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Guia para Iniciação ao Estudo da Agroindústria Sucro-alcooleira

- A.14 -
CENTRIFUGAÇÃO DA
MASSA COZIDA:
CONDUÇÃO OPERACIONAL
DAS CENTRÍFUGAS E
SISTEMAS DE
CENTRIFUGAÇÃO
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1. INTRODUÇÃO
Massa cozida (MC) é constituída de duas fases:
a) fase sólida: cristais de sacarose;
b) fase líquida: mel ou licor mãe.
MC  semi-sólida, viscosa, escura e que apresenta diferentes graus de
pureza em função da riqueza dos materiais empregados na sua
elaboração.
Metade séc. XIX - gravidade - açúcar
Separação dos cristais de forma ou pão de açúcar
de sacarose do mel
Ação da força centrífuga Final séc. XIX
(turbinagem, purga Weston
ou centrifugação)

Centrífugas açucareiras - Weston (séc. XIX)


a) maneira de conduzir a operação de separação dos cristais;
b) velocidade dos cestos das separadoras;
evoluções
c) na forma de descarga;
d) no sistema de acionamento;
e) no automatismo. 2
CLASSIFICAÇÃO DAS SEPARADORAS

manual
a) fluxo intermitente semi-automático
Quanto a função da (MC de 1º) automático
forma separadora
b) fluxo contínuo

a) controle manual  todas as operações


acionadas pelo operador (partida carga/
aceleração, velocidade total - lavagem com
água e vapor - desaceleração -descarga);

b) controle semi-automático  as fases de


Quanto ao grau de automatismo partida carga e descarga são manuais,
na de fluxo intermitente mas as demais operações são
automáticas.

c) automáticas  todas as operações


automáticas; operador apenas observa.
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2. CENTRÍFUGAS DE FLUXO INTERMITENTE

2.1. Princípio de funcionamento: baseado no emprego


da força centrífuga e na de gravidade entre si, massa cai no
fundo da centrífuga e procura as paredes, quando se inicia a
separação do mel.

Força centrífuga = Fc = m.W².R


Fc = kgf; m = kg; W = velocidade angular radianos e R = raio
centrífuga

Força gravidade = Fg = m.g


Fg = kgf; m = kg; g = aceleração da gravidade, 9,81m/s²

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2.2. DESCRIÇÃO DA TURBINA CONVENCIONAL
- misturador de massa
- centrífuga
Partes do conjunto: - condutor de açúcar
- caixas de mel

a) Misturador de massa
- não deixar os cristais separarem do mel
• objetivo - aquecer ou manter aquecida a massa
- alimentar a centrífuga

• Depósito em U com agitador em serpentina

Aquecimento água
vapor

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b) Centrífuga
mecânico
Constituição pneumático
equipamento elétrico
Descrição - centrífuga convencional

vapor
água

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Detalhe das telas:

- arame trançado em espiral - topo fixo bem menor


Tela
- chapa perfurada circular
retangular
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cônico
Fundo cesto
plano

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c) Condutor de açúcar

- calha oscilante (bica de jogo)


Tipo
- esteira de borracha

Mesa retangular
componentes barra de sustentação
bica jogo motor ligado a excêntrico

Descarga de açúcar da centrífuga para o


condutor - bica de fogo
(Açúcar - VHP)

Condutor de açúcar
(bica de fogo)
sob a centrífuga 9
D) Caixa de méis
Tipo mel pobre
mel rico
• Caixas retangulares com bombas de recalque para depósitos de méis,
localizada atrás dos cozedores.

2.3. ACIONAMENTO
Motor vertical - 3 velocidades (200, 580 e 1180 rpm a 60 ciclos)
Potência arranque consumo ± 80%
regime ± 20%
2.4. CICLO DE CENTRIFUGAÇÃO
- Arranque - início da operação.
- aceleração e carga - 200  580rpm
- velocidade total - 1180rpm
- lavagem com água - 4 a 7L de água a  90ºC/120kg massa cozida.
- lavagem com vapor - pressão 2 a 5 kg/cm²
- desaceleração
- descarga - 50rpm
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- limpeza da tela - água e vapor
Tempo de centrifugação
Fatores que influenciam:
• viscosidade da massa;
• concentração da massa;
• tamanho e regularidade dos cristais;
• rapidez da aceleração;
• força centrífuga: velocidade/ diâmetro;
• tempo de freagem e descarga.

Valores segundo tipo de massa cozida


tempo(min) nº ciclo/h
Massa A — 2a6 — 30 - 10
Massa B — 4 a 10 — 15 - 6
Massa C — 10 a 45 — 6 - 1,3

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Ciclo de centrifugação  fases:
a) arranque  início da operação (sai da inércia - 50rpm);
b) carga-aceleração  velocidade de 200rpm, a carga começa a
processar até a velocidade de 600rpm. t1  0,5 a 1 min
c) velocidade total  velocidade plena (1000 a 1800rpm) com lavagem do
açúcar com água e vapor; t2  0,5 a 1 min (lavagem c/ água)
t3  1,0 a 2 min (lavagem c/ vapor)
d) parada  frenagem do cesto e reduz para 200 rpm;
t4  0,5 min
e) descarga  velocidade reduz para 50 rpm e a descarga do açúcar
(manual ou mecânica). t5  0,5 min
 t = 3 a 5 min

Definições > mel rico


> mel pobre

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2.5. CAPACIDADE DE CENTRIFUGAÇÃO

a) volume de 1) área lateral da tela;


Qto à capacidade MC do cesto 2) espessura da camada de MC;
das centrífugas 3) fundo do cesto (cônico/plano).
(função)

1) força centrífuga
b) duração do 2) tempo de aceleração, carga e
ciclo descarga da MC

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3. CENTRÍFUGAS CONTÍNUAS
Tipos de centrífugas contínuas:
a) Cesto cilíndrico
b) Cesto cônico eixo horizontal
eixo vertical

Centrífuga contínua horizontal


(Allis Chalmers) Cesto de 30º 14
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Esquema de instalação de turbinas centrífugas (Mausa)
Tubulações para massa,
água e vapor

Centrífuga contínua

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3.1. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:
• formação de uma película fina de massa cozida que sobe pelas
paredes laterais do cesto cônico  fluxo contínuo do centro
para as laterais  impulsão dos cristais para bordas superiores.

• Acionamento de cesto  eletricamente;


• Velocidade de operação  2600rpm;
• Capacidade de centrifugação  5 a 12 toneladas de MC por
hora.

Vantagens:
a) turbinas de alto rendimento;
b) economiza mão-de-obra;
c) adaptam-se a qualquer tipo de MC de baixo grau de pureza.
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3.2. ESQUEMA DE OPERAÇÃO

• reaquecimento da massa  50ºC


• alimentação da centrífuga
• separação do mel para centrífuga
• ascensão do açúcar na tela
• descarga do açúcar no transportador

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3.3. CONDUÇÃO E PREPARO DO MAGMA

• calha com condutor helicoidal

• adição de água (empastar açúcar) - magma

Pureza do magma 88 - 90%

3.4. DUPLA TURBINAGEM

• Magma novamente turbinado

• elevar pureza

Magma - pureza 94 a 96%

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