TCC EUDES GONCALVES Final

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE CONSELHEIRO LAFAIETE – CES-CL
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
MONITOR DE TENSÃO PARA ANÁLISE DE QUALIDADE DA

ENERGIA ELÉTRICA E DETECÇÃO DE SURTOS ELÉTRICOS
EUDES GONÇALVES
CONSELHEIRO LAFAIETE – MG
2023
EUDES GONÇALVES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Centro de Ensino Superior de Conselheiro
Lafaiete – CES-CL, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Elétrica.
Orientador(a): Prof. Esp. Adão Henrique Soares

Alves
CONSELHEIRO LAFAIETE – MG
2023
EUDES GONÇALVES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Centro de Ensino Superior de Conselheiro
Lafaiete – CES-CL, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Elétrica.
Data de aprovação: 24 de junho de 2023.

Conselheiro Lafaiete, MG
_________________________________________________________
Orientador(a): Prof. Esp. Adão Henrique Soares Alves
_________________________________________________________
Profa. MSc. Thamires Aparecida dos Santos Lopes
_________________________________________________________
Prof. MSc. Maycon Júnior da Cruz Silva
Dedico este trabalho aos meus amigos e
familiares que compartilharam comigo o
entusiasmo pela busca do conhecimento.
AGRADECIMENTOS
Gostaria de expressar meus sinceros agradecimentos a todos que contribuíram para a conclusão
deste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
Agradeço em primeiro lugar a Deus e aos meus orientadores, pela orientação valiosa, apoio
constante e insights cruciais que foram fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho.
À minha família, que sempre esteve ao meu lado, oferecendo incentivo, compreensão e apoio
incondicional. Vocês foram a força motriz por trás de minha jornada acadêmica.
Aos professores e colaboradores da instituição, pelo conhecimento compartilhado, desafios

propostos e pela criação de um ambiente propício ao aprendizado.
Aos amigos e colegas de curso, pela troca de experiências, ajuda mútua e momentos
compartilhados ao longo dessa jornada acadêmica.
Aos participantes das coletas de dados e colaboradores externos que contribuíram para o
sucesso das análises e conclusões apresentadas neste trabalho.
Por fim, agradeço a todos que, direta ou indiretamente, fizeram parte desta trajetória, tornando
possível a realização deste trabalho acadêmico.
Muito obrigado a todos!

“Não podemos fazer nenhuma grande coisa -
só coisas pequenas com grande amor”. (Santa
Teresa de Calcutá)
RESUMO
Esse trabalho aborda o desenvolvimento de um protótipo para monitoramento de tensão

elétrica, revelando surtos e oscilações no fornecimento de energia. A montagem física inclui
uma Placa de Circuito Impresso (PCI) e a programação em C/C++ para coleta de dados,
indicando períodos normais, críticos e precários. A análise envolveu a criação de gráficos e
tabelas para diferentes localidades, destacando desafios na qualidade do serviço elétrico, como
interrupções e variações de tensão. A diversidade de regiões urbanas e rurais revelou padrões
distintos, apontando para a necessidade de estratégias de melhoria no fornecimento de energia.
A qualidade da energia elétrica fornecida pode provocar prejuízos aos consumidores devido a
interrupções e oscilações. Nesse contexto destaca-se a importância do monitoramento da
energia elétrica para avaliar o serviço das concessionárias. A proposta de um monitoramento
abrangente da tensão elétrica em várias localidades, detalhando a montagem do protótipo e sua
capacidade de coletar dados durante falhas de energia se provou possível e viável. Destaca a
análise dos dados, com fórmulas para períodos de energia normal, precária e crítica. A coleta
de dados em diversas localidades evidencia desafios na manutenção da qualidade do
fornecimento de energia, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes na
gestão do serviço elétrico.
Palavras-chave: Monitor de tensão. Protótipo. Qualidade de energia elétrica. Oscilações de

tensão. ZMPT 101b.
ABSTRACT
Theis work addresses the development of a prototype for monitoring electrical voltage,
revealing surges and fluctuations in power supply. The physical assembly includes a Printed
Circuit Board (PCB) and programming in C/C++ for data collection, indicating normal, critical,
and precarious periods. The analysis involved creating graphs and tables for different locations,
highlighting challenges in the quality of electrical service, such as interruptions and voltage
variations. The diversity of urban and rural regions revealed distinct patterns, pointing to the
need for improvement strategies in power supply. The quality of supplied electrical energy can
cause losses to consumers due to interruptions and fluctuations. In this context, the importance
of monitoring electrical energy to assess the service provided by utilities is emphasized. The
proposal for comprehensive monitoring of electrical voltage in various locations, detailing the
prototype assembly and its ability to collect data during power outages, has proven to be feasible
and viable. It highlights the data analysis, including formulas for normal, precarious, and critical
energy periods. The data collection in different locations highlights challenges in maintaining
the quality of energy supply, contributing to the development of more effective strategies in the
management of electrical services.
Keywords: Voltage monitor. Prototype. Electrical power quality. Voltage fluctuations. ZMPT
101b.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01 - Thales de Miletus............................................................................................... 20

FIGURA 02 - George Westinghouse e Nikola Tesla ............................................................... 21
FIGURA 03 - Georg Simon Ohm ............................................................................................. 22
FIGURA 04 - Tipos de conversão de energia ........................................................................... 23
FIGURA 05 - Sistema de geração e transmissão elétrica ......................................................... 25
FIGURA 06 - Frequência equivalente de interrupção de carga ................................................ 26
FIGURA 07 - Duração equivalente de interrupção de carga. [min] ......................................... 26
FIGURA 08 - Comportamento de uma onda senoidal durante um surto de tensão ................. 27
FIGURA 09 - Raio atingindo rede elétrica. .............................................................................. 29
FIGURA 10 - Queima por sobretensão transitória ................................................................... 31
FIGURA 11- Pinagem atmega 328p ......................................................................................... 32
FIGURA 12 - ESP 32 pinagem ................................................................................................. 33
FIGURA 13 - Diagrama de blocos do microcontrolador ESP32.............................................. 34
FIGURA 14 - RTC DS3231...................................................................................................... 35
FIGURA 15 - ZMPT101b......................................................................................................... 36
FIGURA 16 - Tecnica de quantização ...................................................................................... 38
FIGURA 17 - Diagrama esquemático ...................................................................................... 41
FIGURA 18 - Diagrama esquemático monitor de tensão ......................................................... 42
FIGURA 19 - Erro no salvamento dos dados ........................................................................... 43
FIGURA 20 - Dados salvos corretamente ................................................................................ 43
FIGURA 21 - PCI ..................................................................................................................... 45
FIGURA 22 - Componentes soldados ...................................................................................... 46
FIGURA 23 - Fonte AC/DC ..................................................................................................... 47
FIGURA 24- Placa de carregamento ........................................................................................ 48
FIGURA 25 – Fluxograma de tratamento de dados ................................................................. 50
FIGURA 26 - Coleta de dados normais .................................................................................... 51
FIGURA 27 - Dados anormais ................................................................................................. 52
FIGURA 28 – Falta de Energia ................................................................................................ 54
FIGURA 29 – Monitor iniciando.............................................................................................. 77
FIGURA 30 – Monitor operacional .......................................................................................... 77
FIGURA 31 – Led’s de sinalização .......................................................................................... 78
FIGURA 32 – Visão interna superior ....................................................................................... 78
FIGURA 33 – Visão geral......................................................................................................... 79
FIGURA 34 – Erro no cartão de memoria ................................................................................ 79
LISTA DE TABELAS
TABELA 01– Níveis de tensão................................................................................................. 28

TABELA 02 – tensão de operação do refrigerador Electrolux. ................................................ 31
TABELA 03 – Dados no Excel................................................................................................. 49
TABELA 04 – Preço dos componentes .................................................................................... 64
TABELA 05 – Joselândia ......................................................................................................... 75
TABELA 06 – Ubá ................................................................................................................... 75
TABELA 07 – Rezende Costa .................................................................................................. 75
TABELA 08 – Rio Espera ........................................................................................................ 76
TABELA 09 – Conselheiro Lafaiete......................................................................................... 76
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 01– Joselândia ........................................................................................................ 55

GRÁFICO 02 – Curva Média Joselândia ................................................................................. 55
GRÁFICO 03 – Ubá ................................................................................................................. 56
GRÁFICO 04 – Curva Média Ubá ........................................................................................... 57
GRÁFICO 05 – Resende Costa ................................................................................................ 58
GRÁFICO 06 – Curva Média Resende Costa .......................................................................... 59
GRÁFICO 07 – Rio Espera ...................................................................................................... 60
GRÁFICO 08 – Curva Média Rio Espera ................................................................................ 61
GRÁFICO 09 – Conselheiro Lafaiete ...................................................................................... 62
GRÁFICO 10 – Curva média Conselheiro Lafaiete ................................................................. 62
GRÁFICO 11 – Gráfico geral de níveis de tensão ................................................................... 63
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AC – Corrente Alternada
ADC – Conversor Analógico Digital
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica
API – Application programming interface
CC – Corrente Continua
CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerais
DC – Tensão em Corrente Continua
GND – Graduated Neutral Density Filter
I2C – Inter-Integrated Circuit
IDE – Itegrated Development Environment
KV – Quilovolts
LCD – Display de Cristal Líquido
LSB – Least Significant Bit
MW – Mega Watts
ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico
PCI – Placa de Circuito Impresso
PRODIST – Procedimentos De Distribuição De Energia Elétrica No Sistema Elétrico Nacional
PWM – Pulse Width Modulation
RTC – Real Time Clock
SCL – Serial Clock Line
SDA – Serial Data
USB – Universal Serial Bus
VCC – Tensão em Corrente Continua
LISTA DE SÍMBOLOS
Ω – Letra grega Ohm

V – Volts
I – Corrente
P – Potência
W – Watts
A – Amperes
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 17
1.1 Questão de pesquisa ...................................................................................................... 18
1.2 Objetivo .......................................................................................................................... 18
1.2.1 Objetivo geral .................................................................................................................. 18
1.2.2 Objetos específicos.......................................................................................................... 19
1.3 Justificativa .................................................................................................................... 19
2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 20
2.1 História da eletricidade................................................................................................. 20
2.1.1 A batalha das correntes.................................................................................................... 21
2.1.2 Leis de Ohms................................................................................................................... 22
2.2 Energia elétrica.............................................................................................................. 23
2.2.1 Potência elétrica .............................................................................................................. 24
2.2.2 Geração e distribuição ..................................................................................................... 24
2.3 Surtos de tensão ............................................................................................................. 25
2.3.1 Sobretensões induzidas ................................................................................................... 29
2.3.2 Sobretensões de comutação............................................................................................. 29
2.4 Influência dos surtos de tensão .................................................................................... 30
2.5 Tensão de operação ....................................................................................................... 31
2.6 Microcontroladores ....................................................................................................... 32
2.6.1 Arduino ........................................................................................................................... 32
2.6.2 ESP32 .............................................................................................................................. 33
2.7 Módulos para Arduino .................................................................................................. 34
2.7.1 RTC ................................................................................................................................. 34
2.7.2 ZMPT101b ...................................................................................................................... 35
2.8 Programação .................................................................................................................. 36

2.8.1 IDE .................................................................................................................................. 36
2.8.2 I2C ................................................................................................................................... 36
2.8.3 Bibliotecas ....................................................................................................................... 37
2.8.4 Conversor Analógico Digital........................................................................................... 38
2.8.5 Interpolação polinomial .................................................................................................. 39
2.8.6 Método dos mínimos quadrados ..................................................................................... 39
3 METODOLOGIA ......................................................................................................... 40
3.1 Fontes ............................................................................................................................. 40
3.2 Montagem e programação ............................................................................................ 41
3.2.1 Montagem ....................................................................................................................... 41
3.2.2 Programação.................................................................................................................... 42
3.3 Coleta de dados .............................................................................................................. 44
3.4 Análise e interpretação de dados ................................................................................. 44
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 45
4.1 Montagem Física ........................................................................................................... 45
4.1.1 Placa PCI ......................................................................................................................... 45
4.1.2 Montagem ....................................................................................................................... 46
4.1.3 Alimentação e sinalização ............................................................................................... 47
4.1.4 Leds de indicação ............................................................................................................ 48
4.2 Analise dos dados .......................................................................................................... 49
4.3 Programação .................................................................................................................. 51
4.3.1 Coleta de dados ............................................................................................................... 51
4.4 Coletas ............................................................................................................................ 52
4.4.1 Joselândia ........................................................................................................................ 53
4.4.2 Ubá .................................................................................................................................. 56
4.4.3 Rezende Costa ................................................................................................................. 57
4.4.4 Rio Espera ....................................................................................................................... 59

4.4.5 Conselheiro Lafaiete ....................................................................................................... 61
4.4.6 Comparação dos pontos de coleta ................................................................................... 63
4.5 Custos de montagem do protótipo ............................................................................... 63
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 65
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 67
APÊNDICES ........................................................................................................................... 70
17
1 INTRODUÇÃO
A qualidade da energia elétrica fornecida aos usuários sempre foi motivo de questionamento,
seja por constantes interrupções ou por oscilações. Muitas dessas anomalias elétricas causam
prejuízos aos consumidores, se por falta, pode prejudicar a conservação de alimentos, matérias-
primas de indústrias de pequeno porte e produtores independentes, e já por oscilações podem
causar a queima de eletroeletrônicos, eletrodomésticos, interferir em sistemas de medições e
controle, entre outros.
O monitoramento da energia elétrica que chega até os usuários, passa a ser uma ferramenta útil
para se avaliar a qualidade do serviço prestado pelas concessionárias, buscando meios de
mitigar prejuízos aos consumidores, que por sua vez, eles são o elo mais frágil desta relação
consumerista.
Segundo a Resolução Normativa da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) nº

956/2021 estabelece os Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional – PRODIST. Entrou em vigor em 1° de janeiro de 2022 e revogou as resoluções
anteriores sobre o tema. O módulo 9 da PRODIST estabelece normas para o Ressarcimento
Danos Elétricos. Por sua vez, este módulo diz sobre a inversão do ônus da prova que passa ser
responsabilidade do consumidor, contrariando as disposições do Código de Defesa do
Consumidor, artigo 6º inciso VIII, que determina que a prova deve ser responsabilidade do
prestador de serviço.
Este projeto de monitoramento de tensão elétrica propõe uma abordagem abrangente para
avaliar a qualidade do fornecimento de energia em diversas localidades. Inicialmente, discute-
se a concepção e montagem física do protótipo, desde a confecção da Placa de Circuito
Impresso (PCI) até a soldagem dos componentes e a instalação em um case protetor. A
alimentação, sinalização e programação são abordadas, destacando a capacidade do sistema em
coletar e armazenar dados, inclusive durante falhas de energia.
18
A análise dos dados é fundamental, e foram elaboradas fórmulas para calcular períodos de
energia normal, precária e crítica, proporcionando uma compreensão detalhada dos níveis de
tensão. A programação, utilizando linguagem C/C++, é crucial para interpretar os dados do
sensor e do relógio em tempo real, além de identificar picos de tensão que fogem dos padrões
de qualidade.
A coleta de dados em locais distintos, como Joselândia, Ubá, Resende Costa, Rio Espera e
Conselheiro Lafaiete, oferece uma visão diversificada das condições elétricas. As análises em
cada localidade revelam padrões específicos, desde oscilações típicas de zonas urbanas até as
variações encontradas em áreas rurais. Os resultados apontam para desafios significativos na
manutenção da qualidade do fornecimento de energia, evidenciando períodos críticos e
precários.
Essa abordagem é essencial para entender as demandas e desafios enfrentados em diferentes

regiões, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes na gestão e melhoria
da qualidade do serviço elétrico.
1.1 Questão de pesquisa
Qual a solução mais viável financeiramente para a construção de um monitor de tensão, a fim
de fornece meio para os usuários monitorarem e produzirem provas, caso necessário, para
buscarem o ressarcimento econômico junto a concessionária?
1.2 Objetivo
1.2.1 Objetivo geral
Criar um monitor de tensão com data logger, eficaz e viável economicamente.

19
1.2.2 Objetos específicos
• Construir monitor de tensão;

• Monitorar os níveis de tensão entregues aos usuários;
• Produzir histórico sobre a qualidade da energia;
• Informar o usuário sobre a ocorrência de picos de energia em tempo real;
• Mostrar a oscilação da energia de acordo com o consumo instantâneo da unidade
consumidora.
1.3 Justificativa
Como o sistema de fornecimento de energia elétrica atual apresenta falhas, uma das
consequências mais comuns é a instabilidade na energia fornecida. Tal fato ocasiona falhas de
funcionamento em aparelhos domésticos trazendo perdas materiais aos consumidores, que
muitas vezes não conseguem fazer prova da culpa da empresa.
Assim, ter uma forma segura e acessível de monitoramento de tensão é uma necessidade. Por
isso apresenta-se um protótipo que tem como objetivo monitorar e registrar a tensão fornecida
pelas concessionárias de energia, de forma barata e assertiva, pois as atuais têm um custo
elevado e muito dificilmente estará disponível para um consumidor comum.
20
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 História da eletricidade
De acordo com Oka, (2000) a primeira observação da eletrificação de objetos por atrito se deu
por filósofos gregos como, por exemplo Thales de Miletus (FIGURA 01), no ano 600 a.c., já
sabiam que ao esfregar uma peça de âmbar com um pedaço de lã, conferiam ao âmbar a
propriedade de atrair pequenos pedaços de palha. A palavra elétron deriva da palavra âmbar
(elektron), em grego. Esta constatação originou a ciência da eletricidade.
FIGURA 01 - Thales de Miletus
Fonte:FONCECA, SERNAGLIA E STRIPPOLI, 2020.
I. Em 1904 Thomson apresentou o modelo de seu átomo, uma distribuição contínua de

carga positiva contendo elétrons de carga negativa.
II. Em 1911 Ernest Rutherford apresenta o seu modelo de um átomo contendo um núcleo
de carga positiva circundada por elétrons.
III. Em 1913 Niels Bohr propõe que as "órbitas" dos elétrons são quantizadas e que os raios
atômicos são múltiplos de 2πh, onde h é a constante de Planck.
IV. Em 1925 Erwin Schröedinger desenvolve a equação de Schröedinger e o conceito da
função de onda.
21
V. Resolve a equação de Schröedinger no caso de um elétron confinado num potencial

eletrostático de um próton e consegue determinar os mesmos níveis de energia previstos
pelo modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio.
2.1.1 A batalha das correntes
Conforme Martins, (2020) o final do século XIX foi marcado por inúmeros avanços que
revolucionaram o conhecimento. Dentre esses avanços merece destaque a “Batalha das
Correntes”, histórica batalha entre George Westinghouse e Nikola Tesla, (FIGURA 02),
defensores da Corrente Alternada (AC) contra Tomas Edison defensor e detentor de patentes
sobre a Corrente Continua (CC). Durante o início do fornecimento elétrico nos Estados Unidos
a CC foi definida como padrão por ser mais segura e funcional com lâmpadas e motores apesar
de ser muito caro. Porém, Tesla desenvolveu um trabalho com campos magnéticos rotacionais,
através do qual foi possível criar um sistema de geração e transmissão de AC, mais perigoso,
porém mais barato e eficiente. Westinghouse fez uma parceria com Tesla para comercializar o
seu sistema, comprando com antecedência os direitos sobre as patentes do sistema polifásico
de Tesla. Além disso, comprou patentes sobre transformadores (AC), driblando o monopólio
que Edison obtinha sobre o sistema CC. A história acabou demonstrando que Westinghouse e
Tesla tinham razão e a corrente alternada prevaleceu sobre a corrente contínua.
FIGURA 02 - George Westinghouse e Nikola Tesla
Fonte: LUGO, 2020.

22
2.1.2 Leis de Ohms
Conforme DE ARAÚJO, (2020) Georg Simon Ohm 1789-1854 (FIGURA 03) fui professor de
matemática e física experimental, responsável por teorizar a relação de condução elétrica
através de fios metálicos, ele provou matematicamente de forma simples a relação entre
corrente elétrica, tensão e resistência.
FIGURA 03 - Georg Simon Ohm
Fonte: FRAZÃO, 2021.
Seu experimento consistiu em pegar um metal qualquer e ligar a uma fonte, fazendo isso
observou a existência de corrente elétrica, então ele passou a variar a fonte e sempre que dividia
a tensão pela corrente encontrava o mesmo, o que Ohm classificou como resistência elétrica em
função da tensão (EQUAÇÃO 01) ou em função da resistência (EQUAÇÃO 02). Alguns anos
após se descoberta em 1841 Ohm recebem o devido reconhecimento e após sua morte a
resistência elétrica recebeu seu nome como unidade de medida Ohm Ω. Onde resistência é a
capacidade de se opor a passagem de corrente elétrica.
23
𝑉 =𝑅∙𝐼 01
𝑉
𝑅= 02
𝐼
Onde:
R = resistência
V = tensão
I = Corrente
2.2 Energia elétrica
Segundo SENAI-SP, (2016) mesmo que não percebamos a eletricidade é utilizada em quase
tudo no dia a dia: iluminar uma praça, conservação de alimentos, manter um respirador
funcionando ou apenas tomar um banho, onde elétrons são os responsáveis por realizar todo o
trabalho. A eletricidade é uma forma de energia natural baseada capacidade de atração de
repulsão de elétrons. Não existe maneira de ver elétrons em movimento no interior de um
condutor, pode-se afirmar, que a eletricidade se manifesta por meio de seus efeitos, que podem
ser, térmicos luminosos ou magnéticos.
“Energia é uma grandeza que caracteriza um sistema físico, mantendo o seu valor independente
das transformações que ocorrem nesse sistema (FIGURA 04), expressando também, a
capacidade de modificar o estado de outros sistemas com os quais interage” (MARKUS, 2009,
p. 01).
FIGURA 04 - Tipos de conversão de energia
Fonte: MARKUS, 2019.

24
2.2.1 Potência elétrica
A potência elétrica diferente da resistência elétrica pode ser obtida multiplicando a tensão
elétrica pela corrente elétrica (EQUAÇÃO 03). Segundo Gossuw, (2009) existem outras
diferentes equações para se obter a potência. Que são elas, através da resistência e da corrente
(EQUAÇÃO 04), através da tensão e da resistência (EQUAÇÃO 05)
Onde:
P = Potência em Watts W.
𝑃 =𝑉∙𝐼 03
𝑃 = 𝑅 ∙ 𝐼2 04
𝑉2
𝑃= 05
𝑅
2.2.2 Geração e distribuição
De acordo com CAGAN, (2021) a energia elétrica é obtida através da conversão de alguma
forma de energia, geralmente mecânica em hidrelétricas, principal forma utilizada no Brasil, ou
termoelétricas, dentre outras. A capacidade de geração de uma hidrelétrica depende da queda
d’agua e da vazão da usina, podendo chegar a milhares de MW (Mega Watts). Itaipú, por
exemplo, produz 12600 MW. As usinas hidrelétricas possuem um elevado custo e tempo para
sua construção, porém os custos de operação são muito baixos. Já as usinas termoelétricas são
sensivelmente mais baratas e rápidas para serem construídas, em contrapartida, seus custos de
operação são muito elevados em virtude da queima de combustíveis. O sistema de transmissão
tem por função principal transportar a energia elétrica até os consumidores. Atualmente no
mundo há linhas de transmissão atuando com até 1000 KV. Em distâncias menores, sendo as
mais ocorrentes, as linhas transmissão são trifásicas e operam na faixa de 230KV a 500KV. As
subestações que são responsáveis por realizar integração e compatibilizar vários níveis de
tensão. As linhas de transmissão devem exigir grande confiabilidade, pois elas são responsáveis
pelo abastecimento de grandes centros.
Abaixo ilustração simplificada do sistema de geração e distribuição elétrico (FIGURA 05).

25
FIGURA 05 - Sistema de geração e transmissão elétrica
Fonte: MATTEDE, 2015.
2.3 Surtos de tensão
De acordo com ONS, (2023) todos os sistemas de fornecimento elétrico no mundo estão sujeitos
a interrupções do suprimento em sua operação. Para construir um sistema imune a falhas seria
necessário um conjunto de redundância de equipamentos e circuitos, com elevados custos, o
que seria inaceitável pela sociedade quando fossem repassados. Quando em operação os
sistemas elétricos estão sujeitos a perturbações, e um percentual de cerca de 10% dessas
perturbações leva a interrupção do fornecimento. Para minimizar as ocorrências de grande
porte, diminuir a propagação de um distúrbio e agilizar a recomposição das cargas, a ONS
(Operador Nacional do Sistema Elétrico) mantém um trabalho de análise, observação e
diagnóstico destes eventos.
Abaixo ilustração gráfica da frequência das interrupções (FIGURA 06) e duração das
interrupções (FIGURA 07) elétricas por região no Brasil.
26
FIGURA 06 - Frequência equivalente de interrupção de carga
Fonte: ONS, 2023.

FIGURA 07 - Duração equivalente de interrupção de carga. [min]
Fonte: ONS, 2023.
Segundo Bilica, (2022) surtos de tensão ou surtos elétricos são anomalias elétricas que possuem
diversas fontes de origem, a FIGURA 08, por exemplo, enumera as características dos surtos e
27
mostra o comportamento de uma senoide durante os surtos, (1) descargas atmosféricas, (2)
sobretensões de comutação, (3) aumentos ocasionais de tensão, (4) harmônicos. Os surtos
podem ser de dois tipos sobretensões (tensão alta) ou subtensão (tensão baixa) na rede elétrica.
Os surtos elétricos seja qual for o tipo do surto podem danificar dispositivos eletroeletrônicos
residenciais ou industriais, ou prejudicá-los em sua eficiência. No Brasil, as descargas
atmosféricas provocam aproximadamente 40% dos desligamentos na distribuição e 70% na
transmissão de energia elétrica.
FIGURA 08 - Comportamento de uma onda senoidal durante um surto de tensão
Fonte: at3w, 2023.
A ocorrência de surtos de tensão, causados por descargas atmosféricas ou por manobra

de circuitos, comumente causam defeitos em equipamentos eletrônicos. No caso
específico de descargas atmosféricas, equipamentos eletrônicos em um raio de
quilômetros do local da descarga, estão sujeitos a sérios danos, devido a formação de
campos eletromagnéticos e consequentes sobretensões induzidas ou conduzidas pela
instalação (KUNKEL, 2016, p. 16).
28
Segundo Mehl, (2012) o afundamento de tensão é um distúrbio caracterizado pela redução da

tensão de alimentação (conforme normas elétricas pertinentes) inferior a dois segundos, quando
superior a este tempo o distúrbio é definido como subtensão.
Para Correia, (2022) cada vez mais no brasil e no mundo as concessionárias de fornecedoras de
energia elétrica têm se atentado as perdas de energia elétrica. Os custos dessas perdas são
repassados aos consumidores, fazendo com que as tarifas fiquem cada vez mais caras, essas
perdas se dão ao longo da trajetória desde a usina geradora até as subestações ou seus
consumidores finais. No brasil pouco se sabe sobre as perdas de energia elétrica e como elas
funcionam, as concessionárias de energia para não pagarem altos valores distribuem esses
custos as unidades consumidoras.
O módulo 8 da PRODIST normatiza e regulamento os níveis de tensão e de qualidade da energia

elétrica no Brasil (TABELA 01).
Qualidade do produto: define a terminologia, caracteriza os fenômenos, estabelece os

indicadores e limites ou valores de referência, além de definir a metodologia de
medição e a gestão das reclamações relativas à conformidade de tensão em regime
permanente e transitório; Qualidade do serviço: define os conjuntos de unidades
consumidoras, estabelece as definições, os limites e os procedimentos relativos aos
indicadores de continuidade e de atendimento às ocorrências emergenciais, definindo
padrões e responsabilidades; Qualidade comercial: define os procedimentos para a
apuração dos indicadores de reclamações, de atendimento telefônico e de
cumprimentos dos prazos, e estabelece a metodologia para estabelecimento dos
limites do indicador (PRODIST, 2021, p. 1).
TABELA 01– Níveis de tensão

Níveis de tensão (V) Adequada (V) Precária (V) Crítica (V)
127 117 ≤ 127 ≤ 133 110 ≤ 127 < 117 ou 127 < 110 ou 127 >
133 < 127 ≤ 135 135
220 202 ≤ 220 ≤ 231 191 ≤ 220 < 202 ou 220 < 191 ou 220 >
231 < 220 ≤ 233 233
Fonte: adaptada módulo 8 PRODIST 2018, p. 64.
29
2.3.1 Sobretensões induzidas
Para Viana, (2019) descargas atmosféricas (raios) quando atingem a rede de distribuição
contribuem diretamente para os surtos de tensão. As descargas atmosféricas podem ser
caracterizadas com diretas, quando atingem diretamente a rede, e indiretas quando a descarga
atinge um ponto próximo à rede e induz tensão através do campo magnético criado pela corrente
da descarga incidente, ambas as situações provocam sobretensões transitórias na rede de
distribuição, sendo as diretas as que produzem picos de tensão de maiores amplitudes e ambas
podem causar danos permanentes ou não aos dispositivos elétricos e também interrupções na
rede elétrica.
FIGURA 09 - Raio atingindo rede elétrica.
Fonte: BONFIM, 2020.
2.3.2 Sobretensões de comutação
Segundo at3w, (2023) as sobretensões de comutação são ocasionadas por dois principais
motivos, pelo acionamento de máquinas de elevada potência e, erro humana ou defeito na
alimentação.
Na primeira possível situação a ligação de máquinas pesadas causam efeitos similares ao dos
raios, que podem causar enormes malefícios a equipamentos eletrônicos e instalações elétricas,
que por sua vez induzem corrente nos condutores que se encontram dentro desse campo, e se
propagam predominantemente por condução.
30
Na segunda possibilidade, o curto-circuito gerado em algum ponto da rede elétrica, exige que
as proteções da concessionária distribuidora respondam abrindo o circuito e com subsequentes
reequilíbrios da rede, gerando sobretensões de ligação de cargas indutivas.
2.4 Influência dos surtos de tensão
Segundo Markiewicz, (2004) em fontes de luz incandescentes, o fornecimento de energia é

mais significativo e influência no fluxo luminoso, portanto a variação da tensão de alimentação
não pode ser mais que ± 10% da tensão nominal do sistema. Essa variação altera a eficiência
luminosa entre 19 e 21%, também pode reduzir a vida útil das lâmpadas incandescentes em
25%, diminuindo seu tempo de uso de 1000h para 750h. Porém, as oscilações de tensão devem
ser mantidas entre 3 e 4% para evitar danos em sistemas de iluminação. Já para motores elétricos
o fator mais significativo é a flutuação do torque, que depende do quadrado da tensão de
alimentação. Motores com altas cargas causam quedas de tensão durante a partida, porém
grande parte desses motores conseguem partir normalmente com uma variação negativa de até
15% na tensão nominal. No entanto, o uso prolongado desses motores com afundamentos de
tensão superiores a ±10% podem causar consequências negativas como sobrecarga e operação
da proteção térmica.
De acordo com at3w, (2023) as sobretensões transitórias podem danificar circuitos eletrônicos,
inclusive queimá-los. As principais causas das sobretensões são descargas atmosféricas e
comutação de grandes cargas, apesar de grande parte dos sistemas elétricos possuírem
dispositivos de proteção, eles não são capazes de evitar danos por sobretensões transitórias
(FIGURA 10), já que os dispositivos de proteção atuam de forma mais lenta que a produção do
pico de tensão. Os sistemas de alimentação ininterruptos sofrem muitos danos com as
sobretensões transitórias, sendo estes capazes de estabilizar oscilações de ± 15% da tensão
nominal.
31
FIGURA 10 - Queima por sobretensão transitória
Fonte: at3w, 2023.
2.5 Tensão de operação
Os níveis de tensão de alimentação com o qual este aparelho opera são estabelecidos
pela PRODIST da ANEEL. Caso a tensão de alimentação do aparelho esteja fora dos
limites indicados na tabela Variação Admissível de Tensão, solicite a concessionária
de energia a adequação dos níveis de tensão e instale um regulador de tensão
(estabilizador) com potência igual ou superior a 2000 VA. Se houver, no local da
instalação, variação de tensão fora dos limites especificados (TABELA 02) ou quedas
frequentes no fornecimento de energia, o aparelho poderá sofrer alterações no seu
funcionamento (ELECTROLUX, 2018, p. 9)
TABELA 02 – tensão de operação do refrigerador Electrolux.

Tensão (V) Mínima (V) Máxima (V)
127 116 133
220 201 231
Fonte: Electrolux p. 9
As variações da tensão e frequência de alimentação podem afetar as características de

desempenho e a compatibilidade eletromagnética do motor. Estas variações de
alimentação devem seguir os valores estabelecidos nas normas vigentes. Exemplos:
32
ABNT NBR 17094 - Partes 1 e 2. O motor está apto a fornecer torque nominal, sob
as seguintes zonas de variação de tensão e frequência:
Zona A: ±5% de tensão e ±2% de frequência;
Zona B: ±10% de tensão e +3% -5% de frequência.
Quando operado na Zona A ou B, o motor pode apresentar variações de desempenho
e atingir temperaturas mais elevadas. Estas variações são maiores para a operação na
zona B. Não é recomendada uma operação prolongada do motor na zona B.
IEC 60034-1. O motor está apto a fornecer torque nominal, sob as seguintes zonas de
variação de tensão e frequência:
Zona A: ±5% de tensão e ±2% de frequência;
Zona B: ±10% de tensão e +3% -5% de frequência. (CASTELLA, 2014, p. 43)
2.6 Microcontroladores
Segundo SANTOS, (2019) microcontroladores são dispositivos programais pequenos e de

baixo custo, compostos basicamente por unidades de processamento, memorias, entradas e
saídas, ADC, que tem como função controlar de maneira precisa sistemas embarcados. Na
família dos microprocessadores podemos citar como exemplo: Atmega 328P (FIGURA 11),
PIC, ESP32.
FIGURA 11- Pinagem atmega 328p
Fonte: MCUDUDE, 2023.
2.6.1 Arduino
Conforme Fonseca, (2020) o Arduino é um hardware open-source que pode ser reproduzido de
forma genérica. As placas Arduino tem a capacidade de ler sensores de entrada e transformá-
33
las em respostas de saída ou até mesmo publicar algum conteúdo programado online. O IDE
(Itegrated Development Environment) - Ambiente de Desenvolvimento Integrado permite
programar uma série de instruções. Existem diversos modelos de microcontroladores que
possuem essas características variando a pinagem, quantidade de entradas, saída e capacidades
de seus microprocessadores. Um microcontrolador possui um microprocessado e periféricos
como: dispositivos de entradas e saídas, memorias de programas e dados, conversores
analógicos digitais ADC, geração PWM (Pulse Width Modulation), ou modulação por largura
de pulsos, entre outros.
2.6.2 ESP32
De acorde Santos, (2019) o ESP32 FIGURA 12 foi desenvolvido pela empresa Espressif
Systems, foi apresentado ao mercado em 2016 e considerado um dos mais potentes
microcontroladores, tendo entre suas principais características conectividades Wi-Fi e bluetooth
além de grande velocidade de processamento, acessibilidade e baixo custo.
O ESP32 é constituído por um robusto processador que pode ser single ou dual-core de 32 bits
com dois núcleos físicos de processamento com até 240 MHz de clock e capacidade de
armazenamento muito superior ao famoso Arduino.
FIGURA 12 - ESP 32 pinagem
Fonte: PIETERS, 2020.

34
A figura a seguir apresenta diagrama de blocos do ESP32 (FIGURA 13):
FIGURA 13 - Diagrama de blocos do microcontrolador ESP32
Fonte: Kolban, 2018.
2.7 Módulos para Arduino
2.7.1 RTC
Segundo WANKHEDE, (2020) o RTC (Real Time Clock) Relógio de Tempo Real, é um relógio
altamente preciso de baixo custo com compensação automática para meses e de ano bissexto.
Módulo DS3231 (FIGURA 14) possui tensão de operação de 3,3v e 5v, bateria e usa
comunicação via protocolo I2C (Inter-Integrated Circuit) utiliza 4 conexões que são: VCC
(Tensão em Corrente Continua), GND (graduated neutral density filter) filtro graduado de
densidade neutra, SDA (Serial Data) e SCL (Serial Clock Line).
35
FIGURA 14 - RTC DS3231
Fonte: HOLLROAD, 2021.
2.7.2 ZMPT101b
Consoante Diono, (2022) o leitor de tensão ZMPT101B (FIGURA 15) possui grande precisão
em suas leituras, possui um ranger de 0 a 250 V e boa consistência na leitura com precisão de
4%. O sensor faz a conversão de AC para CC e torna a parte negativa da tensão em uma tensão
positiva sendo 2,5V a referência, uma vez que microprocessadores equipados com conversores
ADC são incapazes de lerem sinais negativas. O sensor de tensão ZMPT101B possui um
amplificador de sinais responsável por realizar a elevação do sinal negativo até se tornar um
sinal positivo, O sensor de tensão ZMPT101B tem uma tensão de isolamento de 4000V e
funciona de forma otimizada a 40C a 70C.
36
FIGURA 15 - ZMPT101b
Fonte: KOYANAGI, 2022.
2.8 Programação
O Arduino é uma plataforma open source, quem como objetivo integrar softwere e hardwere de
maneira fácil. Para isso há a necessidade de interação entre usuário e hardwere, feita através da
linguagem de programação (Arduino), sendo simples baseada na linguagem Wiring, e o
softwere próprio nomeado com. IDE.
Desde a sua criação o Arduino tem sido usado em milhares de projetos deste os mais simples
aos mais complexos, contando hoje com uma grande comunidade.
2.8.1 IDE
Para LTSI, (2020) o IDE é responsável pela implementação e transferência do código possui
cujo sem ambiente de programação é baseada na linguagem C e C++. O código escrito na IDE
é conhecido como sketh, o IDE também é responsável por compilar e carregar o sketh, via USB
(Universal Serial Bus) traduzida para Porta Serial Universal, serial para o Arduino, o mesmo
executara o sketh desde sua inicialização até que seja reiniciado.
2.8.2 I2C
Segundo Nascimento, (2021) o I2C é um método de comunicação utilizado para transferência

de dados de média e baixa velocidade entre periféricos microcontrolados, com tensão de
operação entre +5Vcc e +3Vcc, usando apenas duas linhas de transmissão SDA responsável
pela transmissão de dados bidirecionalmente e uma SCL com o clock gerado pelo mestre. É um
barramento multimestre, ou seja, capas de operar com vários mestres. Cada dispositivo
37
conectado ao barramento possui um endereço único, relacionando mestre/escravo, de forma

permanente. O mestre inicia a transferência de dados gerando um clock que permite a
comunicação. Os bytes que são transmitidos pela linha DAS devem possuir 8 bits de
comprimento e, não há restrição a quantidade de bytes a serem transmitidos, porém, deve haver
um bit de reconhecimento.
2.8.3 Bibliotecas
Todos os programas em linguagem C usam funções em bibliotecas da linguagem. O conjunto

de funções de uma biblioteca é descrito em um arquivo-interface (header-file), que tem o
mesmo nome da biblioteca e o sufixo “.h”. Essa interface também é conhecida como API
(application programming interface).
Veja algumas amostras enfeitadas de interfaces das principais bibliotecas padrão C:
• SPI.h
• RTCLib.h
• EMONLib.h
• Were.h
• LiquidCrystalI2C.h
• SD.h
Para incluir uma biblioteca em um programa dever incluir cópia do correspondente arquivo-
interface. Por exemplo, basta usa a seguinte sintaxe.
#include <LibrayryFile.h>
#include “LocalFile.h”
A função #include é usada para incluir bibliotecas externas. Isso dá ao programador acesso a
um grande número de bibliotecas desenvolvidas. Quando a sintaxe de colchetes angulares é
usada, os caminhos das bibliotecas serão pesquisados para o arquivo. Quando a sintaxe é usada
38
com aspas duplas, a pasta do arquivo está usando a diretiva e será pesquisada para o arquivo
específico.
2.8.4 Conversor Analógico Digital
Segundo Almeida, (2019) existem diversos conversores ADC que operam de diferentes formas,
dentre elas, rampa digital, aproximações sucessivas, flash, quantização (FIGURA 16), entre
outros. A técnica de quantização um sinal continuo é amostrado a uma taxa fixa de acordo com
sua resolução. A resolução é calculada a partir do número de bits da quantização do sinal.
Existem diferentes conversores que iram impactar no preço do projeto, o Atmega 328p, por
exemplo, possui um conversor de 10 bits e 5 Vcc com LSB (Least Significant Bit) = 4,887 mV.
Em medições de alta frequência deve-se atentar para o teorema de Nyquist, para que a forma
de onda seja reconstruída com precisão. Existem diversos tipos de erros que podem ocorrer
durante a conversão, o mais simples e importante é o erro de quantização, ocorre quando um
ruído é convertido e somado ao sinal continuo que passou a ser um sinal discreto, já que
qualquer valor intermediário é arredondado para um nível de tensão inteiro. A influência do
ruído é definida como a razão das raízes quadradas do sinal analógico e do ruído quantizado,
quanto menor o valor menor será a influência desse ruído em relação ao sinal.
FIGURA 16 - Tecnica de quantização
Fonte: ALMEIDA, 2019.

39
2.8.5 Interpolação polinomial
Para Guizardi, (2022) a interpolação polinomial (EQUAÇÃO 06) consiste na ideia de construir
um polinômio P(x) = f(x) para todo x ∈ L. A interpolação polinomial é usada para resolver
diversos tipos de problemas, como integração numérica e análise de experimentos científicos.
O principal interesse em utilizar o polinômio interpolador é quando não se conhece todos os
pontos ou se perdeu algum dado indispensável para fazer uma análise. A interpolação
polinomial é um método numérico avançado calcular pontos de um gráfico.
𝑝(𝑥 ) = ∑ 𝑎𝑘 𝑥 𝑘 (06
𝑘=0
Que também pode ser rescrita como (EQUAÇÃO 07):
𝑎𝑜 +
𝑥 (𝑎1 + 𝑥 (… + 𝑥 (𝑎𝑛−1 + 𝑥𝑎𝑛 ) … ))).
07
2.8.6 Método dos mínimos quadrados
O método dos mínimos quadrados, é um método numérico estatístico que consiste em encontrar
o melhor ajuste para um conjunto de pontos, minimizando as somas e reduzindo os ruídos dos
pontos de uma curva traçada. Para Ferreira, (2019) é uma ferramenta da álgebra linear que
auxilia na busca de informações sobre previsões matemáticas. Consiste na determinação de
parâmetros de uma função, na qual melhor representa o comportamento de dados coletados
experimentalmente em um gráfico.
40
3 METODOLOGIA
Quanto a abordagem da pesquisa apresenta-se método bibliográfico, quali-quantitativo e

experimental, visando coletar e estudar as variações de tensão que ocorrem ao longo do dia em
uma unidade residencial.
O estudo é de natureza cientifica e tem como base diversos autores que já introduziram temas
similares.
No que se refere ao objetivo, se enquadra como pesquisa quali-quantitativo que visa buscar
dados em quantidade e qualidade suficientemente bons para analisar a oscilação elétrica, bem
como a qualidade e o comportamento ao longo do dia.
Em relação ao procedimento de pesquisa, se enquadra como pesquisa experimental, visto que

visa desenvolver um protótipo de monitor de tensão capaz de ler e guardar os dados coletados
ao longo do tempo de análise, utilizando microcontrolador, leitor de tensão e um cartão de
memória para guardar os dados coletados.
Deste modo a pesquisa será dividida nas seguintes etapas:
3.1 Fontes
A primeira etapa baseou-se em pesquisas bibliográfica elaborada a partir de matérias já

publicados, construído a partir de livros, artigos científicos, normas nacionais, internacionais e
manuais técnicos.
41
3.2 Montagem e programação
3.2.1 Montagem
Primeiramente em uma protoboard foi utilizando o sensor de tensão ZMPT101b, como sensor
principal do protótipo, responsável pela leitura e conversão dos níveis de tensão da rede para o
nível de tensão adequada ao microcontrolador. De forma secundaria foram utilizados módulos
de tempo, RTC modelo DS 3231, e de memória, SD CARD sem modelo definido.
Para a interligação e comunicação dos dispositivos foi utilizado o Arduino Uno (FIGURA 17).
FIGURA 17 - Diagrama esquemático
Fonte: autor, 2021.
Com o objetivo de evitar mau contato, desconexões inesperadas foi desenvolvida por meio de softwere uma PCI
(Placa de Circuito Impresso) expresso na FIGURA 18, para posteriormente solicitar sua confecção através do
JCLPCB1.
1
https://jlcpcb.com/
42
FIGURA 18 - Diagrama esquemático monitor de tensão
Fonte: autor, 2023.
3.2.2 Programação
O desenvolvimento do programa é realizado através do IDE (Itegrated Development

Environment), ferramenta nativa para a programação de Arduino, baseada em linguagem C,
sendo capaz de sincronizar a leitura do sensor com a leitura da hora e salvar no cartão de
memória em formato txt.
Durante a primeira execução de coletas de dados, houve erro (FIGURA 19) no salvamento
perdendo aproximadamente 3 horas de dados, o erro foi provocado pelo tamanho excessivo do
arquivo “.txt” criado, que continha um nomo fixo independente da data, local e hora,
ultrapassando assim os 36 MB em um período de 24h.
43
FIGURA 19 - Erro no salvamento dos dados
Fonte: autor, 2023.
Para corrigir esse erro foi necessário desenvolver um método de renomeação automática,
APÊNDICE A, (linhas 116 a 126). Sendo adotado com critério para renomear o arquivo por
dia, mês e hora, tende como separador o underscore, criando assim um arquivo único a cada
intervalo de 1h. Na seguinte sequência dia, mês e hora (FIGURA 20) respectivamente.
FIGURA 20 - Dados salvos corretamente
Fonte: autor, 2021.

44
Há o limite do microcontrolador de 8 caracteres para nomear a arquivo salvo no cartão de

memória.
3.3 Coleta de dados
As coletas são feitas a partir de métodos de programação C++. Os dados são lidos pelo sensor
ZMPT101b APÊNDICE A (linhas 81 a 92) e salvos ordenadamente por data e hora no cartão
de memória. Os dados foram coletados em diferentes unidades residenciais de Congonhas,
Conselheiro Lafaiete e Rio Espera, em datas e horários diferentes.
3.4 Análise e interpretação de dados
Os dados coletados pelo protótipo mostram as oscilações de tensão constantes em curtos

intervalos de tempo devido às limitações de processamento do microcontrolador. Com esses
dados é possível construir gráficos de análise de qualidade e cálculo de eficiência energética.
Para análise dos dados coletados será usado Excel que importará os dados através do Power
Query.
45
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nesta etapa do projeto, iremos acompanhar o desenvolvimento dos resultados gerados pelo
monitor de tensão, juntamente a montagem e programação necessária para o desenvolvimento
do protótipo.
Esses resultados mostram quem em diversas situações existem surtos elétricos no fornecimento
de energia por parte da concessionária. Eles mostram se os níveis de tensão estão adequados as
normas vigentes para garantir a qualidade do serviço contratado.
4.1 Montagem Física
4.1.1 Placa PCI
Para confecção do protõtipo foi elaborado uma PCI (FIGURA 21), Placa de Circuito Impresso,
atravéz do software Proteus, com objetivo de prevenir mau contato entre os componentes e
compactar o protótipo, o PCI foi confeccionado pela JLCPCB.
FIGURA 21 - PCI
Fonte – Autor 2023

46
A placa é de dupla face e foi fabricada em fibra de vidro, com espessura padrão de 1,6 mm,
comprimento de 100 mm e largura de 100 mm, que demorou exatamente 23 dias para ser fabricada e entregue.
4.1.2 Montagem
A partir do recebimento da PCI deu-se início o processo de soldagem dos componentes

(FIGURA 22), que são:
i. Módulo RTC, Real Time Clock, função relógio.

ii. Módulo Tf sd card.
iii. ZMPT101b, sensor de tensão AC.
iv. Atmega 328p, micro controlador.
v. Capacitores.
vi. Resistores.
vii. Chave seletora de tensão.
viii. Cristal oscilador de 16MHz.
ix. Botão reset.
x. Reguladores de tensão 3,3V e 5V
xi. Conector xh2,54 de 4 pinos para componentes externos.
xii. Leds de sinalização.
FIGURA 22 - Componentes soldados
Fonte: autor, 2023.

47
Após a soldagem dos componentes a PCI foi instalada em um case com seguintes dimensões:
150 mm de comprimento, 110 mm de largura e 70 mm de altura. No case, além da PCI foram
acomodados os seguintes componentes:
I. Fonte AC/DC;
II. Display LCD;
III. Bateria;
IV. Porta fusível;
V. Plug Jack P4 Fêmea;
VI. Interruptor.
O case tem por objetivo, proteger o protótipo e prevenir acidentes, por seu interior possuir
partes expostas alimentas em 127 ou 220V.
4.1.3 Alimentação e sinalização
Para alimentação do protótipo foi instalado uma fonte AC/DC modelo XPJ-01E (FIGURA 23)
de 13,5 W com ranger de entrada que varia de 110 a 240 V 50/60 Hz e saída de 9 V.
FIGURA 23 - Fonte AC/DC
Fonte: SINGLIAN, 2023.
Em paralelo com a fonte foi instalada também um par de bateria de 3,7V conectadas em série
somando a tensão de flutuação de 7,4V, com uma placa de proteção de carregamento modelo
HX-2S-JH20 que pode ser vista na FIGURA 24, cuja função é manter a projeto operando
durante uma eventual falta de energia, mantendo o sistema de coleta de dados operacional.
48
Em teste de descarga as baterias conseguiram manter o protótipo funcionando por

aproximadamente 4 horas e 30 minutos. Este tempo de duração foi estimado com a desconexão
da fonte XPJ-01E e aguardando o total descarregamento das baterias e posteriormente a
subtração do horário da última leitura feita pela primeira feita na hora da desconexão.
FIGURA 24- Placa de carregamento
Fonte: SINGLIAN, 2023.
4.1.4 Leds de indicação
Para orientação sobre o funcionamento do protótipo foram instalados 5 leds de sinalização

APÊNDICE C (FIGURA 31) que são eles:
I. Led vermelho, fonte operacional que também pode indicar falta de energia AC;
II. Led azul, regulador de tensão de 5V operacional;
III. Led amarelo, regulador de tensão de 3,3V operacional;
IV. Led verde, tensão de operação 127V selecionada;
V. Led branco, tensão de operação 220V selecionada.
49
Para evitar que a tensão da bateria acenda o led vermelho e, gere alguma confusão ao interpretar
a indicação, foi instalado um diodo modelo 1N4007 para bloquear o retorno de tensão para o
led.
4.2 Analise dos dados
Para analisar os dados e produzir os gráficos e tabelas utilizados foram criadas fórmulas no
Excel, afim de transformar os dados em porcentagem e produzir gráficos em relação do tempo
com os níveis de tensão.
Para determinar períodos com níveis de energia normal foi utilizada a seguinte fórmula
=SE(C3>117;B3-B2;"00:00:00") FIGURA 25, onde coluna C representa tensão, coluna B hora
e coluna A data conforme TABELA 03. Onde se o nível de tensão estiver acima de 117V
subtrairá a hora atual da hora anterior assim produzindo contagem de um segundo a cada linha
analisada, para ao final ser usada a função soma, obtendo o tempo total com nível norma de
energia.
TABELA 03 – Dados no Excel

Data Hora Leitura
12/08/2023 01:00:00 117,99
12/08/2023 01:00:00 118,09
12/08/2023 01:00:00 117,95
12/08/2023 01:00:01 117,86
12/08/2023 01:00:01 117,88
12/08/2023 01:00:01 117,88
12/08/2023 01:00:01 118,71
12/08/2023 01:00:02 117,97
12/08/2023 01:00:02 118,23
12/08/2023 01:00:02 118,02

Fonte: autor, 2023.
50
Já para determinar períodos com níveis de energia crítico foi utilizada a seguinte fórmula
=SE(C3<110;B3-B2;"00:00:00") FIGURA 25, em uma nova coluna e ao final novamente foi
usada a função soma para obter tempo total de energia crítica.
FIGURA 25 – Fluxograma de tratamento de dados
Fonte: autor, 2023.
Posteriormente para determinar em porcentagem o período em que se obteve cada índice de

energia foi a EQUAÇÃO 08.
𝑇𝑎𝑛𝑎𝑙𝑖𝑠𝑒
∙ 100 (08
𝐻𝑜𝑟𝑎
Onde:
𝑇𝑎𝑛𝑎𝑙𝑖𝑠𝑒 é o tempo para cada nível de energia;
Hora é o período de uma hora cheia.
E para o período de nível de energia precário foi feita a diferença de 100% para a soma dos
períodos normal e crítico.
51
4.3 Programação
A linguagem de programação utilizada no Atmega 328p é uma variante da linguagem C/C++,

com algumas bibliotecas específicas para interagir com componentes e periféricos do
microcontrolador.
4.3.1 Coleta de dados
De acordo com a PRODIST, 2021 para a criação de indicadores de qualidade de energia

individuais em regime permanente são a Duração Relativa da Transgressão de Tensão Precária
– DRP e a Duração Relativa da Transgressão de Tensão Crítica – DRC devem ser de 1008
leituras validas em intervalos consecutivos de 10 minutos, equivalentes a 168 horas no período
de um mês civil.
O código utilizado (APÊNDICE A) é o responsável por interpretar os dados gerados pelo sensor
ZMPT101b, que lê a tensão da rede AC Corrente Alternada converte para um nível de tensão
que vai de 0 a 5V DC corrente continua, e pelo módulo RTC, que fornece a data e a hora da
leitura, posteriormente os salvando no cartão de memória, seguindo a seguinte ordem:
Data, hora e tensão conforme FIGURA 26.
FIGURA 26 - Coleta de dados normais
Fonte: autor, 2023.

52
Quando um pico de tensão é detectado APÊNDICE A (linhas 127 a 156), isto é, está fora dos
níveis de qualidade indicados pelo módulo 8 da PRODIST, Procedimentos De Distribuição De
Energia Elétrica No Sistema Elétrico Nacional, é criado um segundo arquivo e salvo no cartão
de memória, segundo a seguinte ordem:
Nível de tensão precário/critico, data, hora e tensão conforme FIGURA 27.
FIGURA 27 - Dados anormais
Fonte: autor, 2023.
Seguindo o modelo de salvamento de dados mostrado acima, o projeto apresentou a capacidade

de salvar de 3 a 5 dados por segundo o que equivale a um mínimo de 1800 dados por intervalo
de 10 minutos. No período de 24 horas os dados coletados ocuparam aproximadamente 36
megabytes, o que permite salvar os dados equivalentes a aproximadamente 55 dias
consecutivos, em cartão de memória de 2 giga bytes, 444 dias em um cartão de 16 gigabytes e
888 dias em um cartão de memória de 32 gigabytes, espaço suficiente para suprir a demanda
mínima exigida pela PRODIST
.
4.4 Coletas
As coletas de dados foram feitas em locais aleatórios por voluntários. Essa coleta em múltiplos
locais diferentes, tem como objetivo, diversificar as regiões e as condições de cada coleta, tendo
em vista os variados costumes em relação ao consumo de energia elétrica de cada voluntario,
além das diferentes características que de transmissão e distribuição elétrica aos quais cada
região está sujeita. Os locais onde foram feitas as coletas são;
53
• Joselândia, zona rural do município de Santana dos Montes, MG. Realizada em

12/08/2023;
• Ubá, MG. Realizada em 19/08/2023;
• Resende Costa, MG. Realizada em 09/09/2023 e 10/09/2023;
• Rio Espera, MG. Zona urbana, realizada em 24/09/2023;
• Conselheiro Lafaiete, MG. Zona urbana, realizada 04/10/2023;
O número de coletas por segundo ficou entre 3 e 4 registros, essa oscilação ocorre devido ao
múltiplo salvamento dos dados, quando há um pico anormal de tensão, os dados são salvos em
dois arquivos distintos, sendo um geral onde todos os registros são salvos e um outro onde são
salvos os picos anormais. Nessa condição o microprocessador gasta um tempo maior para salvar
os dados o que incide na perda de um dado.
O conjunto de leituras para gerar os indicadores individuais deve compreender o

registro de 1008 (mil e oito) leituras válidas obtidas em intervalos consecutivos
(período de integralização) de 10 minutos cada, salvo as que eventualmente sejam
expurgadas conforme item 9.1.10.2. No intuito de se obter 1008 (mil e oito) leituras
válidas, intervalos adicionais devem ser agregados, sempre consecutivamente .
(PRODIST, 2021, p. 9).
Mesmo com a perda de um dado no intervalo de um segundo, o total de registros ultrapassa o

mínimo exigido pela PRODIST, Procedimentos De Distribuição De Energia Elétrica No
Sistema Elétrico Nacional, criando registros que vão de 1800 a 2400 por intervalo de dez
minutos.
4.4.1 Joselândia
Joselândia é um distrito do município de Santana dos Montes localizado na Zona da Mata a 130
km de Belo Horizonte e possui como concessionária distribuidora de energia a Cemig
(Companhia Energética de Minas Gerais)
54
Esta respectiva coleta foi realizada entre as 21h do dia 11/08/2023 e as 6h do dia 13/08/2023
para uma tensão de 127V, com o objetivo de analisar um intervalo ininterrupto de 24h, os dados
coletados anterior a 0h do dia 12/08/2023 e posteriores as 23 horas 59 minutos e 59 segundos
do dia 12/08/2023 foram descartados, obtendo uma média de 12814,33 registros por hora, o
que compreende em média 2135,72 registros por intervalo de dez minutos.
Nesse intervalo de funcionamento foi identificado uma falta de energia, que ocorreu entre as
20:54:22 e as 20:54:31 segundo a FIGURA 28 durando 9 segundos. Observando também a
ausência de chuvas e tempestades que são os principais responsáveis por interrupções de
energia.
FIGURA 28 – Falta de Energia
Fonte : Autor, 2023.
Neste mesmo período observou-se que a não conformidade quanto a qualidade de energia
fornecida pela concessionária, de forma majoritária a energia fornecida ficou fora dos índices
de qualidade pré-estabelecidos pela PRODIST. Sendo que em apenas 32,23% (GRÁFICO 01)
do período analisado a energia entregue esteve no índice normal, tempo inferior a 1/3 do período
avaliado. Os registros de índices de precariedade da energia fornecida somam 67,77% do
período analisado, sendo, 67,75% do tempo em condição precária, entre 110V e 117V e 0,02%
em condição crítica abaixo de 110V.
55
GRÁFICO 01– Joselândia

80,00%
67,75%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00% 32,23%
30,00%
20,00%
10,00%
0,02%
0,00%
NORMAL PRECÁRIO CRITICO
Fonte: autor, 2023.
No GRÁFICO 02 são demonstradas as médias por hora ao longo de um período de 24 horas.

Observa-se que comportamento das curvas de tensão, apresentam características mistas típicas
das zonas urbanas e zonas rurais, devido à proximidade com ambas, com afundamentos de
tensão no horário de pico, compreendido entre as 17 horas e as 21 horas, comum no horário de
pico das zonas urbanas, após esse horário a tensão tende a subir atingindo seu pico máximo no
início da madrugada, e no início amanhecer um novo afundamento de tensão devidos a
utilização de maquinários rurais, como, por exemplo ordenhadeiras elétricas, a medidas que as
rotinas diurnas são iniciadas a tensão tende se mantendo em um período de menos oscilações.
No APÊNDICE B (TABELA 05) estão dispostas as informações com a maior e a menor leitura
obtida por intervalo de hora, sendo a maior 127,99V e a menor 0,00V, ambas no intervalo das
20h às 21h.
GRÁFICO 02 – Curva Média Joselândia

120,00 119,28 119,18
119,00
118,16 118,85
117,76
118,00 118,17 117,42
117,00 116,81 117,14
116,03
116,00
114,91 115,58
115,00 115,23 115,03
114,17 114,56
114,00 113,82 113,70
113,90 114,18 113,17
113,00
112,05
112,00
111,00 111,14
111,32
110,00
0:00 4:48 9:36 14:24 19:12 0:00 4:48
Fonte: autor, 2023.

56
4.4.2 Ubá
Ubá é um município do estado de Minas Gerais na Zona da Mata localizado a aproximadamente

290 km da capital mineira Belo Horizonte e possui como concessionária distribuidora de
energia a Energisa.
As coletas de dados em Ubá foram realizadas entre as 23:14:26 do dia 18/08/2023 e as 17:58:44
do dia 20/8/2023. Sendo descartas descartadas os registros que ocorreram anteriormente as
00:00:00 do dia 19/09/2023 e posteriores as 23:59:59 do dia 19/09/2023, aproveitando assim
os registros de um período de 24 horas. Nesse período não houve interrupção no fornecimento
de energia e o local utilizado para fazer a coleta de dados possui geração própria fotovoltaica.
De acordo com o GRÁFICO 03, em 76,14% do tempo de análise a energia elétrica esteve no
índice normal com 22,23% do tempo a energia esteve no índice precário entre 133V e135V e
apenas 1,63% do tempo esteve no índice crítico acima de 135V.
GRÁFICO 03 – Ubá
80,00% 76,14%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
22,23%
20,00%
10,00%
1,63%
0,00%
NORMAL PRECÁRIO CRÍTICO
Fonte: autor, 2023.

57

Observa-se que comportamento das curvas de tensão, apresentam características típicas das
zonas urbanas, com afundamentos de tensão no horário de pico, compreendido entre as 17 horas
e as 21 horas, após esse horário a tensão tende a subir se mantendo em um período mais estável.
Porem com o nascer do sol tensão sobe devido à geração própria de energia elétrica através de
painéis fotovoltaicos nesse período houve uma grande elevação nos níveis de tensão no qual o
APÊNDICE B (TABELA 06), mostra que maior pico de energia foi de 137,21 no intervalo das
12h às 13h e o menor pico 126,35V no intervalo das 17h às 18h.
GRÁFICO 04 – Curva Média Ubá

135,00
134,50 134,50
134,25 134,21
134,00
133,50 133,55
133,00 133,09
132,81
132,50 132,27 132,59
132,45
132,00 132,00 132,34 132,00
131,50 131,64
131,37 131,35
131,04 131,09 131,20
131,00
130,53
130,50 130,52 130,48 130,40
130,33 130,44
130,00
0:00 4:48 9:36 14:24 19:12 0:00 4:48
Fonte: autor, 2023.
4.4.3 Rezende Costa
Resende Costa é um município do estado de Minas Gerais localizado no Campo das Vertentes
a aproximadamente 194 km da capital mineira Belo Horizonte e possui como concessionária
distribuidora de energia a Cemig.
As coletas de dados em Resende Costa foram realizadas entre as 12:37:06 do dia 09/09/2023 e
as 12:08:14 do dia 10/09/2023. Sendo descartas descartadas os registros que ocorreram
anteriormente as 13:00:00 do dia 09/09/2023 e posteriores as 11:59:59 do dia 10/09/2023,
aproveitando assim os registros de um período de 22 horas. A coleta de dados nesse período foi
realizada em rede 220V e houve interrupção no fornecimento de energia entre as 15:58:39 e as
58
15:58:52, e o local utilizado para fazer a coleta de dados possui geração própria fotovoltaica.
De acordo com o GRÁFICO 05, em apenas 0,17% do tempo de análise a energia elétrica esteve
no índice normal com 0,24% do tempo a energia esteve no índice precário entre 231V e 233V
e 98,59% do tempo esteve no índice crítico acima de 233V.
GRÁFICO 05 – Resende Costa

120,00%
98,59%
100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
0,17% 1,24%
0,00%
Fonte: autor, 2023.

Observa-se comportamento típico de zonas rurais com afundamentos de tensão no início da
manhã, após esse horário a tensão tende a subir se mantendo em um período mais estável. Porem
com o nascer do sol tensão sobe devido à geração própria de energia elétrica através de painéis
fotovoltaicos nesse período houve uma grande elevação nos níveis de tensão no qual o
APÊNDICE B (TABELA 07), mostra que maior pico de energia foi de 244,17V no intervalo
das 15h às 16h, uma elevação de 10,99% da tensão nominal, e o menor pico, excluindo a falta
de energia, sendo de 230,24V no intervalo das 06h às 07h.
59
GRÁFICO 06 – Curva Média Resende Costa

240,00
239,53 239,52 239,46
239,00
238,68
238,00 237,45
237,47
237,44 237,30 237,64
237,00 237,18
236,81 236,56 236,45
236,33
236,00 235,99 235,94 235,49 235,89
235,69
235,58 235,22
235,00 235,20
234,00 233,87
233,00
00:00 04:48 09:36 14:24 19:12 00:00 04:48 09:36 14:24
Fonte: autor, 2023.
4.4.4 Rio Espera
Rio Espera é um município do estado de Minas Gerais localizado na Zona da Mata a

aproximadamente 164 km da capital mineira Belo Horizonte e possui como concessionária
As coletas de dados em Rio Espera foram realizadas entre as 21:18:56 do dia 23/09/2023 e as
06:02:33 do dia 25/09/2023. Sendo descartas descartadas os registros que ocorreram
realizada em rede 127V onde não houve interrupção no fornecimento de energia no período de
coleta. De acordo com o GRÁFICO 07, em 98,10% do tempo de análise a energia elétrica esteve
no índice normal com 1,70% do tempo a energia esteve no índice precário entre 117V e 110V,
e apenas em 0,20% do tempo esteve no índice crítico acima de 110V, observando que a coleta
foi realizada em área urbana e em fim de rede.
60
GRÁFICO 07 – Rio Espera

120,00%
98,10%
100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
1,70% 0,20%
0,00%
Fonte: autor, 2023.

Observa-se comportamento típico de zonas urbanas com afundamentos de tensão no horário de
pico, porém seu menor afundamento se deve ao fato das leituras terem sido realizadas no
domingo onde não se há a mesma concentração de uso no horário de pico que os demais dias,
após esse horário a tensão tende a subir se mantendo em um período mais estável. Porem com
o nascer do sol tensão sobe devido à geração própria de energia elétrica através de painéis
fotovoltaicos nesse período houve uma grande elevação nos níveis de tensão no qual o
APÊNDICE B (TABELA 08), mostra que maior pico de energia foi de 147,29V no intervalo
das 06 h às 07 h, uma elevação de 15,98% da tensão nominal, e o menor pico sendo de 102,63V
no intervalo das 06h às 07h afundamento de 19,19% em relação à tensão nominal. Ambos os
picos são potencialmente perigosos aos eletroeletrônicos e eletrodomésticos da residência,
afundamento de tensão nesse período pode ser justificado pelo uso do chuveiro elétrico neste
horário, já a elevação possui causa desconhecida.
61
GRÁFICO 08 – Curva Média Rio Espera

126,00 125,44
124,93
125,00 124,75 125,07
123,79 123,81 124,73 124,51 123,91
124,00 123,34 123,60 123,78 124,07
123,64 123,38 123,50
123,00 122,93
122,97 123,28 122,91
122,29
122,00
121,51 121,75
121,00
120,00
119,73
119,00
00:00 04:48 09:36 14:24 19:12 00:00 04:48
Fonte: autor, 2023.
4.4.5 Conselheiro Lafaiete
Conselheiro Lafaiete é um município do estado de Minas Gerais localizado na Zona da Mata a

aproximadamente 100 km da capital mineira Belo Horizonte e possui como concessionária
As coletas de dados em Rio Espera foram realizadas entre as 18:47:53 do dia 03/10/2023 e a
01:39:12 do dia 05/10/2023. Sendo descartas descartadas os registros que ocorreram
realizada em rede 127V onde não houve interrupção no fornecimento de energia no período de
coleta. De acordo com o GRÁFICO 09, em 97,73% do tempo de análise a energia elétrica esteve
no índice normal com 2,27% do tempo a energia esteve no índice precário entre 117V e 110V,
e apenas em 0,0% do tempo esteve no índice crítico acima de 110V, observando que a coleta
foi realizada em área central de Conselheiro Lafaiete.
62
GRÁFICO 09 – Conselheiro Lafaiete

120,00%
97,73%
100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
2,27% 0,00%
0,00%
1 2 3
Fonte: autor, 2023.

Observa-se que comportamento das curvas de tensão, apresentam características típicas de
centros comerciais, onde ocorrem afundamentos de tensão conforme o dia vai ficando mais
quente e aumenta o uso de condicionadores de ar, na data da coleta, de acordo com The Weather
Channel, 2014 a temperatura chegou aos 30º C, após esse horário a tensão tende a subir, ainda
se mantendo abaixo da tensão nominal durante o horário de pico, e subindo novamente
atingindo seu pico máximo no início da madrugada. No APÊNDICE B (TABELA 09) estão
dispostas as informações com a maior e a menor leitura obtida por intervalo de hora, sendo a
maior 129,54V no intervalo da 0h à 1h e a menor 113,01V no intervalo das 20h às 21h.
GRÁFICO 10 – Curva média Conselheiro Lafaiete

128,00
126,85
127,00 126,37
126,00 126,44 126,30
125,00 125,48 124,86
124,96 124,67
124,00 124,97 124,05
123,48 123,51
123,00 122,73 122,67
122,00 122,52 121,57 121,21 122,18
121,00 121,58 121,30
121,05
121,26
120,00 120,63
119,00 119,15
118,00
0:00 4:48 9:36 14:24 19:12 0:00 4:48
Fonte: autor, 2023.

63
4.4.6 Comparação dos pontos de coleta
O GRÁFICO 11 apresenta a comparação das leituras realizadas em cada local de coleta,

distribuído entre os três níveis de tensão normal, precário e crítico.
GRÁFICO 11 – Gráfico geral de níveis de tensão

Ubá Resende Costa Rio Espera Joselândia Conselheiro Lafaiete
98,59%
98,10%
97,73%
76,51%
67,75%
32,23%
21,90%
2,27%
1,70%
1,63%
1,24%
0,20%
0,17%
0,02%
0,00%
NORMAL PRECÁRIA CRÍTICO
Fonte: Autor, 2023.
Com base nas informações expressas acima, observou-se que o desempenho de Resende Costa
não foi satisfatório sendo o pior nos níveis normal e crítico, seguido por Joselândia que teve o
segundo pior desempenho no nível normal e o pior no nível precário.
Os resultados de Ubá, Rio Espera e Conselheiro Lafaiete foram satisfatórios mantendo no nível
normal acima de 75% do tempo avaliado. Ubá teve o pior desempenho dentre os três nos níveis
normal e precário. Rio Espera e Conselheiro Lafaiete obtiveram resultados muito semelhantes
em todos os níveis de tensão, destacando Conselheiro Lafaiete que em nenhum momento do
período avaliado houve nível de tensão crítico.
4.5 Custos de montagem do protótipo
Para a confecção do protótipo foi necessário além de componentes nacionais também importar
alguns, cujo a lista com valor está especificada na TABELA 04. O valor total para confecção
64
foi de R$ 178,74, cento e setenta e oito reais e setenta e quarto centavos, não sendo
contabilizado gasto com estanho e fluxo de solda.
TABELA 04 – Preço dos componentes

NACIONAIS PREÇO IMPORTADOS PREÇO
BATERIAS R$ 13,98 ATMEGA 328P R$ 25,00
CAPACITOR 0,1Uf R$ 2,08 CONECTOR XH2.54 R$ 0,50
CAPACITOR 330Uf R$ 2,00 DIODO R$ 0,55
CASE R$ 14,15 FIOS R$ 0,50
CONECITOR P4 R$ 5,00 FONTE R$ 7,13
LCD R$ 29,67 INTERRUPTOR R$ 0,18
LM1117T R$ 11,98 LED R$ 0,30
LM7805 R$ 5,00 PCI R$ 12,60
PORTA FUZIVÉL R$ 1,30 PLACA DE BATERIA R$ 5,00
RTC R$ 16,60 PUSH BUTTON R$ 0,35
ZMPT 101b R$ 20,62 RESISTORS R$ 0,18
SLOTE DE BATERIAS R$ 4,07
TOTAL R$ 122,38 TOTAL R$ 56,36
Fonte: autor, 2023.
Observação: Para os importados a tabela apresenta valores pagos no ato da compra, portanto o
valor atual pode apresentar variação. Os componentes importados foram comprados através do
Aliexpress e os nacionais através da Shopee.
65
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os procedimentos de pesquisa envolveram etapas significativas, desde pesquisas bibliográficas

até a montagem e programação do protótipo. Destaca-se a resolução de desafios, como o erro
na coleta de dados, demonstrando uma abordagem prática e adaptativa. A análise e interpretação
dos dados revelam oscilações de tensão em diferentes localidades, fornecendo insights valiosos
sobre a qualidade da energia elétrica fornecida. A utilização do Excel para análise evidencia a
integração de ferramentas tecnológicas. Os resultados obtidos mostram uma visão detalhada do
desempenho do monitor de tensão em diferentes contextos. A montagem física do protótipo,
juntamente com os resultados obtidos em diversas localidades, contribui para a compreensão
dos desafios e oportunidades na gestão da qualidade de energia.
A abordagem sistemática na coleta de dados em várias localidades, considerando diferentes

condições, fortalece a confiabilidade do estudo. A análise específica de cada área, como
Joselândia, Ubá, Resende Costa, Rio Espera e Conselheiro Lafaiete, proporciona insights
regionais valiosos. A discussão sobre a alimentação e sinalização do protótipo, incluindo a
integração de baterias e indicadores LED, demonstra uma preocupação abrangente com a
operacionalidade e segurança do dispositivo.
Em suma, a pesquisa oferece uma contribuição significativa para o entendimento da qualidade

da energia elétrica em contextos residenciais, apresentando uma metodologia abrangente e
resultados detalhados. O protótipo desenvolvido revela-se uma ferramenta valiosa para
monitorar e analisar as oscilações de tensão, abrindo caminho para futuras melhorias na gestão
da qualidade energética.
A criação de um monitor de tensão economicamente viável e eficaz mostrou-se possível e

posteriormente construir um histórico dos níveis de tensão ao longo do seu uso identificando
variações e surtos, bem como averiguar se as concessionárias fornecedoras de energia elétrica
nos locais de leitura estavam fornecendo energia elétrica de acordo com a norma vigente.
66
Para aprimorar ainda mais o protótipo, uma alternativa seria integrá-lo à internet, viabilizando
o monitoramento remoto em tempo real. Essa implementação possibilitaria o acesso imediato
aos dados coletados, agregando uma camada de eficiência ao sistema e permitindo uma gestão
mais dinâmica e proativa das condições elétricas monitoradas.
67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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WANKHEDE, M. B. L. A Review Paper on PV Plant Ambient Parameters Real Time

Monitoring and Logging using Microcontroller. [S.l.]. 2019.
70
APÊNDICES
APÊNDICE A – Código monitor de tensão para Arduino
001 /*monitor de tensão AC identificador de surto

002 com sensor Zmpt101b e função datalogger
003 Trabalho de Conclusão de Curso
004 autor Eudes Gonçalves.
005 */
006 #include<EmonLib.h> // inclui biblioteca de analize de tensao
007 #include <RTClib.h> // inclui biblioteca do relogio
008 #include <LiquidCrystal_I2C.h> // inclui biblioteca do display
009 #include <Wire.h> // inclui biblioteca de barramento I2C
010 #include<SPI.h> // inclui biblioteca de barramento SPI
011 #include<SD.h> // inclui biblioteca do cartão SD
012
013 #define Volt_cal 211.6 // define paramentro de regulagem de tensao
014 #define pinSel 8 // recebe nivel de tensao a ser selecionado
015 #define pinLed 9 // indica tensao 220 selecionada
016 EnergyMonitor entrada; // cria a função de entrada no A0
017 RTC_DS1307 rtc; // cria a função relogio
018 LiquidCrystal_I2C lcd(0x27, 16, 2); // endereco do LCD
019
020 int Nivel_oper; // variavel recebe tensao de operacao
021 int segundos; // variavel recebe segundos
022 int Selecao; // variave nivel de tensao selecionado
023 float tensao; // variavel de tensao
024 String Status; // variavel para status da tensao anormal
025 String dia; // variavel de texto dia
026 String separa = ("_"); // variavel para separar data
027 String mes; //variavel de texto mês
028 String hora; // variavel de texto horas
029 String tipo = (".txt"); // variavel formato do arquivo
030 String PicoAnormal = ("PA"); // variavel para abreviatura de Pico Anormal
031 String nome; // variavel nome do arquivo criado no SD
032 String nomeAnormal; // variavel nome do arquivo criado no SD
033
034 void Pico_Anormal(); // verifica pico anoral de tensão
035 void Volts(); // função de calculo de tensão
036 void Gravar(); // função de gravação
037 void Gravar_Anormal(); // função de gravação
038 void DataHora(); // função data e hora
039 void Titulo(); // função nemeia arquifo
040
041 void setup() // inicia programa
042 {
043 pinMode (pinSel , INPUT); // funcao de operacao da porta digital
71
044 pinMode (pinLed , OUTPUT); // funcao de operacao da porta digital

045
046 rtc.begin(); // Inicia o módulo RTC
047 //rtc.adjust(DateTime(2023, 8, 6, 21, 38, 0)); // Ajuste Manual (Ano, Mês, Dia, Hora,
Min, Seg)
048 Selecao = digitalRead(pinSel);
049 delay (1000);
050 if (Selecao == HIGH) {
051 Nivel_oper = 220; // verifica se o nivel de tensao esta e 220V
052 digitalWrite (pinLed, HIGH);
053 } else {
054 Nivel_oper = 127; // verifica se o nivel de tensao esta e 127V
055 }
056
057 Serial.begin(9600); // define velocidade do monitor serial
058 entrada.voltage(0, Volt_cal, 1.7);
059 SD.begin(10); // inicia cartão SD
060 lcd.init(); // inicia LCD
061 lcd.backlight(); // acende LCD
062 lcd.clear(); // limpa LCD
063 //lcd.setCursor(2, 0); // posiciona cursor no LCD
064 lcd.print("Monitorde tensao"); // imprime no LCD
065 lcd.setCursor(0, 1); // posiciona cursor no LCD
066 lcd.print("Selecionado "); // imprime no LCD
067 lcd.print(Nivel_oper); // imprime no LCD
068 lcd.print("V"); // imprime no LCD
069 delay (1000); // espera 5 segundos
070 lcd.clear();
071 }
072 void loop () // loop infinito
073 {
074 Volts();
075 DataHora();
076 Gravar();
077 Pico_Anormal();
078 Titulo();
079 } //fim loop
080
081 void Volts() // inicia volts
082 {
083 entrada.calcVI(17, 2000); // recebe valor de entrada de A0 em semiciclos
084 tensao = entrada.Vrms; // Calcula tensao em RMS
085 if (tensao < 10) {
086 tensao = 0;
087 }
089 lcd.print("TENSAO:");// imprime no LCD
090 lcd.print(tensao);// imprime no LCD
091 lcd.print("V");// imprime no LCD
092 } //fim volts
72
093 void DataHora() // inicia data e hora

094 {
095 DateTime now = rtc.now();
097
098 lcd.print(rtc.now().day()); // Imprime o dia no LCD
099 lcd.print("/"); // Imprime o texto no LCD
100 lcd.print(rtc.now().month()); // Imprime o mês no LCD
101 lcd.print("/"); // Imprime o texto no LCD
102 lcd.print((rtc.now().year()) - 2000); // Imprime o ano no LCD
103
105 lcd.print(rtc.now().hour()); // Imprime hora no LCD
106 lcd.print(":"); // Imprime o texto no LCD
107 lcd.print(rtc.now().minute()); // Imprime minutono LCD
108 segundos = (rtc.now().second()); // atribui valor a segundos
109
110 if (segundos == 0) // verifica segundos
111 {
113 } // fim do if
114
115 } //fim DataHora
116 void Titulo() // incia nome e tipo do arquivo
117 {
118 dia = (rtc.now().day()); // define data do arquivo
119 mes = (rtc.now().month());// define data do arquivo
120 hora = (rtc.now().hour()); // define data do arquivo
121 nome = dia + separa + mes + separa + hora + tipo; // cria o nome do arquivo
122 dia = (rtc.now().day()); // define data do arquivo
123 mes = (rtc.now().month());// define data do arquivo
124 hora = (rtc.now().hour()); // define data do arquivo
125 nomeAnormal = PicoAnormal + dia + mes + hora + tipo; // cria o nome do arquivo
para análise pico anormal
126 } // fim nome do arquivo
127 void Pico_Anormal()
128 {
129 if (Nivel_oper == 127)
130 {
131 if (tensao < 117 && tensao > 110 || tensao > 133 && tensao < 135) // // verifica se a
tensão está em nivel precario
132 {
133 Status = ("NIVEL DE TENSAO PRECARIO");
134 Gravar_Anormal();
135 } // fim do if precario
136 if (tensao < 110 || tensao > 135) // verifica se a tensão está em nivel critico
137 {
138 Status = ("NIVEL DE TENSAO CRITICO");
140 } // fim do if critico
73
141 }// fim do if selação 127

142
143 if (Nivel_oper == 220)
144 {
145 if (tensao < 202 && tensao > 191 || tensao > 231 && tensao < 233) // // verifica se a
tensão está em nivel precario
146 {
147 Status = ("NIVEL DE TENSAO PRECARIO");
149 } // fim do if precario
150 if (tensao < 191 || tensao > 233) // verifica se a tensão está em nivel critico
151 {
152 Status = ("NIVEL DE TENSAO CRITICO");
154 } // fim do if critico
155 } // fim do if seleção 220
156 } // fim pico anormal
157
158 void Gravar() // inicia gravação (datalogger)
159 {
160 File MeuArquivo = SD.open(nome, FILE_WRITE); // abre SD e cria e nomeia
Arquivo
161 if (MeuArquivo) // verifica se o SD esta ok
162 {
163 MeuArquivo.print("Data: "); //Imprime o texto no SD
164 MeuArquivo.print(rtc.now().day()); //Imprime o dia no SD
165 MeuArquivo.print("/"); //Imprime o texto no SD
166 MeuArquivo.print(rtc.now().month()); //Imprime o mês no SD
168 MeuArquivo.print(rtc.now().year()); //Imprime o ano no SD
169
170 MeuArquivo.print(" Hora: "); //Imprime o texto no SD
171 MeuArquivo.print(rtc.now().hour()); //Imprime a hora no SD
172 MeuArquivo.print(":"); //Imprime o texto no SD
173 MeuArquivo.print(rtc.now().minute()); //Imprime o minuto no SD
175 MeuArquivo.print(rtc.now().second()); //Imprime o segundo no SD
176
177 MeuArquivo.print(" TENSÃO: "); //Imprime o texto no SD
178 MeuArquivo.print(tensao); //Imprime o tensão no SD
179 MeuArquivo.println(" V"); //Imprime o texto no SD
180 MeuArquivo.close(); //fecha o arquivo
181
182 } // fim do if
183 else // se o sd não estiver ok
184 {
186 lcd.print("SEM CARTAO SD"); // imprime aviso no LCD
187 delay(5000); // cria atraso para mensagem ser lida
188 }
74
189 }
190 void Gravar_Anormal()
191 {
192 File MeuArquivo = SD.open(nomeAnormal, FILE_WRITE); // abre SD e cria e
nomeia Arquivo
193 if (MeuArquivo) // verifica se o SD esta ok
194 {
195 MeuArquivo.print(Status); //Imprime o texto no SD
196 MeuArquivo.print(" Data: "); //Imprime o texto no SD
197 MeuArquivo.print(rtc.now().day()); //Imprime o dia no SD
199 MeuArquivo.print(rtc.now().month()); //Imprime o mês no SD
201 MeuArquivo.print(rtc.now().year()); //Imprime o ano no SD
202 MeuArquivo.print(" "); //Imprime o texto no SD para separar leituras
203
204 MeuArquivo.print(" Hora: "); //Imprime o texto no SD
205 MeuArquivo.print(rtc.now().hour()); //Imprime a hora no SD
207 MeuArquivo.print(rtc.now().minute()); //Imprime o minuto no SD
209 MeuArquivo.print(rtc.now().second()); //Imprime o segundo no SD
210 MeuArquivo.print(" "); //Imprime o texto no SD para separar leituras
211
212 MeuArquivo.print(" TENSÃO: "); //Imprime o texto no SD
213 MeuArquivo.print(tensao); //Imprime o tensão anormal no SD
214 MeuArquivo.println(" V"); //Imprime o texto no SD
215 MeuArquivo.close(); //fecha o arquivo
216 } // fim do else
217 } // fim de gravação
218 /* Fim de algoritmo
219 Curso Engenharia Elétrica
220 Aluno Eudes Gonçalves
221 Orientador(a): Prof. Esp. Adão Henrique Soares Alves
222 */
75
APÊNDICE B – Tabela níveis de tensão
TABELA 05 – Joselândia TABELA 06 – Ubá TABELA 07 – Rezende Costa

MÁXIMO MÍNIMO MÁXIMO MÍNIMO HORA MÁXIMO MÍNIMO
HORA HORA
(V) (V) (V) (V) 13:00 241,97 236,94
0:00 120,96 114,32 0:00 132,62 127,65 14:00 242,62 234,69
1:00 120,96 114,32 1:00 133,18 128,64 15:00 244,17 0,00
2:00 121,96 113,44 2:00 133,69 128,70 16:00 240,32 233,32
3:00 121,55 112,60 3:00 134,16 129,43 17:00 241,32 233,65
4:00 121,43 116,26 4:00 133,31 127,08 18:00 240,34 232,01
5:00 119,48 112,23 5:00 132,54 127,26 19:00 241,91 232,08
6:00 118,55 111,14 6:00 134,73 129,02 20:00 240,60 234,51
7:00 116,86 109,97 7:00 135,15 129,25 21:00 240,45 233,73
8:00 114,91 101,04 8:00 136,75 131,53 22:00 239,24 233,68
9:00 117,58 107,46 9:00 135,18 130,22 23:00 239,27 233,77
10:00 118,32 107,26 10:00 135,39 130,07 00:00 238,47 233,63
11:00 117,59 102,79 11:00 137,19 131,22 01:00 238,78 233,37
12:00 118,47 113,13 12:00 137,21 130,49 02:00 239,04 234,04
13:00 118,53 105,10 13:00 136,54 129,63 03:00 239,14 233,55
14:00 118,81 110,40 14:00 134,86 130,02 04:00 237,88 232,92
15:00 116,71 110,37 15:00 135,39 130,37 05:00 237,81 231,89
16:00 116,19 108,40 16:00 133,55 126,83 06:00 238,80 230,24
17:00 113,74 108,69 17:00 135,69 126,35 07:00 237,57 231,66
18:00 115,94 105,77 18:00 134,29 127,19 08:00 239,20 232,20
19:00 116,39 106,23 19:00 134,21 128,41 09:00 240,23 235,25
20:00 127,99 0,00 20:00 133,09 126,52 10:00 242,31 236,53
21:00 121,38 107,56 21:00 132,43 127,81 11:00 241,92 236,16
22:00 119,79 115,39 22:00 132,73 127,06
23:00 120,58 115,58 23:00 133,22 127,80
76
TABELA 08 – Rio Espera TABELA 09 – Conselheiro Lafaiete

HORA MÁXIMO MÍNIMO HORA MÁXIMO MÍNIMO
00:00 127,32 119,66 0:00 129,54 124,29
01:00 127,59 114,12 1:00 129,11 124,79
02:00 126,25 117,13 2:00 128,39 123,68
03:00 125,92 120,47 3:00 128,43 123,31
04:00 125,91 117,99 4:00 127,59 122,75
05:00 127,26 121,22 5:00 127,86 122,07
06:00 147,29 102,63 6:00 128,22 121,34
07:00 126,16 112,25 7:00 128,00 121,77
08:00 125,89 119,52 8:00 127,98 116,44
09:00 126,94 112,14 9:00 127,11 119,32
10:00 127,74 114,53 10:00 126,20 117,99
11:00 128,09 120,69 11:00 125,78 116,53
12:00 127,70 114,49 12:00 125,09 117,93
13:00 128,11 116,08 13:00 124,84 116,41
14:00 128,88 112,71 14:00 124,96 113,07
15:00 126,82 121,12 15:00 124,07 116,23
16:00 130,02 113,60 16:00 124,43 117,66
17:00 131,44 119,89 17:00 124,44 115,29
18:00 129,16 113,99 18:00 124,52 118,04
19:00 125,98 118,16 19:00 125,99 118,73
20:00 126,30 109,74 20:00 126,56 113,01
21:00 127,37 113,09 21:00 127,21 118,70
22:00 127,16 113,48 22:00 127,58 115,11
23:00 127,01 113,64 23:00 127,54 121,16
77
APÊNDICE C – Protótipo montado
FIGURA 29 – Monitor iniciando
Fonte: autor, 2023.
FIGURA 30 – Monitor operacional
Fonte: autor, 2023.

78
FIGURA 31 – Led’s de sinalização
Fonte: autor, 2023.
FIGURA 32 – Visão interna superior
Fonte: autor, 2023.

79
FIGURA 33 – Visão geral
Fonte: autor, 2023.
FIGURA 34 – Erro no cartão de memoria
Fonte: autor, 2023.

TCC EUDES GONCALVES Final

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE CONSELHEIRO LAFAIETE – CES-CL

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

MONITOR DE TENSÃO PARA ANÁLISE DE QUALIDADE DA

MONITOR DE TENSÃO PARA ANÁLISE DE QUALIDADE DA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

Orientador(a): Prof. Esp. Adão Henrique Soares

MONITOR DE TENSÃO PARA ANÁLISE DE QUALIDADE DA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

Data de aprovação: 24 de junho de 2023.

Aos professores e colaboradores da instituição, pelo conhecimento compartilhado, desafios

Muito obrigado a todos!

Esse trabalho aborda o desenvolvimento de um protótipo para monitoramento de tensão

Palavras-chave: Monitor de tensão. Protótipo. Qualidade de energia elétrica. Oscilações de

FIGURA 01 - Thales de Miletus............................................................................................... 20

TABELA 01– Níveis de tensão................................................................................................. 28

GRÁFICO 01– Joselândia ........................................................................................................ 55

Ω – Letra grega Ohm

1.1 Questão de pesquisa ...................................................................................................... 18

1.2 Objetivo .......................................................................................................................... 18

1.2.1 Objetivo geral .................................................................................................................. 18

1.2.2 Objetos específicos.......................................................................................................... 19

1.3 Justificativa .................................................................................................................... 19

2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 20

2.1 História da eletricidade................................................................................................. 20

2.1.1 A batalha das correntes.................................................................................................... 21

2.1.2 Leis de Ohms................................................................................................................... 22

2.2 Energia elétrica.............................................................................................................. 23

2.2.1 Potência elétrica .............................................................................................................. 24

2.2.2 Geração e distribuição ..................................................................................................... 24

2.3 Surtos de tensão ............................................................................................................. 25

2.3.1 Sobretensões induzidas ................................................................................................... 29

2.3.2 Sobretensões de comutação............................................................................................. 29

2.4 Influência dos surtos de tensão .................................................................................... 30

2.5 Tensão de operação ....................................................................................................... 31

2.6 Microcontroladores ....................................................................................................... 32

2.6.1 Arduino ........................................................................................................................... 32

2.6.2 ESP32 .............................................................................................................................. 33

2.7 Módulos para Arduino .................................................................................................. 34

2.7.1 RTC ................................................................................................................................. 34

2.7.2 ZMPT101b ...................................................................................................................... 35

2.8 Programação .................................................................................................................. 36

2.8.2 I2C ................................................................................................................................... 36

2.8.3 Bibliotecas ....................................................................................................................... 37

2.8.4 Conversor Analógico Digital........................................................................................... 38

2.8.5 Interpolação polinomial .................................................................................................. 39

2.8.6 Método dos mínimos quadrados ..................................................................................... 39

3.1 Fontes ............................................................................................................................. 40

3.2 Montagem e programação ............................................................................................ 41

3.2.1 Montagem ....................................................................................................................... 41

3.3 Coleta de dados .............................................................................................................. 44

3.4 Análise e interpretação de dados ................................................................................. 44

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 45

4.1 Montagem Física ........................................................................................................... 45

4.1.1 Placa PCI ......................................................................................................................... 45

4.1.2 Montagem ....................................................................................................................... 46

4.1.3 Alimentação e sinalização ............................................................................................... 47

4.1.4 Leds de indicação ............................................................................................................ 48

4.2 Analise dos dados .......................................................................................................... 49

4.3 Programação .................................................................................................................. 51

4.3.1 Coleta de dados ............................................................................................................... 51

4.4 Coletas ............................................................................................................................ 52

4.4.1 Joselândia ........................................................................................................................ 53

4.4.2 Ubá .................................................................................................................................. 56