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DO
CALDO
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TRATAMENTO DO CALDO
Índice
2. Tratamentos Químicos............................................................................................. 14
3. Aquecimento. ........................................................................................................... 37
4. Flasheamento .......................................................................................................... 43
5. Decantação.............................................................................................................. 44
8. Filtração ................................................................................................................... 57
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TRATAMENTO DO CALDO
1 Tratamentos Físicos
1.1 Peneiras
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TRATAMENTO DO CALDO
A eficiência de separação de uma peneira depende fundamentalmente de:
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TRATAMENTO DO CALDO
Tabela 1 - Resultados Obtidos nos Testes de Performance de Peneiras
Testes Tipo de Abertura Sólidos Granulometria Eficiência % Sólidos Separados Vazão Área da Peneira Carga da
Totais na de
Realizados Peneira da Tela na Alimentação Global (%) Partículas Partículas Peneira
Alimentação Caldo Total Abertura
Maiores que Menores que 3 2 3
(mm) (%) (m /h) (m ) (%) (m /m.h)
Abertura da Tela Abertura da Tela
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TRATAMENTO DO CALDO
1.1.1 Peneiras DSM
Estas peneiras possuem um ângulo de inclinação igual a 45°, e podem ser usadas em
substituição ao cush-cush ou como peneiramento secundário.
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TRATAMENTO DO CALDO
Este tipo de peneira móvel possui uma inclinação entre 15 - 35% com a horizontal, e a
sua vibração permite peneirar uma grande quantidade de caldo em uma pequena área
de peneira (Figura 2).
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TRATAMENTO DO CALDO
1.1.3 Peneira rotativa
Conforme ilustra a Figura 3, esta peneira consta de um cilindro rotativo inclinado que
gira a aproximadamente 10 rpm, e apresenta baixo consumo de potência. O bagacilho
removido retorna posteriormente para a moenda ou é enviado para o tanque de lodo.
As principais características desta peneira são indicadas na Tabela 3.
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TRATAMENTO DO CALDO
1.2 Hidrociclones
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TRATAMENTO DO CALDO
O material grosseiro removido pelo fundo arrasta consigo uma certa quantidade de
açúcar e necessita, portanto, de uma lavagem posterior para recuperação deste, o que
é normalmente realizado com o uso de um segundo hidrociclone.
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TRATAMENTO DO CALDO
Figura 4 - Hidrociclone
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TRATAMENTO DO CALDO
A eficiência de separação de um hidrociclone é basicamente função de:
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TRATAMENTO DO CALDO
Tabela 4 - Resultados Obtidos nos Testes de Performance de Hidrociclones
Sólidos na Alimentação Eficiência de Separação Distribuição do Fluxo Vazão Diâmetro Sólidos Minerais
Testes (%) (%) no Aliment.
de Caldo do Hidrociclone
Realizados Sólidos Hidrociclone > 0,38 mm
Total Bagaço Sólidos Minerais Sólidos Totais (%)
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(m /h) (pol)
Minerais (%)
1 0,28 0,22 0,06 81,3 18,7 24,1 75,9 1,0 99,0 200 20 94,0
(Usina 1) (1)
2 0,64 0,24 0,40 91,6 8,4 60,1 39,9 4,0 96,0 100 15 96,8
(Usina 2)
3 0,64 0,24 0,40 93,0 7,0 57,6 42,4 1,4 98,6 30 6 96,8
(Usina 2)
4 0,22 0,19 0,03 89,7 10,3 55,1 44,9 5,4 94,6 30 6 90,1
(Usina 3)
5 0,28 0,23 0,05 46,0 54,0 32,7 67,3 9,9 90,1 30 6 40,0
(Usina 3)
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TRATAMENTO DO CALDO
2 Tratamentos Químicos
Mesmo após o tratamento físico o caldo de cana ainda contém impurezas na forma de
compostos solúveis, coloidais e insolúveis em suspensão que devem ser removidos.
O caldo de cana “in natura” possui um pH que pode variar de 4,7 a 5,6. Canas sadias,
maduras e recentemente cortadas apresentam pH do caldo entre 5,2 a 5,6. A
clarificação do caldo visa também fazer o ajuste do pH do caldo para valores próximos
da neutralidade para “proteger” a sacarose contra inversão e decomposição. O ajuste
do pH do caldo na clarificação deve ser compatível com o processo de clarificação
usado, com as condições de decantação do caldo e ainda adequado de forma a
minimizar a destruição de açúcares durante a clarificação e etapas seguintes.
De forma mais ampla os objetivos da clarificação podem ser definidos como (1):
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TRATAMENTO DO CALDO
2.1 Sulfitação
Existe uma concordância geral que o mais importante benefício da sulfitação advém da
sua ação inibidora de formação de cor.
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TRATAMENTO DO CALDO
O processo de sulfitação em si consiste na adição de dióxido de enxofre (SO2) ao
caldo, seja dióxido de enxofre líquido ou mais comumente na forma gasosa, obtido a
partir da combustão direta do enxofre.
Fornos rotativos são comumente usados nas usinas de açúcar, sendo alimentados
com enxofre sólido, o qual é queimado em presença de ar.
Os fornos rotativos existentes nas usinas de açúcar garantem uma queima média de
25 a 28 kg de enxofre/m2.h. Esta capacidade de queima é variável em função de vários
fatores como rotação do forno, excesso de ar, temperatura do ar, alimentação uniforme
de ar e enxofre, depressão ou sucção existente, qualidade do enxofre, etc.
Nas proximidades do forno deve-se ter sempre um ambiente seco. Evitar lavagem de
pisos, proximidade de canaletas de água, descarga de colunas barométricas, descarga
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TRATAMENTO DO CALDO
de purgadores, chuva, etc., além do que o enxofre deve ser estocado em lugar isento
de umidade, de preferência em local coberto.
Estas câmaras devem ter um volume suficiente para permitir a completa combustão do
enxofre, sendo recomendado o volume de 1,7 m3/t.dia de enxofre queimado.
A temperatura dos gases na saída da camisa de resfriamento deve ser inferior a 250°C
para diminuir a formação de SO3 e consequentemente de ácido sulfúrico e não deve
ser inferior a 150°C para evitar solidificação do enxofre nas tubulações.
2.1.4 Tubulações
2.1.5 Ejetores
A experiência mostrou que ejetores operando com uma pressão de 1,5 - 2,0 kgf/cm 2
mantém um pH do caldo entre 4,2 e 4,4 e pressões da ordem de 3,0 - 3,5 kgf/cm2
aumentam a tiragem e reduzem o pH para valores próximos de pH = 3,8.
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TRATAMENTO DO CALDO
2.1.6 Registro e controle de pH
No entanto, nos últimos anos, devido à redução dos limites de enxofre residual no
açúcar impostos pela legislação e pelo próprio mercado, as faixas de pH do caldo
sulfitado tem sido controlada em torno de 4,4 - 4,6.
Na maioria dos casos, para a obtenção de açúcar de boa qualidade, tem sido
necessária a complementação no caldo de uma certa quantidade de ácido fosfórico, de
forma a manter o teor de P2O5 no caldo misto superior a 200 ppm.
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TRATAMENTO DO CALDO
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TRATAMENTO DO CALDO
2.2 Calagem
A pasta de cal formada era enviada a tanques de diluição para ajuste do leite de cal na
concentração desejada, conforme ilustrado na Figura 6.
Para ser usado diretamente no processo a concentração do leite de cal deve ficar entre
4 - 6°Bé. Se for utilizado para preparação de sacarato de cálcio a concentração pode
ficar um pouco mais elevada, 10 - 12°Bé, sendo importante que independentemente da
concentração o operador garanta sempre uma mistura uniforme e concentração
constante.
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TRATAMENTO DO CALDO
− Hidratador
− Matéria-prima:
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TRATAMENTO DO CALDO
Capacidade máxima na relação - 1.000 kg/h
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• Durante a operação verificar a concentração do leite de cal final, fazendo ajustes
se necessário.
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TRATAMENTO DO CALDO
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TRATAMENTO DO CALDO
2.2.2 Sacarato de cálcio
Com a prática o operador irá se familiarizar com a cor obtida no preparo do sacarato, e
poderá visualmente identificar quando está faltando cal ou xarope para manter as
proporções indicadas.
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TRATAMENTO DO CALDO
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TRATAMENTO DO CALDO
2.2.3 Controle de pH
− Deve-se realizar uma limpeza automática da membrana duas vezes por turno (cada
4 horas), por imersão em ácido nítrico concentrado, uma vez que somente jato de
água não é suficiente para limpar a membrana.
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TRATAMENTO DO CALDO
Figura 9 - Registro de pH
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TRATAMENTO DO CALDO
2.2.4 Calagem de cana refratária
Quando se recebe cana refratária ou por períodos prolongados de chuva, tem sido
pratica comum elevar o pH para melhorar as condições da decantação.
Atenção especial deve ser dada nestas ocasiões, pois um pH muito elevado (> 8,0),
pode ocasionar destruição da sacarose, aumento da cor no açúcar, excessiva
incrustação nos evaporadores e aquecedores, além de não contribuir para uma melhor
clarificação.
É preferível se ter um maior rigor na adição de P2O5 (ver item 2.4), manter o pH do
caldo dosado não superior a 7,5 e reduzir o pH do caldo sulfitado para 3,8 - 4,0.
Normalmente o fator limitante para a redução do pH do caldo sulfitado a valores
inferiores a 4,0, tem sido o nível de enxofre residual permissível no açúcar.
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TRATAMENTO DO CALDO
2.3.2 Características dos floculantes e da quantidade adicionada
A seleção do polímero mais adequado em cada caso deve ser feita por investigação
em testes preliminares de laboratório, onde são testados polímeros de diferentes grau
de hidrólise e peso molecular.
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TRATAMENTO DO CALDO
2.3.3 Cuidados no preparo e dosagem de polímero
− Preparo do polímero
• Baixa dureza
− Dosagem de polímero
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TRATAMENTO DO CALDO
• Devem ser utilizados medidores de vazão de rotâmetros, para medição da vazão
de polímero em cada decantador.
• O ponto de aplicação não deve ser um local de muita turbulência, porém, onde se
possa garantir a sua total homogeneização com o caldo, sem quebra da cadeia
polimérica (Figura 12).
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TRATAMENTO DO CALDO
≤ 50ºC
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TRATAMENTO DO CALDO
O floculante em pó, sendo higroscópico, deve ser guardado em lugar seco e de baixa
temperatura. As embalagens devem ser mantidas fechadas para impedir a absorção
de umidade e, consequentemente, a formação de grumos.
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TRATAMENTO DO CALDO
Normalmente, um floculante seco pode ficar armazenado durante dois anos e um
floculante líquido por seis meses. O prazo de validade deve ser fornecido pelo
fabricante.
Contaminação nos olhos: deve-se lavar rapidamente com água à baixa pressão. Se a
irritação nos olhos persistir, consulte um médico.
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TRATAMENTO DO CALDO
A quantidade a ser adicionada varia de acordo com P2O5 presente originalmente no
caldo. O ideal é que o total de P2O5 no caldo (existente + adicionado) seja superior a
200 ppm, no limite 300 ppm.
3 Aquecimento
3.1 Introdução
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TRATAMENTO DO CALDO
3.2 Temperatura do caldo
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TRATAMENTO DO CALDO
A recomendação é a utilização da maior quantidade de sangria possível da
evaporação para a redução do consumo de vapor no processo.
Para que exista uma eficiente troca térmica é necessário que se tenha uma diferença
de temperatura razoável entre o fluido de aquecimento e o fluido a ser aquecido.
Hugot (7) estabelece uma diferença de temperatura (∆t) entre o vapor e o caldo
mostrado a seguir:
Vapor de Aquecimento ∆t = T - t2
Vapor de escape (T = 127°C) 5 a 8°C
Vapor da 1ª caixa (T = 115°C) 10 a 12°C
Vapor da 2ª caixa (T = 107°C) 15 a 20°C
Vapor da 3ª caixa (T = 98°C) 15 a 20°C
Essas tomadas possuem válvulas para regulagem do fluxo, que devem ser abertas,
permitindo uma mínima saída de vapor, porém garantindo a total remoção dos gases
incondensáveis.
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TRATAMENTO DO CALDO
Algumas vezes essas válvulas permanecem muito abertas ou totalmente fechadas. No
primeiro caso ocorre desperdício de vapor e no segundo caso não há a eliminação de
incondensáveis. Portanto, a regulagem da saída dos gases incondensáveis deve ser
checada periodicamente.
A remoção de condensado não pode ser feita por uma simples tubulação aberta, pois
isso significaria grandes perdas de vapor, queda na pressão do vapor e
consequentemente queda na temperatura do caldo. Por esta razão são usados
purgadores ou sifões.
Algumas vezes, mesmo com a pressão do vapor correta, não se consegue aquecer o
caldo até a temperatura desejada. Neste caso devemos verificar se não está ocorrendo
acúmulo de condensado.
Podemos utilizar sifões em forma de “U” para drenar os condensados. O sifão mantém
um pequeno nível de água que atua como selo, não permitindo que o vapor escape.
Os sifões não apresentam problemas e sua manutenção é mínima.
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TRATAMENTO DO CALDO
As águas condensadas dos aquecedores são utilizadas na alimentação das caldeiras
e/ou no processo (queima de cal, embebição, lavagem do açúcar, lavagem da torta
dos filtros, etc.).
Testes periódicos com α naftol devem ser feitos para detectar a presença de açúcar
(vazamento), principalmente se esta água é enviada para as caldeiras.
3.6 Incrustações
Incrustações se formam no interior dos tubos por onde o caldo circula, e esta atua
como isolante e diminui a transferência de calor.
Todas as usinas possuem aquecedores de reserva que são utilizados em rodízio para
limpeza. Mesmo tomando-se os devidos cuidados é impossível impedir a presença de
incrustações e, portanto, os aquecedores devem receber limpeza freqüente.
A forma mais comum de limpeza dos trocadores é a limpeza mecânica, na qual é feita
uma raspagem das incrustações aderidas ao tubo com auxílio de rasquetes.
Outra alternativa para limpeza consiste na passagem de caldo misto a quente (70°C)
usando para a limpeza o efeito do baixo pH (~ 5,0). Neste caso a limpeza mecânica é
necessária somente 3 a 4 vezes na safra.
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TRATAMENTO DO CALDO
Também é usual abrir o aquecedor e manter uma pequena quantidade de vapor para
secar a incrustação. Em seguida, fecha-se o vapor e aplica-se um jato de água fria que
trinca e remove a incrustação sem necessidade de limpeza mecânica.
Acima de 2,0 m/s a perda de carga é muito elevada, já que a mesma cresce com o
quadrado da velocidade, e abaixo de 1,0 m/s não é recomendado, devido ao aumento
excessivo de incrustação.
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TRATAMENTO DO CALDO
3.10 Tubos dos aquecedores
Também podem ocorrer rompimentos nos tubos dos aquecedores. As razões podem
ser: desgaste, pressão do vapor excessiva, golpes de ariete ou falta de cuidado na
limpeza. Em caso de rompimento os tubos devem ser substituídos.
Vazamentos podem ocorrer devido ao desgaste ou corrosão do material com que são
fabricados os aquecedores, e podem ocorrer em juntas, válvulas, flanges ou tubos.
Todo tipo de vazamento deve ser corrigido por representar perdas de açúcar, além de
poder causar danos físicos a outros equipamentos e pessoas.
4 Flasheamento
Desta forma o caldo deve ser aquecido de 103 a 105°C (normalmente 5 a 7°C acima
da temperatura de ebulição) e enviado a um balão de flash de dimensões corretas para
eliminação de todo o ar durante o flash, que ocorre à pressão atmosférica.
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TRATAMENTO DO CALDO
Em várias instalações é ainda hoje bastante comum encontrar o balão de flash
subdimensionado em prejuízo do aquecimento do caldo.
Mais freqüente ainda é a existência do balão de flash colocado no nível mais alto
possível, de forma a alimentar todos os decantadores que, por sua vez, possuem
desníveis entre eles e consequentemente maior arraste de ar e maior turbulência nos
decantadores mais baixos.
O mais correto é que o nível de caldo no balão de flash seja o mesmo do caldo no
interior do decantador. Em outros casos, deve-se prever a instalação de um
controlador de nível entre os dois, de forma a sempre manter um selo líquido e evitar
arraste de ar com o caldo.
5 Decantação
5.1 Introdução
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TRATAMENTO DO CALDO
Resumindo podemos dizer que a clarificação básica do caldo misto consiste em:
Com uma boa clarificação procura-se obter um caldo transparente, brilhante e sem
materiais estranhos que possam prejudicar a fabricação do açúcar.
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TRATAMENTO DO CALDO
Caso a temperatura seja baixa, a decantação será mais difícil e incompleta levando a:
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TRATAMENTO DO CALDO
Quando a temperatura do caldo é baixa podem ocorrer perdas de açúcar devido à
ação de microorganismos, o que fatalmente acontece em temperaturas abaixo de
70°C.
Se este tempo for muito curto a decantação será incompleta, com produção de caldo
turvo, prejudicial para a produção de açúcar. No caso do tempo de retenção ser muito
longo ocorrerão perdas de açúcar e aumento na coloração.
5.5 Queda de pH
O valor da queda de pH não deve ser maior que 0,5, ou seja, o pH do caldo dosado
deve ser 7,0 - 7,2 e o pH do caldo clarificado deve estar entre 6,5 e 6,7.
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TRATAMENTO DO CALDO
Valores excessivos de queda de pH indicam problemas no tratamento do caldo e na
operação dos decantadores, além de representarem perdas e destruição de açúcares,
e portanto esta variável deve ser monitorada continuamente.
A experiência demonstra que o valor ideal do pH do caldo a ser decantado deve ser
7,0 - 7,2, pois proporciona uma boa coagulação do caldo sem provocar perdas de
açúcar.
Quando o pH for muito alto (> 8,0) teremos degradação de açúcares redutores,
aumento na cor do caldo e aumento na incrustação dos aquecedores e evaporadores.
Por outro lado, se o pH for muito baixo (< 6,8), além de maior inversão, a floculação
será deficiente e a decantação produzirá caldo clarificado com turbidez elevada e
presença de bagacilho em suspensão.
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TRATAMENTO DO CALDO
5.8 Bagacilho no caldo clarificado
− Excessivo retorno de sólidos via caldo clarificado devido à baixa retenção de sólidos
nos filtros.
A vazão do caldo clarificado na saída dos decantadores deve ser controlada com a
finalidade de evitar o aparecimento de correntes e movimentos no interior do
decantador.
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TRATAMENTO DO CALDO
As quantidades de caldo clarificado que saem de cada compartimento do decantador
devem ser iguais. Isto pode ser conseguido com uma boa regulagem das canecas que
controlam a saída de caldo do decantador.
Decantadores sem bandejas são ainda mais exigentes que os convencionais e a vazão
de caldo deve ser sempre constante.
Devemos lembrar também que a retirada do lodo deve ser contínua. Há casos em que
o operador mantém o lodo dentro do decantador, fazendo a retirada de tempos em
tempos. Este procedimento é duplamente prejudicial. Quando o lodo é mantido dentro
do decantador passam a existir condições para o desenvolvimento de
microorganismos; no momento em que o operador faz a retirada intermitente do lodo,
são criadas correntes que também prejudicam a decantação.
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TRATAMENTO DO CALDO
− pH;
− Temperatura;
− Remoção de gases;
− Aplicação de fostato;
− Aplicação de floculantes.
Por outro lado o lodo “fino” é benéfico para redução de pol da torta dos filtros e este
fato deve ser considerado sem, todavia, prejudicar a operação dos decantadores.
Essas saídas de gases devem permanecer sempre limpas e abertas para garantir a
remoção desses gases e deveriam estarem conectadps à caixa de lodo existente na
parte superior do decantador.
Todo o decantador deve ter um bom isolamento térmico para conservar a temperatura
do caldo e evitar perdas térmicas.
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TRATAMENTO DO CALDO
Maiores cuidados são exigidos nas usinas em que operam com vários decantadores,
onde a distribuição do caldo deve ser proporcional à capacidade de cada decantador.
Acrescenta-se ainda que essas câmaras são geralmente um dos locais mais
adequados para a adição de polímero.
Uma clarificação eficiente está sempre relacionada com a correta formação de flocos,
resultado de um bom desempenho das etapas anteriores de tratamento físico e
químico do caldo.
− O operador deve usar um tubo ou recipiente de vidro para coletar uma mostra do
caldo já floculado e observar. Os flocos formados devem ser grandes e decantarem
rapidamente. Se isto não estiver acontecendo é necessário realizar uma verificação
cuidadosa nas várias etapas do tratamento de caldo discutidas anteriormente.
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TRATAMENTO DO CALDO
investimento de capital e menoers custos de manutenção. Acrescenta-se todavia ser
um equipamento que exige um maior rigor operacional e a necessidade de instalação
de periféricos adequados para sua correta operação.
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TRATAMENTO DO CALDO
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TRATAMENTO DO CALDO
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TRATAMENTO DO CALDO
para onde é encaminhado com o auxílio de um sistema de raspas. A construção do
equipamento é simples, totalmente em aço carbono e o isolamento é convencional.
A experiência mostrou que a não existência de bandejas em seu interior exige um
maior rigor nos controles operacionais, quando comparado aos decantadores
convencionais, ou seja: maior constância do pH, temperatura da alimentação e fluxo de
caldo; completa degasagem do caldo; retirada contínua de lodo, de forma a manter
nível de lodo zero e dosagem contínua e adequada polieletrólito.
As peneiras mais utilizadas são dos tipos estática ou rotativa. A tela utilizada pode ser
de aço inoxidável ou poliéster, com abertura variando de 100 mesh (0,15 mm) a 200
mesh (0,074 mm).
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TRATAMENTO DO CALDO
8 Filtração
8.1 Introdução
Os filtros a vácuo, de tambor rotativo, são os mais utilizados nas usinas de açúcar
para filtrar o lodo do decantador e recuperar o açúcar contido neste. A filtração a vácuo
é realizada criando-se uma pressão negativa abaixo do meio filtrante e lavando-se o
lodo com água. O filtrado resultante contém o açúcar que retornará ao processo. Um
esquema de uma instalação para filtração é mostrado na Figura 16.
57
TRATAMENTO DO CALDO
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TRATAMENTO DO CALDO
O filtro é um tambor rotativo, cuja parte inferior é imersa em um tanque com o lodo. O
tambor é dividido em seções independentes cobertas com uma tela, usualmente de
aço inoxidável. As seções se conectam por meio de tubulações a uma válvula que
controla o vácuo nas várias seções.
A filtração ocorre no segmento do tambor que está imerso no tanque com o lodo.
Enquanto o filtrado passa através da camada de bagacilho retida na tela do filtro, ficam
retidos os sólidos suspensos nos pequenos espaços vazios entre as partículas de
bagacilho. O filtrado passa pelas telas saindo através da válvula do filtro para entrar
nos tanques coletores e a seguir retornar ao processo. Esta parte do ciclo deve ser
realizada sob vácuo relativamente baixo (7 a 10”Hg), para evitar a passagem ao filtrado
dos sólidos presentes no lodo.
À medida que o tambor gira, a seção que estava submersa no tanque emerge e a
válvula do cabeçote do filtro permite que ocorra o aumento do vácuo nesta seção (18 a
20 ” Hg). Inicia-se então o ciclo de lavagem, e ao pulverizar água sobre a camada de
torta aderente ao tambor, a água ao passar pelos poros da torta, arrasta o açúcar que
estava presente.
O ciclo de lavagem continua até que a seção tenha atingido o ponto superior do
tambor. Desse ponto até a linha central horizontal do lado da descarga o vácuo é
mantido para secar a torta. Quando o segmento passa na linha central horizontal do
tambor o vácuo é interrompido, e então um raspador com ponta de borracha remove a
torta aderente às telas.
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TRATAMENTO DO CALDO
8.2 Pol da torta
Uma torta com uma quantidade de açúcar (pol) residual da ordem de 1% pode ser
obtida com o equipamento correto e condições adequadas de operação.
− Bagacilho:
Como exemplo, para um lodo com uma percentagem em peso de sólidos não fibra
(areia, argila e sólidos precipitados na clarificação) de 6,0%, para manter uma
relação fibra de 0,4 será necessário uma quantidade de bagacilho (existente no
lodo mais adicionado) de 6 x 0,4 = 2,4 % (base seca).
− pH e adição de polímero:
O pH do lodo deve ser ajustado na faixa de 7,5 a 8,0 com leite de cal e é
recomendada e a adição de polímero de baixo peso molecular e alto grau de
hidrólise, em uma dosagem de 2,5 - 5,0 ppm calculado sobre o lodo.
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TRATAMENTO DO CALDO
A finalidade do baixo vácuo é permitir a formação de uma camada de torta sobre a tela
do filtro (“pega da torta”). O propósito do alto vácuo é permitir a lavagem com água e
secar a torta. Não se deve permitir a formação de sulcos na camada da torta, o que
prejudicaria o vácuo formado.
Durante o período de baixo vácuo obtém-se um caldo turvo e com o alto vácuo obtém-
se um caldo mais claro. Se o baixo vácuo for defeituoso a camada da torta não se
formará adequadamente, afetando a operação do filtro. No caso de problemas com o
alto vácuo, a lavagem e secagem da torta não serão completas, produzindo pol e
umidade elevadas.
Nas extremidades do filtro existem dois vacuômetros: uma para baixo vácuo e outro
para alto vácuo. Os vacuômetros devem estar calibrados para que os níveis de vácuo
sejam sempre verificados.
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TRATAMENTO DO CALDO
desejado. Também a temperatura e quantidade de água enviada para o condensador
devem ser sempre controladas.
Geralmente existem 24 seções em um filtro, ou seja, cada setor com 15°. Cada seção
é ligada ao sistema de vácuo por tubos metálicos denominados tubos de sucção. Estes
tubos, localizados no interior do tambor do filtro, se estendem até à válvula no
cabeçote do filtro. Se estes tubos estiverem entupidos não existirá vácuo na seção
correspondente e não haverá a formação da camada de torta na área ligada ao tubo
entupido. Se o tubo estiver parcialmente entupido a remoção de caldo e água será
prejudicada produzindo torta com elevada umidade e pol.
Se existirem tubos entupidos devemos parar o filtro assim que possível, remover a tela
da seção e aplicar ar ou água sob pressão na entrada dos tubos de sucção.
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TRATAMENTO DO CALDO
− Excesso de ceras;
− Quantidade de água insuficiente;
− Uso dos raspadores ineficientes;
− Baixa temperatura do lodo.
O entupimento pode ser observado pela existência de áreas do filtro não cobertas por
torta, ou áreas cobertas com uma camada muito fina e com grande quantidade de
cera. No caso de ceras, estas podem ser removidas raspando-se a tela com uma
espátula de madeira ou borracha, tomando-se cuidado para não danificar as telas.
A limpeza também pode ser feita fazendo funcionar o filtro vazio e aplicando água
quente sob pressão com uma mangueira. Ar comprimido também pode facilitar o
trabalho.
Portanto, nos casos em que áreas do filtro não são cobertas com torta, as razões
podem ser:
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TRATAMENTO DO CALDO
Em casos de paradas de curta duração o agitador deve sempre ser mantido em
operação. Se o lodo for mantido no filtro, com a parada do agitador, os sólidos se
depositarão no fundo e, quando o filtro voltar a funcionar o agitador pode danificar-se.
Portanto, em longas paradas o filtro deve sempre ser liquidado.
A lavagem pode ser feita por pulverização ou por gotejamento. A quantidade de água
adicionada deve ser suficiente para manter a superfície da torta com leve excesso de
água. Água correndo sobre a superfície destrói a torta, abrindo sulcos na camada de
torta.
Para uma boa lavagem da torta no filtro é essencial que a água utilizada seja limpa e
quente a uma pressão constante. Os condensados de aquecedores, vácuos e
evaporação são boas fontes de água quente. A temperatura da água deve ser em
torno de 80°C. Ela deve passar por um filtro (tela com abertura de 100 mesh) para
remover material em suspensão, que entupiria os bicos. A pressão da água deve ser
superior a 1 kgf/cm2. Pressão variável da água faz variar a qualidade da pulverização e
a quantidade de água nos bicos aspersores.
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TRATAMENTO DO CALDO
O filtro de água deve ser inspecionado para se observar a existência de entupimento, e
se ocorrer a quantidade de água diminui consideravelmente. O filtro deve ser aberto,
limpo e a tela deve ser trocada se necessário.
Quando o filtro de água não recebe a devida atenção, os bicos podem entupir,
alterando o formato dos jatos de água e neste caso a lavagem da torta será
prejudicada. Para que a lavagem da torta e a recuperação do açúcar sejam eficientes,
todos os bicos aspersores devem funcionar corretamente. Os bicos podem ser limpos
com jatos de ar.
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TRATAMENTO DO CALDO
No raspador de torta existe um contrapeso cuja finalidade é manter o raspador
pressionado contra a tela do filtro. Quando a torta não se separa da tela podemos
aplicar uma pressão maior no raspador, para isto devemos mover o contrapeso até
encontrarmos uma posição onde o contato seja completo. A pressão do raspador não
deve ser excessiva para não provocar danos à tela.
O filtro rotativo a vácuo requer que o lodo seja misturado com uma certa quantidade de
bagacilho fino para aumentar a filtrabilidade dos sólidos em suspensão.
O bagaço, saindo das moendas, passa pelo transportador tipo esteira onde é
peneirado por chapa perfurada, obtendo-o bagacilho necessário. É desejável que
acima de 90% do bagacilho passe através de uma peneira de 14 mesh.
O misturador de bagacilho deve ser localizado próximo aos filtros para minimizar
entupimentos, e a mistura do bagacilho com o lodo deve ser a mais homogênea
possível. Muita atenção deve ser dada para que não ocorram vazamentos de lodo.
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TRATAMENTO DO CALDO
8.13 Espessura da camada de torta
Se a camada for grossa teremos elevada pol e umidade na torta. Com camadas finas
temos redução na capacidade do filtro, riscos de entupimento e caldo filtrado com
elevada turbidez (baixa retenção).
Em algumas ocasiões poderemos ter lodo diluído ou fino vindo dos decantadores,
ocasionando dificuldades para a formação da torta no filtro.
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TRATAMENTO DO CALDO
8.15 Limpeza dos filtros
Os filtros devem sofrer limpeza periódica. As usinas que programam paradas para
limpeza dos evaporadores devem limpar os filtros nestas ocasiões.
Para limpeza do tanque, após o filtro ter sido drenado, devemos operar o filtro com os
bicos de lavagem abertos e o tanque cheio com água quente durante uma hora.
Os balões de caldo filtrado claro e turvo, por estarem ligados ao sistema de vácuo, não
devem apresentar vazamento de ar. A válvula quebra-vácuo deve funcionar
corretamente. Qualquer vazamento deve ser imediatamente eliminado.
A umidade da torta deve ser inferior a 75%, o que irá depender do condicionamento do
lodo, quantidade de água adicionada, vácuo aplicado e tempo de secagem.
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TRATAMENTO DO CALDO
Vários estudos demostram que a quantidade ótima de água aplicada na lavagem de
torta é 150% (peso de água % peso de torta) e que valores maiores terão pouco efeito
na redução da pol da torta.
Após o decantador são instaladas peneiras de caldo com abertura de até 200 mesh
para separação do bagacilho fino arrastado.
A maioria das usinas enviam parte ou a totalidade do caldo filtrado para a destilaria, o
qual retorna no tanque de caldo misto, geralmente na sucção da bomba do circuito da
destilaria.
Estudos mostraram que a qualidade da matéria-prima (mosto) tem relação direta com
a infecção na fermentação, a qual quando controlada leva à minimização de insumos,
a uma maior estabilidade no processo e à elevação do rendimento fermentativo.
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TRATAMENTO DO CALDO
O CTC tem estudado o tratamento de mel final e tratamento de mosto, visando
redução dos teores de sólidos insolúveis e dos sais contidos no mosto, visando a
obtenção de um mosto de melhor qualidade.
O melaço armazenado é misturado com caldo clarificado (ou vinhaça ou água) e mel
clarificado secundário, sendo a seguir aquecido até 85 a 90°C e enviado a um balão de
flash, recebendo na saída a adição de ácido sulfúrico e um agente floculante
(poliacrilamida). O mel tratado é então enviado ao primeiro estágio de decantação, de
onde se obtém o mel clarificado e dessalinizado, e um lodo primário.
Este lodo passa por um segundo estágio de tratamento, sendo diluído com água ou
caldo clarificado a 90°C e submetido a uma decantação secundária. Deste tratamento
resultam o mel clarificado 2 que retorna ao processo e é misturado ao melaço
concentrado, e o lodo 2 que é enviado ao setor de filtração para recuperação da
sacarose residual.
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TRATAMENTO DO CALDO
Um balanço material da operação da planta piloto é apresentado na figura a seguir.
Os melhores resultados de remoção de impurezas ocorreram na faixa de pH do mel
alimentado entre 4,0 e 4,5, correspondendo, respectivamente, a um consumo de ácido
sulfúrico de 8,0 e 4,0 kg/t, respectivamente, de mistura alimentada.
Os principais elementos removidos com este tratamento foram cálcio 65 a 85% e sais
em geral (cinzas) de 20 a 30%. Pode-se verificar ainda que com a acidificação da
mistura houve uma preservação dos açucares redutores presentes na mistura original
(melaço e caldo), e no mel clarificado observou-se um teor residual de ácido ativo da
ordem de 60 a 67 % do ácido sulfúrico adicionado.
Clarificado-1
1667 kg/h Caldo Clarificado
Decantador 1 821 kg/h
Ms%: 33,82
Ms%: 12,87
Lodo 1:
175 kg/h
Ms%: 41,54
Componentes Removidos (%)
Água
150 kg/h
Ms%: 41,54 Elemento Lodo 1 Lodo 2
Lodo 2:
79 kg/h
Ms%: 32,04
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TRATAMENTO DO CALDO
convencionais, e se envia a mistura ao balão de flash, recebendo antes de entrar no
decantador uma dosagem de até 4 ppm de floculante. Após a decantação, o mosto
clarificado é resfriado antes de alimentar as dornas e o lodo que deixa o decantador é
misturado ao lodo do circuito açúcar sendo enviado em conjunto aos filtros rotativos.
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TRATAMENTO DO CALDO
− Muda o local de preparo do mosto para a fábrica de açúcar, pois o mel é misturado
ao caldo misto antes da decantação. O excesso de mel é enviado ao tanque de
armazenamento.
− O brix do mosto a decantar pode atingir valores da ordem de 20 - 22%, sendo que o
único problema que ocorre quando a proporção de mel no mosto aumenta é o
aumento no consumo dos produtos químicos usados no tratamento, como forma de
aumentar o tamanho dos flocos para compensar o aumento de densidade e
viscosidade do mosto de brix mais elevado.
− Instalação simples que requer apenas tanques para os produtos, bombas dosadoras
e automação completa do decantador usado para o mosto.
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TRATAMENTO DO CALDO
A levedura seca obtida de sangria de uma fermentação, cujo mosto passou por um
tratamento, deverá ser de coloração mais clara do que a atual e esse parâmetro
deverá agregar vantagens mercadológicas ao produto.
10 Referências Bibliográficas
3. ARCA, Manuel P., ESPARZA, Raul. Juice clarification. Miami: ACRA, 1986. 112p.
(Making Sugar, 4).
4. ARCA, Manuel .P., ESPARZA, Raul. Cane mud filter. Miami: ACRA, 1983. 96p.
(Making Sugar, 1).
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TRATAMENTO DO CALDO
7. HUGOT, Emile. Manual da engenharia açucareira. Tradução por Irmtrud Miocque.
São Paulo: Mestre Jou, 1977. v. 1. Tradução de: La sucrerie de cannes.
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