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AULA ESTRADAS II

24/03/2022
AGREGADOS

Os agregados são materiais inertes que participam da elaboração de


argamassas e concretos.

Quanto à origem, os agregados são classificados em:

• naturais – são aqueles produzidos pela ação da natureza. Exemplos: areia,


brita, cascalho, pedregulho, seixo rolado, ...

• artificiais – são aqueles produzidos pela ação do ser humano. Exemplos:


argila expandida, escória de alto forno, ...
Quanto ao tamanho:

• finos ou miúdos – são aqueles que passam na peneira nº 10 (abertura


da malha= 2,0 mm);

• grossos ou graúdos – são os que não passam, ou seja, ficam retidos na


peneira nº 10.
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE AGREGADOS EM PAVIMENTAÇÃO:

• exemplo do CBUQ (elevada participação em peso dos agregados);

• Presença de agregado em toda e qualquer camada de pavimento


(flexível, rígido ou semi-rígido).
PROPRIEDADES DOS AGREGADOS PARA FINS DE USO EM PAVIMENTAÇÃO

• tamanho (dimensões)

• forma

• plasticidade

• resistência mecânica

• resistência ao desgaste por abrasão

• estabilidade

• porosidade
TAMANHO (DIMENSÕES DO AGREGADO)

ENSAIOS DE GRANULOMETRIA

• POR PENEIRAMENTO

• POR SEDIMENTAÇÃO
ENSAIO DE GRANULOMETRIA POR PENEIRAMENTO
PENEIRA ABERTURA DA MALHA (mm)
2” 50,8
1½” 38,1
1” 25,4
¾” 19,0
3/8” 9,5
nº 4 4,75
nº 10 2,0
nº 40 0,042
nº 200 0,074
PESO PENEIRA
RETIDO

↓ 100 g
0g PENEIRA % PASSA % RETIDA
↓ 100 g 2” 2”
10 g 100 0
↓ 90 g 1” 1” 90 10
15 g
↓ 75 g 3/8” 3/8” 75 25
18 g
↓ 57 g nº 4 nº 4 57 43
20 g
nº 10 37 63
↓ 37 g nº 10
11 g nº 40 26 74
↓ 26 g nº 40
14 g nº 200 12 88
↓ 12 g nº 200

%P= (PP/PT) x 100 %R= 100 – %P


%R= (PR/PT) x 100
GRANULOMETRIA IDEAL DE UM AGREGADO PARA FINS DE PAVIMENTAÇÃO

1. Talbot

p= 100 (d/D)n

p= percentagem que passa na peneira de abertura “d”;


D= diâmetro máximo do agregado;
n= coeficiente numérico, variável entre 1/3 e 1;

2. Füller

p= 100 (d/D)0,5
EXEMPLO – Determine a granulometria ideal de um agregado para
fins de pavimentação, sabendo-se que o seu diâmetro máximo é de
2”.
2” → p= 100 (2”/2”)0,5= 100

1” → p= 100 (1”/2”)0,5≈ 71

3/8”→ p= 100 (3/8”/2”)0,5≈ 43

nº 4 → p= 100 (4,75 mm/50,8 mm)0,5≈ 31

nº 10 → p= 100 (2,0 mm/50,8 mm)0,5≈ 20

nº 40 → p= 100 (0,42 mm/50,8 mm)0,5≈ 9

nº 200 → p= 100 (0,074 mm/50,8 mm)0,5≈ 4


100

90

80

CURVA GRANULOMÉTRICA →
70

60
% QUE PASSA

50

40

30

20

10

0
nº 200 nº 40 nº 10 nº 4 3/8" 1" 2"
PENEIRA
D60 é o diâmetro correspondente à percentagem passando de 60%

D10 é o diâmetro correspondente à percentagem passando de 10%

COEFICIENTE DE UNIFORMIDADE

μ= D60/D10
COEFICIENTE DE UNIFORMIDADE

g= D85/D15

D85 é o diâmetro correspondente à percentagem passando de 85%

D15 é o diâmetro correspondente à percentagem passando de 15%

g GRANULOMETRIA
<2 muito uniforme
2a5 uniforme
5 a 20 semi-estendida
20 a 200 estendida
> 200 muito estendida
Agregado A – atende à faixa granulométrica.

Agregado B – apresenta excesso de finos.

Agregado C – apresenta excesso de graúdos.


O MATERIAL A SER UTILIZADO COMO BASE ESTABILIZADA
GRANULOMETRICAMENTE DEVERÁ ATENDER ÀS ESPECIFICAÇÕES DA
NORMA DNIT 141/2010 - ES.

1) O MATERIAL DEVERÁ SE ENQUADRAR EM UMA DAS SEGUINTES FAIXAS


GRANULOMÉTRICAS:
TIPOS PARA QUALQUER NÚMERO N PARA N< 5 x 106 TOLERÂNCIAS
NA FAIXA DE
PENEIRAS ↓ A B C D E F PROJETO

2” 100 100 ±7
1” - 75-90 100 100 100 100 ±7
3/8” 30-65 40-75 50-85 60-100 - - ±7
nº 4 25-55 30-60 35-65 50-85 55-100 70-100 ±5
nº 10 15-40 20-45 25-50 40-70 40-100 55-100 ±5
nº 40 8-20 15-30 15-30 25-45 20-50 30-70 ±2
nº 200 2-8 5-15 5-15 10-25 6-20 8-25 ±2
CORREÇÃO GRANULOMÉTRICA DE AGREGADOS

• POR PENEIRAMENTO

EXCESSO DE FINOS EXCESSO DE GRAÚDOS

• POR MISTURA

• POR BRITAGEM
CORREÇÃO GRANULOMÉTRICA POR PENEIRAMENTO

1) Para a execução de uma mistura asfáltica, dispõe-se do agregado “A”, cuja


granulometria é seguir indicada, juntamente com a faixa granulométrica que se
pretende alcançar.
PENEIRA AGREGADO A
2” 100
1” 78
3/8” 56
nº 4 39
nº 10 27
nº 40 18
nº 200 5

As especificações do serviço preveem que o material deve passar 100% na peneira de 1”.
Pretendendo-se corrigí-lo por peneiramento, pede-se:

a) que procedimento deverá ser empregado?

b) que peneira deverá ser utilizada?

c) qual será a granulometria do material resultante?

d) que percentagem do agregado “A” deverá ser rejeitada?

Respostas:

a) peneirar o agregado “A” na peneira de 1” e rejeitar todo o material que nela


ficar retido. O material remanescente atenderá às especificações.

b) deverá ser utilizada a própria peneira de 1”, onde o problema se verifica.


c) a granulometria do material remanescente será:
PENEIRA AGREGADO A AGREGADO A1 AGREGADO A1
2” 100
1” 78 100 100
3/8” 56 78 – 100 72
56 – x1≈ 72

nº 4 39 78 – 100 50
39 – x1 = 50

nº 10 27 78 – 100 35
27 – x1≈ 35

nº 40 18 78 – 100 23
18 – x1≈ 23

nº 200 5 78 – 100 6
5 – x1≈ 6

d) a percentagem do agregado “A” que deverá ser rejeitada é de 25%


(percentagem que fica retida na peneira de 1”).
2) Para a execução de uma mistura asfáltica, dispõe-se do agregado “B”, cuja
granulometria é seguir indicada, juntamente com a faixa granulométrica que
se pretende alcançar.

PENEIRA AGREGADO B
2” 100
1” 86
3/8” 76
nº 4 62
nº 10 49
nº 40 39
nº 200 25

As especificações do serviço preveem que o material deve passar, no máximo,


10% na peneira nº 200.
Pretendendo-se corrigí-lo por peneiramento, pede-se:

a) que procedimento deverá ser empregado?

b) que peneira deverá ser utilizada?

c) qual será a granulometria do material resultante?

d) que percentagem do agregado “B” deverá ser rejeitada?

Respostas:

a) como o agregado “B” apresenta excesso de finos, deve-se peneirá-lo em


uma determinada peneira e rejeitar parte do material que nela passar.
Desde que devidamente calculada a percentagem de rejeição, o material
remanescente atenderá às especificações.
Pretendendo-se corrigí-lo por peneiramento, pede-se:

a) que procedimento deverá ser empregado?

b) que peneira deverá ser utilizada?

c) qual será a granulometria do material resultante?

d) que percentagem do agregado “A” deverá ser rejeitada?

Respostas:

a) Como o agregado “B” apresenta excesso de finos, deve-se peneirá-lo em


uma determinada peneira e rejeitar parte do material que nela passar.
Desde que devidamente calculada a percentagem de rejeição, o material
remanescente atenderá às especificações.
b) Por razões de ordem prática, não poderá ser utilizada a peneira nº 200,
onde o problema se verifica. Na prática, deverá ser utilizada pelo menos a
peneira nº 4. Por razões didáticas, será resolvido agora o problema com a
peneira nº 200 e depois será dada a solução prática.

c) a granulometria do material remanescente será:


PENEIRA AGREGADO AGREGADO AGREGADO AGREGADO
A (% P) (% R) A1 (% R) A1 (% P)
2” 100 0 75 – 90 100
0 – x5= 0

1” 86 14 75 – 90 83
14 – x5≈ 17

3/8” 76 24 75 – 90 71
24 – x4≈ 29

nº 4 62 38 75 – 90 54
38 – x3≈ 46

nº 10 49 51 75 – 90 39
51 – x2≈ 61

nº 40 39 61 75 – 90 27
61 – x1≈ 73

nº 200 25 75 90 10
d) Qual a percentagem do agregado “B” que deverá ser rejeitada?

SITUAÇÃO INICIAL SITUAÇÃO FINAL

Wi= W1 + W2 + W3 Wf= W1 + W2

x= percentagem de rejeição

x= (W3/Wi) x 100%= [(Wi - Wf)/Wi]x 100%

x= 1 – (Wf)/Wi)
(100 - pi).Wi= (100 - pf).Wf

Wf/Wi= (100 - pi)/(100 - pf)

x= 1 – (100 - pi)/(100 - pf)

x= (pi - pf)/(100 - pf)

No caso, pi= 25 e pf= 10.

x= (25 - 10)/(100 - 10)= 15/90=1/6≈ 16,7%

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