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PEDRO LUIZ ALVES RIBEIRO

ENSAIOS E FALHAS EM TRANSFORMADORES DE


POTÊNCIA

Guarulhos

2017
PEDRO LUIZ ALVES RIBEIRO

ENSAIOS E FALHAS EM TRANSFORMADORES DE


POTÊNCIA

Trabalho de Conclusão de curso apresentado a


Universidade Anhanguera como requisito
parcial para obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Elétrica.

Orientadora: Fabiana Silva

Guarulhos
2017
PEDRO LUIZ ALVES RIBEIRO

ENSAIOS E FALHAS EM TRANFORMADORES DE POTÊNCIA

Trabalho de Conclusão de curso apresentado a


Universidade Anhanguera como requisito
parcial para obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Elétrica.

Orientadora: Fabiana Silva

BANCA EXAMINADORA

Prof. Especialista André Albuquerque

Prof. Especialista Eduardo Bonamini

Prof. Especialista Eduardo dos Santos D’Elia

Guarulhos, 25 de Novembro de 2017.


Dedico esse trabalho aos meus pais pela
força e compreensão, e aos professores
da instituição.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus. Este trabalho não seria concretizado sem sua graça e
misericórdia.
A minha tutora Fabiana Silva pela compreensão e dedicação me ajudou a realizar
este estudo.
Ao professor Eduardo Delia não só por ter aceitado me orientar e aconselhar e
aos meus pais e meu irmão, pelo apoio e torcida nas minhas conquistas, pessoais
contribuintes para formação do meu caráter.
RIBEIRO, Pedro Luiz. Ensaios e Falhas em Transformadores de Potência. 2017.
Número total de folhas 32. Guarulhos. São Paulo. Trabalho de Conclusão de Curso
em Engenharia Elétrica – Faculdade Anhanguera de Guarulhos, Guarulhos (SP).
Brasil. 2017.

RESUMO
Este trabalho de revisão de literatura teve como propósito apresentar uma análise
de falhas e ensaios em transformadores de potência, afim de apurar as causas que
provocam defeitos de transformadores de potência elétrica de uma determinada
concessionária de energia elétrica. A escolha do tema se deu devido a uma
apresentação em uma palestra a respeito da transmissão e distribuição da energia
elétrica, que culminou a pesquisa do tema. Foi pesquisado na literatura do setor
elétrico, abordagens acerca do seu funcionamento que comprovassem os tipos de
falhas que causam nos equipamentos durante o seu funcionamento. O
levantamento bibliográfico se deu na consulta de livros, artigos científicos, normas
reguladoras, órgãos públicos e sites cujo conteúdo era de caráter científico, visando
contribuir com as melhorias nas falhas técnica de manutenção. Ao longo do trabalho
foi concluído, com base em dados coletados nas referências realizada uma análise
de estatística de falhas de transformadores, resultando numa revisão de literatura
objetiva e esclarecedora sobre a análise de falhas em transformadores de potência
e suas respectivas soluções.

Palavras-chave: Análise; Eletricidade; Falhas; Transformadores; Potência;


RIBEIRO, Pedro Luiz. Tests and Faults in Power Transformer. 2017. Total number
of sheets 32. Guarulhos. Sao Paulo. Course Completion Work in Electrical
Engineering - Anhanguera College of Guarulhos, Guarulhos (SP). Brazil. 2017.

ABSTRACT

This work of literature review has the purpose of presenting an analysis of faults in
power transformers, in order to determine the causes that cause defects of
transformers of electric power of a certain electric utility. The choice of theme was
due to a presentation in a lecture about the transmission and distribution of electric
energy, which culminated in the research of the theme. It was investigated in the
literature of the electric sector, approaches about its operation that prove the types
of failures that cause in the equipment during its operation. The bibliographical
survey was carried out in the consultation of books, scientific articles, regulatory
norms, public agencies and sites whose content was scientific in order to contribute
with the improvements in technical maintenance faults. Throughout the work was
concluded, based on data collected in the references performed a statistical analysis
of transformer failure, resulting in a review of objective and clarifying literature on the
analysis of power transformers failures and their respective solutions.

Keywords: Analysis; Electricity; Faults; Transformers; Power rating.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9
2 TRANSFORMADORES ......................................................................................... 11
2.1 EMBASAMENTO TEÓRICO ............................................................................... 11
2.2 PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES ............................................................................ 11
2.3 ESTUDO DE FALHAS ........................................................................................ 13
2.4 CONSTRUÇÃO DO TRANSFORMADOR .......................................................... 14
3 AUTOTRANSFORMADOR .................................................................................... 16
3.1 PARTES CONSTRUTIVAS DO AUTOTRANSFORMADOR ............................... 17
3.1.1 Núcleo .............................................................................................................. 17
3.1.2 Enrolamento ..................................................................................................... 19
3.1.3 Tanque principal ............................................................................................... 20
3.1.4 Bobinas ............................................................................................................ 20
3.2 VANTAGENS DO USO DE AUTOTRANSFORMADOR ..................................... 21
3.3 DESVANTAGENS DO USO DO AUTOTRANSFORMADOR.............................. 21
4 ENSAIOS E FALHAS EM TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA ..................... 23
4.1 TIPOS DE ENSAIOS........................................................................................... 23
4.2 FALHAS POR ENVELHECIMENTO ................................................................... 25
4.3 FALHAS EM CAMPO .......................................................................................... 27
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 30
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 32
9

1 INTRODUÇÃO

Um transformador é um dispositivo destinado, a transmitir energia elétrica ou


potência elétrica de um circuito a outro, induzindo tensões correntes modificando os
valores das impedâncias de um circuito elétrico. O mesmo foi inventado no ano de
1831 por Michael Faraday. Os transformadores funcionam através da indução de
corrente de acordo com os princípios do eletromagnetismo, onde se afirma que é
possível criar uma corrente elétrica em um circuito que seja submetido a um campo
magnético. Por necessitar dessa variação no fluxo magnético que os
transformadores só funcionam em corrente alternada.
Tais aspectos, associados a demanda crescentes de energia, limitação de
espaço, economia de materiais, classes de tensão mais altas, têm influenciado de
forma decisiva no estudo de metodologia que permitem a obtenção de informações
precisas sobre tipos de falhas em equipamentos, suas causas, seus
desdobramentos, fatores de deflagração de falhas e medidas preventivas que
possam ser tomadas no sentido de se minimizar ocorrências futuras de mesma
natureza.
A energia elétrica causada pela perda da função de um transformador resulta
em transtornos sociais e prejuízos financeiros, o desligamento do transformador,
imediata o fornecimento de energia elétrica. No Brasil, cerca de 70% do
desligamento na transmissão e 40% na distribuição são provocados por raios, pois
o estudo comprova cerca de 40% dos transformadores são queimados por raios.
O estudo de falha é importante para o controle do funcionamento do
equipamento no ambiente que se estuda. Assim entende-se o que acontece e o
porquê dessa falha e explosão, mas o principal adquirir mais conhecimento e buscar
uma solução para reduzi-las.
As falhas em transformadores são de grande complexidade e podem vir
causar explosões, incêndios, pode danificar outros equipamentos próximos
prejudicando o meio ambiente devido ao vazamento de óleo mineral isolante ou até
colocar em risco a vida dos operadores. Durante um curto no transformador, o arco
elétrico vaporiza o óleo e cria um pico de pressão dinâmica que viaja na velocidade
de 1.200 metros por segundos este fenômeno ocorre em poucos milissegundos por
causa do reflexo dentro do tanque o pico de pressão gerara ondas de choque. A
10

combinação de todos os picos de pressão cria onda de pressão estática. Todos


estes fatores habilitam o seguinte questionamento:
Como os transformadores de potência podem ser melhor aproveitados
através de ensaios e descoberta de falhas?
O objetivo geral desta revisão de literatura foi contribuir com um melhor
entendimento de causas de falhas em transformador de potência através de
pesquisas, coleta de dados e taxa de falhas é possível realizar um estudo para
selecionar e identificar porque causa essas falhas e acontecimentos.
Para isso o trabalho seguiu os seguintes objetivos específicos que foram
aprofundados no decorrer dos capítulos:
• Compreender as características de um transformador de potência;
• Estudar os conceitos do autotransformador, bem como conhecer suas
características e suas partes construtivas;
• Compreender os principais testes e falhas em transformadores de
potência.
Para concretizar os objetivos dessa revisão literária, foram realizadas
pesquisas em sites confiáveis, livros do setor elétrico e outros materiais da internet,
sendo viabilizadas as possíveis soluções e vantagens, foram utilizados nesta
revisão literária diversos livros do setor, tendo como os principais autores utilizados
na síntese do trabalho FUJITA, CHAPMAN, FRONTIN. Já para os artigos e
reportagens não foi delimitado ano para a consulta dos dados.
11

2 TRANSFORMADORES

Segundo Monchy (1989), o transformador é um dispositivo elétrico que


transfere energia elétrica de um circuito eléctrico para outro, através de um
acoplamento magnético, sem utilização de quaisquer peças móveis formando-se
assim a corrente elétrica.
Monchy (1989) ratifica que os transformadores que consistem em duas ou
mais bobinas ligadas por condutores de energia e pelo mesmo fluxo magnético são
considerados de potencial. Num transformador de potencias, as bobinas são
colocadas sobre o núcleo de ferro, uma espira passando corrente elétrica gera
campo magnético e se inserida perto de um imã que também tem seu próprio
campo magnético.

2.1 EMBASAMENTO TEÓRICO

Para Alstom (2017), construtivamente analisando o transformador de


potência, a variação do fluxo de forma senoidal no núcleo e considerando que o
transformador seja ideal, resulta numa permeabilidade infinita do núcleo e a
resistência dos enrolamentos é nula.
Alstom (2017) relatou que o transformador de potência é uma máquina
elétrica estática que modifica suas características através da ação de um campo
magnético e do nível de tensão mantendo o valor da frequência fixo. São utilizados
dados para transferência de energia de acordo com a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).
Ressalta Alstom (2017) que, através do estudo das partes construtivas do
transformador, assim como descrição detalhadas dos principais ensaios já
elaborados por técnicos do setor e membros de diversas instituições, em conjunto
com as normas técnicas da NBR 5356 forneceram o embasamento teórico
necessário para a melhor compreensão das partes construtivas dos
transformadores e análise de suas falhas.

2.2 PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES

Para Kosow (1982) o acoplamento magnético com a fusão entre as bobinas


pode ser fraco ou forte dependendo do material existente entre as bobinas. Em um
transformador de potência as bobinas são fortemente acopladas pela utilização de
12

núcleo de ferro. Transformadores com acoplamento fraco são aplicados em circuitos


de bancada, como eletrônicos e comunicação em alta frequência.
Segundo Kosow (1982), os transformadores têm seu funcionamento
baseado no princípio da indução mutua entre suas bobinas constituintes e a
transferência de energia entre primário e secundário é resultado do quão forte é o
acoplamento magnético entre as bobinas. Esta transferência de energia não
depende de partes mecânicas móveis e, caso o transformador não estivesse sendo
submetido a esforços, teoricamente, não sofreria quaisquer desgastes mecânicos.
Siemens (2017) relata que, quando é construído o núcleo, pode se obter dois
tipos: núcleo envolvido e núcleo envolvente ambos ilustrados na Figura 1.

Figura 1 – Núcleo envolvido (1a) e núcleo envolvente (1b)

Fonte: Chapmam (2013).

O primeiro consiste em um bloco retangular laminado em aço, com os


enrolamentos do transformador se envolvendo dois lados do retângulo. O tipo do
núcleo envolvente consiste em núcleo laminado de três pernas com enrolamento
envolvendo a perna central.
Para Siemens (2017), o transformador de potência é um dos mais caros
equipamentos do sistema de potência. O princípio de operação de um
transformador consiste no fato de um dos enrolamentos do transformador fornece
energia as cargas. O enrolamento do transformador ligado a fonte é denominada. A
Figura 2 exemplifica o princípio de funcionamento do transformador. Como pode
observar o número de espiras do enrolamento secundário é, normalmente diferente
do primário.
13

Figura 2 – Princípio de operação do transformador

Fonte: Chapmam, (2013).

Para Kosow (1982) os transformadores podem ser aplicados em diversas


situações. Em usinas, o gerador gera uma potência em um determinado nível de
tensão, menor do que nas redes de transmissão, alguns desses fatores vem sendo
negligenciados o que causa uma significativa redução do tempo de vida do
transformador. Outro tipo de aplicação seria para medição tensão e corrente, sendo
caracterizados como transformadores de instrumento ou transformadores de
corrente ou aferição.

2.3 ESTUDO DE FALHAS

Com a intensa avaria e defeito em seus transformadores, empresas


produtoras dos mesmos acabavam por receber reclamações de seus clientes
questionando o motivo da curta duração do funcionamento de seus respectivos
transformadores. A partir destes fatos, começou a se detalhar e a realizar com
rigidez ensaios de falhas e durabilidade em transformadores de potência segundo
(STEVENSON, 1986).
Para Siemens (2017), para agilizar o tempo dos testes de falhas, foi criado
um sistema, onde as informações são obtidas através um de atendimento ou filtro
por onde se identifica o setor de transformador falhado, agrupando-se as
reclamações e repassando ao setor correto.
14

Siemens (2017) ratifica que o tempo útil de durabilidade de um transformador


de potência está relacionado a uma série de questões e estudo de fatores pontuais,
entre eles estão:
• O carregamento acima de sua capacidade nominal;
• Cargas desbalanceadas;
• Equipamentos mal projetados;

2.4 CONSTRUÇÃO DO TRANSFORMADOR

Segundo Monchy (1989), para a construção de um transformador de


potência, é necessária uma primeira etapa no estudo de transformadores real, no
qual se averigua:
• A permeabilidade não é infinita;
• A resistência do enrolamento está presente;
• Perdas ocorrem no núcleo;
Avalia Monchy (1989) que nesse estudo foi necessário verificar que se uma
tensão senoidal for aplicada ao enrolamento de um transformador com núcleo de
ferro e com o secundário em aberto, uma pequena corrente circula no primário a tal
maneira que, num transformador bem projetado, a densidade máxima de fluxo Bm
ocorrerá no joelho da curva B-H ou curva de saturação do transformador.
Continua Monchy (1989) relatando que a essa corrente foi dado o nome de
corrente de magnetização. A perda no ferro ocorre devido principalmente, as
variações do sentido do fluxo no ferro as quais requerem energia que é dissipada.
Kosow (1982) ratifica que após o levantamento e compreensão de dados
destes estudos, houve a necessidade de esboçar um diagrama de forma tal que
fossem exibidas as grandezas de cunho elétrico relacionadas ao transformador de
potência, relatando a imperfeições que carregam este equipamento no modelo real,
ressaltando suas resistências em onda senoidal, com relação ao núcleo e suas
bobinas induzidas pelo campo magnético. O circuito equivalente de um
transformador, levando em consideração as principais imperfeições dos
transformadores reais, é mostrado na Figura 3 onde os elementos foram referidos
ao lado primário. Nesse circuito Rp é a resistência do enrolamento primária, Xp
(WLp).
15

Figura 3 – Circuito equivalente de um transformador

Fonte: Chapmam, (2013).

A reatância surge devido a indutância de dispersão do secundário. Um


transformador é constituído pelo menos por dois enrolamentos, na maioria dos
casos, esses enrolamentos são independentes, entre si, mas sofrem a ação do
campo eletromagnético, que é mais intenso quanto esses transformadores que
possuem um núcleo de material ferromagnético gerando as reatâncias indutivas.
Existe outro tipo de transformador, dedicado ao isolamento de circuitos e sua
proteção, o autotransformador, que será relatado no próximo capítulo.
16

3 AUTOTRANSFORMADOR

Para Pena (2003) ao contrário do transformador de tensão anterior que


possui dois enrolamentos isolados eletricamente chamados primário e secundário,
um autotransformador possui apenas um único enrolamento de tensão comum a
ambos os lados como mostra a Figura 4.

Figura 4 – Circuito equivalente de um transformador

Fonte: Pena (2003).

Pena (2003) ressalta que este enrolamento simples é “tapped” em vários


pontos ao longo do seu comprimento para fornecer uma porcentagem da fonte de
tensão primária em sua carga secundária. Em seguida o autotransformador tem o
núcleo magnético usual, más tem apenas um enrolamento, o que é comum tanto
para circuitos primários como secundários.
Ratifica Pena (2003) por fim que em um autotransformador, os enrolamentos
primários e secundários estão ligados tanto eletricamente quanto magneticamente.
A principal vantagem deste tipo de projeto de transformador é que ele pode ser feito
muito mais barato para mesma classificação VA, mas a maior desvantagem de um
autotransformador é que ele não possui o isolamento do enrolamento
primário/secundário de um transformador convencional.
17

3.1 PARTES CONSTRUTIVAS DO AUTOTRANSFORMADOR

Frontin (2013) relata que a construção de um autotransformador consiste em


cada enrolamento sendo enrolado em um membro separado ou núcleo de forma de
ferro macio que fornece o circuito magnético necessário, na Figura 5 ilustra um
autotransformador completo.

Figura 5 – Transformador completo

Fonte: Frontin (2013).

A Figura 5 ilustra um transformador esquematizado em 3D, nele pode-se


notar todas as partes construtivas juntas, bem como suas partes internas também
esquematizadas, sendo cada enrolamento sendo enrolado em um membro
separado.

3.1.1 Núcleo

Nemesia (2016) disserta que o núcleo é constituído em laminas e para


amenizar o fenômeno Foucault, no qual a indução de campo magnético sobre o
núcleo pode ocorrer as correntes elétricas parasitas, essas ficam movimentando no
metal, e assim gerando perdas e aquecimento localizado no interior do
transformador.
18

Continua Nemesia (2016) relatando que a corrente de Foucault, isto é, as


correntes parasitas, são as correntes induzidas em um condutor quando há variação
do fluxo magnético que o percorre. Em alguns casos as correntes parasitas podem
fazer ocorrer resultados indesejáveis, como por exemplo, perdas devido a
dissipação de energia por aquecimento, fazendo com que a temperatura interna do
material aumenta. Para amenizar a dissipação por calor, também chamado efeito
Joule, os materiais sujeitos a campos magnéticos variáveis são frequentemente
laminados ou construídos com placas muito finas isoladas umas das outras.
Nemesia (2016) afirma que este arranjo aumenta a resistência no percurso
da corrente que passa pelo material, ocorrendo menor geração de calor e
consequentemente menores perdas. O núcleo ferromagnético é construído em
colunas verticais, sendo que as principais abrigam blocos de bobinas e as colunas
periféricas, chamadas de retorno são para fechamento do sistema magnético como
mostrado na Figura 7.

Figura 7 – Estrutura de um autotransformador esquematizado

Fonte: Nemesia (2016).

A Figura 7 ilustra a estrutura mecânica interna de um transformador,


exemplificando através de um simples desenho como que estão acopladas as
bobinas em relação ao núcleo do transformador, em posição de colunas verticais,
19

sendo que as principais abrigam blocos de bobinas laterais nas colunas periféricas,
chamadas de retorno como dito anteriormente.

3.1.2 Enrolamento

São bobinas no formado cilíndrico, como mostra a Figura 8, constituídas por


condutores de cobre retangular convencionais ou transpostas, podendo ser isolados
com papel de envernizados.

Figura 8 – Estrutura interna de um autotransformador

Fonte: Nemesia (2016).

Stevenson (1986) relata que as bobinas são formadas por uma construção
que pode ser do tipo helicoidal em camadas, discos contínuos ou discos
entrelaçados. A relação entre a quantidade de espira dos muitos enrolamentos
presentes no transformador, define seus níveis de tensão elétrica de operação,
existindo a possibilidade de ser fazer bobinas com terminais intermediários,
chamados por taps, que podem ou não ser comutados, com o transformador esteja
sem tensão elétrica ou até mesmo com o transformador operando sob carga,
mediante a utilização de chaves comutadoras de características especiais
(comutador sob carga).
20

3.1.3 Tanque principal

É um tanque constituído de aço preenchido com um tipo de óleo isolante, na


qual a parte do conjunto formado pelas bobinas e o núcleo, é coberto pelo
óleo isolante, Figura 9.

Figura 9 – Tanque de aço preenchido com um tipo de óleo isolante

Fonte: Stevenson (1986).

Para Stevenson (1986), o óleo isolante tem dupla função:


• Ser aderido pelo papel isolante do transformador de forma a obter
características dielétricas especiais, isto é, características isolantes ao
sistema do transformador, garantindo proteção contra a tensão elétrica
circulada por ele;
• Passar pelos enrolamentos e pelo núcleo, especialmente com essa
finalidade de diminuir ou ocorrer a remoção do calor presente no
funcionamento do transformador, amenizando assim as perdas no
material que constitui o dispositivo.

3.1.4 Bobinas

Nemesia (2016) afirmou que em um conjunto de construção de


transformadores, os mesmos possuem bobinas isoladas eletricamente entre si
alojadas no torno de um núcleo ferromagnético. São maneiras diferentes de modo
para obter uma relação de transformação que atende o processamento conforme é
escolhido no projeto. O material para fabricação dessas bobinas dos enrolamentos
21

tem que ser cobre ou alumínio sendo que o cobre é mais viável pois possui baixas
perdas mais maleável e mais resistente a oxidação.

3.2 VANTAGENS DO USO DE AUTOTRANSFORMADOR

Kosow (1982) relatou que o autotransformador possui as seguintes


vantagens:
• Para a relação de transformação = 2, o tamanho do transformador
automático seria aproximadamente 50% do tamanho correspondente de
dois transformadores de enrolamento. Para o índice de transformação
dizer 20, porém o tamanho seria de 95%. A poupança de custo do
material é, naturalmente, não na mesma proporção. A poupança de custo
é apreciável quando a proporção do transformador é baixa, que é inferior
a 2. Assim, o transformador automático é menor em tamanho e mais
barato;
• Um transformador automático tem maior eficiência do que dois
transformadores de enrolamento. Isto é devido a perda de perda de óxido
e perda de núcleo devido à redução do material do transformador;
• O transformador automático possui uma melhor regulação de
tensão, pois a queda de tensão na resistência e a reatância do
enrolamento simples são menores.

3.3 DESVANTAGENS DO USO DO AUTOTRANSFORMADOR

Kosow (1982) também relatou as desvantagens do autotransformador, que


são descritas da seguinte forma:
• Devido à condutividade elétrica dos enrolamentos primário e secundário,
o circuito de baixa tensão pode ser impressionado por uma maior
tensão. Para evitar quebras no circuito de baixa tensão, torna-se
necessário projetar o circuito de baixa tensão para suportar uma tensão
mais alta;
• O fluxo de vazamento entre os enrolamentos primário e secundário é
pequeno e, portanto, a impedância é baixa. Isso resulta em corridas de
curto-circuito mais severas em condições de falha;
22

• As conexões em lados primário e secundário precisam necessariamente


ser iguais, exceto quando se utilizam conexões de estrela
interconectadas. Isso apresenta complicações devido à alteração do
ângulo de fase primária e secundária, particularmente no caso da
conexão delta / delta;
• Por causa do neutro comum em um transformador automático conectado
estrela / estrela, não é possível soltar a terra apenas de um lado. Ambos
os lados devem ter sua neutralidade, quer na terra, quer isolados;
• É mais difícil manter o balanço eletromagnético do enrolamento quando
são fornecidos os ajustes de tensão. Deve saber-se que o fornecimento
de toques em um transformador automático aumenta o tamanho do
quadro do transformador. Se o alcance de tocar é muito grande, as
vantagens obtidas no custo inicial são perdidas para um ótimo evento.

Tendo em vista todos estes fatos enunciados neste capítulo, foi possível
habilitar a análise de falhas em transformadores de potência e autotransformadores,
o que foi relatado no capítulo seguinte.
23

4 ENSAIOS E FALHAS EM TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA

Fujita (1998) alegou que de maneira geral, transformadores de potência


possuem uma estética com dois ou mais enrolamentos excitados por indução
eletromagnética, transformando uma tensão e corrente alternada em outra tensão
de intensidade menor, igual ou superior a de entrada e valores de corrente
inversamente proporcionais a tensão, na mesma frequência, todos esses fatores
com o objetivo dissipar potência elétrica para a carga nele inserido. Já o
autotransformador, tem como característica os enrolamentos, no qual são
partilhados de maneira comum entre o primário e o secundário.
Este tipo de excitação eletromagnética, bem como a má utilização geram
distúrbios no transformador, minimizando sua vida útil, sendo necessário abordar
suas principais falhas e ensaios com a intenção de melhorar o desempenho e
eficiência em campo dos mesmos.

4.1 TIPOS DE ENSAIOS

Nemesia (2016) relata que os transformadores devem ser inseridos em


ensaios técnicos com o intuito de revisar suas características construtivas e seus
limites dentro dos parâmetros nos quais foram estabelecidos para o trabalho dos
mesmos, sempre respeitando as normas reguladoras vigentes como a NBR5356,
norma brasileira na qual disserta sobre transformadores de potência e suas
generalidades, incluindo os ensaios com os mesmos.
Nemesia (2016) relatou que o comprimento das normas e dos ensaios por
parte do fabricante garante a total confiança para aprovação da empresa que está
adquirindo os equipamentos, levando em consideração que alguns clientes exigem
informações extras dos equipamentos que estão adquirindo.
Para Fujita (1998) os ensaios em transformadores de potência se dividiram
em três classes:
• Ensaios de rotina;
• Ensaios de tipo;
• Ensaios especiais.

Segundo Fujita (1998), nos ensaios de rotina são usados os equipamentos


em toda unidade de produção. Em ensaios de tipo, são utilizadas amostras de
24

transformadores de mesma classificação de projeto. Já os ensaios especiais são


quaisquer outros que não se aplica no tipo ou rotina mediante em acordo de ambas
as partes (fabricante e cliente).
Pena (2003) relata que existem os seguintes tipos de ensaios em um
transformador de potência, de acordo com a divisão dos três tipos já citados:
Para ensaios típicos:
• Tensão nominal de um transformador maior 72,5KV rigidez dos ensaios e
fator de perda;
• Dielétricos do tipo (principal);
• Temperatura da elevação.

Para ensaios específicos:


• Capacitância entre os enrolamentos;
• Resistência ao curto;
• Detectar o nível do ruído;
• Localizar as harmônicas da corrente;
• Sequência zero em transformadores trifásicos.

Pena (2003) ressaltou que os ensaios dielétricos de tipo são divididos nos
seguintes módulos:
• Em tensão suportável à frequência industrial (tensão aplicada);
• Tensões induzidas (curta e longa duração);
• Impulsos (atmosférico e de manobra);

Para Chapman (2013) estes tipos de ensaios têm extrema relevância para
exibir a capacidade dos transformadores em suportar sobretensões advindas com
por exemplo, de descargas atmosféricas (sobretensões externas naturais), de
surtos de manobra (sobretensões internas) e até mesmo pela operação e manuseio
incorreto quando em funcionamento. O êxito destes ensaios depende muito da
qualidade e do dimensionamento correto do tanque, bobinas e isolação.
25

4.2 FALHAS POR ENVELHECIMENTO

Segundo Chapman (2013), uma falha em transformador pode causar graves


repercussões tanto para o fabricante quanto para o cliente perante a sociedade e
sem também no meio ambiente. A vida útil do transformador e suas partes
construtivas envelhecem com tempo e sem a devida manutenção.
Para Chapman (2013), as intensidades de tensão e corrente podem vir a
ocasionar falhas e consequentemente danos graves causado pelo estresse que o
transformador está sujeito em sua operação e analisando cada processo da sua
vida útil.
Para Bushong (2010), o devido planejamento de manutenção para melhorias,
o conhecimento dos fatores de envelhecimento de um transformador e a qualidade
dos materiais são os mais importantes fatores para sua construção e prevenção de
falhas. A figura ilustra 10 mostra as curvas de falhas em função do tempo.

Figura 10 - Curva de probabilidade de falhas ao longo do tempo

Fonte: Bushong (2010).

Segundo Bushong (2010) ao analisar a curva A, conhecida como curva da


banheira, pois representa a junção das três curvas da taxa de falha, a mesma exibe
26

os períodos da vida útil do transformador, de forma ampliada consegue-se visualizar


através da figura 11 este tipo de curva.

Figura 11 - Curva de banheira

Fonte: Bushong (2010).

Bushong (2010) relatou que considerando a figura acima, representando uma


curva de banheira, e da taxa de falha em relação ao tempo, a mesma se divide em
três aspectos de acordo com a figura 11:
• Modo 1: Mortalidade infantil;
• Modo 2: Vida útil;
• Modo 3: Envelhecimento;
No modo 1, explicou Bushong (2010) que está relacionado ao tempo ou
idade causadas a inadequações do projeto possíveis problemas de falhas de
fabricação e da montagem e transporte, apontando defeitos no transformador logo
após ser produzido.
No modo 2, continuou Bushong (2010), tem ligação a uma falha constante
que ocorre por uma fase na qual a distribuição é foi válida em rendimento de
melhoria do equipamento que foram realizadas manutenções de qualidade.
No modo 3, ressaltou Bushong (2010) que está relacionado a fadiga de uma
falha crescente, com o tempo de uso, desgaste mecânico, envelhecimento do papel
isolante no transformador. A viabilidade econômica com o aumento das falhas
submete ou não a revitalização de cada equipamento conforme o seu problema
verificando se o comprador solicitar a manutenção ou substituição.
27

Nemesio (2016) relatou que em um projeto a viabilidade da curva é de


excelentíssima importância para acompanhar a eficiência do equipamento, planejar
sua manutenção, auxiliar na descrição e compreensão de falhas causadas por
envelhecimento de componentes utilizados dentro do equipamento ao longo dos
anos e naturalmente ao trabalhar e selecionar o que não foi projetado.
Nemesio (2016) descreveu que as curvas de probabilidade de falhas,
descritas na figura 10, exceto a curva A já dissertada anteriormente significam:
• Tipo B - Falha constante;
• Tipo C - O aumento constante de falhas no decorrer do tempo;
• Tipo D - Falha nula no início da vida útil;
• Tipo E - Falha constante de todo o seu funcionamento e tipo;
• Tipo F - Falha mortalidade infantil no início da sua vida útil;
Dessa forma 89% dos equipamentos não tem falhas em operação 4% dos
equipamentos se classificam no padrão A, 2% no B, 5% no C, 7% no D. 14% no E,
por último, no F 68% que melhor adequada o transformador. A ocorrência dos
problemas de falhas de envelhecimento é baixa.

4.3 FALHAS EM CAMPO

Pena (2003) relata que as falhas de transformadores de potência em campo,


ocorrem por diversos fatores, que giram em torno da má utilização dos mesmos até
eventos naturais como descargas atmosféricas. O gráfico 1 exibe a porcentagem de
falhas ocorridas com 66 transformadores que foram utilizados em pesquisa de
análise de falhas. Os mesmos foram monitorados entre os anos de 2005 e 2013.
28

Gráfico 1 – Porcentagem de falhas entre os anos de 2005 e 2013

Fonte: Pena (2003).

Foi verificado que os anos de 2005 e 2013 houve um índice excessivo de


falhas, resultando em nove equipamentos com avarias, enquanto o ano de 2012
registrou uma porcentagem reduzida de casos de falhas em transformadores, com
menos de dois transformadores defeituosos em campo.
Pena (2003) através desta pesquisa, verificou que conforme há uma maior
variação de tensão na entrada do transformador, maior a probabilidade de
ocasionar falhas no mesmo, conforme ilustra o gráfico 2, relatando em porcentagem
com relação a tensão inserida no transformador em campo.

Gráfico 2 – Porcentagem de falhas com relação a tensão

Fonte: Pena (2003).


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Pena (2003) concluiu através do gráfico 3 exatamente de forma percentual,


onde estava sendo ocasionada as falhas nos transformadores em campo utilizados
na pesquisa. Nota-se que houve uma grande variação de falhas em diversos
componentes dos equipamentos.

Gráfico 3 – Porcentagem de falhas no componentes do transformador

Fonte: Pena (2003).

As falhas nas bobinas do transformador lideram a lista de defeitos, isso


ocorre devido ser o local onde há a maior probabilidade de ocorrer avarias, pois são
submetidas a diferentes tensões, correntes, temperaturas e descaso de
manutenção, podendo ser o fato gerador da inutilização do transformador de
potência.
Através destes gráficos e figuras é possível ter um embasamento teórico e
prático para a realização de alterações nas características dos transformadores, os
tornando mais eficientes e cada vez mais imunes a falhas e avarias em todos os
seus componentes.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A produção do conteúdo desta monografia em aspecto de uma revisão de


literatura permitiu o estudo sobre transformadores de potência, suas falhas e
ensaios para constatação das mesmas, elaborando um panorama de como se
comportam transformadores em campo e quais são suas avarias mais prováveis.
Este trabalho de revisão de literatura concede positivamente a resposta do
questionamento levantado no início do mesmo, de forma que aliado aos objetivos
desta monografia, permite uma visão ampla sobre o tema abordado, relatando ao
longo dos capítulos que é possível através de ensaios e da descoberta de falhas,
melhorar o aproveitamento dos transformadores de potência, reduzindo assim
custos para todos os setores que utilizam o mesmo.
Os transformadores de potência são equipamentos utilizados em escala em
todos os setores da sociedade, para a distribuição correta dos níveis de tensão em
residências e indústrias, com suas características construtivas feitas para atender
todos os tipos de clientes que solicitam estes tipos de equipamentos de acordo com
normas reguladoras específicas. Já os autotransformadores são utilizados em
massa com intuito de proteção de circuitos ou sistemas de medição, como os
popularmente conhecidos transformadores de corrente, assim relatados no segundo
e o terceiro capítulo.
Devido à grande utilização dos transformadores de potência e
autotransformadores, os mesmos ficam suscetíveis a diversos tipos de avarias,
tanto mecânicas quanto elétricas, por uma série de fatores. Com o intuito de
estabelecer uma redução nas falhas, nas avarias e aumentar o desempenho dos
transformadores, foram criados diversos ensaios e pesquisados diversos tipos de
falhas, conforme referenciado no quarto capítulo.
O reconhecimento de falhas através de pesquisas em campo e ensaios,
proporcionou e irá proporcionar novas tecnologias em transformadores de potência,
nos quais terão uma maior eficiência e robustez com relação a anomalias externas
ocasionadas por avarias naturais ou má utilização dos mesmos.
Por fim, vale colocar em evidência que os objetivos propostos neste trabalho
foram atingidos com o auxílio dos relatos dos autores e suas diversas fontes de
pesquisa concebidas nos capítulos deste trabalho, de forma que resultou numa
revisão de literatura objetiva e que responde diretamente ao problema proposto, que
31

através de ensaios e relatos possíveis falhas e a descoberta das mesmas pode se


obter embasamento teórico e prático para solucionar e melhorar o rendimento e
eficiência dos transformadores de potência e autotransformadores.
Para futuros trabalhos na área é sugerido como complemento a esta
monografia, uma revisão de literatura acerca de topologias de cabines primárias e
tipos de transformadores utilizados nas mesmas, justificando a correta escolha para
cada situação.
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REFERÊNCIAS

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<http://www.gegridsolutions.com\alstomenergy>. Acesso em: 20.abr.2017.

BUSHONG, S.C, Ciência Radiologia para Tecnologia – Física Biologia e


Proteção. Tradução. 9 ed. Rio de Janeiro. Mosby Elsevier,2010.

CHAPMAM, S. Fundamentos de Maquinas Elétricas. 5. Ed Brasil. Tradução:


Anatólio Laschuk. Porto Alegre. AMGH. 2013.

FRONTIN, Sergio. O equipamento de alta de tensão prospecção e


hierarquização de inovação tecnológicas. 1 edição. Brasília. Teixeira, 2013.

FUJITA, S. Experimental investigation of High Frequence Voltage Oscilation in


Transformer Windings. IEEE transations on Power Delivery. Vol 13.1998.

KOSOW, Irving Lionel, K. Maquinas elétricas e transformadores. Tradução de


Felipe Luís Dacillo e Percy Antônia Soares. Porto Alegre. Globo, 1982.

MONCHY, F. A função Manutenção. Ed Brasil, Editora Durban Ltda. EBRAS


editora brasileira,1989.

NEMESIA, S Jorge. Manutenção e operação de equipamentos elétricos. Ed


Brasil. Apostila. Rio de Janeiro, 2016.

PENA, M. Falhas em Transformadores de Potência: Uma Contribuição para


Análise, Definições, Causas e Soluções. Dissertação de Mestrado, Universidade
Federal de Itajubá. Itajubá, MG. Brasil, 2003.

SIEMENS. Transformador de corrente. 2017. Disponível em:


<http://w3.siemens.com.br/medicao/transformadores>. Acesso em: 04.set.2017.

STEVENSON Jr., William. Elementos de análise de sistemas de potência. 2.ed.


São Paulo. Mc Graw-Hill,1986.

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