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ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO E
CONFIABILIDADE
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA
MANUTENÇÃO
Autor: Me. Luis Carlos Simei
Revisor: Hugo Estevam de Sales Câmara

INICIAR

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introdução
Introdução

Uma das áreas mais importantes da indústria, que vem ocupando uma posição
de destaque, alcançando um protagonismo sem precedentes na atualidade, a
manutenção é sem sombra de dúvidas uma das que mais cresce na atualidade.
Para se entender como se comporta, como se organiza e como se estrutura, faz-
se necessário o entendimento de alguns pontos de importância e relevância. O
referido capítulo abordará a manutenção em sua essência, com uma visão
moderna, em paralelo à visão tradicional. Neste capítulo, serão apresentados os
principais conceitos acerca de manutenção, os tipos de manutenção e as
estruturas de apresentação da manutenção.

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Manutenção

Muito mais que meramente um setor da indústria, a manutenção pode ser


definida amplamente como sendo um conjunto de ações táticas e técnicas de
intervenção, colaborativas, indispensáveis ao funcionamento pleno e perene das
máquinas, equipamentos, ferramentas e instalações que compõem uma dada
indústria, comércio ou área de serviços. Os cuidados de que se cerca envolvem a
conservação, a adequação, a restauração, a substituição e a prevenção a
quebras.

Mas como se pode entender, a manutenção industrial é uma área, muitas vezes
se estruturando na forma de um sólido departamento, responsável pela garantia
das principais funcionalidades previamente definidas (com máximo desempenho
e máxima confiabilidade), dos equipamentos que compõem estas referidas
plantas industriais, ou ainda as instalações que compõem estas.

Como se pode verificar, a ABNT NBR 5462/1994 (Confiabilidade e


Manutenabilidade), norma que trata dos conceitos fundamentais, definições e
rege preceitos que tangem à manutenção como um sistema, ramo e área
industrial, define esta como a combinação de ações técnicas e administrativas,
incluindo a coordenação, planejamento e gestão, destinadas a manter ou

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recolocar um dado equipamento, instalação ou sistema, na sua principal função


requerida, outrora projetada.

A norma inglesa BS 3811/1993 (Glossary Of Maintenance Management Terms In


Terotechnology), versão que serviu de base à ABNT NBR 5462/1994, define
manutenção como: “a combinação de qualquer ação para reter um item ou
restaurá-lo, de acordo com um padrão de aceitação e de definição previamente
instaurado”. Como definido por Brito (2003, p. 5):

[...] manutenção industrial pode ser definida como o conjunto de


ações que permitem manter ou controlar o estado original de
funcionamento de um equipamento ou bem. De outra forma, pode-se
definir manutenção como o conjunto das ações destinadas a garantir
o bom funcionamento dos equipamentos, através de intervenções
oportunas e corretas, com o objetivo de que esses mesmos
equipamentos não avariem ou baixem seus rendimentos e, no caso de
tal suceder, que a sua reparação seja efetiva e a um custo global
controlado. De forma mais abrangente, poderemos dizer que
manutenção de um equipamento ou bem é um conjunto de ações
realizadas ao longo da vida útil desse equipamento ou bem, de forma
a manter ou repor a sua operacionalidade nas melhores condições de
qualidade, custo e disponibilidade, de uma forma segura.

A manutenção industrial vem a cada dia sendo reinventada, na sua estrutura,


seus integrantes, e na sua forma de atuação e classificação conceitual.
Acompanhando as mudanças que a indústria tem passado, sobretudo com a
intensa e crescente automatização – e ainda mais com o advento da indústria 4.0
e a IoT – há ainda a também crescente integração de todos os setores
organizacionais, na obtenção de uma capabilidade sistêmica. Com isso, a
manutenção começa a ser vista não somente como um setor de apoio, de staff,
mas sim como uma das mais importantes áreas estratégicas, alinhada com a
máxima lucratividade e produtividade.

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saiba mais
Saiba mais
O que é indústria 4.0? A indústria 4.0 é uma temática de suma importância, de
crescente adoção no Brasil e no mundo. Para saber mais, acesse o link, em que é
possível verificar a definição e a cada vez mais interação com os demais setores.
Fonte: Mazzaferro (2018).

ACESSAR

A definição clássica de manutenção hoje começa a ser consolidada como:


sinônimo de gestão industrial avançada, podendo definir rumos claros, concretos
e de grande expressão na gestão de alto desempenho. Ainda segundo Brito
(2003, p. 5):

[...] O setor de manutenção vem crescendo substancialmente nos


últimos anos, sobretudo nas últimas duas décadas, passando por
fortes transformações, se posicionando de forma expressiva no
cenário industrial. O que anteriormente era visto como um setor de
despesas, inconveniente, muitas vezes esquecido e discriminado, hoje,
devido aos resultados alcançados e devido à série de estudos
efetuados, tem-se a prova de que com uma eficiente manutenção e
com um eficiente planejamento, temos uma produção livre de
paradas não programadas.

Como definido por Kardec, Nascif e Baroni (2002, p. 3):

A manutenção deve contribuir para o atendimento do programa de


produção, maximizando a confiabilidade e a disponibilidade dos
equipamentos e instalações dos órgãos operacionais, otimizando os
recursos disponíveis com qualidade e segurança e preservando o meio
ambiente…

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Verifica-se, na Figura 1.1, a seguir, as conexões que suportam o crescimento da


manutenção, na forma de um mapa mental:

Figura 1.1 - Mapa mental da estratégia de importância da manutenção


Fonte: Kardec, Nascif e Baroni (2002, p. 32).

A interferência da automação e da interação cada vez mais crescente da


informatização são fatores de grande impacto. Outro fator que tem alterado
radicalmente a importância e a atuação da manutenção em si é a tratativa e
gerenciamento de dados. Uma manutenção efetiva e de alta eficácia necessita de
dados confiáveis.

Breve Histórico da Manutenção


A manutenção como uma área/setor estratégico é algo de certa forma novo,
sendo despercebido em épocas anteriores como um aliado à produção. Apenas
após um breve período pós-revolução industrial, em meados do século 16 na
Europa central, juntamente com o surgimento de novos componentes
mecânicos, e com a adoção de novos meio de motorização, surgiu a necessidade
de atendimento a esses equipamentos recém-criados – surgiram então os
primeiros manutencistas.

Somente nos últimos anos, com a intensa concorrência, mudança nos padrões de
qualidade, exigências cada vez mais arrojadas nos prazos de entrega, as
interferências de manutenção passaram a ser relevantes no ambiente industrial
e de serviços. Face a isso, foi criado um novo comportamento, de modo que

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possam ser evitadas ao máximo as falhas e quebras, de máquinas e


equipamentos.

Esse novo comportamento empresarial deu origem à manutenção preventiva (e


suas variantes), num evidente avanço tecnológico e de gestão. Verifica-se então
que somente nos últimos 20 anos a preocupação do empresariado para o
desenvolvimento de técnicas específicas para melhorar suas plantas se deu de
fato.

Esses diversos avanços da manutenção se deram basicamente em 3 (três) linhas


de ação principais:

a. Ferramentas de gerenciamento;
b. Melhoria da confiabilidade de equipamentos e sistemas;
c.  Desenvolvimento de alternativas tecnológicas para os equipamentos,
componentes e instalações.

A manutenção passou por 4 (quatro) fases, ao longo de sua história, também


chamadas de “gerações”, acompanhando a evolução industrial, conforme
mostrado na Figura 1.2, a seguir:

Figura 1.2 - Evolução da manutenção nas gerações


Fonte: Elaborada pelo autor.

1ª Geração da Manutenção
Início da Industrialização (meados do século 17) ao período anterior à Segunda
Guerra Mundial (1939).

Nesta fase verificam-se as seguintes características:

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Equipamentos rudimentares, simples e superdimensionados;


Pouca mecanização e nenhuma automatização;
Não havia normalização técnica;
Produtividade era prioritária;
Manutenção não era sistematizada;
Registros manuais de serviços e controles apontados.

Nessa geração, ficava evidente certa escassez de pessoal dedicado à


manutenção, sendo os serviços geralmente resumidos a limpeza, lubrificação e
reparos corretivos executados após a quebra. Os serviços eram fundamentados
basicamente na Manutenção Corretiva.

2ª Geração da Manutenção
Período pós Segunda Guerra Mundial (1939) ao início da década de 1970

Nesta fase verificam-se as seguintes características:

Pressões do período guerra e pós-guerra;


Aumento da demanda por todo tipo de produtos;
Mão de obra industrial diminui sensivelmente;
Maior complexidade das instalações industriais;
Maior evidência da disponibilidade;
Aumento da busca por maior produtividade;
Maior dependência do bom funcionamento das máquinas;
Busca de soluções para evitar as falhas dos equipamentos.

Na segunda geração, as intervenções nas máquinas passam a ser realizadas em


intervalos fixos; há o custo da manutenção elevado se comparado com outros
custos operacionais; verifica-se crescente aumento do planejamento e controle
da manutenção; há os registros de manutenção realizados em computadores de
grande porte. Nesse contexto surge a Manutenção Preventiva.

3ª Geração da Manutenção
Década de 1970 ao início da década de 1990

Nessa fase, verificam-se as seguintes características:

Acelera-se o processo de mudança nas indústrias;

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A paralisação da produção aumenta os custos e afeta a qualidade dos


produtos;
Necessidade de visualização instantânea dos fatos;
Maior automação pode significar falhas mais frequentes;
Falhas em equipamentos: consequências na segurança e meio
ambiente;
Aumentam os padrões de segurança e controles ambientais;
Aumento do controle e metas de redução de custos.

Nessa geração, as intervenções preventivas passam a ser questionadas por


serem onerosas e não tão eficazes em muitos casos (falhas pós-intervenções em
alguns casos é recorrente, e onera custos exponenciais); começam os primeiros
processos de interação entre as fases de implantação de um sistema; projeto,
fabricação, instalação, operação e manutenção trabalham interligados. Assim,
com crescente adoção de monitoramento de condições, caracterizou-se assim a
Manutenção Preditiva.

4ª Geração da Manutenção
Década de 1990 aos dias atuais

Nesta fase verificam-se as seguintes características:

Exigência de alto nível de confiabilidade nos sistemas;


Exigência de baixo custo de manutenção;
Automação e controles avançados;
Geração de controles demonstrativos instantâneos;
Sistemas ecologicamente adequados;
Intrinsecamente seguras;
Baixa necessidade de intervenções;
Atendimento à qualidade futura dos produtos;
Flexibilidade operacional para rápido atendimento à demanda de
mercado;
Máxima utilização possível das instalações;
Baixo consumo energético;
Uso otimizado de água, com utilização de circuito fechado;
Alto nível de desempenho, com resultados otimizados;
Gestão do ativo por completo.

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Nessa atual geração, as intervenções unicamente não são mais o foco da


estratégia, e sim um complemento de forma inteligente e eficaz desta.

reflita
Reflita
Reflita sobre a diferença conceitual entre o profissional de manutenção (manutencista) do
passado e da atualidade, efetuando assim um mapa mental com as características e
funções. Quais os desafios encontrados por ambos? Quais os recursos disponíveis para
ambos? Quais as facilidades e as dificuldades encontradas?

A gestão e engenharia caminham lado a lado, implementando um sistema de alto


desempenho. Desta forma, caracterizou-se a Manutenção Proativa.

praticar
Vamos Praticar
Sabendo que a manutenção é definida, pela ABNT NBR 5462/1994, como: “a
combinação de ações técnicas e administrativas, inclusive as de coordenação,
destinadas a manter ou recolocar um dado equipamento, instalação ou sistema, na sua
principal função requerido, outrora projetado”.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5462:


confiabilidade e manutenabilidade. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.

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Verifique, a seguir, o exemplo que não pertence ao conjunto.

a) O licenciamento de um caminhão.
b) A pintura de um equipamento.
c) A troca de rolamento de um motor elétrico.
d) O ajuste da folga de um espaçador.
e) O reparo de um eixo quebrado.

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Objetivos e Metas da Manutenção

Para uma manutenção eficiente, com uma gestão arrojada e assertiva, sobretudo
eficaz, faz-se necessária a adoção e obediência a preceitos e diretrizes
específicas, definidas pela alta direção, com participação do time de
manutentores e líderes. Essas diretrizes visam criar uma força direcional e
estratégica para a companhia, de modo que esta tenha um norte claro para que
o time possa ser guiado, alinhado à produção.

A política da qualidade de qualquer organização, por si só, já tem em conjunto


definidos, estabelecidos e divulgados as metas e objetivos estratégicos de uma
organização. E ainda, em conjunto com os setores de apoio, e suas áreas
componentes, suas respectivas metas.

As áreas produtivas possuem diversos objetivos e metas, definidos sempre em


função da eficiência da planta, e planejados e estimados pelas áreas comercial e
de faturamento. Já no caso da manutenção não é diferente esse planejamento e
abordagem estimativa. A manutenção tem se desdobrado na obtenção de metas,
muitas vezes agressivas, ora para alcançar disponibilidade máxima, ora para
ocupar posição de destaque na redução de custos, e, sobretudo, para
demonstrar capacidade de solução de problemas.

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A manutenção, assim como define Branco Filho (2004), de um modo geral, deverá
ter como foco para com os principais objetivos, comumente aceitos e difundidos
no chão de fábrica:

Garantir que os equipamentos, máquinas e instalações se encontrem


em condições de pleno funcionamento, disponível para atendimento de
uma produção normal, com garantia da qualidade dos produtos e
serviços;
Prevenir possíveis falhas, com eventuais quebras dos componentes e
elementos das máquinas e seus sistemas;
Efetuar a gestão de recursos da forma mais correta e otimizada,
obtendo assim máximo rendimento dos equipamentos;
Promover melhorias nos processos de manutenção, operação e
segurança das máquinas e equipamentos;
Atuar de forma alinhada ao máximo faturamento e otimização do lucro
por meio de campanhas de redução ao desperdício e da quebra-zero;
Otimizar os processos para garantir a menor quantidade de
intervenções possível;
Minimizar os custos de manutenção em todas as operações;
Auxiliar a área de produção na busca de melhores condições de
operação, de forma alinhada ao mínimo de quantidade de refugos e
máximo volume de produção;
Guardar a qualidade, segurança, saúde e preservação ao meio
ambiente, de modo que as intervenções ocorram com o menor impacto
possível;
Servir de guia e referência na defesa e promulgação das metas e
objetivos da empresa, fazendo com estes interajam e se alinhem com os
da manutenção.

A manutenção, como intervenção planejada, ocorre sempre fundamentada em


planos de ação claros, alinhados à política de manutenção definida pela
companhia e à política de qualidade. A Figura 1.3, a seguir, demonstra as
interfaces que visam à operação da manutenção, com seus elementos de ação.

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Figura 1.3 - Ciclo operacional da manutenção.


Fonte: Kardec e Carvalho (2002, p. 15).

Com base nos objetivos ora definidos, verifica-se que os serviços de manutenção
não são de exclusiva responsabilidade do time de manutenção, mas de todos os
operadores, auxiliares e líderes, sejam estes próprios ou terceirizados, todos que,
de uma forma direta ou indireta, são responsáveis pela operação das máquinas,
equipamentos e instalações da companhia.

Os serviços de manutenção, corretivos e preventivos, sobretudo os periódicos,


deverão contemplar procedimentos padronizados que visam manter a máquina e
equipamentos em perfeito estado de funcionamento. Estes devem ainda servir
de base de conhecimento para guiar e instruir os manutentores e operadores na
promoção de reparos básicos, ou mesmo identificar e relatar os problemas mais
complexos ocorridos, e mais, operar de forma correta o equipamento, evitando
possíveis quebras e danos diversos.

Estes procedimentos padronizados devem englobar as seguintes operações:

Prover monitoramento das partes da máquina sujeitas a maiores


desgastes e incidência de falhas;
Instruir a forma correta de ajustes e troca de componentes em períodos
predeterminados;
Fiscalizar e inspecionar os componentes antes do término de suas
garantias;
Inspecionar cada item retirado, e promover a análise de falha, para
obtenção da causa-raiz do problema;
Apoiar a área de projetos, para que, no caso da identificação de uma
falha possível, seja providenciado um plano de contingenciamento para

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correção por meio de uma melhoria de fato;


Replanejar e reprogramar, se necessário, o programa de prevenção;
Promover a aderência e ação de melhoria contínua (o PDCA) em todas as
etapas da manutenção.

saiba mais
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O PDCA é um método de gestão muito utilizado na solução de problemas, e na
aplicação da melhoria contínua. Utiliza-se de 4 (quatro) passos, descritos sob as 4
(quatro) siglas em inglês de seu nome interativo (PLAN - DO - CHECK - ACT).
Fonte: Fonseca e Esmerio (2006).

ACESSAR

Política da Manutenção
A manutenção deve estar alinhada às estratégias e diretrizes institucionais da
companhia, os conceitos de produtividade e qualidade, assim também para com
a área de manutenção. Em função disso, faz-se necessária a criação, e por
consequente adoção, de uma política clara e eficaz, para atender às diversas
atividades da empresa, no que se refere às atividades de manutenção.

Essa política é responsável pela definição, estruturação e aplicação das diretrizes


e metas, e apresentação da estratégia que a companhia segue, a qual chamamos
de política de manutenção.

A política de manutenção deve ir ao encontro do atendimento do programa de


planejamento e controle da produção, maximizando a confiabilidade e a
disponibilidade dos equipamentos e instalações dos órgãos operacionais. Deve
ainda abranger meios, sob forma de diretrizes, objetivos e metas, ações para

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otimizar os recursos disponíveis para as intervenções, com qualidade e


segurança e preservando o meio ambiente.

É na política ainda que estão contidas as principais definições de papéis e


responsabilidades, conceitos estruturais do organograma e as premissas junto ao
sistema de qualidade integrada (se for o caso da empresa possuí-lo).

Com base nas definições de Branco Filho (2004), destacam-se a seguir alguns
exemplos de diretrizes, comumente utilizadas e adotadas como itens da política
de manutenção. Tais diretrizes são definidas com o intuito de garantir o
desempenho pleno da gestão de manutenção:

Garantir uma manutenção com qualidade, tomando por referência a


avaliação de desempenho através de indicadores de desempenho
adequados para garantir eficiência nas intervenções;
Prover aumento da confiabilidade utilizando os recursos e integração de
áreas, de modo a mitigar possíveis falhas, elaborar estudos de
melhorias, criar procedimentos operacionais e boletins técnicos;
Criar uma sistemática de assertividade, e criar garantias para que os
serviços sejam executados conforme planejado; atuar na preservação da
melhoria contínua, no treinamento, no apoio à contratação e na
reciclagem do time de manutenção;
Planejar de forma plena e garantir a utilização dos recursos de execução
para os serviços de grande complexidade tecnológica ou críticos;
Atuar em conjunto com a área de compras na contratação, quando
necessário, de empresas terceirizadas, de forma temporária ou
residente, avaliando a capacidade técnica e estrutural;
Zelar e promover as diretrizes da política de qualidade da companhia,
onde estas caminham em conjunto com a manutenção, tais como:
qualidade, preservação do meio ambiente, atendimento às normas e
procedimentos de saúde e segurança operacional.

ti
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praticar
Vamos Praticar
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor
incididunt ut labore et dolore magna aliqua, assinale a alternativa correta:

a) Prevenir possíveis entraves legais e normativos junto a organismos


governamentais.
b) Reduzir o absenteísmo das equipes.
c) Aperfeiçoar os processos de compras, operação e segurança das áreas
produtivas.
d) Prevenir prováveis falhas ou quebras dos elementos das máquinas e seus
sistemas.
e) Reduzir os custos operacionais ao mínimo possível.

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Tipos de Manutenção

As formas com que se executa a manutenção é outra temática de suma


importância no estudo da manutenção, que deve ser estudada e compreendida
detalhadamente, de modo a entender as características funcionais, as
particularidades e a aplicação correta.

Na gestão e planejamento dos serviços, conhecer a manutenção mais aplicada


para cada situação é uma vantagem competitiva, e a correta aplicação é garantia
plena da organização. Segundo as boas práticas adotadas na indústria, que se
sucedem para com o tema, pode-se classificar a manutenção por tipo de
intervenção, isto é, de acordo com os tipos de trabalhos.

Segundo Kardec, Nascif e Baroni (2002), os tipos de manutenções, também


conhecidos como tarefas de manutenção, são as maneiras, os modos como são
feitas as intervenções em equipamentos, sistemas ou instalações, sejam elas
programadas ou não programadas.

Manutenção Corretiva não Planejada


Este tipo de intervenção é a mais conhecida. Com uma característica
exclusivamente corretiva, imediatista, seu objetivo único é a correção imediata de

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uma dada falha ou quebra. Esse tipo de manutenção tem caráter emergencial,
imediatista, e se aplica de forma urgencial, atuando especificamente em cima da
falha/quebra, promovendo substituições, recuperações primárias e ajustes, com
único intuito de devolver ao equipamento/sistema as condições de voltar a
operar e produzir.

Nesse tipo de intervenção não há qualquer planejamento ou programação.


Apenas intervém-se quando solicitado, sem considerar reprogramações e ajustes
dos volumes de produção, ou ainda tempo de reparo e custo dessa intervenção.
Trata-se de uma atividade crítica, sendo esta cada vez mais evitada, dado o alto
custo, impacto produtivo e riscos de agravamento de condições de operação. As
áreas de produção a tem considerado como um dos principais fatores
responsáveis por perda de produtividade em processos de manufatura (Down
Time).

Como exemplo, podemos citar uma referida quebra, com a intervenção, em um


equipamento de produção (uma máquina de embalagens, ou uma máquina de
conformação pneumática) em que se teve uma mangueira de ar comprimido
estourada. A intervenção nesse caso pode ser desde a substituição da
mangueira, como a instalação de um conector, eliminando o trecho rompido.

Manutenção Corretiva Planejada


Trata-se de uma intervenção corretiva, que também possui uma característica de
correção de uma dada falha (não sendo possível em casos onde há uma quebra),
porém nesse caso não possui uma visão imediatista. Nesse caso, essa
intervenção se faz necessária quando se pretende diminuir ao máximo os
impactos e perdas de produção, isto é, redução de paradas não programadas,
com um estudo detalhado para efetivar a intervenção em um momento mais
propício, de forma mais assertiva e com a menor probabilidade de ocorrências de
desvios. Nesse caso, o custo é outro fator de importância, pois nesse
planejamento prévio orçamentos detalhados e racionalização de insumos são
possíveis e bem vistos.

A manutenção corretiva planejada é adiada ao máximo, não pela postergação da


ação em si, mas para evitar esses efeitos indesejáveis, tornam-se necessários
acordos mútuos (produção x manutenção), e no planejamento, encontra-se o

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momento mais confortável e propício para se realizar a manutenção (como


prática, esta intervenção é realizada sempre em conjunto com uma manutenção
preventiva, ou mesmo em intervenções de campanha – final de ano ou feriados
prolongados). Vale lembrar que essa prorrogação é dada apenas com aval da
manutenção, após uma prévia análise, identificando a criticidade (ou não) da
falha.

Como exemplo dessa intervenção, podemos citar um dado redutor de velocidade


de uma máquina de enrolamento de bobinas de plásticos. Os pedidos estão
intensos no decorrer da referida semana, sendo crítica uma parada não
programada. Após a análise de um manutencista, verificou-se que o rolamento
não apresenta folgas excessivas, apenas ruído característico de desgaste. Após
essa análise, foi combinado com a área de produção que o redutor sofrerá uma
manutenção, com a substituição desse rolamento, e de sua vedação, no próximo
feriado, com tempo médio de 20 dias. A produção, por sua vez, efetuou um
ajuste da produção, antecipando o atendimento do volume previsto em um
domingo, anterior à intervenção. Desse modo, a meta estipulada não será
afetada.

Manutenção Preventiva Sistemática


A manutenção preventiva sistemática é uma intervenção de manutenção
totalmente planejada, efetuada em intervalos de tempo fixos, estipulados ora
pelos fabricantes, ora pelos fornecedores dos equipamentos, ou ainda por meio
de estudos e análises efetuadas pela área de Engenharia de Manutenção,
definindo assim uma nova parametrização e cuidados essenciais para esta. Esses
parâmetros podem ser: tempo (horas, semanas, meses, anos) ou um medidor
qualquer (km, m³ produzidos etc.).

Essa intervenção é normalmente utilizada nas operações de lubrificação, nas


verificações periódicas obrigatórias (inspeções) e na substituição de
componentes, onde há um estudo de vida útil, ou um estudo que se debruça
sobre a probabilidade de falhas. Essa manutenção é a de maior custo dentre as
demais intervenções, pois não há uma avaliação específica e detalhada dos itens
substituídos ou a substituir (análise da condição do mesmo x condições
operacionais – estabelecendo assim a confirmação da necessidade real de
substituição).

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Como exemplo dessa intervenção, podemos citar a troca do óleo de motor de um


dado veículo. O fabricante indica em seu manual a troca incondicional, com um
intervalo fixo em quilômetros rodados, sem levar em conta a real condição do
lubrificante ou do motor.

Manutenção Preventiva Condicionada


Esse tipo de intervenção de manutenção ocorre de forma planejada, e
preventiva, muito similar ao modelo anterior. Nesse caso, porém, essa
intervenção é realizada com base em uma análise detalhada no ato da
manutenção, e sua confirmação (efetivação) ocorre em resposta ao estado ou
condição dos componentes do equipamento, ora desmontados. É comumente
chamada de manutenção inteligente no chão de fábrica, pois esse tipo de
intervenção se faz apenas com a manifestação da necessidade, não ocorrendo de
forma aleatória ou incondicional.

Essa manutenção ocorre também de forma preventiva, contudo ela se procede e


se confirma após uma inspeção ou com base em um estímulo, isto é, um dado
acontecimento predeterminado (autodiagnóstico), como ex.: a informação de um
sensor, uma medida mínima de desgaste, ou outro indicador que possa revelar o
estado de degradação do equipamento.

O custo dessa intervenção acaba sendo consideravelmente menor que a


incondicional, a anterior, já que antes da substituição efetiva de um item há uma
avaliação prévia (por parte de um especialista) da condição deste.

Como exemplo dessa intervenção, podemos citar um dado compressor de ar. A


área de manutenção emite uma ordem de manutenção preventiva mensal para
este. O manutencista, por meio de informações anteriores e histórico do
equipamento, apesar de separar itens para substituição (como: rolamento, tubos
de condução e sensores de temperatura) efetua análise do referido
equipamento, e após uma análise detalhada, utilizando ferramentas
especializadas, o mesmo chega à conclusão que esses itens estão em perfeito
estado.

Manutenção Preditiva

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Trata-se de uma intervenção de caráter investigativo, dotada de alta tecnologia,


não apenas sendo uma mera manutenção planejada. Embora se dê a partir de
medidores ou tempo estimado, a mesma se dá em função do estudo detalhado
de parâmetros (físicos, químicos, metalúrgicos etc.), efetuados em resposta a
uma dada condição física, de um item monitorado de forma contínua.

Para ser executada, a manutenção preditiva exige a utilização de aparelhos


adequados, capazes de registrar vários fenômenos, tais como:

Vibrações;
Ruídos;
Pressão;
Temperatura;
Dimensão;
Aceleração;
Parâmetros elétricos: corrente, tensão, resistência, harmônica.

Com base no conhecimento e análise dos fenômenos, torna-se possível indicar,


com antecedência, eventuais defeitos ou falhas nas máquinas e equipamentos.

Assim como as preventivas, essas avaliações devem obedecer a critérios de


funcionamento pré-definidos, ora pelo fabricante, ora pelo histórico do
equipamento, ora ainda pela Engenharia de Manutenção.

Após a avaliação, encontra-se um valor dentre um ponto mediano de


satisfatoriedade em relação ao valor medido (ponto máximo e ponto mínimo), e
na variação abrupta de cada um desses valores é dada então a intervenção. Esse
tipo de intervenção é considerada estratégica, e elemento de apoio máximo da
confiabilidade.

Como exemplo, temos um monitoramento de vibração de uma bomba


centrífuga. Após o controle contínuo do monitoramento da vibração dos mancais,
verifica-se que a bomba tem apresentado em seus testes de funcionamento um
valor de vibração significativo. Após um limite crítico de vibração, definido pelo
fabricante, é disparada uma manutenção corretiva planejada para substituição
desses rolamentos.

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Manutenção Detectiva
Esse tipo de manutenção é similar à preditiva, contudo, a ideia é de certa forma
mais ampla. Nesse caso, a atuação é baseada em sistemas de proteção,
buscando detectar falhas ocultas ou não perceptíveis ao pessoal de operação e
manutenção.

A manutenção detectiva é uma sistemática que ocorre de forma contínua, on-line,


procedendo de forma contínua pelo próprio responsável pela operação do
equipamento, com base nas informações de um supervisório (ou IHM - Interface
Homem-Máquina).

Para Branco Filho (2004, p. 7), Manutenção Detectiva pode ser definida como:
“Métodos ou meios, ou ainda dispositivos que detectam automaticamente falhas
imperceptíveis ao operador e ao mantenedor”.

A manutenção detectiva caminha junto com a evolução de equipamentos,


instrumentos e automatização dessas máquinas no âmbito industrial, criando
sistemas de monitoramento individuais e interligados, utilizados para assegurar a
integridade da máquina, do operador e do ambiente, forçando cada vez mais a
garantirem a confiabilidade e segurança do sistema e da unidade industrial.

Como exemplo dessa intervenção, podemos citar: monitoramento contínuo da


temperatura de um painel elétrico de uma máquina injetora de plásticos, de
grande porte. O operador tem em seu poder o painel de instruções e interação –
a IHM, onde muitas informações de operação são controladas, para segurança
operacional e integridade do equipamento. Verificou que a temperatura do
painel elétrico tem aumentado de forma significativa. Após um alarme crítico, o
mesmo pediu a intervenção da manutenção para verificar a ocorrência.

Temos ainda o exemplo de um monitoramento de tensão de uma máquina de


solda do tipo MIG/MAG, ligada a um robô colaborativo. O operador verificou no
painel que o valor de tensão está fora do limite, e a máquina está criando alertas.
O mesmo verificou que a solda, por sua vez, não sofreu variação. Sabendo dessa
incoerência, o mesmo acionou a área de manutenção para verificar.

Engenharia de Manutenção

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Esse item em si não é uma intervenção, mas sim um sistema de engenharia


complexo, com o foco na melhoria do processo de manutenção, promovendo
estudos, análises, elaborando planos de manutenção, procedimentos, projetos e
busca constante de tecnologia para melhoria nas intervenções.

A engenharia de manutenção visa, ainda, a perseguição de benchmarks, uso de


novos métodos de análise preditiva, aplicação de técnicas modernas de análise
de falhas, e análise por ferramentas da qualidade. Como objetivo máximo, a
Engenharia de Manutenção deve estar alinhada com as boas práticas da WCM
(World Class Maintenance).

Para Kardec e Carvalho (2002, p. 3), a Engenharia de Manutenção tem como


definição “o conjunto de atividades que permite que a confiabilidade seja
aumentada e a disponibilidade garantida, com auxílio de técnicas, padrões e
sistemáticas, desenvolvendo a estruturação para garantir a manutenabilidade”.

Como exemplo da atuação da engenharia de manutenção, temos um programa


de melhoria de intervenção de uma linha de estampagem de tampas metálicas.
Essa linha, de acordo com seu fabricante, deve sofrer uma manutenção
preventiva, do tipo incondicional, a cada ano. Nesta, se faz necessária a troca de
muitos itens, como: buchas e colunas dos estampos; roletes e correntes da
esteira; rolamentos de rolos etc. A área de engenharia de manutenção efetuou
um estudo detalhado, levando em conta vários fatores técnicos e tecnológicos.
Após esse estudo, procedeu-se uma revisão, prolongando a manutenção em 6
meses (agora ocorrendo a cada 1 ano e meio) e reduzindo a substituição de 45
itens, fundamentando-se em análise de vida útil.

A seguir, verificam-se algumas das atribuições fundamentais da Engenharia de


Manutenção:

Gerenciar os planos de Inspeção, Manutenção Preventiva e Preditiva;


Incorporar novas tecnologias de Inspeção e Manutenção Preditiva;
Representar a Manutenção na interface com a Engenharia de Novos
Projetos;
Gerenciar o programa sistemático de capacitação do pessoal da
Manutenção;
Controlar a documentação técnica da Manutenção;
Coordenar o programa de Análise de Falhas;

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Controlar os Padrões e Procedimentos de Trabalho da Manutenção;


Responsabilizar-se pelos projetos de manutenibilidade da Manutenção;
Controlar a contratação de serviços de Terceiros.

A seguir, a Figura 1.4 mostra de forma organizada e hierarquizada os tipos de


manutenção:

Figura 1.4 - Estrutura Hierárquica dos Tipos de Manutenção


Fonte: Elaborada pelo autor.

TPM/MPT
O TPM - Total Productive Maintenance, e sua correspondência MPT - Manutenção
Produtiva Total, é um sistema de produção x manutenção, que se utiliza de
técnicas de manutenção como meio de obtenção de resultados de alto
desempenho, e não especificamente uma intervenção. Daí a exclusão em relação
à ligação hierarquizada na Figura 1.4.

O TPM/MPT atua na mitigação de causas das quebras e dos defeitos, e


tratamento das falhas, com o objetivo de garantir uma produção livre de paradas
não programadas. Ele tem um foco exclusivo na promulgação de uma
manutenção programada e planejada. Nesta, o foco maior é a tratativa e
valorização do comportamento humano, onde se pretende a obtenção de níveis
máximos de qualidade e disponibilidade, com base em uma mudança de
mentalidade. Leva em conta, para tal, educação, limpeza, organização e
comportamento seguro.

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Ela se utiliza das máximas: “Quebra Zero”, o “Defeito Zero” e o “Acidente


Zero”. Na unidade 2 será tratada em certa profundidade.

praticar
Vamos Praticar
Leia a situação hipotética a seguir:

Numa manutenção periódica em um compressor de ar do tipo de parafusos


lubrificados, um manutencista acaba de desmontar o acoplamento elástico nessa
intervenção. Ao desmontar esse componente, em mãos, o mesmo analisa o estado do
elemento elástico e confere as dimensões e estado geral. Após a análise, o mesmo
chega à conclusão que deve ser substituído o item, e assim o faz.

Conhecendo os tipos de manutenção apresentados no tópico, escolha dentre as


alternativas, a seguir, o modelo de manutenção mais indicado para a situação-
problema:

a) Manutenção Preventiva Sistemática.


b) Engenharia de Manutenção.
c) Manutenção Preventiva Condicionada
d) Manutenção Corretiva.
e) Manutenção Preditiva.

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Estruturas Organizacionais de
Manutenção

Estrutura organizacional é a forma com que o time de manutenção atua


(operacional, administrativo, apoio e gestão) em uma companhia. É de suma
importância para o desenvolvimento pleno desta, e no caso da manutenção não
é diferente. Estrutura organizacional da manutenção é em suma a forma de
atuação da manutenção em cada companhia, seja ela por setor, linha, plana ou
área de negócios.

A forma desta, e como se aplica em cada tipo de indústria, deve ser estudada e
considerada na estruturação dos times de manutenção, levando em conta não
somente a estrutura hierárquica em si, mas também a comunicação entre o time,
a autonomia da equipe, a dinâmica solicitante x manutencista, a agilidade no
atendimento e a gestão dos recursos (mão de obra, material, ferramental).

A estrutura de atuação da manutenção depende ainda de outros fatores, como


as características dos produtos, o tamanho da organização e da cultura
organizacional, e pode ser dividida em 3 (três) formas básicas de atuação,
segundo Kardec, Nascif e Baroni (2002):

Estrutura de Manutenção Descentralizada;


Estrutura de Manutenção Centralizada;

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Estrutura de Manutenção Mista.

Estrutura de Manutenção Descentralizada


A estrutura de manutenção descentralizada se caracteriza pela independência e
estratificação da atuação de cada time, seja dividindo estes por áreas produtivas,
linha de produto, unidade de negócio ou departamentos. Pode ainda ser dividida
em uma combinação de segmentos e por dissimilaridade dos tipos de times de
manutenção.

Nessa estrutura os times de manutenção são independentes e possuem


hierarquia própria e direta, ligada à produção, com subordinação ao gerente de
planta. Geralmente, possuem oficinas próprias, com ferramental específico, e o
modelo de manutencista pode variar consideravelmente de uma unidade a outra,
de perfil e/ou formação.

Essa forma de atuação é muito comum em plantas de grande porte, de itens não
seriados, ou onde há subplantas em uma mesma planta, alocada em galpões ou
prédios distantes.

Exemplos de indústrias que, geralmente, utilizam-se desSe formato de estrutura


de manutenção: indústrias de bens de capital, mineradoras, indústrias
farmacêuticas, indústrias químicas, indústrias cimenteiras etc.

Na Figura 1.5, a seguir, verificam-se as características de apresentação do modelo


Estrutura de Manutenção Descentralizada.

Figura 1.5 - Exemplo de uma estrutura descentralizada de manutenção


Fonte: Kardec, Nascif e Baroni (2002, p. 64).

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Estrutura de Manutenção Centralizada


A estrutura de manutenção centralizada se caracteriza e se aplica em áreas
específicas, nas quais se fazem presentes características geográficas e por
características de famílias de equipamentos componentes específicas. Nesta, a
estrutura está ligada diretamente a um único corpo, geralmente da produção,
com alinhamento de política e comunicação.

Nessa referida estrutura de manutenção verifica-se que há uma ampla aplicação


em empresas de pequeno porte. Empresas estas em que é comum e notória a
polivalência do líder ou gestor. Possui características muito similares, com time
definido de manutencistas e geralmente estes possuem perfil muito similar.

Exemplos de indústrias que geralmente se utilizam desse formato de estrutura


de manutenção: empresas de pequeno e médio portes no geral, indústrias
metalúrgicas, indústrias de autopeças, indústrias alimentícias, edifícios
comerciais, hospitais etc.

Na Figura 1.6, a seguir, verificam-se as características de apresentação do modelo


Estrutura de Manutenção Centralizada:

Figura 1.6 - Exemplo de uma estrutura descentralizada de manutenção


Fonte: Kardec, Nascif e Baroni (2002, p. 64).

Estrutura de Manutenção Mista


A estrutura de manutenção mista, por sua vez, é um tipo de estrutura de
manutenção que tem sido muito aplicada em plantas de grande porte. Essa

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estrutura visa à atuação de forma ágil e dinâmica, e possui times


descentralizados, com lideranças mediana específica e dedicada, mas com
coordenação e direção únicas.

Essa estrutura proporciona vantagens da manutenção centralizada e


descentralizada de uma forma única, pois embora seja dinâmica, o alinhamento
da política e da estratégia, devido à mesma direção, nesse caso, é preservada
(ex.: indústrias de bens de capital de grande valor agregado, de matérias-primas
de alto custo, petroquímicas, petroderivados, fertilizantes etc.).

Na Figura 1.7, a seguir, verificam-se as características de apresentação do modelo


Estrutura de Manutenção Mista:

Times Multifuncionais
Segundo Kardec e Carvalho (2002), há ainda outra forma de atuação da
manutenção – uma quarta forma – ainda pouco difundida e nem tão
intensamente empregada, em especial as suas particularidades e aplicações são
bem específicas e características. Essa forma de atuação é da formação de times
multifuncionais e dedicados para situações bem específicas. Conforme
mencionam Kardec, Nascif e Baroni (2002, p. 5), há uma crescente, embora
tímida, adoção e formação de times multifuncionais e dedicados:

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É a tendência moderna de formação de times multifuncionais


alocados por unidade(s) para fazer um pronto atendimento, em
plantas mais complexas, já aplicadas em poucas empresas brasileiras
de alta competitividade com excelentes resultados.

Ainda sobre a formação de times multifuncionais e dedicados, segundo Kardec,


Nascif e Baroni (2002, p. 5):

A Associação Brasileira de Manutenção – ABRAMAN apresentou um


documento no 18º Congresso Brasileiro de Manutenção, em setembro
de 2003 com resultados de uma pesquisa nacional realizada neste
mesmo ano de 2003 sobre manutenção, onde podemos observar uma
retomada da manutenção centralizada, que vinha caindo
percentualmente desde 1995 e agora apresenta um percentual de
atuação ao nível de 1997, o que mostra uma tendência na adoção da
manutenção centralizada pelas empresas pesquisadas no país, e o
resultado pode ser analisado como consequência da aplicação das
vantagens desta forma em relação à descentralizada.

Verifica-se, assim, que a estrutura de times funcionais, embora não comumente


dividida e classificada nos modelos clássicos de manutenção, é uma forma
utilizada e forma crescente. Aliada ao modelo ora exigido na atualidade, nas
empresas como um todo – profissional multifuncional – essa forma de atuação
de time acompanha essa demanda.

praticar
Vamos Praticar
Com base nos conhecimentos acerca das possíveis estruturas de manutenção, verifica-
se que há um modelo mais aplicável para cada tipo de companhia, variando o tipo de
produto, a característica de processos, características logísticas etc. Dentre todas as

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alternativas a seguir, qual delas é a mais aplicável no caso de um empresa alimentícia


que possui várias linhas, prédios, com variadas linhas de produtos?

a) Estrutura de Manutenção Mista.


b) Estrutura de Manutenção Descentralizada.
c) Estrutura de Manutenção Centralizada.
d) Estrutura de Manutenção Corretiva.
e) Engenharia de Manutenção

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in dica ções
Material Complementar

LIVRO

PCM – Planejamento e Controle da


Manutenção
Editora: Qualitymark
Autor: VIANA, H. G.C.
ISBN: 8573033703
Comentário: é um livro de referência na área de
manutenção, que trata o planejamento e controle da
manutenção, abordando todos os conceitos, desde os
mais básicos aos mais avançados. O livro contempla as
metodologias e principais ferramentas, além de trazer a
mais moderna terminologia acerca do assunto.
Fundamental para o estudo e entendimento avançado da
manutenção e, principalmente, para o gerenciamento.

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FILME

Tipos de Manutenção no Metrô de São Paulo


Ano: 2013
Comentário: o vídeo discorre sobre os tipos de
manutenção adotados e aplicados no Metrô de SP. São
explanados, de forma sucinta, os tipos de atividades
executadas no Metrô, nas suas dependências. Vemos uma
clara complementação que de vai ao encontro da
expectativa.

TRAILER

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con clusã o
Conclusão

A área de manutenção, como já visto, tem se transformado de forma contínua,


acompanhando as mudanças que na indústria no geral vêm ocorrendo. Verifica-
se intensa profissionalização dos times, e investimento maciço em tecnologia e
instrumentalização. Nos últimos anos, sobretudo nas últimas duas décadas, as
transformações ocorreram, e vêm ocorrendo de forma mais agressiva, a área
tem se posicionado no cenário industrial como uma área moderna e estratégica,
diferente da visão de passado, em que a mesma era tida como fonte de despesas
e desperdícios, inconveniente muitas vezes, esquecida pela alta direção.

Em decorrência dos inúmeros resultados alcançados, e devido à crescente edição


de novas literaturas sobre o tema, tem-se provado que com uma manutenção
estruturada e organizada, e com um planejamento eficiente, obtêm-se arrojados
resultados financeiros, estratégicos e de posicionamento da marca.

No que se refere ao intenso e constante desenvolvimento industrial, e ainda com


o mote da globalização e a presença de tecnologias diversas, fez-se necessária
uma estratégia de manutenção totalmente alinhada para que se adapte às
exigências cada vez mais rígidas, como: alta produtividade, novos padrões de
qualidade, exigências ambientais e de segurança.

referên cias
Referências Bibliográficas

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