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RELATÓRIO DE ENSAIO

Determinação de composição granulométrica do


agregado miúdo.
NBR 17054:2022

Aluna: Andrielly Caroline da Silva Pinheiro

Engenharia Civil – MACO 1

Prof. Humberto Rodrigues Mariano

GOIANIA - GO
29/03/2023
RELATÓRIO DE ENSAIO
Determinação de composição granulométrica do agregado miúdo
NBR 17054:2022

1. INTRODUÇÃO

O agregado é um material granular, geralmente inerte, sem forma e volume definido


que apresenta características adequadas para uso em construção. no início do desenvolvimento
do concreto, eram adicionados à massa de cimento e água, para dar- lhe consistência, tornando-
a mais econômica. Hoje eles representam cerca de 80% do peso do concreto e além de sua
influência benéfica quanto à retração e à resistência, o tamanho, a densidade e a forma dos seus
grãos podem definir várias das característicasdesejadas em um concreto.

Os agregados podem ser classificados de quatro formas diferentes:

• Pela origem – Naturais ou artificiais;

• Pela dimensão das partículas;

• Pela massa específica – Leves, médios ou pesados;

• Composição mineralógica – Igneas ou metamórficas;

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é o órgão que define estes ensaios e suas
formas de execução. Os resultados dos mesmos vão implicar na aprovação dos agregados para sua
utilização no concreto.

2. OBJETIVO

O presente relatório tem por objetivo determinar a composição granulométrica dos agregados
muídos pelas amostras utilizadas.

3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

• Amostra de areia 500g;


• Balança de precisão;
• Tampa e fundo;
• Recipiente metálico;
• Cronômetro;
• Peneiras: 9.5, 6.3, 4.75, 2.36, 1.18, 0.6, 0.3, 0.15 e fundo;
• Pincel.
4. DESENVOLVIMENTO

Para o ensaio de Determinação granulométrica, deve-se inicialmente colher a amostra a amostra


de 500 gramas de areia e realizar a pesagem.
Em seguida deve-se encaixar as peneiras, previamente limpas com o fundo para realizar o
peneiramento manual. Cada peneiramento deve durar cinco minutos, e fazer a pesagem do que ficar
retido em cada uma
Devido o peneiramento ser manual, deve-se montar as peneiras de dois em dois, seguindo a
ordem:

1° peneirada – 6,3mm ; 4,75mm e fundo;


2° peneirada – 2,36 mm; 1,18mm e fundo;
3° peneirada – 0,6 mm; 0,3 mm e fundo;
4° peneirada – 0,15 mm e o fundo

Figura 1: Peneiramento manual com duas peneiras e fundo.

Em cada peneira o material retido foi, então, separado e pesado, anotando-se o valor na planilha
de composição granulométrica. Os grãos de agregado miúdo que ficaram presos nas malhas das peneiras
foram retirados através da passagem da escova, de modo que nenhuma partícula fosse perdida.

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Ao final do processo, com todos os valores dos pesos retidos em cada peneira, procede-se o
cálculo da planilha de composição granulométrica, definindo-se os percentuais de material retido e
retido acumulado. O percentual retido acumulado em relação a cada peneira da série utilizada forneceu
os dados para a definição da curva granulométrica do agregado miúdo em estudo. Também foram
definidos o módulo de finura e o diâmetro máximo do agregado.
Tabela 01 - Composição Granulométrica do Agregado Miúdo

1° Determinação 2° Determinação
Peneiras (mm) % Acumulada Média
Massa inicial (g) 500 Massa inicial (g) 500
massa (g) % Retida % Acumulada massa (g) % Retida % Acumulada
9,5 0 0 0 0 0 0 0,000%
6,3 16,4 3,280% 3,280% 12,3 2,460% 2,460% 2,870%
4,75 8,000 1,600% 4,880% 9,800 1,960% 4,420% 4,650%
2,36 55,900 11,180% 16,060% 56,500 11,300% 15,720% 15,890%
1,18 147,700 29,540% 45,600% 132,800 26,560% 42,280% 43,940%
0,6 123,500 24,700% 70,300% 121,200 24,240% 66,520% 68,410%
0,3 90,300 18,060% 88,360% 96,800 19,360% 85,880% 87,120%
0,15 40,600 8,120% 96,480% 41,600 8,320% 94,200% 95,340%
Fundo 10,600 2,120% 98,600% 10,000 2,000% 96,200% 97,400%
Total 493,000 98,600% - 481,000 96,200%
Mod. Finura 3,217 4,052
Módulo de Finura Médio (MF) 3,635 Dimensão Máxima Característica (DMC) 4,75 mm

Diferença de peneiras entre Diferença das massas inicial e 1°: 1,4% Aprovação do ensaio:
duas determ. <4%
0,8% final < 0,3% 2°: 3,8% REPROVADO

- Cálculo do Módulo de Finura:


Para chegar aos valores mencionados na tabela para o Módulo de finura, foi feito a razão
entre a soma das porcentagens acumuladas das peneiras de série normal dividido por 100,
conforme esboçado à seguir:

Dessa forma, temos que:


4,88 + 16,06 + 45,6 + 70,3+ 88,36 +96,46
M.F(1° determinação) = 100
= 3,217

4,42 + 15,72 + 42,28 + 60,52 + 85,88 +94,20


M.F(2° determinação) = 100
= 4,052

M.Fmédio = 3,217+4,052
2
= 3,635

Para confeccionar o gráfico da curva granulométrica, utilizamos a coluna de abertura da


peneira como eixo X e porcentagem acumulada média como eixo Y.
Gráfico 01 – Curva Granulométrica – areia

6. CONCLUSÃO

A influência que o agregado miúdo exerce sobre o concreto é praticamente a mesma


influência exercida pelo agregado graúdo: quanto mais fino, maior o consumo de pasta de cimento,
quanto mais grosso, maior a quantidade de vazios no concreto.
O agregado miúdo tem função de preencher os vazios deixados pelo agregado graúdo. Um
agregado com partículas muito finas (com finura da ordem do cimento) pode criar
descontinuidades na argamassa e formar uma camada de material pulverulento prejudicando a
aderência do concreto ao agregado graúdo comprometendo a qualidade do concreto.
Com os resultados obtidos, o módulo de finura médio entre as amostras foi de 3,635 e a
dimensão máxima cariterística foi 4,75mm. Ao calcular a diferência de peneiras entre as duas
determinações, obteve um resultado de 0,8%, o que é aceitável para a realização do ensaio.
Todavia, a diferença das massas inicial e final em ambas as amostras foi de 1,4% e 3,8%
respectivamente, o que tornou o ensaio inconclusivo, considerando que o limite máximo da
diferência deveria ser de 0,3%. Com isso, o ensaio foi reprovado, apontando que houve muita
perda de material durante a realização do ensaio, e deveria ser repetido.
Porém, caso não houvesse perca do material durante a realização do ensaio, pela gráfico da
curva granulométrica, a amostra estaria dentro dos limites de zona utilizável, e o material poderia
ser utilizado na construção.

7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

• ALVES, JOSÉ D. Materiais de construção. Goiânia: Editora UFG;

• VICTOR, João. A influência do agregado graúdo no concreto. Guia da Engenharia, 2020.


Disponível em: < https://www.guiadaengenharia.com/a-influencia-do-agregado-graudo-no-
concreto/ >. Acesso em 28 de Mar. 2023.

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