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Substâncias lubrificantes

Líquidos e suas propriedades


Lubrificantes líquidos
Densidade
Pontos de temperaturas
Acidez e alcalinidade
Número de emulsão
Espuma
Resistência à oxidação
Classificação SAE
Classificação ISO
Classificação AGMA
Classificação API
Tipos de
substâncias
líquidas
lubrificantes
Substâncias Líquidas
• Todos os líquidos de uma certa maneira, podem ser considerados
substâncias lubrificantes, embora não sejam capazes de atender todas
as finalidades mencionadas anteriormente
• Para que um líquido seja considerado um lubrificantes de boa qualidade,
ele deve formar uma película fluida de adequada espessura capaz de:
• absorver os choques causados pelos esforços externos
• manter separadas as superfícies sólidas
• ter características de aderentes de forma a manter-se sempre em
contato íntimo com as superfícies a serem lubrificadas

Óleos sintéticos
Óleos animais
Lubrificantes líquidos
Óleos vegetais

Óleos minerais
Óleos Animais e Vegetais
• Os óleos animais e vegetais são raramente usados de forma
isolada como lubrificantes devido a sua baixa resistência a
oxidação - quando comparado a outros lubrificantes

• Eles são geralmente empregados combinados a outros óleos


minerais em aplicações especificas e especiais

• Eles atuam como agentes de oleosidade

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Óleos Minerais
• Os óleos minerais são substâncias obtidas a partir do
petróleo e de acordo com sua estrutura molecular podem
ser classificados como:
Parafínicos As bases parafínicas têm um baixo peso
específico, um baixo ponto de
congelação e a sua viscosidade varia
relativamente pouco com a temperatura
(alto índice de viscosidade)

Óleos minerais Naftênicos


As bases de estruturas nafténicas possuem um alto
peso específico, são sensíveis a temperatura no que se
relaciona à viscosidade (baixo índice de viscosidade),
mas apresentam alto ponto de congelação

Anéis aromáticos instauradas


Óleos Sintéticos
• As substâncias sintéticas são produzidas em laboratórios através de
vários processos químicos geralmente por síntese de hidrocarbonetos
leves e inclusão de elementos orgânicos não petrolíferos
• Dentre as várias substâncias sintéticas que são produzidas as mais
expressivas são:

Alquiloaromáticos

Hidrocarbonetos sintéticos PAO - Polialfaolefínas

Di-ésteres
Óleos sintéticos
Ésteres orgânicos Poliésteres

Poliglicóis

Ésteres fosfatados
Óleos Sintéticos
possuem aplicação reduzida, pois a sua
Alquiloaromáticos viscosidade é baixa e varia muito com o
aumento da temperatura

PAO - Polialfaolefínas muito resistentes à oxidação e de elevado


índice de viscosidade.
São utilizadas como base de lubrificantes
Hidrocarbonetos para aplicações industriais.
sintéticos Di-ésteres
possuem boas propriedades a
baixas temperaturas e um alto
índice de viscosidade

Poliésteres
têm melhor estabilidade térmica que os di-ésteres e
são utilizados na aviação e na fabricação de óleos
destinados a motores de automóveis e compressores.
Óleos Sintéticos
Óleos sintéticos
Ésteres orgânicos
São polímeros obtidos a partir dos óxido
etileno e propileno ou seus derivados.
São utilizados em aplicações industriais a
temperaturas extremas.

Poliglicóis

Ésteres fosfatados
A principal propriedade é serem resistentes ao fogo.
Densidade

Propriedades dos lubrificantes líquidos


Densidade
• DENSIDADE RELATIVA ou simplesmente densidade é conceituada como a
massa da unidade de volume, ou seja:

• DENSIDADE RELATIVA é conceituada como a razão entre a densidade


absoluta de uma substância pela densidade absoluta da água

• São diferentes as densidades de uma mesma substância quando medidas em


temperaturas distintas
Densidade para Óleos Lubrificantes
• No caso específico de óleo lubrificantes, utiliza-se em geral
as temperaturas de 20º C ou 60º F como temperatura de
referência para determinar sua densidade absoluta
• Costuma-se assim exprimir a densidade relativa de um óleo
por:
Densidade ºAPI
• Também pode-se utilizar para definir a densidade de um
óleo lubrificante a Densidade ºAPI que é expressa em
graus API conceituado como:
Pontos de
temperaturas
Propriedades dos lubrificantes líquidos
Ponto de Fulgor
• é a temperatura em que o óleo quando aquecido, desprende vapores que se
inflamam momentaneamente - efeito flash - ao contato com uma chama.
• Este ponto também é chamado flash point

• óleos oxidados possuem um ponto de fulgor inferior ao ponto típico do mesmo óleo
Ponto de Fulgor
Outros pontos de temperatura
PONTO DE COMBUSTÃO
• é a temperatura na qual a chama permanece acessa por mais de 5 segundos
• o ponto de combustão, está em torno de 25º acima do ponto de fulgor
• óleos oxidados possuem um ponto de fulgor inferior ao ponto típico do mesmo óleo
PONTO MÍNIMO DE FLUIDEZ
• é a temperatura na qual o óleo ainda consegue fluir
• Abaixo do ponto de temperatura mínima de fluidez, ocorre o risco do óleo congelar,
comprometendo a lubrificação
• Um óleo lubrificante perde seu capacidade de fluir através da formação de cristais
no interior do óleo e isto é facilitado quando o teor de parafina no óleo é elevado,
sendo assim, os óleos naftênicos geralmente possuem um ponto mínimo de fluidez
menor que os óleos de base parafínicos
PONTO DE CONGELAMENTO
• O ponto de congelamento normalmente está 3º C abaixo do ponto mínimo de fluidez
• Para um óleo trabalhar em baixas temperaturas, é importante observar estes
valores
Acidez e
Alcalinidade
Propriedades dos lubrificantes líquidos
Acidez e Alcalinidade
• Os óleos lubrificantes podem apresentar caráter ácido ou alcalino (básico), dependendo
da origem, do processo de refino, da aditivação, da degradação em serviço, e da
presença de contaminantes externos
• Os indicadores são comumente denominados:

NÚMERO DE ACIDEZ
• IAT ou TAN - Número de acidez total
• é a quantidade de base necessário para neutralizar todos os componentes ácidos em 1g
do óleo lubrificante.
• Expresso em miligramas de KOH

NÚMERO DE ALCALINIDADE
• IBT ou TBN - Número de basicidade total
• é a quantidade de ácido necessário para neutralizar todos os componentes básicos em
1g de óleo lubrificante
• Expresso em miligramas de HCl
Número de emulsão

Propriedades dos lubrificantes líquidos


Demulsibilidade ou Número de Emulsão

DEMULSIBILIDADE
• é a capacidade de um óleo lubrificante tem de se separar da água.
• Em situações em que o óleo lubrificante pode entrar em contato
com água, este ensaio é muito importante.
• Nestas situações uma rápida separação da água passa a ser
um fator preponderante à sua aplicação, como por exemplo em
turbinas a vapor

NÚMERO DE EMULSÃO
• considera-se o tempo necessário em segundos que uma amostra
de óleo leva para separar-se da água condensada proveniente de
uma injeção de vapor
Aditivos

Outras propriedades
Aditivos
• Os lubrificantes utilizados atualmente não são produtos
quimicamente puros. São adicionados inúmeros aditivos de forma
a melhorar o comportamento do lubrificante
• A seleção dos aditivos é algo bem complexo, o que exige alto
nível de especialização por parte do fabricante do óleo lubrificante
• Dentre os vários aditivos possíveis, podemos citar:
• Anti-oxidantes
• Anti-corrosivos
• Detergentes
• Anti-espumantes
• Aditivos EP - Extrema Pressão
Espuma
• Quando em uso, todos os lubrificantes são submetidos a
agitação pela movimentação dos elementos mecânicos, o
que aliado com a aeração, torna inevitável a formação de
espuma
• A formação da espuma não é desejada pois a espuma pode
provocar:
• Lubrificação ineficiente
• Cavitação
• Fluxo deficiente de óleo
• Menor transferência de calor
• Falhas na transmissão de força em sistemas hidráulicos
Resistência à Oxidação
• Os hidrocarbonetos reagem com o oxigênio do ar,
principalmente se expostos a elevadas temperaturas por
períodos suficientemente longos, promovendo a então
chamada oxidação.
• Esse é um dos principais fatores que limita o tempo de
vida útil do lubrificante.
• Quando o óleo oxida formam-se ácidos orgânicos que
podem corroer as peças metálicas.
• Ocorre também a formação de borras e vernizes, aumenta
a viscosidade original do lubrificante.

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