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GRAXAS LUBRIFICANTES

PST Franklin C. Hatherly 2006


GRAXAS LUBRIFICANTES

1 – CONCEITUAÇÃO(ASTM D-288):

“ Uma graxa é um produto cuja a consistência


varia de sólida a semi-fluida, proveniente da
dispersão de um agente espessante em um
líquido lubrificante , ao qual podem ser adiciona-
dos outros produtos de modo a lhe prover propri-
edades especiais.”
GRAXAS LUBRIFICANTES

2– COMPOSIÇÃO DE GRAXAS
GRAXA = FLUIDOS LUBRIFICANTES + ESPESSANTE + ADITIVO

CÁLCIO
NORMAIS SÓDIO
SABÕES METÁLICOS LÍTIO
MISTO Ca/Na

CÁLCIO
COMPLEXOS ALUMÍNIO
LÍTIO
ESPESSANTES ARGILA BETONÍTICA
INORGÂNICOS SÍLICA
ARGILA HECTORÍTICA

POLIUREÍAS
ORGÂNICOS NEGRO-DE-FUMO
FIBRAS SINTÉTICAS
GRAXAS LUBRIFICANTES

PARAFÍNICOS
MINERAIS ÓLEOS BÁSICOS NAFTÊNICOS
AROMÁTICOS
FLUIDOS ASFALTO
LUBRIFICANTES
(70%-95%) ÉSTERES
SINTÉTICOS SILICONES
POLIGLICÓIS
TEFLON

ANTIFERRUGEM
ANTIOXIDANTES
ADITIVOS AGENTES DE ESTREMA PRESSÃO
AGENTES DE ADESIVIDADE
CORANTES
GRAXAS LUBRIFICANTES

3 –FUNÇÕES DAS GRAXAS

• Reduzir a fricção e o desgaste nos elementos


lubrificados, sob várias condições ;

• Proteger o equipamento contra corrosão e


ferrugem ;

• Evitar entrada de poeira, água e outros contami-


tes nas partes lubrificadas;

• Resistir ao escoamento, gotejamento e expulsão


durante as partidas e operações intermitentes ;
GRAXAS LUBRIFICANTES

• Conservar sua estrutura e consistência após


serem trabalhadas por longos períodos ;

• Ser adequada ao uso proposto , mantendo suas


características durante o armazenamento ;

• Ser compatíveis com os materiais com que é


constituído o equipamento a lubrificar ;

• Tolerar algum grau de contaminação ,como, por


exemplo, por água, sem apresentarem perda
significativa de desempenho.
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4 – VANTAGENS NO USO DE GRAXAS:

• Menor tendência a vazamento ;

• Maior período entre re-lubrificações ;

• Redução da entrada de materiais estranhos


(poeira);

• Formação de filme lubrificante mais resistente


durante a inatividade do equipamento ;

• Menor consumo.
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5 - DESVANTAGENS NO USO DE GRAXAS:

• Menor dissipacão do calor do que os óleos ;

• Maior dificuldade de remoção do produto


deteriorado ;
(Os óleos resistem melhor à oxidação)

• Aplicação a menor velocidade.


(Os óleos lubrificam melhor a altas velocidades)
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6 - PRINCIPAIS TIPOS DE GRAXAS E CARACTERIS-


TICAS:
SABÃO APARÊNCIA MECÂNICA ALTA BAIXA ÁGUA TEMP. DE USO
TEMP. TEMP. (ºC)
Ca Amanteigada B D D A 70
Ca Anidra Amanteigada B D C A 120
Ca Amanteigada/ B D B B/A 150
Complexa Fibrosa
Na Fibrosa A D A D 135
Ba Fibrosa A D A A 145
Li Amanteigada A B/A B/A A 150
Li Complexa Amanteigada A B/A A A 200

Al Amanteigada B B A A 80
Al Complexa Amanteigada B/A B A A 135

Argila Amanteigada B A A A 260


Poliuréia Amanteigada B B A A 180
* OBS. A: Excelente / B: Boa / C: Regular / D: Ruim
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7-CARACTERISTICAS DAS GRAXAS

7.1– CONSISTÊNCIA
Mede a dureza relativa das graxas e sua estabi-
lidade ao trabalho.

• O trabalho é definido como o cisalhamento que


ocorre quando duas camadas de graxa deslizam
entre si, e ocorre quando a graxa é manuseada,
aplicada ou quando sofre qualquer movimento
em serviço.
• Em geral, as graxas perdem consistência quan-
do são trabalhadas.
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PENETRÔMETRO :
-Mede a consistência das graxas
GRAXAS LUBRIFICANTES

7.2 – PONTO DE GOTA


• Temperatura em que a graxa passa do estado semi-sólido
para o líquido e começa a fluir.Determinada pelos testes
ASTM D-566 e D-2265 , o seu conhecimento permite de-
terminar a temperatura máxima de trabalho da graxa.

• O ponto de gota depende :


- Do tipo e teor de espessante ;
- Do fluido lubrificante.

• Algumas graxas apresentam separação de fases sem


retorno, outras regelificam quando resfriadas ;

• Graxas à base de argila tem pouca tedência a se tornarem


fluidas, chegando mesmo a queimar sem gotejar.
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7.3 – ESTABILIDADE ESTRUTURAL E MECÃNICA


(RESISTÊNCIA AO TRABALHO)
• Estabilidade estrutural é a capacidade de uma graxa
de manter suas consistências e textura originais,
apesar do tempo, temperatura , trabalho mecânico e
outras influências.

• Estabilidade mecânica é a capacidade de uma graxa


manter sua consistência mesmo sob cisalhamento.
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• A estabilidade depende:
- Do processo de fabricação;
- Do tipo e teor de espessante;
- Do fluido lubrificante.

• A graxa deve ter boa estabilidade estrutural


e mecânica para permanecer adequada ao
serviço por longos períodos;

• Uma medida rápida, prática e significativa


da estabilidade é a variação entre a pene-
tração com trabalho prolongado e a pene-
tração trabalhada.
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7.4 – CAPACIDADE DE CARGA

• É a capacidade da graxa de combater o desgas-


te sob condições de extrema-pressão, sendo
obtida por meios de aditivos.

• Geralmente são utilizados dois testes para


avaliá-la:
- ASTM D-2509 – TESTE EP TIMKEN;

- ASTM D-2596/2296 – TESTE QUATRO


ESFERAS EP/DESGASTE (“FOUR BALL”).
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7.5 – ESTABILIDADE À OXIDAÇÃO

• É a capacidade da graxa de resistir à oxidação,


em atmosfera de oxigênio e elevada tempera-
tura, sendo importante durante o armazena-
mento e o uso.

• A estabilidade à oxidação depende :

- Do anti-oxidante empregado;
- Da natureza do fluido lubrificante
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RESISTÊNCIA À TEMPERATURA E A ÁGUA


GRAXAS LUBRIFICANTES

TESTE DE DESEMPENHO DE GRAXAS


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