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11 Regulagem de Moendas
11.1 Introdução
Para se ter uma idéia, tomemos um exemplo de uma moenda com 6 ternos
37"x78" com:
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Se obtivermos uma melhora na pol do bagaço em 0,2 pontos (De 2,2 para 2,0),
que a princípio parece ser pequena, como mostrado abaixo, do 1° para o 2°
caso.
1 dia safra
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9,5 ⋅ M ⋅ Fc
S' =
V ⋅ L ⋅ Fb
onde:
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π ⋅ (DTP + DSP ) ⋅ n
V= DTP e DSP em mm.
2000
Fator Nº Ternos
ternos 1° 2° 3° 4° 5° 6°
6 30 34 38 42 46 50
Fb 5 30 35 40 45 50
4 30 37 44 50
6 1.8 1.8 1.8 1.8 2 2.2
Fe 5 1.8 1.8 1.8 2 2.2
4 1.8 1.8 2 2.2
Fp 5 5 5 5 5 5
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DT − HT DS − HS D + HSP
C1= + + S' = SP + S'
2 2 2
DT − HT DE − HE D + HEP
C2 = + + E' = EP + E'
2 2 2
DT − HT DP − HP D + HPP
C3 = + + P' = PP + P'
2 2 2
DE + DP
C4 = + 15 - HP para HE ≥ HP
2
DE + DP
C4 = + 15 - HE para HE < HP
2
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CURSO DE OPERAÇÃO DE MOENDAS
Se a bagaceira for posicionada muito baixa, o bagaço ao passar sobre ela não
é comprimido suficientemente para impedir que o rolo superior deslize sobre a
camada de bagaço resultando em embuchamento nessa região.
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(A) - Marca-se um ponto qualquer (OT) que será o centro do rolo superior em
repouso.
(B) - Traça-se uma linha vertical (V1) e uma horizontal (H1) passando pelo
ponto OT.
(C) - Abaixo da linha horizontal H1 traça-se uma outra linha horizontal (H2)
paralela à primeira e distanciada de H. Esta distância H refere-se à
diferença de nível entre o centro do rolo superior e inferiores sem calço e
sem desgaste (condição de projeto do terno); depende da bitola da
moenda e do fabricante.
(D) - Se o castelo for inclinado a 15°, traçar uma linha com esta inclinação
passando pelo ponto OT. Se o castelo for reto, esta linha será vertical.
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(N) - Traça-se um arco de circunferência que passa pelos pontos P1, P2 e P3.
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Para a montagem dos ternos é feita uma Tabela de Regulagem (Tabela 11.3).
Esta tabela é utilizada pelos mecânicos das moendas para posicionar os rolos
e as bagaceiras nos castelos no início de cada safra. O preparo de moenda
correspondente ao exemplo indicado nesta tabela é para as seguintes
condições:
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Materiais necessários:
Cintel Esquadro
Compasso de centro Aparelho de nível ou mangueira
Prumo de centro Tabela de regulagem
Trena Ferramentas (chaves, lixadeiras etc)
Escala metálica Paquímetro
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(B) - Coloca-se o cintel com sua roldana apoiada sobre o semi casquilho
inferior (telha) do eixo superior (Fig.12.2). A qualidade do cintel é muito
importante para se obter uma boa montagem. O tubo do cintel deve possuir um
comprimento aproximado dos eixos, atravessando os dois castelos. Seu
diâmetro deve ser igual ou superior a 2" para se ter uma boa resistência à
flexão. O tubo, as roldanas e o medidor do cintel devem ser usinados com a
menor folga possível para se obter uma boa precisão de medidas.
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CURSO DE OPERAÇÃO DE MOENDAS
Feito isto, mede-se a diferença de nível entre o cintel e os rolos inferiores (ver
Fig.12.4). Obtendo-se as medidas He e Hs, respectivamente dos rolos de
entrada e saída. Estas medidas deverão ser tomadas em ambos os lados do
terno.
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He 708 709
Hs 710 712
Obs.: As medidas (He - Hre) e (Hs - Hrs) não reproduzem fielmente os calços
reais, uma vez que He e Hs são medidos na extremidade do eixo e não
na linha de centro dos mancais. Entretanto, como o desnível dos eixos é
pequeno, a diferença é desprezível. Se o desnível dos eixos inferiores
for muito grande, deve-se nivelá-los antes.
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(F) - Acerta-se o carrinho por meio dos parafusos (1) e (2) (Fig.12.5),
movimentando-o no sentido longitudinal de modo que a linha de centro da
bagaceira esteja avançada de medida AV constante na tabela de regulagem
em relação à linha de centro do rolo superior. Para evitar este procedimento
em toda a safra costuma-se marcar em forma de uma linha vertical, o carrinho
e o banquinho nesta posição. Com este procedimento, torna-se mais prático
acertar o carrinho, pois quando as duas linhas coincidirem, ele estará na sua
posição correta (ver fig. 12.5).
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friso do rolo de entrada. Deve-se pegar pelo menos dois frisos de cada lado do
rolo, devido a não uniformidade da profundidade dos frisos. Se todas as peças
estiverem com as dimensões conforme desenho, dentro da tolerância
aceitável, então a abertura deverá estar correta
Se ao passar o cintel e a abertura não estiver de acordo com a tabela, então
posiciona-se o rolo para que a abertura fique correta (Fig 12.6). Em seguida
mede-se a nova distância Re que será diferente da anterior. Esta nova
distância poderá diferir de um máximo de ± 5 mm da anterior. O importante é
deixar a nova medida Re igual em ambos os lados do terno para garantir o
paralelismo e um melhor assentamento entre o munhão e mancal. Repete-se
este procedimento para o rolo de saída, mas com as medidas As e Rs.
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o rolo de entrada não é perfeito, a tendência é que a medida AB1 real fique um
pouco menor que a da tabela e exatamente o oposto acontece com a medida
AB3. (Fig.12.8). É normal que a medida AB1 fique até 3 mm menor que o da
tabela. Esta diferença não é preocupante, uma vez que no ajuste da moenda
em movimento, o acasalamento se completará e as medidas AB1 e AB3
tenderão a se aproximar da tabela.
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