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Engenharia de Açúcar e Álcool

CONCEITOS BÁSICOS

TRATAMENTO DO CALDO

Setembro 2008

OBJETIVO:

Criar a cultura do aprendizado


contínuo na Dedini e garantir um
nivelamento mínimo do conhecimento
técnico x comercial.

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Programa a ser apresentado: TRATAMENTO DO CALDO

1ª Aula 8:00 – 10:00 h Conceitos Básicos – Generalidades


Fluxogramas de Processo
Pré-Tratamento do Caldo
2ª Aula 8:00 –10:00h Tratamento do Caldo: Sulfitação
Fosfatação
Calagem / Sacarato
Aquecimento
3ª Aula 8:00 -10:00h Tratamento do Caldo: Balão de Flash
Polímeros
Decantação / Peneiramento
Filtração do Lodo
4ª Aula 8:00-10:00h Concentração do Caldo: Pré-Evaporação / Evaporação
Flotação
Avaliação

CONCEITOS BÁSICOS

• CALDO MISTO:

Caldo obtido no processo de extração e enviado para a fabricação -


processamento;

•CALDO CLARIFICADO:

Caldo da cana de açúcar resultante do processo de clarificação.

•CALDO FILTRADO:

Caldo obtido nos filtros como resultado da filtração do lodo;

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CONCEITOS BÁSICOS

• CONTEÚDO DE CRISTAIS % MASSA COZIDA:


Porcentagem em peso de açúcar cristalizada presente em uma massa Cozida.

• LODO:
Fração pesada obtida da decantação do lodo, constituída de material insolúvel
sedimentado.

• MASSA COZIDA:
Produto resultante da concentração do xarope ou do mel constituído de cristais de
açúcar envoltos no mel-mãe.

• MAGMA:
Mistura de açúcar com xarope, caldo clarificado, água ou mel, para ser usada como
pé de cozimento.

CONCEITOS BÁSICOS

• MEL:
Solução resultante da centrifugação da massa cozida.

• MEL FINAL OU MELAÇO:


Mel obtido da massa cozida final e do qual não seria retida mais açúcar.

• SEMENTE PARA GRANAGEM:


Suspensão em álcool de partículas de açúcar moído, utilizada para
a granagem.

• TORTA:
Resíduo obtido da filtração do lodo dos decantadores.

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CONCEITOS BÁSICOS

• XAROPE:
Material resultante da evaporação parcial do caldo de cana clarificado de
consistência aproximadamente de 65° Brix.

• AÇÚCAR:
Sólido cristalino, orgânico, constituído basicamente por cristais de sacarose
envolvidos, ou não, por película de mel de alta ou baixa pureza.

• BRIX:
Porcentagem em massa de sólidos solúveis contidas em uma solução de
sacarose quimicamente pura.

• Pol:
Porcentagem de sacarose contida numa solução açucarada de peso normal.

Fluxogramas dos Processos

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QUADRO I - FLUXO BÁSICO DE PRODUTOS - USINA DE AÇÚCAR E ÁLCOOL

Cana Palha Água


- Refinado Granulado
- Refinado Amorfo Bagaço/Palha
- Açúcar Líquido
Vapor Escape Vapor Escape
EXTRAÇÃO CALDO
Caldo . Recepção Cana Caldo
. Preparo Cana
Água Torta . Moagem / Difusão Água
-- Lignina (Cald.)
- Hidrolisado
Bagaço/Palha
FABRICAÇÃO AÇÚCAR FABRICAÇÃO DHR
. Tratam. Caldo Melaço/ ÁLCOOL
. Evaporação Mel Rico . Fermentação
Vapor
. Cozimento Vivo . Destilação
. Centrifugação . Desidratação
. Secagem Vapor Vegetal . Armazenagem
Refinaria . Armazenagem

E. Eletr.
- Álcool Anidro
E. Eletr. GERAÇÃO DE ENERGIA E. Eletr. - Álcool Hidratado
. Caldeiras (Geradores de - Álcool Neutro/ Extra-Fino
Aç. Cristal Vapor)
Branco Vapor Escape . Geradores de Eletricidade Vapor Escape

Açúcar Gás E. Elétrica


VHP Óleo (BPF) (Export.)
(Export.) Lenha Vinhaça
Lignina
Água
CURSO ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO E TECNOLOGIA INDUSTRIAL
Fluxo de Águas, ver Quadro II. NO SETOR SUCROALCOOLEIRO - PROF. D'AVILA

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FLUXOGRAMA GERAL
AÇUCAR CRISTAL E
ÁLCOOL

FLUXOGRAMA GERAL
AÇUCAR CRISTAL E
REFINADO

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TRATAMENTO DE CALDO
P/ FABRICAÇÃO DE
ÁLCOOL

TRATAMENTO DO
CALDO PARA AÇUCAR

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PRÉ--TRATAMENTO DO CALDO
PRÉ

• Limpeza da Cana

• Peneiramento de Caldo Bruto

• Regeneração de Calor

OPÇÕES PARA LIMPEZA DE CANA:

• Limpeza a Seco

• Lavagem da Cana

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VANTAGENS DA LIMPEZA A SECO:

• Não há perda de sacarose;

• Eliminação da palha e parte da areia;

• Impacto ambiental reduzido;

• Aproveitamento energético da palha;

• Redução captação e tratamento de água

FINALIDADE DA PENEIRA:

Eliminar materiais grosseiros em suspensão, tais como: areia,


pedaços de cana e de bagaço
(bagacilho).
Vantagens:
•Evitar desgaste de rotores de bombas, tubulações, válvulas e
equipamentos;
• Menor sobrecarga nos decantadores e filtros
(melhor qualidade do produto final)

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MATERIAL EM SUSPENSÃO NO CALDO:

Variável em função de:


• Variedade da cana;
• Lavagem da cana;
• Preparo da cana;
• Fibra da cana;
• Clima;
• Tipo de colheita (mecânica ou manual);
• Teores de impurezas (areia + bagacilho) => 0,1 – 1,0%
• Copersucar (Estado de São Paulo) => 0,3 – 0,6%

TIPOS DE PENEIRAS:

•Peneiras Estáticas (Cush


(Cush--Cush
Cush,, DSM, ...)

•Peneiras Vibratórias

•Peneiras Rotativas

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Peneira Rotativa:

Cilindro rotativo inclinado:

• Superfície instalada: 0,13 – 0,15 m² / TC

• Acionamento: 2 – 10 HP

• Rotação: 7 – 10 rpm

Peneira Rotativa:

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CONTROLE DE NÍVEL DO TANQUE PULMÃO:

CALDO

Atuação
abrir
Variação de nível

Atuação fechar

REGENERAÇÃO DE CALOR

OBJETIVO DA REGENERAÇÃO

Utilizar fluídos quentes do processo para trocar


calor com o caldo até uma temperatura adequada
para a sulfitação da ordem de 70ºC,
proporcionando assim uma economia de vapor e,
conseqüentemente, de bagaço.

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REGENERAÇÃO DE CALOR

OPÇÕES DE TROCA TÉRMICA

• Caldo Misto x Caldo Clarificado Destilaria


• Caldo Misto x Vinhaça
• Caldo Misto x Condensado de Vapor Vegetal (90ºC)
• Caldo Misto x Condensado de Vapor Vegetal de 1º Efeito
Pressurizado (112ºC)

REGENERAÇÃO DE CALOR

REGENERADOR A PLACAS COM LIMPEZA QUÍMICA

LINHA DE LIMPEZA QUÍMICA

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Aquecedores a Placas

É constituído de placas
transmissoras de calor,
estruturas e meios de
conexão e aperto.

1 - Placas
2 - Guarnição de Borracha
3 - Placa de pressão ou de aperto
4 - Placa de estrutura
5 - Coluna de sustentação
6 - Barra transportadora superior
7 - Parafuso e acessórios para
aperto.

Aquecedores a Placas

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TRATAMENTO DO CALDO:

• Sulfitação
• Calagem / Dosagem por Sacarato
• Aquecimento de Caldo
• Decantação
• Filtração
• Evaporação
• Flotação

TRATAMENTO QUÍMICO

Etapas:

• Aquecimento
• Sulfitação (multijato, ejetores ou coluna)
• Adição de fósforo
• Calagem (leite de cal, ou sacarato de cálcio)
• Dosagem de polímero.

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SULFITAÇÃO

AÇÃO DO ENXOFRE NO CALDO:

- Descolorante
- Anti-séptico
- Precipita colóides orgânicos
- Reduz viscosidade
- Atenua a reação de Maillard
- Temperatura ideal para sulfitação: 70 – 75°C

SULFITAÇÃO

FINALIDADES DA SULFITAÇÃO:

• Redução do pH do caldo para atingir o ponto isoelétrico,


precipitando e eliminando as substâncias coloidais;
• Diminuição da viscosidade do caldo e conseqüentemente de
massas, xaropes e méis.
• Formação de complexos com A.R. impedindo a sua
decomposição, controlando a formação de cor.
• Concordância geral: o mais importante efeito da sulfitação é a
sua ação inibidora na formação de cor.

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SULFITAÇÃO

QUALIDADE DO ENXOFRE

• Pureza : > 99,5% • Acidez (como H2SO4): < 0,07

• Umidade: < 3% • Forma : Peletizado

• Cinzas : < 0,07% • Embalagem : Saco/bag

• Betume : < 0,3% • Consumo : 80 a 200 g/s


de açúcar
• Arsênio : Isento

SULFITAÇÃO

COMBUSTÃO DO ENXOFRE:

• S + O2 → SO2 + calor
• Liquefação : 120°C
• Combustão : 250°C
• Ebulição : 450°C

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SULFITAÇÃO

REAÇÕES QUÍMICAS

• Reações Importantes:

S + O2 → SO2 + calor
SO2 + H2O (caldo) → H2SO3 (anidrido de ácido sulfuroso)

Posterior adição de cálcio, obtém-se o sulfito de cálcio que


precipita;
H2SO3 + Ca (OH)2 → CaSO3 + 2H2O (sulfito de cálcio →
precipita)
* A formação de bissulfito de cálcio é indesejada(solúvel).

SULFITAÇÃO

REAÇÕES QUÍMICAS

• Reações Indesejáveis:
Formação de H2SO4 elevada corrosão nas partes em
contado.

2SO2 + O2 → 2SO3
SO3 + H2O (caldo) → H2SO4 (ácido sulfúrico)
H2SO4 + Ca (OH)2 → CaSO4 + 2H2O

O sulfato é parcialmente solúvel e incrustante.

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SULFITAÇÃO

FORNOS DE ENXOFRE:

• Material de construção do forno : ferro fundido ou aço


carbono
• Área de combustão: 0,02 m²/TCH;
• Volume recomendado: 1,7 m³/T.de enxofre/dia;
• Fornos compridos são mais eficientes
(comprimento = 3 diâmetros);
• Rotação 0,3 a 3 rpm com inversor de freqüência;
• Consumo médio: 182 g/sc (verificado em 25 usinas);
• Consumo médio: 300 g/tc;

SULFITAÇÃO

FORNOS DE ENXOFRE

• Teor de SO2 nos gases: 10 a 14% SO2


• Combustor de alvenaria com estrutura metálica.
Tamanho/volume: ~0,08 m³/TCH;
• Controlar temperatura dos gases na saída do forno ~ 400°C;
• Os gases devem sofrer rápido resfriamento entre o
sublimador e a coluna através de camisa de água fria na
tubulação de gases;
• A temperatura dos gases na saída do resfriador deve estar
na faixa de ~ 200°C.

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SULFITAÇÃO

TIPOS DE SULFITADOR:

• Coluna com Bandejas


• Coluna com Bicos Aspersores
• Sistema Misto com ou sem
Recirculação de Caldo
• Multijato

SULFITAÇÃO

TIPOS DE EXTRAÇÃO DE GASES

• Ejetor a Vapor
• Ejetor com Ar (Ventoinha)
• Exaustor
• Multijato

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SULFITAÇÃO

SULFITAÇÃO

INSTALAÇÃO DE SULFITAÇÃO

CALDO

COLUNA DE
SULFITAÇÃO

COLUNA DE
RESFRIAMENTO
DE GASES

FORNO
CÂMARA DE
SUBLIMAÇÃO

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SULFITAÇÃO

COLUNA DE SULFITAÇÃO

SULFITAÇÃO

Controle de pH:
• Controle mais rigoroso do residual de
sulfito no açúcar;
• Valores de pH do sulfitado normalmente na
faixa de 4,4 – 4,5
(anteriormente na faixa de 3,6 – 4,2)
•Utilização de P2O5.

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SULFITAÇÃO

AÇÚCAR CRISTAL BRANCO

• É fabricado com caldo sulfitado.

• A cor é importante.

• Produz-se açúcar cristal direto com cor de 70-200 UI.

• O nível de enxofre no açúcar é aceitável e adequado


(< 20 ppm).

SULFITAÇÃO

AÇÚCAR DEMERARA OU V.H.P.

• Não são sulfitados, portanto não clarificados;

• A cor não é limitante

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FOSFATO

• Fosfatos inorgânicos (solúveis) aparecem no caldo como


íons livres, enquanto os fosfatos orgânicos (insolúveis)
aparecem na forma de fosfolipídeos, fosfoproteínas, fosfato-
nucletídeos, e fosfato-hexoges;
• Apenas íons livres de fosfato tomam parte na clarificação,
pois são estes que reagem com íons de Ca++, que formam
sais de cálcio insolúveis;
• Teor de fosfato necessária para boa clarificação: 200 ppm;
• Quantidade a ser adicionada:
- Depende do teor de P2O5 presente na cana,
- Ideal entre 200 e 300 ppm (existente na cana, + adicionado)

P2O5 (ácido Fosfórico)

VANTAGENS APLICAÇÃO
P205 (ácido fosfórico) P205 (ácido fosfórico)

• Varia de acordo com a quantidade


• Caldo mais Claro;
de P205 presente no caldo.
• Alta taxa de sedimentação;
• Dosagem ideal normalmente entre
• Iodo mais Concentrado;
200 e 300 ppm.
• Melhor Filtrabilidade do lodo;
• Nunca superior a 600 ppm 
• Menor cor no açúcar;
Formação de flocos leves que
• Açúcar de melhor qualidade.
decantam lentamente, além de
causar incrustações.

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CALAGEM

AÇÃO DA CALAGEM NO CALDO

• Purificação física através da formação e precipitação de


substâncias insolúveis.
• Os flocos formados, floculação primária, irão sedimentar
arrastando partículas em suspensão, compostos
coagulados, além de diferentes proporções de gorduras,
ceras, graxas, gomas, etc.

CALAGEM

CAL:

- Natureza: Rocha CaCO3


- CaCO3 + Calor → CaO + CO2
- CaO + H2O → Ca (OH)2
- Consumo:
- Açúcar Demerara ou VHP = 200 g/Sc açúcar
- Açúcar Cristal = 200 a 500 g/Sc aç.

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CALAGEM

QUALIDADE DA CAL

“VIRGEM” “HIDRATADA”
• Teor de CaO = 85 a 90% • Teor de Ca (OH)2 > 90%
• Pedras brancas de • Umidade < 2%
tamanho homogêneo.
• Embalagem bag
• Embalagem bag/granel.
• Armazenamento em silo
• Armazenamento em silo
ou depósito.
ou depósito.

CALAGEM

REAÇÃO QUÍMICA:

Ca2+ + HPO42- → CaHPO4

- Os fosfatos orgânicos e inorgânicos reagem com o


cálcio (Cal) e formam compostos do tipo fosfato ácido
de cálcio (CaHPO4) que são precipitáveis e que em
presença de polímeros incorporam impurezas tipo
colóides em suspensão no caldo e as transformam em
lodo.

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CALAGEM

REAÇÃO QUÍMICA:

• A somatória entre o teor de P2O5 orgânico (cana) com o


P2O5 inorgânico (adicionado) deverá ser da ordem de 300
ppm para se obter uma boa clarificação;

• De modo geral é necessário complementar fósforo (P2O5)


no caldo para melhorar as condições do tratamento até
cerca de 300 ppm de P2O5.

CALAGEM

SISTEMA DE HIDRATAÇÃO

• Manual em tanques de alvenaria.


• Contínuo em tambores rotativos.
• Maturação do leite de cal por cerca de 24 h em solução
com ~15° Bé ou seja 200 g/l de Ca (OH)2 à 20°C.
• Controle de pH no caldo:
- Açúcar branco - 6,8 / 7,2
- Açúcar V.H.P./Demerara - 7,0 / 7,2

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CALAGEM

PREPARO DE LEITE DE CAL

TANQUES DE
LEITE DE CAL

SILO
HIDRATADOR

CALAGEM

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DOSAGEM POR SACARATO DE CÁLCIO

AÇÃO DA CALAGEM POR SACARATO:

- As reações e o efeito da dosagem a partir do


sacarato de cálcio são os mesmos que ocorrem
na calagem com o leite de cal.

DOSAGEM POR SACARATO DE CÁLCIO

VANTAGENS:

• O hidróxido de cálcio dissolve mais facilmente em


soluções de açúcar, formando sacaratos, que em soluções
aquosas;

• As reações ocorrem mais rapidamente entre o fosfato


presente no caldo e o cálcio.

• Neutralizar a acidez do caldo, corrigindo o pH até o valor


desejado

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DOSAGEM POR SACARATO DE CÁLCIO

PREPARO DO SACARATO:

- O sacarato de cálcio é preparado a partir de 1 parte de


leite de cal 15º Baumé com 10 partes de caldo
clarificado ou 2,5 partes de xarope.

DOSAGEM POR SACARATO DE CÁLCIO

SISTEMA CONTÍNUO DE DOSAGEM

P/ AQUECEDORES
TANQUE
LEITE CAL 15ºBé

CALDO OU
XAROPE

CALDO
SULFITADO
PREPARO DE
SACARATO

TANQUE PULMÃO
DE SACARATO

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Sacarato de Cálcio

Tem como função:

• Neutralizar a acidez do caldo, corrigindo o pH até o valor


desejado;

• Reagir com ácidos orgânicos presentes no caldo;

• Precipitação dos colóides presentes no caldo;

• Floculação e arraste de partículas em suspensão.

É obtido pela mistura de sacarose (xarope) e leite de Cal 

Monossacarato de Cálcio.

Sacarato de Cálcio

VANTAGENS

• Totalmente solúvel;
• Aumento da Velocidade da reação de neutralização do
Caldo;
• Tem reação instantânea com os ácidos do caldo
Está na forma iônica.
• Caldos mais claros e limpos.

DESVANTAGEM

• Gera lodo mais fino e volumoso;


• Necessita de preparo automatizado;
• Não suporta variações na concentração do leite de Cal e/ou
do xarope.

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AQUECIMENTO DE CALDO

OBJETIVO DO AQUECIMENTO

• Elevar a temperatura do caldo para 105 - 110ºC


visando remover albuminas, impurezas coloidais e
desaerar as impurezas fibrosas por flashing,
expulsando o oxigênio contido no interior do
bagacilho, e acelerar as velocidades das reações.

AQUECIMENTO DE CALDO

OPÇÕES DE SANGRIA

TVAPOR (ºC) TCALDO (ºC)

Sangria de 1º Efeito (VV1)


117 110
Sangria de 2º Efeito (VV2)
107 95
Sangria de 3º Efeito (VV3)
95 75
Sangria de 4º Efeito (VV4)
85 60

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AQUECIMENTO DE CALDO

TIPOS DE AQUECEDORES

• Aquecedor Casco e Tubos

• Horizontal

• Vertical

• Aquecedor a Placas

AQUECIMENTO DE CALDO

AQUECEDORES HORIZONTAIS

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AQUECIMENTO DE CALDO

AQUECEDOR HORIZONTAL

AQUECIMENTO DE CALDO

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AQUECIMENTO DE CALDO

AQUECEDOR VERTICAL

VAPOR DEGASAGEM

CALDO
AQUECEDOR

AQUECEDOR
AQUECEDOR

AQUECEDOR

TQ CONDENSADO

AQUECIMENTO DE CALDO

AQUECEDOR VERTICAL

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AQUECIMENTO DE CALDO

AQUECIMENTO DE CALDO

Degasagem

4 vias

Manômetro
Entrada de
água fria
Purgadores

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AQUECIMENTO DE CALDO

SISTEMAS DE LIMPEZA:

• Mecânica

• Hidrojateamento

• Química

PREPARO E DOSAGEM DE FLOCULANTE

Objetivo da aplicação de polímero:

• Promover a formação de flocos mais densos no processo de


clarificação.

Vantagens da aplicação de polímero:

• Maior velocidade de sedimentação;


• Compactação do volume de lodo;
• Melhoria na turbidez do caldo clarificado;
• Produzir lodo com melhor filtrabilidade, portanto caldo
filtrado mais limpo;
• Menores perdas de sacarose na torta.

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CARACTRÍSTICAS DO FLOCULANTE

Desempenho do polímero depende de:

• Grau de hidrólise;
• Carga elétrica;
• Peso molecular;
• Quantidade adicionada;
• Cuidados no preparo e dosagem;
• Características do caldo;
• Características do polímero;
• Seleção do polímero adequada para otimização de
dosagem.

PREPARO E DOSAGEM DE POLÍMERO

• Teste laboratorial com diversos polímeros, com G.H. e P.M.


diferentes;
• Normalmente a dosagem varia de 1 a 4 ppm;
• Bomba dosadora tipo mono helicoidal, deslocamento positivo
é a mais apropriada;
• Utilizar rotâmetros para medição individual de vazão em cada
decantador;
• Evitar turbulência no ponto de aplicação do polímero pra que
não ocorra o rompimento dos flocos formados, devendo ser
aplicado de forma homogênea;
• Concentração de polímero em solução: 0,05 a 0,1%.

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Polímeros

Definição

São compostos de alto peso molecular, apresenta-


se como cadeias longas sendo que sua atividade
máxima coincide com a máxima linealirização das
cadeias, são empregados na decantação do caldo.

Polímeros

Função:

• Promove a aglomeração dos flocos


• O aumento da velocidade de sedimentação
• A compactação e redução do volume do lodo
• A diminuição da turbidez do caldo clarificado.
• Menor perda de sacarose na torta.

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Polímeros

Característica – para seu bom desempenho


Peso molecular:
quanto maior PM maior será a velocidade de sedimentação.
Dosagem:
geralmente de 1 a 5 ppm em relação ao caldo a ser tratado.
Dosagens elevadas:
podem levar a efeitos opostos, ao invés de ocorrer a aglomeração
das partículas a repulsão estabilizando colóides e dificultado a
floculação.

Pode-se utilizar água condensada com


temperatura < 50°C, para evitar
rompimento da cadeia polimérica

Polímeros

Dosagem

• A bomba dosadora deve ser do tipo mono, com


velocidade variável.
• As linhas de condução devem ser
preferencialmente de PVC ou aço-inox.
• O ponto de aplicação não deve ser de local de
muita turbulência.

40
Polímeros

Polímeros

41
Polímeros

Quantidade CORRETA de
polímero

Polímero Sólidos em Suspensão Floculação

Polímeros

Quantidade em EXCESSO de
polímero

Excesso de polímero
Sólidos em Suspensão provoca o fenômeno da repulsão

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Polímeros

Armazenamento:

Devem ser guardados em lugar seco isento de

temperaturas elevadas, e as embalagens devem

ser mantidas fechadas para absorção de

umidade e conseqüentemente a formação de

caroços.

BALÃO DE FLASH

Função:

Eliminar microbolhas de ar existentes no


caldo e diminuir a velocidade do fluxo de
entrada de caldo nos decantadores,
fatores este que prejudicam uma boa
decantação.

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DECANTAÇÃO

TIPOS DE DECANTADORES:

• Decantador Rápido

• Decantador Multi-Feed

DECANTAÇÃO

Decantador
Rápido

44
DECANTAÇÃO

SISTEMA DE DECANTAÇÃO

FLASH

AQUECEDORE
S DE CALDO
DECANTADOR CALDO
CLARIFICADO
LODO
CALDO DOSADO

TANQUE
PULMÃO TQ
POL.

DECANTAÇÃO

DECANTADOR RÁPIDO

45
DECANTAÇÃO

DECANTADOR MULTI - FEED

DECANTAÇÃO

DECANTADOR MULTI-FEED X DECANTADOR RÁPIDO

VANTAGENS DESVANTAGENS
MULTI-FEED

- Menor exigência de controle - Maior custo de implantação.


- Menor consumo de polímero. - Maior degradação e infecção
- Maior retirada de bagacilho. (maior tempo de residência).

- Menor tempo de residência.


- Maior consumo de polímero.
(menor degradação e infecção)
- Maior exigência de controle.
RÁPIDO

- Menor custo de implantação e


- Menor retirada de bagacilho.
manutenção.

46
DECANTAÇÃO

DECANTAÇÃO

47
DECANTAÇÃO

DECANTAÇÃO

48
DECANTAÇÃO

DECANTAÇÃO

49
DECANTAÇÃO

FILTRAÇÃO DE LODO

TIPOS DE FILTROS:

• Prensa Desaguadora

• Filtro Rotativo

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FILTRO ROTATIVO

Objetivo do filtro rotativo

É processar todo o lodo, obtendo uma torta


com pol menor que 1% sendo esse
parâmetro para avaliação do desempenho da
extração de filtração.

FILTRO ROTATIVO

Para se atingir este objetivo são necessários

1) A temperatura do lodo não menor que 80°C, que diminui a viscosidade


e impede a solidificação de gomas e ceras.
2) O pH devera ser corrigido para valores entre 7,5 e 8,5, para facilitar a
manutenção dos flocos e melhorar a filtrabilidade.
3) A água para lavagem da torta; deve ser filtrada, para evitar o
entupimento dos bicos, e quente, com temperatura superior a 80°C.
4) Acompanhamento das pressões de operação
Baixo vácuo 7 a 10 Hg
Alto vácuo 20 a 22 Hg
5) Os vacuômetros instalados nos filtros devem realmente funcionar,
sendo calibrados e aferidos, permitindo a verificação das pressões
aplicadas.

51
FILTRO ROTATIVO

Para se atingir este objetivo são necessários:

6) Rotação do tambor de 10 a 15 rpm, velocidade mais baixas


melhoram a eficiência de redução de Pol da torta.
7) Espessura da torta; de 7 a 10 mm permitem resultados
favoráveis. Esta relacionada à velocidade de rotação do filtro.
8) Quantidade de bagacilho adicionada 2,5 a 3,0% de bagacilho
seco em relação ao lodo de alimentação, ou 3,0 a 5,0 Kg por
tonelada de cana moída.

FILTRO ROTATIVO

Bagacilho

• Em excesso eleva demais a espessura da torta, aumentando a


pol da torta.
• A falta de bagacilho reduz a filtrabilidade, permite obstrução de
telas e entupimento de tubulações devidas a maior quantidade
de sólidos do lodo passando com caldo.

É interessante se avaliar periodicamente a retenção dos


filtros, que deve se manter acima de 85%. Se a retenção se
situar numa faixa muito baixa certamente sobrecarregara a
decantação.

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FILTRO ROTATIVO

Fatores que afetam a retenção

• Concentração do lodo
• Qualidade e quantidade do bagacilho adicionado
• Faixa de vácuo durante a pega
• Tempo de formação da torta

FILTRO ROTATIVO

53
FILTRO ROTATIVO

FILTRO ROTATIVO

54
FILTRO ROTATIVO

FILTRO ROTATIVO

55
FILTRAÇÃO DE LODO

INSTALAÇÃO DE FILTRO PRENSA

LODO

BALÃO
CALDO
FILTRO

MOEGA

CAIXA CALDO TQ POLÍMERO TQ ÁGUA TQ CAL


FILTRADO CONDENSADA

FILTRAÇÃO DE LODO

INSTALAÇÃO DE FILTRO PRENSA

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FILTRAÇÃO DE LODO

INSTALAÇÃO DE FILTRO ROTATIVO


FILTROS

MULTIJATOS

CAIXA ÁGUA
MULTIJATOS
CAIXA LODO CAIXA CALDO FILTRADO

FILTRAÇÃO DE LODO

Filtro Prensa x Filtro Rotativo


VANTAGENS DESVANTAGENS
ROTATIVO

-Maior área ocupada.


- Menor consumo de polímero. - Maior custo de manutenção.

- Maior quantidade de torta.


-Maior investimento inicial.

- Melhor qualidade do caldo - Maior consumo de polímero > 4 ppm.


filtrado. - Gera água de lavagem de tela
PRENSA

- Facilidade operacional. com açúcar (~0,5°B).


- Pode operar sem bagacilho. (usar na embebição)
- Caldo filtrado mais diluído
- Maior capacidade unitária . (∆
∆ ~ 2°B)

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FILTRAÇÃO DE LODO

Pré-evaporadores

Objetivos:

Auxiliar na evaporação da água contida no caldo, e gerar

maior quantidade possível de vapor vegetal, resultando um

caldo clarificado na primeira caixa de evaporação a uma

concentração e temperatura mais elevada.

58
Pré-evaporadores

Tipos de Pré-evaporadores

• Caixa de Evaporação
(modelo Convencional),
• Reboillers, ou.
• Trocadores a Placas.
• Falling Film

Pré-evaporadores

118

59
Pré-evaporadores

Pré-evaporadores

60
Evaporação

Objetivos:

Eliminar água presente no caldo clarificado.


Concentra-se o caldo inicialmente a 15º Brix até
70º Brix e obtém-se um produto chamado xarope.

CONSTRUÇÃO TECNICA DE UM EVAPORADOR


3.5 - Principais características construtivas dos evaporadores (Roberts)

vapor

válvula de separador
segurança/al enchimento
ívio
separador
centrifugo
V max 5 m/s
corpo

lunetas
tubo
central vapor h
gases leves

caixa gases pesados


tubular
1/3 h

agua
condensada caldo
vapor
caldo concentrado
caldo p/ proximo efeito

122

61
Esquema de circulação de caldo, vapores e condensados

24 – 26 ” Hg

1,5 kg/cm²
kg/cm² 0,8 kg/cm²
kg/cm² 0,3 kg/cm²
kg/cm² 05” Hg 13” Hg

35°
35° Brix 50°
50° Brix

123

Esquema de circulação de caldo, vapores e condensados

124

62
Esquema de circulação de caldo, vapores e condensados

EVAPORAÇÃO

63
CONCENTRAÇÃO DO XAROPE:

Brix do xarope entre 63 – 70°B

Vantagens:
• Economia de vapor
• Menor tempo de cozimento
• Menor volume de xarope processado

CONCENTRAÇÃO DO XAROPE:

• Brix de 50° ao invés de 70°


- consumo de vapor vegetal no cozimento aumenta
~121,6%
- consumo vapor de escape no pré aumenta ~22,1%

• Brix de 50° ao invés de 60°


- consumo de vapor vegetal no cozimento aumenta
~50,7%
- consumo de vapor escape no pré aumenta ~9,2%

64
CONCENTRAÇÃO DO XAROPE:

Causas que podem concorrer para baixo brix do xarope:

• pressão do vapor de escape baixo;


• vácuo baixo;
• incrustação nos evaporadores;
• nível incorreto do caldo na calandra;
• extração dos gases incondensáveis deficiente;
• vazamentos nas tubulações da calandra;
• drenagem dos condensados deficiente;
• temperatura do caldo clarificado muito baixa;
• temperatura da água do multijato/condensador alta;
• falta de água no multijato/condensador.

CONCENTRAÇÃO DO XAROPE:

Quantidade de água requerida em evaporadores:

A) - Quantidade de vapor a ser condensado:


para uma temperatura de água constante, se aumentar a quantidade
de vapor, um acréscimo de água será necessário.
a quantidade de água requerida é de 30/45 kg/kg de vapor.

B) - Temperatura de vapor a ser condensado:


A temperatura do vapor depende do vácuo no último efeito.
Quando o vácuo diminui a temperatura do vapor aumenta, se a
mesma aproximação for mantida, uma menor quantidade de água
será requerida.

C) - Temperatura da água de condensação:

65
CONCENTRAÇÃO DO XAROPE:

C) - Temperatura da água de condensação:

Além das alterações climáticas, a temperatura da água de


condensação é afetada por:

- insuficiente quantidade de água, quando operando com


circuito fechado, a água poderá ir aquecendo se a
reposição for insuficiente;

- operação deficiente do sistema de resfriamento da água


servida nas torres ou aspersores.

Fatores que influenciam na eficiência dos pré e


evaporadores

Incrustações:

A formação de incrustações nos evaporadores, aquelas


pertinentes à parte interna dos tubos, se deve, principalmente
a uma crescente redução de água do caldo em concentração,
redução esta que permite aos não-açúcares atingirem,
especialmente, nos últimos vasos, a condição de
supersaturação e precipitarem. Entretanto não só o efeito da
concentração, mas também o da temperatura pode provocar
precipitações de alguns sais.

66
Fatores que influenciam na eficiência dos pré e
evaporadores

Fatores a serem observados

Concorrem para a formação de maior ou


menor quantidade de incrustações nos
evaporadores, que varia de região para
região.

Fatores que influenciam na eficiência dos pré e


evaporadores

Fatores a serem observados

E depende das seguintes condições;


a) Composição do caldo

• Variedade de cana
• Tipo der solo cultivado
• Sistema de colheita de cana
• Estado de limpeza da cana
• Sistema de lavagem de cana
• Grau de extração pela moenda, etc.

67
Fatores que influenciam na eficiência dos pré e
evaporadores

Fatores a serem observados

b) Peneiragem do caldo
c) Qualidade da cal, do enxofre e dos aditivos da clarificação.
d) Processos de clarificação
e) Nível de caldo nas calandras dos evaporadores
f) Velocidade de circulação de caldo nos diversos vasos
g) Condição de vazio nos evaporadores
h) Sistema operacional e qualidade de mão-de-obra utilizada
na evaporação.

Fatores que influenciam na eficiência dos pré e


evaporadores

O que pode ocasionar a incrustação?

• Redução da capacidade de moagem


• Paradas para limpeza
• Custos de mão de obra, equipamentos e
produtos químicos.
• Necessidade de redução na taxa de embebição em
determinado da extração.

68
Fatores que influenciam na eficiência dos pré e
evaporadores

Como minimizar a formação da incrustação:

Um melhor controle nas etapas de sulfitação, dosagem,


aquecimento, flasheamento, decantação, filtração,
tende a diminuir os excessos de cátions e anions que
formarão precipitados, reduzindo a taxa de incrustação.

Fatores que influenciam na eficiência dos pré e


evaporadores

Incrustação quanto à operação:

A presença de uma maior formação de incrustação em determinadas


regiões da calandra, é um dos sintomas característicos de má
circulação do caldo.

É muito importante que o nível do caldo seja mantido em


aproximadamente um terço da altura dos tubos, para proporcionar uma
boa circulação do caldo.

Com relação à limpeza, deve-se registrar que se a tubulação de uma


evaporação não estiver bem limpa mais rapidamente a incrustação se
formara;

Já se estiver bem limpa, com a superfície dos tubos lisa, mais


dificilmente ocorrerão depósitos de sujeira.

69
Fatores que influenciam na eficiência dos pré e
evaporadores

Métodos de limpeza

• Limpeza mecânica; utilizada com rasquete


ou roseta rotativo.
• Limpeza com jato de água sob pressão.
• Limpeza química.

Fatores que influenciam na eficiência dos pré e


evaporadores

Monitoramento
Nível do caldo

Em todos os corpos deve-se manter aproximadamente


1/3 da altura dos tubos, tendo como objetivo é reduzir o
efeito da pressão hidrostática no ponto de ebulição do
caldo, aumentando assim a circulação do caldo e
conseqüentemente obter uma máxima taxa de
evaporação.

70
Fatores que influenciam na eficiência dos pré e
evaporadores

Nível do caldo Monitoramento


Muito
baixo
O caldo tende a ferver e não consegue
chegar à parte superior dos tubos
Se o nível for
demasiadamente alto
Os tubos ficam submersos e a
evaporação é prejudicada
prejudicada..

Fatores que influenciam na eficiência dos pré e


evaporadores

Monitoramento
Recomendações:

•Instalar medidor de nível em todas as caixas de


evaporação.
•O funil coletor de caldo situado no interior do tubo central
deve ser posicionado a 1/3 da altura dos tubos.
•Um outro meio pratico é observar através das lunetas, de
tal forma o caldo se mantenha jorrando dos tubos sobre
toda a superfície do espelho, molhando-o sem submergi-
lo.

71
Fatores que influenciam na eficiência dos pré e
evaporadores

Monitoramento
Retirada de gases incondensáveis

Em qualquer equipamento que se utiliza vapor,


como fonte de calor, após a sua condensação, é
necessária uma continua retirada de
incondensáveis que interferem com o processo
de transferência de calor.

Fatores que influenciam na eficiência dos pré e


evaporadores

Monitoramento
Origem da formação dos gases:

• Ar trazido pelo vapor de escape.


Geralmente muito pouco.

• Gases dissolvidos no caldo, liberados pela


ebulição e portanto presente nos vapores
vegetais.

72
Fatores que influenciam na eficiência dos pré e
evaporadores

Monitoramento
Concentração dos gases:

A quantidade desses gases é muito mais


freqüente em corpos aquecidos com vapor
vegetal e principalmente nos corpos sob
vácuo.

Fatores que influenciam na eficiência dos pré e


evaporadores

Monitoramento
Efeito dos gases:

• Se estes gases não forem retirados


continuamente eles vão se acumular e um caso
extremo, tomam toda calandra interrompendo
rapidamente a evaporação.
• Alem de problemas relacionados com a
diminuição da transferência de calor, normalmente
estes são os principais causadores de corrosão na
ebulição.

73
Fatores que influenciam na eficiência dos pré e
evaporadores

Monitoramento
Extração dos gases:

• É efetuada por diferença de pressão.


Nos corpos sob vácuo, aos tubos vindos da
calandra se unem em um coletor, que retorna ao
ambiente vapor do corpo passando pela parte
externa e por uma válvula.

Fatores que influenciam na eficiência dos pré e


evaporadores

Monitoramento
Extração dos gases:

74
Fatores que influenciam na eficiência dos pré e
evaporadores

Equipamentos Auxiliares

75
Separador de arraste

Objetivo:

Durante a evaporação, a ebulição lança ao ambiente-vapor do


corpo e finas gotículas de caldo.
Estas gotículas, na forma de bolhas, são muito leve e a
corrente de vapor as leva facilmente para a calandra do corpo
seguinte, ou em direção ao condensador barométrico.
Quanto maior for o vácuo maior é a incidência de arraste
(perdas de açúcar) e, portanto, são mais críticos no ultimo
corpo.

Separador de arraste

76
Separador de arraste

Diagrama de
Instalação

Separador de arraste

CUIDADOS:

• Deve-se dada ao desempenho do separador ao ultimo efeito, pois a


contaminação da água do circuito de colunas barométricas pode
causar desequilíbrio no balanço hídrico da usina.
• Evitar trabalhar com vácuos muito exagerado.
• Evitar trabalhar com o múltiplo efeito alem de sua capacidade
normal.
• Evitar trabalhar com nível muito alto e com grandes variações.
• Evitar paradas freqüentes.
• Procurar trabalhar com a evaporação o mais uniforme possível
evitando assim variações bruscas.

77
Separador de arraste

Extração do xarope
• A operação de um múltiplo efeito deve-se ser
continua, desde a alimentação do caldo clarificado,
passagem entre as caixas até a retirada do xarope.
• A retirada é efetuada no ultimo corpo de evaporação
é normalmente feito por meio de bombas, geralmente
centrifugas.

CUIDADOS
Alguns cuidados quanto à extração
extração;;
• Brix muito elevado dificulta o bombeamento
• Deve
Deve--se checar a bomba regularmente para evitar
vazamento de xarope ou entrada de ar na bomba.

Separador de arraste

Temperatura do caldo clarificado

• A temperatura do caldo clarificado tem uma relação direta


com a superfície necessária neste primeiro efeito.
•Normalmente a temperatura do caldo clarificado que entra
no pré é de aproximadamente de 95°C e entrara em
ebulição dentro do corpo em 115°C., portanto parte da
superfície disponível no pré-evaporador será destinada,
exclusivamente a aquecer o caldo de 95°C a 115°C.

78
Separador de arraste

Isolamento

• A evaporação é o coração da fabrica quando se trata


do consumo de energia em processo. Perdas de calor
por radiação, quando os evaporadores não estão
propriamente isolados, podem chegar a 5 – 10%.

Transformações físico-químico no
caldo durante a evaporação

79
Transformações físico-químico no caldo durante a
evaporação

Formação de cor

• É maior no primeiro corpo onde a temperatura é mais


alta.
• É também causada por deficiente circulação do caldo
na calandra e altos tempos de retenção.
• Quando o vácuo é baixo, a temperatura de sistema
sofre uma elevação, aumentando a formação de cor.

Transformações físico-químico no caldo durante a


evaporação

Diminuição de pH

• Durante a evaporação é comum um decréscimo no


pH de valores próximos a 0,3

• Este decréscimo é proporcional ao tempo de


retenção na evaporação

80
Transformações físico-químico no caldo durante a
evaporação

Pureza do Xarope

• Ocorre um pequeno aumento devido à mudança na


rotação especifica dos componentes não-açúcares.
• Quando os aumentos na pureza aparentes são
excessivos ou há uma queda nesta pureza, é uma
indicação de destruição de açúcares redutores ou
inversão de sacarose, causando perdas indesejáveis.

Transformações físico-químico no caldo durante a


evaporação

Flotador de xarope:

• Objetivo remoção das substâncias que dão cor ao


açúcar, bem como dos materiais insolúveis em
suspensão (que aparecem como “insolúveis” no
produto final) e das macromoléculas responsáveis pelo
aumento da viscosidade do xarope e conseqüentes
problemas nas etapas seguintes de fabricação

81
Transformações físico-químico no caldo durante a
evaporação

Flotador de xarope:
Equipamentos

• Constitui em uma caixa cilíndrica de aço carbono


geralmente com pintura em epóxi.
• Possuem raspadores em sua superfície, também
uma caixa com saída de xarope.
• Aquecedores de xarope, que são do tipo tubular e
estão dispostos na horizontal.

FLOTADOR DE XAROPE

82
FLOTADOR DE XAROPE

FLOTADOR DE XAROPE

Conceitos Gerais:

• A flotação é um processo de separação sólidos-


liquido e liquido-liquido onde os materiais em
suspensão são recuperados através de sua adesão as
bolhas de um gás (geralmente ar), tornando os mais
leves que no meio.

83
FLOTADOR DE XAROPE

Descrição Geral:

• O controle da operação do flotador é efetuado de forma a se


obter um lodo flotado o mais concentrado o possível.
• A concentração e espessura da camada do lodo flotado é
regulada pelo ajuste do nível de operação do flotador.
• O xarope clarificado é retirado por gravidade do flotador para
o tanque.
• O lodo flotado é removido por meio de raspadores de
superfície recolhido na calha de lodo, onde seguirá para caixa
de caldo misto.

FLOTADOR DE XAROPE

Fosfatação:

Utiliza-se acido fosfórico para promover a


microfloculação das impurezas do xarope, e sua
dosagem vai depender da qualidade do xarope.

84
FLOTADOR DE XAROPE

Aquecimento:

• O xarope deve ser aquecido, próximo de 85ºC, e o


objetivo é de acelerar as reações de microfloculação e
reduzir a viscosidade do meio.

FLOTADOR DE XAROPE

Macrofloculação:

• A adição de polímero floculante é feita entre os


aeradores e o flotador, a dosagem do polímero forma a
possibilitar uma rápida dispersão do produto no
xarope.

85
FLOTADOR DE XAROPE

Flotação

O nível do xarope no flotador;


Nível baixo o lodo flotado tende a concentrar, sendo o
nível mínimo de operação determinado pela capacidade
máxima de retirada de lodo flotado pelos raspadores.
Nível alto reduz-se a concentração do lodo flotado,
sendo que acima de um determinado nível ocorre o
transbordamento de xarope para a calha de lodo.

FLOTADOR DE XAROPE

Problemas Operacionais
Ocorrem por controle indevido dos parâmetros de
processo;
Adição de ácido fosfórico;
• Polímeros
• Vazão de ar;
• Temperatura do Xarope;
• Nível de operação do flotado
• Concentração
• Espessura da camada do lodo flotado.

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