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Seminário - UFRRJ

RECUPERAÇÃO E
UTILIDADES

Elaborado por: Antonio Elias S. Bosquê Jr


aejunior@aracruz.com.br
Outubro / 2002
Programa da apresentação

1. Introdução
2. Ciclo de Recuperação
3. Evaporação
4. Caldeira de Recuperação
5. Caustificação
6. Forno de Cal
7. Utilidades
1. INTRODUÇÃO
Indústria de celulose

 Indústrias de celulose tem o processo dividido basicamente em duas grandes áreas:

Linha de
Fibras

Recuperação
e Utilidades
Objetivos da Recuperação e Utilidades

 Fornecer do licor branco ao digestor e recuperá-lo o após utilizado no cozimento


(licor preto)

 Geração de vapor com a queima do licor preto na caldeira de recuperação

 Geração de vapor com a queima de biomassa na caldeira de força (biomassa)

 Geração de energia no turbogerador utilizando vapor

 Distribuição de vapor e energia para o processo industrial

 Tratamento de água e efluente industrial


Quais são os processos envolvidos?

1. Evaporação

o
Recuperaçã
2. Caldeira de Recuperação
3. Caustificação
4. Forno de Cal
5. ETA - Estação de Tratamento de Água
6. ETE - Estação de Tratamento de Efluente

Utilidades
7. Desmineralização / Osmose Reversa
8. Caldeira de Biomassa / Auxiliar
9. Turbogerador
2. CICLO DE
RECUPERAÇÃO
Onde encontra-se a Recuperação?

LICOR BRANCO

FIBRAS

CAVACOS

LICOR UTILIZADO
MATÉRIA ORGÂNICA
Digestor

LICOR NEGRO

CICLO DE RECUPERAÇÃO QUÍMICA


O que é licor branco?

 Também conhecido como lixívia branca, é


o licor a ser utilizado no cozimento

LICOR BRANCO
 No processo Kraft, é uma solução
constituída basicamente de por NaOH e Na2S

CICLO DE
RECUPERAÇÃO  O licor branco é utilizado no cozimento e
QUÍMICA depois recuperado na área de Recuperação
O que é licor negro?

É o licor resultante do processo de cozimento

Constituído por compostos inorgânicos (do


LICOR NEGRO
licor + madeira) e orgânicos (da madeira)

CICLO DE
RECUPERAÇÃO No processo Kraft: basicamente Na2SO4 e
QUÍMICA lignina dissolvida
Recuperação Química – Processo

Evaporação

LICOR NEGRO LICOR NEGRO


FRACO FORTE

Concentração: 15-17% Concentração: 70-80%


Digestor em sólidos secos em sólidos secos

 Por que evaporar o licor?


 Visando elevar sua concentração em matéria orgânica para ser utilizado
como combustível para as caldeiras
 Para isso têm-se as plantas de evaporação
Recuperação Química – Processo
Caldeira de
Recuperação
VAPOR

LICOR NEGRO Diluição


FORTE QUÍMICOS do smelt LICOR
FUNDIDOS VERDE
Concentração: 70-80% ( SMELT )
em sólidos secos

 Por que queimar o licor negro forte?


A queima da matéria orgânica fornece energia para:
 Geração de vapor para consumo e geração de energia
 Recuperação dos químicos do licor, através de reações químicas
Recuperação Química – Processo
Forno de Cal Digestor
Cal LAMA DE CAL
LICOR ( CaO ) ( CaCO3 )
VERDE

LICOR BRANCO LICOR


+ LAMA DE CAL BRANCO
Caustificação

 O que é o licor verde?


Solução resultante da diluição do smelt; Basicamente Na2CO3 + Na2S

 Por que reagir com a cal?


A reação do Na2CO3 com a cal formará o NaOH (licor branco)
Ciclo de Recuperação Química

CAVACOS POLPA
Depuração
Pilha de Cavacos

LICOR
BRANCO
CAL - CaO CAVACO +
LICOR NEGRO
LICOR NEGRO
DILUÍDO
Digestor

Forno de Cal Caustificação


Evaporação

LAMA DE CAL
CaCO3
LICOR NEGRO
LICOR VERDE Caldeira de CONCENTRADO
Recuperação
As quatro etapas da Recuperação

 O ciclo de Recuperação Química divide-se basicamente em quatro


processos principais, sendo estes:

 Evaporação
 Caldeira de recuperação
 Caustificação
 Forno de cal
3. EVAPORAÇÃO
Objetivo da Evaporação

 Concentrar o licor negro fraco para que este torne-se licor negro forte e possa
ser utilizado como combustível na caldeira de recuperação.

 Lembrando que as interfaces da área são....

Evaporação

LICOR NEGRO LICOR NEGRO


FRACO FORTE

Concentração: 15-17% Concentração: 70-80%


em sólidos secos em sólidos secos
Digestor
Princípio da evaporação

 Evaporação:
Evaporação Operação unitária cujo objetivo é concentrar uma solução em
seus componentes menos voláteis através da ação combinada da temperatura e
pressão.

Temperatur
a Pressão
(vácuo) Vapor d’água
+
Gases

Solução Solução
Diluída Concentrada

Q = U . A . t
Evaporador (corpo ou efeito)

 Um corpo (ou efeito) de evaporador é composto basicamente por duas partes:

 Trocador de calor:
Região em que ocorre a troca térmica do vapor de aquecimento
com o licor a ser concentrado
 Separador de vapor:
Região onde ocorre o flash da água que é separada do licor
juntamente com os gases
Tipos de Evaporadores

Existem evaporadores de diferentes formas construtivas, sendo estes:

Contato Indireto:

 Evaporadores de Fluxo Ascendente (Rising Film):


LTV (Long Tube Vertical)
 Evaporadores de Filme Descendente ((Falling
Falling Film ):
Film):
Placas ou Tubos
 Evaporadores de Circulação Forçada

Contato Direto: * Utilizado no passado, hoje em desuso.


Tipos de Evaporadores (ilustração)

Evaporador Falling Film de Placas Evaporador Rising Film Evaporador Falling Film de Tubos
Funcionamento de um Falling Film (FF)

Saída de gases (GNC)


Entrada de vapor
(caixa de vapor)

Corpo de aquecimento Saída de gases (GNC)


(trocador de calor) Saída de condensado
Saída de evaporado
(vapor para próximo
efeito)
Corpo de vapor
(separador de vapor)

Saída de licor
Alimentação de licor
Sistema de recirculação
Corpo de aquecimento - FF de tubos
Evaporação em múltiplo-efeito
 A evaporação em múltiplos-efeitos torna-se necessária em plantas industriais por razões econômicas e técnicas:

 minimiza-se custos operacionais (aumento de economia de vapor)


 aumenta-se e capacidade de produção

 O número de efeitos utilizados é de 4 a 6 na maioria das plantas


 O sistema pode ser projetado para operar:
 Contracorrente: licor em contra-
corrente com o vapor
 Misto: licor em co-corrente e contra-
corrente com o vapor
Evaporação múltiplo-efeito

Simples efeito Duplo efeito


Vapor Evaporado
Vapor Evap. Evaporado
Licor Conc.
Licor Conc. Licor
Licor Dil.
Licor Dil.

Múltiplos efeitos (6 efeitos)

Vapor Evap. Evap. Evaporado

Licor Licor

Licor Concentrado
Licor Diluído
Licor
Economia de vapor ( E )

 A relação entre a quantidade de água evaporada e a quantidade de vapor


vivo utilizado é conhecido como Economia de Vapor:
E = Água Evaporada
Vapor Vivo Consumido

Exemplos:

Entrada Vapor Saída Vapor Entrada Vapor Saída Vapor Saída Vapor
37,04 kg/h 33,33 kg/h 18,52 kg/h 16,67 kg/h 16,67 kg/h

E = 33,33 / 37,04 = 0,9 E = 33,35 / 18,52 = 1,8

 Em sistemas de 6 efeitos atinge-se economia de vapor na ordem de 5 a 6


4. CALDEIRA DE
RECUPERAÇÃO
Objetivos da Caldeira de Recuperação
 Atuar com um reator químico na regeneração de químicos do licor

 Geração de vapor de alta pressão através da queima de combustível


 Minimizar impactos ambientais reduzindo-se
emissão de efluentes resultantes da polpação.

 Lembrando que....

 Combustível utilizado na caldeira de


LICOR
NEGRO recuperação é o licor negro forte
FORTE

Caldeira de Recuperação
Caldeira de recuperação

Uma caldeira de recuperação é constituída


basicamente por duas partes principais:

 Seção da Fornalha:
Parte inferior da caldeira, onde o ar e
combustível são alimentados e toda reação
química se processa
 Seção de Convecção:

Parte superior da caldeira onde ocorre a


troca térmica por radiação dos gases da
combustão com a água/vapor do sistema
Fornalha

 Reator químico da caldeira

 Possui as quatro paredes e o piso


constituídos de tubulações (paredes d’água),
por onde circula água para troca térmica

 Possui entrada para ar, licor e óleo, bem


como saída (inferior) para os químicos
fundidos (smelt)
Combustão do licor negro

 O licor é alimentado no interior da fornalha por bicos aspersores

 A aspersão gera gotículas de licor, que devem ser:

 Grandes o suficiente para


prevenir arrastes para as regiões
superiores da caldeira;
 Pequenas o suficiente para
permitir que ocorram os estágios de
combustão.
Estágios de combustão

 Secagem

Evaporação de toda água da gotícula de licor

 Devolatização (pirólise)

Degradação térmica dos compostos orgânicos da lignina resulta:

 Liberação de CO2, CO, H2O, H2S, NO, hidrocarbonetos leves,


mercaptanas e outros compostos organosulfurados

 Material orgânico não volátil (C) junto dos inorgânicos no leito


Estágios de combustão
 Queima do carbono
 O carbono do leito reage com o ar resultando em:

C + ½O2 CO
C + CO2 2CO
C + H2O(vapor) CO + H2
Na2SO4CO, H2 CO + ¼Na2S Reações de redução
Na2SO4 Csól CO2 + ½Na2S

 Oxidação dos Inorgânicos

 Ao final da combustão do carbono, restam os compostos inorgânicos

 A oxidação favorece a temperatura do leito


Ar da caldeira

 O combustível é composto por materiais orgânicos e inorgânicos

 Para sustentar a queima é necessário o fornecimento de ar

 Para isso, têm-se o sistema de distribuição de ar da


caldeira em três diferentes níveis:
 Ar primário;

 Ar secundário;
Ar Terciário
 Ar terciário.
Ar Secundário

Ar Primário
Ar da caldeira

 Ar primário:

 Distribuição nas quatro paredes próximo ao fundo da caldeira;

 Proporciona a forma da camada de químicos

fundidos ( smelt );

 Alimentado a uma vazão estequiometricamente

inferior para promover a redução do sulfato a

sulfeto
Ar da caldeira

 Ar secundário:

 Distribuição nas quatro paredes, acima do ar primário

 Responsável pela queima de licor

 Ar Terciário:

 Distribuição por duas ou uma


parede, acima dos aspersores de licor
negro
 Objetivo de completar o processo
de combustão (evita emissão de
particulado)
Gases de combustão

 Ventiladores de tiragem induzida promovem a exaustão dos gases da caldeira

 Na exaustão dos gases, estes saem da fornalha em direção a seção de convecção


(extremidade superior)

 No sistema de convecção os gases fluem em contra-


corrente com a água de alimentação (água
desmineralizada)
Sistema de convecção

O sistema de convecção é composto por:

 Economizadores:
Economizadores aproveitam calor
remanescente no gás de saída para aquecer a
água de alimentação

 Convectores:
Convectores trocam calor com os gases
para vaporizar a água presente no balão de
vapor
 Superaquecedores:
Superaquecedores trocam a maior
quantidade de calor com os gases, a fim de
superaquecer o vapor saturado proveniente do
balão de vapor
Funcionamento da Caldeira de
Recuperação

Vapor
Superaquecido Vapor Balão de Água
Saturado Vapor Desmineralizada

Superaquecedor Economizador

Convector

Fornalha
Ar Terciário
Licor Negro
Ar Secundário
Ar Primário

Smelt
5. CAUSTIFICAÇÃO
Objetivo da Caustificação

 Recuperar o NaOH do licor de cozimento através da reação da CaO com o


Na2CO3 do licor verde, proveniente da caldeira de recuperação.

 Lembrando que as interfaces da área são...

Forno de Cal

LAMA DE CAL
CaCO3 CAL - CaO

LICOR BRANCO
Caldeira de LICOR VERDE Digestor
Recuperação Caustificação
Processo da Caustificação

CaO + H2O Ca(OH)2


CAL
Ca(OH)2 + Na2CO3 2NaOH + CaCO3
(CaO)

Caustificadores
LICOR VERDE
(Na2CO3 + Na2S)
Na2S - inerte na reação Extintor de Cal (Slaker)
de caustificação

Filtro de Licor Branco


NaOH + Na2S + CaCO3
(LICOR BRANCO) (LAMA DE CAL)
LICOR
BRANCO
Forno de Cal
LAMA
DE CAL
As três etapas da Caustificação...

 O processo da Caustificação pode ser dividido basicamente em três etapas.

 Filtração do licor verde


 Extinção (apagamento) da cal / Caustificação
 Filtração da solução de licor branco e lama de cal
Clarificação / Filtração do licor verde

 Objetivo: retirar matérias indesejadas (matérias estranhas) do licor verde

 Pode ser realizado em clarificadores ou em sistema de filtros


 Sistema de filtros é a melhor tecnologia disponível no mercado devido a alta
capacidade de remoção de dregs
Extinção da Cal

 Objetivo: iniciar a reação do licor verde filtrado (Na2CO3) com a cal (CaO)

CaO + H2O Ca(OH)2 OBS: H2O vem do licor verde (solução)


Ca(OH)2 + Na2CO3 2NaOH + CaCO3 Na2S - inerte na reação de caustificação

CAL (CaO)

LICOR VERDE
(Na2CO3 + Na2S)
Saída do licor
em reação

GRITS

Classificador
Caustificação
 Objetivo: fornecer tempo de residência para a reação do licor verde filtrado
(Na2CO3) com a cal (CaO)

 Reator CSTR - tempo de residência: 2 a 2,5 horas


- reação atinge 80-85% (reação reversível)
ALIMENTAÇÃO DESCARGA
DA SOLUÇÃO DA SOLUÇÃO
Filtração do licor branco
 Objetivo: separar o licor branco da lama de cal através da filtração da solução
resultante na reação de caustificação
 Os filtros mais utilizados são:
 Filtro a tambor (filtro belt);
tecnologia mais antiga
 Filtro a discos (pressurizado);
tecnologia mais nova (mais eficiente)
6. FORNO DE CAL
Objetivo do Forno de Cal

 Recuperar o CaO utilizada no processo de caustificação através da queima do


CaCO3 resultante da reação

 Lembrando que a interface da área é....


Forno de Cal

LAMA DE CAL
CaCO3 CAL - CaO

Caustificação
Química do Forno de Cal

CO2
LAMA DE CAL CAL VIRGEM
( CaCO3 ) ( CaO )

1100oC
Tmín:850oC

 Conversão inicia-se em T=850oC


 Velocidade de reação aumenta com o aumento de T, então trabalha-se
em T 1100oC

OBS: Para atingir-se essas temperaturas, utiliza-se GNP (gás natural), H 2 e usualmente
GNC (gases não condensáveis) como combustíveis.
Filtração da lama de cal
Filtro de Licor Branco LICOR BRANCO
FRACO
Filtro de Lama de Cal
LAMA
LICOR DE CAL
BRANCO LAMA
DE CAL Água para
diluição

 Por que diluir e filtrar a lama de cal?


Recuperar o NaOH + Na2S residual da filtração do licor branco
 Onde utilizar o licor branco fraco?
Diluição do smelt da Caldeira de Recuperação para geração de licor verde

FILTRO DE LAMA DE CAL


Tambor Tina do ( TAMBOR ROTATIVO )
do filtro filtro
Forno de Cal - Equipamento

 Cilindro rotativo com leve inclinação


 Dimensões podem variar de 3-4 m de diâmetro por 50-120m de comprimento
 Carcaça externa de aço carbono e interior revestido com material refratário
 Alimentação de gases de combustão por uma extremidade e lama pela outra

Alimentação dos Alimentação da


Gases de Combustão Lama de Cal
Forno de Cal - Equipamento
Alimentação dos
Gases de Combustão Alimentação da
Extremidade inferior Lama de Cal
Extremidade superior

Sistema de alimentação de cal


Sistema de Alimentação de Gases e Queimador e saída de gases de combustão
Alimentação dos gases de combustão

 Alimentação pela extremidade inferior do Forno

 Gases utilizados: GNP (gás natural), H2, Ar e GNC (usualmente)

 São alimentados em bocais individuais, sendo misturados e lançados para o


interior do Forno de Cal através do queimador
Queimador

 Promove a mistura dos gases de combustão de forma a lança-los para o


interior do Forno proporcionando uma boa chama

 O queimador e a chama exercem uma função fundamental na qualidade do


produto (cal) e do refratário do Forno de Cal
Chama

 Quanto maior a temperatura da chama do


Forno, maior a produção e eficiência
deste, mas...

 Temperaturas elevadas podem danificar os refratários do Forno e também


produzir cal queimada (overburned) e pouco reativa
Tipos de chamas

1. Chamas curtas são muito quente, podendo


danificar os refratários do forno e também
produzir cal queimada
2. Chamas longas causam perda de produção e
eficiência, bem como falta de controle de qualidade
do produto

3. Chamas médias (comprimento de aproximadamente 3x o diâmetro do Forno)


é a mais adequada para considerar-se eficiência e refratário

OBS: Independente do formato da chama, esta não deve tocar no refratário ou este pode ser
danificado
Saída dos gases e alimentação da cal
 Abaixo, uma ilustração do sistema de saída dos gases de combustão e
alimentação da lama de cal
Precipitador
Saída dos gases
Eletrostático
de combustão

Saída dos gases


de combustão

Ciclone
Filtro de
lama de cal

Calha de alimentação
de lama de cal
Fluxos e reações no Forno de Cal

H2O (vapor)

CaCO3 Lama de Cal


CaO
( seca ) CaCO3 + H2O Saída dos Gases
CO2 de Combustão

Zona de
Alimentação Satélites ou
Coolers Zona de Zona de Secagem
de Gases
Calcinação Aquecimento (correntes)
Alimentação da
Lama de Cal
Queimador

Gases de Combustão

Descarga de Cal Energia (Calor)


Recuperada
Zonas do Forno

 O Forno de Cal é dividido em três zonas, sendo estas:

 Zona de Correntes:
 Zona de Aquecimento:
 Zona de Calcinação:
Zona de correntes

 Presente na zona fria do Forno para auxiliar na troca térmica


(disponibilidade de área superficial), prejudicada pela temperatura (mais
baixas) dos gases de combustão

 Uma seqüência de correntes encontram-se penduradas na carcaça do Forno

 As correntes podem estar penduradas


formando uma grinalda (garland) ou uma Grinalda (garland)

cortina, dependendo se estão fixas pelas


duas ou por uma extremidade na carcaça do
forno Cortina
Zonas de Aquecimento / Calcinação

 Zona de Aquecimento:
Aquecimento presente na zona intermediária do forno

 Zona em que ocorre a elevação da temperatura da cal

 Zona de Calcinação:
Calcinação presente na zona superior do forno

 Zona em que ocorre a reação de conversão do CaCO3 em CaO

 Temperaturas atingem 110oC


Seção de Resfriamento

 Região em que ocorre o resfriamento da cal recuperada, bem como seu


descarregamento para fora do forno
 Existem dois tipos de resfriadores para Fornos de Cal, sendo estes:
 Sector Cooler
 Satélite Cooler

Satélite Cooler

Cal Sector Cooler


Satélites Cooler ou Sector Cooler Recuperada
7. UTILIDADES
Turbo-gerador

 Turbina a vapor é uma máquina motriz capaz de converter a energia


contida no vapor d'água em trabalho mecânico.

 A turbina é constituída de um sistema de eixo/rotor.


 Para transformação de potência de eixo (energia mecânica) em
energia elétrica, os geradores são acoplados às turbinas formando
os turbo-geradores.
 Alimenta-se vapor de alta pressão e, no interior da turbina, este

sofre uma expansão, agindo sobre

as palhetas do rotor.
Turbo-gerador

 As palhetas são dispostas em uma posição inclinada em relação ao trajeto


do vapor, que incidirá sobre sua superfície, transmitindo impulso a palheta.

 Por as palhetas estarem inclinadas, o trajeto do vapor é alterado com


uma determinada inclinação, o que o faz novamente incidir sobre a
próxima seqüência de palhetas dispostas em inclinação oposta e
assim sucessivamente.
 O impulso transmitido às palhetas transmite energia mecânica ao
rotor em que as palhetas estão fixadas, que por sua vez faz girar o
rotor que vai até o gerador para este converter a energia mecânica em
energia elétrica
Desmineralização
 Objetivo: tratar a água de alimentação das caldeiras, através da retirada dos íons presente na água tratada (isento de sólidos suspensos,
mas ainda com sais dissolvidos).

 Ions em água de caldeira são prejudiciais ao funcionamento desta,


por problemas de incrustação e corrosão.

 Dois sistemas de retirada de íons (desmineralização) são


amplamente utilizados nas indústrias de celulose, sendo estes:
 Resinas de troca iônica;
 Osmose-reversa.
Troca Iônica

 Trocadores iônicos: materiais sólidos insolúveis contendo cátions,


ânions ou ambos trocáveis.
 Troca-se íons de mesmo sinal (quando trocador em contato com a
solução) em quantidade estequiometricamente equivalente.
 Trocador catiônico: coluna com capacidade de trocar cátions
 Trocador aniônico: coluna com capacidade de trocar ânions
 Misto: coluna com capacidade

de trocar ambos.
Osmose Reversa
 Osmose: processo natural envolvendo o fluxo de um fluido através
de uma membrana semipermeável, devido à diferença de potencial
químico (entre os lados).
 Exemplo:
 Recipiente contendo um mesmo fluido em iguais condições de T e P
e com o mesmo potencial químico. NÃO HÁ FLUXO.
 A mesma situação, mas com P diferente em um dos vasos: HÁ
FLUXO PELA MEMBRANA.
T1=T2 e P1=P2 T1=T2 e P1P2
T1 T2 T1 T2
P1 P2 P1 P2

Membrana semi-permeável Membrana semi-permeável


Osmose Reversa
 Exemplo 2:
 Recipiente contendo um mesmo fluido em iguais condições de T e P, porém com diferentes concentrações de sal
dissolvido. HÁ FLUXO DE ÁGUA DO MENOS PARA O MAIS CONCENTRADO.
 Na mesma situação, eleva-se P no mais concentrado, até que o fluxo pare:POTENCIAL QUÍMICO BALANCEADO
PELA PRESSÃO.
 Eleva-se ainda mais P no mais concentrado,

tendo-se fluxo no sentido oposto. Temos

então a OSMOSE REVERSA.


Desaeração

 Objetivo: retirar os gases presentes na água de alimentação da


caldeira, tais como O2 e CO2.

 Os gases causam corrosão nas tubulações e equipamentos da


caldeira.

 A solubilidade dos gases decresce com


o aumento da temperatura, logo trabalha-
se com adição de vapor e também de
produtos químicos.
Caldeira de Biomassa (Força)
 Objetivo: geração de vapor complementar para a fábrica, a partir da
queima de biomassa (casca e cavaco).

 Estrutura da seção de convecção semelhante


à estrutura da Caldeira de Recuperação

 A fornalha pode ter formas construtivas


distintas, sendo dois exemplos:
 Leito Fluidizado:
 Grelha Vibratória
Monitoramento ambiental - Aracruz
Prevenção e controle da poluição na produção de celulose

As operações industriais da Aracruz baseiam-se no conceito de ecoeficiência,


tendo como princípios:

 Esforço contínuo para reduzir o uso de matérias-primas, água e energia.

 Melhoria contínua dos sistemas de controle ambiental, tratamento de


efluentes líquidos e destinação dos resíduos sólidos.

 Reciclagem ou reutilização de água e resíduos.

 Prevenção da poluição.
Obrigado...

Sala de controle das Caldeiras de


Recuperação

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