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Universidade Federal do Ceará - Campus Crateús

Materiais de Construção Civil II - T01A


Profª Heloina Nogueira da Costa
Engenharia Civil - 2021.2

Discente 1: Emanuel Costa de Almeida Matrícula: 478953


Discente 2: Jaianny Mendes Silva Cavalcante Matrícula: 472479
Prática: Cálculo do inchamento da areia, conforme a ABNT NBR 6467:2009.
Data: 06/12/2021

1. Introdução
A areia é de grande importância para a engenharia civil, sua utilização vai desde de
misturas como o concreto, até a fabricação de vidro. O tamanho dos grãos tem tamanha
importância nas características dos materiais que a utilizam como componente, um exemplo
disso é o inchamento da areia, que é provocado pela absorção de água pelos grãos de
agregados, neste processo à absorção de água do agregado miúdo irá variar conforme a
granulometria (quanto menor a granulometria maior a absorção). Quando utilizados em
obras, essa absorção promove aumento do volume aparente e altera a massa unitária.
O ensaio orientado pela NBR-6467 diz que, o inchamento varia de acordo com a
umidade, e portanto, conhecendo-se a curva de inchamento, basta que se determine a umidade
para que se obtenha essa característica. No ensaio realizado, a água adentra nos grãos, o que
provoca afastamento entres eles e resulta no inchamento. O conhecimento desta propriedade
do material nos permite descontar a água que será adicionada à mistura, desse modo, pode-se
controlar na prática os volumes de concreto que chegam na obra. Por tanto, este ensaio
objetiva determinar a massa unitária do material, calcular o índice de inchamento, calcular o
teor de umidade e através desses dados traçar o gráfico para determinar a umidade crítica,
segundo NBR 6467.
2. Metodologia
Para este ensaio foram utilizados os seguintes materiais e equipamentos:
● Amostra de areia com no mínimo o dobro do volume do recipiente descrito
abaixo;
● 2 Balanças: uma com resolução 100g e capacidade mínima 50 kg e outra
com resolução 0,01g e capacidade mínima 200g.
● Bandeja de metal;
● 10 Cápsulas com tampa, com capacidade de 50 ml;
● Estufa;
● Pá média;
● Proveta graduada a cada 10 ml;
● Recipiente com paredes rígidas e não deformáveis, conforme NBR 7251;
● Régua rígida;
Primeiramente definiu-se a Massa Unitária do Material Solto e Seco seguindo os
procedimentos descritos na NBR 7251. Com o recipiente limpo, seco e vazio foi verificada a
massa e o volume do mesmo. Após a secagem da amostra na estufa a uma temperatura média
de 105ºC e por no mínimo 24 horas realizou-se a homogeneização manual da mesma e com o
auxílio da pá encheu-se o recipiente de modo que o agregado fosse lançado a uma distância de
aproximadamente 10 cm da borda do recipiente, evitando assim eventual compactação.
Utilizando a régua foi removido o excesso de agregado do recipiente nivelando-o a altura da
borda superior do mesmo, por fim realizou-se a pesagem do conjunto (recipiente + agregado).
Fazendo diferença da massa do recipiente cheio e a massa do recipiente vazio encontra-se a
massa do agregado solto, já a massa unitária do agregado solto é a média de no mínimo três
destas medições.
Segundamente verificou-se o inchamento da areia dividindo a amostra nas 10
cápsulas e umedecendo-as com os seguintes percentuais de umidade: 0%, 0.50%, 1%, 2%,
3%, 4%, 5%, 7%, 9% e 12%. Na sequência as amostras foram homogeneizadas e pesadas. A
massa unitária úmida de cada amostra nas cápsulas é a diferença entre a massa do conjunto
(cápsula e amostra úmida) e a massa da cápsula vazia.
3. Resultados e discussões gerais
A partir dos dados obtidos nos ensaios e das fórmulas apresentadas nas normas já
citadas neste trabalho foi montada a tabela 1 abaixo com os seguintes resultados:
Tabela 1: Resultados dos ensaios
Determinação dos índices de
Adição de Dados do ensaio de Dados do ensaio
umidade, massa unitária e
água umidade de massa unitária
inchamento

Umidade (%) M seca (g) M úmida (g) M (Kg) V (dm³) h (%) M.Uh (Kg/dm³) I

0% 0 0 15700 10 0,00% 1570,00 1,000

0,50% 19,9 20 14825 10 0,50% 1482,50 1,059

1% 19,8 20 13940 10 1,01% 1394,00 1,126

2% 19,5 20 13100 10 2,56% 1310,00 1,199

3% 19,4 20 12770 10 3,09% 1277,00 1,230

4% 19,2 20 12530 10 4,17% 1253,00 1,254

5% 19 20 11600 10 5,26% 1160,00 1,354


Determinação dos índices de
Adição de Dados do ensaio de Dados do ensaio
umidade, massa unitária e
água umidade de massa unitária
inchamento

7% 18,7 20 12830 10 6,95% 1283,00 1,225

9% 18,3 20 14700 10 9,29% 1470,00 1,069

12% 17,9 20 17220 10 11,73% 1722,00 0,913

O gráfico 1 foi construído dispondo os pares de dados (h, I) e traçando a curva de


inchamento e a partir disso seguindo os procedimentos descritos da NBR 6467:2009 foi
determinado a umidade crítica e o coeficiente de inchamento médio.

4. Considerações finais
Em análise ao gráfico, temos que a umidade crítica é 3,75% e coeficiente de
inchamento médio é 1,28. Os valores obtidos estão bem próximos dos encontrados em obras,
os quais são: entre 4% e 6% para umidade crítica e aproximadamente 1,35 para o inchamento
de areia finas. A pequena divergência entre os valores pode ser justificada pela eliminação da
amostra com 12% de umidade para produção do gráfico, pois a mesma estava apresentando
um valor de inchamento inferior a 1 o que não condizia com o ensaio. Por fim considera-se
que os objetivos do ensaio foram cumpridos já que a divergência de valores está dentro do
aceitável.
5. Referências Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7251: Agregado
em estado solto - Determinação da massa unitária. 1982.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6467: Agregados -
Determinação do inchamento de agregados miúdos - Método de ensaio. 2006.
CURVA DE INCHAMENTO DA AREIA NO EXCEL. Vídeo (15min). Publicado
pelo Canal Engenharia em Minutos. Disponível em: https://youtu.be/TFeoWOuvwS0. Acesso
em 06 de dezembro de 2021.

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