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À Equatorial Energia

Área de Relacionamento com clientes.


Belém, 30 de setembro de 2021.
Assunto: Parecer de Acesso para Microgeração

Prezados Senhores.

Encaminhamos a V.Sa. Solicitação de Parecer de Acesso para Microgeração de energia


elétrica à carga instalada de 32,12 kW, tensão 220/127V, necessário à instalação e funcionamento do
SISTEMA FOTOVOLTAICO para geração de energia solar na conta contrato 3006930, localizado na
RUA PAULO GUILHERME Nº 20, JD PRIMAVERA 1 - BAIRRO TAPANÃ, CEP 66.830-310, no
município de Belém / PA, pertencente a EDER JUNIOR GONÇALVES LOPES, RG 3892400 PC-PA,
CPF 681.727.532-68, e o correspondente pedido e acompanhamento de acesso ao sistema de
distribuição de energia elétrica e registros necessários ao sistema de compensação de energia elétrica,
de que tratam as resoluções ANEEL nº 482 de 17/04/2012 e nº 687 de 24/11/2015.
Anexo:

- 01 Memorial Descritivo
- 01 CPF e RG do Responsável Legal;
- 01 Fatura CC 3006930
- 01 Data Sheet do módulo;
- 01 Data Sheet do Inversor;
OBS: Contato para entrega da carta resposta: Engº Robson Luiz, fone: (91) 988884818 email:
robson2015lds@gmail.com.

Atenciosamente,

----------------------------------------------------------

Eng° Robson Santos


CREA PA 1503096130
MODELO DE MEMORIAL TÉCNICO DESCRITIVO

MICROGERAÇÃO DISTRIBUÍDA UTILIZANDO UM SISTEMA FOTOVOLTAICO DE 42,3 kW


CONECTADO À REDE DE ENERGIA ELÉTRICA DE BAIXA TENSÃO EM 220 V CARACTERIZADO
COMO INDIVIDUAL.

EDER JUNIOR GONÇALVES LOPES


RG: 3892400 PC-PA
ROBSON L D SANTOS
ENGENHEIRO ELETRICISTA
REGISTRO: CREA PA 1503096130

BELÉM – PA
SET – 2021
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas


ANEEL: Agência Nacional de Energia Elétrica
BT: Baixa tensão (220/127 V, 380/220 V)
C.A: Corrente Alternada
C.C: Corrente Contínua
CD: Custo de disponibilidade (30 kWh, 50kWh ou 100 kWh em sistemas de baixa tensão
monofásicos, bifásicos ou trifásicos, respectivamente)
CI: Carga Instalada
DSP: Dispositivo Supressor de Surto
DSV: Dispositivo de seccionamento visível
FP: Fator de potência
FV: Fotovoltaico
GD: Geração distribuída
HSP: Horas de sol pleno
IEC: International Electrotechnical Commission
IN: Corrente Nominal
IDG: Corrente nominal do disjuntor de entrada da unidade consumidora em ampéres (A)
Ist: Corrento de curto-circuito de módulo fotovoltaico em ampéres (A)
kW: kilo-watt
kWp: kilo-watt pico
kWh: kilo-watt-hora
MicroGD: Microgeração distribuída
MT: Média tensão (13.8 kV, 34.5 kV)
NF: Fator referente ao número de fases, igual a 1 para sistemas monofásicos e bifásicos ou
para sistemas trifásicos
PRODIST: Procedimentos de Distribuição
PD: Potência disponibilizada para a unidade consumidora onde será instalada a geração
distribuída
PR: Pára-raio
QGD: Quadro Geral de Distribuição
QGBT: Quadro Geral de Baixa Tensão
REN: Resolução Normativa
SPDA: Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas
SFV: Sistema Fotovoltaico
SFVCR: Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede
TC: Transformador de corrente
TP: Transformador de potencial
UC: Unidade Consumidora
VN: Tensão nominal de atendimento em volts (V)
Voc: Tensão de circuito aberto de módulo fotovoltaico em volts (V)
SUMÁRIO

1. OBJETIVO ................................................................................................................................... 7
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS E REGULATÓRIA ................................................................... 8
3. DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS ............................................................................................. 9
4. DADOS DA UNIDADE CONSUMIDORA ................................................................................. 10
5. LEVANTAMENTO DE CARGA E CONSUMO ......................................................................... 10
5.1. Levantamento de Carga
...........................................................................................10
5.2. Consumo Mensal
........................................................................................................11
6. PADRÃO DE ENTRADA .......................................................................................................... 11
6.1. Tipo de Ligação e Tensão de
Atendimento......................................................................11
6.2. Disjuntor de Entrada
........................................................................................................11
6.3. Potência Disponibilizada
...........................................................................................11
6.4. Caixa de Medição
........................................................................................................12
6.5. Ramal de Entrada
........................................................................................................13
7. ESTIMATIVA DE GERAÇÃO....................................................................................................13
7.1. Dimensionamento Do Gerador
..............................................................................13
8. DIMENSIONAMENTO DO INVERSOR .................................................................................... 15
9. DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO. ... ...............................................................................17
9.1 Fusível.
.....................................................................................................................18
9.2 Disjuntor.
.....................................................................................................................19
9.3 Dispositivo de seccionamento visível
..................................................................20
9.4 DPS
..................................................................................................................................20
10 ATERRAMENTO. .....................................................................................................................20
11. DIMENSIONAMENTO DOS CABOS ........................................................................................ 21
12. PLACA DE ADVERTÊNCIA ..................................................................................................... 22
OBJETIVO

O presente memorial técnico descritivo tem como objetivo apresentar a metodologia utilizada
para elaboração e apresentação à EQUATORIAL ENERGIA PARÁ, dos documentos mínimos
necessários, em conformidade com a REN 482, com o PRODIST Módulo 3 secção 3.7, com a
NT.020 e com as normas técnicas nacionais (ABNT) ou internacionais (europeia e americana),
para SOLICITAÇÃO DO PARECER DE ACESSO de uma microgeração distribuída conectada
à rede de distribuição de energia elétrica através sistema fotovoltaico de 42,3 kW, composto
por 94 módulos fotovoltaicos de 450W e 01 inversor de 36,0 kW, caracterizado como
INDIVIDUAL.

Na tabela abaixo são apresentados os dados da empresa contratada para executar os serviços
de instalação de sistema fotovoltaico no Município de Belém.

Item Descrição
Empresa HOME STORE SOLAR
CNPJ 17.364.085/0001-90
E-mail homestoresolar.belem@hotmail.com
Telefones (91) 99257-0219
ART Projeto de Sistema Fotovoltaico
Engº Resp. Robson Luiz Dias dos Santos
CREA Engº 1500050970

1. REFERÊNCIAS NORMATIVAS E REGULATÓRIA

Para elaboração deste memorial técnico descritivo, no âmbito da área de concessão do estado
do PARÁ foram utilizadas as normas e resoluções, nas respectivas revisões vigentes, conforme
descritas abaixo:

a) ABNT NBR 5410: Instalações Elétricas de Baixa Tensão.

b) ABNT NBR 10899: Energia Solar Fotovoltaica – Terminologia.

c) ABNT NBR 11704: Sistemas Fotovoltaicos – Classificação.

d) ABNT NBR 16149: Sistemas fotovoltaicos (FV) – Características da interface de


conexão com a rede elétrica de distribuição.

e) ABNT NBR 16150: Sistemas fotovoltaicos (FV) – Características da interface de


conexão coma rede elétrica de distribuição – Procedimentos de ensaio de
conformidade.

f) ABNT NBR IEC 62116: Procedimento de Ensaio de Anti-ilhamento para Inversores


de Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede Elétrica.

g) EQUATORIAL ENERGIA NT.020.EQTL.Normas e Padrões – Conexão de


Microgeração Distribuída ao Sistema de Baixa Tensão.

h) EQUATORIAL ENERGIA NT.001.EQTL.Normas e Padrões – Fornecimento de


Energia Elétrica em Baixa Tensão.

i) EQUATORIAL ENERGIA NT.030.EQTL.Normas e Padrões - Padrões Construtivos


de Caixas de Medição e Proteção.

j) ANEEL Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico


Nacional – PRODIST: Módulo 3 – Acesso ao Sistema de Distribuição. Revisão 6.
2016, Seção 3.7.

k) ANEEL Resolução Normativa nº 414, de 09 de setembro de 2010, que estabelece


as condições gerais de fornecimento de energia elétrica.

l) ANEEL Resolução Normativa ANEEL nº 482, de 17 de abril de 2012, que


estabelece as condições gerais para o acesso de micro geração e mini geração
distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e o sistema de
compensação de energia elétrica.

m) IEC 61727 Photovoltaic (PV) Systems - Characteristics of the Utility Interface.

n) IEC 62116:2014 Utility-interconnected photovoltaic inverters - Test procedure of


islanding prevention measures.

2. DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS

Tabela 1 – Documentos obrigatórios para a


Acima de 10
solicitação de acesso de microgeração Até 10 kW
kW
Observações
distribuída Documentos Obrigatórios
1. Formulário de Solicitação de Acesso SIM SIM
2. ART do Responsável Técnico SIM SIM
3. Diagrama unifilar do sistema de geração, carga, proteção
SIM SIM
e medição
4. Diagrama de blocos do sistema de geração, carga e Até 10kW apenas o diagrama
NÃO SIM
proteção unifilar
5. Memorial Técnico Descritivo SIM SIM
6. Projeto Elétrico, contendo: NÃO SIM
6.1. Planta de Situação
6.2. Diagrama Funcional
Itens integrantes do Projeto
6.3. Arranjos Físicos ou layout e detalhes de montagem
Elétrico
6.4. Manual com Folha de Dados (datasheet) dos Inversores
(fotovoltaica e eólica) ou dos geradores (hidríca, biomassa,
resíduos, cogeração, etc)
Inversor acima de 10 kW,
7. Certificados de Conformidade dos Inversores ou o não é obrigatória a
número de registro de concessão do INMETRO para a SIM SIM homologação, apresentar
tensão nominal de conexão com a rede apenas certificados de
conformidade.
8. Dados necessários para registro da central geradora
conforme disponível no site da ANEEL: SIM SIM
www.aneel.gov.br/scg
9. Lista de unidades consumidoras participantes do sistema Apenas para os casos de
de compensação (se houver) indicando a porcentagem de SIM, ver SIM, ver autoconsumo consumo
rateio dos créditos e o enquadramento conforme incisos VI observação observação remoto, geração
a VIII do art. 2º da Resolução Normativa nº 482/2012 compartilhada e EMUC
10. Cópia de instrumento jurídico que comprove o SIM, ver SIM, ver Apenas para EMUC e
compromisso de solidariedade entre os Integrantes observação observação geração compartilhada.
11.Documento que comprove o reconhecimento pela SIM, ver SIM, ver Apenas para cogeração
ANEEL, no caso de cogeração qualificada observação observação qualificada
12. Contrato de aluguel ou arrendamento da unidade SIM, ver SIM, ver Quando a UC geradora for
consumidora observação observação alugada ou arrendada
Tabela 1 – Documentos obrigatórios para a
Acima de 10
solicitação de acesso de microgeração Até 10 kW
kW
Observações
distribuída Documentos Obrigatórios
SIM, ver SIM, ver Quando a solicitação for feita
13.Procuração
observação observação por terceiros
Quando uma UC
individualmente construir
SIM, ver SIM, ver
14. Autorização de uso de área comum em condomínio uma central geradora
observação observação
utilizando a área comum do
condomínio
NOTA 1: Para inversores até 10 kW é obrigatório o registro de concessão do INMETRO.

3. DADOS DA UNIDADE CONSUMIDORA

Número da Conta Contrato: 3006930

Classe: Residencial

Nome do Titular da CC: EDER JUNIOR GONÇALVES LOPES

Endereço Completo: RUA PAULO GUILHERME Nº 20, JD PRIMAVERA 1 - BAIRRO TAPANÃ,


CEP 66.830-310, Belém - PA

Número de identificação do poste e/ou transformador mais próximo: Transformador- BO254

Coord. georreferenciadas: - 01° 21' 9.72"S, 48° 28' 18.49"W – UTM22M- X: 781339; Y:
9850339

4. LEVANTAMENTO DE CARGA E CONSUMO

4.1. Levantamento de Carga

Tabela 2 – Levantamento de carga


4.2. Consumo Mensal

Tabela 3 – Consumo mensal dos últimos 12 meses

5. PADRÃO DE ENTRADA

5.1. Tipo de Ligação e Tensão de Atendimento

A unidade consumidora deverá ser ligada com ramal de ligação em baixa tensão,
através de um circuito trifásico a 4 condutores, sendo três condutores FASE de diâmetro
nominal 35 mm2 e um condutor NEUTRO de diâmetro nominal 35 mm2, com tensão de
atendimento em 220/127 V, derivado de uma rede aérea de distribuição secundária da
EQUATORIAL ENERGIA no estado do Pará.

Ramal de Ligação da Unidade Consumidora


1.1. Disjuntor de Entrada

No ponto de entrega/conexão é instalado um disjuntor termomagnético, em


conformidade com a norma NT.001.EQTL.Normas e Padrões da Equatorial Energia, com as
seguintes características:

NÚMERO DE POLOS: 3

TENSÃO NOMINAL: 220/127 V

CORRENTE NOMINAL: 100A

FREQUÊNCIA NOMINAL: 60 HZ

ELEMENTO DE PROTECAO: TERMOMAGNÉTICO

CAPACIDADE MAXIMA DE INTERRUPCAO: 5 kA;

ACIONAMENTO: MANUAL

CURVA DE ATUACAO (DISPARO): C.

1.2. Potência Disponibilizada

A potência disponibilizada para unidades consumidora onde será instalada a microGD é (será)
igual à:

PD [kVA] = (VN [V] X IDG [A] )/1000

PD [kW] = PD [kVA] x FP

VN = 220 V

IDG = 100 A

FP = 0,92

PD (kVA) = 1,73 x (220 x 100) /1000 = 38,06 KVA

PD (kW) = 38,06 x 0,92 = 35,01 kW

NOTA 2: A potência de geração 36,0 kW é igual a potência disponibilizada pela concessionária.

1.3. Caixa de Medição

O Padrão do cliente é caracterizado com uma caixa polifásica sobreposto à parede


frontal do imóvel, chegando à casa do cliente o ramal de entrada conforme Figura 2. Sendo a
caixa composta de policarbonato de 280 mm x 414 mm x 215 mm (comprimento, altura e
largura), conforme Figura 3, e instalada no ponto de entrega, caracterizado como o limite da via
pública com a propriedade, atendendo aos requisitos de localização, facilidade de acesso e lay-
out, em conformidade com as normas da concessionária NT.001.EQTL e NT.030.EQTL.
Fig. 2 – Padrão de Entrada Trifásico de 100A.

Figura 3: Desenho dimensional detalhado da caixa de medição que será instalada no local.

O aterramento da caixa de medição é com 1 hastes de aterramento em Aço Cobreado de


comprimento 1.500 mm e diâmetro 5/8”, condutor de 6 mm2 com conexão em conector tipo
cunha.

1.4. Ramal de Entrada

O ramal de entrada da unidade consumidora é através de um circuito bifásico a três


condutores, sendo três condutores FASE de diâmetro nominal 35 mm2 e um condutor NEUTRO
de diâmetro nominal 35 mm2, em 220 V.

2. ESTIMATIVA DE GERAÇÃO

2.1. Dimensionamento do gerador

O gerador em questão foi dimensionado considerando um consumo médio do cliente de


4.761,28 kWh por mês, com um HSP médio anual de 4,87, perdas por NOCT de 25,9% e
perdas no sistema de 5% e orientação dos módulos de 10° para o norte, visto que o telhado do
cliente tem águas orientadas Leste – Oeste. O módulo fotovoltaico utilizado será com
tecnologia de Monocristalino de 144 células de silício, deverá possuir robustas esquadrias de
alumínio, resistência à corrosão, suportar altas cargas de vento e cargas de neve, deverá
dispor das certificações de qualidade TÜV Rheinland to ISO 9001:2008, ISO 14001:2004 e BS
OHSAS 18001:2007 e apresentar elevada eficiência e classificação “A” pelo INMETRO;

A garantia do produto contra defeitos de fabricação deverá ser de no mínimo de 10 anos de


duração. A garantia de produção mínima deverá ser de 93% após 12 anos e 80% após 25 anos
de sua potência nominal.

Definida a energia média a ser produzida pelo sistema fotovoltaico pode-se dimensionar a
potência do gerador solar (painel) através da seguinte equação:

Pot SFV= Eg/ (Rendimento x HSP x dias)

Eg: Energia prevista para ser gerada pelo Sistema Fotovoltaico;

HSP: Horas de Sol Pleno média anual da Região onde está localizado a unidade consumidora;

Pot SFV: Potência do sistema Fotovoltaico;

Dados do sistema:

Eg = 4.761,28 kWh;

HSP = 4,69 kWh/m2*dia;

Rendimento = 0,8;

Dias = 30 dias;

Pot SFV= 42,3kWp

Dessa forma deverá ser utilizado 94 módulos fotovoltaicos de 450 Wp com as características
da TABELA 4. Os quais deverão ser instalados no local indicado na FIGURA 5.
Figura 5: Local de instalação dos módulos fotovoltaicos.

Tabela 4 – Características técnicas do gerador

Fabricante JINKO
Modelo JKM450M-60HL4-V
Potência nominal – Pn [W] 450 W
Tensão de circuito aberto – Voc [V] 41.18V
Corrente de curto circuito – Isc [A] 13.85 A
Tensão de máxima potência – Vpmp [V] 33.91 V
Corrente de máxima potência – Ipmp [A] 13.27 A
Eficiência [%] 20.85 %
Comprimento [m] 1.903
Largura [m] 1.134
Área [m2] 2.15
Peso [kg] 24.2
Quantidade 94 módulos
Potência do gerador [kWp] 42.3

3. DIMENSIONAMENTO DO INVERSOR

O inversor foi dimensionado de acordo com a potência dos módulos fotovoltaico, as tensões
Voc [V], Vpmp [V], Ipmp [A] para o lado C.C e em função da corrente e da voltagem no lado
C.A que é 220 Volts trifásico. Ver FIGURA 6. Ele tem as seguintes características;
Figura 6: Local de instalação do inversor.

 Transformar a energia elétrica gerada nos módulos fotovoltaicos em corrente contínua


(C.C), na forma de corrente alternada (C.A) para entregar à rede;

 Em casos de perda ou anormalidades de tensão e frequência na rede C.A, o inversor deixa


de fornecer energia C.A, evitando o funcionamento ilhado, ficando uma garantia de
segurança para os trabalhadores de manutenção da rede elétrica da companhia. Voltando
os valores de tensão e frequência a sua normalidade, o inversor se conecta à rede
automaticamente;

 Os inversores aplicados em sistemas fotovoltaicos devem atender aos requisitos


estabelecidos na ABNT NBR IEC 62116. Funcionará também como dispositivo de
monitorização de isolamento, para desconexão automática da instalação fotovoltaica, no
caso de perda da resistência de isolamento;

 O Inversor será instalado na parte interna da residência com fácil acesso ao pessoal da
fiscalização da concessionária (EQUATORIAL ENERGIA), mais próximo do quadro de
distribuição, sendo o seu lado de corrente contínua (C.C) será conectado aos módulos
fotovoltaicos e no lado de corrente alternada (C.A) será conectado ao quadro de distribuição
elétrica com tensão trifásica de saída C.A de 220 V.

O dimensionamento do inversor é necessário que se defina os seguintes parâmetros: Faixa de


potência nominal, limite da tensão de entrada, faixa de tensão de operação do Mppt do
inversor, Corrente máxima CC do inversor. Usar dados da TABELA 5.

Faixa de potência nominal

O inversor deve estar dimensionado para trabalhar no intervalo de potência conforme a


referência abaixo.
0,7 x 42,3 kW ≤ Pot Inversor ≤ 1,2 x 42,3 kW

29,61 kW ≤ Pot Inversor ≤ 50,76 kW

Limite da tensão de entrada

O máximo número de módulos em série que pode ser conectado ao inversor é calculado pela
Equação:

N° de módulos em série < 1100V / 41,18 V = < 26,71

Assim no máximo podem ser colocados 26 módulos em série por String no MPPT.

Limite máximo de corrente do inversor

O inversor FV possui uma corrente máxima de entrada C.C. Para garantir que este valor não
seja ultrapassado, pode-se calcular o número máximo de fileiras das séries fotovoltaicas,
conectadas em paralelo, com auxílio da Equação.

N° de módulos em paralelo < 52A/ 13,85A

N° de módulos em paralelo < 3,75

Assim, só há possibilidade de instalação de 3 módulos em paralelo.

Faixa de tensão de operação do Mppt do inversor

MPPT1 – Entrada 1

Para o caso em questão, serão conectados 36 módulos no MPPT1 do inversor GROWATT


MAC 36KTL3-XL, nele existem três entradas e em duas delas serão conectados os módulos,
formando 2 Strings de 18 módulos.

Vmp x N° Mod em série > Vppt (inversor) > 0,76 x Vmp x N° Mod em série

33,91 x 18 > Vppt (inversor) > 0,76 x 33,91 x 18

610,38 > Vppt (inversor) > 463,88

Assim, a faixa de tensão do Mppt 1 do inversor definido é de 200-1000V que atende a


especificação calculada para 18 módulos em série.

OBS: Os parâmetros de cálculos para a entrada 2 do MPPT1 são as mesmas da entrada 1.


MPPT2 – Entrada 1

Para o caso em questão, serão conectados 18 módulos no MPPT2 do inversor GROWATT


MAC 36KTL3-XL, nele existem três entradas e em duas delas serão conectados os módulos,
formando 2 Strings de 18 módulos.

Vmp x N° Mod em série > Vppt (inversor) > 0,76 x Vmp x N° Mod em série

33,91 x 18 > Vppt (inversor) > 0,76 x 33,91 x 18

610,38 > Vppt (inversor) > 463,88

Assim, a faixa de tensão do Mppt 2 do inversor definido é de 200-1000V que atende a


especificação calculada para 18 módulos em série.

OBS: Os parâmetros de cálculos para a entrada 2 do MPPT2 são as mesmas da entrada 1.

MPPT3 – Entrada 1

Para o caso em questão, serão conectados 22 módulos no MPPT3 do inversor GROWATT


MAC 36KTL3-XL, nele existem três entradas e em uma delas serão conectados os módulos,
formando 1 Strings de 22 módulos.

Vmp x N° Mod em série > Vppt (inversor) > 0,76 x Vmp x N° Mod em série

33,91 x 22 > Vppt (inversor) > 0,76 x 33,91 x 22

746,02 > Vppt (inversor) > 522,14

Assim, a faixa de tensão do Mppt 1 do inversor definido é de 200-1000V que atende a


especificação calculada para 22 módulos em série.

Tabela 5 – Características técnicas do inversor

Fabricante GROWATT
Modelo MAC 36KTL3-XL
Quantidade 1
Entrada
Potência nominal – Pn [kW] 46.8
Máxima potência na entrada CC – Pmax-cc [kW] 46.8
Máxima tensão CC – Vcc-máx [V] 1.100
Máxima corrente CC – Icc-máx [A] 52
Máxima tensão MPPT – Vpmp-máx [V] 1000
Mínima tensão MPPT – Vpmp-min [V] 200
Tensão CC de partida – Vcc-part [V] 250
Quantidade de Strings 4
Quantidade de entradas MPPT 3
Saída
Potência nominal CA – Pca [kW] 36.0
Máxima potência na saída CA – Pca-máx [VA] 36.0
Máxima corrente na saída CA – Imáx-ca [A] 94.5
Tensão nominal CA – Vnon-ca [V] 127/220
Frequência nominal – Fn [Hz] 50/60
Máxima tensão CA – Vca-máx [V] 139.7
Mínima tensão CA – Vca-min [V] 101.6
THD de corrente [%] <3%
Fator de potência (+0.8/.-0.8)
3 fase +1 neutro + 1
Tipo de conexão – número de fases + neutro + terra
terra
Eficiência máxima [%] 98.8
Classe de Proteção Classe I
Grau de Proteção IP65
Peso 52 kg
Faixa de temperatura -25°C a +60°C
Dimensões 680 x 508 x 281mm

4. DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO

A Proteção C.C será feita através da String box, FIGURA 7, que é um equipamento
especialmente desenvolvido para satisfazer esses requisitos, pois possui solução completa
para o sistema de geração de energia fotovoltaica. Com a String Box, se pode combinar um
grupo de componentes fotovoltaicos com a mesma especifcação de acordo com a tensão de
entrada, facilitando a conexão com o grupo (string) seguinte. É importante que os usuários
sigam as medidas de segurança relacionadas nas presentes instruções. Para reduzir os riscos
e garantir a segurança do usuário, a String Box contém as seguintes características, conforme
TABELA 6:

Tabela 6 – Características técnicas da String Box


Item Descrição
Marca CLAMPER
Modelo SOLAR SB
Proteção de Surto (V) DPS 1.000 Vcc
Corrente de Surto (Imax) 40 KA
Porta Fus CC (Imax) 15 A
Grau de Proteção IP65
Peso 5,04 kg
Dimensões 14cm x 36cm x 38cm

 Proteção IP65, com operação e instalação externa, que previne danos causados por
raios UV, ácidos alcalinos, umidade e mofo, dentre outros.

 A fiação é protegida com fusíveis 1000Vcc 15A (outras correntes disponíveis por
modelo), e até duas strings podem ser acessados ao mesmo tempo.

 Equipado com DPS (Dispositivo de proteção contra surtos) em corrente contínua, tanto
de polo positivo quanto negativo, com proteção contra raios.
4.1. Disjuntores

O sistema contará com 1 inversor de 36,0 kW e 94 módulos de 450Wp. A saída do inversor


possui três fases, um neutro e um terra que será feita em cabo C.A secção transversal 25mm²
que deverão ser conectados a um disjuntor tripolar de 100A a ser instalado no barramento do
quadro de proteção AC antes da conexão na rede da Concessionária. O mesmo tem as
seguintes características:

 Número de pólos: 3
 Tensão nominal CA: 220/127 V
 Corrente Nominal [A]: 100 A
 Frequência [Hz], para disjuntor CA: 60
 Capacidade máxima de interrupção [kA]: 5
 Curva de atuação: C

O disjuntor é dimensionado conforme equação abaixo:

Imax( inv ) < Idisj < Imax( cabo )


Onde:

Imax(inv): Corrente máxima do inversor;

Idisj: Intervalo de capacidade de corrente do disjuntor;

Imax(cabo): Capacidade de corrente do cabo.

Ou seja;

Imax(inv): 94,5 A e Imax(cabo): 117 A

Então

53 < Idisj < 117 A

Quando dois ou mais dispositivos de proteção contra sobrecorrente forem instalados em série,
suas características de atuação devem ser escolhidas de modo que, no caso de circulação de
uma sobrecorrente no circuito situado a jusante, só atue o dispositivo que protege esse circuito.

A seletividade é garantida desde que a corrente nominal do disjuntor a jusante seja inferior à do
disjuntor à montante e as curvas de ambos os disjuntores se cruzem em uma faixa muito
estreita.

4.2. Dispositivo de seccionamento visível

O dispositovo de seccionamento usado neste sistema para o lado CC são as chaves


seccionadora de 4 pólos de corrente contínua conectados em série pelas respectivas
polaridades para melhor resistência à tensão, inseridas na parte inferior do inversor.

4.3. DPS

Dimensionado de acordo com as características de carga que ele está protegendo, classe,
conforme TABELA 7;
A tensão máxima do DPS na corrente contínua deve estar acima da tensão Voc (tensão de
circuito aberto) do painel fotovoltaico que o DPS está ligado. A tensão máxima na corrente
alternada deve estar acima do nível de tensão entregue pelo inversor;

A corrente máxima de descarga do DPS é a corrente máxima de descarga que o DPS venha a
suportar uma vez sem ser destruído.

A corrente nominal do DPS é definida sempre abaixo da corrente máxima de descarga.

Dados do DPS definido:

Tabela 7 – Características técnicas dos DPS


DPS Lado CC DPS Lado AC

Up: Classe I Up<1,5 kV Classe I Up<1,5 kV

Imáx 40 kA 20 kA

In 20 kA 10 kA

Vcc 1000 Volt 275 Volt

5. ATERRAMENTO

A instalação de aterramento cumpre com a norma ABNT NBR 5419 proteções de estruturas
contra descargas atmosféricas. Toda peça condutora da instalação elétrica que não faça parte
dos circuitos elétricos, mas que, eventualmente ou acidentalmente, possa ficar sob tensão,
deve ser aterrada, desde que esteja em local acessível a contatos. A este aterramento se
conectará a estrutura de fixação dos geradores fotovoltaicos e o borne de aterramento do
inversor. O sistema de aterramento da instalação fotovoltaica deve ser interligado ao sistema
de aterramento principal da instalação.

O aterramento está presente em diversos sistemas de proteção dentro da instalação


fotovoltaica: proteção contra choques, contra descargas atmosféricas, contra sobtensões,
proteção de linhas de sinais, equipamentos eletrônicos e proteções contra descargas
eletrostáticas.

O valor da resistência de aterramento será tal que qualquer massa não possa dar tensões de
contato superiores a 25 V (situação 2 tabela C.2 ABNT NBR 5410:2004).

A norma brasileira de proteção contra descargas atmosféricas (NBR 5419) recomenda uma
resistência de terra com valor abaixo de 10 ohms, para isto é necessário conhecer o tipo e a
resistividade do solo e as opções de aterramentoas que contará com as seguintes
características:

 Malha de terra será linear, espaçadas de 2,4 m cada:


 A malha será com cabo # 6mm² de cobre nú, conectado às hastes de terra do tipo
COPPERWELD de 5/8” x 2400mm, com caixa de inspeção plástica, com tampa, para
medição de resistência ôhmica e verificação das conexões
 Quantidade de hastes: 3
 Partindo da malha em cabo 6 mm² em cabo nu com este conetado nas hastes e por
conseguinte a subida em cabo 6mm² isolado interligando os pontos de aterramento dos
módulos e quadros de distrbuição e inversor;
 As conexões desse aterramento serão com conector haste cabo tipo GTDU;
 Valor da resistência de aterramento: menor que 10 ohms

6. DIMENSIONAMENTO DOS CABOS

Os cabos a serem usados no sistema estão dividos em parte C.C e C.A. O Lado C.C que
corresponde a interligação dos módulos até a String Box C.C e inversor será usado cabo 6
mm² isolado de cobre estanhado. Para o lado C.A que compreende para este cliente, a
inteligação entre o Inversor e o quadro geral de distribuição da residência do mesmo, será
usado cabo isolado de cobre 10mm². Ambos cabos terão as seguintes características:

Lado C.C

 Formação: Condutor formado por fios de cobre estanhado, têmpera mole e


encordoamento classe 5, conforme NBR NM 280
 Isolação: XLPE
 Isolamento: 1 kV Vcc
 Bitola [mm2]: 6
 Capacidade de condução de corrente: 54 A

Lado C.A

 Formação: Condutor formado por fios de cobre nu, eletrolítico, têmpera mole,
encordoado com seção circular compactada Classe 2
 Isolação: (XLPE) 90ºC com 2,5% de negro de fumo disperso
 Isolamento: 0,6/1 KV
 Bitola [mm2]: 25
 Capacidade de condução de corrente: 117 A

7. PLACA DE ADVERTÊNCIA

A placa de advertência, FIGURA 12, será afixada com fita dupla face no poste de ferro que
compôe o padrão de ligação do cliente. As características da Placa são:

 Espessura: 2 mm;
 Material: Policarbonato com aditivos anti-raios UV (ultravioleta);
 Gravação: letras em Arial Black;
 Acabamento: possui cor amarela, obtida por processo de masterização com
2%, assegurando opacidade que permita adequada visualização das
marcações pintadas na superfície da placa;

Figura 12: Placa de advertência.

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