Você está na página 1de 47

MANUTENÇÃO

INDUSTRIAL
Profª: Gabriella Amorim Muniz Falcão

1
2
3
4
5
PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE FALHAS

Embora nenhuma operação produtiva seja indiferente a falhas, em


algumas é CRUCIAL que os produtos e serviços não falhem

Aviões em vôo, fornecimento de Outros produtos e serviços sempre devem


eletricidade a hospitais; funcionar quando necessário, como cintos
de segurança de carros, serviço de polícia
ou outros de emergência.

CONFIABILIDADE É ESSENCIAL NESSAS SITUAÇÕES


6
PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE FALHAS

7
PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE FALHAS

As abordagens
técnicas de melhoria

MELHORIA DA
PRODUÇÃO

Prevenção e
recuperação de Gerenciamento da
falhas qualidade total
8
PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE FALHAS

Por que as Como a falha é Como as operações


operações falham? medida? deveriam recuperar as
falhas, quando elas
ocorrem?

Como as operações
Como a falha e a falha
podem aprimorar sua
potencial podem ser
confiabilidade?
detectadas e
analisadas?

9
FALHA NO SISTEMA

Sempre há a probabilidade de que, ao fabricar um produto ou prestar um serviço, as coisas possam sair
erradas.

Aceitar que ocorrerão falhas não é, entretanto, a mesma coisa que ignorá-las

Nem todas as falhas são igualmente sérias. Algumas falhas são incidentais e podem não ser percebidas.

As organizações, portanto, precisam discriminar as diferentes falhas e prestar


atenção especial àquelas que são críticas por si só ou porque podem prejudicar o
resto da produção.

10
FALHA NO SISTEMA

POR QUE AS COISAS FALHAM?


As falhas na produção ocorrem por razões muito diferentes, que podem ser agrupadas como:

Aquelas que têm sua fonte dentro da operação produtiva, Aquelas que são causadas por ações dos clientes.
porque seu projeto global foi malfeito ou porque suas
instalações (máquinas, equipamentos e edifícios) ou pessoal
falharam;

Aquelas que são causadas por falhas no material


ou informações fornecidas à operação produtiva;

11
FALHA NO SISTEMA

12
FALHA NO SISTEMA

FALHAS DE PROJETO

Em sua etapa de projeto, uma produção pode parecer perfeita no papel; somente quando lidam com circunstâncias reais,
as inadequações tomam-se evidentes.

• Algumas falhas de projeto ocorrem porque uma característica de demanda não foi bem observada ou foi mal calculada

Uma linha de produção pode ter sido instalada em uma fábrica que na prática não consegue lidar com
as demandas que lhe são feitas

As circunstâncias sob as quais a produção tem que trabalhar não são as esperadas. Por exemplo, uma
linha de produção de biscoitos pode ter sido instalada pressupondo certo tamanho de pacotes, mas
depois o mercado passou a demandar pacotes de tamanho maior. o que faz a máquina emperrar
ocasionalmente.
13
FALHA NO SISTEMA

FALHAS DE PROJETO

“O projeto adequado compreende identificar o conjunto de


circunstâncias sob as quais a produção deve trabalhar e projetá-las
de acordo com isso”.

14
FALHA NO SISTEMA

FALHAS DE PROJETO

15
FALHA NO SISTEMA

FALHAS DE PROJETO

16
FALHA NO SISTEMA

FALHAS DE INSTALAÇÕES
• Todas as instalações ( isto é, máquinas, equipamentos, edifícios e acessórios) de uma produção têm
probabilidade de quebrar.

• A "avaria" pode ser somente parcial, como, por exemplo, uma máquina que somente está conseguindo
trabalhar com a metade de sua velocidade normal.

• Algumas panes podem parar grande parte da produção. Por exemplo, a


falha de um computador em uma cadeia de supermercados pode paralisar
diversas lojas grandes até que seja reparada.

17
FALHA NO SISTEMA

FALHAS DE PESSOAL

FALHAS DE
ERROS
FALHAS DE PESSOAL
FALHAS DE
VIOLAÇÃO

18
FALHA NO SISTEMA

FALHAS DE PESSOAL

"Erros" são enganos de julgamento; a posteriori, percebe-se que


alguém deveria ter feito algo diferente e o resultado é algum
desvio significativo da produção normal.

• Por exemplo, se o gerente de uma loja de artigos esportivos falhar na antecipação de um aumento da
demanda de bolas de futebol durante a Copa do Mundo, a loja esgotará seu estoque e não atenderá a
seus clientes potenciais.
19
FALHA NO SISTEMA

FALHAS DE PESSOAL

"Violações" são atos que são claramente contrários ao


procedimento operacional definido.

Por exemplo, se um operador de máquina não limpar ou lubrificar bem sua máquina da forma prescrita,
haverá probabilidade dela falhar. O operador "violou" um procedimento estabelecido.

20
FALHA NO SISTEMA

FALHAS DE FORNECEDORES

Qualquer falha no prazo de entrega ou na qualidade de bens ou serviços fornecidos para


uma produção pode causar falha dentro da produção.

Quanto mais uma produção depender de fornecedores de


materiais ou serviços, terá probabilidade de falhar em razão de
inputs defeituosos ou abaixo do padrão.

21
FALHA NO SISTEMA

FALHAS DE CLIENTES

 Os clientes podem usar mau os produtos e serviços feitos pela produção.


 Por exemplo, uma máquina de lavar pode ter sido fabricada de forma eficiente e isenta de falhas e o cliente que a
compra pode sobrecarregá-la ou usá-la mal, o que a leva a falhar.
 O cliente não tem "sempre razão"
 A falta de atenção dos clientes, a incompetência ou a falta de bom-senso podem ser a causa da falha.

Contudo, simplesmente queixar-se dos clientes não reduz a


probabilidade desse tipo de falha ocorrer. A maior parte das
organizações aceitará que tem responsabilidade de educar e treinar os
clientes e de projetar seus produtos e serviços de forma a minimizar a
probabilidade de falhas. 22
FALHA NO SISTEMA

FALHAS COMO UMA OPORTUNIDADE

A falha de uma máquina pode ter sido causada pelo projeto


ruim ou má manutenção de alguém, por uma falha na
entrega, por erros de alguém na gestão dos programas de
fornecimentos e por erro de um cliente, ou pela falha de
alguém em fornecer instruções adequadas.

As consequências disso são, primeiro, que a falha pode,


até certo ponto, ser controlada; e segundo, que as
organizações podem aprender com as falhas e
Em vez de identificar um "culpado", que é considerado consequentemente modificar seu comportamento.
responsável e criticado pela falha, elas são vistas como uma
oportunidade de examinar porque ocorreram e de
implementar procedimentos que eliminam ou reduzem a
probabilidade de ocorrerem novamente. 23
FALHA NO SISTEMA

FALHAS COMO UMA OPORTUNIDADE

24
MEDIÇÃO DE FALHAS

TAXA DE
FALHAS

CONFIABILIDADE
MEDIÇÃO DE FALHAS

DISPONIBILIDADE

25
MEDIÇÃO DE FALHAS

TAXA DE "Taxas de falhas" e "confiabilidade" são diferentes formas de medir a


FALHAS mesma coisa -a tendência de uma produção, ou parte dela, de falhar.

A taxa de falhas (TF) é calculada pelo número de falhas em um período de tempo.

ou

26
MEDIÇÃO DE FALHAS

TAXA DE
FALHAS

ou

27
MEDIÇÃO DE FALHAS

EXERCÍCIO

1) Um lote de 50 componentes eletrônicos é testado durante 2.000 horas. Quatro dos componentes falham
durante o teste, como segue:

 Falha 1 ocorreu após 1.200 horas


 Falha 2 ocorreu após 1.450 horas
 Falha 3 ocorreu após 1.720 horas
 Falha 4 ocorreu após 1.905 horas
Calcule a taxa de falhas.

28
MEDIÇÃO DE FALHAS

EXERCÍCIO

29
MEDIÇÃO DE FALHAS

FALHA NO TEMPO – A CURVA DA “ BANHEIRA”

Para a maioria das partes de uma operação, as falhas são uma função
do tempo. Em diferentes etapas da vida útil de qualquer coisa, a
probabilidade de que falhe será diferente.

30
MEDIÇÃO DE FALHAS

FALHA NO TEMPO – A CURVA DA “ BANHEIRA”


Vida inicial - Esse formato de banheira (em corte) mostra
desde a instalação do equipamento, seus ajustes e
"afinamentos" para a correta operação componentes com
defeito ou seu uso foi inadequado.

Vida normal – a curva mostra uma diminuição significativa


em paradas por problemas de manutenção. Temos uma
estabilidade na frequência de eventos de manutenção.
taxa de falha baixa, ou razoavelmente constante causada
por fatores aleatórios normais.

Desgaste - Com o "envelhecimento" do equipamento, a


curva começa a subir, mostrando o fim da vida útil do
equipamento. taxa aumenta, a mesma medida que a
depreciação também.
31
MEDIÇÃO DE FALHAS

FALHA NO TEMPO – A CURVA DA “ BANHEIRA”

32
MEDIÇÃO DE FALHAS

FALHA NO TEMPO – A CURVA DA “ BANHEIRA”

A falha de operações que dependem mais de recursos


humanos do que de tecnologia, como alguns serviços,
pode seguir uma curva um tanto quanto diferente.

Podem ser menos suscetíveis a desgaste de


componentes, mas mais à complacência do pessoal, à
medida que o serviço pode tomar-se tedioso e repetitivo
se não for revisto e renovado

Em um caso desses, há uma etapa inicial de redução de


falhas, equivalente à etapa de mortalidade infantil, à
medida que os problemas no serviço são eliminados. Isso
pode ser seguido por um longo período de taxa de falhas
crescente
33
MEDIÇÃO DE FALHAS
A confiabilidade mede a habilidade de um sistema, produto ou serviço
CONFIABILIDADE desempenhar-se como esperado durante certo intervalo de tempo.

Se os componentes de um sistema forem


todos interdependentes, uma falha em
um componente individual pode causar a
falha de todo o sistema.

34
MEDIÇÃO DE FALHAS
A confiabilidade mede a habilidade de um sistema, produto ou serviço
CONFIABILIDADE desempenhar-se como esperado durante certo intervalo de tempo.

Por exemplo, se um sistema interdependente tem n componentes, cada qual com sua própria confiabilidade R1,
R2 ... Rn, a confiabilidade de todo o sistema, Rs, é dada por:

35
MEDIÇÃO DE FALHAS

EXERCÍCIO

2) Uma máquina automática de produção de pizza em uma fábrica de alimentos tem cinco componentes principais, com
confiabilidades individuais (probabilidade de o componente não falhar) , como segue:

 Misturador de massa Confiabilidade =0,95


 Rolo e cortador de massa Confiabilidade =0,99
 Aplicador de massa de tomate Confiabilidade =0,97
 Aplicador de queijo Confiabilidade =0,90
 Forno Confiabilidade =0,98

Se uma dessas partes do sistema de produção falhar, todo o sistema parará de funcionar. Logo, a confiabilidade do todo o
sistema é:

36
MEDIÇÃO DE FALHAS

NÚMERO DE COMPONENTES
 No exemplo anterior, a confiabilidade de todo o sistema era 0,8, mesmo sendo a confiabilidade dos
componentes individuais significativamente maior.

 Se o sistema tivesse mais componentes, então sua confiabilidade seria ainda menor.

 Quanto maior o número de componentes interdependentes de um sistema, tanto menor será sua
confiabilidade.

37
NÚMERO DE COMPONENTES

Em um sistema com 400 componentes


(não incomum em uma grande operação
automatizada), mesmo se a
confiabilidade de cada componente
individual for 99%, o sistema todo estará
trabalhando com menos do que 5% do
tempo.

38
MEDIÇÃO DE FALHAS

TEMPO MÉDIO ENTRE FALHAS


Tempo médio entre falhas (TMEF ou MTBF, do inglês mean time between failures) de um componente ou sistema. O TMEF é
o recíproco da taxa de falhas (em tempo). Portanto:

39
MEDIÇÃO DE FALHAS

EXERCÍCIO

3) No exemplo anterior sobre componentes eletrônicos, a taxa de falhas (em tempo) dos componentes eletrônicos era
0,000041. Para aquele componente o tempo médio entre falhas é de:

40
MEDIÇÃO DE FALHAS

DISPONIBILIDADE Disponibilidade é uma medida das consequências da falha na


operação produtiva.

• Disponibilidade é o grau em que a produção está pronta para funcionar.

• Uma produção não está disponível se ela acabou de falhar ou está sendo consertada
após uma falha.

• Por exemplo, poderia ser incluída falta de disponibilidade devido à manutenção


planejada ou trocas de produto.

41
MEDIÇÃO DE FALHAS

DISPONIBILIDADE Disponibilidade é uma medida das consequências da falha na


operação produtiva.

• Quando, entretanto, a "disponibilidade" está sendo usada para indicar o tempo de


operação, excluindo a consequência da falha, é calculada como segue:

42
MEDIÇÃO DE FALHAS

EXERCÍCIO
4) Uma empresa que concebe e produz cartazes para exposições e eventos de promoção de vendas compete
fortemente com base em sua rapidez de entrega. Uma peça específica do equipamento Que a empresa usa
está causando alguns problemas. É sua impressora colorida a laser de mesa grande. Atualmente. o tempo
médio entre falhas da impressora é 70 horas e o tempo médio para consertá-Ia é seis horas. Assim calcule a
sua disponibilidade:

43
MEDIÇÃO DE FALHAS

EXERCÍCIO
5) A empresa discutiu seu problema com o fornecedor da impressora, Que ofereceu duas propostas alternativas para o
serviço. Uma opção seria adquirir (via terceirização) manutenção preventiva (veja posteriormente uma descrição
completa de manutenção preventiva), Que seria realizada em cada final de semana. Isso aumentaria o TMEF da
impressora para 90 horas. Outra opção seria contratar um serviço de reparos mais rápido, o Que reduziria o TMDR para
Quatro horas. As duas opções custariam o mesmo. Qual daria a maior disponibilidade para a empresa?

44
MEDIÇÃO DE FALHAS

EXERCÍCIO
5) A empresa discutiu seu problema com o fornecedor da impressora, Que ofereceu duas propostas alternativas para o
serviço. Uma opção seria adquirir (via terceirização) manutenção preventiva (veja posteriormente uma descrição
completa de manutenção preventiva), Que seria realizada em cada final de semana. Isso aumentaria o TMEF da
impressora para 90 horas. Outra opção seria contratar um serviço de reparos mais rápido, o Que reduziria o TMDR para
Quatro horas. As duas opções custariam o mesmo. Qual daria a maior disponibilidade para a empresa?

45
PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE FALHAS

46
PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE FALHAS

47

Você também pode gostar