UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA - ITEC

FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA E BIOMÉDICA
ANALISE DE SISTEMAS DE ENERGIA I

YURI SOUZA DA SILVA

ESTUDO DE FLUXO DE CARGA DE UM

SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA

BELÉM - PA
2020
 Lista de ilustrações

Figura 1 – Sistema Elétrico Referente ao Caso Base. . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Figura 2 – Resultado do Fluxo de Carga Referente ao Caso Base. . . . . . . . . . 6
Figura 3 – Sistema Elétrico Referente à Contigência 1 - Perda da linha 2 − 3. . . . 7
Figura 4 – Resultado do Fluxo de Carga Referente à Contigência 1. . . . . . . . . 7
Figura 5 – Sistema Elétrico Referente ao Sistema Após Solução da Contigência 1. 8
Figura 6 – Resultado do Fluxo de Carga Referente ao Sistema Após Solução da
Contigência 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Figura 7 – Sistema Elétrico Referente à Contigência 2 - Perda da linha 4 − 9. . . . 9
Figura 8 – Resultado do Fluxo de Carga Referente à Contigência 2. . . . . . . . . 9
Figura 9 – Sistema Elétrico Referente ao Sistema Após Solução da Contigência 2. 10
Figura 10 – Resultado do Fluxo de Carga Referente ao Sistema Após Solução da
Contigência 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Figura 11 – Sistema Elétrico Referente à Contigência 3 - Perda da unidade geradora
10. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Figura 12 – Resultado do Fluxo de Carga Referente à Contigência 3. . . . . . . . . 11
Figura 13 – Sistema Elétrico Referente ao Sistema Após Solução da Contigência 3. 12
Figura 14 – Resultado do Fluxo de Carga Referente ao Sistema Após Solução da
Contigência 3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Figura 15 – Sistema Elétrico Referente ao Sistema Após Solução de Corte de Linha
da Contigência 3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Figura 16 – Resultado do Fluxo de Carga Referente ao Sistema Após Solução de
Corte de Linha da Contigência 3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Figura 17 – Sistema Elétrico Referente ao Sistema Após a Expansão. . . . . . . . . 15
Figura 18 – Resultado do Fluxo de Carga Referente ao Sistema Após a Expansão. . 16
Figura 19 – Melhor Resultado Encontrado Para o Sistema Elétrico Referente ao
Sistema Após Expansão sem Banco de Capacitores Adicionais. . . . . . 16
Figura 20 – Sistema Elétrico Referente ao Sistema Após a Expansão Utilizando
Banco de Capacitor Adicional na Barra 12. . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Figura 21 – Resultado do Fluxo de Carga Referente ao Sistema Após a Expansão
Utilizando Banco de Capacitor Adicional na Barra 12. . . . . . . . . . 17
 Lista de tabelas

Tabela 1 – Dados de linhas e transformadores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

Tabela 2 – Dados de barra (𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒 = 100 MVA). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Tabela 3 – Dados de capacitores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Tabela 4 – Potência Reativa Injetada Pelos Bancos de Capacitores das Barras 6 e
7 e das Unidades Geradoras 10 e 11 Para Cada Estado do Sistema. . . 14
 Sumário

1 CASO BASE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

2 CONTINGÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.1 Contingência 1: Perda da linha de transmissão 2 − 3. . . . . . . . . . 7
2.2 Contingência 2: Perda da linha de transmissão 4 − 9. . . . . . . . . . 8
2.3 Contingência 3: Perda da unidade geradora da barra 10. . . . . . . . 10

3 ANÁLISE DE INJEÇÃO DE POTÊNCIA REATIVA: BANCO DE

CAPACITORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

4 EXPANSÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA . . . . . . 15

5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
 4

1 Caso Base
Os dados apresentados nas Tabelas a seguir referem-se ao Sistema Elétrico de
Potência que será utilizado como caso base deste trabalho.

Barra Barra Susceptância Capacidade

R (pu) X (pu)
Origem Destino (1/2B) (pu) (MVA)
1 2 0.000 0.006 0.000 400
2 3 0.008 0.030 0.004 200
2 5 0.004 0.015 0.002 180
2 6 0.012 0.045 0.005 150
3 4 0.010 0.040 0.005 150
4 6 0.015 0.060 0.008 140
4 9 0.018 0.070 0.009 120
4 10 0.000 0.008 0.000 300
5 7 0.005 0.043 0.003 120
6 8 0.006 0.048 0.004 100
7 8 0.006 0.035 0.004 200
7 11 0.000 0.010 0.000 250
8 9 0.052 0.048 0.004 120
Tabela 1 – Dados de linhas e transformadores.

Número Geração (MW) Geração (MVAr) Carga

Barra Min Max Min Max MW MVAr
1 0,00 300 -200,0 200 0,00 0,00
2 - - 0,00 0,00 0,00 0,00
3 - - 0,00 0,00 150,0 120,0
4 - - 0,00 0,00 0,00 0,00
5 - - 0,00 0,00 120,0 60,0
6 - - 0,00 0,00 150,0 110,0
7 - - 0,00 0,00 0,00 0,00
8 - - 0,00 0,00 110,0 90,0
9 - - 0,00 0,00 80,0 50,0
10 0,00 250 -180,0 180,0 0,00 0,00
11 0,00 200 -120,0 120 0,00 0,00
Tabela 2 – Dados de barra (𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒 = 100 MVA).

No Barra Potência (MVAr)

6 40
7 60
Tabela 3 – Dados de capacitores.
Capítulo 1. Caso Base 5

A partir dos dados das tabelas apresentadas, utilizando-se o software Powerworld,

deve-se montar um sistema elétrico de potência de caso base com as seguintes especifica-
ções:

∙ Os carregamentos das linhas e transformadores não iguale ou ultrapasse a capacidade

dos elementos;

∙ A geração de potência ativa e reativa nas unidades geradoras não ultrapasse os

limites de geração individual;

∙ As tensões nas barras fiquem entre os limites de 0,95 e 1,05 pu.

∙ Considere a tensão em nível de geração em 13,8 kV e no nível de transmissão em

345 kV.

∙ Utilize o método de Newton para a solução do fluxo de carga;

Diante disso, para o caso base foi utilizado os valores de saída de 170 MW e
165 MW para os transformadores da barra 10 e 11, respectivamente. Além disso, para
o transformador da barra 10 o Set Point Voltage (SPV) foi alterado para 1,02. Dessa
forma, o caso base escolhido e sua tabela de base de dados são mostradas nas Fig. 1 e 2,
respectivamente.

Figura 1 – Sistema Elétrico Referente ao Caso Base.

Capítulo 1. Caso Base 6

Figura 2 – Resultado do Fluxo de Carga Referente ao Caso Base.

 7

2 Contingências
2.1 Contingência 1: Perda da linha de transmissão 2 − 3.
A perda da linha de transmissão 2 − 3 acarretou em uma sobretensão das linhas
de transmissão 2 − 6, 3 − 4 e 7 − 8. Além disso, as barras 3, 4, 6, 8, 9 e 10 apresentaram
tensões abaixo de 0, 95 pu, como mostram as Fig. 3 e 4.

Figura 3 – Sistema Elétrico Referente à Contigência 1 - Perda da linha 2 − 3.

Figura 4 – Resultado do Fluxo de Carga Referente à Contigência 1.

Visando a segurança operacional da rede, medidas foram tomadas a fim de so-

lucionar tais problemas de sobretensão das linhas e subtensão das barras, levando em
consideração a viabilidade operacional. Tais medidas estão listadas a seguir:

∙ Aumento da potência de saída da unidade geradora da bara 10 para 180 MW;

∙ Aumento da potência de saída da unidade geradora da bara 11 para 170 MW;

Capítulo 2. Contingências 8

∙ Aumento do SPV da unidade geradora da barra 10 para 1,02;

∙ Aumento do SPV da unidade geradora da barra 11 para 1,03;

∙ Corte de 35% da carga da barra 3.

Diante disso, os dados do sistema elétrico de potência após tais ajustes estão
apresentados nas Fig. 9 e 10.

Figura 5 – Sistema Elétrico Referente ao Sistema Após Solução da Contigência 1.

Figura 6 – Resultado do Fluxo de Carga Referente ao Sistema Após Solução da Conti-

gência 1.

2.2 Contingência 2: Perda da linha de transmissão 4 − 9.

A perda da linha de transmissão 4 − 9 acarretou em uma sobretensão das linhas
de transmissão 7 − 8. Além disso, as barras 8 e 9 apresentaram tensões abaixo de 0, 95
pu, como mostram as Fig. 7 e 8.
Capítulo 2. Contingências 9

Figura 7 – Sistema Elétrico Referente à Contigência 2 - Perda da linha 4 − 9.

Figura 8 – Resultado do Fluxo de Carga Referente à Contigência 2.

Visando a segurança operacional da rede, medidas foram tomadas a fim de so-

lucionar tais problemas de sobretensão das linhas e subtensão das barras, levando em
consideração a viabilidade operacional. Tais medidas estão listadas a seguir:

∙ Aumento da potência de saída da unidade geradora da bara 11 para 170 MW;

∙ Aumento do SPV da unidade geradora da barra 10 para 1,045;

∙ Aumento do SPV da unidade geradora da barra 11 para 1,045;

∙ Corte de 40% da carga da barra 9;

∙ Corte de 30% da carga da barra 8;

∙ Corte de 20% da carga da barra 6.

Diante disso, os dados do sistema elétrico de potência após tais ajustes estão
apresentados nas Fig. 9 e 10.
Capítulo 2. Contingências 10

Figura 9 – Sistema Elétrico Referente ao Sistema Após Solução da Contigência 2.

Figura 10 – Resultado do Fluxo de Carga Referente ao Sistema Após Solução da Conti-

gência 2.

2.3 Contingência 3: Perda da unidade geradora da barra 10.

A perda da unidade geradora da barra 10 acarretou em uma sobretensão das linhas
de transmissão 1−2, 2−3, 2−6 e 7−8. Além disso, as barras 3, 4, 6, 8, 9 e 10 apresentaram
tensões abaixo de 0, 95 pu, como mostram as Fig. 11 e 12.
Visando a segurança operacional da rede, medidas foram tomadas a fim de so-
lucionar tais problemas de sobretensão das linhas e subtensão das barras, levando em
consideração a viabilidade operacional. Tais medidas estão listadas a seguir:

∙ Aumento do SPV da unidade geradora da barra 11 para 1,035;

∙ Corte de 50% da carga da barra 9;

∙ Corte de 30% da carga da barra 3;

Capítulo 2. Contingências 11

Figura 11 – Sistema Elétrico Referente à Contigência 3 - Perda da unidade geradora 10.

Figura 12 – Resultado do Fluxo de Carga Referente à Contigência 3.

∙ Corte de 30% da carga da barra 8;

∙ Corte de 20% da carga da barra 5;

∙ Corte de 20% da carga da barra 6.

Diante disso, os dados do sistema elétrico de potência após tais ajustes estão
apresentados nas Fig. 13 e 14.
Ademais, foi implementada uma outra solução para a resolver essa contigência
com menor corte de carga da rede, porém causou certas dúvidas quanto a viabilidade
operacional. Esta solução utiliza o desligamento de uma linha transmissão subutilizada
da rede, como mostram as Fig. 15 e 16. As medidas tomadas neste caso foram:

∙ Aumento do SPV da unidade geradora da barra 11 para 1,04;

∙ Corte de 50% da carga da barra 9;

Capítulo 2. Contingências 12

Figura 13 – Sistema Elétrico Referente ao Sistema Após Solução da Contigência 3.

Figura 14 – Resultado do Fluxo de Carga Referente ao Sistema Após Solução da Conti-

gência 3.

∙ Corte de 30% da carga da barra 3;

∙ Corte de 20% da carga da barra 8;

∙ Corte de 15% da carga da barra 6;

∙ Corte de 10% da carga da barra 5.

Capítulo 2. Contingências 13

Figura 15 – Sistema Elétrico Referente ao Sistema Após Solução de Corte de Linha da

Contigência 3.

Figura 16 – Resultado do Fluxo de Carga Referente ao Sistema Após Solução de Corte

de Linha da Contigência 3.
 14

3 Análise de Injeção de Potência Reativa:

Banco de Capacitores

Para uma melhor análise das variações de potência reativa injetada pelos bancos
de capacitores, a partir das tabelas de dados, foi criada a tabela comparativa a seguir:
Banco da Banco da Gerador Gerador Tensão na Tensão na
Estado
Barra 6 (MVAr) Barra 7 (MVAr) 10 (MVAr) 11 (MVAr) Barra 6 (pu) Barra 9 (pu)
Caso Base 37,09 59,4 180 51,89 0,96300 0,95009
Cont. 1 35,02 58,93 180 90,77 0,93574 0,90037
Cont. 2 36,58 58,90 146,24 93,51 0,95626 0,86131
Cont. 3 34,13 58,60 0 165 0,92372 0,88797

Tabela 4 – Potência Reativa Injetada Pelos Bancos de Capacitores das Barras 6 e 7 e das
Unidades Geradoras 10 e 11 Para Cada Estado do Sistema.

Analisando a tabela 4, observa-se que há uma relação direta da potência reativa

injetada pelos bancos de capacitores em relação as tensões das barras 6 e 9, isto é, se as
tensões nessas barras diminuirem implica que a potência reativa injetada pelos capacitores
diminuem e, caso contrário, aumentam. Além disso, observe que a potência reativa de saída
das unidades geradoras não possuem a mesma relação direta com as tensões nas barras em
comparação a relação dos bancos de capacitores. Dessa forma, os bancos de capacitores
contribuem no estabelecimento de um sistema mais estável e robusto.
 15

4 Expansão do Sistema Elétrico de Potência

Neste tópico a análise está sob a expansão do sistema elétrico de potência com a
implantação de uma linha de transmissão entre a barra 4 e uma nova barra 12, conside-
rando que:

∙ A nova linha de transmissão tenha os mesmos parâmetros elétricos da linha 8-9;

∙ Na barra 12, será construída uma nova subestação para atender uma carga de 90
MW e 60 MVAr;

∙ Os carregamentos das linhas e transformadores não iguale ou ultrapasse a capacidade

dos elementos;

∙ A geração de potência ativa e reativa nas unidades geradoras não ultrapasse os

limites de geração individual;

∙ As tensões nas barras fiquem entre os limites de 0,95 e 1,05 pu.

Diante disso, mantendo o caso base e adicionando apenas a expasão com uma nova
linha de transmissão, temos a seguinte rede e suas características mostradas pelas Fig. 17
e 18.

Figura 17 – Sistema Elétrico Referente ao Sistema Após a Expansão.

Primeiramente, diversos ajustes e análises foram feitas diante da rede resultante

após expansão e não foi encontrada uma solução ótima que garantisse completamente
Capítulo 4. Expansão do Sistema Elétrico de Potência 16

Figura 18 – Resultado do Fluxo de Carga Referente ao Sistema Após a Expansão.

Figura 19 – Melhor Resultado Encontrado Para o Sistema Elétrico Referente ao Sistema

Após Expansão sem Banco de Capacitores Adicionais.

todos os requisitos sem a utilização de bancos de capacitores. A Fig. 19 mostra a confi-

guração mais próxima encontrada sem a utilização de bancos de capacitores.
Dessa forma, fez-se necessária o acoplamento de um banco de capacitores na barra
12 de valor nominal de 70 MVAr, além das seguintes mudanças:

∙ Aumento da potência de saída da unidade geradora da bara 10 para 190 MW;

∙ Aumento da potência de saída da unidade geradora da bara 11 para 200 MW;

∙ Aumento do SPV da unidade geradora da barra 10 para 1,02;

∙ Aumento do SPV da unidade geradora da barra 11 para 1,04;

O caso expandido do sistema elétrico de potência pode ser melhor representado

pelas Fig. 20 e 21.
Capítulo 4. Expansão do Sistema Elétrico de Potência 17

Figura 20 – Sistema Elétrico Referente ao Sistema Após a Expansão Utilizando Banco de

Capacitor Adicional na Barra 12.

Figura 21 – Resultado do Fluxo de Carga Referente ao Sistema Após a Expansão Utili-

zando Banco de Capacitor Adicional na Barra 12.
 18

5 Conclusão

O trabalho realizado possibilitou o estudo e a análise qualitativa e quantitativa

adequadas em relação as simulações do fluxo de carga de um sistema de caso Base e dos
casos de contingências obtidas através do software PowerWorld. Tais análises simuladas
sobre os sistemas elétricos possibilitou o ganho de experiência em como se deve agir e
modificar os parâmetros da rede a fim de resolver problemas reais, possibilitando assim o
desenvolvimento profissional do aluno.