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RESUMO
A necessidade de oferecer ambientes de trabalho seguro garantindo a integridade dos
funcionários tem estimulado as empresas a investirem em seus equipamentos. Este
trabalho tem como objetivo analisar e apresentar o estudo com uma proposta de
adequação de um torno mecânico de pequeno porte à norma regulamentadora NR12
(norma regulamentadora de segurança do trabalho em máquinas e equipamentos),
trazendo o mínimo de impacto no processo de operação existente. Contando com o
apoio técnico dos mecânicos de uma das escolas do SENAI, para a elaboração do
projeto e a instalação das proteções das máquinas. Por meio de uma pesquisa
qualitativa classificada também como exploratória e que utilizou para o
desenvolvimento de seu processo a técnica de estudo de caso, foram coletadas as
informações, através de entrevista realizada na escola, com o intuito de se demonstrar
o desenvolvimento e a execução da norma NR12 na instituição. Os resultados obtidos
demonstram a fases de análise de risco e o antes e depois do equipamento após as
proteções instaladas, e os benefícios que estas trazem na teoria e na prática para
quem a opera durante o trabalho na escola. Acrescenta-se que, através do presente
estudo foi possível analisar os fatores que propiciaram a obtenção de soluções, como
o trabalho em equipe, que se deu entre o departamento de segurança do trabalho e a
oficina mecânica, para as não conformidades pudessem ser solucionadas no menor
tempo e custo possível, e ainda o mais importante, atender os requisitos da NR12.
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
• Segurança do Trabalho
• Normas Regulamentadoras
As Normas Regulamentadoras (NRs) são os mecanismos legais que o
Ministério do Trabalho e Emprego utiliza como orientação e procedimentos
obrigatórios ligados à segurança do trabalho no Brasil. Elas instruem as empresas e
estabelecimentos de qualquer tipo de operação regidos pela CLT com relação a saúde
e segurança do trabalhador. O descumprimento da mesma pode resultar em
notificação, autuação, interdição ou embargo de Industrias e Escolas.
Segundo Dragone (2011), as Normas publicadas pelo Ministério do Trabalho e
Emprego nem sempre abordam os aspectos técnicos. Que na maioria das vezes,
precisam do aporte da ABNT, e até mesmo das Normas Internacionais, para ficarem
menos genéricas, e assim oferecer uma metodologia mais técnica e atrelada as
necessidades dos interessados, como as indústrias e também dos que irão realizar as
auditorias.
Devido as NRs, sofrerem alterações com certa frequência, as empresas
necessitam sempre fazer adequações, ou correm o risco de serem autuadas,
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• Riscos Ambientais
Originalmente, o conceito de risco refere-se a uma probabilidade aumentada
de um evento ocorrer. Atualmente, o risco é tomado com um presságio; é o mesmo
que perigo. Qualquer risco é sempre entendido como algo negativo (MENDES,2002).
Na modernidade o risco, no seu significado técnico mais puro, revela-nos as
condições das probabilidades estimadas que existem de um acontecimento estar apto
a ser conhecido. A incerteza, em contraste, é usada como um termo alternativo onde
estas probabilidades são inestimáveis ou desconhecidas. Esta distinção pressupõe
que há uma forma de indeterminação que não está sujeita ao cálculo racional de
acordo com as várias alternativas possíveis (MENDES, 2002, p. 56).
Riscos ambientais são considerados agentes físicos, químicos, biológicos,
ergonômicos e de acidentes, os quais são capazes de causar danos à integridade e à
saúde física dos trabalhadores. Os riscos ambientais ou profissionais estão divididos
em cinco grupos:
- Riscos Físicos: ruído, vibrações, calor, radiações ionizantes, radiações não
ionizantes, umidade e frio.
- Riscos químicos: poeiras minerais, poeiras vegetais, poeiras alcalinas,
fumos metálicos e nevoas.
- Riscos biológicos: vírus, bactérias e protozoários, fungos e bacilos,
parasitas.
- Riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento e transporte manual de
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• Avaliação de Riscos
A Análise Preliminar de Risco (APR) tem como objetivo determinar os riscos,
causas, efeitos e medidas preventivas oriundas de uma determinada atividade. Com
a aplicação da APR é possível constatar os pontos que devem ser melhorados nas
máquinas estudadas com o intuito de minimizar os riscos inerentes a operação. (DE
CICCO e FANTAZINNI, 1994).
Existem algumas técnicas de realização de análise de risco, podendo destacar:
lista de verificação, Análise Preliminar de Risco (APR), conforme modelo exposto na
Tabela 1, Estudo de perigo e operabilidade (HAZOP), Análise de consequências,
Análise Quantitativa de Riscos (AQR/QRA). (WEGE, 2014)
Na metodologia da Análise Preliminar de Risco (APR) os cenários de acidentes
devem ser classificados em categorias de severidade, as quais fornecem uma
indicação qualitativa do grau de severidade das consequências de cada um dos
cenários identificados. A severidade é a medida das consequências dos efeitos que
podem ser gerados com um determinado evento (ocasionando um acidente), podendo
na Tabela 1, onde podem ser descritos os eventos que podem ser gerados com uma
eventual falha.
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Fonte: (WEGE,2014)
Fonte: (Autor,2018)
3 METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado em uma Unidade do Senai, onde foram realizados
trabalhos nas máquinas que são utilizadas nas aulas práticas do curso técnico em
mecânica.
Foi realizada uma entrevista com um dos professores e o técnico de segurança
do trabalho e, ambos, informaram que a proteção da máquina foi com base na NR 12.
A máquina onde se realizou a proteção mecânica foi um Torno Mecânico, e a
análise de risco, que foi informado pelo professor e técnico de segurança entrevistado,
foi a APR (Análise Preliminar de Risco).
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4 RESULTADOS
CAVACO RESULTANTE DA
PROJEÇÃO DE MATERIAIS IV
MAQUINAÇÃO DA PEÇA
ILUMINAÇÃO DO POSTO DE
ILUMINAÇÃO DEFICIENTE II
TRABALHO
5 CONCLUSÃO
O longo histórico de acidentes ocorridos nas empresas ao longo dos anos, com
elevadas taxas de afastamento dos seus trabalhadores, foi o que motivou o
desenvolvimento deste trabalho, assim como a necessidade do conhecimento da
importancia da adequação à NR12.
A aplicação do conhecimento técnico adquirido em sala de aula e em atividades
práticas foi crucial para que a análise da NR12 pudesse ser aplicada a cada
componente da máquina de forma simples, objetiva e de fácil entendimento.
Os objetivos foram atingidos com êxito, todos os pontos em não conformidade
com a NR12. Este trabalho possibilitou demonstrar a importancia de se ter um
equipamento em conformidade com a NR12, através de ferramentas simples que
podem ser aplicadas com o intuito de evitar acidentes que podem chegar ao grau de
gravíssimos e até fatais.
Analisar os acidentes é uma forma preveni-los. A missão do departamento de
segurança do trabalho é justamente evitar que por falta de análise e dedicação, um
trabalhador ou um estudante possa vir se acidentar gravemente.
Foi possível também avaliar que a maioria dos equipamentos não vem com
essas proteções de fábrica. E que seria de grande importancia de as áreas de projetos
e compras, já pudessem se antecipar quanto as solicitações dessas proteções,
visando a melhor qualidade dos projetos de proteções que são confeccionados,
muitas vezes as pressas para atender uma auditoria do Ministério do Trabalho, por
exemplo.
Trabalhar com proteção de máquinas pode ser um grande incentivo a alunos
de cursos profissionalizantes, pois estes mesmos já podem aprender e a tornar esse
tipo de análise, como a APR, uma parte de suas aulas práticas, e que futuramente
isso possa fazer parte da grade curricular do curso e promover profissionais cada vez
mais capacitados ao mercado de trabalho.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAGAS, Ana Maria de Resende; SALIM, Celso Amorim; SERVO, Luciana Mendes
Santos. Saúde e Segurança no trabalho no Brasil: aspectos institucionais,
sistemas de informação e indicadores. Brasília - DF: IPEA, 2011.