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GRAXAS

LUBRIFICANTES

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Graxas Lubrificantes
Na maioria das vezes, as graxas são usadas quando condições de
projetos requerem um lubrificante sólido ou semi-sólido , com
características de desempenho similares ao dos óleos
lubrificantes.
Para cada aplicação específica , uma combinação adequada de
espessantes, óleos e aditivos, quimicamente estabilizados,
permite uma lubrificação eficaz, com menores custos de
manutenção.
São lubrificantes feitos à base de um sabão metálico, geralmente
de lítio, cálcio ou sódio enriquecido às vezes com aditivos de
grafite, molibdênio , entre outras.
As graxas devem possuir boa adesividade e resistência ao
trabalho, além de suportarem bem ao calor e a ação da água e
FIEMG umidade.
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O produto constituído a partir da dispersão de espessantes ou
sabões metálicos em óleos lubrificantes minerais ou sintéticos de
modo a conferir-lhe consistência variando de sólida a semi-fluida,
resultando em um produto homogêneo com qualidades
lubrificantes.

O lubrificante liquido entra na composição da graxa na proporção


variável de 70 a 95% .

Graxa = espessante (sabão) + líquido lubrificante + aditivos.

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Óleos Minerais
ou
Óleos Sintéticos

Graxas

Espessantes
ou
Sabão Metálico Aditivos

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Os tipos de graxa são classificados com base no sabão utilizado
em sua fabricação.
Graxa à base de alumínio: macia; quase sempre filamentosa;
resistente à água; boa estabilidade estrutural quando em uso; pode
trabalhar em temperaturas de até 71°C. É utilizada em mancais de
rolamento de baixa velocidade e em chassis.
Graxa à base de cálcio: vaselinada; resistente à água; boa
estabilidade estrutural quando em uso; deixa-se aplicar facilmente
com pistola; pode trabalhar em temperaturas de até 77°C. É
aplicada em chassis e em bombas d’água.
Graxa à base de sódio: geralmente fibrosa; em geral não resiste à
água; boa estabilidade estrutural quando em uso. Pode trabalhar
em ambientes com temperatura de até 150°C. É aplicada em
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Graxa à base de lítio: vaselinada; boa estabilidade estrutural
quando em uso; resistente à água; pode trabalhar em temperaturas
de até 150°C. É utilizada em veículos automotivos e na aviação.
Graxa à base de bário: características gerais semelhantes às
graxas à base de lítio.
Graxa mista: é constituída por uma mistura de sabões. Assim,
temos graxas mistas à base de sódio-cálcio, sódio-alumínio etc.
Graxas Betuminosas: são aplicadas em lubrificação de grandes
engrenagens abertas e semifechadas, de correntes, de cabos de
aço e de partes de máquinas expostas às intempéries.
Graxas de Betonita com óleo mineral: são constituídas de uma
mistura entre uma argila betonitica com óleo mineral. Tem
excelente resistência à água, ótima resistência ao calor, sem ponto
de gota, bombeabilidade ruim, custo elevado, trabalha de –20º à
FIEMG 180ºC, é adequada para rolamentos de alta temperatura.
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Vantagens da utilização das graxas

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Principais características das Graxas:
Seu desempenho depende, basicamente, do sabão empregado, do
método de fabricação, dos aditivos e do líquido lubrificante
utilizado.

Tipo Características
Custo relativamente baixo, resistência até 70ºC, não
Cálcio
indicada para rolamentos.
Boa resistência ao calor seco ( até 150ºC), não
Sódio
possui boa resistência à água.
Transparentes, resistentes à água e a oxidação,
quando à temperatura é similar à de Cálcio. É
Alumínio
indicada para chassis, mancais excêntricos e
FIEMG resistente ao choque.
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Tipo Características
Muito indicada para lubrificação industrial e de
veículos, boa resistência à água, boa aplicação
Lítio
através de pistolas e sistemas centralizados – graxa
de aplicações múltiplas.
Consistência mais macia sem afetar o ponto de
Base Mista
gota, mas aumentam a consistência durante o uso.

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AGENTES ESPESSANTES:

É o agente espessante , por sua natureza e concentração , que irá


conferir á graxa determinadas características como:
Consistência, Ponto de gota, estrutura, comportamento em relação á
água e temperatura.

O espessante atua como uma esponja contendo o óleo lubrificante


que quando submetido a pressão libera o óleo para lubrificar. Após
liberada a pressão o óleo retorna para dentro da esponja que volta ao
seu aspecto original.

Os epessantes podem ser uma gama muito ampla de materiais e


podemos dividi-los em três grupos importantes: Sabões metálicos,
espessantes inorgânicos espessantes orgânicos.
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SABÃO METÁLICO DE BASE SIMPLES:

Sabões resultantes da reação de gorduras de origem animal ou


vegetal com cal , hidróxidos de Cálcio, Lítio, Sódio, alumínio etc.

Esta reação é conhecida como saponificação. O metal utilizado na


reação determina o nome do sabão e a graxa passa a ser
conhecida como graxa de sabão de sódio, Lítio, Cálcio etc. para
cada tipo de sabão utilizado na fabricação obteremos graxas com
características diferenciadas.

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SABÃO METÁLICO DE BASE MISTA :

São graxas preparadas com mistura de dois ou mais tipos de


sabão diferentes para conferir ás graxas propriedades inerentes a
cada um deles.
As graxas feitas com sabões desse tipo são conhecidas como
graxas de base mista e são identificadas como por exemplo graxa
de sabão misto de sódio e cálcio.

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SABÃO COMPLEXO :

São resultantes da combinação de sabões metálicos simples com


sais de ácidos asfaltícos de cadeia curta ( C4 e C10).

Estes compostos conferem ás graxas propriedades que não


podem ser obtidas através de uso de sabões de base simples ou
base mista.

As graxas mais comuns de sabão complexo são as de Cálcio, Lítio,


Alumínio.

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ESPESSANTES INORGÂNICOS:

Os principais espessantes inorgânicos utilizados na fabricação


de graxas são:
Argila de Betonite , Sílica gel, e Negro de Fumo.

ESPESSANTES ORGÂNICOS :

Os espessantes orgânicos mais utilizados são a poliureia e


fibras sintéticas .

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VANTAGENS DESVANTAGENS

1- Selagem e isolamento 1 – Limitações quanto á alta


2- Adesividade velocidade em Função do maior
3 –Tempo mais longo de uso atrito fluido
4 – Uso em locais de alta 2 – Menor resistência a oxidação
temperatura 3 – Menor poder refrigerante
5 – Lubrificação instantânea 4 – Tendência a encostar
6 – Resistência ao choque
7 – Resistência a pressão e
Carga

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Propriedades Físico-químicas
TEXTURA:

Característica ligada diretamente a aparência e a sensação tátil e


definida por inspeção visual ligada á adesividade e facilidade de
manuseio da graxa, que é verificada pressionando-se a graxa entre os
dedos polegar e indicador, e pode ser classificada como sendo:

1- Amanteigada: separa-se em pequenos picos sem fibras visíveis;


2- Lisa : a superfície é livre de irregularidades;
3- Filamentosa : separa-se em filamentos longos e finos , sem fibras
visíveis;
4 -Fibras curtas : pequenos feixes fibrosos;
5 - Fibras longas : único feixe de fibras.
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Propriedades Físico-químicas
RESISTÊNCIA Á ÁGUA:

O tipo de sabão determina esta característica .Em muitas


aplicações , as graxas devem resistir á lavagem ou emulsificação
pela água.

A graxa de sabão de sódio é a única que se dissolve em presença


de água.

RESISTÊNCIA AO TRABALHO:

Estabilidade apresentada pela graxa quando em trabalho de não


escorrer das partes a serem lubrificadas.
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característica.
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Propriedades Físico-químicas
BOMBEABILIDADE:

Capacidade da graxa fluir pela ação de bombeamento. Esta


estabilidade é fundamental quando a aplicação é feita por
sistemas de lubrificação centralizada.

A bombeabilidade da graxa depende de 3 fatores fundamentais:

1 - Viscosidade do óleo mineral;


2 - Consistência da graxa ;
3 - Tipo de sabão.

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Propriedades Físico-químicas
CONSISTÊNCIA DA GRAXA:

É a característica que a graxa


possui de resistir á deformação.

Esta é a característica mais


importante das graxas podendo
ser comparada por analogia , á
viscosidade dos óleos lubrificantes.

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Propriedades Físico-químicas
CONSISTÊNCIA DA GRAXA:
Medida por meio de um instrumento medidor de penetração
(penetrômetro). Segundo a ASTM (D 217), esta medida consiste em
fazer um cone-padrão penetrar, durante um certo período de tempo, a
uma temperatura de referência determinada (77°F / 25°C), em uma
amostra de graxa.
Esta penetração é medida em décimos de milímetros.

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Propriedades Físico-químicas
PONTO DE GOTA:

É a temperatura na qual a graxa passa


do estado sólido ou semi-sólido ao
estado liquido ou seja, existe a
separação do óleo dos espessantes ou
sabões metálicos.

Esta é uma característica importante


pois define a que temperatura pode-se
utilizar a graxa para trabalho.

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Propriedades Físico-químicas
Tipo de Graxa Textura Ponto de Gota
(°C)
Cálcio Amanteigada 60 a 115

Sódio Amanteigada 150 a 260

Litío Amanteigada 170 a 220

Alumínio Amanteigada 80 a 110

Bário Amanteigada 177 a 246

FIEMG Betonita Fibrosas > 260


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Principais Aditivos

ANTICORROSIVO AGENTE EXTREMA


PRESSÃO

ANTIFERRUGEM CORANTE

ANTIOXIDANTE
AGENTE DE
ADESIVIDADE
LUBRIFICANTES
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CIEMG SÓLIDOS
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Comparativo

TIPO DE RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA BOMBEABILI-


Á AÇÃO DA Á AÇÃO DO DADE CUSTO
SABÃO
ÁGUA CALOR

SÓDIO ALTA BAIXA BAIXO


BAIXA

CÁLCIO ALTA BAIXA MÉDIA BAIXO

LÍTIO ALTA ALTA OTIMA MÉDIO

BETONITA MÉDIA ALTA MÉDIA ALTO


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Comparativo

BOMBEABILIDADE TIPO DE SABÃO / ESPESSANTE

BOA
1 - POLIUREIA
2 - LÍTIO
3 - CÁLCIO
4 - ALUMINIO
5 - SÓDIO
6 - BÁRIO
7 - COMPL. DE CÁLCIO
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Classificação
Segundo a NLGI (NATIONAL LUBRICATING
GREASE INSTITUTE - Instituto Nacional de
Graxas Lubrificantes) as graxas são subdivididas
em categorias baseadas na sua consistência
trabalhada.
Esta consistência e medida após realizar-se, pelo
menos, 60 golpes em um aparelho padronizado e
como resultado teremos a tabela mostrada
adiante.
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Classificação
CLASSE PENETRAÇÃO ESTRUTURA LOCAL DE
N.L.G.I TRABALHADA APLICAÇÃO

000 445 – 475 Extrema Fluidez Principalmente


00 400 – 430 Fluida para engrenagens
0 335 - 385 Quase Fluida

1 310 – 340 Muito Macia Lubrificação de


2 265 – 295 Macia rolamentos e
3 220 - 250 Média de deslizamento.

4 175 – 205 Dura


5 130 – 160 Muito Dura Vedação em
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6 85 - 115 Extrema Dureza Labirintos
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Classificação

Obs.: Este ensaio é realizado em laboratório à temperatura de


25ºC, e a penetração ASTM é medida em décimos de milímetros.
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Classificação

Obs.: Este ensaio é realizado em laboratório à temperatura de


25ºC, e a penetração ASTM é medida em décimos de milímetros.
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