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UFV Serra do Mar VI

Memorial de Cálculo
dos Cabos BT/CC,
BT/CA e MT
SOL-HSM06-EB-PE-ELE-MC-001

janeiro 25, 2024


SOL-HSM06-EB-PE-ELE-MC-001-R01

HISTÓRICO DE REVISÕES

REV DATA ELAB. APROV. COMENTÁRIOS

00 19/12/2023 VGL DLR Emissão Inicial

01 25/01/2024 VGL DLR Revisado conforme comentários

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ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5
2 DOCUMENTOS E NORMAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIA .............................................. 5
3 CABOS DE BAIXA TENSÃO ................................................................................................ 5
3.1 Condições da instalação ............................................................................................... 5
3.2 Dados de entrada .......................................................................................................... 6
3.3 Trechos do circuito de baixa tensão.............................................................................. 7
3.4 Capacidade de condução de corrente .......................................................................... 7
3.4.1 Análise do Primeiro Trecho ................................................................................... 8
3.4.2 Análise do segundo trecho .................................................................................. 10
4 Cabos de média tensão ...................................................................................................... 13
4.1 Condições da instalação ............................................................................................. 13
4.2 Dimensionamento do condutor da MT ........................................................................ 13
4.2.1 Corrente de curto-circuito .................................................................................... 13
4.2.2 Capacidade de condução de corrente ................................................................ 14
4.3 Blindagem metálica da isolação .................................................................................. 15
4.4 Ramal de entrada da UFV ........................................................................................... 16
5 Critério da queda de tensão ............................................................................................... 16
5.1 Queda de tensão em corrente contínua ...................................................................... 16
5.2 Queda de tensão em corrente alternada .................................................................... 17
6 Taxa de ocupação nos eletrodutos .................................................................................... 17
7 Perdas de potência ............................................................................................................. 19
7.1 Perdas de potência em corrente contínua .................................................................. 19
7.2 Perdas de potência em corrente alternada ................................................................. 19
8 Resultados .......................................................................................................................... 20
8.1 Trecho em corrente contínua ...................................................................................... 20
8.2 Resumo da queda de tensão e perda de potência da usina ...................................... 21
9 Conclusão ........................................................................................................................... 22
10 ANEXO I – Dados de curto-circuito da concessionária ...................................................... 23
11 ANEXO II – Descrição do software cableizer ..................................................................... 24

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1 INTRODUÇÃO
Neste documento são apresentadas as premissas, a metodologia de cálculo e resultados
aplicados ao dimensionamento dos cabos de Baixa Tensão (BT), Média Tensão (MT) e cabos
solares que são previstos para a Usina Fotovoltaica Serra do Mar 06, localizada no município de
Caçapava, pertencente ao estado de São Paulo, com potência instalada de 1,845 MWp em
Corrente Contínua (CC) e 1,375 MW em Corrente Alternada (CA).

2 DOCUMENTOS E NORMAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIA


1. SOL-HSM06-CB-PE-CIV-DE-001 – Layout Geral - Planta;
2. SOL-HSM06-EM-PE-CNX-DE-001 – Redes de MT/BT/FO - Plantas e Detalhes;

3. SOL-HSM06-EB-PE-ELE-DU-001 – Diagrama Unifilar Geral;


4. SOL-HSM06-EM-PE-LOG-PL-001 – Planilha de cabos e interligações;
5. SOL-HSM06-EB-PE-ELE-DI-002 – Diagrama de interligação das Strings - Seriamento
PV;
6. ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão;

7. ABNT NBR 6251 - Cabos de potência com isolação extrudada para tensões de 1 kV a 35
kV - Requisitos construtivos;
8. ABNT NBR 7287 - Cabos de potência com isolação extrudada de polietileno reticulado
(XLPE) para tensões de 1 kV a 35 kV - Requisitos de desempenho;
9. ABNT NBR 14039 - Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV;
10. ABNT NBR 16690 - Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos - Requisitos de projeto;
11. ABNT NBR 16612 – Cabos de potência para sistemas fotovoltaicos, não halogenados,
isolados, com cobertura – Requisitos de desempenho;
12. NEC (National Electrical Code) – Article 690;

3 CABOS DE BAIXA TENSÃO


A seguir são elencados os fatores que afetam a determinação dos condutores de baixa tensão
para toda Usina Fotovoltaica (UFV), além de toda a metodologia baseada nas normativas
nacionais e internacionais que são permitidas para instalações de baixa tensão e sistemas
fotovoltaicos.

3.1 Condições da instalação


As instalações em baixa tensão ocorrem em distintas características e trechos. Os cabos solares
serão instalados ao ar livre e em eletrodutos enterrados no trecho que conecta as strings às
junction boxes. Os cabos de baixa tensão (BTCC) serão responsáveis pela conexão entre as
junction boxes aos inversores, e serão instalados em eletrodutos enterrados.

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3.2 Dados de entrada


A Tabela 1 apresenta os dados dos módulos fotovoltaicos (FV) utilizados como dados de entrada
para o cálculo das perdas, queda de tensão e capacidade de condução de corrente.

PARÂMETROS MÓDULO 1 MÓDULO 2 UNIDADE

Modelo do módulo CS6W-565TB-AG CS6W-570TB-AG -

Fabricante do módulo Canadian Canadian -


Quantidade por String 27 27 un.
Quantidade total 270 2970 un.

Potência STC 565 570 Wp

Tensão de operação (Vmp) 42,50 42,70 V

Corrente de operação (Imp) 13,30 13,35 A

Tensão de circuito aberto (Voc) 51,60 51,80 V

Corrente de curto-circuito (Isc) 13,75 13,81 A

Albedo 15 15 %

Bifacialidade 80 80 %

Tabela 1 - Parâmetros dos módulos fotovoltaicos

A Tabela 2 e Tabela 3 apresentam os dados das junction boxes e inversores, respectivamente.

DESCRIÇÃO TIPO 1 TIPO 2 UNIDADE

Número de entradas CC 10 11 -

Potência 152,55 169,29 kWp


Corrente de curto-circuito de
13,75 13,81 A
entrada (STC)
Corrente de curto-circuito de
15,40 15,47 A
entrada (Albedo + Bifacialidade)
Corrente de curto-circuito de
154,00 170,14 A
saída (Albedo + Bifacialidade)
Corrente de Operação
148,96 164,47 A
(Albedo + Bifacialidade)

Tensão de Operação (Vmp) 1147,50 1152,90 V

Tabela 2 – Dados de entrada da junction box

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DADOS DE ENTRADA CC VALORES UNIDADE

Fabricante do Inversor Sungrow -

Modelo do Inversor SG125HV -

Tensão Máxima CC 1.500 V

Tensão Mínima CC 860 V

Tensão de Entrada de Inicialização 920 V

Tensão Nominal CC de Entrada 1.050 V

Intervalo de Tensão de MPPT 860-1.450 V

Entradas CC 1 -

Máxima Corrente CC 148 A

Máxima Corrente CC de Curto-Circuito 240 A

DADOS DE SAÍDA CA VALORES UNIDADE

Potência de Saída CA (50 °C) 125 kVA

Corrente de Saída CA Máxima 120 A

Tensão CA Nominal 600 V

Configuração de ligação 3F + PE -

Tabela 3 - Dados de entrada do inversor

3.3 Trechos do circuito de baixa tensão


As instalações de Baixa Tensão (BT) do projeto para toda UFV consistem em dois trechos:
• Primeiro trecho – String de módulos até a junction box;
• Segundo trecho – Junction box até inversor;

3.4 Capacidade de condução de corrente


A capacidade de condução de corrente é a corrente máxima que o cabo pode suportar nas
condições da instalação em que se encontra. Conforme explicitado na norma ABNT 5410 e IEC
60287, é necessário corrigir a ampacidade do condutor levando em conta os fatores de correção
que impactam na instalação, corrigindo, portanto, a capacidade de condução de corrente (I o) e
resultando em uma capacidade de condução de corrente corrigida (I z). Os fatores de correção
que geralmente são considerados para o dimensionamento das instalações BT são descritos
logo a seguir:

• 𝐾1 - Fator de correção de temperatura;


• 𝐾2 - Fator de correção de agrupamento de circuitos;
• 𝐾3 - Fator de correção de resistividade térmica do solo. (Fator aplicado quando a
instalação for enterrada).

Para cabos instalados no subsolo com ou sem eletrodutos, os fatores de correção são aplicados
à corrente nominal dos cabos Io dos cabos para calcular a capacidade condução de corrente
corrigida Iz conforme a fórmula a seguir.

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A capacidade de condução corrigida do cabo é determinada após a aplicação dos fatores de


correção inerentes ao tipo de instalação aplicada. Logo, a I z é calculada a partir da equação (1)
apresentada logo abaixo.

𝐼𝑧 = 𝐾eq ∗ 𝐼0 (1)
Onde:
Keq = Fator de correção de corrente equivalente para o tipo de instalação.

3.4.1 Análise do Primeiro Trecho


O primeiro trecho é composto pelos cabos solares de 6mm² unipolares que conectam as strings
(série) de módulos com a junction box. Existem dois subtrechos analisados neste memorial,
sendo das strings até a caixa de passagem de cabos solares, e da caixa de passagem até a
junction box.
A corrente de projeto do primeiro trecho, utilizada para o dimensionamento dos cabos, foi
calculada considerando a corrente de curto-circuito do módulo fotovoltaico nas condições padrão
de teste, “Bifacialidade” do módulo, albedo e o fator de sobre irradiância (KI).
O artigo 690.8 da normativa estadunidense NEC (National Electrical Code) sugere de modo
conservador o fator KI de 1,25, logo será utilizado neste projeto de maneira conservadora o fator
de sobre irradiância de 1,25.
Os fatores que determinam a máxima corrente que vai passar pelos cabos solares unipolares
são a corrente de Curto-Circuito (CC) e a bifacialidade do módulo FV utilizado, o fator KI
determinado anteriormente e o albedo do local.

𝐼𝑏1 = 𝐾𝐼 × 𝐼𝑠𝑐 ∗ (1 + 𝐵𝐹 ∗ α) (2)


Onde:
𝐼𝑏1 = Corrente de projeto do primeiro trecho corrigida (A);
𝐾𝐼 = Fator de sobre irradiância utilizado;
𝐼𝑠𝑐 = Corrente de curto do módulo FV nas condições padrões (STC) (A);
𝐵𝐹 = Bifacialidade do módulo FV extraído do datasheet;
α = Albedo que incide na parte traseira do módulo FV [Adimensional].
A Tabela 4 apresenta o resumo e a corrente de projeto para o primeiro trecho da UFV,
considerando todas as premissas descritas anteriormente.

PARÂMETROS VALORES UNIDADE

Albedo (𝛂) 0,15 -

Fator 𝑲𝑰 1,25 -

Bifacialidade (BF) 0,80 -

Corrente de curto-circuito (𝑰𝒔𝒄 ) 13,81 A


Corrente de Projeto (𝑰𝑩𝟏 ) 19,33 A

Tabela 4 - Corrente de projeto do primeiro trecho

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3.4.1.1 Percurso das strings até a caixa de passagem de cabos solares


Neste subtrecho, os cabos solares serão instalados em eletrodutos enterrados com agrupamento
máximo de 5 circuitos, em um mesmo eletroduto à profundidade máxima de 0,5 metros. A Tabela
5 apresenta o cálculo da capacidade de condução de corrente corrigida para a instalação,
conforme equação apresentada em 3.4. A corrente encontrada é suficiente para conduzir a
corrente de projeto calculada anteriormente.

CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE

Bitola (mm²) Corrente (A) Descrição


NBR 16612 - Tabela C.9 - Capacidade de
6 42 condução de corrente para temperatura no
condutor em regime permanente de 90 °C.

FATORES DE CORREÇÃO

Fator de correção de NBR 5410 – Tabela 40 – Fatores de correção de


1,00
temperatura (K1) temperatura.

NBR 5410 – Tabela 42 – Método de referência A a F –


Fator de correção de
0,60 Fator de agrupamento para grupos de circuitos em
agrupamento (K2)
eletroduto (5 circuitos agrupados em um eletroduto).

Fator de correção de (*) NBR 5410 - Tabela 41 - Fatores de correção para linhas
resistividade térmica 1,00 subterrâneas em solo com rt. térmica diferente de 2,5
(K3) K.m/W.

Fator de correção
0,60 Fator equivalente, logo 𝐾1 × 𝐾2 × 𝐾3
equivalente (Keq)

COMPARATIVO DE CORRENTE

𝑰𝟎 42,00 A
𝑰𝒛 25,20 A
𝑰𝒃𝟏 19,33 A
𝑰𝒃𝟏 < 𝑰𝒛 , é Verdadeiro -

Tabela 5 – Capacidade de condução de corrente para cabos solares instalados em eletrodutos enterrados
referente ao primeiro trecho

(*) O fator de correção para linhas subterrâneas apresentada pela tabela 41 da norma NBR 5410
considera como premissas iniciais uma profundidade de instalação de até 0,8 m e resistividade
térmica do terreno igual a 2,5 K.m/W. A norma NBR 5410 não apresenta capacidades de corrente
para profundidades de instalação diferentes de 0,7 m de profundidade, contudo, de maneira
conservadora esta premissa foi adotada no dimensionamento do circuito. Os condutores deste
trecho serão instalados a uma profundidade de 0,5 m e com isso, sua capacidade de condução
aumentará.

3.4.1.2 Percurso da caixa de passagem de cabos solares até a junction box


Neste subtrecho, os cabos solares terão sua instalação em eletroduto aflorando ao ar livre, com
agrupamento máximo de 11 circuitos, em um mesmo eletroduto. A Tabela 6 apresenta o cálculo
da capacidade de condução de corrente corrigida para a instalação, conforme equação

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apresentada em 3.4. A corrente encontrada é suficiente para conduzir a corrente de projeto


calculada anteriormente.

CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE

Bitola (mm²) Corrente (A) Descrição

NBR 16612 - Tabela C.2 - Capacidade de


condução de corrente para cabos
6 51 instalados em temp. ambiente de 30 °C e
temp. no condutor em regime permanente
de 90 °C.
FATORES DE CORREÇÃO

Fator de correção de NBR 5410 – Tabela 40 – Fatores de correção de


1,00
temperatura (K1) temperatura.

NBR 5410 – Tabela 42 – Método de referência A a F –


Fator de correção de
0,50 Fator de agrupamento para grupos de circuitos em
agrupamento (K2)
eletroduto (11 circuitos agrupados em um eletroduto).

Fator de correção de (*) NBR 5410 - Tabela 41 - Fatores de correção para linhas
resistividade térmica 1,00 subterrâneas em solo com rt. térmica diferente de 2,5
(K3) K.m/W.

Fator de correção
0,50 Fator equivalente, logo 𝐾1 × 𝐾2 × 𝐾3
equivalente (Keq)

COMPARATIVO DE CORRENTE

𝑰𝟎 51,00 A
𝑰𝒛 25,50 A
𝑰𝒃𝟏 19,33 A
𝑰𝒃𝟏 < 𝑰𝒛 , é Verdadeiro -

Tabela 6 - Capacidade de condução de corrente para cabos solares instalados em eletrodutos aflorando
ao ar livre referente ao primeiro trecho

(*) O fator de correção para linhas subterrâneas apresentada pela tabela 41 da norma NBR 5410
considera como premissas iniciais uma profundidade de instalação de até 0,8 m e resistividade
térmica do terreno igual a 2,5 K.m/W. A norma NBR 5410 não apresenta capacidades de corrente
para profundidades de instalação diferentes de 0,7 m de profundidade, contudo, de maneira
conservadora esta premissa foi adotada no dimensionamento do circuito. Os condutores deste
trecho serão instalados a uma profundidade de 0,5 m e com isso, sua capacidade de condução
aumentará.

3.4.2 Análise do segundo trecho


O segundo trecho é composto pelos cabos BTCC unipolares de alumínio de 185 mm² com
isolação em XLPE que conectam as junction boxes até os inversores.
As premissas para o cálculo da corrente de projeto 𝐼𝑏2 do trecho da junction box ao inversor
encontra-se na Tabela 7. O fator 𝐾𝐼 será o mesmo utilizado para o trecho de cabos solares
conforme apresentado no item 3.4.1.

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Fator de 𝑲𝑰 1,25 -
Número de entradas na junction box 11 -
Corrente de curto-circuito de projeto na
212,67 A
saída da SB (𝑰𝒃𝟐 )

Profundidade da instalação 0,70 m

Temperatura do solo 30 °C

Circuitos agrupados 4 -

Espaçamento entre circuitos 0,45 m

Tabela 7 - Dados de entrada e corrente de projeto do segundo trecho

Para o cálculo de espaçamento entre cabos, foi utilizada a normativa técnica ABNT NBR 5410.
As premissas e características principais da instalação foram descritas na Tabela 7.
No intuito de verificar o espaçamento entre os circuitos, a norma técnica IEC 60287 foi aplicada
através de métodos numéricos e analíticos com uso de Software Cableizer (descrito no Anexo
II) para verificação da capacidade de condução de corrente em função da modelagem física dos
cabos adotados na aplicação, da temperatura do solo, resistividade térmica, características dos
cabos e disposição dos circuitos nas valas, e assim, analisando ainda o aquecimento do solo no
entorno dos cabos. Em conjunto foi verificado o espaçamento mínimo necessário entre circuitos
para atendimento das correntes de projeto sem exceder a temperatura máxima que o cabo
suporta (90 ºC).
A vala com 4 circuitos foi calculada um espaçamento entre centros dos circuitos de 45 cm. A
Figura 1, apresenta a disposição dos circuitos na vala para o caso com 4 circuitos de cabos de
185 mm², possuindo a largura de 1,35 metros. A Figura 2 destaca as temperaturas máximas
atingidas com todos os circuitos atuando em regime, na corrente especificada. Por último, a
Figura 3 apresenta o gradiente de temperatura para esta configuração de vala.

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Figura 1 - Disposição dos circuitos

Figura 2 - Temperaturas atingidas

Figura 3 - Gradiente de dissipação de temperatura

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4 CABOS DE MÉDIA TENSÃO

4.1 Condições da instalação


Os cabos da rede de Média Tensão (MT) subterrâneos serão instalados em eletrodutos
enterrados a uma profundidade de 1,10 cm do solo com isolação XLPE-TR.
A Tabela 8 apresenta os dados para a rede de média tensão da UFV. Para o cálculo da
capacidade de condução de corrente, foram utilizados como dados de entrada, de maneira
conservadora, o transformador considerando a sua potência nominal.

PARÂMETROS VALORES UNIDADE

Tensão Nominal (𝑽𝒏 ) 13,2 kV

Potência Aparente Transformador (𝑺𝟑𝝓 ) 1,580 MVA

Corrente nominal (𝑰𝒏 ) 69,11 A

Tabela 8 - Dados de entrada de média tensão da UFV

4.2 Dimensionamento do condutor da MT

4.2.1 Corrente de curto-circuito


O valor mínimo da seção transversal do condutor de MT foi obtido através do valor da corrente
de curto-circuito trifásica simétrica fornecida pela concessionária (Anexo I), do tempo que esta
corrente circula pelo condutor, e das constantes de temperatura 𝑇1 e 𝑇2 , conforme equação (3)
apresentada logo abaixo.

1 (𝑇2 + 𝛽)
𝐼 = 𝐾 ∗ 𝑆 ∗ √ ∗ 𝑙𝑛 (3)
𝑡 (𝑇1 + 𝛽)

Após manipulação matemática, a equação para encontrar a seção do condutor é explicita abaixo:

𝐼
𝑆=
(4)
1 (𝑇 + 𝛽)
𝐾 ∗ √ ∗ 𝑙𝑛 2
𝑡 (𝑇1 + 𝛽)
Onde:
𝐼 - Corrente de curto-circuito, expressa em ampères (A);
𝑆 - Seção nominal do condutor, expressa em milímetros quadrados (mm²);
𝑡 – Tempo de duração do curto-circuito, expresso em segundos (s);
𝑇1 - Temperatura do condutor no início do curto (°C);
𝑇2 - Temperatura máxima suportada pelo condutor em curto-circuito (°C);
𝛽 - Inverso do coeficiente de temperatura da resistência a 0°C em (°C), para o cobre
234,5 e alumínio 228;
1
𝐾 - Constante dependente do metal do condutor (𝐴. 𝑠 2 . 𝑚𝑚−2 ), para o cobre 226 e
alumínio 148.

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A Tabela 9 apresenta os dados de entrada para o dimensionamento do condutor de MT e a seção


adotada em projeto.

PARÂMETROS VALORES UNIDADE

Corrente de Curto-Circuito Icc 2164 A

Tempo de duração do curto-circuito 0,5 s

Material do condutor Alumínio -

Material da isolação XLPE TR -

Temperatura 𝑻𝟏 90 °C

Temperatura 𝑻𝟐 250 °C
1
Valor de 𝑲 148 𝐴. 𝑠 2 . 𝑚𝑚−2

Valor de 𝜷 228 °C

Seção mínima calculada 16,20 mm²

Seção adotada em projeto 35 mm²

Tabela 9 - Seção mínima do condutor pelo critério do curto-circuito

4.2.2 Capacidade de condução de corrente


A capacidade de condução de corrente 𝐼𝑧 é a máxima corrente que o cabo pode suportar e é
determinada conforme a características de instalação, espaçamento entre circuitos, resistividade
térmica e temperatura ambiente. A corrente de projeto 𝐼𝑏 foi obtida pela equação, conforme
potência de cada UFV:

𝑆3∅ (5)
𝐼𝑏 =
√3 ∗ 𝑉𝐿
Onde:
𝐼𝑏 – Corrente de projeto;
S3∅ - Potência aparente trifásica do transformador (VA);
VL - Tensão de linha do circuito (V).
Após realizado os cálculos é necessário comparar a corrente corrigida com a corrente do trecho.
A seguir estão apresentados os resultados da capacidade de condução de corrente corrigida
para os cabos definidos de acordo com a norma técnica NBR 14039 para o método F1. A Tabela
10 apresenta os dados para cálculo da capacidade de condução de corrente, conforme
metodologia descrita nos tópicos anteriores.

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CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE

Bitola (mm²) Corrente (A) Descrição

35 90 NBR 14039 - Tabela 28 - Método F1

FATORES DE CORREÇÃO

Fator de correção de
0,93 NBR 14039 - Tabela 31 – Temperatura 30° C
temperatura (K1)

Fator de correção de
1,00 NBR 14039 – Tabela 40 – 1 Circuito
agrupamento (K2)

Fator de correção de
resistividade térmica 1,00 NBR 14039 – RT = 2,5 K.m/W
(K3)

Fator de correção de
0,97 NBR 14039 – Tabela 33 – 1,2m
profundidade (K4)

Fator de correção
0,90 Fator equivalente, logo 𝐾1 × 𝐾2 × 𝐾3 × 𝐾4
equivalente (Keq)

COMPARATIVO DE CORRENTE
𝑰𝟎 90,0 A
𝑰𝒛 81,2 A
𝑰𝒃 69,11 A
𝑰𝒃 < 𝑰𝒛 , é Verdadeiro -

Tabela 10 - Capacidade de condução de corrente para os cabos MT

4.3 Blindagem metálica da isolação


Para determinar se as extremidades ao longo de um trecho da rede de MT deverão ser aterradas,
utiliza-se o cálculo de tensão induzida na blindagem. Esta tensão não deve ultrapassar 75 V
quando em condições normais de operação e 5 kV no caso de um curto-circuito. Em suma, as
blindagens dos cabos de MT serão aterradas nas duas extremidades do trecho, tanto na chegada
do circuito na cabine quanto no lado do SKID.
O dimensionamento da seção mínima do condutor da blindagem é conduzido utilizando a mesma
equação (4) exposta no item 4.2.1 deste memorial.
Segundo a ABNT NBR 14039:2021, item 6.2.6.2.4, a temperatura da blindagem no início do
curto-circuito deve ser considerada como sendo 5°C menor que a do condutor, ou seja, no caso
dos cabos isolados com XLPE, XLPE-TR, EPR e HEPR, a temperatura deve ser igual a 85°C.
Considerou-se a corrente de curto-circuito fase-terra máxima simétrica para o dimensionamento
do condutor da blindagem, conforme Anexo I.
A Tabela 11 mostra a seção mínima da blindagem considerando os dados de curto para a UFV.

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PARÂMETROS VALORES UNIDADE

Corrente de Curto-Circuito Icc 919 A

Tempo de duração do curto-circuito 0,5 s

Material da blindagem Cobre -

Material da isolação XLPE TR -

Material da cobertura ST2 -

Temperatura 𝑻𝟏 85 °C

Temperatura 𝑻𝟐 200 °C
1
Valor de 𝑲 226 𝐴. 𝑠 2 . 𝑚𝑚−2

Valor de 𝜷 234,5 °C

Seção mínima calculada 5,19 mm²

Seção adotada em projeto 6 mm²

Tabela 11 - Seção mínima da blindagem da isolação

4.4 Ramal de entrada da UFV


Este trecho compreende o circuito de média tensão que interliga a cabine de conexão da UFV à
rede da concessionária. O dimensionamento dos cabos deste trecho se dá por meio dos
memoriais descritivos de proteção do acessante e parecer de acesso recebido após protocolo
na concessionária.
O dimensionamento da seção mínima do condutor da blindagem deste trecho é conduzido
utilizando a mesma equação (4) exposta no item 4.2.1 deste memorial, bem como o valor da
corrente de curto-circuito mencionado no item 4.3.
Como a corrente de curto-circuito e os parâmetros do cabo do ramal são iguais aos da UFV, em
termos de materiais de isolação, blindagem e cobertura, a seção mínima adotada para a
blindagem será a mesma da Tabela 11.

5 CRITÉRIO DA QUEDA DE TENSÃO


As metodologias de cálculos utilizadas para se definir a queda de tensão nos circuitos estão
apresentadas nos itens subsequentes.

5.1 Queda de tensão em corrente contínua


A queda de tensão para os circuitos de baixa tensão em corrente contínua foi calculada seguindo
a equação:

ΔV = 2 × d × 𝑅𝑐𝑐 × 𝐼𝑚𝑝 (6)

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Onde:
ΔV - Queda de tensão (V);
𝑅𝑐𝑐 - Resistência do cabo por quilômetro à 90°C (Ω/km);
d - Comprimento do cabo positivo e negativo (km);
𝐼𝑚𝑝 - Corrente nominal do primeiro trecho (A).

5.2 Queda de tensão em corrente alternada


A queda de tensão no segundo trecho, em corrente alternada, foi calculada por meio da equação
abaixo:

ΔV = √3 × 𝐼𝑛 × 𝑑 × (𝑅𝑐𝑎 × 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑋𝑙 𝑠𝑒𝑛𝜑) (7)

Onde:

ΔV - Queda de tensão (V);


𝑅𝑐𝑎 - Resistência do cabo por quilômetro à 90°C (Ω/km);
𝑋𝑙 - Reatância indutiva (Ω/km);
𝐼𝑛 - Corrente nominal (A);
𝑑 - Comprimento do trecho (km);
𝜑 - Ângulo do fator de potência.

6 TAXA DE OCUPAÇÃO NOS ELETRODUTOS


Para os circuitos instalados em eletrodutos, a NBR 5410 estabelece critérios sobre as dimensões
dos cabos e eletrodutos para permitir que, após a montagem da linha, os condutores possam ser
instalados e retirados com facilidade. Para tanto, a taxa de ocupação dos eletrodutos, dada pelo
quociente entre a soma das áreas das seções transversais dos condutores e a área útil da seção
transversal do eletroduto não deve ser superior a:

• 53% no caso de um condutor;


• 31% no caso de dois condutores;
• 40% no caso de três ou mais condutores.

Deste modo a área útil pode ser calculada da seguinte forma para os eletrodutos:
𝐷 2
Á𝑟𝑒𝑎𝑚𝑚² = π × ( ) (10)
2

Onde:
𝐷 – Diâmetro externo (mm);
Os resultados dos cálculos das taxas de ocupação dos eletrodutos, são mostrados na Tabela 12
a seguir.

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SOLARES - SUBTRECHO 1 VALORES UNIDADE

Diâmetro interno do duto DN63 52,3 mm

Área interna do duto DN63 2.148,3 mm²

Diâmetro do cabo solar #6mm² 6,3 mm

Área ocupada pelos 10 cabos solares 311,72 mm²

Taxa de ocupação 14,51 %

SOLARES - SUBTRECHO 2 VALORES UNIDADE

Diâmetro interno do duto DN90 75,0 mm

Área interna do duto DN90 4.417,86 mm²

Diâmetro do cabo solar #6mm² 6,3 mm

Área ocupada pelos 22 cabos solares 685,8 mm²

Taxa de ocupação 15,52 %

BTCC VALORES UNIDADE

Diâmetro interno do duto DN90 75,0 mm

Área interna do duto DN90 4.417,86 mm²

Diâmetro do cabo BTCC #185mm² 23,4 mm

Área ocupada pelos 2 cabos BTCC 860,1 mm²

Taxa de ocupação 19,47 %

MÉDIA TENSÃO VALORES UNIDADE

Diâmetro interno do duto DN160 135,0 mm

Área interna do duto DN160 14.313,88 mm²

Diâmetro do cabo MT #35mm² 22,4 mm

Área ocupada pelos 3 cabos MT 1.182,24 mm²

Taxa de ocupação 8,25 %

Tabela 12 - Taxa de ocupação dos eletrodutos

A taxa de ocupação em todos os eletrodutos é inferior ao estabelecidos pela NBR 5410 e 14039,
logo estão em conformidade para o projeto.

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7 PERDAS DE POTÊNCIA
As perdas de potência são condições importantes na escolha dos condutores que serão
utilizados e estão diretamente relacionadas à corrente e à resistência dos condutores.
As metodologias de cálculos utilizadas para se definir a perda de potência nos circuitos estão
apresentadas nos itens subsequentes.

7.1 Perdas de potência em corrente contínua


A corrente é calculada baseada em uma corrente de máxima potência do módulo fotovoltaico
considerando a bifacialidade e albedo descritos no item 3.2. Assim, obtém-se a corrente de
máxima potência corrigida da string que irá variar em cada parque de acordo com o módulo
utilizado.

𝐼𝑚𝑝 𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜1 = 𝐼𝑚𝑝 × (1 + 𝛼 × 𝐵𝐹) (11)

Onde:
𝐼𝑚𝑝 𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜1 = Corrente de máxima potência corrigida do primeiro trecho.

𝐼𝑚𝑝 = Corrente de máxima potência do módulo FV.

As perdas de potência nos trechos de baixa tensão de corrente contínua são condições
importantes na escolha dos condutores que serão utilizados e estão diretamente relacionadas à
corrente e à resistência em corrente contínua dos condutores. A metodologia aplicada para
cálculo de perdas de potência está apresentada abaixo.

𝑊𝐶𝐶 = 2 × 𝑅𝑐𝑐 × 𝑑 × 𝐼𝑚𝑝 𝑇𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 𝑛 2 (82)

Onde:
𝑊𝐶𝐶 = Perda de potência (W);
𝑅𝑐𝑐 = Resistência de corrente contínua do cabo por quilômetro à 90°C (Ω/km);
d = Comprimento do cabo (km);
𝐼𝑚𝑝 𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 𝑛 = Corrente nominal do trecho n (n = 1, 2,...) [A].

7.2 Perdas de potência em corrente alternada


As perdas de potência em Corrente Alternada (CA) foram calculadas por meio das equações
apresentadas logo abaixo.

2
𝑊𝐽 = 3 × 𝑑 × 𝑅𝐶𝐴 × (𝐼𝑚𝑝 ) (13)

Onde:
𝑊𝐽 = Perda por efeito joule (W);

𝑅𝐶𝐴 = Resistência de corrente alternada do cabo por quilômetro à 90°C (Ω/km);


𝑑 = Comprimento do cabo (km);
𝐼𝑚𝑝 = Corrente nominal do segundo trecho (A).

A equação do cálculo de perda no dielétrico é mostrada seguir.

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𝑈𝑜2 ∗ tan 𝛿
𝑊𝑑 = (14)
𝑋𝑐

Onde:
𝑊𝑑 = Perda de potência no dielétrico (W);
𝑈𝑜 = Tensão fase-terra do sistema (V);
𝑡𝑎𝑛 𝛿 = Fator de perdas no dielétrico;
𝑋𝑐 = Reatância capacitiva (Ω/km).

A soma das perdas por efeito Joule e as perdas no dielétrico resultada na equação do cálculo de
perda total mostrada seguir.

𝑊𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑊𝐽 + 𝑊𝑑 (159)

Onde:
𝑊𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = Perda total (W);

8 RESULTADOS
As perdas de potência são condições importantes na escolha dos condutores que serão
utilizados e estão diretamente relacionados à corrente e à resistência dos condutores. As
metodologias de cálculos utilizadas para se definir a perda de potência nos circuitos estão
apresentadas nos itens subsequentes.

8.1 Trecho em corrente contínua


Os circuitos de baixa tensão em corrente contínua são compostos por dois trechos, que são:

• Trecho 1 - Interliga as strings às junction boxes;


• Trecho 2 - Interliga as junction boxes aos inversores.

A queda de tensão total de uma string até o inversor foi calculada utilizando a queda de tensão
máxima de cada arranjo de junction box utilizada no primeiro trecho somada a queda de tensão
do segundo trecho.

∆𝑉 = ∆𝑉𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 1 + ∆𝑉𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 2 (106)

Onde:
∆𝑉 = Queda de tensão total [V];
∆𝑉𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 1 = Queda de tensão do primeiro trecho [V];
∆𝑉𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 2 = Queda de tensão do segundo trecho [V].

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A perda de potência total de uma string até o inversor foi calculada utilizando a perda de potência
de cada arranjo solar utilizado no primeiro trecho somada a perda de potência do segundo trecho.

𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑊𝐵𝑇𝐶𝐶 + 𝑊𝑆𝑂𝐿𝐴𝑅 (117)


Onde:
𝑊BTCC = Perda de potência do trecho BTCC [kW];
𝑊𝑆𝑂𝐿𝐴𝑅 = Perda de potência do trecho solar [kW].

8.2 Resumo da queda de tensão e perda de potência da usina


As Tabelas a seguir apresentam as perdas de potência e queda de tensão da UFV.

PERDAS PERDAS
TAG POTÊNCIA ∆V (%)
I (A) WBTCC WSOLAR TOTAIS TOTAIS
JB (KWP) BTCC+SOLAR
(KW) (%)

JB 01.01.01 170,9 148,96 1,45 0,91 0,95 1,86 1,09

JB 01.02.02 189,6 164,47 1,28 0,73 1,09 1,82 0,96

JB 01.03.03 189,6 164,47 1,93 0,21 1,92 2,13 1,12

JB 01.04.04 189,6 164,47 1,77 0,27 1,79 2,06 1,09

JB 01.05.05 189,6 164,47 1,46 0,61 1,17 1,78 0,94

JB 01.06.06 189,6 164,47 1,67 1,09 1,18 2,28 1,20

JB 01.07.07 189,6 164,47 1,38 0,54 1,20 1,74 0,92

JB 01.08.08 189,6 164,47 1,39 0,28 1,21 1,49 0,78

JB 01.09.09 189,6 164,47 1,98 0,46 1,66 2,12 1,12

JB 01.10.10 189,6 164,47 1,92 0,63 1,90 2,54 1,34

JB 01.11.11 189,6 164,47 1,95 0,89 1,59 2,47 1,31

Perdas Totais (kW): 22,28 Perdas Totais (%): 1,078

Tabela 13 – Quedas de tensão e perdas de potência para os trechos 1 e 2 – BTCC e Solar

I CABO DIST. RCA XL ∆V ∆V PERDAS PERDAS


UFV
(A) (MM²) ( M) @90°C (Ω/KM) (V) (%) (KW) (%)

1 69,11 35 140 1,116 0,158 18,69 0,142 2,277 0,144

Tabela 14 - Quedas de tensão e perdas de potência no circuito de MT

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9 CONCLUSÃO
Com base nas verificações e estudos acima descritos e conduzidos de acordo com a normas
técnicas ABNT NBR 5410, ABNT NBR 16612, ABNT NBR 14039 e IEC 60287, verificou-se que
os circuitos dimensionados anteriormente atendem as correntes de projeto inerente a cada
sistema elétrico, apresentando margens de segurança adequadas.
A Tabela 15 mostra o resumo de perdas para toda a usina, já a Tabela 16 apresenta os cabos
dimensionados para toda a Usina Fotovoltaica.

PERDA PERDA MAIOR ∆V ESPAÇAMENTO ENTRE


CIRCUITO
(KW) (%) (%) CIRCUITOS (CM)

BTCC + Solar 22,28 1,078 1,982 45

MT 2,277 0,144 0,142 -

Tabela 15 - Resumo de perdas de potência para toda a UFV

TRECHO
SEÇÃO (MM²)
DE PARA

Módulos Junction Box 2 x 6,00

Junction Box Inversor 2 x 185


Poste de Transição
SKID 3 x 35
Aéreo/Subterrâneo

Tabela 16 - Resumo de cabos para a UFV

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10 ANEXO I – DADOS DE CURTO-CIRCUITO DA


CONCESSIONÁRIA

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11 ANEXO II – DESCRIÇÃO DO SOFTWARE CABLEIZER


Cableizer é um software de engenharia elétrica que fornece ferramentas para análise de cabos
elétricos em sistemas de energia. São realizados cálculos precisos de dimensionamento de
cabos, seleção de cabos, análise de curto-circuito e análise térmica. A IEC Standards são as
normativas bases utilizadas para realizar todas as simulações.
Através de métodos numéricos e analíticos, verifica a capacidade de condução de corrente em
função da modelagem física dos cabos adotados na aplicação, da temperatura do solo,
resistividade térmica, características dos cabos e disposição dos circuitos nas valas, no intuito
de avaliar a temperatura do condutor e cobertura do cabo, validando ou não a solução adotada.
O software inclui recursos avançados, como modelagem térmica e análise de condução de calor,
que permitem aos usuários prever a temperatura do cabo em diferentes condições de operação
e determinar se o cabo está operando dentro dos limites de temperatura seguros.

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