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SEGUNDO PERÍODO
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
Há dez mil anos o homem já havia se disseminado a quase todas as partes do mundo, isto deveu-se a
capacidade de deslocamento, uso de ferramentas, agasalhos e do fogo, que o tornaram um animal
diferenciado.
Por andar ereto, pode utilizar as mãos permitindo aperfeiçoar a caça, pesca e coleta. Essas
características associadas ao aumento do volume cerebral, permitiu ao homem interagir com ambiente
e modifica-lo, tornando-se um ser social e cultural.
Através do conhecimento empírico, aprenderam quando e onde encontrar alimentos.
Aristóteles é considerado um dos primeiros autores a sistematizar e organizar conhecimentos sobre a
natureza. Em sua Historia animalium ele descreveu muitas espécies de animais, além de explicar a
praga de gafanhotos e fazer observações sobre a superpopulação de ratos do campo.
Teofrastro, discípulo de Aristóteles escreveu o livro Historia plantae, abordando a localização
geográfica das mesmas e os melhores lugares para sua existência.
Em Roma, Plínio, o velho, escreve a Historia naturalis em 37 volumes, sendo considerada a primeira
enciclopédia de história natural.
Os conhecimentos sobre ecologia na Idade Média até os séculos 15 e 16 limitavam-se a bestiários e
herbários.
A ciência progrediu pouco nesta época devido a invasões bárbaras e ao monopólio da cultura pela
igreja. Nesta mesma época, os trabalhos dos monges copistas impediram que conhecimentos valiosos
fossem perdidos.
A partir dos séculos 15 e 16 cresceu o desejo de realizar um amplo inventário da natureza, fato este
relacionado a descoberta de novos mundos, incluindo o Brasil e sua diversidade tropical.
Nessa época os registros eram feitos por escrivães, cartógrafos e naturalistas.
No século 17 Marcgrave escreve a Historia naturalis brasiliae, referente a estudos florísticos do
nordeste, publicada em 1648.
Em 1756, Buffon publica Historia natural, contestando a suposição de Aristóteles sobre a diminuição
dos ratos. Para Buffon os mesmos eram controlados por agentes biológicos e não pelas chuvas. Na
mesma obra cita que por falta de predadores, os coelhos poderiam transformar um campo de
gramíneas num deserto.
Ainda nesta época os estudos priorizavam a descrição da flora e fauna.
Ainda nesta época, Lineu propõe um sistema universal de catalogação de plantas, animais e minérios,
o Systema Naturae em latim.
Em meados do século 18, multiplicam-se as expedições cientificas aos trópicos, impulsionadas pelos
soberanos das academias cientificas.
Humboldt viaja durante cinco anos e expõe resultados científicos de diversas áreas como, botânica,
zoologia, geologia, astronomia, incluindo dois atlas. Ao contrário dos botânicos da época, ele considera
a vegetação segundo as suas associações, como com os animais, local, temperatura, etc. Nascendo
assim uma forma ecologia de descrever o mundo, ou seja, ela começou a considerar os fatores biótico
e abióticos da paisagem. Seu trabalho motivo a outros como, Martius, Wallace e Darwin.
Uma considerável parte do que se conhece hoje sobre ecossistemas se deve ao trabalho de expedições
cientificas de cartógrafos, desenhistas e cientistas no século 19.
No Brasil, a partir da chegada da corte portuguesa e aberturas dos portos à outras nações, iniciou-se
um ciclo de grandes expedições. Incluindo naturalistas como Martius em 1817 e Darwin em 1832.
Darwin é considerado o fundador da Ecologia moderna. Na obra origem das espécies ele utiliza a
expressão "economia da natureza", podendo ser compreendida como sinônimo de ecossistema. Os
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termos utilizados por ele como "lugares" e "vagas", podem ser entendidos como (nicho e nicho vago).
A expressão "princípio da exclusão competitiva" como (competição e mutualismo).
Referindo-se a Darwin, Haeckel em 186 introduz o termo ecologia, definindo-a como a "ciência das
relações entre o organismo e o mundo externo circunvizinho".
Em 1877, Mobios, cunha o ermo "biocenese", referindo-se a comunidades de organismos num recife
de coral.
O termo ecossistema foi criado por Tansley em 1935, ele considerava os animais e as plantas em
grupos, juntamente com os fatores físicos de seus arredores, como um sistema ecológico fundamental.
Em 1944, Sukatchev usa o termo "biogeocenose", sinônimo do atual ecossistema, para referir-se as
trocas de matéria e energia.
Em meados do século 20, ecólogos começaram a desenvolver o campo quantitativo da ecologia de
ecossistemas.
Um sistema consiste em componentes interdependentes que interagem regularmente e formam um
todo unificado (Odum, 1983).
O avanço tecnológico contribui para um novo olhar sobre a Terra. James Lovelock desenvolve a
Hipótese Gaia em 1972. Este novo olhar atrai a atenção de outros cientistas, dentre eles a famosa
microbiologista Lynn Margulis. Ambos propõem que a auto-regulação do sistema planetário consiste
na ligação de sistemas vivos e não vivos, considerando a Terra quase como um superorganismo. Sendo
está uma hipótese polêmica, muitas pesquisas serão necessárias para consolida-la ou reprova-la.
Em ecologia, é preciso conhecer mais do que a paisagem, é preciso compreender como estão
distribuídos os seres vivos nos diferentes ecossistemas e se essa distribuição define padrões. É preciso
compreender o comportamento das populações e comunidades no tempo e espaço.
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF
SEGUNDO PERÍODO
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
Hoje os ecólogos estão interessados em saber onde estão os organismos, quantos existem, onde
estão, por que estão, por que são poucos ou muitos, o que fazem e como se relacionam.
Em pesquisas realizadas em lagoas costeiras em Macaé, observou-se que riqueza de espécies é maior
onde o nível de salinidade também é maior.
Os fatores que afetam a distribuição de organismos podem ser analisados a nível de população com
uma só espécie ou várias espécies a nível de comunidade.
Os organismos ao mesmo tempo que são dependentes da natureza para suas necessidades
fundamentais, são agentes de mudança nos sistemas naturais onde vive devido a sua interação com o
meio.
Um exemplo relacionado ao tópico acima é o da palmeirinha guriri na Restinga de Jurubatida. Na
restinga, na areia sem a presença de vegetação, a temperatura pode chegar 60ºC. Com a instalação
(nascimento e manutenção) da palmeirinha, a mesma contribui para diminuição da temperatura da
areia e modificação do solo, propiciando que outras plantas aos poucos se instalem nas cercanias,
ocasionando o aumento da complexidade dos habitats na restinga.
Como segundo exemplo de interação do organismo com o meio na própria restinga, é o das plantas
rasteiras na faixa de areia próximo a praia. Essas plantas, após instaladas, impedem que os grãos de
areias sejam livremente transportados pelo vento devido seu crescimento e entrelaçamento de seus
caules.
Um terceiro exemplo é o das bromélias, que por acumularem água, permitem a vida de organismo
aquáticos em plena restinga, onde predomina a areia.
Em uma floresta, a organização espacial de organismos, sejam eles vegetais ou animais, é um dos
responsáveis pela distribuição de água, luz e de nutrientes que entram na mesma. Todos os seres
vivos em uma floresta estão consumindo e eliminando água e nutrientes, participando ativamente do
ciclo da água na região.
Em uma floresta, o dossel e as demais plantas, de modo geral, impedem que a água das chuvas atinja
diretamente o solo, lavando o mesmo e provocando erosão.
Em um costão rochoso podemos encontrar um habitat resultante de ação totalmente biológica.
Como por exemplo a construção de tubos com a areia e muco pelos poliquetos. Permitindo posterior
instalação de ouriços, anêmonas e algas.
Os exemplos acima registram as interações do meio físico e meio biológico.
A variação espacial e temporal das condições físicas para a vida frequentemente está associada direta
ou indiretamente à variabilidade dos seres vivos.
Os segmentos de tempo que marcam mudanças podem ser classificados em duas categorias:
Mudanças rápidas: associadas com uma simplificação do sistema, como a queda de meteoritos.
Mudanças lentas: que incrementam pouco a pouco a organização e conduzem a motivos de
distribuição relativamente persistentes, como os batimentos frequentes de ondas nos costões
rochosos.
A Biosfera está sujeita a um processo de sucessão generalizado, interrompido ou pontuado por
desastres e catástrofes, ocasionando mortes e mudanças, resultando em renovação na distribuição
das espécies.
Em Ecologia observamos que tudo afeta tudo, devido as interações.
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Para estudo e compreensão do funcionamento dos sistemas naturais, é preciso lançar mão de vários
outros campos de estudo, como a Evolução, Fisiologia, Matemática, Geologia, Geomorfologia e etc.
A Ecologia está dividida em três níveis fundamentais de hierarquia:
Os organismos;
As populações de organismos;
As comunidades de populações.
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DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
Indivíduo: entidade representante de uma espécie localizada espacial e temporalmente, com começo
e fim no tempo.
População: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie em um determinado local.
Comunidade: conjunto e populações presentes no mesmo local que normalmente interagem.
Ecossistema: interação de organismos (fatores bióticos) com fatores abióticos (temperatura,
umidade, solo e etc.).
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Resumo: Aula 4 - O meio ambiente: introdução aos fatores físicos e aos fatores limitantes
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DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
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DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
UMIDADE
Os organismos investem energia para se manterem longe do equilíbrio térmico com o meio.
A passagem de líquidos e substâncias através da membrana plasmática celular se chama osmose.
Pela capacidade de quebrar e dissolver diversos compostos, a água é conhecida como solvente
universal.
A água é responsável por relativa estabilidade térmica das plantas, permitindo a absorção de
considerável quantidade de radiação sem alterar consideravelmente a temperatura.
Por possuir um alto calor especifico, a água precisa absorver muita energia para aumentar sua
temperatura, da mesma forma, precisa liberar muita energia para diminuir sua temperatura.
O calor específico é a quantidade de calor necessária para altera em 1ºC a temperatura de uma
substância química.
A tensão superficial da água é obtida pela força de ligação de suas moléculas.
As principais relações hídricas nas plantas envolvem:
Água de hidratação: gira em torno de 5 e 10% de toda água da célula.
Água de estoque: encontra-se no interior dos compartimentos celulares que são reservatório de
soluções.
Água intersticial: meio de transporte nos espaços intracelulares
Água vascular: meio de transporte de elementos condutores dos tecidos.
Os processos básicos do balanço hídrico das plantas são a transpiração, absorção e transporte de água
das raízes até as superfícies transpirantes.
A perda de água pelas plantas pode ocorrer por vapor (transpiração) e sob forma líquida (gutação)
A temperatura e a umidade relativa do ar são duas influências diretas no processo de transpiração.
A umidade absoluta é a quantidade de água no ar e a umidade relativa é a quantidade rela de vapor
d'água presente no ar comparada quando o mesmo está totalmente saturado.
A evotranspiração é considerada um subsídio de energia.
Subsídio de energia é qualquer fonte que não a solar, que reduza o custo de automanutenção interna
do ecossistema.
SALINIDADE
A salinidade pode ser definida como a concentração de sais em determinada quantidade de líquido,
normalmente a água.
A difusão e a osmose são dois processos passivos por não haver gasto de energia.
Osmose é o fenômeno em que ocorre difusão de água em maior quantidade da solução hipotônica
para a hipertônica, através de uma membrana semipermeável.
A retenção de íons é crítica para organismos terrestres e de água doce, e isto é feito com gasto de
energia.
Os animais terrestres adquirem íons da água que bebem e dos alimentos, mas devido a deficiência de
sódio, é necessário usar fontes minerais como as salinas, de onde vem o sal de cozinha.
As plantas absorvem os íons da água do solo pelas suas raízes. No entanto, em ambientes salinos
bombeiam o excesso de volta, funcionando as raízes como os rins dos animais. Em situações extremas,
as plantas secretam o excesso de sal pelas folhas, como ocorre nos manguezais.
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Os sais no ambiente podem ser advindos de duas fontes: erosão de rochas e deposição do material
atmosférico.
A de deposição de sal a distância feita pelo vento é chamada de salsugem.
A atividade de irrigação de cultivos em escala comercial contribui para a perda de produtividade do
solo, devido a disponibilidade de sais após a evaporação desta água.
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DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
Quando um átomo de carbono recebe elétrons de outro elemento ocorre a chamada reação de redução
química.
Quando um átomo de carbono cede elétrons a outro elemento ocorre a oxidação.
Para armazenar a energia solar, as plantas reduzem o carbono gerando compostos fotossintéticos como
a glicose (C6H12O6).
Para seu crescimento, as plantas e animais liberam energia desfazendo-se dos compostos fotossintéticos,
oxidando o carbono novamente em CO2.
A fotossíntese une quimicamente dois produtos inorgânicos comum CO2 e H2O para formar um produto
orgânico (C6H1206) liberando O2.
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O processo de fotossíntese significa o armazenamento da energia solar sob forma de energia potencial
("presa") no alimento (glicose), que posteriormente será utilizada nos processos de crescimento da
planta, sendo transformadas em gorduras, óleos e celulose por exemplo.
Nas plantas pode ser encontrado duas medidas de energia assimiladas:
1. Produção bruta: energia total assimilada.
2. Produção líquida: acumulada na biomassa.
A produção primária bruta e líquida e realizada pelos organismos produtores (autótrofos), e a secundária
pelos consumidores (heterótrofos).
As enzimas catalisadoras desempenham um papel crucial dentro das células, que é o de aumentar a
velocidade das reações químicas, e sem serem, no entanto, consumidas neste processo.
As enzimas são tão altamente especializadas que cada uma catalisa uma reação química específica.
Catalisam em segundos o que um laboratório de química poderia levar meses para catalisar. E ainda
assim, são as unidades mais simples da atividade metabólica.
As sequências multienzimáticas funcionam como uma esteira de montagem em que várias enzimas atuam
de maneira consecutiva e interligada, podendo ocorrer a participação de 2 a 20 enzimas. Os produtos
destas transformações são chamados de intermediários metabólicos ou metabólitos.
O metabolismo tem duas fases: catabolismo e anabolismo.
Catabolismo: degradação de moléculas, ocorrendo liberação de energia contida nas moléculas orgânicas.
A energia liberada será armazenada nas moléculas de ATP e NADPH, sendo posteriormente utilizados no
processo de anabolismo.
Anabolismo: fase construtiva do metabolismo. As pequenas moléculas são reunidas formando as
macromoléculas, como as proteínas e os ácidos nucléicos. O processo construtivo ou biossíntese requer
gasto de energia, sendo utilizado para isso a quebra de moléculas de ATP em ADP.
Fase clara da fotossíntese: clorofila e outros pigmentos absorvem energia radiante e a conservam em
moléculas de ATP e NADP, liberando oxigênio.
Fase escura: O ATP e NADPH são utilizados para redução do dióxido de carbono, formando a glicose e
outras moléculas orgânicas.
A fixação de CO2 na fase escura são de três tipos: em plantas C3, C4 e CAM.
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Fases da glicólise
1ª - Fase preparatória: Coleta das cadeias carbônicas das hexoses, frutose, manose, galactose
transformando-as no gliceraldeído 3-fosfato.
A molécula de ATP cede fosfato e a glicose é fosforilada duas vezes. Primeiro no carbono número 6 e
depois no carbono número 1, formando a molécula de frutose 1,6 difosfato.
A molécula de frutose 1,6 difosfato é quebrada ao meio gerando duas moléculas com 3 átomos de
carbono, o gliceraldéido 3-fosfato.
Na segunda fase, as moléculas de gliceraldeído 3-fosfato após 10 reações são transformadas em duas
moléculas de piruvato.
As duas moléculas de piruvato irão gerar duas moléculas de lactato. Sendo que as mesmas são formadas
em condições anaeróbicas. Est tipo de reação ocorre cm os microrganismos de fermentação do leite e
nos músculos dos vertebrados.
Além das moléculas de lactato, as duas moléculas de piruvato também irão gerar duas moléculas de
etanol, juntamente com duas moléculas de CO2. Embora neste caso atuam outros tipos de
microrganismos, as reações também ocorrem em meio anaeróbico.
O terceiro caminho das duas moléculas de piruvato se dá em condições aeróbicas, sendo o mesmo
oxidado, liberando duas moléculas de CO2 e se transformando em duas moléculas de Acetil-CoA.
As moléculas de Acetil-CoA entrarão no ciclo do ácido cítrico (Ciclo de Krebs) gerando uma quantidade de
energia maior que na glicólise.
Ciclo de Krebs
O ciclo de Krebs ocorre nas mitocôndrias das células eucarióticas e no citoplasma das células
procarióticas.
Ao contrário da glicólise que é linear, o ciclo de Krebs é um sistema enzimático circular.
O ciclo de Krebs é o processo de respiração celular, e os eventos mais importante ocorrem no estágio 3,
onde são transportados os elétrons oriundos das voltas do ciclo e a fosforilação oxidativa, processos
altamente liberadores de energia.
Os três estágios do ciclo de Krebs, devido sua ordenação, funcionam com uma verdadeira máquina de
produção de ATP.
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Estrutura trófica e pirâmides ecológicas
A estrutura e a função tróficas podem ser mostradas graficamente através da utilização de pirâmides
ecológicas. A base da pirâmide será sempre constituída pelos produtores, e os níveis superiores outros
níveis tróficos.
Os tipos de pirâmide ecológicas são três:
1. Pirâmide de números: representa o número de indivíduos em cada nível trófico.
2. Pirâmide de biomassa: representa o peso total seco, valor calórico ou outra medida qualquer de material
vivo.
3. Pirâmide de energia: representa o fluxo energético e/ou a produtividade em níveis tróficos sucessivos.
As pirâmides de número ou biomassa podem ser totais ou parcialmente invertidas, ou seja, a base pode
ser menor que as camadas superiores. Isso pode ocorrer quando os produtores são maiores que os
consumidores.
O fluxo de energético representado na pirâmide de energia sempre estará de acordo com a segunda lei
da termodinâmica, por isso a mesma nunca será invertida.
Links de reforço:
Glicólise: https://www.youtube.com/watch?v=yQn3yprg24w
Pirâmides ecológicas: https://www.youtube.com/watch?v=yWhrdoXYWi4
Ciclo de Krebs: https://www.youtube.com/watch?v=gOccRpE3AYk
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DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
Ciclo do Carbono
Na Terra, a maior reserva de carbono encontra-se nos sedimentos e rochas da crosta. Ele representa
99,9% de todo o carbono encontrado no planeta. Entretanto, é uma reserva estática, endogênica, inerte
quimicamente, não sendo funcional às formas vivas.
Numa escala humana o ciclo do carbono citado acima tem importância ecológica mínima, uma vez que
ele fica aprisionado nestes reservatórios aproximadamente 100 milhões de anos.
O carbono ativo na superfície do planeta corresponde a 0,1%, sendo o maior estoque encontrado nos
oceanos na forma de carbono inorgânico dissolvido (CID).
Outros estoques de carbono na superfície terrestre são:
a. Carbonatos e húmus dos solos.
b. Dióxido de carbono atmosférico e em menor quantidade ao metano.
c. Plantas terrestres.
d. Material orgânico dissolvido presente nos oceanos e outros ambientes aquáticos, referido como carbono
orgânico dissolvido (COD).
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Ciclo do nitrogênio
O nitrogênio assume um papel relevante na composição de biomoléculas vitais. Na forma orgânica
compõe os aminoácidos, peptídeos, proteínas, ácidos nucleicos e etc.
Na natureza, microrganismos fixadores de nitrogênio atuam como intermediários disponibilizando
nitrogênio para outros incapazes de realizar a fixação do mesmo.
Os organismos fixadores de nitrogênio não são muito numerosos, sendo principalmente representados
por uma série de cianobactérias e outros procariontes aeróbios.
O maior estoque de nitrogênio se encontra aprisionado nas rochas e comparativamente, é 2,5 vezes maior
que o estoque de carbono no mesmo reservatório.
Da mesma forma, na atmosfera, o estoque de nitrogênio é muito superior ao de carbono.
O fluxo do mesmo, considerando processos orgânicos como de fixação pelas plantas e fito plâncton
marinho, é consideravelmente menor se comparado ao carbono.
A principal via natural e biológica de fixação o nitrogênio atmosférico é realizado por meio de organismos
procariontes nitrificantes como as bactérias. No entanto, o mesmo também tem sido disponibilizado para
solo de forma antrópica, como na fertilização nitrogenada de cultivos, cultivos de leguminosas,
queimadas e etc.
Essas ações antrópicas contribuem para a eutrofização de lagos, rios, lagoas e sistemas costeiros,
provocando o bloom de algas. Além de contribuir para ocorrência de chuva ácida, destruição da camada
de ozônio e etc.
Ciclo do fósforo
Apesar de não possuir fase gasosa, parte do mesmo pode ser transportado via atmosférica pelo vento,
contido nas partículas de poeira fosfatadas liberadas do solo e rochas.
Comparado ao C e N, seu ciclo global é eminentemente lento, endergônico, sendo essencialmente dirigido
do continente para os oceanos. Seu retorno para o continente se dá através do ciclo das rochas.
Assim como o C e o N, também é um elemento essencial (macro nutriente), porém requerido em menor
quantidade que o C e o N.
Na matéria viva está presente nos ácidos nucleicos, moléculas ADP-ATP, coenzimas nucleotídicas (NADP),
fosfolipídeos e etc.
A presença de compostos artificiais de P nos ambientes terrestres e aquático está relacionada
principalmente ao emprego de inseticidas organofosforados em culturas agrícolas, os quais, de um modo
geral, são extremamente tóxicos aos organismos. Outras formas artificias derivam da fertilização agrícola,
esgotos domésticos e industriais, desmatamento e erosão de solos.
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DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
• A desertificação foi definida como sendo a degradação da terra nas zonas áridas, semiáridas e subúmidas
secas resultantes de fatores diversos tais como as variações climáticas e as atividades humanas.
• No que diz respeito às ações de degradação da terra induzidas pelo homem, deve-se entendê-la como
tendo pelo menos cinco componentes:
a) degradação das populações animais e vegetais (degradação biótica ou perda da biodiversidade) de
vastas áreas do semiárido devido à caça e à extração de madeira;
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b) degradação do solo, que pode ocorrer por efeito físico (erosão hídrica ou eólica e compactação causada
pelo uso da mecanização pesada) ou por efeito químico (salinização ou sodificação);
c) degradação das condições hidrológicas de superfície devido à perda da cobertura vegetal;
d) degradação das condições geohidrológicas (águas subterrâneas) devido a modificações nas condições
de recarga;
e) degradação da infraestrutura econômica e da qualidade de vida dos assentamentos humanos.
Ciclo do Oxigênio
• A concentração média de oxigênio atmosférico que observamos hoje deriva de um processo biofísico
lento, mas foi cumulativo e evolutivo, cujo início se deu aproximadamente há 3 bilhões de anos.
• O atual "saldo" (estoque) de oxigênio atmosférico (~ 21% da concentração de gases na atmosfera),
resulta, do balanço excedente entre produção biológica sobre o consumo químico e biológico de oxigênio
no Planeta. Entretanto, há milhares de anos, a concentração de oxigênio na atmosfera encontra-se em
estado relativamente estacionário, isto é, onde ganhos e perdas se equivalem.
• Na atmosfera, encontramos o maior reservatório bioativo de oxigênio (37.000 Pmoles), sendo ~200 vezes
maior que o oxigênio encontrado nos oceanos ou na biota viva.
• Os principais processos biológicos de absorção e liberação de gás oxigênio relacionam-se
respectivamente, à mineralização e à fotossíntese oxigênica. Estes processos são antagônicos e se
complementam para formação do ciclo biológico do oxigênio.
Ciclo do Enxofre
• Como constituinte da matéria viva, o enxofre participa da estrutura de muitas proteínas, sendo do ponto
de vista biológico um elemento essencial. Entretanto, o requerimento de enxofre pela matéria viva é
relativamente pequeno quando comparado a outros elementos maiores como C, H e N.
• A circulação global, envolvendo o reservatório atmosférico, e os baixos requerimentos exigidos pela biota
em geral faz do enxofre um elemento normalmente não limitante aos organismos, especialmente para
os eucariontes.
• O maior estoque de enxofre encontra-se em sedimentos e rochas da crosta terrestre, na forma inorgânica,
como sulfatos e sulfetos minerais (ex.: respectivamente, CaSO4 e FeS2). Contudo, a maior reserva bioativa
encontra-se nos oceanos, na forma de sulfato inorgânico
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Introdução
• Segundo Odum, sucessão ecológica envolve mudanças na estrutura das espécies e nos processos da
comunidade ao longo do tempo.
• Segundo Margalef, quando não incidem perturbações externas ao ecossistema, as mudanças tomam
características de um aumento de organização ou, pelo menos, de complexidade desse ecossistema.
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A substituição de espécies
• As séries sucessionais (seres) normalmente se caracterizam por uma contínua substituição de espécies.
• Alguns pesquisadores conduziram estudos de sucessão em animais e plantas (dunas do Lago Michigan),
de modo que os resultados demonstraram mudanças nas espécies de animais e plantas, de acordo com
a idade crescente das dunas. Espécies presentes no início foram substituídas por outras espécies
diferentes nas comunidades mais antigas.
• A sucessão pode ser interrompida quando o vento enterra com areia as plantas e a duna começa a se
mover, cobrindo totalmente as plantas no seu caminho. Esse é um bom exemplo de interruptor ou
inversor característico de perturbações alogênicas, sobre as quais já falamos anteriormente.
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SEGUNDO PERÍODO
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
• A Biogeografia relaciona-se intimamente com a Ecologia, a Geologia e a Paleontologia, pois alguns tipos
de respostas para explicar a distribuição de organismos são mais ecológicos, enquanto outras são mais
históricas.
• Para os ecólogos, a história biológica levanta dois problemas potenciais, segundo Ricklefs (1996). O
primeiro é que a estrutura e o funcionamento dos organismos podem tanto ser influenciados pela
ancestralidade como pelo ambiente local. O segundo problema levantado pela história biológica é que a
história e a Biogeografia também afetam a diversificação de espécies.
• Até 600 milhões de anos atrás, todos os seres vivos eram de habitat aquático e viveram num período
marcado por poucas atividades geológicas na crosta terrestre.
• No Siluriano (420 milhões de anos atrás), surgem as primeiras plantas e animais terrestres.
• Com o aparecimento dos vegetais e animais em ambientes terrestres, teve início a formação dos solos
orgânicos. Plantas e animais estabelecidos sobre substratos inconsolidados (fragmentos de rochas, como
areias e argilas), começam a receber matéria orgânica morta que se mistura aos grãos, retendo água e
nutrientes.
• O Devoniano (400 milhões de anos atrás) é também conhecido como a Idade dos Peixes, por abrigar
grande radiação de peixes, surgindo primeiro os ósseos e depois os cartilaginosos.
• As terras do Norte começam a se consolidar no que seria mais tarde o grande continente Laurasia. Neste
período, surgem as florestas mais antigas, dominadas por pterófitas.
• Na passagem carbonífero-permiano, extensas florestas de plantas vasculares de 30-40 metros de altura,
flora de terras quentes e úmidas, indicam a existência de uma zona tropical em Laurasia, com
representantes encontrados nos Estados Unidos da América, Grã-Bretanha e Alemanha.
• No Jurássico, a crosta terrestre inicia um processo de grandes mudanças com a fragmentação e formação
de novos oceanos. Inicialmente, o Atlântico Norte surge entre a América e a Eurásia.
• Há cerca de 135 milhões de anos, no início do Cretáceo, os continentes do Norte que formavam a Laurasia
separam-se dos continentes do Sul que formavam o Gondwana.
• Tanto a dispersão como a disjunção de populações pela tectônica de placas ou pela extinção de
populações intermediárias influenciaram a distribuição das espécies. A composição de organismos de
qualquer região tem uma história de diversificação endêmicas, de disjunção e invasão de diferentes
grupos de uma ou mais regiões em diferentes tempos do passado.
• As mudanças na configuração de terras e mares promovem alterações climáticas e estas imprimem uma
dinâmica à biota regional, extinguindo grupos de seres vivos e proporcionando expansão de área de
ocorrência a tantos outros.
• Assim, compreender a atual distribuição de organismos na Terra envolve conhecimentos de seus aspectos
histórico e ecológico.
• A descrição da vegetação está baseada na forma e tamanho das plantas que podem ser classificadas em
quatro formas principais, a saber:
1. Formas de crescimento:
a. Árvores: plantas perenes que possuem um tronco principal e ramificações diversas.
b. Arbustos: plantas lenhosas que apresentam grandes ramificações mais próximas ao solo;
c. Lianas: plantas trepadeiras lenhosas que sobem e se servem das árvores para apoio, indo em busca de
luz;
d. Ervas: plantas que não possuem estrutura lenhosa, são pequenas, próximas ao solo;
e. Epífitas: plantas que se servem de outras plantas como suporte, proporcionando-lhes a oportunidade de
viver em locais onde a luz ocorre em abundância.
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2. Tamanho e estratificação:
• O predomínio de uma forma biológica vegetal dá ao ecossistema um aspecto, uma fisionomia
determinada. Se predominam árvores, dizemos que se trata de uma floresta; se predominam as ervas,
falamos em pradarias ou campos herbáceos. Se predominam os arbustos, mas possuem árvores esparsas
e também herbáceas, temos as savanas.
3. Grau de cobertura:
• Além da estratificação, a cobertura resultante da estratificação determina a quantidade e a qualidade de
luz que vai chegar ao solo e, consequentemente, às plantas que aí vivem.
4. Periodicidade:
• Está relacionado a perda ou não de folhas durante as estações. Estas perdas estão intimamente
relacionadas a disponibilidade de água e temperatura.
5. Produtividade:
• Variações encontradas entre os biomas, devidas, principalmente às diferenças climáticas, tipos de solo,
topografia e disponibilidade de água geram produtividades distintas entre os diferentes biomas.
Biomas
• Os Biomas são formações dotadas de características geográficas, ecológicas e fisionômicas distintas. A
distribuição dos biomas terrestres, em boa parte, reflete a distribuição mundial das precipitações
causadas pelo movimento global das massas de ar atmosférico.
• Todo bioma possui uma vegetação própria e seus limites estão demarcados por diversos fatores, como a
disponibilidade de energia radiante, a disponibilidade de água, a amplitude térmica, assim como sua
história ecológica e evolutiva.
Deserto:
• O bioma de deserto compreende regiões onde a precipitação alcança valores médios inferiores a 250mm
ou em regiões com maior precipitação, mas distribuída muito irregularmente e ainda devido a altitudes
muito elevadas.
• As adaptações à escassez de água dos organismos do deserto, tanto animais como plantas, apresentam
duas características: evitar a seca e conservar a água.
Tundra Ártica:
• A tundra ártica é o único bioma que forma uma faixa contínua, circumpolar. É um bioma sem árvores e
se encontra praticamente representado no hemisfério setentrional.
• O clima é controlado pelo ciclo anual de radiação polar. É caracterizado por invernos longos, frios e
rigorosos e verões curtos e suaves.
Pradaria:
• O bioma da pradaria é composto por plantas dominantes de porte herbáceo. As árvores são raras e
esparsas. As extensas áreas de pradaria alta, aquelas encontradas na América do Norte e América do Sul,
estão identificadas com um clima úmido continental.
• Constituem formações que tomam nomes diferentes:
– Estepes: centro-leste da Eurásia;
– Pradarias: centro-leste da América do Norte;
– Veldt: pequeno trecho do sul da África;
– Pampas: Argentina;
– Campos: Brasil.
• A vegetação natural é dominada por gramíneas, leguminosas e onde a precipitação é mais elevada as
gramíneas podem alcançar até 2 metros de altura.
• Savana:
A savana arbustiva é formada por árvores esparsas, bem separadas entre si, permitindo o crescimento de
uma densa camada formada por plantas herbáceas, principalmente gramíneas altas.
• Estão, em sua maioria, relacionadas com o clima tropical seco.
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• A vegetação da maior parte das savanas possui árvores relativamente baixas, muitas com as copas
aplainadas, que podem ser decíduas ou perenes. Como toda vegetação tropical, tem uma flora rica e
variada.
• O bioma da savana na América do Sul vem representado pelos cerrados, que ocorrem no Brasil central e
meridional.
Floresta:
• O bioma florestal inclui todas as regiões de florestas, formações, nas quais dominam as árvores, formando
uma cobertura foliar que sombreia o solo. Frequentemente apresentam estratificação, com mais de um
estrato.
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF
SEGUNDO PERÍODO
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
Mata de igapó
• A vegetação aí encontrada foi selecionada por suportar solo alagado e, consequentemente, mal arejado.
Mata de várzea
• Característica da Amazônia, localiza-se em terrenos holocênicos baixos e sujeitos a inundações periódicas
na época das chuvas.
• Tem composições variadas com sua maior ou menor proximidade dos rios e ocorre em terrenos mais ou
menos elevados.
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CAATINGA
• É um ecossistema com domínio de climas semiáridos e apresenta grande variedade na paisagem.
• A precipitação fica entre 200 e 800mm num regime de chuvas irregulares; o clima é dominado por uma
longa estação seca, durante a qual a vegetação se mostra ressequida e acinzentada.
• Caatinga é um nome genérico para designar um complexo de vegetação decídua e XERÓFILA, constituída
de arvoretas e arbustos decíduos durante a seca e de cactáceas, bromeliáceas e ervas, estas quase todas
anuais.
• A caatinga apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo
de 2 metros). A vegetação é típica de clima seco.
• No meio de tanta aridez, a caatinga surpreende com suas “ilhas de umidade” e solos férteis. São os
chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Os brejos
sustentam a avifauna, onde várias espécies nidificam. Essas áreas normalmente localizam-se próximas às
serras, onde a abundância de chuvas é maior.
• É um bioma único, pois, apesar de estar localizado em área de clima semiárido, apresenta grande
variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. É importante você perceber que este
também é um bioma regido pelo regime de águas (secas e cheias) e as estações são também definidas
por estas características.
PANTANAL MATO-GROSSENSE
• O Pantanal Mato-grossense é a maior das extensões de planície inundável contínua da América do Sul, na
bacia hidrográfica do Alto Paraguai.
• Este é mais um bioma tropical que está fortemente regido pelo ciclo anual das águas, as cheias e vazantes
da bacia do rio Paraguai.
• O Pantanal é quente e úmido no verão; e frio e seco no inverno, com temperatura média anual em torno
de 26ºC.
• Quanto à vegetação, Silva et al. (2.000 determinaram 16 classes de formações fitofisionômicas, das quais
as mais abundantes são campo, cerradão, cerrado, brejos, mata semidecídua, mata de galeria e vegetação
flutuante.
• Os ecossistemas são caraterizados por cerrados e cerradões sem alagamento periódico, campos
inundáveis e ambientes aquáticos, como lagoas de água doce ou salobra e rios.
Organismos de remanso
• Os remansos ficam cobertos por sedimentos finos. Macrófitas aquáticas podem se fixar nas áreas mais
calmas e o perifíton das rochas é substituído nos locais mais lentos por algas planctônicas.
• Entre os consumidores primários, observam-se moluscos, caranguejos, anelídeos e larvas de insetos; as
espécies de peixes podem ser substituídas por outras menos exigentes quanto a teor de oxigênio
dissolvido e temperatura da água.
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BIOMAS MARINHOS
• O ambiente marinho é habitado por quase todos os grupos animais, sendo que alguns são exclusivos
desse ambiente. Entre os vegetais, 12 filos ocorrem nos mares, sendo que apenas 5 ocorrem em
ambientes terrestres ou em água doce. Os mares são as regiões com a maior variedade de vida do planeta.
Nem as florestas tropicais igualam-se às regiões litorâneas em produtividade primária.
• A produtividade primária, seja ela em plantas terrestres ou marinhas, é controlada por diversos fatores
físico-químicos, dentre os quais destacam-se a luz, a temperatura, a disponibilidade de nutrientes, a
qualidade do solo e o suprimento de água.
• Os movimentos das massas d’água afetam a disponibilidade de luz e nutrientes. Assim, nos ecossistemas
marinhos, as interrelações entre luz, nutrientes e hidrografia fazem derivar todos os padrões de produção
primária global.
• A quantidade de carbono existente nos oceanos é cerca de 60 vezes maior que a quantidade deste
elemento na atmosfera.
• Nos mares mundiais, a fixação de carbono se dá basicamente pela fotossíntese, pela captação do CO2
dissolvido na água e pela subsequente incorporação às cadeias alimentares PELÁGICAS.
• Os recifes de coral são ecossistemas resultantes de construções biológicas.
• São considerados verdadeiros “oásis” de produtividade nos oceanos, pois possuem características
especiais de grande produtividade, apesar de se localizarem muitas vezes em regiões pobres em
nutrientes nos oceanos.
• São ambientes onde se processa reciclagem de matéria localmente, ou seja, restos orgânicos dissolvidos
no ambiente são prontamente reutilizados.
• Os produtores nos recifes de coral são dinoflagelados, que são algas que têm zooxantelas e vivem em
simbiose com tecidos de pólipos de corais, aproveitando diretamente elementos produzidos pela
fotossíntese e capazes de edificar, com retenção de carbonatos e silicatos.
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF
SEGUNDO PERÍODO
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
RECURSOS RENOVÁVEIS
Recursos Florísticos
• Flora: conjunta das espécies vegetais de uma determinada localidade.
• Vegetação: conjunto de plantas que cobre uma região.
• Com a extinção, desaparecem potenciais de uso medicinal, nutricional etc., que muitas vezes
desconhecemos. Desaparecem recursos genéticos e de biodiversidade que a evolução cuidadosamente
elaborou. Não há retorno possível. Não há renovação.
• Já quando objetivamos a conservação da vegetação, queremos que ela continue a favorecer a infiltração
da água nos solos, garantindo o reabastecimento dos mananciais, que continue mantendo o solo e
protegendo as encostas, mantendo a fauna que a acompanha.
• A desertificação degrada a terra nas regiões áridas, semiáridas e sub-úmidas secas, resultante de vários
fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas.
• A renovação vegetal se faz a partir da germinação de sementes ou de rebrotamento de partes do vegetal,
e depende de que haja “áreas-fonte” próximas, animais para polinização e dispersão de um solo que a
sustente, e de água, essencial para a produção das plantas pela fotossíntese. A degradação destes outros
três recursos compromete, portanto, a renovação da vegetação
Recursos Faunísticos
O desmatamento e destruição de habitats, e a poluição dos lagos e cursos de água têm sido também
responsáveis por impactos à fauna.
• A renovação do recurso faunístico depende, além do controle da caça e da pesca, da preservação dos
ambientes terrestres naturais, onde a vegetação sirva de abrigo e base para as cadeias alimentares, e
também dos ambientes aquáticos que, livres de agentes poluentes, possam manter suas cadeias
alimentares diversificadas.
Solo
• A renovação do solo se faz de forma natural com a participação da vegetação que cede a maior proporção
da matéria orgânica morta que vai alimentar a diversificada comunidade edáfica.
• Essa comunidade é responsável pela decomposição da matéria orgânica, produzindo o húmus, que tem
múltiplos papéis nas condições físicas e químicas do solo.
• A vida no interior do solo é responsável, então, pela manutenção da fertilidade do solo.
• Em função da decomposição que libera os nutrientes para a absorção pelas plantas, inicia-se um novo
ciclo de nutrientes, que é possível a continuidade da produção orgânica pela fotossíntese. E isso
significaria a continuidade do funcionamento daquele ecossistema.
• A renovação do solo é responsável pela renovação e continuidade dos ecossistemas terrestres.
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Água
• A renovação da água se faz através de um ciclo: o ciclo hidrológico. Esse ciclo, que envolve mudanças de
estado, em síntese, é composto da entrada da água na atmosfera através da evaporação direta e da
transpiração pelos organismos e seu retorno à superfície da Terra através da precipitação.
• Quando o Homem altera a cobertura do solo, ele interfere na interação do solo com a água da chuva, o
que retorna a ele em termos de redução da disponibilidade de água.
• A água pode ser um recurso renovável, porém finito, e vulnerável à degradação.
• A capacidade de renovação da água, do solo, da fauna e da flora depende, enfim, de que não sejam
ultrapassados limiares de sua capacidade de suporte, com o esgotamento da capacidade regenerativa
natural. Ir além desta capacidade significará degradação ou esgotamento do recurso.
• Dessa forma, mesmo os recursos ditos renováveis só podem ser utilizados a longo prazo por meio de
métodos racionais, com uma preocupação conservacionista, isto é, que evite os desperdícios e os abusos.
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF
SEGUNDO PERÍODO
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
Poluição física
• A poluição física relativa aos aspectos sonoros e visuais está frequentemente associada aos grandes
centros urbanos.
Poluição visual
• A poluição visual pode ser entendida, geralmente, como toda e qualquer manifestação visual que
perturbe negativamente o conceito de estética, harmonia e/ou beleza de uma paisagem ambiental.
Poluição química
• A poluição química está intrinsicamente ligada aos processos indústrias, principalmente quando não
ocorre a reciclagem os produtos produzidos nestes processos
Poluição atmosférica
• As fontes de emissão dos poluentes atmosféricos podem ser muitas e as mais variadas possíveis. No
entanto, a emissão de gases tóxicos pelos veículos automotores é responsável por cerca de 40% da
poluição do ar.
• Os poluentes do ar podem ser classificados, segundo sua origem, em poluentes primários (os gases que
provêm do tubo de escape de um automóvel, como monóxido de carbono (CO), que são aqueles emitidos
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diretamente pelas fontes, e poluentes secundários (o ozono troposférico O3, o qual resulta de reações
fotoquímicas, isto é realizadas na presença de luz solar, que se estabelecem entre os óxidos de azoto, o
monóxido de carbono ou os Compostos Orgânicos Voláteis (COV), que são formados na interação química
entre os poluentes primários e os constituintes normais do ar.
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF
SEGUNDO PERÍODO
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
Interferências antrópicas
• O autor ressalta que esses estudos devem ser acompanhados de pesquisas ecológicas identificando o
papel do canal extravasor no intercâmbio de espécies entre o mar e a lagoa.
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF
SEGUNDO PERÍODO
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
Isto é Erosão
• Erosão corresponde ao destacamento e transporte das partículas do solo. Este processo pode acontecer
também pela ação do vento, do mar ou de geleiras.
• A erosão por salpicamento ou splash, ocorre no momento do impacto da gota com o solo.
• Quando a erosão é muito acentuada, toda a camada superficial, justamente aquela mais enriquecida com
matéria orgânica, atividade biológica, e, consequentemente, nutrientes, pode escoa “ladeira abaixo”.
• Em consequência do empobrecimento o solo perde a capacidade de sustentar nova vegetação.
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Resumindo a sequência dos acontecimentos desencadeados pelo desmatamento
• Quando a floresta é retirada, no processo que chamamos de desmatamento, desestabilizamos o sistema.
A degradação da cobertura florestal leva à degradação do outro recurso, o solo.
• Estas mudanças ambientais, por sua vez, correspondem a uma alteração no ciclo da água.
As consequências disso se refletem, então, em outros componentes da paisagem, isto é, nos cursos de
água, os rios.
• Os rios se tornam mais secos na estação de menor precipitação, e tornam-se mais volumosos ou
caudalosos na estação das chuvas, já que a maior parte da água da chuva corre imediatamente para os
rios.
• Os fatores acimas contribuem para ocorrência ade enchentes.
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF
SEGUNDO PERÍODO
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
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Os manguezais e sua importância
• Nesta área de transição entre os sistemas terrestre e marinho, o manguezal tem relação com este último
no que se refere a sua utilização por animais marinhos como área de desova e de criação e à exportação
de detritos orgânicos que contribuem também para a produtividade dos ecossistemas marinhos.
• Segundo Amador (1997), o manguezal tem importância capital como filtro de sedimentos, retendo
partículas que de outra forma iria assorear a Baía de Guanabara.
O que fazer?
• Podemos resumir os problemas ambientais da Baía de Guanabara em dois aspectos: aterros e
assoreamento da Baía e poluição.
• Vimos problemas que foram associados ao uso da rede de drenagem como local de despejo de resíduos
sólidos, esgotos domésticos, hospitalares e industriais. As substâncias tóxicas incluídas nos resíduos
químicos das atividades industriais alteram comunidades bióticas, particularmente nos manguezais, e
interferem na vida econômico-social da população local.
• Os esforços para despoluição passam pela construção de coletores do esgoto e utilização de estações de
tratamento.
• Contudo, como em toda questão ambiental coletiva, o comportamento individual também conta. As
atividades agrícolas na bacia, por exemplo, devem evitar o uso excessivo e ineficiente de agrotóxicos,
como herbicidas e pesticidas, mas também de fertilizantes. Mas é particularmente importante um
trabalho de educação ambiental nas comunidades próximas à Baía de Guanabara
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF
SEGUNDO PERÍODO
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação
Queimada
• Trata-se de um procedimento simples e barato para a limpeza do terreno, no sentido de extinção das
plantas que não são de nosso interesse.
• Todos os elementos que faziam parte da biomassa da vegetação existente são subitamente liberados no
ambiente na forma de cinzas.
• Mas o benefício obtido com a queimada é instantâneo e não se perpetua. A grande quantidade de
nutrientes liberada no meio não pode ser absorvida de imediato pelas plantas cultivadas, e vai sendo,
progressivamente, perdida pelo transporte, dissolvida nas águas das chuvas que descem pelo solo
(lixiviação).
• A renovação do solo se faz pela matéria orgânica que, trabalhada pelos microrganismos e fauna do solo,
produz o húmus, que desempenha importantes funções ligadas a propriedades físicas e químicas do solo.
Mas a queimada tem como combustível essa matéria orgânica que assim é destruída!
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A aração e a exposição do solo
• O revolvimento do solo promove sua aeração, já que permite a entrada de oxigênio, sua exposição e
aquecimento ao sol, além de retirar ervas que iriam competir com as plantas cultivadas.
• Nos solos tropicais, expostos às chuvas torrenciais e a uma radiação excessiva, a exposição é antes um
problema que um benefício. A excessiva aeração acelera a decomposição da matéria orgânica com a
redução de seu teor e de seus benefícios.
Adição de fertilizantes
• A reposição dos nutrientes retirados a cada colheita é indispensável. Contudo, da grande quantidade
normalmente lançada no solo, apenas uma parcela pode ser aproveitada pelas plantas em crescimento.
• No entanto, a utilização excessiva para contribuir para eutrofização de corpos d'água, ao serem esses
nutrientes lixiviados pelas chuvas.
• Desenvolver sistemas agrícolas em que seja mais eficiente o uso de fertilizantes, implicando, também, a
redução da exportação de problemas ambientais!
• (Embora o livro não faça nenhuma alusão, nos dias de hoje, 2017, cada vez mais se expande o cultivo
agroflorestal no Brasil. Técnica que alia a produção de alimentos e a recuperação de áreas florestais que
foram totalmente ou parcialmente degradadas. Sistema totalmente orgânico. Pesquisem no youtube por
Ernst Gotsch).
Adição de pesticidas
• Também chamados de agrotóxicos, esses produtos têm efeitos benéficos na produção imediata, mas
podem apresentar efeitos prejudiciais num prazo maior naquele e em outros ecossistemas.
• Não podemos deixar de citar os problemas de saúde relacionados não só ao manuseio desses produtos
por um agricultor, nem sempre consciente dos riscos e, portanto, nem sempre devidamente protegido,
mas também os relacionados ao consumo de alimentos contaminados.
A irrigação
• As plantas precisam de água para a realização da fotossíntese, e a irrigação vem suprir essa necessidade.
Contudo, o lançamento de água em abundância, além de se constitui necessariamente em um desvio da
água que, normalmente, seguiria outros caminhos, ainda traz o risco de salinização do solo.
• A tecnologia de gotejamento, por exemplo, é mais dispendiosa que a irrigação por sulco e por aspersão
convencional, mas garante um aproveitamento mais eficiente da água.
• A eficiência de uso implica redução de desperdícios e redução das interferências do ecossistema agrícola
em outros ecossistemas.
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• Há, ainda, a proposta do controle integrado para combate aos insetos-praga, através da integração de
agentes químicos e biológicos compatíveis.
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ – UENF -2º PERÍODO
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação - Aula 22 – Desequilíbrios ecológicos 4 –
Estudo de caso: O Lago da Batata
Introdução
• O ecossistema lago é caracterizado por ter dois compartimentos principais: a coluna d’água e os
sedimentos.
• Nesse sistema, a produção primária fica a cargo de algas planctônicas – o fitoplâncton – e de macrófitas
aquáticas.
• Mas a fonte primária de energia nas cadeias alimentares pode ser também derivada da matéria orgânica
oriunda da floresta marginal.
• Na coluna d’água, o fitoplâncton, bactérias e matéria orgânica detrital alimentam o zooplâncton.
Fitoplâncton
• A ressuspensão do sedimento tem, como consequência, a redução da transparência da água, e isso, por
sua vez, se refletirá na redução da produtividade do fitoplâncton que depende da luz para realizar a
fotossíntese.
• O aumento na turbidez da água levou à redução em vários atributos da comunidade fitoplanctônica:
densidade, biomassa, diversidade e riqueza de espécies (número de espécies).
Zooplâncton
• A ressuspensão das argilas afeta, também, o zooplâncton, já que as argilas obstruem a respiração desses
organismos, além de interferirem na qualidade do alimento que estes ingerem.
Comunidade bentônica
• A deposição de sucessivas camadas de argila altera drasticamente o habitat dos organismos bentônicos.
O novo sedimento é constituído por um grão (argila) de tamanho menor do que o anterior, alterando a
disponibilidade de micro-habitat, alimentos e proteção da correnteza e/ou de predadores.
• Na área de igapó, várias ações foram realizadas, dentre elas o monitoramento da colonização natural
(regeneração natural).
• Observou-se a ocorrência de um processo de sucessão natural, com a substituição de espécies e
simultâneo desenvolvimento desse novo substrato evoluindo para um solo.
• Paralelamente ao acompanhamento da colonização natural, efetivaram-se programas de revegetação da
área impactada visando à aceleração de sua recuperação.
• Outros procedimentos experimentados foram o enriquecimento com “banco de sementes” e a formação
de “ilhas” de vegetação.
• A revegetação testou, também, o uso de espécies herbáceas (macrófitas aquáticas). Destacaram-se duas
gramíneas, a canarana e o arroz-bravo. Seu sucesso pareceu estar na adaptação de seu ciclo vital às fases
variáveis de inundação, respondendo, nas épocas favoráveis, com grande produção de biomassa,
determinante para a melhoria do substrato.
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ – UENF -2º PERÍODO
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação - Aula 23 – Novas tecnologias e o meio ambiente
• A tecnologia desempenha uma função instrumental dentro da atividade econômica, ressaltando a eficácia
entre o conhecimento científico e a produção de bens.
• Levada a extremos, a tecnologia pode privilegiar os fatores econômicos, terminando por excluir desse
processo o próprio homem e a natureza
• No primeiro caso, o que ocorre é basicamente a seleção de um caráter já expresso pelo conjunto gênico
de um vegetal ou animal. O passo seguinte representa, então, as diversas técnicas utilizadas para ressaltar
esse caráter selecionado, ou seja, o cruzamento do “melhor” com o “melhor” em termos gerais.
• No segundo caso, as técnicas utilizadas vão originar os tão (mal e bem) falados OGMs ou organismos
geneticamente modificados. Assim como no melhoramento sem modificação gênica, o primeiro passo é
a seleção de um fenótipo, aqui, o primeiro passo é a seleção de um gene que produza determinada
característica de interesse para replicação, ou seja, seleciona-se o genótipo.
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Fluxo gênico
• A formação de híbridos a partir de plantas silvestres com transgênicas já foi verificada por diversos
pesquisadores. Basta que essas plantas sejam compatíveis sexualmente e então a fecundação cruzada se
tornará possível, estabelecendo um fluxo, uma corrente gênica.
Erosão genética
• A biotecnologia agrícola favorece a diminuição dos caracteres genéticos dos alimentos, deixando-os cada
vez mais uniformes. Isso porque nós selecionamos para a produção somente aqueles alimentos que
exibem características de interesse, deixando de lado os demais.
Os efeitos no ecossistema
• Devem ser vistos como um todo, a partir do conhecimento prévio de sua estrutura e funcionamento. Os
transgênicos podem influenciar nas dinâmicas populacionais preexistentes, na disponibilidade de
nutrientes para espécies que se alimentam de insetos, com consequências nas dinâmicas populacionais
de outras espécies predadoras.
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ – UENF -2º PERÍODO
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação - Aula 24 – Medidas de conservação do meio ambiente
Introdução
• Tudo o que foi discutido sobre sistemas vivos, nessa disciplina, fornece a você importantíssima base para
estabelecer o elo conceitual entre comunidades ecológicas e comunidades humanas. E por que é
necessário estabelecer essa ligação? Porque, com base no entendimento dos ecossistemas, podemos
formular uma série de princípios organizacionais e utilizá-los como diretrizes para tentar construir
comunidades humanas sustentáveis.
• Naturalmente, você conhece as diferenças entre ecossistemas e comunidade humanas. Nos primeiros,
não existe autopercepção, nem linguagem, nem cultura. Mas são as semelhanças que nos interessam.
Tanto os ecossistemas quanto as comunidades humanas são sistemas que exibem os mesmos princípios
básicos: são redes que podem ser fechadas sob o aspecto de organização, mas abertas aos fluxos de
energia e de recursos. Então, o que podemos aprender com os ecossistemas? O fundamental princípio da
interdependência! A interdependência mútua de todos os processos vitais dos organismos é a natureza
de todas as relações ecológicas.
• A natureza cíclica e os laços de realimentação são as vias ao longo das quais os nutrientes são reciclados
nos processos ecológicos. Sendo sistemas abertos, todos os organismos dos ecossistemas produzem
resíduos, mas o que é resíduo de uma espécie é alimento para outra, de modo que o ecossistema, como
um todo, permanece livre de resíduos.
• É aí que reside a lição para as comunidades humanas. Um dos principais desacordos entre ecologia e
economia deriva do fato de que a natureza é cíclica, enquanto nossos sistemas industriais são lineares.
• Em nossas atividades, extraímos recursos para transformá-los em produtos e resíduos. Vendemos esses
produtos a consumidores que descartam ainda mais resíduos, depois da utilização dos produtos. Esse é o
grande conflito com o qual temos de conviver no contexto das nossas difíceis relações com o meio
ambiente no qual estamos inseridos!
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Legislação Ambiental
• As atividades produtivas que podem causar danos ambientais são consideradas atividades
potencialmente poluidoras e, de acordo com legislação ambiental brasileira, estão sujeitas a
licenciamento, depois de cumpridas determinadas ações previstas no Sistema de Licenciamento de
Atividades Poluidoras (Slap).
• A primeira dessas licenças é a Licença Prévia (LP), que deve ser requerida na etapa de planejamento da
atividade, quando ainda não foi definida a localização. Serão necessários o detalhamento do projeto, os
processos tecnológicos, e o conjunto de informações prestadas pelo empreendedor. O prazo mínimo de
validade corresponde ao cronograma do projeto e o máximo é de cinco anos.
• A segunda fase do processo é a Licença de Instalação (LI). Após o detalhamento do projeto e da definição
das medidas e equipamentos de proteção ambiental, a concessão dessa licença autoriza o início da
construção do empreendimento. O prazo mínimo é aquele estabelecido no cronograma do projeto e o
máximo é de seis anos.
• A terceira fase do processo é a Licença de Operação (LO), requerida quando do término da construção e
depois de verificada a eficiência das medidas de controle ambiental. Essa licença autoriza o
funcionamento da atividade, sendo obrigatória tanto para novos empreendimentos quanto para aqueles
anteriores à vigência do Slap. Nesses casos, é estabelecido um prazo mínimo para a adequação da
atividade às exigências legais, implantando os dispositivos de controle apropriados. O prazo mínimo de
validade é de quatro anos e o máximo não pode ultrapassar dez anos.
• Observação: O conteúdo do resumo não está totalmente condizente com o título da aula. No entanto,
achei melhor copiar da aula os assuntos presentes no resumo a elencar historicamente convenções e
tratados.
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ – UENF -2º PERÍODO
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação - Aula 25 – Medidas de conservação do meio ambiente:
solo, água e ar.
Introdução
• O solo pode sofrer degradação por processos de salinização, de poluição pelo excesso de fertilizantes e
pesticidas, pela acumulação de resíduos sólidos e pela erosão. A água sofre impactos quantitativos, pelo
uso excessivo, e impactos qualitativos, pela poluição. Também os problemas ambientais referentes à
atmosfera são problemas de poluição. De uma maneira geral, o controle da poluição requer atividades
de monitoramento das fontes de poluição, evitando-se acidentes ou a ultrapassagem de limiares críticos.
Atmosfera
• A poluição atmosférica é facilmente percebida devido às alterações no odor e em outras propriedades
físico-químicas do ar. Ela tem efeitos sobre os materiais das construções, mas também pode trazer sérios
problemas de saúde, além de afetar fauna, flora e ambientes aquáticos.
• A queima de biomassa e de combustíveis fósseis é a principal vilã da poluição atmosférica.
• As marés, o vento, o sol, a energia geotérmica (calor proveniente do interior do planeta), a biomassa e os
biodigestores são considerados fontes alternativas que estão tendo um grande desenvolvimento e devem
tornar-se cada vez mais importantes. As fontes de energia limpa deverão ganhar prioridade em
detrimento daquelas poluidoras.
A água
• A água doce disponível pode sofrer impactos quantitativos decorrentes de interferências que fazemos no
ciclo hidrológico.
• O uso excessivo, seja das águas superficiais, seja da água subterrânea para irrigação na agricultura, ou
para outros usos, implica em desvios de rotas do ciclo hidrológico e tem consequências ecológicas e
ambientais em geral, além da própria redução da disponibilidade e comprometimento da continuidade
de seu uso pelo homem.
• Por último, a redução da disponibilidade do recurso hídrico se dá pela degradação de sua qualidade. A
poluição das águas superficiais, assim como a contaminação dos lençóis freáticos, através da poluição dos
solos, compromete seu uso pelo homem.
Solos
• Embora o solo possa também sofrer processos de poluição, além de outras formas de degradação, a
erosão é o processo de degradação que mais amplamente atinge os solos.
• A taxa de erosão depende da cobertura vegetal e da declividade das encostas. É fácil compreender que a
erosão depende também das características das precipitações. Vimos que a vegetação interfere na
relação da chuva com o solo. Então, é claro que as propriedades do solo são também importantes para
controlar o processo erosivo. Esses são os fatores controladores da taxa da erosão.
• A conservação do solo implica em controle de processos erosivos, a causa mais generalizada de sua
degradação, o que pode ser feito através de:
1. Proteção a ser dada à superfície do solo.
2. Melhoria da estrutura e drenagem interna do solo.
3. Controle do escoamento superficial.
• O ajustamento à capacidade de uso do solo é também recomendação importante no sentido de sua
conservação.