Você está na página 1de 21

Universidade Federal do Pará - UFPA

Instituto de Tecnologia - ITEC


Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE

Análise de Sistemas de Potência


Estudos de Curto-Circuitos para um Sistema Elétrico de potência de 11 Barras
Prof. Dr. Ubiratan Holanda Bezerra
Benedito das G. D. Rodrigues
Matrícula: 2012004M0026
Curso de Mestrado em Engenharia Elétrica
benedito.rodrigues@eletronorte.gov.br

Deseja-se realizar estudos de curto-circuito para o Sistema Dados de Geradores


Elétrico de Potência, composto de 11 subestações, R1 X1 R2 X2 R0 X0 Pg Qg Cone-
Barra (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (MW) (MVAr) xão
conforme mostrado na figura 01, cujos dados estão
1 0 0,016 0 0,016 0,005 0,016 - - X
apresentados nas tabelas 1, 2, 3, e 4, a seguir. 3 0 0,018 0 0,018 0,005 0,018 60 - X
9 0 0,018 0 0,018 0,005 0,018 60 - X
X – Ligação Estrela Aterrada
Tabela 03. Dados de Geradores.

Dados de Transformadores
Barra R1 X1 Tap R0 X0 Cone-
De Para (pu) (pu) (%) (pu) (pu) xão
1 2 0,00350 0,03500 100 0,00950 0,09500 XD1
3 4 0,00387 0,03846 100 0,00985 0,09846 XD1
5 6 0,00168 0,04167 100 0,00368 0,09168 XD1
7 8 0,00168 0,04167 100 0,00368 0,09168 XD1
9 10 0,00120 0,02400 100 0,00320 0,06400 XD1
XD1 – Ligação Estrela Aterrada - Delta
Tabela 04. Dados de Transformadores.

Para este sistema pede-se:


1. Execute Estudos de curto-circuito para todas as barras,
desprezando inicialmente as correntes de carga;
2. Utilizando os resultados de um fluxo de carga base
Figura 01. Diagrama unifilar do sistema elétrico. executado para este sistema, refaça o caso anterior (item
1), e compare os resultados, para verificar os erros
Dados de Barra
cometidos quando despreza-se a corrente de carga;
Número Tensão Carga
da Barra Base kV
3. Execute estudos de curto-circuito monofásico em todas
P (MW) Q (MVAr)
as barras. Avalie a elevação de tensão que ocorre nas fases
1 13,8 0 0
2 230 0 0 sem defeito, comentando os impactos que isso provoca no
3 13,8 0 0 sistema elétrico;
4 230 10 55
4. Execute estudos de curto-circuito bifásico, e bifásico
5 115 35 15
6 230 0 0 com terra, para todas as barras. Compare os resultados e
7 115 0 0 avalie o grau de severidade desses defeitos;
8 230 50 30 5. Com base nos resultados obtidos dos estudos dos
9 13,8 0 0
10 230 0 0 diferentes curto-circuitos, desenvolva um algoritmo para
11 230 90 70 identificar automaticamente que tipo de defeito ocorreu,
Tabela 01. Dados de barra simplesmente pela análise dos valores das tensões nas
fases A-B-C.
Dados de Linha e Elementos Shunt
Escreva um relatório técnico compondo e comentando
Barra R1 X1 Susc1 R0 X0 Susc0
De Para (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) todos os resultados relevantes encontrados.
4 6 0,00665 0,03519 0,07458 0,01865 0,09519 0,07458
8 10 0,00665 0,03519 0,07458 0,01865 0,09519 0,07458 Solução:
10 11 0,00998 0,05279 0,11190 0,02798 0,09279 0,11190
2 4 0,01664 0,08798 0,18644 0,03664 0,09789 0,18644 Para as simulações de curto circuito foi utilizado o
2 11 0,01664 0,08798 0,18644 0,03664 0,09789 0,18644
software prFaltas de autoria do Prof. Ghendy.
5 7 0,00830 0,04555 0,00813 0,02430 0,09555 0,00813
Tabela 02. Dados de Linha e Elemento Shunt
1
1. Estudos de curto-circuito para as 11 barras, O curto-circuito 3 é equilibrado, isto é, as correntes e
desprezando inicialmente as correntes de carga. tensões nas 3 fases são iguais em módulo, porém
defasados de 120O. Na tabela 06 (tensões pós-falta),
Realizadas as simulações de curto-circuito 3 nas 11
observamos que ocorreram sobretensões nas barras 4, 6, 8
barras do sistema mostrado na Figura 01, onde foram
e 10, nos valores de 15%, 17%, 29% e 32%
inicialmente desprezadas as correntes de carga, ou seja,
respectivamente. Estas sobretensões estão localizadas nas
considerando que o sistema opera com tensão igual a 1,0
barras ligadas aos lados de delta dos transformadores.
pu e a aberturas angulares iguais a 0°. As Tabelas 05 e 06
mostram os resultados do curto-circuito 3 na barra 1. Os
2. Utilizando os resultados de um fluxo de carga base
resultados completos das simulações das demais barras
executado para este sistema, refaça o caso anterior
estão apresentados no Anexo – Simulação 1.1 a 1.11.
(item 1), e compare os resultados, para verificar os
Correntes de Falta na Barra 1 erros cometidos quando despreza-se a corrente de
Corrente em pu Corrente em KA carga;
Fase
i θ (deg) I (kA) θ (deg) Os novos dados de entrada resultantes do fluxo de carga
A 89,2917 -88,806 373,5695 -88,806
estão mostrados no Anexo – Simulação 2.1.
B 89,2917 151,194 373,5695 151,194
C 89,2917 31,194 373,5695 31,194 Para verificação da influência da corrente de carga nos
Tabela 05. Correntes de curto-circuito 3 na barra 1. resultados do curto-circuito (3), as tabelas 10 e 11
mostram as Correntes na Barra 1 e Tensões pós falta nas
Tensões Pós-falta nas fases das Barras fases das barras, respectivamente. Como as diferenças são
Fase A Fase B Fase C aproximadamente iguais para todas as variáveis, tanto para
Barra
VA (pu) θA (deg) VB (pu) θB (deg) VC (pu) θC (deg) o caso sem carga quanto com carga, aqui não serão feitos
1 0,0000 0,0000 0,0000 -120,000 0,0000 120,000
os cálculos para todas elas, apenas para as duas variáveis
2 0,4720 -1,735 0,4720 -121,735 0,4720 118,265
3 0,7260 -2,246 0,7260 -122,246 0,7260 117,754
mencionadas.
4 1,1554 -3,441 1,1554 -123,441 1,1554 116,559
5 0,5941 -4,240 0,5941 -124,240 0,5941 115,760
Correntes de Falta na Barra 1
6 1,1707 -3,879 1,1707 -123,879 1,1707 116,121 Corrente em pu Corrente em kA
Fase
7 0,6361 -5,399 0,6361 -125,399 0,6361 114,601 i θ (deg) I θ (deg)
8 1,2916 -5,520 1,2916 -125,520 1,2916 114,480 A 89,1575 -88,344 373,0081 -88,344
9 0,7467 -3,253 0,7467 -123,253 0,7467 116,747 B 89,1575 150,656 373,0081 150,656
10 1,3241 -4,838 1,3241 -124,838 1,3241 115,162 C 89,1575 30,656 373,0081 30,656
11 0,9807 -5,762 0,9807 -125,762 0,9807 114,238 Tabela 10. Correntes de curto-circuito 3 na barra 1.
Tabela 06. Tensões pós-falta para curto-circuito 3 na barra 1.
Tensões Pós-falta nas fases das Barras
Correntes de Falta nas Linhas Fase A Fase B Fase C
Barra
Linha Fase A Fase B Fase C VA (pu) θA (deg) VB (pu) θB (deg) VC (pu) θC (deg)
1 0,0000 0,0000 0,0000 -120,000 0,0000 120,000
(De–Para) IA (pu) θA (deg) IB (pu) θB (deg) IC (pu) θC (deg)
4 -6 0.5368 68.542 0.5368 -51.458 0.5368 -171.458 2 0,4691 -3,518 0,4691 -123,518 0,4691 116,482
8 10 1.0462 119.509 1.0462 -0.491 1.0462 -120.491 3 0,7247 -2,738 0,7247 -122,738 0,7247 117,262
4 1,1514 -4,295 1,1514 -124,295 1,1514 115,705
10 - 11 6.3296 -81.344 6.3296 158.656 6.3296 38.656
5 0,5915 -5,654 0,5915 -125,654 0,5915 114,346
2–4 7.6797 96.048 7.6797 -23.952 7.6797 -143.952
6 1,1658 -4,993 1,1658 -124,993 1,1658 115,007
2 – 11 5.7505 91.207 5.7505 -28.793 5.7505 -148.793
7 0,6322 -7,977 0,6322 -127,977 0,6322 112,023
5-7 0.9477 78.997 0.9477 -41.003 0.9477 -161.003
8 1,2842 -8,339 1,2842 -128,339 1,2842 111,661
Tabela 07. Correntes de curto-circuito 3 nas linhas. 9 0,7443 -6,281 0,7443 -126,281 0,7443 113,719
10 1,3177 -7,784 1,3177 -127,784 1,3177 112,216
Correntes de Falta nos Transformadores 11 0,9726 -8,649 0,9726 -128,649 0,9726 111,351

Trafo Fase A Fase B Fase C Tabela 11. Tensões pós-falta para curto-circuito 3 na barra 1.
(De–Para) IA (pu) θA (deg) IB (pu) θB (deg) IC (pu) θC (deg)
1-2 26.8369 93.975 26.8369 -26.025 26.8369 -146.025 Comparando os dados da Tabela 5 com a Tabela 10, o erro
3–4 15.4094 -81.863 15.4094 158.137 15.4094 38.137 cometido quando se despreza a corrente de carga para as
5–6 0.9100 -114.798 0.9100 125.202 0.9100 5.202 correntes de curto-circuito na barra 1 é dado por:
7–8 0.9428 78.964 0.9428 -41.036 0.9428 -161.036
9 – 10 14.4468 -78.203 14.4468 161.797 14.4468 41.797 I A( sc )  I A( c arg a )
EBi (%)  .100
Tabela 08. Correntes de curto-circuito 3 nos trafos. I A( sc )
89, 2917  89,1575
Correntes de Falta nas Fontes (Geradores) EB1 (%)  .100  0,15%
89, 2917
Geração Fase A Fase B Fase C
(Barra) IA (pu) θA (deg) IB (pu) θB (deg) IC (pu) θC (deg) Este valor é desprezível, pois um erro de 0,15% não faz
1 62.5000 -90.000 62.5000 150.000 62.5000 30.000 diferença para a aplicação dada aos valores da corrente de
3 15.4094 -81.863 15.4094 158.137 15.4094 38.137
9 14.4468 -78.203 14.4468 161.797 14.4468 41.797
curto-circuito trifásico.
Tabela 09. Correntes de curto-circuito 3 nos geradores.

2
Comparando com os dados das Tabelas 06 e 11, podemos comportamento das tensões de fase nas barras 3, 5, 7 e 9,
calcular o erro cometido nas tensões das barras quando são que possuem ligações idênticas.
desprezadas as correntes de carga, que provocam as
As barras 2, 4, 6, 8, 10 e 11 que estão conectadas do lado
diferenças de tensões nodais. Para ilustrar a situação,
de alta tensão dos transformadores cujos enrolamentos
calculamos o erro para as barras 2 e 10:
estão ligados em delta, as tensões pós-falta atingiram
VA( sc )  VA( c arg a )
0, 4720  0, 4691 valores elevados, onde as fases C destes barramentos
EB 2 (%)  .100  .100  0, 61%
VA( sc ) 0, 4720 chegaram a 1,94pu.
1,3241  1,3177  Curto-circuito Monofásico na barra 2
EB10 (%)  .100  0, 48%
1,3241
Correntes de Falta 1 na Barra 2
Mais uma vez verificamos que os erros causados pelo fato Corrente em pu Corrente em KA
Fase
de desprezar o efeito das correntes de carga é desprezível. i θ (deg) I (kA) θ (deg)
A 8.7640 -48.570 2.1999 -48.570
B 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
3. Execute estudos de curto-circuito monofásico em C 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
todas as barras. Avalie a elevação de tensão que ocorre
Tabela 14. Corrente de curto-circuito 1 na barra 2.
nas fases sem defeito, comentando os impactos que isso
provoca no sistema elétrico.
Tensões Pós-falta nas fases das Barras
Foram realizadas simulações de curto-circuito monofásico Fase A Fase B Fase C
Barra
VA (pu) θA (deg) VB (pu) θB (deg) VC (pu) θC (deg)
(fase A) para todas as 11 barras do sistema elétrico. Para
1 0.8994 27.072 0.9816 -92.020 0.9560 143.278
análise dos resultados mostraremos abaixo apenas os 2 0.0000 0.000 2.9191 -154.458 3.2265 139.462
dados curto-circuito nas barras 1 e 2, pois são 3 0.9318 27.974 0.9747 -91.439 0.9624 146.059
representativas do comportamento das demais barras do 4 0.1899 24.781 2.9059 -153.190 3.1709 140.635
5 0.8912 25.440 0.9535 -93.714 0.9356 142.573
sistema.
6 0.1754 22.091 2.9164 -153.646 3.1633 140.434

 Curto-circuito Monofásico na barra 1. 7 0.8893 23.421 0.9425 -95.772 0.9282 140.989


8 0.4987 23.470 2.5842 -157.130 3.0179 132.163
Correntes de Falta 1 na Barra 1 9 0.9267 24.539 0.9644 -94.905 0.9541 142.859
10 0.4473 22.658 2.6772 -156.300 3.0631 133.921
Corrente em pu Corrente em KA
Fase 11 0.2670 17.808 2.7003 -156.870 3.0265 134.662
i θ (deg) I (kA) θ (deg)
A 92.5609 -86.285 387.2467 -86.285 Tabela 15. Tensões pós-falta para curto-circuito 1 na barra 2.
B 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
C 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 Comparando os resultados das correntes de curto-circuito
Tabela 12. Correntes de curto-circuito 1 na barra 1. nas barras 1 e 2, mostradas nas tabelas 12 e 14
respectivamente, observamos que as correntes de curto
Tensões Pós-falta nas fases das Barras circuito na fase A, alcançou o valor de 92,56pu na barra 1
Fase A Fase B Fase C e 8,76pu na barra 2. Esta diferença é decorrente do tipo de
Barra
VA (pu) θA (deg) VB (pu) θB (deg) VC (pu) θC (deg) ligação dos enrolamentos do transformador conectado
1 0.0000 0.000 0.9165 -121.770 1.0124 114.674 entre as barras 1 (estrela aterrado) e barra 2 (delta).
2 1.2956 -54.977 1.2199 -134.073 1.9403 86.899
3 0.8027 -2.909 0.9253 -117.134 0.9439 113.714 Observamos também que as tensões pós-falta nas fases
4 1.5689 -42.359 1.5106 -145.263 1.9196 87.551
sem defeito da barra 2, alcançaram valores muito elevados,
5 0.7044 -5.929 0.8851 -117.143 0.9101 109.033
6 1.5731 -42.714 1.5136 -146.124 1.9135 86.978
chegando na fase C a 3,22pu. O mesmo se verifica para as
7 0.7292 -7.995 0.8810 -120.199 0.9068 107.916 barras 4, 6, 8, 10 e 11 que estão ligadas a circuitos em
8 1.6118 -44.079 1.5558 -151.175 1.8826 83.744 delta dos transformadores. Estas sobretensões ocorridas
9 0.8130 -6.349 0.9196 -121.131 0.9381 110.767
nas fases sem defeito são causadas pelo deslocamento do
10 1.6394 -43.269 1.5830 -150.836 1.9045 84.316
11 1.4638 -48.643 1.3955 -147.169 1.8666 83.682
neutro do triangulo das tensões equilibradas, conforme
Tabela 13. Tensões pós-falta para curto circuito 1 na barra 1. ilustrado na figura abaixo.

As tabelas 12 e 13 mostram os resultados das correntes de


curto-circuito na barra 1 e as tensões pós-falta das 11
barras respectivamente. Na barra 1 as tensões das fases
sem defeito (B e C) ficaram com valores pós-falta em
próximo de 1,0pu; este comportamento é compatível com
o tipo de conexão do circuito onde está localizada a barra,
isto é, entre o lado de baixa tensão do transformador T1
ligado em estrela aterrado e o gerador G1 com conexão
dos enrolamentos de estator em estrela solidamente
aterrado. Fato semelhante podemos observar no Figura 02. Deslocamento de tensão para falta monofásica. (a)
Sistema normal balanceado (b) Fase a solidamente aterrada
3
4. Execute estudos de curto-circuito bifásico, e bifásico Na barra 2 como ela está ligada aos enrolamentos dos
com terra, para todas as barras. Compare os resultados transformadores do lado de delta, observamos que as
e avalie o grau de severidade desses defeitos; tensões nas fases em falta (B e C) ficaram próximas de
1,0pu, enquanto que na fase sem falta (A) ocorreu uma
 Curto-circuito Bifásico na barra 1.
sobretensão de 1,69pu. Estes resultados são decorrentes da
Correntes de Falta 2 na Barra 1 ausência de referência de terra para este trecho de circuito.
Fase
Corrente em pu Corrente em kA As simulações realizadas para as barras 3 a 11 tiveram
i θ (deg) I (kA) θ (deg) comportamento similares e os resultados estão no Anexo.
A 0.0000 0.000 0.0000 0.000
B 77.2127 -179.344 323.0345 -179.344  Curto-circuito Bifásico - Terra na barra 1.
C 77.2127 0.656 323.0345 0.656
Tabela 16. Correntes de curto-circuito 2 na barra 1. Correntes de Falta 2-T na Barra 1
Corrente em pu Corrente em kA
Fase
i θ (deg) I (kA) θ (deg)
Tensões Pós-falta nas fases das Barras A 0.0000 0.000 0.0000 0.000
Fase A Fase B Fase C B 95.2976 150.641 398.6963 150.641
Barra
VA (pu) θA (deg) VB (pu) θB (deg) VC (pu) θC (deg) C 86.2732 34.198 360.9409 34.198
1 0.9816 -2.020 0.4908 177.980 0.4908 177.980
2 1.6949 -11.055 1.6983 -175.163 0.4691 86.482
Tabela 19. Corrente de curto-circuito 2-T na barra 1.
3 0.9747 -1.439 0.8033 -130.077 0.7859 125.578
4 1.7417 -21.740 1.7767 -163.553 1.1514 85.705 Tensões Pós-falta nas fases das Barras
5 0.9535 -3.714 0.7115 -137.693 0.6879 128.186 Fase A Fase B Fase C
6 1.7376 -22.610 1.7754 -163.868 1.1658 85.007 Barra
VA (pu) θA (deg) VB (pu) θB (deg) VC (pu) θC (deg)
7 0.9425 -5.772 0.7360 -137.757 0.7085 123.680 1 0.9494 -5.547 0.0000 0.000 0.0000 0.000
8 1.7304 -28.022 1.7738 -165.049 1.2842 81.661 2 1.2576 -16.253 1.2415 -174.628 0.4691 86.482
9 0.9644 -4.905 0.8142 -132.587 0.7956 121.012 3 0.8863 -2.459 0.7701 -127.871 0.7666 122.580
10 1.7535 -27.738 1.7983 -164.207 1.3177 82.216 4 1.5356 -25.987 1.5417 -162.043 1.1514 85.705
11 1.6690 -23.243 1.7069 -169.780 0.9726 81.351 5 0.8254 -5.207 0.6604 -134.333 0.6553 123.377
Tabela 17. Tensões pós-falta para curto-circuito 2 na barra 1. 6 1.5382 -26.818 1.5465 -162.409 1.1658 85.007
7 0.8330 -7.217 0.6923 -134.959 0.6835 119.562
O curto-circuito bifásico tem como característica que as 8 1.5763 -31.678 1.5906 -163.835 1.2842 81.661
tensões das fases envolvidas na falta não são iguais a zero, 9 0.8867 -5.882 0.7849 -130.675 0.7798 118.369
10 1.6032 -31.315 1.6186 -163.034 1.3177 82.216
como podemos observar na tabela 17. Para uma falta entre
11 1.4237 -28.123 1.4317 -168.296 0.9726 81.351
as fases B e C na barra 1, as tensões ficaram em 0,49pu.
Tabela 20. Tensões pós-falta para curto-circuito 2-T na barra 1.
Além disso, as correntes das fases em falta têm o mesmo
módulo e fases opostas. No curto-circuito bifásico-terra, as tensões nas fases em
falta são iguais a zero, e da mesma forma que aconteceu
Observamos ainda que as tensões nas barras 2, 4, 6, 8, 10 e
com o curto-circuito bifásico, refletiu nas barras 2, 4, 6, 8,
11, atingiram valores muito elevados da ordem de 1,7pu,
10 e 11 causando sobretensões da ordem de 1,5pu, um
que podem ser prejudiciais aos componentes do sistema.
pouco menores que no bifásico.
 Curto-circuito Bifásico na barra 2.
 Curto-circuito Bifásico - Terra na barra 2.
Correntes de Falta 2 na Barra 2
Corrente em pu Corrente em kA
Correntes de Falta 2 - T na Barra 2
Fase Corrente em pu Corrente em kA
i θ (deg) I (kA) θ (deg) Fase
A 0.0000 0.000 0.0000 0.000 i θ (deg) I (kA) θ (deg)
B 32.8942 -177.452 8.2572 -177.452 A 0.0000 0.000 0.0000 0.000
C 32.8942 2.548 8.2572 2.548 B 34.5878 179.660 8.6823 179.660
C 31.2931 5.740 7.8553 5.740
Tabela 17. Correntes de curto-circuito 2 na barra 2.
Tabela 21. Correntes de curto-circuito 2-T na barra 2.

Tensões Pós-falta nas fases das Barras


Fase A Fase B Fase C
Tensões Pós-falta nas fases das Barras
Barra Fase A Fase B Fase C
VA (pu) θA (deg) VB (pu) θB (deg) VC (pu) θC (deg) Barra
1 0.8735 9.702 0.3551 -93.686 0.8634 166.118 VA (pu) θA (deg) VB (pu) θB (deg) VC (pu) θC (deg)
2 1.9403 -3.101 0.9701 176.899 0.9701 176.899 1 0.8543 8.875 0.3551 -93.686 0.8509 164.839
3 0.9134 19.229 0.6451 -93.296 0.8938 157.420 2 2.8226 -4.812 0.0000 0.000 0.0000 0.000
4 1.9196 -2.449 1.2710 -144.347 1.2085 137.089 3 0.9026 18.889 0.6451 -93.296 0.8894 156.699
5 0.8714 12.123 0.4763 -96.758 0.8471 159.981 4 2.7908 -3.758 0.8063 -98.512 0.7667 87.889
6 1.9135 -3.022 1.2825 -144.299 1.2153 135.669 5 0.8565 11.529 0.4763 -96.758 0.8393 158.922
7 0.8734 11.978 0.5334 -99.117 0.8438 155.833 6 2.7889 -4.148 0.8161 -98.830 0.7927 86.612
8 1.8826 -6.256 1.3713 -142.651 1.2984 126.990 7 0.8604 11.479 0.5334 -99.117 0.8379 154.895
9 0.9112 16.791 0.6741 -96.852 0.8900 152.853 8 2.6213 -9.453 1.0786 -108.280 0.8454 91.991
10 1.9045 -5.684 1.4029 -141.488 1.3282 126.894 9 0.9017 16.492 0.6741 -96.852 0.8864 152.207
11 1.8666 -6.318 1.1429 -154.979 1.0707 139.959 10 2.6755 -8.325 1.0843 -106.570 0.8965 90.563
11 2.6550 -8.393 0.6517 -108.495 0.5542 89.050
Tabela 18. Tensões pós-falta para curto-circuito 2 na barra 2.
Tabela 22. Tensões pós-falta para curto-circuito 2-T na barra 2.
4
Na barra 2 como já mencionado, devido a característica de Uma preocupação de deve ser tomada, quando é projetado
ligação em delta, ocorreram sobretensões muito elevadas um sistema elétrico, é determinar quais os valores de
nas fases A das barras 2, 4, 6, 8, 10 e 11, da ordem de sobretensões que ocorrem nas fases sem falta quando da
2,8pu. As simulações para as barras 3 a 11 apresentaram o ocorrência de curto-circuitos no sistema. Esta medida é
mesmo comportamento e estão no Anexo. necessária para melhor dimensionar os equipamentos
quanto a sua capacidade de suportar sobretensões.
Avaliação do grau de severidade dos curto-circuitos:
Na ocorrência de faltas, as sobretensões podem atingir
As correntes de curto-circuito nos sistemas elétricos de
valores acima dos limites de suportabilidade da isolação
potência podem causar danos aos equipamentos devido aos
destes equipamentos, e causar danos, como ruptura de
efeitos térmicos e esforços mecânicos. Os efeitos térmicos
isolação, levando a ocorrência de curto-circuito no ponto
podem causar sobreaquecimento de componentes, como
avariado. Na tabela 24 observamos que para os diversos
conexões, barramentos, cabos, etc, devido a perdas por
tipos de curto-circuito simulados para a barra 1, as tensões
efeito joule, enquanto que os esforços mecânicos
nas fases sem falta se mantiveram abaixo de 1, 0 pu,
decorrentes da força magnética causada pela passagem da
porém na barra 2, que está conectada no lado do
corrente elétrica por um condutor pode provocar danos em
transformador ligado em delta, ocorreram sobretensões
equipamentos como geradores (núcleos magnéticos,
elevadas que atingiram até 3,2 pu, no curto-circuito
enrolamentos), transformadores (núcleos magnéticos e
monofásico. A mesma situação é observada para o curto-
enrolamentos), barramentos de subestações, etc.
circuito bifásico-terra.
Correntes de Falta por tipo – Barra 1 e 2
5. Com base nos resultados obtidos dos estudos dos
Módulo da Corrente (pu)
Tipo de Curto-Circuito BAR diferentes curto-circuitos, desenvolva um algoritmo
Fase A Fase B Fase C
1 89.2917 89.2917 89.2917 para identificar automaticamente que tipo de defeito
Trifásico (Sem carga)
2 38.0617 38.0617 38.0617 ocorreu, simplesmente pela análise dos valores das
1 89.1575 89.1575 89.1575
Trifásico (Com carga) tensões nas fases A-B-C.
2 37.9830 37.9830 37.9830
1 92.5609 0.000 0.000 Para definir um algoritmo para identificar o tipo de curto
Monofásico (Fase A)
2 8.7640 0.000 0.000
1 0.000 77.2127 77.2127
circuito, vamos considerar as condições em que ocorrem
Bifásico (Fases B e C) as faltas baseado na avaliação dos valores de tensão nas
2 0.000 32.8942 32.8942
Bifásico-Terra (Fases B e C)
1 0.000 95.2976 86.2732 fases. A tabela 25 mostra o comportamento das tensões de
2 0.000 34.5878 31.2931 fase para os diversos tipos de curto circuito.
Tabela 23. Dados comparativos de correntes entre tipos de curto-
circuito nas barras 1 e 2. Tensões de fase por tipo de falta
Módulo da Tensão (pu)
Conforme mostrado na tabela 23, os curto-circuitos Tipo de Curto-Circuito
Fase A Fase B Fase C
trifásicos são os mais graves para equipamentos como Trifásico 0.00 0.00 0.00
mencionado anteriormente, pois envolvem os efeitos Monofásico (Fase A) 0.00 0.91 1.01
térmicos e esforços mecânicos de grande intensidade. Os Bifásico (Fases B e C) 0.98 0.49 0.49
curtos circuitos bifásicos-terra, tem correntes de falta um Bifásico-Terra (Fases B e C) 0.94 0.00 0.00
pouco maiores que os curto circuito bifásicos, e os Tabela 25. Dados comparativos de tensões entre tipos de curto-
monofásicos apresentam elevadas correntes, para terra, circuito nas barras 1 e 2.
produzindo efeitos térmicos graves. Baseado na tabela acima, podemos escrever o seguinte
Tensões de Falta por tipo – Barra 1 e 2 algoritmo:
Módulo da Tensão (pu)
Tipo de Curto-Circuito BR Entrar com dados de módulos de VA , VB e VC .
Fase A Fase B Fase C
Trifásico (Sem carga)
1 0.000 0.000 0.000 Se VA  VB  VC  0 ,
2 0.000 0.000 0.000
1 0.000 0.000 0.000 Então escrever “Curto circuito trifásico”.
Trifásico (Com carga)
2 0.000 0.000 0.000 Se ( VA  0 e VB  0 e VC  0 ) ou ( VA  0 e VB  0 e
1 0.000 0.9165 1.0124
Monofásico (Fase A)
2 0.000 2.9191 3.2265 VC  0 ) ou ( VA  0 e VB  0 e VC  0 ),
Bifásico (Fases B e C)
1 0.9816 0.4908 0.4908 Então escrever “Curto circuito monofásico”.
2 1.9403 0.9701 0.9701
1 0.9494 0.000 0.000
Se VA  0 e VB  0 e VC  0 ,
Bifásico-Terra (Fases B e C)
2 2.8226 0.000 0.000 Então escrever “Curto circuito bifásico”.
Tabela 24. Dados comparativos de tensões entre tipos de curto- Se ( VA  0 e VB  0 e VC  0 ) ou ( VA  0 e VB  0 e
circuito nas barras 1 e 2.
VC  0 ) ou ( VA  0 e VB  0 e VC  0 ).
A ocorrência de sobretensões nos sistemas elétricos de
Então escrever “Curto circuito bifásico-terra”.
potência pode provocar danos graves aos equipamentos e
Fim
componentes destes sistemas.

5
Bibliografia:
[1] Saadat, Hadi, Power System Analisys - PSA
Publishing; Third edition, 2010.
[2] Grainger, J. and Jr., William Stevenson - Power
System Analisys - McGraw-Hill Engineering; 1 edition,
1994.
[3] Bezerra, U. H, Apostila Cálculo de Curto-circuito em
sistemas de elétricos, UFPA.

6
Anexos Simulação 1.2: Falta 3ϕ na Barra 2.

Resultados do Programa de Curto-circuito


1. Curto-circuito para todas as barras, desprezando as
correntes de carga.
Dados de entrada do Sistema:

Simulação 1.3: Falta 3ϕ na Barra 3.


Simulação 1.1: Falta 3ϕ na Barra 1.

7
Simulação 1.4: Falta 3ϕ na Barra 4. Simulação 1.6: Falta 3ϕ na Barra 6.

Simulação 1.5: Falta 3ϕ na Barra 5. Simulação 1.7: Falta 3ϕ na Barra 7.

8
Simulação 1.8: Falta 3ϕ na Barra 8. Simulação 1.10: Falta 3ϕ na Barra 10.

Simulação 1.9: Falta 3ϕ na Barra 9. Simulação 1.11: Falta 3ϕ na Barra 11.

9
2. Utilizando resultados de um fluxo de carga, repetir
as simulações.
Novos dados de entrada do Sistema:
Simulação 2.2: Falta 3ϕ na Barra 2.

Simulação 2.1: Falta 3ϕ na Barra 1.


Simulação 2.3: Falta 3ϕ na Barra 3.

10
Simulação 2.4: Falta 3ϕ na Barra 4. Simulação 2.6: Falta 3ϕ na Barra 6.

Simulação 2.5: Falta 3ϕ na Barra 5. Simulação 2.7: Falta 3ϕ na Barra 7.

11
Simulação 2.8: Falta 3ϕ na Barra 8. Simulação 2.10: Falta 3ϕ na Barra 10.

Simulação 2.9: Falta 3ϕ na Barra 9. Simulação 2.11: Falta 3ϕ na Barra 11.

12
3. Curto-circuito monofásico em todas as 11 barras do
sistema. (Mesmos dados de entrada do exercício 2).
Simulação 3.2: Falta 1ϕ na Barra 2.
Dados de entrada do Sistema:

Simulação 3.3: Falta 1ϕ na Barra 3.


Simulação 3.1: Falta 1ϕ na Barra 1.

13
Simulação 3.4: Falta 1ϕ na Barra 4. Simulação 3.6: Falta 1ϕ na Barra 6.

Simulação 3.5: Falta 1ϕ na Barra 5. Simulação 3.7: Falta 1ϕ na Barra 7.

14
Simulação 3.8: Falta 1ϕ na Barra 8. Simulação 3.10: Falta 1ϕ na Barra 10.

Simulação 3.9: Falta 1ϕ na Barra 9. Simulação 3.11: Falta 1ϕ na Barra 11.

15
4. Curto-circuito Bifásico em todas as 11 barras do
sistema. (Mesmos dados de entrada do exercício 2).
Simulação 4.2: Falta 2ϕ na Barra 2.
Dados de entrada do sistema

Simulação 4.3: Falta 2ϕ na Barra 3.


Simulação 4.1: Falta 2ϕ na Barra 1.

16
Simulação 4.4: Falta 2ϕ na Barra 4. Simulação 4.6: Falta 2ϕ na Barra 6.

Simulação 4.5: Falta 2ϕ na Barra 5. Simulação 4.7: Falta 2ϕ na Barra 7.

17
Simulação 4.8: Falta 2ϕ na Barra 8. Simulação 4.10: Falta 2ϕ na Barra 10.

Simulação 4.9: Falta 2ϕ na Barra 9. Simulação 4.11: Falta 2ϕ na Barra 11.

18
5. Curto-circuito Bifásico-Terra em todas as 11 barras
do sistema. (Mesmos dados de entrada do exercício 2).
Simulação 5.2: Falta 2ϕ-T na Barra 2.
Entrada de dados do sistema

Simulação 5.3: Falta 2ϕ-T na Barra 3.


Simulação 5.1: Falta 2ϕ-T na Barra 1.

19
Simulação 5.4: Falta 2ϕ-T na Barra 4. Simulação 5.6: Falta 2ϕ-T na Barra 6.

Simulação 5.5: Falta 2ϕ-T na Barra 5. Simulação 5.7: Falta 2ϕ-T na Barra 7.

20
Simulação 5.8: Falta 2ϕ-T na Barra 8. Simulação 5.10: Falta 2ϕ-T na Barra 10.

Simulação 5.9: Falta 2ϕ-T na Barra 9. Simulação 5.11: Falta 2ϕ-T na Barra 11.

21

Você também pode gostar