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CSM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO LTDA

RUA ERICH FROEHNER, 3055 – SCHROEDER – SC.


CEP: 89275-000
FONE: (47) 3372.7600
EMAIL: csm@csm.ind.br

MISTURADOR PLANETÁRIO 1125/750L


ADVERTÊNCIA IMPORTANTE:
Não manipular o equipamento sem antes ter o conhecimento de
todo este manual. O o b j e ti vo d e s ta p ub l ic ação é d e
in s tr uí - lo na instalação, operação e montagem do produto
fornecido, auxiliando na visualização geral do procedimento a
ser efetuado e e vi tar d a no s d eco r r e n te s d o ma u u so o u
ma n u te n çõ e s d e f ic ie nt e s e i nco r r et a s.

CLIENTE: EMPAC – EMPRESA DE ARTEFATOS DE


CONCRETO LTDA.
PEDIDO: 8404
EQUIPAMENTO: MISTURADOR PLANETÁRIO 1125/750 L

MANUAL DE INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E


1
MANUTENÇÃO
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 3
2. GENERALIDADES 3
3. CARACTERISTICAS TÉCNICAS PRINCIPAIS 3
4. ESTRUTURA PRINICPAL 4
5. DADOS TÉCNICOS 10
6. CONEXÃO A REDE DE ENEGIA ELÉTRICA 10
7. INSTALAÇÃO 11
8. PEÇAS DE REPOSIÇÃO 12
9. REGULAGENS 13
10. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA 13
11. RISCOS QUE ESTÃO EXPOSTOS OS USUÁRIOS 15
12. LIMPEZA 15
13. LUBRIFICAÇÃO 17
14. PROGRAMA DE MANUTENÇÃO 31

2
1. INTRODUÇÃO

OBJETIVO DO MANUAL
Este manual tem por finalidade instruir os operadores sobre quais são os critérios de instalação, utilização e
manutenção do equipamento, regras de segurança a fim de evitar danos ao equipamento fornecido.

2. GENERALIDADES

Recomendamos a leitura deste manual antes do início da utilização do equipamento, de maneira que estão
contidas neste documento informações relacionadas ao funcionamento, instalação, manutenção e
condições de operação e segurança.
É de extrema importância armazenar esta documentação em local de fácil acesso, pois, baseado nela é que
se executam manutenções eficientes conforme as instruções dos fabricantes.

3. DESCRIÇÕES GERAIS

Este descritivo técnico engloba informações do Misturador Planetário fornecido pela CSM, por este motivo
o cliente deve ler atentamente o texto e relacionar as características técnicas descritas com os
componentes do equipamento que adquiriu.

3
4. ESTRUTURA PRINCIPAL

Este sistema consiste em uma ligação motor e redutor planetário que transmite movimento para o sistema
interno de engrenagens. Nesta caixa central onde esta instalada a transmissão por engrenagem é fixado a
uma base com um braço raspador lateral, braço raspador do fundo e braço planetário.

MOTOR TRIF 40CV


4P 220/380 B5D
60HZ

CONJUNTO ELÉTRICO
MISTURADOR 1125/750L
BOCA DE DESCARGA

MISTURADOR PLANETÁRIO
1125/750L

CONJUNTO HIDRAÚLICO
MISTURADOR 1125/750 L
4
CONJUNTO BRAÇO
DO MISTURADOR

CONJUNTO BRAÇO
MISTURADOR
MENOR

CONJUNTO TRIPÉ

4.1 MISTURADOR PLANETÁRIO 1125/750 L


CONJUNTO TAMPAS
SUPERIORES
CONJUNTO CAIXA DE REDUÇÃO

CONJUNTO BASE
SUPORTE DAS VIAS
CONJUNTO CUBA
5
4.1.1 CONJUNTO CUBA
REVESTIMENTO CUBA MENOR

REVESTIMENTO LATERAL REVESTIMENTO FUNDO


CUBA

CONJUNTO ESCOTILHA

PAREDE EXTERNA

REVESTIMENTO CUBA
MENOR ESQ

REVESTIMENTO
FUNDO CUBA

4.1.2 CONJUNTO TAMPAS SUPERIORES

CONJUNTO TAMPA CONJUNTO TAMPA


BASE SUPERIOR DE INSPEÇÃO

CONJUNTO CORPO DAS VIGAS 6


SUPERIORES
4.1.3 CONJUNTO CAIXA DE REDUÇÃO

Nesta caixa central onde está instalada a transmissão por engrenagem é fixado a uma base com um braço
raspador lateral, braço raspador do fundo e braço planetário.
REDUTOR PLANETARIO
BREVINI ET3255

CONJUNTO CAIXA DE
REDUÇÃO

4.2 CONJUNTO HIDRAULICO MISTURADOR 1125/750L AC 1F

CILINDRO HIDRAULICO
CDT3MP5-50-28-320F1
CONJUNTO SUPORTE DA
UNIDADE HIDRAULICA

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4.3 CONJUNTO TRIPÉ

Este braço tem a função de misturar os agregados com cimento e água para formar a mistura de concreto
desejado. Este braço é composto por pás acionadas por engrenagem forçando os agregados, cimento e
água a se misturar e assim, homogeneizar o concreto.

4.4 CONJUNTO BRAÇO DO MISTURADOR / FUNDO

Tem a função de retirar a mistura que adere ao fundo do misturador, fazendo com que este material seja
lançado ao braço planetário.

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4.5 CONJUNTO BRAÇO DO MISTURADOR MENOR / LATERAL

Tem a função de retirar a mistura que adere a parede lateral do misturador, fazendo com que este material
seja lançado ao braço planetário.

SISTEMA DE MISTURA

Este sistema consiste em uma ligação motor e redutor planetário que transmite movimento para o
sistema interno de engrenagens.

DOSAGEM E MISTURA

É o grupo central do equipamento, constituído das seguintes partes principais:


Sistema de pesagem
Sistema de alimentação

SISTEMA DE ABERTURA DE COMPORTA

Os Misturadores CSM podem ser dotados de uma a duas comportas para a descarga do concreto usinado.
O acionamento é feito através do painel elétrico, o mesmo aciona uma bomba hidráulica que por sua vez
aciona o cilindro hidráulico e assim fazendo com que a comporta abra e feche de acordo com a operação
desejada.

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CONJUNTO ESCOTILHA

CARREGAMENTO DE CIMENTO

Feito por rosca transportadora, automática abaixo de Silo ou manual com Silo Rasga Saco.

CARREGAMENTO DE AGREGADOS

Feito por Esteiras Transportadoras ou Skip de carregamento e pesagem.

5 DADOS TÉCNICOS

Capacidade de mistura Até 750 litros/ciclo


Pressão na rede de água 2 a 6 bar
Tamanho máximo do agregado 30mm
Tensão da rede 220 / 380 V

6 CONEXÃO A REDE DE ENERGIA ELÉTRICA

A CSM dispõe de dois tipos de painéis de comando para os seus equipamentos.


No caso de operação do equipamento em conjunto com outros para formar a central dosadora de
concreto, a CSM disponibiliza duas opções que podem ser operados no modo “Manual” ou “Automático”.

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No modo “Manual” todos os comandos como:

• Ligar e desligar o misturador;


• Ligar e desligar a bomba d’água;
• Programas e/ou alterar a dosagem de água;
• Ligar e desligar o equipamento de carga dos agregados (pode ser feito por uma Esteira ou Skip);
• Opcional, no caso de o cliente adquirir o Silo Dosador de Cimento e adicionado à operação
programar e /ou alterar a dosagem de cimento;
• Ligar e desligar bomba hidráulica;
• Abrir e fechar escotilha de descarga.
• O painel automático é indicado para operação com Central Dosadora de concreto, pois a mesma
automatiza todas as funções acima descritas e ainda possibilita a inclusão de “concreto” de
cimento.
• Possui um interruptor geral de emergência. (Este painel foi desenvolvido pela CSM, cujo Diagrama
Elétrico Dosador segue anexos ao painel de comando).

7 INSTALAÇÃO

As operações de instalação e desmontagem do Misturador deverão ser efetuadas por técnicos


especializados da CSM ou por ela designados.
Para a instalação deverão ser fornecidos pelo cliente:
• Obras civis, fundação para o misturador;
• Rede de energia elétrica até a máquina, dimensionada segundo normas vigentes; com caixa para
tomadas industriais;
• Rede de água até a máquina;
• Disjuntores apropriados, corretamente dimensionados para a potência instalada, na rede, próximos
à máquina;

INSTALAÇÃO DE ATERRAMENTO

Recomendamos o uso de eletrodos terra do tipo Copperweld com diâmetro de 5/8” e comprimento de 3m,
que deverá ser enterrado na vertical.

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As operações de instalação incluem:

• Desmontagem das fixações para transporte;


• Chumbamento e fixação de todos os componentes da central;
• Montagem e fixação de todos os componentes da central;
• Execução das instalações elétricas, hidráulicas e /ou pneumáticas, até a rede de alimentação.
• Regulagem e start da máquina;
• Treinamento do operador.

8 PEÇAS DE REPOSIÇÃO

Pela própria natureza do equipamento, há partes que têm uma vida limitada devido ao desgaste.
No caso de necessidade de reposição de qualquer peça da máquina, contate a CSM.

As peças de reposição devem ser solicitadas à fábrica indicando-se:


A máquina ou equipamento;
A peça correspondente;
A quantidade
As peças passíveis de desgaste ou troca por ocasião da manutenção do Misturador Planetário são:
CONJUNTO BRAÇO DO CONJUNTO BRAÇO
CONJUNTO TRIPÉ RASPADOR FF NI-HARD
MISTURADOR MISTURADOR MENOR
41002848 20508001
41002851 41002852

PÁ DO MISTURADOR FF RASPADOR FF NI-HARD RASPADOR FF NI-HARD PLACA REVESTIMENTO


NI-HARD MIST 25X175X362 MIST 19X155X175 MIST LATERAL / CUBA
20508003 20508002 20508001 30508703

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REVESTIMENTO FUNDO REVESTIMENTO CUBA REVESTIMENTO CUBA REVESTIMENTO DA
CUBA MENOR MENOR ESQ ESCOTILHA
30508706 30508710 30508711 30508719

9 REGULAGENS

Verificar se as regulagens das Pás misturadoras, onde as mesmas deverão respeitar a medida de folga de
5mm, entre as pás periodicamente, pois os mesmos poderão se soltar, e vir a ocasionar, problemas como
obstruir os movimentos do planetário, lançamento da ruptura da corrente de transmissão e estragos no
redutor e no motor.

10 PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

A operação deste equipamento exige conhecimento e treinamento adequado. Equipamentos operados por
pessoas não qualificadas podem se tornam perigosos.
Leia atentamente as instruções de operação e uso adequado de todos os comandos.
Os operadores devem ser treinados e receber instruções, antes de operar o equipamento.

NÃO permita que uma pessoa opere este equipamento sem o devido treinamento. Pessoas que operem
este equipamento devem estar familiarizadas com os riscos e perigos associados ao mesmo;
NÃO utilize acessórios que não sejam recomendados para este equipamento.
Danos ao equipamento e acidentes com o usuário poderão ocorrer;
NÃO deixe a maquina funcionar desacompanhada;
NÃO modifique ou desative o funcionamento dos controles operacionais;
SEMPRE leia, entenda e siga as instruções do Manual de Operação antes de tentar operar o equipamento;
SEMPRE se certifique de que todas as pessoas mantenham distância segura da máquina. Pare a máquina se
houver pessoas na área de trabalho;
SEMPRE certifique se de que o operador esta familiarizado com o equipamento;

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SEMPRE use roupas de proteção ao operar o equipamento. Use óculos de segurança, protetor auditivo e
calçados de segurança;

Fonte: Alunos TST ETEC

SEMPRE mantenha mãos, pés e roupas largas afastadas das partes móveis do equipamento;
SEMPRE desligue o Misturador quando não estiver sendo operado;
SEMPRE armazene o equipamento adequadamente quando não estiver em uso. Equipamentos devem ser
armazenados em local limpo e seco, fora do alcance de crianças;
NÃO opere a máquina se não houver dispositivos de segurança ou proteções ou se estiverem inoperantes.
NÃO modifique ou invalide os dispositivos de segurança.
SEMPRE trabalhe com muita atenção.
SEMPRE desligue o equipamento quando for limpar guardar ou não estiver usando.
SEMPRE os dispositivos de segurança previsto na central deverão estar funcionando adequadamente.
SEMPRE as manutenções deverão ser efetuadas somente apos o desligamento da rede de energia eletrica
através do interruptor geral e do travamento da chave de energia emergencia.
SEMPRE manter todos os letreiros de indicações limpos e legiveis.
SEMPRE o Misturador deve estar ligado ou desligado com a cuba totalmente vazia.
NUNCA opere o Misturador com materiais sem água.

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11 RISCOS QUE ESTÃO EXPOSTOS OS USUÁRIOS

É necessário que se tenha conhecimento das partes principais do equipamento. O equipamento oferece
riscos os quais devem ser analisados, os seguintes procedimentos:

Descargas elétricas
• Não utilize o aparelho acima de sua capacidade estimada;
• Não ligue muitos equipamentos na mesma tomada;
• Nunca opere o equipamento com as mãos e pés molhados em lugares úmidos;
• Não coloque materiais de metais dentro do equipamento;
• Nunca deixe fios mal isolados, podem provocar incêndio;
• Equipamento não deve estar ligado sem a tampa;
• Cuidado pode ocorrer queda acidental, através da utilização inadequada da plataforma.

DISPOSITIVOS PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES

• Interruptor geral (painel de tensão reduzida de comando);


• Tampa da cuba do Misturador com grade de proteção;
• Botão de parada de emergência;
• Trava de proteção para a tampa em posição totalmente aberta;
• Sensor de segurança localizado na tampa do Misturador;
• Proteção dos micros da escotilha;
• Plataforma do Misturador com guarda – corpo;
• Escadas com guarda-corpo;
• Todos os motores com proteção por relés térmicos.

12 LIMPEZA

Quanto à limpeza do Misturador recomendamos que seja executada diariamente.


Ao final do expediente de trabalho deve-se fazer uma limpeza completa no equipamento, conservando
assim melhor o equipamento.
A manutenção deve ser feita semanalmente, observando-se os seguintes aspectos:

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A lubrificação é importante para garantir o perfeito funcionamento e prolongar a vida útil das diversas
partes do equipamento. A seguir há uma tabela com os meios lubrificantes utilizados na central de
concreto.

ATENÇÃO

Não misture óleos diferentes nos redutores. Verifique pelo menos uma vez por mês os níveis de óleo nos
redutores e corrija-os se necessário.

LIMPEZA EXTERNA

Procedimento:

Desligar o Misturador e a Esteira.


Retirar totalmente o material da Cuba do Misturador e da Esteira, lavar externamente com uma
mangueira até retirar todas as incrustações, cuidando para não aplicar jatos d’água diretamente
nos motores.

LIMPEZA INTERNA

Procedimento:

Desligar o Misturador e a Esteira;


Abrir a tampa e a comporta de descarga do Misturador;
Lavar bem o interior da Cuba do Misturador e do Silo da Esteira, principalmente a região da
comporta de descarga, onde a adesão de concreto pode comprometer o bom funcionamennto da
comporta.

ATENÇÃO

Para facilitar a limpeza da Cuba do Misturador, é sugerido o uso de desmoldante, tanto na parte interna
quanto na parte externa da cuba. Este procedimento facilitará na limpeza da máquina, evitando-se o
acúmulo de concreto nas áreas de maior dificuldade de limpeza.
A lubrificação é importante para garantir o perfeito funcionamento e prolongar a vida útil das diversas

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partes do equipamento. A seguir há uma tabela com os meios lubrificantes utilizados na central de
concreto:

MANUTENÇÃO

Após a instalação e início do funcionamento dos equipamentos, é necessário que este se mantenha correto
e que se execute um programa de manutenção preventiva a intervalos regulares com vistas a evitar
quebras e estragos maiores aos equipamentos.
Estas operações devem ser realizadas por pessoal capacitado, obedecendo sempre às normas e instruções
de segurança recomendadas e somente com a rede de energia elétrica desligadas.

13 LUBRIFICAÇÃO

A lubrificação é importante para garantir o perfeito funcionamento e prolongar a vida útil das diversas
partes do equipamento.

INSTRUÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO DE ENGRENAGENS

Engrenagens são elementos de máquinas destinadas a reduzir ou multiplicar velocidade ou alterar o


sentido ou direção do movimento. Transmitem ou recebem potência.
As engrenagens de dentes retos são de funcionamento um tanto ruídos, porque os dentes entram em
contato entre si e se separam de uma só vez, em todo o comprimento de seu flanco.

MÉTODOS DE LUBRIFICAÇÃO

Manual
Geralmente feita por pincelagem. É o caso da lubrificação de engrenagens, expostas, com o emprego de
composições betuminosas, aplicadas por meio de brochas, pincéis ou espátulas.
Essas composições têm uma aderência maior que o óleo ou a graxa e são indicadas para engrenagens
grandes, de baixa rotação, que transmitem cargas elevadas.
Quando as composições betuminosas já são fórmulas com solventes leves, podem ser aplicadas a frio.
Quando isto não se verifica, há a necessidade de se executar um pré-aquecimento, que deve ser feito em
banho-maria, para evitar o superaquecimento do fundo da lata pelo fogo direto.
Por razões de segurança, aconselha-se fazer a aplicação das composições com a engrenagem parada, de

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preferência ao final de um turno de serviço, pois o natural aquecimento do metal facilitará o espalhamento
do lubrificante.

SELEÇÕES DOS LUBRIFICANTES

Engrenagens cilíndricas e cônicas retas ou helicoidais em caixas. Para essas engrenagens a escolha do óleo
depende principalmente da carga suportada pelos dentes e da velocidade periférica da engrenagem.
Quanto maior for à potência transmitida pela engrenagem tanto maior será a carga suportada pelos dentes
e, conseqüentemente, maior deverá ser a viscosidade do lubrificante, em face de problemas de resistência
de película. Por outro lado, quanto maior for à velocidade periférica, maior será a viscosidade do óleo a ser
usado. Daí a possibilidade de utilizarmos óleo de baixa viscosidade para engrenagens de alta velocidade
visando melhor resfriamento e perdas por atrito. O atrito fluído e o calor por ele gerado aumentam á
medida em que aumenta a velocidade das engrenagens e a viscosidade do óleo.
Os óleos minerais puros são apropriados para a maioria das engrenagens desse tipo. Para engrenagens de
turbinas e unidades similares de altas velocidades, dotada de sistema de circulação sob pressão,
recomenda-se o emprego de um “óleo de turbina” com alta resistência á oxidação.
Para engrenagens de médias e baixas velocidades, quando é muito grande a carga nos dentes ou quando
ocorrem cargas de choque, os óleos minerais puros são inadequados á proteção contra desgaste e
deformação das superfícies de contato dos dentes. Nessas circunstâncias, utilizam-se, com vantagens óleos
com aditivos que lhes conferem propriedades de suporte de carga e anti-desgaste, sem que apresentem
propriedades de extrema pressão.
Em regra, os lubrificantes EP, não necessários para engrenagens desse tipo, embora aconselhassem para
alguns modelos como, por exemplo, engrenagens cônicas de dentes helicoidais, onde há condições muito
severas de contato entre os dentes.

Recomendamos a utilização do óleo:


ÓLEO LUBRAX EGF 200 P S
(60130020)

LUBRIFICANTES PASTOSOS

Compreendem as graxas e as composições lubrificantes.

GRAXAS

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As graxas lubrificantes são dispersões estáveis de sabões minerais.
Observadas através de microscópio eletrônico, verifica-se que o óleo que compõe a graxa é retido por uma
trama frouxa, tridimensional, de fibras de sabão que se assemelha aos pelos de uma escova. Estas fibras
são formadas por cristais de sabão que por sua vez são constituídas por moléculas. A trama do sabão
mantém-se coesa pela ação de forças de atração fraca as fibras, que empresta à graxa sua consistência ou
“corpo” quando em repouso.
Na graxa submetida, essas forças são vencidas; o lubrificante perde sua consistência e flui. Quando maior a
decomposição estrutural, maior a facilidade com que a graxa se desfaz. Quando a força que provocou a
decomposição estrutural deixa de atuar, as fibras de sabão tendem a se agrupar novamente a trama
original, restituindo à graxa a mesma consistência inicial.
Enquanto a viscosidade de um óleo em determinada temperatura independente da sua decomposição
estrutural, a viscosidade da graxa decorre inteiramente desse fator. Comparando para uma dada
temperatura às relações de viscosidade e da taxa de cisalhamento de um óleo e de uma graxa preparada
com este mesmo óleo incorporado com um sabão, observa-se que a viscosidade da graxa se aproxima a do
óleo que a compõe quando aquela é submetida a taxas de cisalhamento muito elevado. É importante que
este fenômeno seja reversível ou praticamente reversível, isto é, que a graxa volte a sua viscosidade
original elevada ao cessar a ação de decomposição.
Como por exemplo, prático da importância dessa variação de viscosidade, pode-se considerar o caso do
mancal de rolamento lubrificado a graxa.
Nas pistas de rolamentos, onde as velocidades são elevadas e as folgas reduzidas, a graxa apresenta-se com
baixa viscosidade, e conseqüentemente, o atrito, o calor gerado e o consumo de energia são menores.
A porção maior de graxa retida nos separadores, sofre menor modificação em sua estrutura, e, portanto,
apresenta-se com viscosidade elevada.
Isso permite que a graxa permaneça aí como um lubrificante de reserva, atuando ainda como vedação
mantendo afastadas as partículas estranhas. Há inúmeros exemplos similares de mancais, onde é dada
preferência a graxa que pode ser mantida nesses pontos em condições.

VANTAGENS DE DESVANTAGENS

• As graxas apresentam melhores propriedades de retenção, por possuírem alta afinidade com as
superfícies metálicas.
• Prefere-se a graxa quando é impraticável um suprimento continuo de óleo, pois ela por sua
coesão pode ser armazenada nos pontos de aplicação evitando-se assim, durante períodos de
tempo relativamente longos, a necessidade de acrescentar novas quantidades de lubrificantes.
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• Quando em presença de atmosfera poluída ou úmida, as graxas apresentam vantagens em
relação aos óleos, pois agem como elementos de vedação. As graxas não dissipam o calor tão
bem quanto o óleo, razão pela qual um mancal lubrificado a graxa tem temperatura
normalmente superior ao de um mancal lubrificando a óleo.
As graxas apresentam-se sobre tudo em função do tipo de sabão empregado com determinada textura,
que poderá ser fibrosa, untuosa ou amanteigada.
Alcançam sua estabilidade, fator importantíssimo a sua conservação com a adição de agentes estabilizantes
específicos, tais como glicerina, ácidos graxos ou água.
Fabricam-se essas dispersões a se obter produtos semi-fluídos ou pastosos que podem ser aplicados como
película lubrificantes nos pontos em que seria pouco prático ou quase impossível o emprego de óleo, uma
vez que estes, em virtude de sua fluidez, não ficariam retidos.
Componentes das graxas lubrificantes

Os componentes essenciais de uma graxa são: O lubrificante e o agente espessante.

Lubrificante líquido
Óleo mineral
Óleo sintético

Agente dispersante
Sabões metálicos
- Componentes metálicos
- Componentes graxos
Tipo não sabão

Além desses dois componentes, a graxa pode conter:

Aditivos
Inibidores de oxidação
Inibidores de corrosão
Agentes de oleosidade e untuosidade
Lubrificantes sólidos
Agentes de extrema pressão

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Lubrificante líquido: A escolha do lubrificante líquido é função da aplicação que deverá ser dada à graxa.
Agente espessante: É o agente que por sua natureza e concentração irá conferir as graxas determinadas
características como: consistência, ponto de gota, estrutura, comportamento em relação à água e as
temperaturas. O agente mais usado é o sabão.
Sabões metálicos
Sabões metálicos – componentes metálicos
Graxas a base de sabão de cálcio: de aparência amanteigada, com grande resistência a água tem sua
aplicação limitada pelo baixo ponto de gota que em geral lhes é característico. Não devem ser trabalhadas
superiores a 50ºC. Isto não exclui a existência de graxas de sabão de cálcio, que se caracterizam por
elevado ponto de gota.
Graxas a base de sabão de sódio: de aparência fibrosa, não resistem à ação de água, mas toleram
perfeitamente temperatura mais elevadas, entre 110ºC e ao contrário das graxas de cálcio.
Graxas a base de sabões de alumínio: as semelham-se às graxas de cálcio no que se refere à qualidade
lubrificante e textura, embora mais transparentes e com aspecto mais brilhante.
São mais estáveis do que as graxas de cálcio, apresentando vantagens evidentes quando em presença de
água, tende ainda maior aderência metálica, a temperatura e á ação de ácidos diluídos.
Graxas a base de sabão de lítio: de aparência amanteigada, grande estabilidade a ação da água e ácidos
diluídos, alto ponto de gota, são graxas denominadas de “aplicações múltiplas” substituindo com algumas
vantagens as graxas de cálcio, sódio e alumínio.
Sabões metálicos: componentes graxos. O ácido graxo ou gordura, usado para proteger o sabão em
associação com determinados componentes metálicos, tem grande influência no formato e dimensões da
fibra do sabão, influindo, por conseguinte nas propriedades da graxa.
Exemplificando: uma gordura pode formar uma graxa de sódio fibrosa, enquanto que outra poderá originar
um produto final de aparência amanteigado; por outro lado.
Uma graxa de sódio preparada por determinada gordura pode absorver grande quantidade de água sem
perder a consistência enquanto que outra graxa de sódio fabricada com gordura diferente se liquefará ao
absorver somente uma fração do seu peso em água. O ácido graxo pode ter também grande influência
sobre a resistência a oxidação da graxa. A seleção da gordura resultará do cotejo entre seu preço e
quantidade exigida para a graxa.
Tipo não sabão: São graxas obtidas com agentes espessantes não sabão, sendo nesse caso de grande
utilização determinadas argilas, como a bentonita. A maior vantagem destas graxas reside em não
apresentarem gota. As graxas a base de sabão fundem-se simultaneamente com fibras do sabão, devido ao
colapso da trama do sabão.

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Como os agentes espessantes não saponificáveis tem ponto de fusão extremamente elevado, a trama do
espessante resiste. Implica, obrigatoriamente, em que essa determinada graxa poderá ser utilizada em
qualquer temperatura.
Aditivos: São agentes químicos que adicionados ás graxas, aumentam sua eficiência, reforçando-lhes ou
mesmo conferindo-lhes características necessárias ás exigências de certas máquinas modernas.
Inibidores de oxidação: A oxidação da graxa decorre da quantidade do óleo e da gordura, bem como da
temperatura da operação.
Os inibidores são muito utilizados em graxas para mancais de rolamentos, já que quase sempre
permanecem em serviço por longos períodos e muitas vezes sujeito as temperaturas elevadas.
Inibidores de corrosão: Estes compostos são eficientes contra ferrugem, pois a água dificilmente consegue
remove-lo das superfícies metálicas.
Agentes de oleosidade e untuosidade: Melhoram as qualidades da graxa. Usam-se óleos graxos.
Lubrificantes sólidos: São usados para aumentar a capacidade da graxa de suportar cargas e agem sobre as
superfícies metálicas, mesmo que a graxa seja eliminada. São usados grafite e bissulfeto de molibdênio,
mica e amianto pulverizado.
Agentes de extrema pressão: São agentes químicos adicionados aos lubrificantes para impedir a ação
destrutiva “metal contra metal” quando ocorre o rompimento da película lubrificante.
Os aditivos EP são compostos contendo fósforo, enxofre ou cloro na forma ativa que reagem quimicamente
com a superfície do metal, formando compostos (em geral cloretos, fosfetos e sulfetos) de baixa taxa de
cisalhamento, os quais se comportam como eficientes lubrificantes sólidos. Os aditivos EP somente agem
quando há condições conhecidas como de “extrema pressão”, isto é, grandes pressões entre as superfícies
em movimento relativo com rompimento da película lubrificante e desenvolvimento de calor suficiente
para provocar a reação química.

COMPOSIÇÃO DOS LUBRIFICANTES

Composições betuminosas: São composições que apresentam grande adesividade e elevada viscosidade
muito utilizada na lubrificação de grandes engrenagens expostas, cabos de aço etc. Em razão de sua alta
viscosidade, necessitam ser aquecidas quando de sua utilização.
Podem também se apresentar diluídas em solventes, para facilidade de aplicação.
Pastas especiais para estampagem: Essas pastas são em geral fabricadas com sabões e gorduras, contendo
ou não material sólido, como óxido de certos metais. São utilizadas puras ou dispersas em água ou óleo
mineral.

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INSTRUÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO PARA ROLAMENTOS

LIMPEZA

A limpeza é muito importante para o bom desempenho dos rolamentos. Recentes pesquisas da SKF
tornaram possível verificar a influência da contaminação na vida útil do rolamento.
Isto pode ser visto na nova teoria de vida da SKF, onde a influência da contaminação na fadiga do
rolamento depende de vários parâmetros como; tipo e tamanho do rolamento, espessura da película
lubrificante, a dureza e quantidade de partículas sólidas no lubrificante.
É, portanto, fundamental que os rolamentos sejam lubrificados com graxas e óleos limpos e que o
lubrificante se mantenha limpo durante a operação, isto significa que os sistemas de vedação têm que
manter o rolamento livre da penetração de contaminação externa.

LIMPEZA DA GRAXA

As graxas devem ser mantidas em seus recipientes originais e nunca deixadas expostas ao tempo.
Ferramentas hidráulicas, recipientes e bombas de graxa devem ser bem lavadas com solventes e secos
antes de serem usados.
Tocos de madeira ou espátulas não devem ser usados para retirar a graxa de seu recipiente. O risco de
contaminação é muito alto.
Antes de relubrificar um rolamento é necessário limpar o bico graxeiro e a região em torno dele. A graxa a
ser utilizada deve ter a mesmas características do original e livre de impurezas.
As graxas utilizadas para lubrificação de rolamentos devem ter alto grau de qualidade. As graxas SKF são
rigorosamente controladas para atingir as especificações de qualidade e limpeza.

LIMPEZA DO ÓLEO

O óleo deve ser filtrado antes de ser inserido dentro do mancal de rolamento. Em sistemas de circulação de
óleo é possível colocar filtros em lugares adequados, para remover contaminação produzida pelo sistema.
Para as maiores informações, por favor, contatar a SKF.

LUBRIFICAÇÃO A GRAXA

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A graxa é o lubrificante mais utilizado para rolamentos. Graxa lubrificante é definida como uma dispersão
semi-líquida a sólida de um agente espessante num líquido (óleo de base). Consiste em uma mistura de 85
a 90 % de óleo mineral ou sintético e um agente espessante. Em quase 90% de todas as graxas, o agente
espessante e sabão metálico, formando quando um hidróxido metálico reage com um ácido graxo. Um
exemplo é o estearato de lítio ou sabão de lítio.
Variando-se o sabão, o óleo e aditivo, é impossível produzir diferentes graxas para uma ampla variedade de
aplicações.

COMO A GRAXA ATUA NO ROLAMENTO

O espassante de uma rede de fibras de sabão funciona como recipiente para óleo lubrificante. As cavidades
desta rede enchem-se de óleo, tal como os poros de uma esponja cheia de água.
Se uma esponja for espremida a água é expelida-a esponja ‘’sangra’’. O óleo também ‘’sangra’’ de uma
graxa.
Todavia, mais do que trabalho mecânico, é a elevação da temperatura na massa da graxa ao redor do
rolamento que causa ‘’sangria’’ e suprimento de óleo para ás superfícies de contato e de deslizamento do
rolamento.
Uma quantidade suficiente de óleo deve chegar a estas superfícies. O tipo escolhido de graxa deve ter
propriedades adequadas ao tipo do rolamento e condições de trabalho. Requisitos especiais surgem, por
exemplo, em rolamentos sujeitos a fortes vibrações, onde uma graxa mecanicamente instável pode ser
expelida do rolamento num processo continuo. Isso causa uma ruptura mecânica na base do sabão
metálico, destruindo a graxa.

PROPRIEDADES

Em uma determinada condição de operação, é necessário o emprego de uma graxa com propriedades tais
que permita uma lubrificação satisfatória.

CONSISTÊNCIA

A consistência indica o grau de rigidez de uma graxa. Depende, basicamente, do tipo e quantidade de
espessante utilizado. A consistência é especificada segundo a escala do ‘’ National Lubrificating Grease
Intitute’’ (NLGI) dos EUA. É baseada no grau de penetração de um cone padrão na graxa, a uma
temperatura controlada durante cinco segundos, mede-se então a profundidade de penetração, em

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décimos de milímetro. Quanto menos espessa é uma graxa, maior será a penetração e menor o índice
NLGI. Pros rolamentos é comum um índice NLGI2 ou 3. São utilizados graxas NLGI1 e 0 para aplicação de
temperatura muito baixas ou em sistemas de lubrificação centralizada.

GAMA DE TEMPERATURAS

É importante selecionar uma graxa que atenda aos requisitos da aplicação a temperatura de trabalho.
Em temperaturas muito elevadas muitas graxas amolecem como manteiga exposta ao sol.
Em temperaturas muito baixas, graxas comuns, ficam duras e conseqüentemente lubrificam mal. Os corpos
rolantes de rolamento giram com dificuldade e diminuem de velocidade ou param completamente na zona
não carregada.
Quando os corpos rolantes voltam à zona de carga, são imediatamente forçados a acelerar. Os resultados
são fortes deslizamentos, esferas ou rolos rompem a película de óleo e causa danos a superfície, do tipo
mostrado na ilustração acima.

TEMPERATURAS ELEVADAS

Em temperaturas elevadas muitas graxas amolecem causando risco de vazamento. Em temperaturas


elevadas constantes é importante usar uma graxa especial. Em temperatura extremamente elevadas,
graxas lubrificantes, especialmente graxas á bases de sabão metálico oxidam rapidamente. Então endurece
e ocorre a separação quase total do óleo.

BAIXAS TEMPERATURAS

Graxas comuns lubrificam mal em temperatura baixas. Isso pode impedir a rotação dos corpos rolantes,
especialmente na partida e sob baixas cargas.
O deslizamento dos corpos rolantes sobre a pista pode causar desgaste e falha do rolamento.

TESTE DE PROPRIEDADES DE ANTI-CORROSÃO

Antes de ser testado pelo SKF como tendo propriedades de proteção conta corrosão, a graxa deve ser
submetida ao teste de Emcor SKF. Somente graxas que impedem totalmente a formação de corrosão são
aproveitadas.

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PROPRIEDADE ANTIFERRUGEM

Graxa utilizada em rolamento devem sempre proteger contra ferrugem. O agente que combate a ferrugem
deve ser insolúvel. A graxa deve ter tal força de aderência que as superfícies do aço estejam cobertas por
uma película, mesmo se a graxa estiver saturada com água.

ESTABILIDADE MECÂNICA

Algumas graxas tendem a amolecer durante trabalho mecânico, o que pode resultar em vazamento. Em
instalações vibrantes a graxa é empurrada para dentro do rolamento a partir alojamento. Se a graxa não for
mecanicamente estável, será expelida do rolamento num continuo processo de circulação. Isso causa
ruptura mecânica da matriz do sabão e destrói a graxa.
É importante escolher graxa com boa estabilidade mecânica, tal como as graxas a base de lítio fabricado
pela SKF.

VEDADORES

Um vedador deve proteger tanto o rolamento quanto o seu lubrificante. Nem impurezas nem umidade
devem ser permitidas a penetrar no rolamento e causar danos.
Vedadores devem, também, impedir vazamento da graxa. A eficácia de um vedador e crucial para a vida
em serviço do rolamento.
A escolha correta da vedação é muito importante. Nunca continue a usar um rolamento com vedador
inapropriado para suas condições de trabalho ou danificado.

MISTURA DE GRAXA

Nunca misture graxas não compatíveis. Caso duas graxas forem misturadas, a mistura resultante terá
geralmente uma consistência mais mole, o que eventualmente causará falha por vazamento.
Se não sabe com que tipo de graxa o rolamento foi originalmente lubrificado, não relubrifique sem antes
remover a graxa usada.

CLASSIFICANDO AS GRAXAS LUBRIFICANTES


De acordo com a temperatura e condições de operação

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As graxas podem ser classificadas de acordo com as condições de operação. A consistência e as
características do óleo lubrificante são influenciadas pela temperatura de trabalho. O rolamento que opera
a determinada temperatura deve ser lubrificado com uma graxa que seja adequada a esta temperatura.
As graxas são fabricadas para diferentes temperaturas e são classificadas para baixas temperaturas (LT),
médias (MT) e altas (HT). Existem, ainda, graxas classificadas de EP (Extrema pressão) ou EM (Estrema
pressão com bissulfeto de molibdênio).

SELEÇÕES DE GRAXAS

Todas as precauções tomadas para evitar falhas de rolamento podem ter pouco efeito se for escolhida a
graxa errada. É importante selecionar a graxa que ofereça uma película de óleo com suficiente capacidade
de cargas sob as condições operacionais. Portanto é muito importante conhecer a viscosidade do óleo base
da graxa na temperatura de trabalho.
Fabricantes de equipamentos especificam geralmente um tipo particular de graxa, a maioria das graxas
padronizadas cobre uma ampla de aplicações.
Os mais importantes fatores a serem considerados antes de escolher a graxa são:
• Tipo de máquina
• Tipo de tamanho de rolamento
• Temperatura de trabalho
• Condições operacionais de carga
• Variações de velocidade
• Condições de funcionamento, tais como vibração e a orientação do eixo em direção horizontal
ou vertical
• Condições de refrigeração
• Eficiência de vedação
• Ambiente externo

A maioria dos usuários de rolamentos escolhe uma linha de graxas capazes de satisfazer quase qualquer
aplicação ou condições que possam ocorrer. A SKF, por exemplo, desenvolveu uma linha de seis graxas
designadas a funcionar eficientemente em 95% das aplicações de rolamento. A graxa LGHT deve ser
utilizada quando a temperatura exceder 80 ͦ C (175 ͦ F), a graxa LGLT, quando a temperatura ficar abaixo de
0 ͦ C (32 ͦ F).

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Rolamentos submetidos a cargas extremamente pesadas e aqueles que trabalham a velocidade muito
baixa, devem ser lubrificados com a graxa LGEM 2, cargas médias requerem a graxa LGEP 2. Rolamentos
pequenos e médios podem ser lubrificados com LGMT 2, rolamentos maiores com LMGT 3.

GRAXAS PARA CARGAS PESADAS

Em rolamentos girando lentamente sob cargas pesadas, são necessários aditivos para aumentar a
resistência da película lubrificante. De outra forma, os picos desiguais das superfícies metálicas do
rolamento entrarão em contato, a temperatura elevar-se-á e as superfícies se soldarão. Os aditivos
minimizam o contato entre as partes metálicas e produzem uma reação química que impede caldeamento.

SUGESTÕES PARA LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS

A maioria dos rolamentos é fornecida somente revestida com inibidor de oxidação e, portanto, devem ser
lubrificados quando montados. Todavia, rolamentos com duas placas de proteção ou vedadores já são
lubrificados. São preenchidos pela SKF com graxa em quantidade adequada do rolamento.
Rolamentos com furos de lubrificação podem, naturalmente, ser relubrificados. O trabalho de montagem
deve ser efetuado em local limpo e livre de impurezas. Examine também os vedadores e substitua-os se
estiverem desgastados.
Não retire o rolamento da embalagem até o momento da montagem. Limpe apenas o furo e a superfície
externa.
O TEMPO CERTO

Geralmente, os rolamentos são lubrificados somente após a montagem. A razão mais importante é a
limpeza, quanto mais tarde a graxa for aplicada, maior a chance de se evitar contaminação.
Outra razão tem a ver com o tipo de rolamento, por exemplo, em rolamento com furo cônico, a folga
interna não pode ser medida se o rolamento estiver lubrificado. Além disso, alguns métodos de montagem
tornaram a relubrificação inadequada. Caso o rolamento for aquecido, por exemplo, a graxa será destruída
durante a montagem.
Um rolamento pode ser lubrificado antes da montagem somente quando a lubrificação é a única maneira
de obter uma distribuição uniforme de graxa.

Ao lubrificar rolamentos, são necessárias seguintes condições:


• Intervalos correntes de relubrificação
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• Quantidade correta
• Método correto
• Qualidade correta

É importante lembrar que a graxa não dura indefinidamente.


Há duas questões importantes:
• Por quanto tempo a graxa permanece em condições de uso?
• Como substituir à graxa?
Deixe sempre uma parte do alojamento livre para a graxa expelida do rolamento quando da partida.
Com a maioria das graxas de sabão de lítio é possível encher ate 90% do espaço livre do alojamento.

A QUANTIDADE CORRETA

Siga estas regras gerais. O rolamento deve estar completamente cheio com graxa, mas o espaço livre no
alojamento só deve estar parcialmente cheio. Todavia, em aplicações não vibratórias, as graxas de
enchimento total, podem ocupar até 90% do espaço livre do alojamento sem qualquer risco de aumento da
temperatura. Graças a isso, evita-se a entrada de impurezas no rolamento e os intervalos de relubrificação
podem ser dilatados.
Rolamentos que operam em altas velocidades, por exemplo, em máquinas ferramentas, a quantidade de
graxa deve ser pequena.

COMO LUBRIFICAR UM ROLAMENTO

O método de lubrificação depende do tipo do rolamento e seu alojamento. Os rolamentos podem ser
separáveis ou não separáveis, os alojamentos podem ser bi-partidos ou inteiriços.

ROLAMENTOS SEPARÁVEIS

Rolamentos separáveis incluem os rolamentos de rolos cilíndricos, rolamentos de rolos cônicos e todos os
tipos de rolamentos axiais.
Estes rolamentos podem ser engraxados com as partes separadas na ordem determinada pela seqüência
de montagem.
Depois de montada o primeiro anel, lubrifique o espaço, interno com graxa. Depois engraxe o anel. Se o
rolamento possui uma gaiola com esferas ou rolos, assegure-se que todos os espaços sejam bem
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lubrificados. Se o anel é separado, basta lubrificá-lo ligeiramente de modo que não fique danificado quanto
o anel com a gaiola e os rolos for montado sobre ele.

ROLAMENTOS NÃO SEPARÁVEIS

Estes rolamentos são os rígidos ou autocompensadores. Os rígidos tais como os rolamentos rígidos de
esferas e os de contato angular de esferas, devem ser lubrificados de ambos os lados.
Nos rolamentos radiais autocompensadores de esferas e de rolos, um anel pode ser girado de modo que os
corpos rolantes sejam acessíveis e a graxa possa ser injetada em todo o espaço livre entre eles.
Use as luvas de proteção quando manusear lubrificantes. Contato direto com produtos derivados de
petróleo pode causar reações alérgicas.
Rolamentos rígidos são preenchidos com graxa por ambos os lados. Nos rolamentos autocompensadores é
possível girar um anel. Com exceção de rolamentos axiais autocompensadores de rolos, geralmente
lubrificados com óleo, todos os rolamentos axiais são montados em três etapas. Somente os corpos
rolantes e o conjunto da gaiola são lubrificados. Qualquer espaço fora dos anéis também deve ser
preenchido com graxa.
Monte o rolamento no eixo, e logo em seguida, preencha-o com graxa. Coloque o rolamento na posição
certa no eixo e preencha com graxa os espaços livres no alojamento com a quantidade correta.

ALOJAMENTOS INTEIRIÇOS

Verifique se todos os espaços estão preenchidos. Use luvas de proteção, lubrificantes podem causar reação
alérgica.
Ajuste o vedador interno, em seguida preencha com graxa o espaço entre o vedador e o assento do
rolamento. Preencha os rolamentos rígidos do lado a ser montado para dentro e assegure-se de que todos
os espaços internos estejam preenchidos.
Faça com que o excesso de graxa saia pela face oposta, isso protegera contra impurezas durante a
montagem. Monte o rolamento, retire o excesso de graxa, preencha novamente com graxa limpa os
espaços do lado externo do rolamento e finalmente preencha os espaços livres do lado externo de
alojamento. Se o rolamento tiver que ser montado com interferência sobre o eixo, a montagem é feita
normalmente antes da lubrificação.

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14 PROGRAMA DE MANUTENÇÃO

Freqüência
Operações
Diária Semanal Mensal
Limpeza do misturador X
Verificação do sistema de pesagem do cimento e dos agregados X
Limpeza do cimento no misturador X
Limpeza das comportas de descarga X
Manter a distância das pás da lateral do fundo do misturador X
Verificar os sensores fim de curso e limitadores X
Controlar o nível e substituir o óleo dos redutores do Misturador X
Verificar o aperto dos parafusos X
Verificar a tensão e da corrente de transmissão do planetário e
X
lubrificá-lo
Verificar e lubrificar o acionamento por corrente ou engrenagem X

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