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Celso Evandro da Silva

Gerente de Campo - +55 16 9 8136 7124 - celso@alcolina.com.br


Tratamento de Caldo
Para melhores resultados no tratamento do caldo:
-Manter a maior estabilidade possível na vazão de caldo a ser tratado
-Manter um tanque pulmão com sistema de controle de vazâo,que permite absor
ver as variaçôes de interrupçôes ou parada da moenda.

O caldo de cana é uma suspensão coloidal, transporta carga elétrica negativa


onde as partículas suspensas apresentam diferentes faixas de tamanho e
composição química heterogêneas, tendo desde íons até partículas grosseiras.
O tratamento do caldo tem como objetivo eliminar a maior quantidade de não-
açucares evitando perdas de sacarose.
TAMANHO DA PARTÍCULA
NO CALDO
Em suspensão
Grande Coloidal Minúscula

D>1 D<1 D < 0,001

1 micron
= 1/1000 milímetro
Tipos de Impurezas
Basicamente o caldo de cana se apresenta com 2 tipos de Impureza :

As Impurezas Solúveis, as que se encontram dissolvidas no caldo ( materiais


corantes,sais minerais,etc ).
E as Impurezas Insolúveis, que se encontram em suspenção no caldo(terra,
areia, bagacilho,etc ).
Dispersões Diâmetro % Peso Espécies
Bagacilho, areia, terra, gravetos.
Grosseiras Particulas Maiores que 2–5
0,0001 mm.
Cera, gordura, proteínas, gomas, corante, dextranas,
Coloidais Particulas entre 0,05 – 0,3 amido.
O,0001 e 0,000001 mm

Açúcares:
Moleculares Particulas Menores que 8 - 21 Sacarose, glicose, frutose, maltose.
E 0,000001 mm(Solúveis) Sais minerais:
Iônicas Sulfatos, Cloretos, Silicatos, Fosfatos de: K, Ca, Mg e Na.
Ácidos Orgânicos:
Aconítico, oxálico, málico...
Tratamento de Caldo
Os tratamentos são simultâneos e se completam num fenômeno físico-químico.

1.
Tratamento Químico
Se utiliza as reações químicas no sentido de propiciar a purificação do caldo.

Cal = Ca(OH)2 = Hidróxido de Cálcio


Enxofre = SO2 = Sulfitação
Fosfato = P2O5 = Fosfatação
2.
Tratamento Físico
Não são usados produtos e sim processos físicos no sentido de purificar o caldo.
1.
Peneiramento
2.
Aquecimento
3.
Decantação
4.
Filtração
Purificação do Caldo
Simples-Defecação

Sulfo-Defecação

O Sulfito é um acidificante

A Cal é um mineral /Alcalinizante, e os dois são agentes de purificação do caldo.


Sulfitação
Objetivo: O processo de sulfitação consiste em adicionar o dióxido de enxofre(SO2) ao caldo na
forma de gás obtido a partir da combustão do enxofre em fornos rotativos.

A Sulfitação tem as seguintes finalidades:


1.Ação Descorante: É a principal ação, elimina materiais corantes do caldo,transforma compostos
férricos coloridos em compostos ferrosos incolores, favorecendo a Fabricação de açúcar cristal
branco.O ferro é um dos não açucares inorgânicos presentes no caldo,Os compostos férricos se
dissolvem formando solução de cor.

2.Ação Fluidificante: Reduz a viscosidade do caldo, xarope, massa, méis.

3.Ação Preservativa: Devido Anidrido Sulforoso é um poderoso Antisséptico, evita o


desenvolvimento de micro organismos prejudiciais.

4.Ação Purificante: Redução de pH, auxilia a precipitação e remoção de proteínas do caldo.

5.Ação Neutralizante: Os sais formados com a Cal são praticamente insolúveis em meio neutro ou
alcalino.
SULFITAÇÃO
Enxofre ESCAMADO OU LENTILHADO, verificar qualidade/especificação,
• Nos fornos Rotativos utilizados para queima de enxofre deve-se manter a alimentação a mais continua
possível.
• Queima enxofre – Varia de 300 à 400 g/tonelada de cana.
• pH caldo sulfitado 3,8 a 4,2 teor sulfito no caldo sulfitado 400 a 600 ppm.

SO2 RESFRIADO
ENTRE 150 E 200 ºC

FORNO DE ENXOFRE
(QUEIMA DO ENXOFRE)

ENXOFRE

VISTA FRONTAL
SILO DO FORNO
DE GIRANDO
ENXOFRE (EM CORTE)
ROSCA DOSADORA

ÁGUA

FORNO ROTATIVO
CÂMARA DE
S + O2 = SO2 SUBLIMAÇÃO
AR
(OXIGÊNIO)
ENXOFRE

AR PARA CONTROLE
DA QUANTIDADE DE
ENXOFRE QUEIMADO
Obtenção do SO2 (Sulfito)
Através da queima de enxofre – S +O2 = SO2

SO2 = Gás Sulforoso/Anidrido sulforoso/Dióxido Enxofre

Temperatura da queima – 350 ºCentigrados

Resfriamento abaixo de 200 ºC – minimiza a formação de SO3,e acima de 120 graus,para evitar
condensação do enxofre ocorrendo a solidificação/empedramento

SO3 ( Gás Sulfúrico )

SO3 + H2O (CALDO ) = H2SO4 que é Ácido Sulfúrico,extremamente corrosivo e ataca


equipamentos,tubulações.
H2SO4 + CAL = CaSo4 = Sulfato de Cálcio que é solúvel e Incrustante.
sai no caldo clarificado,sal cálcico solúvel
Sulfitação: a Quente e a Frio

Sulfitação a Quente Sulfitação a Frio


• Caldo Misto à 30°C; • Caldo Misto à 30°C

• Aquecimento à 70°C (melhora • Sulfitação (pH 3,8 a 4,2)


solubilidade e menor incrustação)

• Dosagem leite da cal (pH 7,0 a 7,2)


• Sulfitação (pH 3,8 a 4,2);

• Aquecimento à 105 – 110°C


• Dosagem leite da cal (pH 7,0 a 7,2);

• Aquecimento à 105 – 110°C; • Balão de Flash ( eliminar o Ar


dissolvido no caldo )
• Balão de Flash;
• Decantação ( separação das duas
• fases ).
Decantação.
Cálculo de Enxofre Queimado
• Queima = 400g de enxofre/tonelada de cana;
• Moagem = 6000 tonelada de cana/dia;

6000 tonelada cana/24horas = 250 tonelada cana/hora

250 tonelada cana/hora x 400 g de enxofre = 100kg de enxofre/hora

100kg enxofre hora/60 minutos = 1,67 g de enxofre por minuto.

Área de combustão = 0,02 m²/t.c.h

Rotação do Forno de Enxofre

Quantidade de Ar 6 a 7 m³ de ar / kg enxofre

Se caso faltar água no resfriamento dos gases

Fornos compridos mais eficientes

Automação no controle de temperatura dos gases resfriamento.


Dosagem

• Consiste em medir o pH do caldo dosado/caleado e controlar a vazão do leite


de cal para correção do pH do caldo;
• A dosagem da leite de cal pode ser feita através de válvula de controle ou
bomba dosadora com inversor de frequência (mais utilizado).
• Geralmente esse controle do monitoramento do pH em planta é feito através
de um eletrodo registrador e controlador continuo de pH (controle automático
do pH).
• Esse eletrodo no controle do pH deve ser mantido limpo, calibrado e aferido,
já que a intensidade da incrustação diminui a sensibilidade do sinal de pH.

• Os parâmetros de pH para os caldos são:

 pH dosado/caleado: 7,0 – 7,2


 pH clarificado: 6,7 – 6,9 ( queda de 0,3 pontos,seria excelente,mais aceitável
até 0,5 pontos entre o pH do caleado para clarificado.
 pH xarope: 6,0 – 6,2
AQUECIMENTO

Objetivos

•Acelerar as reações químicas


•Reduzir a viscosidade do caldo
•Saturar os saís formados nas reações químicas
•Provocar a Floculação
•Impedir o desenvolvimento de bactérias (Controle Microbiológico)
•Eliminar o ar contido no bagacilho, fazendo com que aumente seu peso
específico, consequentemente seu adensamento.

Parâmetros: Temperatura final 105 ºC à 110 ºC


Peneiramento do Caldo
Clarificado
Eliminar bagacilhos finos que passam pelo
decantador,deve-se utilizar uma malha/tela
poliester com abertura menor que 0,1
mm,observando analise de residuo insolúvel no
açúcar.
Caleação
É uma purificação do caldo, através da formação e precipitação de substâncias insolúveis.
Reação

CaO + H2O --- Ca(OH)2 = ( Hidróxido de Cálcio) Leite de Cal.


Reação exotérmica/libera calor
A Água quente 80 graus,melhora a eficiência da queima/hidratação.

Opção de trabalhar com sacarato de cálcio ( encontra-se na forma


iônica,reação instantânea,maior cálcio em solução.

Objetivo

Reagir com sulfito e com P2O5 (Fosfato), formando Sulfito e Fosfato de Cálcio, que
são sais Insolúveis em pH neutro e se precipitam na decantação por isso manter um
pH neutro 7,0, caso contrario esses saís seriam solúveis e sairiam com o caldo
clarificado, causando incrustações nos evaporadores.O pH neutro é ideal para
insolúbilizar/saturar os sais formados nas reações químicas entre leite de cal e SO2.
Finalidades da Caleação

- Neutralizar a Acidez do Caldo.

- Correção do pH do Caldo para Inibir a Inversão da Sacarose.

- Precipitações dos Colóides Existentes no Caldo; ou seja


Provocar a Floculação dos Colóides.

- Neutralizar Ácidos Orgânicos Presentes no Caldo formando


sais de sulfito e Fosfato de Cálcio.
Dissociação térmica do Carbonato de
Cálcio
• Dissociação térmica do carbonato de cálcio em fornos.

Observe o esquema abaixo:

CaCO3 – Carbonato de Cálcio

Queima/Calsinagem (900 à 1200°C)

Eliminação de CO2 ( Anidrido Carbônico ).

Fica na forma CaO

Classifica-se pela concentração de cálcio e magnésio


CAL DOLOMITICA

CaO = 52,5%
MgO = 37,5%

CAL CITICA – CAL VIRGEM ou CAL VIVA


CaO = 88% à 91%
MgO = 5%

Observação: Cal Cítica incrusta mais devido elevação teor de óxido


cálcio.

Cal Dolomitica incrusta menos, porém na hidratação as partículas


aberta de cal em contato com o caldo devido ao elevado teor de óxido de
magnésio, o caldo se torna mais opalescente / opaco, caindo a
transmitância do caldo em 15 pontos.
Decantação

Separação física entre sólido e liquido por diferença de densidade.

Observação
•Processo utilizado para separar os flocos formados no tratamento químico do caldo
( decantação para açúcar).
•Ou apenas para eliminar impurezas em suspensão (decantação para etanol).

Cuidados
•Acompanhar atentamente todos os decantadores, afim de que não apresente
bandeja com caldo sujo.
•Monitorar à concentração do lodo.
•A dosagem do polímero devera ser feita de forma continua na entrada do caldo no
decantador ( depois do balâo de Flash/ou balão de expansão ),
•Quando houver ponto de coleta do caldo após a dosagem do polímero, coletar o
mesmo em uma proveta e verificar a eficiência do polímero ou seja a separação das
2 fases.
Tipos de Decantadores
Convencionais
•Tempo Retenção = 3 horas
•Dosagem Polímero = 1 à 3 Gramas/ Ton. Cana

Desvantagens
•Manutenção elevada
•Maior inversão da sacarose
•Pior qualidade do caldo clarificado
•Maior custo

Decantadores sem Bandeja


•Tempo Retenção - 45 a 60 minutos.
•Dosagem Polímero – 5 Gramas/Toneladas Cana ( na pratica ).
•Manutenção - extremamente reduzida
•Menor Inversão da Sacarose
•Melhor qualidade do clarificado
Clarificação x Decantação
Decantação
•Fazer a separação física entre os flocos formados e o caldo clarificado.
•E na decantação que ocorre a precipitação dos flocos formados, eliminados pelo fundo do
decantador, na forma de lodo,borra,cachaça.
•O caldo clarificado sai na parte superior das bandejas, já isento da maioria das impurezas.

Parâmetros

•pH do caldo dosado 7,0 a 7,2


•pH do caldo clarificado 6,7 a 6,9
•Transmitância do caldo – >60% (à 760nm)
•Teor de P2O5 no caldo clarificado também indica se houve uma boa separação dos sais na
decantação.
•Deve ser o mínimo possível, devendo ser reduzido em pelo menos 80%, caso está redução
seja pequena, indica que não está havendo uma boa separação nos decantadores, causando
maiores incrustações nos evaporadores.
•Teor P2O5 no caldo clarificado = Torno de 30 ppm,teores mais altos indicam que não houve
uma boa saturação dos sais formados,o que aumenta a incrustação nos evaporadores.
Analise Visual da Clarificação
• Caldo com flocos pequenos – falta de polímero.

• Caldo turvo – pH baixo ou falta de sulfito.

• Impurezas flotando – temperatura do caldo baixa.

• Caldo com cor amarelado forte e cheiro característico – pH alto.


O que é um polímero
ou Polieletrólitos ?
Estruturas cujas moléculas são compostas de grande número de átomos unidos por ligações covalentes em cadeias longas.
Formando uma grande molécula chamada macromolécula ou
Cadeia polimérica,consiste em polímeros de alto peso molecular e de cadeia larga,com grande numero de pontos eletricamente ativos,ou com carga aniônica ou carga catiônica,são constituidos de agrupamentos de acrilamida ( acido acrilico ) e acrilatos de sódio.
O numero de unidades repetitivas na cadeia é denominado grau de polimerização ( peso molecular ).

A PALAVRA POLIMERO VEM DO GREGO

POLI ( MUITAS ) + MERO ( PARTES ).


Polímero

Caracteristica para o bom desempenho

•Atentar sempre ao peso molecular (milhões) - Floculação



•Carga aniônica (%) - Coagulação

Objetivo

•Agrupar os flocos formados nas reações químicas, deixando os mais pesados, para que
decantem mais rapidamente.
Polímero

Parâmetros de processo:
•pH Dosado (caleado) 7,0 a 7,2 (para açúcar)
•Temperatura do caldo saída dos aquecedores 105ºC a 110ºC
•Bom Flasheamento ( dissipa calor ),eliminar o ar dissolvido no caldo
• Ponto de coleta para verificação das duas fases ( caldo clarificado e lodo/borra/cachaça).
•Temperatura flotador 85ºC (diminuir viscosidade e densidade do xarope)
•Misturador estático flotador (melhora a homogeneização/mistura do polímero com o xarope)
•pH do lodo para filtração 8,0 a 8,5 (correção com leite de cal, quando utilizado polímero aniônico),torna os
flocos mais densos por aglomeração,mais agregados,melhorando a caracteristica do lodo)
•Pode-se utilizar rotâmetros para medição de vazão da solução do polimero na entrada de cada decantador.
Cuidados no Preparo do Polímero
• Concentração do polímero = 0,05% à 0,10%

• Dosagem do polímero = 1 à 3 gramas / ton. Cana

• Mexedor/Agitador do Tanque de preparo = 20 à 30 rpm

• Qualidade da água = isento de sólidos suspensos ( ferro)

• Tempo para uso = proceder preparo e consumir em até 10 horas

• Temperatura água de preparo = Não ultrapassar 50 ºC para evitar rompimento da cadeia polimérica

• Preparo polímero = Bem lentamente para não haver formação de grumos (pelotas de polímero)
Cuidados no Preparo do Polímero
 Os tanques devem ser revestidos com uma resina epóxi ou revestidos por uma chapa inoxidável
para que se evite uma reação espontânea do polímero com íons de ferro, tirando assim eficiência
do polímero;

 Dureza (cálcio e magnésio) menor que 30 ppm;

 O pH da solução em torno de 7,0 a 8,0 para tanques revestidos ou 9,0 a 9,5 para tanques não
revestidos

 Bombas inadequadas destroem a cadeia polimérica,recomenda-se bombas de deslocamento


positivo.
Cálculo para se obter o Volume do Tanque Cilíndrico

de Preparo:

π x Diâmetro² x Altura = Volume


4

ou

π x Raio² x Altura = Volume


Exemplo:
Diâmetro = 1,50 metros
Altura = 4,0 metros
3,1416 x 1,50² x 4,00 = 7,06m³
4
Concentração de Polímero 0,05 à
0,10%
Dosagem Polímero = Concentração
Volume do Tanque

Exemplo:

3,5 Kg Polímero = 0,05% concentração


7.000 Litros de Água
Cálculos de Preparo

Quantidade Polímero/Tempo de Dosagem tanque =ppm


Vazão

Exemplo:
Polímero = 3.500 gramas
Tempo = 5,3 horas
Vazão = 220m³/caldo

3.500g / 5,3 horas / 220m³ caldo = 3 ppm


Cálculo : ppm a ser Aplicado
Vazão de Caldo x ppm = kg/hora
1000

Exemplo:
Vazão = 220m³/caldo

220 m³ x 3 ppm = 0,660kg/hora


1000
Tempo de Dosagem do Tanque

Quantidade de Polímero = Tempo de Dosagem


kg/h

Exemplo:
Polímero = 3,5 kg
kg/h = 0,660

3,5 kg = 5,3 horas


0,660
Achar Quantidade Polímero
Vazão x. ppm x Dosagem Tanque = kg Polímero

Exemplo:

Vazão = 220m³/caldo
PPM = 3
Tempo dosagem tanque = 5,3 horas

220m³ caldo x 3 ppm x 5,3 horas = 3,5 kg de polímero.


CÁLCULO PARA OBTER O VOLUME DE CAIXA
(Retangular)
ALTURA x LARGURA x COMPRIMENTO = VOLUME
Polímeros Indicados

PPM Polímeros

Filtro Prensa 10 à 15 Magnafloc LT 30


Zetag 8127(catiônico
sem cal)
Flotador 10 à 15 LT27, LT30

Decantadores 1à3 LT30 -LT27,


LT27AG
Fuligem 0,5 à 1,5 Zetag 8846 FS
CL 8846
emulsão
POLÍMEROS PARA DECANTAÇÃO,
FLOTAÇÃO E FILTRO PRENSA.

SEDIMENTAÇÃO FLOTAÇÃO FLOCULAÇÃO


(decantador) XAROPE (filtro prensa ou à vácuo)
OU CALDA
colóides

Colóides Carga Negativa Carga Positiva ions CA++


Mecanismos de ação do Ca++
Coagulação e Floculação

Coagulação (micro flocos)


Significa juntar as partículas (coágulos) isto é, atingir o ponto isoelétrico no qual o potencial
ZETA é nulo.

Floculação (macro flocos)

Significa produzir flocos maiores, mais densos, mais pesados (adição de Polímero)

Coagulação = Demora de 30 a 60 segundos


Floculação = Demora 15 minutos
PARTÍCULAS COLOIDAIS NO
CALDO

A maioria das particulas a serem floculadas no


caldo tem carga NEGATIVA {-}

+ +
+ + + + – Ions de carga Cationica {+} se formam
+ + + + ao redor das particulas.
+ + + + + +

A força de repulsão entre as partÍculas é


MAIOR que a força da gravidade. Como
resultado, as partÍculas se mantém em
suspensão e não decantam!!!!CALDO SUJO.
Floculação por formação de “pontes”

2+
Ca 2+
Ca

- -

Ca
-
2+

PO
2+ 2+

2+
2+
Ca Ca a2+Ca

-3
Ca Ca
2+

4
Ca -3 a2+
C

2+ P
Ca

Ca

PO a2+
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-3

2+

2+
4

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PO

Ca
C 2+

-3
-3

4
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-
O4

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2+P

-
2+ 2+ a 2+ 2+
Ca
-

Ca Ca
Ca Ca C Ca

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2+

PO
Ca
-3 2+
2+ 2+
Ca -3

Ca
-3

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-

4
-3

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4
PO

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Ca
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2+
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-3 4

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PO

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4

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4

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2+

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Ca

Ca

2+ 2+
2+

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Ca

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2+
4

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PO

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PO
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-

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-
2+

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Ca
Ca
2+
Ca a2+Ca a 2+

2+
C Ca

Ca
C

C
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-

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2+
Ca
2+
-
2+ 2+ 2+ 2+
Ca a
- Ca C Ca

--
2+
Ca 2+
Ca

- - -
Ca2+

Ca
2+

PO
2+ 2+

2+
2+
Ca Ca a2+Ca

-3
Ca
-
2+
Ca

4
Ca
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Ca2+

2+ P
Ca

Ca

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-3
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4

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2+
- - - 2+P 2+

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Ca Ca Ca

Ca Ca
2+ Ca C Ca

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2+

-3
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-3 2+
2+ 2+
Ca -3

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2+
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- -
4

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Ca
-

Ca
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-3 4

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PO
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Ca2+

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4
P2+O

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--

4
+

PO

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Ca

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2+ 2+

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2+ 2+

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2+
Ca
2+
Ca Ca Ca a2+ Ca

Ca

2+ 2+
2+

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Ca

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Ca

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Ca

2+
Ca
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4
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C

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4
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4

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Ca
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4
4 C
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2+
2+

Ca -3 2+
2+ 2+ 2+ O 4

2+
2+

Ca
Ca Ca a2+ Ca Ca 2+ 2+ 2+P 2+

2+

2+ C
2+ a 2+
Ca Ca
-

Ca Ca
Ca 2+ Ca C Ca

Ca

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-

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- -

2+ 2+
2+
C
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-3
- -

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4
-3

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Ca
2+

4 PO

-3 2+
2+
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PO
4

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2+ Ca

Ca
Ca -3
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4

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-3

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PO
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Ca
4
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4
2+ 2+ 2+

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2+ a

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Ca Ca

Ca Ca
- - - -

2+
Ca C Ca 2+ 2+

Ca
Ca

Ca

2+ 2+
2+

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4 C
Ca

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Ca

2+
Ca
-3

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Ca

2+
-3

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-
-3

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2+
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PO
4

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-
4
PO

Ca
Ca

2+
2+
2+ 2+ 2+

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Ca
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2+
Ca

Ca
-
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Ca

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Ca 2+
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- Ca
2+

Ca
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2+ 2+ 2+

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Ca Ca a2+ Ca

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Ca 2+

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Ca
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2+
2+

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2+P

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Ca

PO 2+
PO-3
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Ca 2+ Ca C Ca

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Ca
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2+ 2+

2+ C
2+

2+ Ca
a 2+ Ca Ca

Ca
Ca -3

Ca Ca
Ca -3C Ca

2+

POCa
-3
PO
-3 4

-3

PO
C
PO

2+

-3 2+
4

Ca

2+

2+ 2+
Ca -3

Ca
P2+O
4

-3

PCO
2+

4
Ca

a
PO
Ca

2+

4 PO

-3 2+
2+
Ca Ca

Ca a2+

a4
PO

2+
2+ 4

2+ Ca

Ca
Ca
2+
Ca

Ca -3
Ca

2+ 2+

2+
-3
PO
2+ 4

PO a2

4 C
Ca
-3

-3
C

2+
Ca PO
4

2+
Ca

2+
-3

2+

Ca
P2+O
4

4
Ca

2+

PO
a 2+
-3
Ca

2+

Ca Ca
2+
-3

2+
C
2+
2+
PO
4 2+

Ca
-

Ca
PO
4 2+
Ca

Ca

2+ 2+
Ca

PO a2+

4 C
Ca

+
Ca

Ca

2+
Ca
-3

2+
2+

Ca
2+

2+
2+ 2+ 2+

a 2+
-3

Ca
Ca
2+

2+
-3
Ca a2+ Ca
-

C
2+
2+
PO
4
Ca

Ca
PO
4

2+

Ca
Ca
-

Ca
C

Ca

2+
C
2+
2+

2+
2+ 2+

Ca
Ca
2+
Ca a2+ Ca

2+
2+
Ca

Ca

2+
Ca

Ca
C

2+

2+
Ca
2+ 2+

2+
-
2+ 2+
Ca a
- Ca C

Ca
Ca

2+
2+ 2+ 2+ 2+
Ca Ca C
a
Ca

Ca 2+

Partículas Polímero aniônico de Partículas


desestabilizadas alto peso molecular floculadas
Como funciona um
POLÍMERO?

O mecanismo principal é baseado em atração


eletrostática;

•Atração entre as cargas positivas e negativas.

•Similar a atração magnética de ímãs.


Grau de Hidrólise

Os polieletrólitos são constituídos de copolímeros de


acrilamida e acrilato de sódio em proporções variáveis.

A relação entre a massa molecular dos grupamentos


acrílicos e a massa molecular total da cadeia determina o
grau de hidrolise do polímero,ou seja grau de hidrolise é a
% de acrilamida sobre a soma de acrilamida e acrilato de
sódio na cadeia polimérica.
G.H = Y
100 (%)
X+Y
Y = representa acrilamida e
X = representa acrilato de sódio
Força Eletrocinética
Coagulo / Impureza Força Eletroestática

Coagulos se repelem (IONS NEGATIVOS)


25 milivolts

Ca++ (Valência Positiva)

Desestabilizar Neutralizar esta força

Micro – flocos

Polímero Macro - flocos


Flocos Maiores
+ DENSOS
+ PESADOS
LEGENDA +
+ + +

IMPUREZA +

PROTEINA

+ + +
+ IONS DE Ca ++

+
+
+
+

Formação de precipitado
DOSAGEM

Polímero
Quantidade
QuantidadeCORRETA
CORRETAde
depolímero
polímero

Polímero Sólidos em Suspensão Floculação


DOSAGEM

Polímero
Polímero Quantidade
QuantidadeememEXCESSO
EXCESSO
de
depolímero
polímero

+
Excesso de polímero
provoca o fenômeno da repulsão
Sólidos em Suspensão
POLIMERO
Horas
0
1
2

3
CADEIA DE POLÍMERO EM PÓ
LEGENDA

IMPUREZA

PROTEINA

+ IONS DE Ca ++

POLÍMERO ANIÔNICO

Macro Flocos
Quantidade Empregada na operação
Tanto para a seleção do melhor polímero, como para a otimização da sua dosagem,
recomenda-se testes preliminares em laboratório.
Filtração do Lodo
Objetivo
Defini –se a filtração como a separação de sólidos suspensos em um líquido
pela passagem através de um meio permeável (meio de filtragem), ou seja,
recuperar o açúcar do lodo, retornando ao processo na forma de caldo
filtrado.
Cuidados: Operação Filtro Rotativo
• Pressão da água de embebição, lavagem da torta + ou – 2 kgf/cm 2

• Temperatura da água de embebição > 80 graus centigrados

• Baixo vácuo 7 à 10 pol/ Hg formação da torta,resulta caldo turvo

• Alto vácuo 18 à 22 pol/ Hg depois que o filtro formou a torta, faz a sucção, secagem da torta,resulta caldo mais claro.

• Retenção dos filtros > 85% retenção baixa certamente sobrecarrega a decantação (Retorno de Impurezas)

• Água de lavagem da torta deve passar por um filtro p/ evitar o entupimento dos bicos.

• Efetuar periodicamente inspeção e limpeza dos bicos se necessário substituir os bicos danificados

• Efetuar raspagem das telas dos filtros nas áreas obstruídas por ceras

• Efetuar a lavagem da torta, sobre toda a camada da torta do meio filtrante


Cuidados: Operação Filtro Rotativo

• Torta de Filtro - Pol deve ser a menor possível. Umidade maior que 75%
• Lodo - Temperatura > 80 ºC, diminui a viscosidade e impede a solidificação de
cera.
• Quantidade de Bagacilho o suficiente para dar porosidade na torta de filtro 6 à
7 Kg Bagacilho por ton. Cana

• Espessura da torta 07 a 10 mm
– Espessura da torta muito fina (falta bagacilhos) reduz a filtrabilidade passa
impurezas pela tela
– Espessura torta muito grossa (excesso bagacilhos), aumenta a pol da torta,
dificulta a drenagem (lavagem do açúcar).
FITRO PRENSA - DESAGUADORA
• Formação da Torta – A filtração se inicia no segmento horizontal, chamado de
mesa desaguadora aonde o lodo é distribuído, já com a dosagem de polímero
(aniônico ou catiônico). Local onde se visualiza a floculação e, posterior embebição
com água.

• Filtração e Lavagem – Na próxima seção acontece a sucção com baixo vácuo (2


pol/hg), em seguida vácuo alto (5 pol/hg). Separando caldo filtrado que e enviado
para o processo. (Etanol ou Açúcar).

• Durante o percurso da tela existe bicos de lavagem da torta, (água de baixa


pressão) e bico de lavagem da tela (Água Alta Pressão ), a água utilizada na
lavagem da tela é reutilizada na embebição da moenda.

• Secagem e descarga da torta – A tela filtrante passa por uma seção de


prensagem que e feita por cilindros rotativos, promovendo o deságüe do lodo por
pressão.

• Velocidade da tela filtrante – 6 a 8 metros / minutos.


Filtro Rotativo a Vácuo

Vantagens: Desvantagens:

• Pode operar sem necessidade de • Umidade alta da torta de filtro 70 a


polímero no lodo. 80%,portanto maior peso de torta a
• Produz caldo filtrado com brix mais ser transportado .
elevado,favorece o balanço de vapor e • Maior área ocupada.
maximiza a capacidade de evaporação. • Maior custo de manutenção.
• Maior quantidade de torta
produzida.
• Operação com Bagacilho.
Filtro Prensa

Vantagens: Desvantagens:

• Umidade da torta mais baixo 60 a • Produz caldo filtrado com brix


65%, significa o peso menor de torta a mais baixo.
ser transportado • Maior consumo de polímero.
• Consome menos energia elétrica • Geração de água na lavagem da
• Pode operar sem necessidade de tela com 0,5 brix ( embebição)
Bagacilho, economiza no sistema de • Brix do caldo filtrado mais diluído
peneiramento e no transporte de
Bagacilho.
• Produz caldo filtrado de melhor
qualidade.
• Maior facilidade operacional.
Retenção do Filtro
Calculo:

% Impureza lodo x Brix do lodo/Impureza do filtrado x Brix do filtrado


---------------------------------------------------------------------------------------------- x 100
% Impureza lodo x brix lodo
Para se avaliar o quanto se perde em açúcar
no setor de filtração

Exemplificamos

- Produção Torta = 40 kg torta / Ton. Cana


- Pol de 1% = Perda de 0,4 kg / Ton. Cana
- Pol de 4% = Perda de 1,6 kg / Ton. Cana

* Ex: Usina Moendo 10.000 Ton.Cana Dia


Com Pol de 1% = Perda de 0,4 Kg x 10.000 T.C.D = 4.000 kg/ açúcar dia.
Com Pol de 4% = Perda de 1,6 x 10.000 T.C.D = 16.000 kg de açúcar dia.

Uma Safra de 180 dias


Pol de 1% perda de = 4.000 kg açúcar/ dia x 180 dias = 720.000 kg
Pol de 4% perda de = 16.000 kg açúcar/ dia x 180 dias = 2.880.000 kg
Fluxograma Flotação de Xarope
Macro-floculação e
Flotação

LEGENDA

IMPUREZA

AERAÇÃO/Micro-bolhas

+ IONS DE Ca++

POLÍMERO ANIÔNICO

FLOTAÇÃO/FLUTUAÇÃO
“Desejo uma ótima Safra aos
funcionários do Grupo Biosev, que as
metas, planejamentos e objetivos sejam
alcançados”.
AS GRANDES COISAS SÃO IMPORTANTES, MAIS OS
DETAHES FAZEM A DIFERENÇA.

NÃO IMPORTA QUEM FAÇA O GOL,QUEM GANHA


SEMPRE É A EQUIPE.

OBRIGADO.

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