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Apresentação
Nesta aula, abordaremos os tipos de subestações existentes, para tensões acima e abaixo de 69KV. Destacaremos as
subestações da distribuição abaixo de 69kV, que representam a maioria das subestações instaladas. Ao final, trataremos
da documentação necessária para ligação nova da subestação.
Objetivos
Descrever os tipos subestações;
Palavras iniciais
A subestação compreende o local onde serão instalados os
equipamentos para redução ou aumento do nível de tensão
e os equipamentos de medição e controle da energia,
podendo ser abrigada, quando é empregada em obras civis
para construção de local fechado em alvenaria ou
desabrigada, ao tempo, podendo ser simplificada para
consumidores da distribuição ou para grandes subestações
da transmissão e subtransmissão.
Subestação da Light da Zona Industrial de Santa Cruz. Fonte: Agência Brasil.
Legenda:
LT – Linha de Transmissão
EL – Vão de entrada de linha
SL – Vão de saída de linha
B1 – Barramento média tensão
B2 – Barramento alta tensão
TR – Vão de transformador
BC – Vão de regulação
AL – Vão de alimentação
D – Disjuntor
Rd – Relé diferencial
Diagrama unifilar de subestação 69KV.
Analisando o diagrama, verificamos dois circuitos de alimentação em paralelo, que, por uma questão de confiabilidade,
correspondem a um reserva, que somente é utilizado em caso de falta do primeiro.
Os transformadores para esta classe de tensão possuem comutadores automáticos para chaveamento do tap do secundário,
que serve para alterar a relação de transformação para que, se a tensão de entrada for inferior a nominal, a saída possa ter
tensão nominal.
Em alguns casos, é comum a instalação de transformadores reservas, que são interligados ao sistema em caso de defeito,
com potência suficiente para atender toda a carga. No caso de subestações com maior potência, ela é dividida por alguns
transformadores, tendo, neste caso, somente um reserva.
Também são instalados os TC e TP para a medição e proteção do sistema, acoplados aos diversos relés das subestações.
Subestações simplificada
Modalidade mais simples para consumidores, em que a potência demandada não ultrapassa os 300KVA, e a proteção geral é
feita por fusíveis na alta tensão. Nesse tipo de subestação, o transformador é instalado diretamente no poste, com disjuntor
somente no lado de baixa tensão, acondicionada em padrão conforme a concessionária local.
Junto ao padrão, é instalado o aterramento, que também segue normas específicas de cada concessionária, como a
quantidade e espaçamento das hastes e a bitola do cabo do aterramento. A medição é realizada no lado de A. T., em medidor
inacessível ao consumidor, sendo instalado do lado B. T. apenas um mostrador com os principais parâmetros de medição.
Veja, a seguir, um esquema da subestação simplificada padrão concessionária LIGHT S.E.S.A., no Rio de Janeiro.
Padrão de montagem MT de subestação simplificada LIGHT.
Subestação simplificada
abrigada
Outros projetos de subestação simplificada podem ser
montados após apresentação junto à concessionária e
obtenção da aprovação. Um desses projetos alternativos
pode ser a instalação de subestação em um pavimento
subsolo ou em um pavimento acima do térreo, mantendo-se
a proteção do lado de A. T. através de chave fusível, em que
os equipamentos são instalados dentro da edificação,
protegidos do tempo, em local de alvenaria ou com outro Para-raios de linha.
material incombustível.
Mesmo nesses casos, a proteção geral no lado de A. T. ainda é feita por chave fusível, sendo necessário instalar para-raios de
linha e seccionadora sobre o transformador.
Nestes casos, as premissas de segurança devem ser observadas conforme a NR-10 do MTE, (Segurança em Instalações com
Eletricidade), como:
Deve haver barreiras físicas compostas por grades, que podem ser
removidas em casos de manutenção, impedindo o acesso ao
transformador e às partes com alta tensão (13,8KV), cuja distância da
grade até a parte viva seja suficiente para que não ocorra
centelhamentos perigosos.
Essa distância também deve ser ponderada no momento da especificação da grade para não permitir que segmentos
corporais possam atravessa-la e estar a uma distância perigosa da parte viva.
Subestação simplificada abrigada.
Subestação simplificada
blindada
Também se trata de projeto especial da concessionária, que
deve ser autorizado antes da montagem. Sua característica
principal é a construção de um cubículo de chapa metálica
fechado por todos os lados, onde o ramal de entrada é
obrigatoriamente subterrâneo.
Sua construção é feita de alvenaria e laje, por ter custo final inferior a outros materiais e oferecer a resistência
mecânica necessária, além de ser incombustível. No entanto, outros materiais que atendam a esses requisitos podem
ser utilizados. O projeto padrão da concessionária prevê a construção da subestação no pavimento térreo, podendo,
mediante justificativa, a construção no primeiro pavimento acima ou abaixo do térreo.
Os transformadores da subestação devem ser separados por barreiras físicas, assim como a entrada de cabos com o
disjuntor de média tensão. Deve haver chave seccionadora a montante do disjuntor de média tensão e a montante de
cada transformador, cuja abertura somente pode ser realizada sem carga como forma de confirmação visual da
interrupção do circuito.
Da mesma forma que a subestação simplificada abrigada, devem ser instaladas barreiras físicas compostas por
grades e telas metálicas, vazadas, aterradas para resguardar as pessoas que entram na subestação contra contato
acidental com a parte viva e manter distância segura para evitar uma proximidade que cause um centelhamento
perigoso. Essas recomendações encontram-se na NR -10 do MTE.
As dimensões da subestação devem obedecer ao projeto da concessionária, mas, como regra, devem permitir a livre
circulação das pessoas autorizadas do consumidor ou da concessionária e a retirada ou instalação de equipamentos,
inclusive os transformadores, que são de maior porte.
Subestação blindada
Procedimentos para ligação de subestações
Os procedimentos para ligação de subestação em média tensão são definidos pela ANEEL e repassados às concessionárias de
energia. Como base, abordaremos os procedimentos para aprovação de ligação nova estabelecidos pela LIGHT S.E.S.A no Rio
de Janeiro. Para outras concessionárias, deve ser realizada consulta aos procedimentos necessários, que apresentam poucas
variações.
Construção da subestação
Após a aprovação do projeto e a autorização da montagem, o cliente deve construir a subestação
conforme os requisitos do projeto da concessionária, seguindo as normas técnicas pertinentes. A
concessionária se reserva ao direito de não ligar o ramal de entrada se o projeto da subestação tiver
quaisquer alterações não acordadas previamente.
O cliente é responsável pelos equipamentos fornecidos pela concessionária para medição. Além disso, é responsável pela
conservação do local da medição, quando esta é feita dentro das instalações do consumidor. Em casos especiais, é solicitado
ao consumidor que ceda espaço para construção de local para abrigar equipamentos de medição, proteção e derivação ou
outros.
Atenção
Obrigatoriamente, os serviços em subestações devem ser realizados por profissional qualificado, com habilitação comprovada
por seu conselho de classe, juntamente com a emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) devidamente quitada
e procuração emitida pelo proprietário de local de instalação, habilitando o profissional a cuidar da ligação nova junto à
concessionária.
Documentação necessária
Veja a seguir a relação de documentação que deve ser apresentada, lembrando que esta é a documentação requisitada pela
LIGHT S.E.S.A no Rio de Janeiro.
Para outras concessionárias, deve ser feita uma consulta prévia da documentação.
Pessoa Jurídica
Pessoa Física
Subestação convencional
Atividades
1. Complete as lacunas das sentenças sobre as subestações com tensão maior que 69kV.
Os transformadores para esta classe de tensão, possuem _______________ automáticos para chaveamento do tap do secundário,
que serve para alterar a relação de_______________ .
Em alguns casos, é comum a instalação de transformadores ____________, que são interligados ao sistema em caso de defeito
de outro, com __________ suficiente para atender toda a carga.
a) 200kVA.
b) 250kVA
c) 300kVA
d) 150kVA.
e) 100kVA.
I. Deve ser construída no limite com a via pública ou recuada em local mais próximo possível dentro das instalações do
consumidor.
II. O ramal de entrada pode ser aéreo ou subterrâneo quando a subestação é recuada.
III. Os projetos da concessionária para subestação convencional preveem a construção da subestação no pavimento térreo, no
primeiro pavimento ou no subsolo.
Atribuindo V para verdadeiro e F para falso, assinale a alternativa com a sequência correta:
a) V, V, V.
b) V, F, V.
c) F, V, V.
d) V, V, F.
e) V, F, F.
Notas
Título modal 1
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Referências
Barros, Benjamim Ferreira, Gedra, Ricardo Luís. Cabine Primária - Subestações de alta tensão de consumidor. São Paulo: Érica,
2011.
MAMEDE, João Filho. Proteção de sistemas elétricos de potência. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
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