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Análise RAM | Como elaborar em 7 passos

Os 7 passos para elaborar a Análise RAM e traçar todas as estratégias necessárias para
diminuir os custos durante todo o ciclo de vida dos ativos e aumentar o lucro de um
sistema de gestão da manutenção.
Como calcular a probabilidade de falhas em um processo de produção?
Caso o processo falhasse, qual a probabilidade dele ser reparado dentro do tempo
previsto?
Calcular qual a porcentagem de tempo que o processo estaria gerando valor?
A verdade é que a resposta para essas perguntas gera informações extremamente
importantes para criar estratégias para a gestão da manutenção e gestão dos ativos
físicos.
Ter a resposta para essas perguntas proporciona a otimização da vida útil dos ativos,
diminuindo seu LCC – Life Cycle Cost.
E é exatamente esse o propósito da Análise RAM.
A análise RAM baseia-se em 3 pilares: Confiabilidade, Disponibilidade e
Manutenabilidade. Daí vem o nome da análise RAM (Reliability, Availability e
Maintainability).
Em outras palavras, com base nesses 3 pilares a análise RAM possibilita gerar
informações extremamente importantes para o Gestor de Manutenção traçar todas as
estratégias necessárias para fazer os ativos gerarem o maior valor possível para a
empresa durante todo seu ciclo de vida
A análise RAM torna possível reduzir os custos de manutenção, custos de produção,
custos operacionais, dentre outros. O que consequentemente reduz o LCC (custo total
do ciclo de vida dos ativos) e aumenta o lucro total do sistema.
Não é à toa que o pequeno grupo de gestores que dominam a análise RAM são
desejados no mercado.
Veja os 7 passos para encontrar a confiabilidade, disponibilidade e mantenabilidade de
um sistema e elaborar a Análise RAM com excelência.

1° PASSO: Desenhar Diagrama de Blocos de Confiabilidade.


O primeiro passo para elaborar a Análise RAM é entender como cada ativo se relaciona
entre si e representar isso graficamente. A melhor ferramenta para tal objetivo é o
Diagrama de Blocos de Confiabilidade (RBD).
Através do RBD é possível entender como o desempenho da função de cada ativo auxilia
no cumprimento da função do processo como um todo.
Através do RBD é possível saber o que serão consideradas falhas funcionais dos ativos,
uma vez que as suas funções estão descritas, e perceber como essas falhas impactam
no cumprimento da função do processo como um todo.
Análise RAM | Como elaborar em 7 passos
2° PASSO: Desenhar FTA – Fault Tree Analysis.

Este é um passo de extrema importância na Análise RAM.


A FTA – Fault Tree Analysis é um detalhamento das falhas que podem ocorrer em cada
ativo descrito no RBD.
A FTA pode ser encarada como uma versão visual e complementar do FMEA, com o
objetivo de ter uma diagramação lógica e entender a sequência de eventos que levaram
a uma falha.
De posse do FMEA e do RBD desenha-se a FTA, evidenciando a principal falha (evento
topo) de cada ativo que será descrito no FTA.

3° PASSO: Apurar o MTTR das falhas evidenciadas na FTA.

O terceiro passo para elaborar a análise RAM é apurar o tempo médio entre reparo das
atividades de manutenção que serão necessárias para colocar o ativo de volta ao
funcionamento após ocorrência do evento topo.
Após a apuração do MTTR (em horas) de cada ativo, esses dados devem ser evidenciados
no RBD.
Análise RAM | Como elaborar em 7 passos
4° PASSO: Apurar o MTBF das falhas evidenciadas na FTA.
Seguindo a mesma linha de raciocínio do 3° passo, os Tempos Médios Entre as Falhas
(MTBF) dos ativos devem ser apurados. Esse dado evidenciará de quanto em quanto
tempo acontece um dos eventos todos (falha) levantados na FTA.
Cada falha levantada na FTA receberá um tempo médio entre suas ocorrências. Nesse
caso, deve ser considerado como MTBF do ativo o maior MTBF evidenciado na FTA.
Esta etapa é muito importante para uma boa Análise RAM.

5° PASSO: Calcular disponibilidade dos sistemas.


De posse dos dados de MTBF e MTTR dos ativos é possível calcular a disponibilidade de
cada ativo, posteriormente a disponibilidade do sistema como um todo.
De posse da disponibilidade dos ativos é possível calcular a disponibilidade do processo.
Mas, para isso, é necessário definir quem são ativos dispostos em sistemas em série e
paralelos.

6° PASSO: Calcular confiabilidade dos sistemas.


O cálculo de confiabilidade, como já foi dito, é dado em função de um tempo futuro;
uma vez que se trata da probabilidade de um determinado item (componente,
equipamento, sistema, processo, dentre outros) manter sua função requerida dentro de
um período futuro.
Dito isso, o primeiro passo para o cálculo de confiabilidade é a definição da janela de
tempo para qual se deseja analisar e fazer a projeção.
Para que se possa encontrar a confiabilidade total de um processo com a finalidade de
realizar a análise RAM, a lógica a ser seguida é a mesma para o cálculo de confiabilidade
apresentado no passo anterior.

7° PASSO: Calcular mantenabilidade dos sistemas.


Com todos os dados do MTTR dos ativos é possível calcular a probabilidade de se
executar um reparo dentro da média histórica dos tempos de reparo, ou seja, calcular a
mantenabilidade.

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