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Instituto Federal de Educação Tecnológica

Departamento de Construção Civil

Curso Superior de Tecnologia em


ESTRADAS

Aula 2: Agregados para a construção civil


Definição
AGREGADOS

• Material granular inerte (pedra, areia, etc.), que


participa da composição de concretos,
argamassas e alvenarias, e cujas partículas são
ligadas entre si por um aglutinante (cimento).
• É um material sem forma ou volume
definido, geralmente inerte, de dimensões
e propriedades adequadas para produção
de argamassa e concreto (NBR - 9935).
Fonte: Aurélio
AGREGADOS

O que se espera do agregado:


▪ Quimicamente inertes
▪ Fisicamente compatíveis
– Cimento
– Armadura
▪ Duráveis
– Expostos a solicitação
▪ Boa aderência com a pasta
▪ Formas e dimensões definidas
AGREGADOS

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
▪ Custo do agregado < < custo do cimento
▪ Ocupam de 60 a 80 % do m3 de concreto
▪ Produção nacional > 200 milhões de ton / ano
AGREGADOS

IMPORTÂNCIA TÉCNICA
• Influenciam muitas propriedades do concreto no estado fresco
e endurecido

– Trabalhabilidade

– Retração por secagem

– Propriedades mecânicas

– Desgaste por abrasão


AGREGADOS

CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS AGREGADOS


▪ ORIGEM

▪ DIMENSÕES

▪ MASSA UNITÁRIA
AGREGADOS

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM

• Naturais
aqueles utilizados tal como encontrados na natureza (areia de
rio, seixo rolado, pedregulho, areia industrializada,pedra
britada)

• Artificiais
aqueles que são obtidos industrialmente, ou melhor, através de
um processo industrial (poliestireno expandido, argila
expandida, vermiculita)
AGREGADOS

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIMENSÃO

• FILLER < 0,075 mm

• MIÚDO 0,075 a 4,75 mm

• GRAÚDO 4,75 a 152 mm

CURSO: TECNOLOGIA DO
AGREGADOS

CLASSIFICAÇÃO COMERCIAL
Brita 0 4,75 a 9,5 mm
Brita 1 9,52 a 19,0 mm
Brita 2 19,0 a 25,0 mm
Brita 3 25,0 a 37,5 mm
Brita 4 37,5 a 75,0 mm
Brita 5 > 75,0 mm
AGREGADOS

QUANTO À MASSA UNITÁRIA


• Leves (M < 1000kg/m3)
argila expandida, vermiculita, etc...
• Normais (1000 <M < 2000 kg/m3)
seixo rolado, pedra britada, areia de rio, etc...
• Pesados (M > 2000 kg/m3)
barita, hematita, etc...
Superfície específica

AGREGADOS

PROPRIEDADES FÍSICAS

− Distribuição granulométrica

– Massa unitária

– Massa específica

– Umidade e absorção

– Forma do grão
AGREGADOS

DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA

• Determinação da distribuição dos tamanhos dos grãos


do agregado

• Feita por peneiramento

• Resulta: dimensão máxima Dmáx


módulo de finura MF
AGREGADOS

Curva granulométrica
Agregados
Análise granulométrica de uma areia

CURSO: TECNOLOGIA DO
Índices físicos
• Granulometria
Índices físicos
• Granulometria
• Determinação da distribuição dos tamanhos dos grãos

Descontínua
Agregados

Dimensão máxima característica (DMC)

• É a abertura de peneira à qual


corresponde uma porcentagem retida
acumulada igual ou imediatamente
inferior a 5%.

CURSO: TECNOLOGIA DO
Agregados

Dimensão máxima característica (DMC)

• Condicionantes:

– Dimensões da peça
– Espaçamento nas armaduras
– Tipo de lançamento
Agregados

Módulo de finura (MF)

• É a soma das porcentagens retidas


acumuladas nas peneiras da série normal,
dividida por 100.
Agregados
Análise granulométrica de uma areia
Massa retida (g) Percentual Retido % Retida
Peneira (mm) acumulad
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 1 Amostra 2 Média a.
6,3 0 0 0,0% 0,0% 0 0
4,75 17 14 3,4% 2,8% 3,1% 3,1%
2,36 48 50 9,5% 10,0% 9,7% 12,8%
1,18 107 95 21,1% 19,0% 20,1% 32,9%
0,6 94 107 18,6% 21,4% 20,0% 52,9%
0,3 150 144 29,6% 28,8% 29,2% 82,1%
0,15 80 75 15,8% 15,0% 15,4% 97,5%
<0,15 10 15 2,0% 3,0% 2,5% 100%
Total 506 500 100% 100% 100% 100%
DMC = 4,75mm MF= 2,81
Agregados
Análise granulométrica de uma brita
Massa retida (g) Percentual Retido % Retida
Peneira
acumulad
(mm)
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 1 Amostra 2 Média a.

75 0 0 0,0% 0,0% 0 0
63 150 250 3,0% 4,9% 4,0% 4,0%
50 2800 2750 56,0% 53,9% 54,9% 58,9%
37,5 1200 1250 24,0% 24,5% 24,3% 83,2%
31,5 750 700 15,0% 13,7% 14,4% 97,5%
25 100 150 2,0% 2,9% 2,5% 100,0%
Total 5000 5100 100% 100% 100% 100%
DMC = 63mm MF= 8,83

CURSO: TECNOLOGIA DO CONCRETO


Agregados

Dimensão máxima característica (DMC)


• < 1/3 espessura lajes ou pavimentos
• < 1/4 das faces das fôrmas
• < 0,8 do menor espaçamento entre armaduras
horizontais
• < 1,2 do menor espaçamento entre as
armaduras verticais
• < 1/4 do diâmetro de tubulação de
bombeamento

CURSO: TECNOLOGIA DO
AGREGADO MIÚDO

2,38
63 mm
mm
AGREGADO MIÚDO

MF = ( 1 + 4 + 26 + 56 + 93 + 99 ) / 100 = 2,78
2,38
63 mm
MF = 2,78
mm
AGREGADO MIÚDO

Dimensão Máxima

2,36 mm

➢ Colocar o calculo de uma porcentagem individual


Para a amostra A, peneira 2,36 mm

920 100% X= (32 X 100)/920


x X= 3,50%
32
Frações granulométricas
A distribuição granulométrica, determinada segundo a ABNT NBR 17054:2022 deve
atender aos limites estabelecidos na tabela a seguir, para agregado miúdo.
CONSTANTES FÍSICAS DOS AGREGADOS

5. Granulometria

NOTAS

1) O módulo de finura da zona ótima varia de 2,20 a 2,90;

2) O módulo de finura da zona utilizável inferior varia de 1,55 a 2,20;

3) O módulo de finura da zona utilizável superior varia de 2,90 a 3,50.


CONSTANTES FÍSICAS DOS AGREGADOS
5. Granulometria
As areias, de acordo com seu módulo de finura, podem ser classificadas em :
Muito
grossas MF > 3,90
(pedrisco)

Grossas 3,30 < MF < 3,90

Médias 2,40 < MF < 3,30

Finas MF < 2,40


AGREGADOS

Análise granulométrica de uma areia


Peneira Massa retida (g) % retida %
(mm) Amostra 1 Amostra 2 Amostra 1 Amostra 2 Média acum.

6,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0 0


4,75 17,0 14,0 3,4 2,8 3 3
2,4 48,0 50,0 9,5 10,0 10 13
1,2 107,0 95,0 21,1 19,0 20 33
0,6 94,0 107,0 18,6 21,4 20 53
0,3 150,0 144,0 29,6 28,8 29 82
0,15 80,0 75,0 15,8 15,0 15 97
<0,15 10,0 15,0 2,0 3,0 3 100
Total 506,0 500,0 100,0 100,0 100,0

DMC = 4,75mm MF= 2,81


AGREGADO GRAÚDO
➢ Determine o módulo de finura e a dimensão máxima do agregado que
apresentou o seguinte resultado na análise granulométrica.
AGREGADO GRAÚDO
➢ Determine o módulo de finura e a dimensão máxima do agregado que
apresentou o seguinte resultado na análise granulométrica.

MF = ( 38 + 95 + 100 + 6 • 100 ) / 100 = 8,33 Dimensão 63


MF = 8,33 Máxima mm
CONSTANTES FÍSICAS DOS AGREGADOS
5. Granulometria
CONSTANTES FÍSICAS DOS AGREGADOS

5. Granulometria

➢ Zona granulométrica correspondente à menor (d) e à maior(D)


dimensões do agregado graúdo;

➢ Em cada zona granulométrica deve ser aceita uma variação de no


máximo cinco unidades percentuais em apenas um dos limites
marcados com (2).Essa variação pode também estar distribuída em
vários desses limites.
CONSTANTES FÍSICAS DOS AGREGADOS

5. Granulometria
Agregados

Propriedades físicas

Distribuição granulométrica
Massa unitária
Massa específica
Umidade e absorção
Forma do grão
TRAÇO DE CONCRETO

1 : 2: 3 : 0,60
CIMENTO : AREIA : BRITA : AGUA

50 : 2 X 50 : 3X 50 : 50X0,60
50 : 100 : 150 : 30
Agregados

Massa unitária
MASSA DE AGREGADO
VOLUME UNITÁRIO
Importante na transformação do traço de
de massa para volume!
NBR 16972:2021 – estado compactado
(dosagem)
NBR 16972:2021 - Agregados -
Determinação da massa unitária e dos
espaços vazios
Índices físicos
• Massa unitária
É a massa por unidade de volume, incluindo neste os vazios, permeáveis ou
impermeáveis, contidos nos grãos.

Empregada para a transformação de traços em massa para volume.


m
M unit = (kg / dm3 )
V

Para agregados miúdos e graúdos: NBR 16972:2021 - Agregados -


Determinação da massa unitária e dos espaços vazios

Valores obtidos para os materiais da região:


• Areia de rio: 1,45 a 1,52 kg/dm3.
• Britas 19mm ou 25mm: 1,36 a 1,42 kg/dm3.
• Brita 9,5mm: 1,28 a 1,35 kg/dm3.
• Areia vermelha: 1,35 a 1,47 kg/dm3
Agregados

Propriedades físicas

Distribuição granulométrica
Massa unitária
Massa específica
Umidade e absorção
Forma do grão
Agregados

Massa específica
MASSA DE AGREGADO
VOLUME SÓLIDO
Para agregados miúdos: NBR NM 52:2009- Agregado miúdo -
Determinação da massa especifica e massa especifica aparente
Para agregados graúdos: NM 53:2002 – Agregado graúdo –
Determinação da massa específica, massa específica aparente e
absorção de água.

IMPORTANTE
NA DOSAGEM E CÁLCULO DE
CONSUMO DE MATERIAIS
Índices físicos
• Massa específica
Valores obtidos para os materiais da região:
• Areia de rio: 2,59 a 2,65 kg/dm3.
• Britas 19mm ou 25mm: 2,59 a 2,65 kg/dm3.
• Brita 9,5 mm: 2,59 a 2,65 kg/dm3.
• Areia vermelha: 2,58 a 2,63 kg/dm3.
Agregados

Massa unitária e específica


médias de agregados

MASSA MASSA UNITÁRIA


MATERIAL ESPECÍFICA (kg/m3)
(kg/m3) SOLTA COMPACTADA
AREIA 2640 1500 -
BRITA 1 2620 1400 1600
BRITA 2 2620 1350 1550
Agregados

Propriedades físicas

Distribuição granulométrica
Massa unitária
Massa específica real
Umidade e absorção
Forma do grão
Agregados

Umidade e absorção
Agregados

Umidade e absorção
Calcule a quantidade de água que se deve
acrescentar a mistura de um concreto e corrigir
a quantidade a areia a ser acrescida, cujo traço
é: 1 : 2,55 : 3,85 x = 0,63
Dados: a) O peso do cimento por mistura é
de 50 kgf
b)A umidade do agregado miúdo foi
determinada empregando-se o processo do
fogareiro, com uma amostra úmida com 500 g e
a massa seca de 475 g.
Agregados

Umidade e absorção
h = (25 / 475) x 100 = 5,3%
Massa de areia = 50 x 2,55 = 127,5 kg –--- mh
h = ((mh – ms)/ ms) x 100
5,3 = ((127,5 – ms)/ ms) x 100
0,053 = (127,5 – ms)/ ms
0,053 . ms = 127,5 – ms
1,053 ms = 127,5 ----- ms = 121,08 kg
ma = mh – ms = 127,5 – 121,08 = 6,42 kg
A agua a colocar no traço = (50 x 0,63) – 6,42
A agua a colocar no traço = 31,5 – 6,42 = 25,08 kg
Agregados

Umidade e absorção
Corrigindo a areia, temos que acrescentar de
areia:
mac = 127,5 +6,42 = 133,92kg
TRAÇO CORRIGIDO:
- 50 kg de cimento
- 133,92 kg de areia
- 192,5 kg de brita
- 31,5 kg de agua
Índices físicos
• Teor de umidade, absorção e coeficiente de inchamento
Teor de umidade é a relação percentual entre a massa de água contida em uma
amostra e a massa da amostra totalmente seca.

M água
w= .100
M sólidos
Pode ser encontrada em 4 diferentes situações:
• condição ambiente ou seca ao ar
• condição saturada com superfície úmida
• condição saturada com superfície seca (SSS)
• condição completamente seca
Índices físicos
• Teor de umidade, absorção e coeficiente de inchamento
(A=Mseca_ar) Saturada
sup. úmida
(B=MSSU)
24h
absorvida)

absorvida)
Índices físicos
• Teor de umidade, absorção e coeficiente de inchamento
Absorção é uma medida de umidade para a amostra com partículas na condição
saturada com superfície seca (SSS), ou seja, a absorção mede a quantidade de
água que pode preencher os poros comunicantes nos grãos de uma massa de
agregados.

M SSS − M sec a
a= .100
M sec a
Para agregados miúdos: NM 30:2001 – Absorção do agregado miúdo

Para agregados graúdos: NM 53:2002 – Agregado graúdo – Determinação da


massa específica, massa específica aparente e absorção de água.
Índices físicos
• Teor de umidade, absorção e coeficiente de inchamento
Coeficiente de inchamento é o aumento de volume de uma determinada massa
de agregados, causado pela absorção de água. É de fundamental importância na
dosagem dos materiais em volumes, pois dependendo da umidade obtém-se
diferentes massas de agregados para um mesmo volume de dosagem, sendo
necessária a correção do traço.

É determinado pela NBR 6467:06 – Determinação do inchamento de agregado


miúdo.

Valores obtidos para os materiais da região:


• Areia de Rio: 1,18 a 1,25. Vh
C .I . =
• Areia Vermelha: 1,20 a 1,30 VS
Índices físicos
• Teor de umidade, absorção e coeficiente de inchamento
Índices físicos
• Porosidade e índice de vazios
Porosidade (n) é a relação entre o volume ocupado pelos vazios (VV) e o
volume ocupado por toda amostra de agregados (V).

VV
n=
V
Índice de vazios (e) é a relação entre o volume de vazios (VV) e o volume
ocupado apenas pelas partículas sólidas de agregados (VS).

VV
e=
VS

e
V = VV + VS  n =
1+ e
Agregados

Propriedades físicas

Distribuição granulométrica
Massa unitária
Massa específica real
Umidade e absorção
Forma do grão
Agregados

Forma do grão

• Grau de arredondamento

• Grau de esfericidade

• NBR 7809: MAIOR DIMENSÃO < 3


MENOR DIMENSÃO
Agregados
Grau de esfericidade e grau de
arredondamento
AGREGADOS

Agregado de forma cúbica Agregados com formas arredondadas (seixos)

Fragmentos lamelares e alongados Agregado sujo


Agregados
Qualidade dos agregados
Agregados

Substâncias nocivas mais comuns

⚫Torrões de argila e materiais friáveis


⚫Materiais carbonosos
⚫Materiais pulverulentos
⚫Impurezas orgânicas
⚫ Sais soluveis
Agregados

Substâncias nocivas mais comuns


⚫ Torrões de argila e materiais friáveis
Quando não se desagregam durante a mistura são
agregados frágeis. Quando se pulverizam, dificultam
a aderência pasta/agregado e necessitam de mais
agua, afetando o fator agua/cimento, diminuído a
resistência mecânica do concreto.
⚫ Materiais carbonosos
Afeta a durabilidade e causa manchas.
Agregados

Substâncias nocivas mais comuns

⚫ Materiais pulverulentos (<0,075mm)


Dificultam a aderência pasta/agregado;
Provocam queda da resistência.
Fissuras de retração
⚫ Impurezas orgânicas
Interferem na hidratação (podendo até inibir) do
cimento;
Mais comum em areias naturais.
Agregados

Teores máximos admissíveis de argila


e materiais friáveis – NBR 7211/22
Agregados miúdos ................... 3,0%
Agregados graúdos
✓em concreto aparente .................. 1,0%
✓em concreto submetido a desgaste
superficial ..................................... 2,0%
✓Nos demais concretos ................. 3,0%
Método de ensaio NBR 7218
Agregados

Teores máximos admissíveis de


materiais carbonosos – NBR 7211/22

Agregados miúdos e graúdos


✓concreto aparente......................... 0,5%
✓concreto não aparente ................. 1,0%

Método de ensaio ASTM C 123


Agregados

Teores máximos admissíveis de


material pulverulento – NBR 7211/22
Agregados miúdos
✓em concreto submetido a desgaste
superficial ..................................... 3,0%
✓Nos demais concretos ................. 5,0%

Agregados graúdos ................... 1,0%


Método de ensaio NM 46
Agregados

Teor máximo admissível de


impurezas orgânicas – NBR 7211/22

⚫ A solução obtida no ensaio deve ser mais clara


do que a solução padrão – (NBR 17053);
⚫ Diferença máxima entre resultados de
compressão: 10% (NBR 7221)
AGREGADOS

Presença de matéria orgânica


AGREGADOS

SUBSTÂNCIAS NOCIVAS MAIS COMUNS

• Açúcar
A presença de açúcar tem como característica o
retardamento de pega do cimento, prejudicando a
evolução das resistências do concreto.
AGREGADOS

Presença de açúcar
AGREGADOS

REATIVIDADE ÁLCALI-AGREGADO
• Agregado reativo

Condições • Álcalis (sódio e potássio) > 3,0 kg/m³ de


concreto.
para
• Umidade > 80%
ocorrência
• (Temperatura como catalisador)
REAÇÃO ÁLCALI - AGREGADOS
Na2O , K2O + H2O ⎯→ Na(OH) , K(OH)

✓ Os hidróxidos de sódio e potássio ficam em


solução nos poros do concreto, podendo reagir com
sílica amorfa de alguns agregados (opala,
calcedônia, cristobalita, tridimita etc), resultando
compostos expansivos.
✓. Reação química entre alguns minerais presentes
nos agregados e os hidróxidos alcalinos, que são
gerados durante a hidratação do cimento, presentes
no concreto.
✓ Esta reação pode levar à fissuração das
estruturas e, por consequência, comprometer a
sua durabilidade.
✓ A expansão ocorre quando o produto da reação,
o gel, absorve água e se expande;

✓ A determinação das forças de expansão, sua


velocidade e, principalmente, a previsão da
época de término da reação álcali-agregado é
tarefa extremamente complexa;

✓ Em mais de 25% dos casos os primeiros sinais


aparecem nos primeiros 5 anos e em 75% dos
casos os sinais de RAA ocorrem nos primeiros
15 anos;
REAÇÃO ALCALI AGREGADO (RAA)
Edifício em Recife
REAÇÃO ALCALI AGREGADO (RAA)
Edifício em Recife
AGREGADOS
AGREGADOS
RAA

Intensa Fissuração
RAA

Intensa Fissuração
PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DE RRAA

▪ Diminuir consumo de cimento;


▪ Diminuir fck;
▪ Utilizar adições para reduzir consumo de cimento -
Silica ativa ou Metacaulim;
▪ Usar cimento de menor teor de alcalis;
▪ Uso de aditivos;
▪ Aumentar a dimensão do agregado graúdo;
▪ Limitar contato com água (impermeabilização
necessita ser refeita, periodicamente!) = não é
solução definitiva.
▪ ABNT NBR 15.577:2018
Índices físicos
• Exercícios
1) Pesou-se 1kg de agregado na temperatura ambiente. Deixou-se essa massa de
agregado em estufa a 100 ºC por 24 horas. Imediatamente após retirá-la da
estufa, pesou-se novamente o agregado, obtendo-se 990g. Posteriormente,
imergiu-se o agregado em água por 24 horas, pesando-o, obtendo-se uma massa
de 1015g. Posteriormente, secou-se a superfície dos agregados, obtendo-se uma
massa de 1010g.

Calcular:
-teor de umidade para cada condição
- absorção
Índices físicos
• Exercícios
2) Pesou-se 1kg de um agregado de massa unitária igual a 1,4 kg/dm3.
Considerando que o volume de vazios na amostra é 0,60dm3, calcule:

- a porosidade da amostra;
- o índice de vazios da amostra;
Índices físicos
• Exercícios
3) Encheu-se o frasco de Chapman até este completar 200ml de volume. Em
seguida, colocou-se 500g de agregado miúdo no mesmo, agitando o conjunto
para a retirada do ar aprisionado. Em seguida, leu-se o novo volume marcado no
frasco, de valor igual a 395ml. Calcule a massa específica aparente do agregado.
Índices físicos
• Granulometria

Peneira Massa retida (g) % retida %


(mm) Amostra 1 Amostra 2 Amostra 1 Amostra 2 Média acum.

6,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0 0


4,75 17,0 14,0 2,8 3,4 3 3
2,4 48,0 50,0 10,0 9,5 10 13
1,2 107,0 95,0 19,0 21,1 20 33
0,6 94,0 107,0 21,4 18,6 20 53
0,3 150,0 144,0 28,8 29,6 29 82
0,15 80,0 75,0 15,0 15,8 15 97
<0,15 10,0 15,0 3,0 2,0 3 100
Total 506,0 500,0 100,0 100,0 100,0

DMC = ?4,75mm MF= ?2,81


Índices físicos
• Granulometria

Peneira Massa retida (g) % retida %


(mm) Amostra 1 Amostra 2 Amostra 1 Amostra 2 Média acum.

75 0 0 0,0 0 0 0

63 150 250 3,0 4,9 4 4

50 2800 2750 56,0 53,9 56 60

37,5 1200 1250 24,0 24,5 24 84

31,5 750 700 15,0 13,7 14 98

25 100 150 2,0 2,9 2 100

Total 5000 5100 100,0 100,0 100,0

DMC = ?63mm MF= ?8,84


Índices físicos
• Forma dos grãos e textura superficial
• NBR 6954/89 – Lastro-padrão – Determinação da forma do material
A: comprimento
B: largura
C: espessura

- Forma cúbica: (B/A>0,5 e C/B>0,5)


- Forma alongada: (B/A<0,5 e C/B>0,5)
- Forma lamelar: (B/A>0,5 e C/B<0,5)
- Forma alongada-lamelar: (B/A<0,5 e C/B<0,5)

• Arredondamento (Powers, 1953)


• Textura superficial
- Vítrea - Granulosa - Áspera
- Cristalina - Alveolar
Índices físicos
• Forma dos grãos e textura superficial
Índices físicos
• Resistência à esforços mecânicos
• NBR NM 51:2001 – Agregados – Determinação da abrasão “Los Angeles”
• ME 035 – Agregados – Determinação da abrasão “Los Angeles” (DNIT)

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