Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AÇÚCAR
FEVEREIRO/98
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
CENTRIFUGAÇÃO DE AÇÚCAR
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
Índice
1 Introdução
2 Força Centrífuga
3 Tipos de Centrífugas
4 Centrífugas Descontínuas
4.1 Cestos
4.2 Capacidades
1
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
1 Introdução
2 Força Centrífuga
2
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
Por exemplo:
D = 1.000 mm = 40"
N = 1.200 rpm
1,0 x 1.200 m2
G = -------------------- = 800
1.800
Diâmetro G
Poleg. mm 750 rpm 1.000 rpm 1.200 rpm 1.500 rpm
36 900 280 500 720 1.125
40 1.000 315 555 800 1.250
42 1.050 330 585 840 1.315
48 1.200 375 670 960 1.500
50 1.250 390 695 1.000 1.565
60 1.500 470 835 1.200 1.875
72 1.800 565 1.000 1.440 2.250
Por este motivo, não são recomendados cestos com diâmetros muito grandes ou
rotações muito elevadas, o que acarretaria em quebra acentuada dos cristais de
3
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
açúcar. Diâmetros muito pequenos também não são recomendados pela baixa
eficiência de separação.
Uma relação ótima entre diâmetro e rotação é usada pelos fabricantes de centrífugas
com a finalidade de obter altos rendimentos e baixas quebras de cristais.
3 Tipos de Centrífugas
4 Centrífugas Descontínuas
4
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
4.1 Cestos
• Diametro do cesto pequeno (D)
G reduzido
• Nº de rotaçoes pequeno (N)
~
O nº adequado de furos é importante para permitir uma drenagem ideal do mel, a fim
de formar uma camada uniforme de açúcar sobre o cesto.
Características da tela:
5
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
• 2ª contratela: (sob a tela perfurada): malha com tela trançada plana. Por.
ex.: 7 mesh
Em cestos com anéis de reforço a espessura do cesto é menor; por exemplo, em cesto
para capacidade de 1.750 kg de massa a redução de espessura é de 17 para 10 mm.
Os anéis deverão ser forjados, sem solda.
6
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
7
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
4.2 Capacidades
É definido por:
8
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
A relação entre diâmetro e altura do cesto devem obedecer a faixa de 0,65 - 0,80 para
garantir uma estabilidade do cesto quando submetido a alta rotações.
9
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
b) Duração do ciclo
60
− Nº de ciclos: ---- = 20 ciclos/h
3
~ 6 sacos/ciclo
10
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
As capacidades das centrífugas tipo Mausa, em valores práticos (kg massa/ciclo), são
calculadas abaixo, de acordo com a geometria do cesto:
• Cesto paralelo
• Cesto cônico
11
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
Força gravitacional G
Modelo Diâm. Altura Altura Raios do cesto Capac. máx.
Centrífuga do cesto do cesto da Cmáx. (kg)
borda
(m) H(m) (mm) R(m) r(m) Médio * 1.200 1.500 1.350
Rm(m) rpm rpm rpm
TGB 1,07 0,61 155 0,535 0,380 0,462 415 740 1.155
P-650 1,25 0,80 158 0,625 0,467 0,550 648 880 1.370
Variant 1,25 1,00 195 0,625 0,430 0,534 967 - 1.330
1000
1,32 1,00 180 0,660 0,480 0,575 964 - 1.450
R3 - r3
* Rm = 2/3 (----------)
R2 - r2
12
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
O aumento das dimensões dos cestos exigiram melhorias na qualidade dos materiais
de construção, utilização de acionamentos mais potentes e mais eficientes, além da
automação da descarga, mas principalmente no aperfeiçoamento e melhoria dos
métodos de cristalização.
Nº ciclos/h 20
Fator G 1.000
Relação altura/diâmetro 0,8
Cesto
13
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
14
Tabela 4 - Cestos de Centrífugas Modernas de Diversos Fabricantes-Europa e Estados Unidos
Dados técnicos Mac 750 Mac 1.000 Mac 1.250 Mac 1.500 Mac 1.750
A diâmetro cesto (mm) 1.320 1.320 1.320 1.600 1.600
B altura cesto (mm) 800 1.000 1.100 1.100 1.100
C espessura camada 175 190 205 195 230
(mm) 750 1.000 1.250 1.500 1.750
Carga/ciclo (kg/cl) 3.32 4.15 4.56 5.53 5.53
Área filtração (m2)
1.000 1.000 1.000 1.000 1.000
Rotações (rpm) 1.200 1.200 1.200 1.100 1.100
1.450 1.450 1.350
735 735 735 895 895
Fator gravitacional G 1.060 1.060 1.060 1.080 1.080
1.550 1.550 1.350
Capacidade operacional
26 25 24 23 22
máxima (cl/h)
Acionamento com Selecionados em função do tipo de
motor trifásico, rotor máquina, rotação e capacidade
gaiola e inversor de operacional.
frequência, nas
potências de:
150, 200, 250, 285 e
315kW
15
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
Centrífuga Automática DZ
Características Principais
− Cabeçote:
X Freio pneumático tipo sapatas
X Acoplamento flexível
X Caixa de mancais com 02 rolamentos de contato angular e 01 rolamento de
rolos cilíndricos
X Eixo de aço laminado SAE-1045 com proteção de cromo duro
X Dispositivo de pendulação instalado na caixa de mancais
4.3 Fator de purga
16
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
Ap x G
FP = ----------
Cmáx.
Cada tipo de açúcar é relacionado a um fator de purga específico, cujos valores mais
comuns são:
Ex.: Centrífuga BMA-P650 operando a 1.500 rpm, diâmetros dos furos do cesto
= 6 mm (= 0,6 cm) e 500 furos/m2.
x 0,62
Ap = ----------- x 500 = 141 cm2/m2
4
G = 1.370 (Tabela 2)
141 x 1.370
FP = --------------- = 300
648
Verifica-se que a centrífuga acima opera bem para açúcar cristal de acordo com os
parâmetros apresentados. Para utilização da mesma centrífuga para massas menos
17
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
viscosas, como por exemplo, para açúcar refinado o cesto operaria melhor com uma
área perfurada menor e/ou rotações menores.
Tipo de centrífuga;
Controle manual, semi-automático ou automático das diversas etapas do ciclo;
Qualidade da massa cozida;
N° de centrífugas instaladas;
Qualidade do açúcar desejado.
Carga : 20 s
Tempo retirada mel pobre : 20 s
Lavagem com água : 15 a 30 s
Lavagem com vapor : 15s a 2 min
Frenagem e descarga : 1 min
18
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
Carga : + 20 s
Aceleração : + 35 s
Centrifugação : + 25 s
Desaceleração (frenagem) : + 35 s
Descarga : + 20 s
--------------
Total + 2 min 15 s
Lavagem com vapor: imediatamente após lavagem com água até próximo ao fim da
frenagem.
O ciclo total e os tempos de lavagem com água e vapor variam de uma Usina para
outra, dependendo fundamentalmente de:
Quanto mais uniformes forem os cristais e quanto menor for a viscosidade do mel
(varia inversamente com a pureza), mais rápido será seu escoamento entre os cristais.
19
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
Combinação de lavagem com água quente (80° - 90°C) e vapor (de preferência ao
redor de 5 kg/cm2, 150° - 180°C). Algumas usinas utilizam água fria (tratada).
Em alguns casos é possível atuar nos tempos de uma ou mais etapas do ciclo ou no
ciclo total com a finalidade de obter algumas melhorias no setor de centrifugação, tais
como, aumento de capacidade das centrífugas, melhoria de qualidade do açúcar
(temperatura, cor etc.).
Dados principais:
Possibilidades de ajustes nos ciclos das centrífugas (Figura 5), com atuação nos
seguintes tempos (quadro de comando elétrico):
20
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
Verificou-se, após medições dos tempos, que as centrífugas estavam trabalhando com
~ 14 ciclos/h.
21
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
(2)
(1) Ajuste (3)
Inicial intermediário Ajuste final
(1) - Com o ciclo total de 4'20" (13,8 ciclos/h) e com 10 centrífugas operando, chega-se
à seguinte produção de açúcar:
22
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
Para manter a produção média inicial de 15.900 sacos/dia com os ciclos alterados, foi
possível reduzir o n° de centrífugas em operação de 10 para 8 unidades.
Dados principais:
23
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
1 2 3 4 5 6
Carga de massa (200rpm)
Aceleração até 580rpm 0'00"
Aceleração até 1.180rpm 11"
Início lavagem com água 31" 40" 40" 45" 45" 45"
Final lavagem com água/início lavagem com vapor 1'06" (1'15") (1'15") (1'20") (1'20") (1'20")
Frenagem até 580rpm 1'58"
Frenagem até 200rpm 2'06"
Final lavagem com vapor 2'12" (2'00") (1'50") 1'55") (1'40") (1'40")
Descarga/carga de massa
Aceleração até 580rpm 3'07"
Tempo de lavagem com água 35" 35" 35" 35" 35" 35"
Tempo de lavagem com vapor 1'06" 45" 35" 35" 20" 20"
Temp. do aç. (média na rosca de aliment. do secador) 74°C 72°C 64,8°C 64°C 57,3°C 56°C
24
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
Temp. Temp.
Ciclos médios Temp. ensaque (°C)
água açúcar Temp. ar
BMA 650 TGB (°C) centrif. Ambient Secador Secador
e
Total Água Vapor Total Água Vapor (°C) (°C) 1 2
3'02" 31" 1'06" 4'19" 32" 2'40" 85 78,2 23,7 39,7 38,1
3'02" 31" - 4'19" 32" - 115 51,5 26,2 28,9 28,7
3'02" 31" 30" 4'19" 32" 30" 115 69,1 25,0 37,3 36,2
Película fina de mel que envolve os cristais: é aderente ao cristal por forças
capilares, dificilmente removíveis por simples centrifugação, necessitando da
operação de lavagem.
25
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
Em uma lavagem com água eficiente haverá dissolução de parte dos cristais formando
xarope que deslocará o mel residual. A água de lavagem é projetada sobre a parede
de cristais de açúcar, formando xarope de pureza elevada e drenando o mel residual
através da camada de açúcar.
26
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
A água é aplicada através de bicos apropriados e dispostos de tal forma que garantam
um recobrimento vertical total e uniforme da parede de açúcar. Normalmente, são
utilizados vários bicos tipo leque ordenados na vertical.
27
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
28
Tabela 10 - Bico de Lavagem - Jato em Leque de Médio Impacto - Excelsior
A lavagem com vapor tem a função de elevar a temperatura da massa contida no cesto
aumentando a fluidez do mel residual, facilitando a drenagem.
Pressão : 5 kgf/cm2
Temperatura : 275°C
29
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
Uma boa turbinagem, como já foi citado, depende muito das condições da massa
cozida:
Massas cozidas com velocidades de purga elevadas - carregar à baixa rotação, por
ex.: cristais grandes, cristais uniformes, mel de alta pureza.
30
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
Pulverização mais eficiente pelo efeito "flash" nos bicos das centrífugas,
melhorando a distribuição de água sobre a camada de açúcar.
Os ciclos das centrífugas deverão ser ajustados para a condição de lavagem com água
superaquecida. O controle de temperatura da água no tanque é feito geralmente
através de uma válvula termostática na linha de vapor.
31
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
32
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
33
CENTRIFUGAÇÃO E SECAGEM DE AÇÚCAR
34