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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA E BIOMÉDICA
ANÁLISE DE SISTEMAS DE ENERGIA 1

EDUARDO DUARTE BENTO

EXERCICIO COMPUTACIONAL
ESTUDOS DE FLUXO DE CARGA

BELÉM-PA
2021
EDUARDO DUARTE BENTO

EXERCICIO COMPUTACIONAL
ESTUDOS DE FLUXO DE CARGA

Relatório de estudos de fluxo de carga com uso do


software Powerworld, apresentado como requisito
avaliativo da disciplina Sistemas de Energia Elétrica da
Faculdade de Engenharias Elétrica e Biomédica, do
Instituto de Tecnologia, da Universidade Federal do Pará.
Orientador: Prof. Dr. Edson Ortiz de Matos

BELÉM-PA
2021
INTRODUÇÃO

A principal função de um sistema de energia elétrica é a de fornecer as potências ativas


e reativas, necessárias às diversas cargas, onde as potências geradas fluem pela rede elétrica a
fim de atender as cargas localizadas em determinadas barras. Simultaneamente, as várias
tensões de barra devem ser mantidas dentro de limites especificados.

O trabalho tem como finalidade simular o fluxo de potencia em um sistema de energia


elétrica onde todas as tensões deve ter limites permitidos de ± 5% e que as linhas e os
transformadores não apresentem sobrecargas e os geradores estejam gerando dentro de suas
capacidades mesmo quando apresentar mudanças nas linhas, transformadores, carga ou
geradores.
 Caso Base

A partir das tabelas guias foi produzido o sistema a seguir:

Tabela 1: Dados de Linhas e Transformadores (Base = 100MVA)

Fonte: Do Roteiro

Tabela 2: Dados de Barra

Fonte: Do Roteiro
Tabela 3: Bancos de Capacitores

Fonte: Do Roteiro

A partir das tabelas guias foi produzido o sistema a seguir Figura 1 :

Figura 1: Caso Base

Fonte: Do Autor

A partir da figura percebe-se que não há nenhuma sobrecarga nas linhas entre os
barramentos, além disso, como se pode verificar na tabela 4, todos os barramentos apresentam
tensões dentro do limite permitido de ±5%.
Tabela 4: Dados do Caso Base

Fonte: Do Autor

1. Contingência 1 - Perda da linha de transmissão 2-3

A cada contingência sugerida pelo o trabalho será abordada a solução que contorne os
problemas.

Com a perda da linha entre os barramentos (2 e 3) houve uma sobrecarga entre as


linhas (3 e 4) e (2 e 6) e (7 e 8), na figura 2 é possível observar a porcentagem de corrente
ultrapassada nas linhas.

Figura 2: Sistema sob efeitos da Contingência 1

Fonte: Do Autor
Ademais, a tabela 5 apresenta as tensões nos barramentos, na qual é possível observar
as tensões que estão fora dos limites permitidos em vermelho.

Tabela 5: Dados do sistema sob efeito da Contingência 1

Fonte: Do Autor

Solução

 Gerador do barramento 10: Aumento do Reativo fornecido para 170Mvar


 Carga no barramento 3: Redução da potência ativa para 100MW e potência reativa
para 80Mvar
 Carga no barramento 3: Redução da potência reativa para 40Mvar
A figura 3, apresenta o sistema com as soluções propostas.

Figura 3: Solução da Contingência 1


Fonte: Do Autor

A tabela 6, apresenta as tensões nos barramentos dentro dos limites permitidos.

Tabela 6: Dados do sistema com a solução da Contingencia 1

Fonte: Do Autor

2. Contingência 2 - Perda da linha de transmissão 4-9

Com a perda da linha entre os barramentos 4 e 9 não houve a sobrecarga de nenhuma


linha, no entanto na linha de transmissão entre os barramentos (7 e 8) a linha ficou perto do
limite máximo, como pode-se observar na figura 4 a seguir

Figura 4: Sistema sob efeitos da Contingência 1


Fonte: Do Autor

Ademais, a tabela 7 apresenta as tensões fora dos limites permitidos.

Tabela 7: Dados do sistema sob efeito da Contingência 1

Fonte: Do Autor

Solução

 Carga no barramento 8: Redução da potência ativa para 80MW e da potência reativa


para 60MVar
 Carga no barramento 9: Redução da potência ativa para 40MW e da potência reativa
para 20MVar

A figura 5, apresenta o sistema com as soluções propostas.


Figura 5: Solução da Contingência 1

Fonte: Do Autor

A tabela 8, apresenta as tensões nos barramentos dentro dos limites permitidos.

Tabela 8: Dados do sistema com a solução da Contingencia 1

Fonte: Do Autor

3. Contingência 2 - Perda da unidade geradora da barra 10

Com a perda do gerador 2, é possível observar sobrecarga no transformador entre os


barramentos (1 e 2), e sobrecarga nas linhas entre os barramentos (3 e 4), (2 e 5) e (2 e 6) e (7
e 8) como pode-se observar na figura 6.
Figura 6: Sistema sob efeitos da Contingência 2

Fonte: Do Autor

A tabela 9, é apresentado os barramentos fora dos limites especificados em vermelho.

Tabela 9: Dados do sistema sob efeito da Contingência 2

Fonte: Do Autor

Solução

 Fonte no barramento 11: Aumento da potência ativa fornecida para 180MW e da


reativa 120Mvar
 Carga no Barramento 3: Diminuição da carga ativa para 120MW e reativa para
80Mvar
 Carga no Barramento 6: Diminuição da carga ativa para 120MW e reativa para
90Mvar
 Carga no Barramento 8: Diminuição da carga ativa 80MW para e reativa para 50Mvar
 Carga no Barramento 8: Diminuição da carga ativa 50MW para e reativa para 25Mvar

A figura 7, apresenta o sistema com as soluções propostas.

Figura 7: Solução da Contingência 2

Fonte: Do Autor

A tabela 10, apresenta as tensões nos barramentos dentro dos limites permitidos.
Tabela 10: Dados do sistema com a solução da Contingência 2

Fonte: Do Autor

 Análise das mudanças de inserção de reativo pelos os bancos de capacitores


devido as contingências
1. Caso Base:

Incialmente, é importante ratificar que a quantidade de inserção de reativo inserido pelo


banco de capacitor é dependente da tensão e da reatância que o banco enxerga da barra, por
isso, considerando que a frequência durante a transmissão não varia, a reatância se torna
constante e, dessa forma, o reativo inserido pelos bancos de capacitores vão depender
diretamente da tensão na barra.

Verificando o caso base é possível observar que os bancos de capacitores dispostos nos
barramentos 6 e 7 tem respectivamente 37,3Mvar e 61,3Mvar. Logo, como já explicado se
durante as contingências e soluções das contingências haver aumentos ou queda de tensão nos
barramentos que os bancos de capacitores estão colocados, haverá também um aumento ou uma
diminuição de reativo inserido:

A seguir a tabela 10 apresenta as tensões nos barramentos que os bancos de capacitores


estão colocados e ao lado o valor de reativo inserido:
Tabela 11: Dados do sistema com a solução da Contingência 2

Tensão em Pu no Reativo Tensão em Pu Reativo inserido


barramento 6 inserido no no barramento no barram. 7
barram. 6 7

Base 0,965 Pu 37,3 Mvar 1,010 Pu 61,3 Mvar


Cont. 1 0,927 Pu 34,4 Mvar 0,987 Pu 58,5 Mvar
Solução da 0,968 Pu 37,6 Mvar 1,015 Pu 61,9 Mvar
Cont. 1
Cont. 2 0,958 Pu 36,7 Mvar 0,993 Pu 59,3 Mvar
Solução da 0,982 Pu 38,6 Mvar 1,023 Pu 62,9 Mvar
Cont. 2
Cont. 3 0,919 33,8 Mvar 0,978 Pu 57,5 Mvar
Solução da 0,964 Pu 37,2 Mvar 1,024 Pu 62,9 Mvar
Cont. 3
Fonte: Do Autor

Analisando os resultados com o caso base pode-se verificar a razão direta que ocorre quando
há um aumento ou queda de tensão nos barramentos, o reativo aumenta e diminui também.

 Inserção de uma nova barra (12)

Inicialmente mostra-se novamente o caso base mais a nova barra (12) com a carga de 90MW
e 60Mvar, na figura 8 a seguir, onde é possível observar que não há linhas sobrecarregadas.
Figura 8: Solução da Contingência 2

Fonte: Do Autor

Pode se observa que há barras que estão fora das tensões determinadas pela norma como se
observa na tabela 12 a seguir:

Tabela 12: Dados do sistema com a solução da Contingência 2 nas linhas

Fonte: Do Autor

Solução

 Barramento 12: Inserção de um banco de capacitores de 70Mvar


A figura 9, apresenta o sistema com as soluções propostas.

Figura 9: Solução da Contingência 2

Fonte: Do Autor

A figura 13, apresenta as tensões nos barramentos dentro dos limites permitidos.

Tabela 13: Dados do sistema com a solução da Contingência 2 nas linhas

Fonte: Do Autor
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo como base as simulações acima foi possível observar a grande relevância que a
simulação computacional oferece, visto que, ele permite a representação do sistema e a
simulação de contingências o que torna o processo mais econômico e seguro. Ademais, foi
possível observar a partir dos resultados, que em casos de perda de linha em relação a perda de
uma unidade geradora, que as adversidades ao longo de todo o sistema foram muito mais
expressivos na perda de uma unidade geradora dado que nesses casos foi necessário ajustes de
potência absorvida da carga como também alteração das potencias fornecidas de unidades
geradoras e a inserção de banco de capacitores, para que as tensões nos barramentos ficassem
dentro dos limites permitidos e as linhas não ficassem em sobrecarga.

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