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LUBRIFICAÇÃO

Introdução
 Ensaios não destrutivos aplicados
 Raio x
 Ultrassom
 Lubrificantes líquidos e suas propriedades
 Análise de lubrificantes
 Aditivos
 Graxas
 Lubrificantes sólidos
 Método de aplicação de lubrificantes
 Seleção de lubrificantes para equipamentos específicos
LUBRIFICAÇÃO

Graxas lubrificantes

• CONSIDERAÇÕES GERAIS
• COMPONENTES
• ESPESSADOR
• LUBRIFICANTE FLUIDO
• ADITIVOS
• CONDIÇÕES QUE EXIGEM USO DE GRAXA
• CLASSIFICAÇÃO EM GRAU NGLI
• PONTO DE GOTA
• RESISTÊNCIA À AGUA
• ESTABILIDADE
• CARACTERÍSTICA E USO SEGUNDO OS SABÕES.
LUBRIFICAÇÃO

Considerações gerais

A graxa é um lubrificante fluido engrossado a uma consistência de gel pela


adição de vários agentes espessantes. A consistência semi-sólida é a
característica básica, pois reduz a tendência do lubrificante a fluir ou vazar da
área em que está sendo lubrificada.

A maioria das graxas é feita, atualmente, pelo espessamento de um óleo de


petróleo com sabão básico.

Componentes de uma graxa lubrificante

As graxas lubrificantes, como as que hoje conhecemos, são produtos


complexos, consistindo primordialmente de um “espessante”, um “lubrificante
fluido”e quase, sempre, de materiais de adição para realçar certas propriedades
da graxa, ou seja, os aditivos.

GRAXA = ESPESSANTE + FLUIDO LUBRIFICANTE + ADITIVOS


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Desvantagens das graxas em relação aos óleos:

 Dissipam menos calor.


 Não lubrificam tão bem em altas velocidades.
 Resistem menos à oxidação.
 Muitas vezes para relubrificar é necessário abrir o mancal para
retirar a graxa usada.

Vantagens das graxas em relação aos óleos:

 Promovem melhor vedação contra a água e impurezas.


 Maior economia nos locais onde o óleo escorre.
 Possuem maior adesividade.
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Espessantes

• cálcio,
• sabão, ou mistura de sabões • hidróxido de sódio
• sabões complexos • lítio.
• Bentonita
• argilas
• Hectorita
• negro de fumo
• poliuréias
• materiais orgânicos
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Principais espessantes utilizados na formulação das graxas:

Sabão de cálcio:
 resistente ao ataque da umidade (insolúveis em água);
 baixo custo;
 não devem ser utilizadas em locais em que a temperatura exceda 60°C;
 recomendado para a lubrificação de mancais de buchas,
chassis de veículos e bombas d’água.

Sabão de sódio:
 resistentes às altas temperaturas (90 a 120°C);
 solúvel em água;
 indicadas para a lubrificação de de rolamentos e juntas
mancais universais.

Sabão de lítio:
 insolúveis em água;
 utilizadas em locais com altas temperaturas (até 150°C);
 muito utilizada em máquinas agrícola.
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Tipo de Resistência à Resistência à Bombea- Custo


Espessante ação da água ação do calor bilidade

Cálcio Alta Baixa Média Baixo

Sódio Baixa Alta Ruim Baixo

Lítio Alta Alta Ótima Médio

Bentonita Média Alta Média Alto

Complexos Alta Alta Ótimo Alto


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As graxas podem ser subdivididas em:

 graxas de sabão metálico,


 graxas sintéticas,
 graxas á base de argila,
 graxas betuminosas
 graxas para processo.
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Graxas de sabão metálico

São as mais comumente utilizadas. São


constituídas de óleos minerais puros e sabões
metálicos, que são a mistura de um óleo
graxo e um metal (cálcio, sódio, lítio, etc.).
Como os óleos, estas graxas podem ser
aditivadas para se alcançarem determinadas
características.
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Graxas sintéticas
São as mais modernas. Tanto o óleo mineral, como o sabão, podem ser
substituídos por óleos e sabões sintéticos. Como os óleos sintéticos,
devido ao seu elevado custo, estas graxas têm sua aplicação limitada aos
locais onde os tipos convencionais não podem ser utilizados.

Exemplo: Graxa de Silicone para altas temperaturas.

Principais aplicações
Onde se requer graxa sem ponto de gota e todas
aquelas aplicações onde as graxas comuns falham
pelas condições de alta temperatura.
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Graxas á base de argila


São constituídas de óleos minerais puros e argilas especiais de granulação
finíssima. São graxas especiais, de elevado custo, que resistem a
temperaturas elevadíssimas.

Graxas betuminosas
São formuladas à base de asfalto e óleos minerais puros, são lubrificantes
de grande adesividade. Algumas, devido à sua alta viscosidade, devem ser
aquecidas para serem aplicadas. Outras, são diluídas em solventes que se
evaporam após sua aplicação.

Graxas para processo


São graxas especiais, fabricadas para atenderem a processos industriais
como a estampagem, a moldagem etc. Algumas contêm materiais sólidos como
aditivos.
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Principais características das graxas:

 Consistência (mole/dura)  padronizada pela NLGI (National


Lubricating
Grease Institute).

 Bombeabilidade  facilidade ou dificuldade em fluir quando bombeada.

 Ponto de gota  Tº em que começa a haver separação entre o sabão e o


óleo.

Aditivos para graxas:

EP = Mancais que suportam carga elevada.

Adesividade = para locais que com vibrações ou sujeitos a força centrífuga.

Anticorrosivo = neutralizam ácidos da oxidação.

Antiferrugem = inibem a ação corrosiva da água.


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Consistência

Resistência da graxa a penetração. Quanto mais fácil de ser penetrada, menor é


a consistência.

Para classificação das graxas segundo sua consistência, temos:

 Penetração não trabalhada – a graxa é retirada do


recipiente onde se encontra e submetida, tal como se apresenta, ao
teste de consistência devendo sua temperatura ser previamente
ajustada a 25ºC.

 Penetração trabalhada – a graxa é trabalhada em um


batedor de graxa, adquirindo uma consistência menor que a não
trabalhada.
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PENETRÔMETRO
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Classificação de consistência NLGI para graxas

Baseado nos valores de penetração trabalhada, o NLGI (National Lubricating


Grease Institute), estabeleceu uma classificação das graxas, que é aceita
mundialmente.

Grau NLGI Aspecto da Graxa


000 Fluida
00 Quase fluida
0 Extremamente mole
1 Muito mole
2 Mole
3 Média
4 Consistente
5 Muito consistente
6 Extremamente dura
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Ponto de gota (ASTM D566-42)

Denomina-se “ponto de gota”de uma graxa lubrificante, a temperatura na qual o


produto torna-se suficientemente fluido, sendo capaz de gotejar através do
orifício de um dispositivo especial, sendo obedecidas rigorosamente as
condições do ensaio.

Abaixo o ponto de gota de algumas graxas mais usuais.

Ponto de Gota
Graxa de sabão de Lítio 191ºC
Graxa de Cálcio 82ºC
Graxa de Sódio 171ºC
Graxa de Alumínio 77ºC
Graxa de Bário 188ºC
Graxa Sintética Acima de 249ºC
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Procedimento de ensaio de ponto de gota

 Consiste em se untar internamente com graxa um copo de metal com um


pequeno orifício no fundo. 

 O copo é fixado dentro de um tubo de vidro. Apoiado no tubo de vidro é


instalado um termômetro que medirá a temperatura dentro do copo metálico. 

 Oconjunto é montado dentro de um banho de óleo, com


temperatura
controlada. 

 Aquecendo-se o banho observa-se o momento que a graxa começa a pingar


pelo orifício no fundo do copo metálico.

 Neste momento anota-se as temperaturas marcada nos dois termômetros.

 O ponto de gota da graxa que está sendo testada é a média das duas
temperaturas.
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Aparelho para ensaio de ponto de gota


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Resistência a água e estabilidade ao trabalho das graxas

 Alguns tipos de graxa tem que exercer a sua tarefa de lubrificação na


presença de água e, por isso, necessitam, como propriedade essencial, de uma
certa resistência contra a água. Graxas à base de cálcio e lítio não se dissolvem
na água como as bases de sódio.

 Certas graxas conservam sua consistência original quando são colocadas em


mancais, ou seja, elas são estáveis. Em mancais do tipo rolamento, essas
graxas permanecem proporcionando, por longo tempo, uma boa lubrificação.
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Como o lubrificante trabalha?

Entra limpo, claro e, ao ser drenado, sai sujo, contendo impurezas, mas
satisfeito pelo cumprimento do dever.

Se engana quem pensar que o óleo no período de troca deve sair como entrou,
isto é, limpo.

A função do lubrificante é de sacrifício, pois ele deve arrastar todas


as
impurezas, evitando que as mesmas se depositem no motor ou equipamento.

Entre os diversos tipos de contaminantes, podem citar três grupos:

 os abrasivos (poeiras, partículas de metais);


 os produtos provenientes da combustão (água, ácidos e fuligem);
 os produtos provenientes da oxidação do óleo (verniz).
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Em resumo, o óleo lubrificante, para sair vencedor neste vasto campo de


combate, tem que possuir pelo menos as seguintes qualidades:

 reduzir a resistência por fricção;


 proteger contra a corrosão e desgaste;
 ajudar a vedação;
 ajudar no esfriamento;
 contribuir para a eliminação de produtos indesejáveis.

Para isso, o óleo lubrificante recorreu a presença de aditivos.

 Ao aditivos permitem aos óleos atenderem a estas


especificações.
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Qualidade do óleo base

Quando congela?
Saúde e segurança – baixo ponto de
baixo nocividade fluxão
Boa fluidez a
baixas temperaturas

BA IL

Pequena diferença na viscosidade


a diferentes temperaturas Limpidez - os óleos
= Elevado Índice de viscosidade base devem ser
límpidos & brilhantes - Baixa
isentos de partículas volatilidade
de ceras, água etc...
Qualidade assegurada e verificada no
transporte

BP
LUBRICATOR
Baixa inflamibilidade= Elevado
ponto de inflamação
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Papel dos aditivos

 Os aditivos permitem adaptar o


óleo :

- às suas condições de  Devem ser


compatíveis
funcionamento
- à sua aplicação
- entre eles
- com a
aplicação

O Uma formulação
segredo: equilibrada
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Proporção de aditivos em óleos minerais

Desde 0,01 % até mais de


30 %

 Óleos Industriais.....................................................:
0,01%
 Óleos Hidráulicos / Engrenagens...........................: 5
%
 Óleos de Motor........................................................:
15%
 Óleos Solúveis.........................................................:
30%
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Exigências dos aditivos

 Devem ser solúveis nos óleos básicos a que serão


completamente adicionados.

 Devem possuir solubilidade preferencial pelo óleo e não pela água.

 Não devem ser voláteis a ponto de se separarem do lubrificante.

 Devem ser quimicamente estáveis, não reagindo com outros componentes


do óleo ou da máquina.

 Não devem apresentar efeitos nocivos às pessoas ou materiais que


entrem em contato.

 Não devem alcançar seus objetivos acarretando prejuízo ou diminuição a


outras características desejáveis.
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Aditivos
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Aumentador de índice de viscosidade

O indice de viscosidade caracteriza a variação da viscosidade em função da


variação da temperatura.

Viscosidade cinemática (Log)

Índice de
viscosidade
menor

Índice de
viscosidade
maior

Temperatura
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Lubrificante com elevado I.V. garante

- Adequada película de óleo em


qualquer condição de serviço -

Isto traduz-se em:


Prevenção contra o desgaste
Baixo consumo de óleo
Melhor fluidez a baixa temperatura

Os aumentadores de índice de viscosidade possuem, em geral, uma


propriedade muito importante, a adesividade, que torna seu uso na indústria
cada vez mais difundido.
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Viscosidade - Efeitos da escolha incorreta do lubrificante para motores.

Viscosidade superior à adequada


Dificulta o arranque a frio
Aumenta a temperatura do motor
Reduz a potência disponível
Aumenta o desgaste interno do motor
Aumenta o consumo de combustível

Viscosidade inferior à adequada

Aumenta o desgaste interno do motor


Aumenta o consumo de lubrificante
Aumenta as fugas pelos vedantes
Aumenta o ruído de funcionamento
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Abaixador de ponto de fluidez

 Temperatura de um óleo

 viscosidade

Ao se usar o aditivo abaixador do ponto de fluidez, modifica a forma de


cristalização de parafina, permitindo que o lubrificante possa ser usado a
menores temperaturas, sem prejuízo na sua viscosidade.

Tem pouca aplicação em óleos industriais, exceto naqueles casos em que a


baixa temperatura obriga o seu uso.

É de emprego obrigatório em óleos automotivos.


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Detergentes

Tem a função de limpar, mantendo partes internas de maquinários, isentas de


impregnações.

Exemplo: Neutralizar as matérias que dão origem a depósitos nas peças de um


motor de combustão interna. Estas substâncias são formadas devido à
combustão a alta temperatura e como resultado da queima de combustíveis
com alto teor de enxofre.
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Dispersante

Mantêm em suspensão, finamente dividida, todas as impurezas formadas no


interior do sistema ou que nele penetrem e potencialmente possam formar
depósitos, até serem eliminados por ocasião da troca.

Se não houver a ação de dispersância no óleo para


motor, ocorrerão depósitos nas sedes de válvulas e
anéis.

A mudança gradual da cor do óleo é sinal que o aditivo


está agindo.
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Inibidores de oxidação

Os anti-oxidantes são usados em quase todos os tipos e óleos industriais e


automotivos.
Os inibidores de oxidação não são, realmente, inibidores da oxidação, mas sim,
retardadores. Protegem o lubrificante de uma oxidação, retardando seu
envelhecimento.
Quanto maior a temperatura de trabalho do equipamento maior a necessidade
de aditivo antioxidante.

A oxidação do óleo provoca:

Compostos ácidos, solúveis no óleo   viscosidade

Origem a borras insolúveis no óleo  Formação de depósitos


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Anti-espumante

Pela redução da tensão superficial do óleo, permitem que as bolhas de ar , já em


tamanho maior, rompam-se mais rapidamente . Isso impede a formação de
espuma estável.

Impede com grande eficiência a formação de espuma, mesmo quando causada


por vigorosa agitação e aeração nos equipamentos de alta velocidade.

É um aditivo de uso obrigatório em óleos hidráulicos.


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Inibidores de ferrugem

Por interação física ou química na superfície do metal, forma-se uma película


continua e muito tenaz, que não permite o contato ou penetração da água ou
umidade.

Exemplo 

funcionando a frio

água condensa-se

FERRUGEM
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Inibidores de corrosão

São compostos químicos alcalinos. Protegem as partes metálicas de uma


corrosão. Muitos inibidores de oxidação também são inibidores de corrosão.

Empregados:

 Motores

 Sistemas hidráulicos

 Mancais em geral
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Agentes anti-desgaste

Atuam em condições de lubrificação limite.

Podemos considerar dois tipos de aditivos anti-desgaste:

 Aditivo anti-desgaste propriamente dito

 forma película de lubrificante mais resistente ao rompimento.


 permite duplicar ou mesmo triplicar as cargas que poderiam
ser normalmente suportadas pelo lubrificante mineral (sem
aditivos).

Usado praticamente em todos os óleos industriais e na totalidade dos óleos


automotivos.

 Aditivo extrema pressão (EP)


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Extrema pressão

Aditivos que conferem aos lubrificantes uma maior capacidade de suportar altas
cargas.

Na lubrificação por camada limítrofe, esses aditivos reagem com as superfícies


metálicas em atrito (alta temperatura e pressão), formando um composto
lubrificante que evita a gripagem.

São formulações que normalmente contém combinações de enxofre, fósforo e


cloro, sendo que podem ter sua ação prejudicada pela presença de inibidores
de corrosão.

São usualmente aplicados em óleos para engrenagens (principalmente os


sistemas com engrenagens hipóidais).
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Agente de oleosidade
Seu mecanismo de ação é mais importante nos casos de lubrificação limítrofe.
São, habitualmente, aditivos de ação física (oleosidades, propriamente dita) e
química (ação EP).
São empregados em quase todos os lubrificantes de engrenagens industriais,
óleos solúveis, óleos de extrusão, de laminação, graxas, etc.

Controladores de odor
Um mecanismo possível seria mascarar um odor desagradável por meio de
perfumes sintéticos. Outro modo seria a reação química do aditivo com o
composto mal cheiroso. Novamente os anti-oxidantes, às vezes, são também
controladores de odor e, como produto específico, podemos citar o
nitrobenzeno.

Repelentes de água
Compostos organo-silícicos e outros polímeros estão nesta classe, assim como
aminas alifáticas, hidroxiácidas e ácidos graxos. Em larga aplicação em locais
onde há condensação de água, ou onde a água possa penetrar.
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Funções dos aditivos em alguns componentes:

Componentes Problemas Típicos Funções Aditivos


Temperatura Resistência à Oxidação
Sistema Contaminação Ar Anti-Espuma
Hidráulico
Condensação Água Demulsibilidade
Cargas Elevadas Anti-Desgaste & propriedades EP
Temperatura Resistência à Oxidação
Engrenagens
Contaminação por Água
Anti-Ferrugem

Cargas Elevadas Anti-Desgaste & propriedades EP


Formação de Depósitos
Motores Arranque a Frio . Prop. Dispersantes/Detergentes
Viscosidade a Alta Tempª Abaixadores Ponto Fusão
Melhoradores Ind.Viscosidade

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