engenharia ltda
“A tecnologia tem sido um bem maior da humanidade. Permite abrigo, alimento, saúde e
lazer. Utilizar a tecnologia de forma adequada é nossa missão”
Reunion
Curso
TRATAMENTO DO CALDO
Antonio Roberto P De Andrade
Tercio Marques Dalla Vecchia
OUTUBRO 2009
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TRATAMENTO DO CALDO Reunion
Conteúdo.
1. Terminologia e conceitos.
2. Objetivo e considerações.
3. Peneiramento e hidrociclones
4. Regeneração.
5. Sulfitação.
6. Queima e preparo do leite de cal.
7. Dosagem e adição de polieletrólito.
8. Aquecimento do caldo.
9. Flasheamento.
10. Decantação e peneiramento de caldo clarificado.
11. Filtração do lodo.
12. Captação de bagacilho.
13. Apêndices.
14. Referências.
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ALGUNS CONCEITOS Reunion
Cana-de-açúcar industrial: Matéria prima entregue na indústria e constituída por colmos de cana
com palha e outros restos vegetais (impurezas vegetais) e outras matérias estranhas como: terra,
areia, etc (impurezas minerais). É o material que a usina verdadeiramente processa, em
contraponto com a cana do ponto de vista agronômico.
Caldo: Parte líquida da cana-de-açúcar. O caldo absoluto é constituído de toda água e todas as
substancias em solução presentes na cana.
Sacarose: Substância quimicamente pura de fórmula C12H22O11.
Açúcar: Sólido cristalino, orgânico, constituído basicamente por cristais de sacarose, envolvidos,
ou não, por uma película de mel de alta ou baixa pureza.
Açúcares redutores: Geralmente são monossacarídeos, em especial glicose e frutose, que tem a
propriedade de reduzir o Licor de Fehling.
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ALGUNS CONCEITOS Reunion
Bagaço: Resíduo da cana após a extração do caldo. No processo de extração por moendas,
cada terno tem o seu bagaço. No caso de extração por difusor existe o bagaço do difusor e dos
elementos de secagem do bagaço.
Bagacilho: Pequenas partículas de fibra, separadas do bagaço final e utilizadas como auxiliar de
filtração no tratamento do lodo.
Pol: Porcentagem em massa de sacarose aparente, contida em uma solução açucarada de peso
normal, determinada pelo desvio provocado pela solução no plano de vibração da luz polarizada.
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ALGUNS CONCEITOS Reunion
Cor Icumsa: É o índice de atenuação multiplicado por 1000. É uma medida da luz absorvida pela
solução, referida a luz incidida na solução. Utiliza-se solução filtrada para análise.
Turbidez: É a medida da luz que se dispersa em uma solução. É calculada medindo-se o índice
de atenuação antes e depois da filtração da amostra.
Cor Total: É a soma da cor e da turbidez. Calculada medindo-se o índice de atenuação sem a
filtração da amostra.
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OBJETIVO E Reunion
CONSIDERAÇÕES.
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COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO Reunion
CALDO
- água 75 a 88 %
- sacarose 10 a 21 %
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TRATAMENTO DE Reunion
CALDO
Para cristal, além dos itens acima, adiciona-se sulfito com o o objetivo de destruir produtos
que causam cor.
Para açúcar orgânico deve-se utilizar apenas produtos químicos permitidos pela
certificadora
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TRATAMENTO DE Reunion
CALDO
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TRATAMENTO DE Reunion
CALDO
TRATAMENTO DE CALDO
QUASE PADRÃO
PENEIRAMENTO
PRIMEIRO AQUECIMENTO
SULFITAÇÃO (SÓ PARA AÇÚCAR BRANCO)
CALAGEM
SEGUNDO AQUECIMENTO
FLASH
DECANTAÇÃO
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Reunion
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REAÇÕES NA Reunion
CLARIFICAÇÃO
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REAÇÕES NA Reunion
CLARIFICAÇÃO
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REAÇÕES Reunion
INDESEJÁVEIS
INVERSÃO DA SACAROSE
Decomposição da Sacarose em meio ácido
SACAROSE + ÁGUA ⇒ GLICOSE + FRUTOSE
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REAÇÕES Reunion
INDESEJÁVEIS
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REAÇÕES Reunion
INDESEJÁVEIS
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REAÇÕES Reunion
INDESEJÁVEIS
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REAÇÕES Reunion
INDESEJÁVEIS
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CONCLUSÃO:
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TRATAMENTO MECÂNICO
PENEIRAS
CUSH-CUSH
DSM
VIBRATÓRIAS
ROTATIVAS
ELIMINADORES DE AREIA
HIDROCICLONES
SEPARADORES DE AREIA
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CUSH - CUSH Reunion
Os sólidos presentes no caldo são retidos sobre as telas, sendo posteriormente removidos
por raspas (taliscas com rodo de borracha).
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CUSH - CUSH Reunion
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DSM
pouca manutenção;
fácil limpeza;
capacidade varia com o
espaçamento entre as barras;
abertura : 0,7 - 0,5 - 0,35 e 0,2 mm;
inclinação : 45 graus
capacidade: 60t/h por m linear ( 0,7mm)
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VIBRATÓRIAS
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PENEIRAS ROTATIVAS
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PENEIRAS ROTATIVAS
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PENEIRAS ROTATIVAS
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ASSEPSIA
Toda instalação para peneiramento de caldo deve contar com infra-estrutura e expedientes de
operação que procurem garantir uma boa condição de limpeza e assepsia, para se minimizar
a propagação de microrganismos. Os microrganismos dão origem a produtos indesejáveis
(ácidos orgânicos e polissacarídeos, como a dextrana) com efeitos negativos no processo,
comprometendo performance e rendimento.
Estes cuidados são extremamente facilitados nas instalações de peneiras rotativas, que
permitem a sua automatização, mas que não dispensam a atenção do pessoal da operação.
Antissépticos podem ser usados em tratamento contínuo ou dosagens de choque, mas água
quente e escova podem fazer uma grande parte do trabalho.
- escolha do produto;
- definir pontos de dosagem;
- acompanhamento microbiológico.
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REGENERAÇÃO
A utilização de correntes quentes que necessitam ser resfriadas para aquecer correntes frias
que precisam ser aquecidas é uma das melhores formas de economia de vapor. Nas usinas
de açúcar e etanol, são comuns as seguintes correntes:
Quentes:
• Vinhaça;
•Condensados;
•Caldo (mosto) para a destilaria;
•Vapores alcoólicos das colunas;
•Vapor dos últimos efeitos e dos cozedores.
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REGENERAÇÃO
Exemplos :
caldo clarificado para fermentação pré-aquecendo o caldo misto enviado para o tratamento
de caldo da destilaria;
vinhaça pré-aquecendo o caldo misto enviado para o tratamento de caldo para fabricação de
açúcar.
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REGENERAÇÃO
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REGENERAÇÃO
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SULFITAÇÃO
A sulfitação consiste em promover o contato do caldo com o gás sulfuroso (SO2), para sua
absorção.
Dentre todas as funções da sulfitação, a mais importante fica por conta de sua ação inibidora
da formação de cor.
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GÁS SULFUROSO Reunion
(SO2).
O gás sulfuroso, ou dióxido de enxofre (SO2), é obtido pela combustão direta do enxofre
sólido.
Como esta reação se processa com excesso de ar e sendo este ar úmido, pode ocorrer
a reação complementar de formação de gás SO3, precursor da formação de ácido
sulfúrico. O excesso de ar é tal que se consegue nos gases uma concentração de cerca
de 12 a 14% de SO2.
A reação complementar para SO3 se processa idealmente entre 400 e 500 oC, portanto,
o resfriamento rápido do gás de combustão a valores abaixo de 200 oC, logo após a sua
formação, minimiza a formação de SO3.
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GÁS SULFUROSO Reunion
(SO2).
O SO3, além de permitir a formação de ácido sulfúrico (H2SO4) responsável por corrosão
das partes metálicas dos equipamentos, permitirá, em reação com a cal, a formação do
sulfato de cálcio (CaSO4), o qual é mais solúvel do que o sulfito de cálcio (CaSO3), sendo o
primeiro e principal causador de incrustações nos evaporadores.
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GÁS SULFUROSO Reunion
(SO2).
Deste fato nasceu a sulfitação a quente, que visa o aumento da velocidade da reações de
cristalização do sulfito de cálcio, visando sua precipitação antes de sua passagem pelos
tubos dos aquecedores e evaporadores, que certamente incrustariam de forma mais
intensa.
Atenção : a temperatura do caldo não deve ser elevada a valores maiores do que o
estritamente necessário (70 - 72 oC), porque, valores acima aumentarão a taxa de inversão
de sacarose e a velocidade de decomposição de açúcares redutores, com formação de
cor.
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SULFITAÇÃO
FORNO DE ENXOFRE
A maioria das usinas utiliza fornos rotativos para a queima de enxofre sólido.
A alimentação dos fornos rotativos deve ser a mais contínua possível. Antigamente
a alimentação era manual e precária. Hoje, vários sistemas foram desenvolvidos
para alimentação controlada, alguns disponíveis no mercado, inclusive com inversor
de frequência (moega com rosca alimentadora). Atenção à qualidade do enxofre, que
precisa ser granulado ou, no mínimo, peneirado.
A eficiência de queima pode ser controlada pelo consumo de enxofre, por exemplo,
em g/saco de açúcar. (Variação 60g a 200 g/saco)
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SULFITAÇÃO
Nestes três casos elimina-se a coluna de absorção já que a absorção pode ocorrer sob
pressão em um misturador em linha na tubulação.
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SULFITAÇÃO
FORNO DE ENXOFRE
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SULFITAÇÃO
QUEIMA DO ENXOFRE
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SULFITAÇÃO
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SULFITAÇÃO
CÂMARA DE SUBLIMAÇÃO.
O nome destas câmaras deveria ser câmara de combustão, pois nela se completa a
combustão do enxofre. Seu volume deve permitir um tempo de residência (contato)
suficiente para conclusão da reação entre o enxofre vaporizado e o ar.
Por este fato o volume destas câmaras, geralmente, está aquém das reais necessidades.
Para garantir a combustão completa do enxofre, estas câmaras devem ter um volume de
cerca de :
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SULFITAÇÃO
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SULFITAÇÃO
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SULFITAÇÃO
a) Ejetores e Multijatos
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SULFITAÇÃO
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SULFITAÇÃO
COLUNA DE SULFITAÇÃO
Instalação muito simples e de fácil
manutenção.
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SULFITAÇÃO
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SULFITAÇÃO
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PREPARO DO LEITE DE CAL.
A queima em piscinas produzirá uma pasta com cerca de 15 oBé, sendo posteriormente
enviada aos tanques de diluição para correção da concentração a 4 a 6 oBé, constituindo-se
no chamado leite de cal, adequado à adição direta ao caldo, via controle automático.
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PREPARO DO LEITE DE CAL.
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PREPARO DO LEITE DE CAL.
Esta cal tem sido fornecida sem contaminantes do tipo : areia, pedregulhos, pregos,
pedaços de madeira etc.
Para preparo de sacarato esta concentração pode ser mais alta - 10 oBé.
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PREPARO DO LEITE DE CAL.
Considerações práticas :
- a água utilizada para queima deve ser limpa e isenta de impurezas solúveis;
- a cal hidratada deverá permanecer em repouso por, pelo menos, 4 horas após a queima;
- peneirar o leite de cal antes de seu envio ao processo - abertura 1,2 mm;
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PREPARO
LEITE DE CAL
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PREPARO DO LEITE DE CAL.
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PREPARO DO LEITE DE CAL.
Hidratador de Cal
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PREPARO DO LEITE DE CAL.
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USO DE MgO
O óxido de magnésio pode ser utilizado no lugar do óxido de cálcio com os mesmos efeitos.
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DOSAGEM
Funções da dosagem :
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DOSAGEM
Vantagem :
- menor inversão pelo aquecimento a pH=7,0.
Desvantagens :
- aumenta a ocorrência de incrustações;
- decompõe açúcares redutores.
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DOSAGEM
Vantagens :
- melhor controle de pH;
- formação de incrustações é reduzida;
- reduz corrosão dos equipamentos devido ao manuseio do caldo em
reação menos ácida.
Desvantagens :
- duas adições de cal.
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DOSAGEM
O sacarato de cálcio é obtido pela mistura 7 partes de sacarose para 1 parte de óxido de
cálcio (CaO). Esta proporção, e a adição do leite de cal no xarope, com agitação violenta (200
rpm) por 5 minutos, garantem a obtenção do monossacarato de cálcio que é totalmente
solúvel (o di e o trissacarato não são totalmente solúveis).
No leite de cal temos a maior parte do hidróxido de cálcio fica em suspensão e apenas uma
pequena parte em solução, sendo que apenas este em solução reage com os ácidos do caldo.
Portanto, o hidróxido em suspensão precisa primeiro se dissolver para depois reagir,
conquanto que no sacarato é maior a disponibilidade do cálcio acelerando a reação.
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Reunion
DOSAGEM
Considerações práticas :
- identicamente ao comentário feito em relação ao leite de cal aqui também há que se cuidar
pela manutenção de concentração uniforme no sacarato. Portanto, as concentrações do leite e
do xarope não devem apresentar grandes variações para não haver o comprometimento na
produção do sacarato;
- a utilização de sacarato resulta em caldos mais claros e limpos, no entanto gerando um lodo
mais fino e volumoso - necessário filtração bem dimensionada.
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Reunion
DOSAGEM
Controle do pH de dosagem.
Considerações práticas :
- a instalação deve permitir a substituição dos eletrodos para limpeza, sem prejuízo da
operação, nem risco de danos aos eletrodos;
- deve haver vários jogos de eletrodos disponíveis para substituição a cada 8 horas, ou
menos, dependendo da intensidade de deposição de impurezas na membrana. Os jogos
sobressalentes permanecerão em limpeza permanente no laboratório;
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DOSAGEM
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PREPARO E ADIÇÃO DE Reunion
POLIELETRÓLITO
O polieletrólito, na forma como é recebido, precisa ter sua molécula distendida, por
dissolução em água, para que então possa desempenhar bem sua função.
A solubilização do polieletrólito em água deve ser feita levando-se em conta uma série de
cuidados, a fim de garantir sua correta utilização.
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PREPARO E ADIÇÃO DE Reunion
POLIELETRÓLITO
- agitação;
- pH;
- temperatura.
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PREPARO E ADIÇÃO DE Reunion
POLIELETRÓLITO
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ATUAÇÃO DO
FLOCULANTE
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PREPARO E ADIÇÃO DE Reunion
POLIELETRÓLITO
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PREPARO E ADIÇÃO DE Reunion
POLIELETRÓLITO
Cuidados no preparo.
- os tanques devem ser construídos em aço carbono, mas revestidos com resina epóxy;
- a agitação mecânica deve ser leve = 20 rpm;
- diluição no preparo 0,1 a 0,5 % e na dosagem de 0,05 a 0,02 %;
- evitar o contato entre partículas de floculante úmido;
- o uso de um dosador vibratório para dispersão do pó em uma corrente de água gerada em
um funil dá bons resultados;
- após a dissolução a solução deverá descansar por uma hora;
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PREPARO E ADIÇÃO DE Reunion
POLIELETRÓLITO
Dosagem.
- utilizar rotâmetros para medição da vazão de solução enviada para cada decantador;
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PREPARO E ADIÇÃO
DE POLIELETRÓLITO
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AQUECIMENTO
- provocando a floculação;
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AQUECIMENTO
Temperatura do caldo.
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AQUECIMENTO
Vapor de aquecimento.
Geralmente são usados vapores vegetais para aquecimento do caldo, podendo ser
empregados, dependendo das condições da usina, até três fontes :
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AQUECIMENTO
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AQUECIMENTO
CÁLCULO DE AQUECEDORES
Q = S .λs = m.c p .(t 2 − t1 ) S = Vazão mássica de vapor
ls =Calor latente de vaporização do
vapor
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AQUECIMENTO
Onde
U = Coeficente global de troca térmica ( kcal/h/m2/C)
V = velocidade do caldo (m/s)
Ts = Temperatura do vapor ( C)
Normalmente
varia de 600 kcal/h/m2/C a 1000 kcal/h/m2/C (700 a 1163 W/m2/C)
Aquecedores a placas:
Coeficiente global cerca de 3 a 5 vezes maior do que o tubular vertical
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AQUECIMENTO
PERDA DE CARGA
DP = 0,0025 . V2 . N (L+1)/D
onde
DP = perda de carga em mca
V = velocidade do caldo em m/s
N = número de passes
L = comprimento dos tubos
D = diâmetro dos tubos
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AQUECIMENTO
Remoção de incondensáveis.
O vapor de aquecimento contém ar e gases dissolvidos que precisam ser removidos das
calandras dos aquecedores, pois seu acúmulo compromete o desempenho do
equipamento.
Retiradas :
- superior utilizada na partida;
- inferior utilização constante - deve ser regulada para evitar desperdício de vapor.
Seu envio pode ser feito para a caixa de evaporação seguinte àquela de onde é retirado o
vapor para o aquecedor.
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AQUECIMENTO
Remoção de condensados.
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AQUECIMENTO
Incrustações.
São o depósito de impurezas nas superfícies internas dos tubos dos aquecedores.. Estas
substâncias agem como isolantes, dificultando a transferência de calor e comprometendo o
desempenho dos equipamentos, que não aquecerão o caldo até as temperaturas
desejadas.
A bateria de aquecedores deve contar com corpos de reserva para permitir o rodízio de
operação para limpeza.
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AQUECIMENTO
Incrustações.
- limpeza química
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FLASHEAMENTO
Tirando proveito deste fato é que foi concebida a operação de flasheamento, que
consiste na expansão brusca do caldo de sua pressão na tubulação para a pressão
atmosférica.
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BALÃO DE FLASH
Deve-se evitar a sucção de ar pela saída de caldo do balão, através do uso de quebra-
vórtices. O ideal seria manter um selo entre a saída do balão e o nível de caldo no
decantador.
Câmaras amortecedoras e sifões podem ajudar a minimizar estes problemas.
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BALÃO DE FLASH
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TANQUES DE DISTRIBUIÇÃO DE CALDO
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DECANTAÇÃO
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Reunion
DECANTAÇÃO
- alimentação;
- controle da floculação;
- temperatura de alimentação;
- pH do caldo de alimentação e queda de pH;
- tempo de residência;
- extração de gases;
- vazão de retirada de caldo clarificado;
- nível de lodo no decantador.
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DECANTAÇÃO
Alimentação.
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CONTROLE DA Reunion
FLOCULAÇÃO
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CONTROLE DA Reunion
FLOCULAÇÃO
Figura10.1. – Micrografia de Iodo (A) Sem polieletrólito; (B) Com 5 ppm de polieletrólito
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TEMPERATURA DE Reunion
ALIMENTAÇÃO
No aquecimento final do caldo, sua temperatura foi elevada acima da temperatura de ebulição
à pressão atmosférica para eliminação de gases dissolvidos e ar, inclusive ocluso nas
partículas de bagacilho (105 oC).
Após o flash, a temperatura do caldo deve estar ao redor de 98 oC, que é uma temperatura boa
para alimentação dos decantadores.
- floculação incompleta;
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TEMPERATURA DE Reunion
ALIMENTAÇÃO
A queda de temperatura nos decantadores deve ser da ordem de 3 graus Celsius. Ou seja,
para o caldo entrando a 98 oC, deveremos ter um caldo clarificado saindo a 95 oC.
•o tempo de retenção do decantador que apresenta queda elevada de temperatura. Ele pode
estar sendo subalimentado.
Como citado no tópico “dosagem” o caldo a decantar deve apresentar um pH de cerca de 7,0 a
7,2 , que permite uma boa floculação sem destruição de açúcar.
- decomposição de lodo;
- aquecimento insuficiente;
Para os decantadores convencionais este tempo deve ser da ordem de 2,5 a 3,0
horas
Figura 10.2
Decantador SRI.
A – alimentação,
B – Poço de alimentação, C
– Chapa defletora,
D, E – Saída de caldo
clarificado,
F- sondas de Iodo,
G – Raspas de Iodo,
H – Tomadas para
liquidificação,
I – Raspas de areia
DECANTADOR
CONVENCIONAL
DECANTADOR CONVENCIONAL
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Reunion
EXTRAÇÃO DE GASES
O sistema de retirada de gases deve permitir sua limpeza com facilidade, devendo
ser instalado externamente ao decantador para comprovação de seu funcionamento,
mesmo em operação.
O cuidado deve ser maior nos decantadores com saídas de caldo em lados opostos,
para que a remoção de caldo num lado não seja maior que no outro.
- dosagem de polieletrólitos;
Raspas.
As raspas devem remover todo o lodo decantado, não permitindo que haja material
remanescente entre elas.
As raspas devem ser instaladas a ângulos de 45o, de forma a direcionar o lodo no sentido do
fosso central.
Seus braços e articulações devem permitir movimento para cima e para baixo e de rotação em
relação a seu próprio eixo, para que as ondulações das bandejas sejam varridas.
- floculação deficiente;
- tempo de decantação;
Temperatura pH final
Figura -Queda de pureza em Figura - Queda de pureza
40 h, em função da temperatura em 40 h, em função do pH final
- reduzir a temperatura do caldo aquecido para 85 oC, cerca de 3,0 horas antes
parada;
Spencer e Meade (1952) citam que caldo dosado a pH 7,6 a 8,3 pode ser mantido
por 22 horas a 71 - 82 oC, sem aumento de acidez nem inversão. Cuidado : a
temperatura não pode cair abaixo de 70 oC, o que aceleraria a atividade microbiana.
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CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS
Hugot (1), pg 437, cita que a redução de temperatura para cerca de 80 oC é muito
mais efetiva que a elevação do pH.
Lembrando :
- a elevação do pH aumenta-se a taxa de destruição de açúcares redutores, que
darão formação a ácidos que reduzirão o pH. Estes ácidos reagirão com o cálcio
formando sais. Se favorece a formação de cor.
- a redução da temperatura do caldo dificultará a decantação tanto do precipitado
como do bagacilho. (11) 4156-6688
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120
PENEIRAS PARA CALDO Reunion
CLARIFICADO
Mesmo com todos os cuidados tomados no tratamento do caldo, ou no caso de falha destes,
pode haver o escape de bagacilho pelo caldo clarificado. Há variedades de cana que facilitam
sobremaneira esta ocorrência, como a antiga SP 70-1143.
Como proteção contra este escape e com a finalidade de garantir a remoção da maior parte
dos insolúveis presentes no caldo, que certamente comprometerão a qualidade do açúcar, são
instaladas peneiras para peneiramento do caldo clarificado.
As peneiras mais utilizadas são as peneiras estáticas, inclinadas a 15o, ou do tipo DSM.
Utilizam-se também peneiras rotativas com sistema de limpeza automática.
Para as peneiras estáticas são utilizadas telas de aço inoxidável ou nylon, com malha de 200
mesh. Para as peneiras DSM se utilizam telas com espaçamento 0,35 mm.
Estudos mostraram que para peneiras rotativas pode-se utilzar 150 mesh com resultados
considerados bons.
O turbo filtro tem sido a opção mais adequada porem a de maior custo.
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PENEIRAS PARA CALDO Reunion
CLARIFICADO
Considerações práticas :
- a peneira é um equipamento auxiliar e não deve ser desculpa para descuidos nas
operações de tratamento de caldo. O tratamento de caldo deve ser conduzido
adequadamente sendo o responsável pela obtenção de um caldo clarificado livre de
partículas;
- deve haver capacidade suficiente em peneiras para que se possa promover sua
manutenção sem interrupção do peneiramento de caldo.
O filtro mais utilizado nas usinas de açúcar é o de tambor rotativo a vácuo, do tipo
Oliver.
Como o próprio nome indica, trata-se de um tambor rotativo, isto é, um cilindro que gira
na horizontal, suportado por seu próprio eixo, dispondo de um meio filtrante (telas
perfuradas) em sua superfície externa.
Este tambor é montado sobre um tanque que contém o lodo a ser filtrado.
1. FORMAÇÃO DA TORTA, “PEGA” Nesta seção o vácuo aplicado é baixo, de 7 a 10 “Hg, para
permitir uma boa formação da torta sem a passagem de grande quantidade de sólidos ao
filtrado. De qualquer forma este caldo filtrado será bastante turvo, recebendo a denominação
de filtrado escuro. É durante esta fase que o bagacilho auxiliará na formação de uma torta
porosa e de boa filtrabilidade. O controle do vácuo é importante para garantia de uma boa
formação da torta.
O objetivo da filtração do lodo é processar todo o lodo, obtendo uma torta com Pol menor que
1,0 %. Este é o melhor parâmetro para avaliação do desempenho da estação de filtração
a temperatura do lodo no filtro não deve ser menor que 80 oC, que diminui a viscosidade e
impede a solidificação de gomas e ceras;
o pH do lodo deverá ser corrigido para valores entre 7,5 e 8,5, para facilitar a manutenção dos
flocos e melhorar a filtrabilidade;
- água para lavagem da torta : deve ser filtrada, para evitar o entupimento dos bicos, e quente,
com temperatura superior a 80 oC. Geralmente se utiliza água na razão de 150 a 200% do
peso de torta produzida, devendo esta quantidade ser suficiente para manter um leve
excesso sobre a superfície da torta, sem escorrer. Bicos aspersores de cone cheio são
ideais.
- quantidade de bagacilho adicionada : 3,0 a 5,0 kg por tonelada de cana moída. Bagacilho em
excesso eleva demais a espessura da torta, aumentando a pol da torta. A falta de
bagacilho reduz a filtrabilidade, permite obstrução de telas e entupimento de
tubulações devido à maior quantidade de sólidos do lodo passando com o caldo.
É interessante avaliar periodicamente a retenção dos filtros, que deve ser mantida acima de
85%. Se a retenção ficar numa faixa muito baixa certamente sobrecarregará a decantação.
•concentração do lodo;
•qualidade e quantidade do bagacilho adicionado;
•faixa de vácuo durante a pega;
•tempo de formação da torta;
Os controles devem ser instalados no piso de operação da filtração para evitar que o operador
precise de deslocar para chegar aos acionamentos para suprimento de bagacilho, velocidade
do filtro e bombas de lodo, vácuo e caldo filtrado.
- tanque de lodo;
- misturador de bagacilho;
- bombas de lodo.
Ponto Comentário
5, 9, 10 e 13 Indicam linhas sob vácuo, que devem ser dimensionadas para o fluxo
de ar e vapor a densidades baixas. Devem ser soldadas para prevenção de vazamentos.
Inclinar as linhas que conduzem também caldo, para garantir a auto-drenagem.
Tanque de lodo.
• Sua capacidade deve absorver flutuações na vazão de lodo, mas sem significar um
tempo de retenção exagerado. Recomenda-se 6 a 15 minutos, no máximo.
• Este tanque deve dispor de agitador suave (baixa velocidade), para evitar a
decantação, mas sem destruir os flocos.
• O tanque deverá ser isolado para manter a temperatura do lodo acima de 80 oC. Se
for necessário o aquecimento do lodo no tanque, este deverá ser feito através de
serpentina de vapor.
• O operador do filtro deve dispor da informação do nível de lodo no tanque.
• O controle automático do nível da caixa de lodo deve estar relacionado
primeiramente com a capacidade de aumento da rotação dos filtros e em seguida
com a diminuição da retirada de lodo dos decantadores, que nunca deve ser levada
a zero, pelos motivos vistos em decantação. Se for necessária a operação de todos
os filtros sempre na rotação máxima e, mesmo assim, o sistema solicitar que se
pare de tirar lodo dos decantadores, com certeza o dimensionamento da seção de
filtração precisará ser revisto.
Misturador de bagacilho.
Bombas de lodo.
A instalação ideal seria aquela que permitisse o envio do lodo por gravidade do
decantador para o misturador de bagacilho e deste para o filtro, como medida para
evitar a quebra de flocos. No entanto, a maioria das instalações requer, no mínimo,
uma operação de bombeamento de lodo.
Considerações Práticas
- nas paradas programadas incluir a limpeza dos filtros. Sua operação com a água
aberta e com água quente no tanque durante uma hora promoverá a limpeza de todos
os componentes.
SEPARADOR TIPO
“LOUVRE”
separa bagacilho de boa
qualidade.
Instalação requer
grande”disponibilidade
de altura entre
transportadores,
dificultando seu uso;
Ventilador conectado
diretamente na moega Sua
instalação também requer
grande disponibilidade de
altura entre ransportadores
Pneumático.
- válvula rotativa.
Via lodo.
O bagacilho também pode ser transportado via lodo. Poderá existir seu transporte
pneumático até o tanque de mistura com lodo.
TRANSPORTE DE
BAGACILHO
Membrana Assimétrica
Filtrado
Fluxo, J
SLIDES REPRODUZIDOS BOD
Água Sais Sólidos
COD
COM AUTORIZAÇÃO DA Dissolvidos
Pequenos Polissacarideos
WGM
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UF na Indústria Açucareira Reunion
9 – Silva Jr., J. F. e Zarpelon, F – Color and Ash Levels in Process Streams at Three
Factories Producing Raw, Sulfitation White and High Pol Raw Sugars – Proceedings
ISSCT 16th Congress 1977.