Pesagem do Caldo

Objetivo

Quantificar o caldo em processo para se fazer

o controle da fabricação

Equipamentos empregados
Medidores de vazão, Caixas medidoras de
volume, balanças registradoras, etc.
Purificação do Caldo
Introdução
Objetivos

Obter caldo claro, brilhante e

transparente, eliminando impurezas
dissolvidas e em suspensão, sem afetar a
sacarose presente.
 Dispersóides do caldo de cana
(Von Weirmam & Ostwald)
Dispersóide (mm) % Espécies
Grosseiras >0,0001 2-5 bagacilho,
areia, terra,
etc.
Coloidais 0,0001- 0,05-0,3 ceras, graxas,
0,00001 prot., mat.
corantes, etc.

Moleculares e <0,000001 8-21 Sais minerais,

Iônicas ácidos org. e
alg. sub.
Coloidais.
Peneiramento do Caldo Bruto
Objetivo

Remover impurezas grosseiras

decorrentes de equipamentos

preparadores de cana, desgaste e/ou

mal acentamento da bagaceira.

Peneiras para Caldo
Várias são as opções de peneira para
caldo encontradas em usinas de açúcar.
Entretanto, as mais comuns são as do tipo
“Cush-cush”

Estas permitem, além da remoção das

impurezas, também o retorno das mesmas à
fase de moagem, possibilitando a
recuperação do açúcar contido
Vista Lateral do “Cush-Cush”
“Cush-Cush”- Vista Superior
b) Peneira DSM
 peneira estacionária foi desenvolvida pela DORR-OLIVER, consta de uma
caixa de alimentação, uma superfície filtrante e um depósito receptor de caldo
 capacidade de filtração: 455L de caldo/min (30 cm de largura por 160 cm de
comprimento)
 espaçamento entre barras.
Hugot - 7,5 TCH/dm - 1,0 mm
6,0 TCH/dm - 0,7 mm

Vantagens:
– não possui partes móveis;
– evita proliferação de microrganismos;
– pode ser instalada sobre as moendas;
– distribuir o bagaço por igual sobre a
esteira transportadora e;
– produzir um caldo com poucos sólidos
em suspensão.

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c) Peneiras vibratórias
- constituída de uma tela de filtração, uma estrutura metálica, um tanque receptor e
um motor acionador,
- plano inclinado de 15 a 30º

- Superfície filtrante: 0,02 a 0,03 m²/TCH

- Tela - 0,5 a 0,2mm diâmetro
- Motor 2 HP - 1800 rpm - 600 vibrações/min
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 d) Peneiras rotativas
- constituída de cestos das peneiras rotativas são de forma cilíndrica, tronco cônico
ou piramidal.

- Alimentação interna;
- Rotação - 8 -12 rpm
- superfície filtrante tela perfurada ou barras trapezoidais- 0,05 m²/TCH
- área filtrante - 0,1 - 0,05 m2 em rotação/min/TCH

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Desarenador tipo “Hidrociclone”
Processos
Fundamentos

Coagulação máxima dos colóides.

Formação de precipitado insolúvel

que, ao decantar, arrasta impurezas
coloidais responsáveis pela natureza
turva do caldo.
Variáveis Monitoradas
Temperatura
Coagulação de Proteínas
Floculação de Colóides
Mudança de reação do meio - pH
O processo deve ser conduzido
de modo que o final das reações
ocorra próximo da neutralidade.
Benefícios para o processo

Evita a ocorrência de entupimentos de bombas

Reduz a freqüência de surgimento de
incrustações em canalizações, aquecedores e
evaporadores
Possibilita a obtenção de açúcar de melhor
qualidade
Processos de Clarificação
Defecação Simples

(Açúcar Demerara /Açúcar Cristal Bruto)

Sulfo-defecação

(Açúcar Cristal Branco)

Defecação Simples
Etapas

Caldo Misto + Leite de Cal * Caldo Caleado

pH (4,8 a 5,8) Ca(OH)2 pH (7,7 a 8,2)

* Suspensão de hidróxido de cálcio em água

na concentração de 3-5 0 Baumé
1o Bé  1,84o Brix
Reações Químicas

Coagulação de Proteínas, Floculação de

Colóides e Formação de Compostos
Químicos Insolúveis de Forma Acelerada
7.1.3. COMPORTAMENTO DOS FOSFATOS EM FUNÇÃO DO pH:

Fases de dissociação química de fosfato: 1.0

0.9 (H3 PO4)
- 0.8
a) pH = 5 = H3PO4  H2PO4 + H +
0.7
(H2 PO4 ) 2-
(HPO4 )
-
(pH = 5,0 : 100% H2PO4) 0.6 3-
(PO4 )
0.5
- -
b) pH = 5 a 10 = H2PO4  HPO 2
4 +-H
+ 0.4
- 2 0.3
pH = 7,0 : 50% H2PO4+ 50% HPO4)
0.2
2- 3- 0.1
c) pH  10 = HPO 4  PO 4 + H +
0
2- 3- 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
(pH = 12,5 : 50% HPO4 + 50% PO4)
Para açúcar branco = pH 7,0 – 7,2 equilíbrio entre fosfato mono e biácidos
Para açúcar bruto = pH 7,5 a 8,0 maior quantidade de fosfato monoácido

Reações que ocorrem:

2Ca++ + K2HPO4 + KH2PO4  CaHPO4 + Ca(H2PO4)2 + 3K++
-
pH = 8,5 – H2PO4 Sais complexos – hidroxiapatita
Reações Químicas

Formação de Compostos insolúveis

Ca(OH)2 + HPO4-2 CaHPO4

Ca(OH)2 + H2PO4- Ca(H2PO4)2

Adição de Leite de Cal ao
Caldo Bruto
Processo Intermitente
Adição Contínua de Leite de
Cal ao Caldo
Processo Contínuo
Vazão de Leite de Cal
Controladores Manuais Tipo Calha
 p/ açúcar cristal branco

Processo de Sulfo-defecação
Fundamento SO2

Baseia-se na adição de anidrido

sulfuroso e leite de cal, como
agente de neutralização

Fases do Processo Ca(OH)2

Caldo Misto Caldo Sulfitado Caldo Caleado

pH (4,8 - 5,8) pH (3,8 - 4,3) pH (7,0 - 7,2)
Combustão do Enxofre

Produção do Anidrido Sulfuroso (S02 )

S + O2 SO2
deve ser isento de umidade

pureza: 95 - 99,5%
Processo de Sulfo-Defecação
Reação Química

Ca(OH)2 + SO2 CaSO3 + H2O

Suspensão Gás Sólido Líquido

Equipamentos para Sulfitação
 - Combustão reação de oxidação:
S + O2  SO2 + 70,2kcal
(ar)

temperatura do forno - 320-350ºC

temperatura da câmara combustão - 250-300ºC
temperatura do sublimador - 100-200ºC
Composição prática do gás - 6 a 14% SO2
quantidade de ar - (6 a 7m³/kg S)
Qualidade do gás ``uniformidade de alimentação forno (S)
qualidade do enxofre (pureza > 95%)

Forno fixo para combustão do enxofre

 a) coluna de b) forno de queima
sulfitação de enxofre
c) sulfitação misto
dimensionamento do equipamento
Eficiência do equipamento sistema de contato - caldo /gás
de sulfitação qualidade do gás

Consumo de enxofre - 280-300g/TC

 Ações do SO2 Sobre o Caldo
Purificante
No PCZ a Remoção de Colóides é Facilitada
Descorante
Sulfitação

Íons H+ Reduzem Materiais Corantes

Fluidificante
Remoção de Colóides Implica < Viscosidade
Preservativa - SO2 Exerce Efeito Tóxico
pH Ácido é Desfavorável
Neutralizante - No caso de Defeco-Sulfitação
Inversiva - SO2 H2SO3 (Meio Ácido)
Aquecimento do Caldo
Objetivos

Acelerar Reações Químicas

Coagulação de Proteínas

Floculação de Colóides com Carga Zero

Reduzir a Solubilidade dos Sais de Cálcio

Circulação de Caldo Durante o
Aquecimento
Esquema

Tipo de aquecedor:
• verticais
• horizontais

Bateria de aquecedores horizontais

Incrustações
Definição

Material insolúvel, na sua maioria sais

precipitados, Depositados nas superfícies

internas dos tubos de circulação de caldo

de aquecedores e evaporadores
 Limpeza dos Aquecedores
HCl 2% por 30 a 120 min., água e raspagem
Incrustações

com escova.
NaOH 2-5% , água, vapor e raspagem
com escova
Limpeza mecânica com escovas
especiais, água quente ou vapor
Caldo sulfitado circulando no aparelho
desligado por 1 semana
Decantação

Fundamento

Remoção de Impurezas Floculadas e

Coaguladas pela Ação de Agentes
Clarificantes e pelo Aquecimento.
A Separação se dá por Sedimentação e
Emersão.
Sistemas de Decantação

Decantação Intermitente.
Decantação Contínua.

mais usada no Brasil em usinas de açúcar

Decantador Tipo Dorr Decantação Contínua
 Decantador “Door” com tomadas
Decantador de caldo
externas de caldo
 Funcionamento:

Câmara de
coagulação
Caixa de
caldo claro Caixa de lodo

Câmaras de
sedimentação
Saída de caldo
clarificado
Câmara concentradora
de lodo

lodo
Filtração das Borras
Definição
Recuperação do açúcar presente nas borras
retiradas dos decantadores de caldo, através
de filtragem a vácuo.
O processo é executado em equipamentos
denominados de Filtros Rotativos a Vácuo
ou Filtros tipo Oliver.
Filtração a Vácuo

Produtos
Caldo Turvo e Caldo Claro.
Torta de Filtro
retornam aos tanques de caleagem

empregada como fertilizante em soqueira

Filtração a Vácuo
10. FILTRAÇÃO DAS BORRAS
 Objetivo  a operação de filtração visa recuperar o caldo arrastado com as
borras ou lodo, o qual tem considerável teor de sacarose.

Filtração Filtro Rotativo à vácuo

das borras Prensa Desaguadora

Eficiência da filtração:

- qualidade do caldo
- concentração do caldo
- adição de leite de cal (pH 7,5 a 8,0)
- adição de bagacinho - (6 a 10 k/TC)
- quantidade de água 100 a 150% peso
da torta
- temperatura da água - 75 a 80ºC
- vácuo para sucção Baixo - 10 a 25 cm Hg
Alto - 20 a 50 cm Hg Sistema de operação do filtro rotativo à vácuo
 Descarregamento do lodo em filtro de 13” x 32”

Filtro rotativo
 Esquema do Filtro Rotativo à vácuo

Constituído: filtro rotativo, acessórios do filtro, misturador de lodo e instalação

pneumática para transporte de bagacinho.

Superfície de filtração: 0,3 a 0,5m²/TCH