação Ambiental para os alunos,
formando cidadãos conscientes e torna-los responsáveis por
cuidar do parque, fazendo-os levar informações para suas casas
e motivando-os a serem fiscais de seus pais, familiares, vizinhos,
etc.
Comunidade:

1. A população do Residencial 2000 e arredor participará de


reuniões antes da implantação do projeto, participando do
processo, tendo voz ativa, propondo ideias e soluções ao longo
do tempo.

2. Será proposta a criação de uma associação de “Guardiões do


Parque”, a qual elegerá representantes moradores do Núcleo que
serão elo entre o bairro, a prefeitura e a mídia para garantir o bom
funcionamento e conservação do parque, denunciando atos
ilícitos (vandalismo, criminalidade, uso de drogas, etc.) e
propondo melhorias.

3. Será escolhido um final de semana o qual a própria população do


Residencial e os alunos da Escola Municipal Profª Luiza Pawlina
do Amaral plantarão as mudas das novas árvores do parque, sob
supervisão de um técnico, ao qual, cada morador será
responsável pela manutenção da mesma.

4. Profissionais da área ambiental, professores e acadêmicos do


terceiro grau e cursos técnicos da cidade de Guarapuava e região
poderão participar do processo, com trabalhos de manutenção,
pesquisa e educação ambiental.

5. A área esportiva e de lazer poderá ser usado por eventos


esportivos.

Projetos alternativos/ adjacentes.

• Asfaltamento: O bairro necessita urgentemente de asfaltamento de


suas ruas. Como exposto anteriormente, as ruas são de terra batida com
cascalho (Anexos) e causam transtorno como bairro e poeira. Junto com
o projeto do parque, deve-se implantar um projeto de asfaltamento do
bairro, ou pelo menos, dos arredores do parque.

• Revitalização da rotatória da Avenida das Profissões: A rotatória da


Avenida das Profissões(Figura 7.) poderia ser revitalizada, com o plantio
de flores ou a instalação de um monumento, tornando-se um ponto de
referência e turístico do bairro.

Figura 6 - Croqui do projeto implantado

Figura 7 - Rotatória da Avenida das Profissões


Cronograma

2010 2011

Atividades D J F M A M J J A S O N D

Aprovação

do Projeto X

Inicio das X X X X
obras de
engenharia

Iluminação X X

Quadras e X X
campos

Etapa X X X X X
ambiental
(Lagoa)

Etapa X X X X X
ambiental
(área do
Parque)

Etapa: Trilha X X X X X X X X
ecológica

Integração X X X X X X X X X X X X X
com escola

Integração X X X X X X X X X X X X X
com a
comunidade

Dia do X
plantio de
árvores

Asfaltamento X X

Inaug. do X
Parque e da
trilha
ecológica

Conclusões
Parafraseando o Art. 225 da Constituição Federal, “todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para ás presentes e futuras
gerações”.

A implantação de medidas estruturais, como pavimentação, iluminação,


quadras, dentre outros, melhoraram o tráfego de veículos e deslocamento das
pessoas. Afastam a os jovens da violência e das drogas, levando-os a práticas
de esporte e lazer, e ainda a integração entre comunidade e escola na
conservação ajudam ainda mais no sucesso deste projeto.

A área deste proposto Parque tem todas as condições de proporcionar a


população do Nucleo Residencial 2000, do Bairro Morro Alto e do Município de
Guarapuava, mais um local de lazer, o qual se pode desfrutar da natureza,
praticar esportes ou apenas reunir-se com os amigos e conversar, numa tarde.
Basta que todos os envolvidos tornem esta proposta real.

A implantação de um parque como este, não só melhora as condições


de lazer e saúde da população de um bairro ou cidade, como também melhora
a autoestima destas pessoas, atraindo também mais pessoas, comércio e
auxilia na valorização do bairro, melhorando consequentemente o índice de
desenvolvimento humano.

Referências Bibliográficas
PISANI, Maria Augusta Justi, Projeto de Revitalização em Edifícios. <

http://www.cefetsp.br/edu/sinergia/5p4c.html> acessado em 21/10/10.

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DO ESPIRITO SANTO JR, Clóvis. Atlas do Paraná, O uso de novas


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REDESUL NOTÍCIAS, Sem apoio, morador constrói parque infantil para a
comunidade.http://www.redesuldenoticias.com.br/noticia.asp?
id=27284&t=Sem+apoio,+morador+constr
%F3i+parque+infantil+para+a+comunidade . Acessado em 02/11/2010.

Anexos
Rua em Frente a escola

Vista geral do parque


Vista superior do parque

Campo improvisado
Ca

Campinho improvisado
Trilha improvisada
Vista aérea da área do parque

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