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CURITIBA
2014
I
GUSTAVO DAGIOS DAL MOLIN
Orientador:
CURITIBA
2014
II
TERMO DE APROVAÇÃO
GUSTAVO DAGIOS DAL MOLIN
III
DEDICATÓRIA
IV
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Prof. Dr. João Américo Vilela por ter aceitado com toda
vontade e apoio me orientar durante este trabalho e por toda a paciência,
disposição, motivação para que eu pudesse melhorar cada vez mais e me
orientasse com grandes ideias para me ajudar durante as dificuldades
encontradas durante o trabalho.
V
RESUMO
VI
ABSTRACT
VII
LISTA DE SIGLAS
CA Corrente Alternada
CC Corrente Continua
FV Fotovoltaico
GD Geração Distribuída
8
LISTA DE TABELAS
9
LISTA DE FIGURAS
10
FIGURA 3.23 – Esquema representativo do sistema fotovoltaico ELCO -
Modificado ........................................................................................................ 65
FIGURA 3.24 – Tensão nos pontos do SFCR com cargas variando a potência
do inversor........................................................................................................ 67
FIGURA 3.25 – Tensão nos pontos do SFCR sem cargas variando a potência
do inversor........................................................................................................ 67
FIGURA 3.26 – Comparação Com/Sem carga para Potência de valor Nominal
FIGURA 3.27 – Comparação Com/Sem carga para Potência de 4 vezes o valor
Nominal ............................................................................................................ 67
FIGURA 3.28 – Comparação Com/Sem carga sem o Inversor ........................ 68
11
SUMÁRIO
RESUMO........................................................................................................... VI
ABSTRACT ...................................................................................................... VII
LISTA DE SIGLAS ............................................................................................. 8
LISTA DE TABELAS .......................................................................................... 9
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................ 10
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 14
1.1 CONTEXTO ........................................................................................ 15
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................ 17
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................... 17
1.2.2 Objetivos específicos ........................................................................ 17
1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................. 18
1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ...................................................... 18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. 20
2.1 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E REGULAMENTAÇÃO ........................... 20
2.2 QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA .............................................. 24
2.2.1 Níveis de tensão em regime permanente ..................................... 26
2.2.3 Distorções Harmônicas ................................................................. 27
2.2.3 Ilhamento ...................................................................................... 30
2.3 ESTUDOS JÁ REALIZADOS .............................................................. 31
2.3.1 Justificativa da escolha dos 4 artigos ................................................... 32
2.3.2 Artigo Análise da Qualidade de Energia de Sistemas Fotovoltaicos
de Pequeno Porte Conectados à Rede......................................................... 32
2.3.3 Artigo Qualidade da Energia Elétrica em Uma Instalação
Fotovoltaica Conectada à Rede Elétrica de Baixa Tensão ........................ 35
2.3.4 Dissertação de mestrado - Análise operacional de uma micro rede
eléctrica com produção de energia fotovoltaica ......................................... 37
2.3.5 Tese de doutorado - Sistemas fotovoltaicos conectados a redes de
distribuição urbanas: sua influência na qualidade da energia elétrica e
análise dos parâmetros que possam afetar a conectividade ..................... 38
3 DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS .................................................. 40
3.1 DESCRIÇÃO DA INSTALAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO ..... 40
3.1.1 Entrada de energia ....................................................................... 41
3.1.2 Dados das placas solares fotovoltaicas ........................................ 41
12
3.1.3 Composição da instalação ............................................................ 43
3.2 EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO DE QUALIDADE DE ENERGIA ....... 45
3.3 DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS ............................................................. 45
3.3.1 Ensaio de contribuição das harmônicas de corrente na carga,
inversor e o ponto de junção...................................................................... 46
3.3.2 Ensaio de monitoramento dos níveis de tensão RMS em um
período de aproximadamente uma semana .............................................. 50
3.3.3 Ensaio para verificar o sistema anti-ilhamento do inversor........... 54
3.3.4 Ensaio de monitoramento da tensão entregue pelo inversor de
acordo com a variação de potência fornecida pelo inversor ...................... 56
3.3.5 Ensaio de coleta das amostras de valores de harmônicos de
corrente individuais na saída dos inversores de acordo com a potência ... 60
3.3.6 Ensaios de coleta das distorções harmônicas de corrente para
modelagem do SFCR e utilização na simulação ....................................... 61
3.3.7 Simulação ..................................................................................... 64
4 CONCLUSÃO ............................................................................................ 70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 72
APÊNDICE A – Tabela de Harmônicos Individuais de 7 amostras de potência
na saída do inversor Fase A............................................................................. 74
APÊNDICE B – Diagrama Unifilar Geral do SFCR da ELCO ........................... 76
APÊNDICE C – Esquemático monofásico do SFCR estudado no PSIM ......... 77
13
1 INTRODUÇÃO
Empreendimentos em Operação
Capacidade Instalada Total
Tipo % %
N.° de Usinas (kW) N.° de Usinas (kW)
Hidro 1.108 86.698.970 63,54 1.108 86.698.970 63,54
Natural 116 12.534.521 9,19
Gás 157 14.281.944 10,47
Processo 41 1.747.423 1,28
Óleo Diesel 1.122 3.528.733 2,59
Petróleo 1.155 7.612.346 5,58
Óleo Residual 33 4.083.613 2,99
Bagaço de Cana 378 9.339.426 6,84
Licor Negro 16 1.530.182 1,12
Biomassa Madeira 51 432.635 0,32 478 11.423.613 8,37
Biogás 24 84.937 0,06
Casca de Arroz 9 36.433 0,03
Nuclear 2 1.990.000 1,46 2 1.990.000 1,46
Carvão Mineral Carvão Mineral 13 3.389.465 2,48 13 3.389.465 2,48
Eólica 135 2.876.576 2,11 135 2.876.576 2,11
Fotovoltaica 102 9.372 0 102 9.372 0
Paraguai 5.650.000 5,46
Argentina 2.250.000 2,17
Importação 8.170.000 5,99
Venezuela 200.000 0,19
Uruguai 70.000 0,07
Total 3.152 136.456.636 100 3.152 136.456.636 100
FONTE: ANEEL (2014)
14
Atualmente com um aumento elevado do consumo de energia elétrica,
uma preocupação cada vez maior com os impactos ambientais e o
desenvolvimento de novos conceitos de geração de energia elétrica, como
exemplo a geração solar, pode se tornar uma ótima alternativa.
1.1 CONTEXTO
15
aos sistemas de distribuição de energia elétrica e o sistema de compensação
de energia elétrica e entre outras normas, até mesmo de conteúdos
internacionais, determinam os critérios a serem seguidos para uma
implantação de sistemas de geração distribuída dentro dos padrões para que
energia elétrica seja fornecida corretamente e com qualidade.
Geração Distribuída
Infraestrutura Compartilhada
Novas tendências tecnológicas do Smart Grid
Aspectos regulatórios e seus impactos
Telecomunicações
Medição
Ferramentas de TI
16
Automação de Sistemas
Mobilidade Elétrica
Acumulação de Energia
1.2 OBJETIVOS
17
Estudar os sistemas fotovoltaicos conectados à rede
Estudar os critérios de qualidade de energia elétrica
Estudar as normas técnicas
Aprender a trabalhar com o FLUKE 434
Analisar a instalação do sistema que será realizado as medições
Realizar as medições de qualidade de energia elétrica
Elaborar relatório final com os dados coletados
1.3 JUSTIFICATIVA
18
sistemas fotovoltaicos conectados à rede e a regulamentação tanto nacional
como internacional, mostrando também alguns artigos que já estudaram a
qualidade da energia elétrica entregue por sistemas fotovoltaicos e que
apresentam alguns resultados importantes para comparações e entendimento
da metodologia a ser seguida nesse trabalho.
19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
20
considerando o planejamento integrado dos recursos e
a identificação de complementaridade horossazonal e
energética entre a fonte solar fotovoltaica e as fontes
disponíveis; Estimular a redução de custos da geração
solar fotovoltaica com vistas a promover a sua
competição com as demais fontes de energia”
21
“Desde 17 de abril de 2012, quando entrou em vigor
a Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, o
consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia
elétrica a partir de fontes renováveis e inclusive
fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua
localidade. Trata-se da micro e da mini geração
distribuídas de energia elétrica, inovações que podem
aliar economia financeira, consciência socioambiental e
auto sustentabilidade. ”
SP 84
APE 267
PIE 1.326
COM 0
APE-COM 0
REG 1.245
REG-RN482 96
Legenda
APE Autoprodução de Energia
APE-COM Autoprodução c/ Comerc. de Excedente
COM Comercialização de Energia
PIE Produção Independente de Energia
REG Registro
REG-RN482 Registro mini micro Geradores RN482/2012
SP Serviço Público
22
FONTE: ANEEL (2014)
23
geradores de energia elétrica que queiram injetar correntes em redes até 69kV,
que também é utilizada pela recomendação IEEE std 1547-2003 “IEEE
Standard for Interconnecting Distributed Resources With Electric Power
Systems”.
24
de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará de Tiago Greison Martins
Lourenço de 2012, comenta:
“Para que se definam estratégias de mitigação
dos distúrbios da QEE, é necessário realizar, por meio
de um plano de medição, a captura de dados, isto é,
grandezas elétricas como tensão e corrente, entre
outras, em pontos estratégicos da rede monitorada, no
intervalo de tempo apropriado, utilizando-se
equipamentos adequados para a tarefa. ”
“O monitoramento ideal da rede elétrica é a
coleta simultânea de dados nos pontos de interesse.
Nestas condições, o diagnóstico da rede seria mais
completo e preciso, uma vez que demonstraria o
desempenho da rede numa área geográfica maior
submetida a eventos e distúrbios simultâneos.
Entretanto, limitações econômicas dificultam esta
solução, e o monitoramento em geral é feito em cada
ponto estratégico individualmente. ”
25
Quanto a qualidade de serviço que de acordo com o PRODIST tem
como objetivo estabelecer a metodologia para apuração dos indicadores de
continuidade e dos tempos de atendimento a ocorrências emergenciais,
definindo padrões e responsabilidades será tratada com menor ênfase
deixando os tópicos de produto mais em evidência, pois são os que definem os
principais pontos que são avaliados nas medições no sistema fotovoltaico
estudado.
26
2.2.2 Elevações de tensão de curta duração
27
O módulo 1 do PRODIST define dois critérios relacionados aos
harmônicos que ajudam a analisar a qualidade da energia elétrica:
(1)
√∑
(2)
28
regulatóriamente, serão estabelecidos em resolução específica, após período
experimental de coleta de dados”.
29
corrente eles provocam as distorções prejudicando a qualidade da energia
elétrica desse sinal.
2.2.3 Ilhamento
30
Caso o inversor não possua um sistema de anti-ilhamento ou apresente
falha na atuação desse sistema, a qual pode ser causada por erro na regulação
do próprio inversor ou defeito, a segurança pessoal e da instalação com o
sistema de geração fotovoltaica conectado à rede pode ficar comprometida.
31
importante avaliar alguns exemplos de testes, medições, teorias e métodos já
realizados, para que se possa entender alguns resultados, compará-los e se
possível aprimorá-los.
32
FIGURA 2.1 – Diagrama do SFCR
FONTE: Demonti. R, ET AL. 2014. p. 2.
33
Os três equipamentos utilizados para as medições são aparelhos de
monitoramento da qualidade da energia elétrica modelo MARH-21 da marca
RMS e atuaram durante cerca de três meses.
34
para corrigir o fator de potência, quais os impactos que a atuação desses
bancos poderiam trazer.
35
FIGURA 2.3 – Esquemático do SFCR
FONTE: Melo F. C. ET AL. 2014. p. 2.
36
FIGURA 2.4 – Posição ponteiras no SFCR
FONTE: Melo F. C. ET AL. 2014 p. 5.
37
requisitos comparados com a primeira simulação foram os níveis de tensão e
corrente e a distorção harmônica total em vários pontos da instalação.
Novamente um dos parâmetros mais estudados foi a distorção harmônica de
corrente.
38
Os ensaios realizados nessa tese foram focados em analisar os
parâmetros de qualidade de energia elétrica no ponto de conexão do sistema
fotovoltaico com a rede de distribuição. Primeiramente foram realizados testes
em laboratório em que foi possível simular uma rede elétrica com vários
conteúdos harmônicos, para assim posteriormente avaliar vários casos reais
em operação. É importante citar um caso em que foi dado ênfase de um
sistema fotovoltaico instalado na Fundição Estrela do Grupo Zeppini, o qual
apresentava uma baixa qualidade da energia elétrica, com alto conteúdo
harmônico, fazendo com que os inversores não entrassem em operação. Após
novas medições serem realizadas, só foi possível fazer o sistema entrar em
operação quando o ponto de conexão foi modificado. (Urbanetz, 2010).
39
Por fim, analisando o caso estudado da Fundição Estrela, para que o
inversor pudesse entrar em funcionamento, que não estava ocorrendo, pois
apesar do THDv apresentar uma leve redução o THDi estava elevado por
causa da forte presença de cargas não lineares, foram propostas algumas
soluções: Seria possível instalar filtros ativos e passivos em alguns pontos de
conexão do circuito, outra solução seria instalar um circuito que fosse
especifico, fazendo com que outros circuitos não impactassem com sua não
linearidades. A solução que foi realizada foi conectar os inversores em outro
circuito que apresentasse baixo conteúdo harmônico. Mas ainda sei foi testada
uma outra solução mantendo o sistema FV no mesmo circuito o qual foi
destinado, mas alterando alguns parâmetros do inversor, a qual não foi muito
bem avaliada pois algumas parametrizações saiam dos valores de normas e
poderiam comprometer a instalação e também os inversores. (Urbanetz, 2010).
3 DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
40
3.1.1 Entrada de energia
41
TABELA 3.1 – Características Físicas Painel Solar Bosch modelo c-Si M60 EU 30117
42
TABELA 3.2 – Características Elétricas Painel Solar Bosch modelo c-Si M60 EU 30117
43
O diagrama unifilar e o esquema representativo resumidos são
apresentados nas figuras 3.1 e 3.2, respectivamente, sendo que o diagrama
unifilar completo de toda a instalação se encontra no apêndice B:
44
3.2 EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO DE QUALIDADE DE ENERGIA
45
3.3.1 Ensaio de contribuição das harmônicas de corrente na carga,
inversor e o ponto de junção
46
FIGURA 3.3 – Esquema representativo do sistema fotovoltaico ELCO - Modificado
FONTE: ELCO (2012)
47
na figura 3.7 é feito um comparativo entre as harmônicas individuais desses
três pontos e em seguida são apontadas algumas conclusões.
0,25
0,20
Ampères
0,15
0,10
0,05
0,00
H3 H5 H7 H9 H11H13H15H17H19H21H23H25H27H29H31H33H35H37H39H41H43H45H47H49
Harmônicos
0,3
0,25
Ampères
0,2
0,15
0,1
0,05
0
H3 H5 H7 H9 H11H13H15H17H19H21H23H25H27H29H31H33H35H37H39H41H43H45H47H49
Harmônicos
48
Harmônicos Individuais Carga
0,25
0,2
Ampères
0,15
0,1
0,05
0
H3 H5 H7 H9 H11H13H15H17H19H21H23H25H27H29H31H33H35H37H39H41H43H45H47H49
Harmônicos
0,3
0,25
Ampères
0,2
0,15
0,1
0,05
0
H3 H5 H7 H9 H11 H13 H15 H17 H19 H21 H23 H25 H27 H29 H31 H33 H35 H37 H39 H41 H43 H45 H47 H49
Harmônicos
49
acabam se somando resultando em uma nova senóide com o módulo dobrado
e para duas senóides defasadas entre elas de por exemplo 180° acabam se
subtraindo e se forem de mesmo módulo resultam em zero, assim entre esses
dois extremos podem existir várias outras senóides resultantes que vão
depender dos seus módulos e de suas fases.
Vrms fase A
133,000
132,000
131,000
130,000
Volts
129,000
128,000
127,000
126,000
00:00 12:00 00:00 12:00 00:00 12:00 00:00 12:00 00:00 12:00 00:00 12:00 00:00
Horas
51
Vrms fase B
133,000
132,000
131,000
130,000
Volts
129,000
128,000
127,000
126,000
00:00 12:00 00:00 12:00 00:00 12:00 00:00 12:00 00:00 12:00 00:00 12:00 00:00
Horas
Vrms fase C
132,000
131,000
130,000
Volts
129,000
128,000
127,000
126,000
00:00 12:00 00:00 12:00 00:00 12:00 00:00 12:00 00:00 12:00 00:00 12:00 00:00
Horas
52
Vrms fase A para 2 dias e meio
132,000
131,500
131,000
130,500
130,000
Volts
129,500
129,000
128,500
128,000
127,500
127,000
12:00 18:00 00:00 06:00 12:00 18:00 00:00 06:00 12:00 18:00 00:00
Horas
53
tendência é que a tensão no secundário diminua, explicando esse
comportamento. Mas com isso, pode-se dizer que os inversores pouco
contribuíram para os níveis de tensão, pois as tensões medidas no ponto de
junção seguiram A influência do transformador e dos cabos. E em qualquer
período sempre ocorre variações rápidas de tensões dentro de valores
adequados, que devem ao comportamento das cargas conectadas ao
transformador.
54
Gráfico Tensão e Corrente RMS na fase C
160,000
145,130
140,000
120,000
100,000
Volts e Ampères
80,000
60,000
40,000
20,000
0,000
0 50 100 150 200 250 300 350 400
-20,000
Segundos
Tensão Corrente
140,00
120,00
Volts e Ampères
100,00
80,00
60,00
40,00
20,00
0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
-20,00
Segundos
55
Com a figura 3.12 e 3.13, foi possível verificar esse rápido aumento de
tensão causado durante o desligamento do inversor. Também foi possível
verificar o tempo de desligamento do inversor, o qual levou aproximadamente
0,99 segundos para desligar e como verificado na norma IEEE Std 1547-2003
está dentro dos valores adequados de 1 segundo para o valor de tensão
detectado. O rápido aumento de tensão de ocorreu quando a corrente na saída
estava caindo para zero ampères, ou seja, durante o desligamento do inversor.
Após aproximadamente 2 minutos que o inversor detectou a tensão fornecida
pela rede da COPEL o inversor ligou novamente.
Este ensaio tem como objetivo verificar alguma anormalidade nos níveis
de tensão em regime permanente com a variação da potência fornecida pelo
inversor. Como exemplo, a presença de nuvens que dificultem a passagem da
irradiação solar até a superfície dos painéis faz com que os inversores
forneçam menos corrente para a instalação e no instante em que ocorre a
variação da potência poderá ocorrer alguma anormalidade como sub e sobre
tensões.
56
FIGURA 3.14 – Esquema representativo do sistema fotovoltaico ELCO - Modificado
FONTE: ELCO (2012)
57
Corrente RMS na saída do Inverosr na fase A
10,000
9,000
8,000
7,000
6,000
Ampères
5,000
4,000
3,000
2,000
1,000
0,000
83
780
1
42
124
165
206
247
288
329
370
411
452
493
534
575
616
657
698
739
821
862
903
944
985
1026
1067
1108
1149
1190
1231
1272
Segundos
128,500
128,000
Volts
127,500
127,000
126,500
126,000
1
44
87
130
173
216
259
302
345
388
431
474
517
560
603
646
689
732
775
818
861
904
947
990
1033
1076
1119
1162
1205
1248
1291
Segundos
58
Com esses dois gráficos pode-se observar primeiramente a variação da
potência na saída do inversor analisando a variação do valor RMS da corrente.
Ela variou aproximadamente entre 4 e 9 amperes, causada pela entrada ou
saída de alguma nuvem, que quando presente bloqueia a irradiação solar e faz
com que os painéis solares gerem menos corrente. Em relação a tensão, a
qual era o parâmetro a ser observado de acordo com a variação da corrente,
observou-se que ela variou aproximadamente entre 127V e 128,5V. Esses
valores estão, dentro dos valores adequados de tensão. O que deve ser
observado, são alguns afundamentos que ocorrem de maneira repentina,
mesmo não atingindo valores precários eles podem demonstrar algum
comportamento das cargas, como a entrada e saída de cargas e a regulação
do transformador.
5,000
4,000
3,000
2,000
1,000
0,000
178180182184186188190192194196198200202204206208210212214216218220222224226
Segundos
59
128,600
Tensão RMS na saída do Inversor na fase A
128,400
128,200
128,000
Volts
127,800
127,600
127,400
127,200
178 180 182 184 186 188 190 192 194 196 198 200 202 204 206 208 210 212 214 216 218 220 222 224 226
Segundos
FIGURA 3.18 – Tensão RMS na saída do Inversor na fase A – ZOOM
60
apresentada no apêndice A e esses dados foram usados posteriormente para
simular no PSIM® diferentes situações de injeção de corrente e harmônicos
dos inversores.
61
FIGURA 3.19 – Esquema representativo do sistema fotovoltaico ELCO - Modificado
FONTE: ELCO (2012)
62
Harmônicos de corrente Carga A
Fase A
0,300
0,250
0,200
Ampères
0,150
0,100
0,050
0,000
H3 H5 H7 H9 H11H13H15H17H19H21H23H25H27H29H31H33H35H37H39H41H43H45H47H49
Harmônicos
5,000
4,000
3,000
2,000
1,000
0,000
H3 H5 H7 H9 H11H13H15H17H19H21H23H25H27H29H31H33H35H37H39H41H43H45H47H49
Harmônicos
63
Harmonicos de Corrente entrada de energia
Fase A
9,000
8,000
7,000
6,000
Ampères
5,000
4,000
3,000
2,000
1,000
0,000
H3 H5 H7 H9 H11H13H15H17H19H21H23H25H27H29H31H33H35H37H39H41H43H45H47H49
Harmônicos
3.3.7 Simulação
64
para cada ordem dos harmônicos respectivamente. A modelagem dos cabos é
feita por uma resistência e uma reatância.
65
A simulação resultou em vários valores de tensão para esses pontos
variando-se a potência na saída dos inversores e a presença e ausência de
cargas conectadas ao circuito. Para os valores de potência dos inversores, foi
simulado um valor nominal, adquirido pelas medições das distorções
harmônicas de corrente no ensaio 3.3.5, esses valores se encontram na
amostra 1 dentro da tabela de harmônicos individuais do apêndice A. Um
segundo valor de potência de saída dos inversores, buscou-se simular uma
projeção de ampliação do sistema de geração, por isso foram multiplicados os
valores da amostra 1 por 4 representando essa situação. Por último, um caso
em que os inversores não estavam operando, ou seja, estavam desligados.
Para cada situação de potência, foram realizados experimentos com as cargas
com os valores obtidos no ensaio 3.3.6 e retirando totalmente as cargas. Os
resultados são apresentados nas figuras 3.24 à 3.28.
128
127,5
Volts
127
126,5
126
125,5
Ponto A Ponto B Ponto C Ponto D
66
FIGURA 3.24 – Tensão nos pontos do SFCR com cargas variando a potência do inversor
FIGURA 3.25 – Tensão nos pontos do SFCR sem cargas variando a potência do inversor
127,8
127,6
127,4
Volts
127,2
127
126,8
126,6
Ponto A Ponto B Ponto C Ponto D
128
128
127,5
127,5
127
127
126,5
126,5
Ponto A Ponto B Ponto C Ponto D
126
Potência do Inversor 4x com carga Potência do Inversor 4x sem carga
Ponto A Ponto B Ponto C Ponto D
FIGURA 3.27 – Comparação Com/Sem carga para Potência de 4 vezes o valor Nominal
67
127,3
127,2
127,1
127
126,9
126,8
Volts
126,7
126,6
126,5
126,4
126,3
126,2
Ponto A Ponto B Ponto C Ponto D
68
Para os casos da potência do inversor ser 4 vezes maior que o valor
nominal com e sem cargas presentes figuras 3.24, 3.25 e 3.27, os valores de
tensão se comportaram da mesma forma, para o ponto A os valores são
maiores que o ponto B, C e D. mostrando que o SFCR está injetando potência
e devolvendo energia para a rede, mesmo quando existe a presença de
cargas, caso que não ocorre para a simulação de um valor nominal. Essa
simulação demonstra uma situação fictícia e mesmo ocorrendo uma elevação
de tensão no ponto A, esse aumento ficou dentro de um valor adequado de
tensão.
69
4 CONCLUSÃO
70
O ensaio de monitoramento da tensão na saída dos inversores de
acordo com a variação de potência do conjunto painéis solares e inversores,
mostrou que mesmo a potência tendo variado, possuindo transitórios abruptos
de corrente, não houve impacto na tensão que permaneceu dentro de uma
faixa de valores adequados. Algumas pequenas variações nos níveis de tensão
são devidas ao comportamento da rede. Mostrando assim, que o SFCR não
impacta nesse aspecto de qualidade de energia.
71
entender outros critérios de qualidade de energia e também realizar outros
estudos de casos para poder comparar com os resultados desse trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
72
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Resolução Normativa ANEEL n° 517/2012
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NEXANS - Manual Técnico Aplicações recomendadas para os fios e cabos de
BT e MT. (2010).
73
APÊNDICE A – Tabela de Harmônicos Individuais de 7 amostras de
potência na saída do inversor Fase A
Fase A
Potência 1 Potência 2 Potência 3 Potência 4 Potência 5 Potência 6 Potência 7
1820,79 W 1108,32 W 1111,25 W 880,36 W 1052,32 W 1329,81 W 665,73 W
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4 Amostra 5 Amostra 6 Amostra 7 Harmônicos
14,337 8,727 8,750 6,932 8,286 10,471 5,242 H1
0,025 0,045 0,033 0,021 0,035 0,040 0,042 H3
0,346 0,312 0,291 0,276 0,287 0,340 0,207 H5
0,073 0,075 0,073 0,072 0,069 0,087 0,079 H7
0,035 0,038 0,035 0,037 0,037 0,043 0,036 H9
0,043 0,047 0,052 0,039 0,049 0,062 0,049 H11
0,024 0,033 0,027 0,027 0,026 0,035 0,018 H13
0,026 0,027 0,020 0,029 0,020 0,030 0,021 H15
0,019 0,005 0,014 0,007 0,013 0,018 0,014 H17
0,020 0,003 0,009 0,011 0,010 0,015 0,013 H19
0,003 0,014 0,010 0,008 0,009 0,010 0,024 H21
0,016 0,023 0,018 0,018 0,018 0,021 0,025 H23
0,027 0,013 0,019 0,020 0,015 0,018 0,011 H25
0,007 0,008 0,008 0,006 0,006 0,012 0,017 H27
0,015 0,018 0,015 0,023 0,016 0,017 0,021 H29
0,014 0,014 0,011 0,017 0,010 0,011 0,016 H31
0,016 0,019 0,014 0,008 0,015 0,019 0,006 H33
0,020 0,027 0,018 0,020 0,017 0,018 0,016 H35
0,009 0,007 0,014 0,014 0,010 0,013 0,018 H37
0,016 0,021 0,019 0,018 0,019 0,020 0,019 H39
0,005 0,007 0,006 0,009 0,006 0,005 0,010 H41
0,015 0,007 0,011 0,006 0,011 0,015 0,007 H43
0,006 0,007 0,005 0,006 0,006 0,006 0,005 H45
0,006 0,006 0,008 0,011 0,007 0,009 0,014 H47
0,012 0,010 0,009 0,009 0,010 0,012 0,008 H49
74
75
APÊNDICE B – Diagrama Unifilar Geral do SFCR da ELCO
76
APÊNDICE C – Esquemático monofásico do SFCR estudado no PSIM
77