Você está na página 1de 55

Introdução à

Indústria
Petroquímica
Instrutor: Marcos Felipe
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO –
VISÃO GERAL

RESERVATÓRIO

Fluidos Existentes

Gás

Óleo

Água
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO –
VISÃO GERAL

Gás

Óleo

POÇO DE PETRÓLEO
Emulsão
Produtos Produzidos
Água

Sedimentos
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO –
VISÃO GERAL
➢ De forma geral, as fases gás, óleo e água não são produzidas isoladas:
• O gás, que é produzido em quantidade e composição variadas, percorre as
tubulações como bolhas no óleo.
• As gotículas de óleo podem ser arrastadas como névoa no gás.
• A água, na forma de vapor, pode ser levada pelo gás e, no estado líquido,
pode ser produzida como:
✓ Água livre → relativamente fácil de separar por decantação. Contém
sais, sedimentos, gases dissolvidos e óleo arrastado.
✓ Água dissolvida → normalmente não é removida do petróleo por estar
presente em teores baixos (cerca de 0,02% a 20°C).
✓ Água emulsionada → requer tratamentos especiais para sua remoção.
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO –
VISÃO GERAL
➢ Esta água presente nos fluidos produzidos pode ter duas origens.
• Ou é proveniente do próprio reservatório (água de formação)
• Ou foi introduzida no sistema produtor em conseqüência da utilização de
processos de recuperação secundária, tais como injeção de água ou vapor

Esquema de um Sistema de Produção com injeção de água do mar.


PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO –
VISÃO GERAL
➢ Como o interesse econômico é somente na produção de hidrocarbonetos (óleo
e gás), há necessidade de adotar, nos pontos de extração de petróleo,
instalações destinadas a efetuar, sob condições controladas, o “processamento
primário dos fluidos”.
• Promover a separação do óleo, do gás e da água, nos equipamentos
conhecidos como separadores;
• Tratar os hidrocarbonetos para que possam ser transferidos para as
refinarias ou Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGNs);
• Tratar a água separada do petróleo, para descarte, reuso e/ou reinjeção
em poços produtores.
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO –
VISÃO GERAL

Gás Natural
UPGN

Óleo Cru PROCESSAMENTO Óleo


RESERVATÓRIO REFINARIA
PRIMÁRIO
Água REINJEÇÃO,
REUSO E/OU
DESCARTE
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO –
VISÃO GERAL

Escola de Ciências e tecnologias E&P


PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO

MAS COMO ATINGIR AS ESPECIFICAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O


PROCESSAMENTO?
ÓLEO CRU

1. Remoção da água livre


➢ Desidratação
Pré-aquecimento 2. Remoção da água emulsionada

➢ Dessalgação

➢ Com a desidratação grande parte dos sais são removidos com a água.
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO –
VISÃO GERAL

RAZÕES PARA INICIAR PELO AQUECIMENTO DO OLEO

➢ Facilitar a separação água-óleo

➢ Redução da viscosidade do óleo

▪ Equipamentos utilizados como pré-aquecedores: trocadores de calor.


▪ A água quente é usada como meio de aquecimento do petróleo.
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO –
VISÃO GERAL
Exemplo: Tipo Casco e Tubo

➢ Facilidade operacional e eficiência.

▪ Casco: óleo cru.


Vista Externa
▪ Tubos: água quente ou vapor saturado.

Vista Interna
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO –
VISÃO GERAL
RAZÕES PARA REMOÇÃO DA ÁGUA LIVRE PRIMEIRO

▪ Redução do tamanho da tubulação e equipamentos de tratamento;

▪ Redução da quantidade de calor durante o aquecimento da emulsão;

▪ Minimização do processo corrosivo, pois a água livre fica em contato direto com a
superfície do metal (enquanto que a água emulsificada não).

*Água livre: sedimenta em 5 min pela ação da gravidade, como consequência da presença de muitas gotas de grande diâmetro.
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO –
VISÃO GERAL
SEPARADORES DE ÁGUA LIVRE
Gás
OBJETIVO: Separar do petróleo a
água não emulsionada.
Gás +
Óleo + Emulsão
+ água Óleo + Emulsão

Água
livre
Gás
VERTICAL
Água Gás +
Óleo + Emulsão
Óleo +
+ água
Água livre Emulsão

Água livre (gotículas de água maiores de 500 µm).


HORIZONTAL
Água
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO

ÓLEO CRU

1. Remoção da água livre


➢ Desidratação
Pré-aquecimento 2. Remoção da água emulsionada

➢ Dessalgação

Objetivo principal: evitar corrosão


e incrustação nos equipamentos,
reduzindo o teor de sal do petróleo
bruto.
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO
DESSALGAÇÃO

➢ A remoção de sal do petróleo bruto antes do processo de refino é um passo


obrigatório, principalmente se o teor de sal exceder 20 PTB (Pounds per
Thousand Barrels).

➢ A dessalgação é normalmente considerada como parte da unidade de


destilação de petróleo bruto, uma vez que o calor gerado a partir de alguns dos
fluxos da destilação atmosférica é usado para aquecer o petróleo bruto no
processo de dessalgação.

Na indústria de óleo, o termo PTB é normalmente usado para expressar conteúdo de sal
(Pounds of salt per Thousand Barrels of oil).
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO
DESSALGAÇÃO

➢ Embora a refinaria seja o local mais econômico para o processo de


dessalgação, quando são impostas exigências de comercialização, ou dos
oleodutos, plantas de campo são necessárias para processar o óleo salgado
antes da entrega.

➢ Os princípios envolvidos são os mesmos, se o processo ocorrer na refinaria ou


no campo. O sal (cloretos de sódio, cálcio e magnésio) é encontrado na forma
de cristais ou dissolvido na salmoura remanescente no óleo cru.
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DO PETRÓLEO
Processamento Primário de Fluidos
Válvula
misturadora

Óleo Óleo
Dessalgadora
desidratado dessalgado

Água descartada

Água de
lavagem
Bomba

A água de lavagem, ou água de diluição, é misturada com o óleo proveniente do


processo de desidratação. Essa água pode ser água doce ou uma água com
salinidade mais baixa do que a água remanescente, para diluir sua concentração de
sal. A mistura resulta na formação de uma emulsão A/O.
17
▪ ABDEL-AAL; AGGOUR; FAHIM. Petroleum And Gas Field Processing. MARCEL DEKKER, INC, NEW YORK: BASEL, 2003 (Adaptado).
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO -
FINALIDADES
➢ Promover a separação óleo/gás/água;

➢ Tratar ou condicionar os hidrocarbonetos para que possam ser transferidos


para as refinarias ou Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGNs);

➢ Tratar a água para que seja destinada à condição ambiental e tecnicamente


mais aceitável (descarte ou reaproveitamento).
APÓS A SEPARAÇÃO PRIMÁRIA
➢ O gás natural não pode conter quantidades excessivas de CO2 e H2S;

➢ O gás não deve conter vapor de água que pode condensar e formar hidratos e causar perdas de carga
adicionais ou causar corrosão nas tubulações;

➢ O óleo não pode conter excessivas quantidades de água e sedimentos (BS&W) e sais dissolvidos na água.
Valores típicos máximos são 1% de BS&W e 570 ou 285 mg/L (ou ppm - partes por milhão) de sal no óleo,
o primeiro limite para consumo interno e o segundo para exportação;

➢ A água produzida deve possuir teor de óleo e graxas (TOG) para poder ser descartada. As regulamentações
internacionais para plataformas limitam em 10 a 40 mg de óleo por litro de água. No Brasil este valor é de 20
mg/L.
NO SISTEMA DE GÁS
➢ Elevação da pressão do gás por meio de compressores;

➢ O gás pode ser submetido a tratamentos para a remoção de ácido sulfídrico (teor elevado);

➢ O vapor de água deve ser removido para reduzir a formação de hidratos (sólidos de HC leves
e água);
O hidrato é uma estrutura cristalina
formada a partir da água e das
frações leves do petróleo (metano,
etano e propano), a baixas
temperaturas e em elevadas
pressões.

Hidrato sendo removido de dentro de uma tubulação.


NO SISTEMA DE ÓLEO

➢ Remoção da água emulsionada, sais dissolvidos e sólidos inorgânicos;


Emulsão é formada quando é feita a mistura de dois líquidos
▪ Agentes desemulsificantes; imiscíveis. Um dos líquidos (a fase interna ou dispersa)
encontra-se no interior do outro líquido (fase externa ou
▪ Calor; contínua)

▪ Aplicação de campo elétrico e tempo de residência para romper a película de compostos emulsificantes;

meio disperso é a água e o óleo é a fase contínua, O/A A/O/A


a emulsão é dita de água em óleo (A/O)
AS EMULSÕES NO PROCESSAMENTO
PRIMÁRIO
EMULSÃO DO TIPO (A/O)

Representação de uma gota de água


de uma emulsão do tipo A/O. Microscopia eletrônica da emulsão A/O.
AS EMULSÕES NO PROCESSAMENTO
PRIMÁRIO
❑ No reservatório as fases água e óleo encontram-se separadas;

❑ Contudo, em função da forte agitação e do intenso cisalhamento sofrido ao longo do processo de


elevação e produção do óleo, formam-se emulsões do tipo A/O.

Microscopia eletrônica da emulsão A/O.


AS EMULSÕES NO PROCESSAMENTO
PRIMÁRIO

❑ No processamento primário, a viscosidade das emulsões dificulta a separação da água e causa


o surgimento de espuma, requerendo temperaturas elevadas e produtos químicos, como
desemulsificantes e antiespumantes;

❑ Se as emulsões forem submetidas a agitação e cisalhamento, serão formadas gotas menores,


tornando as emulsões mais estáveis, sendo necessário temperaturas mais elevadas de
processamento e/ou equipamentos maiores, além de maiores quantidades de desemulsificantes;

❑ A dificuldade de tratamento será maior se a emulsão sofrer envelhecimento.


AS EMULSÕES NO PROCESSAMENTO
PRIMÁRIO
A PRESENÇA DE ÁGUA ASSOCIADA AO ÓLEO PODE CAUSAR VÁRIOS PROBLEMAS:

NA PRODUÇÃO E TRANSPORTE
▪ Necessidade de superdimensionamento das instalações;
▪ Maior consumo de energia;
▪ Segurança operacional: como consequência de sua composição, a água pode gerar corrosão e/ou
incrustação, causando danos as tubulações, equipamentos e acessórios, que podem resultar em
acidentes.

NO REFINO
▪ A presença de cloretos de cálcio e magnésio dissolvidos na água provocam, sob ação do calor, a
geração de ácido clorídrico, causando corrosão nas torres de destilação e redução de espessuras e/ou
furos nas paredes dos vasos e trocadores de calor.
AS EMULSÕES NO PROCESSAMENTO
PRIMÁRIO
A ELIMINAÇÃO DA ÁGUA, PORTANTO:

▪ Acarreta um tempo de operação mais longo das unidades e equipamentos;


▪ Diminui o tempo/custo de manutenção e consumo de produtos químicos (inibidores de corrosão e
incrustação);
▪ Ocasiona operações de produção, transporte e refino dentro dos padrões de segurança e qualidade, com
custos reduzidos.

▪ A água produzida é, na realidade, uma solução salina (salmoura) contendo também partículas sólidas
dispersas (sedimentos).

SAIS (cloretos, sulfatos, carbonatos)


SALMOURA
SEDIMENTOS (areia, argila, lodo, etc.)
OS PROBLEMAS ENFRENTADOS NO
PROCESSAMENTO
❑ Várias são as razões para a remoção dos contaminantes presentes no óleo cru:
▪ Problemas operacionais causados durante o refino;
▪ Sobrecarga do sistema de bombeamento e oleodutos;
▪ Corrosão e incrustação dos dutos e equipamentos.

❑ As principais consequências resultantes da presença dos contaminantes são:


▪ Corrosão nos equipamentos;
▪ Deposição de sais nos equipamentos;
▪ Vaporização da água;
▪ Aumento do consumo de produtos químicos;
▪ Consequências nos processos subsequentes.
COMO PROMOVER A DESESTABILIZAÇÃO
DA EMULSÃO?

❑ Os desemulsificantes são substâncias de alta massa molar, semelhantes aos emulsificantes


naturais, que são atraídos pela interface água-óleo e deslocam ou rompem a película de
emulsificantes, promovendo a coalescência das gotículas de água, que decantam através do
óleo;

❑ No tratamento químico, a função de quebra da emulsão é do desemulsificante, que deve


possuir uma forte atração pela interface água-óleo;

❑ No tratamento elétrico, o desemulsificante pode ser utilizado como auxiliar ao campo elétrico.
COMO PROMOVER A DESESTABILIZAÇÃO
DA EMULSÃO?

AQUECIMENTO DA EMULSÃO

➢ A elevação da temperatura da emulsão produz os seguintes efeitos:

• Enfraquece o filme estabilizante, devido a expansão térmica (dilatação)


das gotículas;

• Diminui a tendência dos óleos a formação de espuma, melhorando a


separação gás/líquido;
COMO PROMOVER A DESESTABILIZAÇÃO
DA EMULSÃO?
AQUECIMENTO DA EMULSÃO

➢ A elevação da temperatura da emulsão produz os seguintes efeitos:

• Reduz a viscosidade do óleo, permitindo um aumento da velocidade de


sedimentação das gotículas (Lei de Stokes);

Em que:
v = velocidade de sedimentação da gotícula
ρc = massa específica da fase contínua
ρd = massa específica da fase dispersa
d = diâmetro das gotículas da fase dispersa
μc = viscosidade da fase contínua
g = aceleração da gravidade
COMO PROMOVER A DESESTABILIZAÇÃO
DA EMULSÃO?
AQUECIMENTO DA EMULSÃO

➢ A elevação da temperatura da emulsão produz os seguintes efeitos:

• Aumenta a frequência e intensidade das colisões das gotículas de água,


devido a formação de correntes térmicas (convecção), favorecendo a
coalescência.
COMO PROMOVER A DESESTABILIZAÇÃO
DA EMULSÃO?
Processamento Primário de Fluidos
AQUECIMENTO DA EMULSÃO

32
▪ Kunert, R. (ed.) Processamento Primário de Petróleo. Universidade Petrobras, 2007.
COMO PROMOVER A DESESTABILIZAÇÃO
DA EMULSÃO?
AQUECIMENTO DA EMULSÃO (DESVANTAGENS)

➢ Encolhimento” do óleo, ou perda de volume, pois os componentes mais leves


evaporam, tornando o óleo mais pesado e diminuindo o seu valor comercial;

➢ Elevados custos de investimentos e operacionais associados aos sistemas de


aquecimento (que aumentam muito para temperaturas mais altas);

➢ Aumento da vazão de gás e redução da vazão de líquido (mesmo quando o gás


é totalmente aproveitado, as despesas com seu manuseio são superiores aos
do óleo).

Apesar do calor favorecer a separação dos fluidos, geralmente são utilizados outros
métodos associados a temperaturas menos elevadas.
COMO PROMOVER A DESESTABILIZAÇÃO
DA EMULSÃO?
TIPOS DE AQUECEDORES

➢ Aquecedor Direto: o aquecimento da emulsão é realizado diretamente pelo


tubo no qual é passado vapor. Ex: tanque de lavagem.

➢ Aquecedor Indireto: o aquecimento da emulsão é realizado pelo contato com a


água aquecida pelo vapor. Ex: tratadores térmicos.
COMO PROMOVER A DESESTABILIZAÇÃO
DA EMULSÃO?
CAMPO ELÉTRICO

➢ O princípio de quebrar emulsões A/O usando corrente elétrica é conhecido


como separação eletrostática.

➢ Um campo elétrico é usado para ajudar na desidratação do óleo de acordo com


as seguintes etapas:
• A gota de água é constituída por moléculas polares, pois o átomo de
oxigênio tem carga negativa e os átomos de hidrogênio têm cargas
positivas.
• Estas forças polares respondem a um campo elétrico externo, onde é
estabelecida uma atração dipolo entre as gotas de água na emulsão,
levando a coalescência, sedimentação e separação.
COMO PROMOVER A DESESTABILIZAÇÃO
DA EMULSÃO?
CAMPO ELÉTRICO

➢ Como resultado do campo, as gotas de água vibram rapidamente, fazendo com


que o filme estabilizador enfraqueça e quebre.

➢ A superfície das gotas de água se expande (suas formas mudam de esféricas


para elípticas); atraídas umas as outras, as gotas colidem e coalescem.

Distorção da gotícula em um campo elétrico.


COMO PROMOVER A DESESTABILIZAÇÃO
DA EMULSÃO?
CAMPO ELÉTRICO

➢ As gotas de água se combinam, crescem de tamanho e ficam pesadas o


suficiente para separar por sedimentação no fundo do tratador.

Interações das gotículas em um campo elétrico.

❑ Se a gota de água for submetida à um campo elétrico muito elevado, poderá


haver um alongamento excessivo da gota, ocasionando sua ruptura e a formação
de gotas menores.
COMO PROMOVER A DESESTABILIZAÇÃO
DA EMULSÃO?
RESUMO

➢ A maior parte da água emulsificada é removida pela ação combinada de calor e


desemulsificantes antes do óleo passar pelo campo elétrico.

Tratamentos Químicos e Térmicos


Quebram a emulsão
Tratamento Elétrico
Acelera a coalescência e sedimentação
COMO PROMOVER A DESESTABILIZAÇÃO
DA EMULSÃO?

QUAL METODO EMPREGAR?

➢ Características da água (salinidade, temperatura e teor de sólidos).

➢ Características do óleo (concentração, densidade e tamanho das gotas).

➢ Depende do destino da água (reinjeção, reúso ou descarte).

➢ Na prática, os métodos são usados combinados, visando atingir maior eficiência na


remoção dos componentes indesejáveis.
MECANISMO DE DESESTABILIZAÇÃO
DAS EMULSÕES
❑ Os mecanismos de desestabilização de emulsões são aqueles que se referem à
quebra da emulsão.

❑ Eles são classificados de acordo com seu acontecimento cronológico e consistem em:

▪ Floculação;

▪ Coalescência; Tamanho das Estabilidade


gotas de água da emulsão
▪ Sedimentação.
MECANISMO DE DESESTABILIZAÇÃO
DAS EMULSÕES
FLOCULAÇÃO: é a aglomeração das gotas em agregados (flocos) quando a emulsão é posta em
repouso.

É um processo reversível, importante para a desestabilização das emulsões, pois permite que as
gotas aproximem-se, predispondo-as à coalescência.

Floculação das gotas de água.


MECANISMO DE DESESTABILIZAÇÃO
DAS EMULSÕES
COALESCÊNCIA: nesta etapa ocorre a ruptura do filme interfacial e a fusão das gotas em outras
de maior tamanho e peso. O surgimento de gotas maiores favorece a etapa subsequente, a
sedimentação.
Etapas: estreitamento do filme interfacial em
função de sua drenagem, ruptura do filme e fusão
das gotas em uma gota de maior tamanho.

Fenômeno de coalescência.
MECANISMO DE DESESTABILIZAÇÃO
DAS EMULSÕES
SEDIMENTAÇÃO: regida pela Lei de Stokes, que descreve a segregação de uma gota de água em
petróleo.

Emulsão A/O
Fase dispersa: água
Fase contínua: óleo

Em que:
v = velocidade de sedimentação da gotícula
ρc = massa específica da fase contínua
ρd = massa específica da fase dispersa
d = diâmetro das gotículas da fase dispersa
μc = viscosidade da fase contínua
g = aceleração da gravidade
COMO PROMOVER A DESESTABILIZAÇÃO
DA EMULSÃO?

No início, quando o desemulsificante chega na interface, ele desloca os


emulsificantes naturais e desestabiliza a emulsão.

Depois acontece a coalescência das gotas de água, que ficam maiores e


mais pesadas.

Por fim, ocorre a sedimentação das gotas, ocorrendo a separação das


fases água e óleo, por segregação gravitacional.

Esquema da quebra da emulsão pela ação do desemulsificante.


COMO PROMOVER A DESESTABILIZAÇÃO
DA EMULSÃO?
MECANISMO
A CORRENTE DE ÁGUA PRODUZIDA
➢ Remoção de gotículas de óleo que escaparam dos processos anteriores;
❑ Tanques separadores (skimmers); utilizado em ambiente offshore por serem mais compactos

❑ Hidrociclones e flotadores a gás Flotação por gás induzido - FGI

✓ Geração das bolhas gasosas (pode ser ar ou gás,


como nas unidades de produção) no interior do
efluente;
Injeção de ar ou gás
+
agitação mecânica
✓ Colisão das bolhas de gás com as gotículas de
óleo dispersas na água;

✓ Adesão das bolhas de gás nas gotículas de óleo e


ascensão dos agregados bolha-gotícula até a
superfície, onde o óleo é recuperado.
Escola de Ciências e tecnologias E&P
A CORRENTE DE ÁGUA PRODUZIDA

▪ Água oleosa é forçada a passar pelas involutas em forma de


underflow espiral com seção reta reduzindo continuamente obrigando a
água a ganhar velocidade de rotação;

▪ As gotículas de óleo possuem uma densidade menor do que


a fase contínua (água), as mesmas têm a tendência de serem
deslocadas para o centro enquanto que a água tende a se
deslocar para as paredes. Com isso a fase rica em óleo é
direcionada para a saída de rejeitos ou overflow;

overflow
▪ A fase contínua mais pobre em óleo ao ser direcionada para
Escola de Ciências e tecnologias E&P as paredes tem sua velocidade reduzida sendo então
removida pela saída de água tratada ou underflow.
O TANQUE DE SEPARAÇÃO – VISÃO
GERAL
SEPARADOR BIFÁSICO Separação gás/líquido (separadores de gás)

TANQUE DE SEPARAÇÃO HORIZONTAL controlador que atua regulando


maior área superficial de interface o fluxo de saída
do gás

▪ Seção de separação primária;

▪ Acumulação (ou de coleta de líquido),

▪ Separação secundária (ou de decantação)

▪ Aglutinação

Escola de Ciências e tecnologias E&P

válvula de
descarga
O TANQUE DE SEPARAÇÃO – VISÃO
GERAL
SEÇÕES DO TANQUE DE SEPARAÇÃO

➢ Na seção primária, localizada na entrada do vaso, o fluido (líquido e gás) choca-se com dispositivos defletores
que provocam uma mudança brusca de velocidade e direção do fluxo - (liquido se desloca para o fundo);

➢ Na seção de acumulação (coleta) de liquido ocorre a separação das bolhas gasosas que estavam no liquido
(tempo de retenção de 3 a 4 minutos);

➢ Na seção secundária, as gotículas maiores de óleo, oriundas da fase gasosa, são separadas por decantação;

➢ As gotículas de líquido arrastadas pela corrente gasosa e que ainda não se separaram são, na seção de
aglutinação (localizada geralmente próxima a saída do gás), removidas do fluxo gasoso através de meios
porosos que por possuírem grande área de contato facilitam a coalescência e decantação das gotas.
O TANQUE DE SEPARAÇÃO – VISÃO
GERAL
➢ Separadores horizontais são utilizados em sistemas que apresentam espumas e altas razões gás/óleo;

➢ Os separadores verticais apresentam geometria que facilita a remoção dos sólidos depositados no
fundo do tanque de separação;
O TANQUE DE SEPARAÇÃO – VISÃO
GERAL
TANQUE DE SEPARAÇÃO HORIZONTAL SEPARADOR TRIFÁSICO
maior área superficial de interface
O TANQUE DE SEPARAÇÃO – VISÃO
GERAL
TANQUE DE SEPARAÇÃO VERTICAL
SEPARADOR TRIFÁSICO

Escola de Ciências e tecnologias E&P


VAMOS SINTETIZAR AS INFORMAÇÕES?
VAMOS SINTETIZAR AS INFORMAÇÕES?

Você também pode gostar