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APOSTILAS
Duque de Caxias,
Janeiro/ 2021
Rua Mariano Sendra dos Santos, 88 – sala 308 – Duque de Caxias – Rio de Janeiro – CEP: 25010-080
Site: https://escolatecnicavencer.com.br/ Telefones: 4114-3835 / 97010-0713
ESCOLA TÉCNICA VENCER
NOÇÕES DE FARMACOTÉCNICA
Duque de Caxias,
Janeiro/2021
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APOSTILA DE NOÇÕES DE FARMACOTÉCNICA
Sumário
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 8
2. A farmácia de manipulação............................................................................................................ 10
2.1 Benefícios do medicamento manipulado .................................................................................... 10
2.2 Diferenças entre o medicamento manipulado e industrializado ................................................ 10
2.3 Farmacotécnica ............................................................................................................................ 10
2.4 São objetivos da farmacotécnica ................................................................................................. 10
3. Conceitos importantes ................................................................................................................... 11
3.1 Formas farmacêuticas (F.F) .......................................................................................................... 11
3.2 Fórmula farmacêutica .................................................................................................................. 11
3.3 Drogas .......................................................................................................................................... 11
3.4 Fármacos ...................................................................................................................................... 11
3.5 Remédios...................................................................................................................................... 11
3.6 Medicamento ............................................................................................................................... 12
3.7 Medicamento oficinal ou farmacopeico ...................................................................................... 12
3.8 Medicamento magistral ............................................................................................................... 12
3.9 Especialidade farmacêutica ......................................................................................................... 12
3.10 Denominação Comum Brasileira (DCB) ..................................................................................... 12
3.11 Denominação Comum Internacional (DCI) ................................................................................ 12
3.12 Procedimento Operacional Padrão (POP).................................................................................. 12
3.13 Quarentena ................................................................................................................................ 12
3.14 Termos usados em farmacotécnica ........................................................................................... 13
3.15 Bases galênicas........................................................................................................................... 13
3.16 Resolução da Diretoria Colegiada 67/2007 ............................................................................... 13
3.17 Insumo Inerte ............................................................................................................................. 13
3.18 Preparação ................................................................................................................................. 13
4. Constituintes das Formulações ...................................................................................................... 14
4.1 Princípio ativo (P.A) ...................................................................................................................... 14
4.2 Excipiente ..................................................................................................................................... 14
4.2.1 Coadjuvante terapêutico .......................................................................................................... 14
4.2.2 Coadjuvante técnico ................................................................................................................. 14
4.3 Classificação das formulações...................................................................................................... 15
5. Biofarmacotécnica ......................................................................................................................... 16
5.1 Dissolução e absorção de fármacos ............................................................................................. 16
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14.1 Vantagens............................................................................................................... 67
14.2 Desvantagens ............................................................................................................................. 67
14.3 Características desejáveis numa suspensão farmacêutica ........................................................ 68
14.4 Aspectos teóricos envolvidos na estabilidade das suspensões ................................................. 69
14.4.1 Consistência do veículo ........................................................................................................... 69
14.4.2 Densidade da fase dispersa..................................................................................................... 70
14.4.3 Molhabilidade das partículas suspensas................................................................................. 70
14.4.4 Agentes molhantes ................................................................................................................. 72
14.4.5 Sedimentação.......................................................................................................................... 72
14.4.6 Adição de agentes suspensores .............................................................................................. 72
14.4.7 Redispersibilidade ................................................................................................................... 73
15. Emulsões ...................................................................................................................................... 75
15.1 Vantagens e desvantagens das emulsões .................................................................................. 76
15.2 Tensoativo .................................................................................................................................. 76
15.3.2 Teoria da película ou filme ...................................................................................................... 77
15.4 Tipos de emulsões ...................................................................................................................... 78
15.4.1 Simples .................................................................................................................................... 78
15.4.2 Múltiplas ................................................................................................................................. 78
15.5 Classificações das emulsões ....................................................................................................... 79
15.6 Classificação dos tensoativos ..................................................................................................... 79
15.6.1 Aniônicos ................................................................................................................................. 79
15.6.2 Catiônico ................................................................................................................................. 80
15.6.3 Não-iônico ............................................................................................................................... 80
15.6.4 Anfóteros ................................................................................................................................ 81
15.7 Instabilidades ............................................................................................................................. 81
15.7.1 Floculação ............................................................................................................................... 81
15.7.2 Coalescência e separação das fases ........................................................................................ 82
15.7.3 Inversão de fases..................................................................................................................... 82
15.8 Método de controle de qualidade para determinação do tipo da emulsão ............................. 83
15.9 Método de preparação das emulsões ....................................................................................... 83
15.9.1 Fase Aquosa ............................................................................................................................ 83
15.9.2 Fase Oleosa ............................................................................................................................. 84
16. Permeabilidade cutânea .......................................................................................... 86
16.1 A pele ......................................................................................................................................... 87
16.2 Penetração x absorção de ativos na pele .................................................................................. 87
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1. INTRODUÇÃO
No rol das Ciências Farmacêuticas, a Farmacotécnica destaca-se por reunir subsídios teóricos
e práticos para aquele que, talvez, seja um dos maiores objetivos do profissional farmacêutico:
produzir medicamentos. E, quando se fala em medicamentos, fala-se de um produto que, por ser
destinado à promoção da saúde, é atrelado a um rígido controle de qualidade.
A farmácia magistral brasileira passou nos últimos anos por profundas transformações,
adequando a novos parâmetros de qualidade mais exigentes e às novas legislações mais rigorosas.
Contudo, o setor cresceu muito, e esse crescimento trouxe novos desafios decorrentes do aumento
da demanda por medicamentos manipulados, tais como, o aumento da necessidade em atender a
consumidores cada vez mais informados e exigentes, o crescimento da competição comercial e a
necessidade de adequação à legislação.
A principal mudança foi à substituição da RDC n° 33/2000 pela RDC n° 214/2006, a qual foi
substituída pela RDC n° 67/2007, que fixa os requisitos mínimos exigidos para o exercício das
atividades de manipulação de preparações magistrais e oficinais das farmácias, como as instalações,
os equipamentos, recursos humanos, aquisição, armazenamento e controle da qualidade da
matéria-prima, avaliação farmacêutica da prescrição, e principalmente a manipulação, conservação,
transporte, e dispensação de preparações. Portanto, a disciplina de farmacotécnica tem como
objetivo discutir as principais formas farmacêuticas produzidas dentro das farmácias de
manipulação, não se esquecendo de interagir este conhecimento com o dia a dia das empresas,
trazendo assim a realidade para dentro da sala de aula. Desejo a todos um bom ciclo, repleto de
conhecimentos que possam ser utilizados para ajudar as pessoas.
Atenciosamente,
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2. A farmácia de manipulação
2.1 Benefícios do medicamento manipulado
a) Facilidade posológica
b) Possibilidade de escolha da forma farmacêutica
c) Possibilidade de resgate de medicamentos
d) Economia
e) Personalização terapêutica
f) União multiprofissional
2.3 Farmacotécnica
A farmacotécnica estuda a transformação dos produtos naturais ou de síntese em
medicamentos nas várias formas farmacêuticas, utilizadas na prevenção, diagnóstico e cura das
doenças. Esta transformação torna os fármacos susceptíveis de serem administrados, assegurando
uma perfeita eficácia terapêutica e conservação.
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3. Conceitos importantes
3.1 Formas farmacêuticas (F.F)
É a forma na qual o medicamento é apresentado podendo ser líquida (ex.: gotas, xarope,
elixir), sólida (ex.: comprimidos, cápsulas), semissólida (ex.: creme, gel, pomada) ou gasosa (spray,
aerossol). É o estado final apresentado pelos medicamentos após operações farmacotécnicas
executadas sobre o fármaco e os adjuvantes apropriados.
Ex:
3.3 Drogas
Matérias primas (ativa ou inativa) de várias origens, que tenha ou não finalidade
medicamentosa ou sanitária.
3.4 Fármacos
É uma substância ativa, droga, insumo farmacêutico ou matéria-prima empregada para
modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estados patológicos em benefício da pessoa a qual se
administra o medicamento.
3.5 Remédios
A palavra remédio é empregada num sentido amplo e geral, sendo aplicada a todos os meios
utilizados com o fim de prevenir ou de curar as doenças. Deste modo, são remédios não só os
medicamentos, mas também os agentes de natureza física ou psíquica a que se recorre na
terapêutica.
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3.6 Medicamento
Produto farmacêutico tecnicamente obtido ou elaborado, que contém um ou mais fármacos
juntamente com outras substâncias, com a finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de
diagnóstico.
3.13 Quarentena
Retenção temporária de insumos, preparações básicas ou preparações manipuladas isoladas
fisicamente ou por meios que impeçam a sua utilização, enquanto esperam decisão quanto à sua
liberação rejeição.
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3.18 Preparação
Procedimento farmacotécnico para obtenção do produto manipulado, compreendendo a
avaliação farmacêutica da prescrição, a manipulação, fracionamento de substâncias ou produtos
industrializados, envase, rotulagem e conservação das preparações.
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4.2 Excipiente
Excipientes farmacêuticos são substâncias farmacologicamente ativas que não seja o
fármaco, que tem sua segurança avaliada e, que estão incluídos junto ao P.A com as seguintes
intenções1:
Ex: carbidopa e ácido clavulânico, que associados à levodopa e penicilina aumentam a meia-
vida destes por inibição metabólica.
Agente acidulante: usado em preparações liquidas para proporcionar meio ácido para a
estabilidade do produto.
Agente alcalinizante: usado em preparações liquidas para proporcionar meio alcalino para a
estabilidade do produto.
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5. Biofarmacotécnica
A biofarmacotécnica estuda os processos que ocorrem no organismo, a partir da
administração da forma farmacêutica, considerando as fases de liberação e dissolução do fármaco,
que precedem sua absorção. Pode, também, ser definida como o estudo entre a intensidade e o
efeito biológico dos ativos e, os vários fatores relacionados ao próprio fármaco, à formulação do
medicamento, incluindo o processo produtivo e, à via de administração.
5.1.1 Posologia
Reflete a quantidade total de um medicamento, estimado de acordo com a idade e peso do
paciente que se deve administrar de uma vez, ou em doses parciais, sempre levando em conta a
dose, a via de administração e o tempo de meia-vida.
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5.1.2 Dose
Quantidade de fármaco suficiente (mínima) para produzir efeito terapêutico ideal. A dose
usual segura e eficaz é definida por estudos clínicos e depende de fatores fisiológicos, patológicos e
genéticos.
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5.3 Biodisponibilidade
Corresponde à quantidade de um fármaco que chega a circulação sanguínea, em
determinado tempo após a sua administração.
1. A libertação e dissolução dos fármacos constituem fatores limitantes na absorção, quer do ponto
de vista da quantidade absorvida, quer na velocidade que ela se efetua.
3. É possível determinar qual a [ ] mínima que produza os efeitos desejados. Essa [ ] é denominada
CME – Concentração Mínima Efetiva.
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b. Os excipientes
e. A dose
EXEMPLO:
Mesmo fármaco, mesma dose e diferentes formas farmacêuticas
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VANTAGENS
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6. Forma farmacêutica em pó
São formas farmacêuticas sólidas e secas constituídas por um ou mais componentes, que
passaram por processos de pulverização e que apresentam a mesma tenuidade.
VANTAGENS
DESVANTAGENS
Baixa uniformidade de doses, sabor mais realçado que outras F.F, baixa estabilidade química.
Uso interno: podem constituir solução no momento da administração. Uso externo: devem possuir
boa espalhabilidade e tenuidade e não devem causar irritação local.
2) QUANTO A CONSTITUIÇÃO
Pós simples:
Pós compostos:
Pó muito grosso:
Pó grosso:
Pó medianamente grosso:
Pó fino:
Pó muito fino:
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a) Velocidade de dissolução;
b) Suspensibilidade;
c) Uniformidade na distribuição;
Espatulação
Fricção no tamis
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b) Cheiro e sabor
c) Volume
d) Densidade
e) Higroscopia
f) Solubilidade
6.5 Incompatibilidades
a) Misturas eutéticas
1. Acetanilida e cânfora;
3. Antipirina e mentol;
4. Cânfora e mentol; Para minimizar esse efeito, deve-se usar um pó absorvente, como o óxido de
magnésio, o fosfato tricálcio, o gel de sílica, talco, amido ou a lactose.
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6.6 Acondicionamento
O acondicionamento pode ser feito em potes de plástico ou de vidros, de boca larga, bem
cheios e fechados. As substâncias que sofrem hidrolise podem ser acondicionadas em embalagens
com gel de sílica, por exemplo.
1. A GRANEL – O paciente deverá medir a quantidade a ser tomada em colheres ou outro tipo de
utensílio semelhante. Como a medida assim é imprecisa, apenas os pós efervescentes, laxativos,
pós para ducha higiênica, pós dentifrícios ou para limpeza de dentadura.
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EXIGÊNCIAS
Estabilidade
Homogeneidade:
6.7 Pós-efervescentes
a - Logo após a pulverização e tamisação de cada um dos pós presentes na fórmula, secar cada um
desses pós em estufa à 50-60°C durante 20 minutos.
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c - Após o término da etapa anterior, caso necessário, tamisar a mistura final obtida. embalar,
rotular e registrar conforme as mesmas exigências dos pós compostos acima descritas.
7. Granulado
Granular é uma operação farmacêutica de dar forma utilizada para aglomerar substâncias
pulverizadas através da aplicação de pressão e/ou adição de aglutinantes.
7.1 Granulação
Processo em que pequenas partículas são transformadas em partículas maiores –
aglomerados permanentes É o processo através do quais partículas em pó são conduzidas a se
aderirem umas às outras para formar entidades multiparticuladas grandes denominadas grânulos.
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1. Mais estéticos
b. Pela ação da água e do calor ocorre a fusão superficialmente aglomerando-se sob a forma de
pasta – crivo
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VANTAGENS
3. Possibilidade de revestimento;
7. Rapidez na execução;
DESVANTAGENS
1. Não é fracionável;
2. Cápsulas moles;
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* A gelatina NF, é um produto obtido pela hidrólise parcial de colágeno obtido da pele do
tecido conjuntivo branco de ossos de animais. É comercializado na forma de pó fino, pó grosso, tiras,
flocos ou folhas.
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7.8 Excipientes
7.8.1 Diluentes
a) Amido: Concentração Máxima: Não há. Incompatibilidade: Não há Contra Indicação: Não há
b) Lactose: Concentração Máxima: 90%. Incompatibilidade: Grupo amino ( Reação de Maillard)
Contra Indicação: Pacientes com intolerância à Lactose
c) Manitol: Concentração Máxima: 90%. Incompatibilidade: Fe, Al, Cu. Contra Indicação: Crianças.
d) Fosfato de Cálcio Dibásico Concentração Máxima: Não definida. Incompatibilidade: Fármacos
sensíveis a pH alcalino derivados da tetraciclina.
Outros: Celulose microcristalina, Carbonato de Cálcio.
7.8.2 Lubrificantes
a) Dióxido de Silício (Aerosil):
Concentração: 0,1 – 1,0 %
Incompatível: Dietilestilbestrol
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b) Estearato de Magnésio:
Concentração: 0,2 – 2,0 %
Incompatível: substâncias ácidas
c) Talco:
Concentração: 1 – 10,0 %.
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Por isso, o “método volumétrico” de enchimento de cápsulas é muito mais preciso, já que as
cápsulas têm a capacidade constante em termos de volume.
3. Passo: ao iniciar a pesagem, tarar a balança com papel de pesagem sobre o prato;
4. Passo: pesar os pós um a um com o auxílio de espátula. Para a pesagem de Pellets deve utilizar
sempre espátula de plástico ou chifre – não utilizar espátula de aço inox;
5. Passo: os pós devidamente pesados deverão ser pulverizados em gral de porcelana ou de vidro
individualmente;
6. Passo: misturar os pós em um único gral seguindo a REGRA DO MISTÃO ou REGRA GEOMÉTRICA
(maior sobre o menor);
9. Passo: com o auxílio de um saco plástico, misturar bem os pós e o distribuir sobre a placa
encapsuladora;
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– pH adequado;
– Grande área de superfície disponível para a absorção no seu interior (aproximadamente 6 metros
de comprimento).
2) Prevenir mal-estar gástrico e náuseas devido à irritação provocada pelo fármaco, como por
exemplo, o AAS;
4) Quando for importante que o princípio ativo não sofra diluições antes de atingir o intestino, como,
por exemplo, mesalazina e sulfassalazina (anti-inflamatório intestinal – colite).
5) Formaldeído e Acetona
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O método mais viável para uso magistral por ser simples e rápido é o proposto por Lachman
empregando: Solução de acetoftalato de celulose adicionada manualmente ou diluída com
solventes apropriados para aspersão nas cápsulas, a qual é composta por:
• Acetoftalato de celulose........................ 5%
9. Comprimidos
Comprimidos são formas farmacêuticas sólidas contendo princípios ativos, com vários
tamanhos, formas, peso, dureza, espessura, características de desintegração etc. São obtidos pela
compressão de pós ou granulados, em que onde uma elevada pressão é aplicada ao sistema até que
este se rearranje e deforme, dando origem a uma massa compacta, ou seja, um corpo rígido de
forma bem definida. Sua grande maioria é destinada à via oral, sofrendo desagregação na boca,
estômago ou intestino.
VANTAGENS
5. Menor custo;
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DESVANTAGENS
1. Não é uma forma farmacêutica emergencial;
9.1 Classificação
a) Quanto à forma
a. Circular
b. Alongado
c. Quadrado, etc.
b) Quanto ao perfil
a. Plano
b. Convexo
c. Côncavo
d. Chanfrados
c) Quanto à superfície
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a. Liberação imediata
9.2.1 Diluentes
São adicionados aos pós para obter comprimidos com peso conveniente. Podem ser:
9.2.2 Absorventes
São incorporados para absorver a água da umidade atmosférica ou residual dos pós que
provoquem a alteração da forma farmacêutica. Retém ainda a água de extratos fluidos ou tinturas.
Exemplos: a. Amido e lactose.
9.2.3 Aglutinantes
São substâncias que aumentam o contato entre as partículas, devido a sua alta capacidade
de agregação e compactação. São produtos de longa cadeia, como:
d. Polímeros: PVP
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9.2.4 Desagregantes
Acelera a dissolução ou a desagregação dos comprimidos na água ou nos líquidos do
organismo. Os desagregantes atuam geralmente por três processos:
b. Reagindo com a água ou com ácido clorídrico do estômago e libertando gases, como o oxigênio
ou gás carbônico: carbonato, bicarbonato, misturas efervescentes;
c. Inchando em contato com a água e abrindo assim canalículos que facilitam a desagregação dos
comprimidos: amido;
9.2.5 Lubrificantes
Facilita o deslizamento do pó ou granulado para a máquina de compressão, e diminuem a
tendência do produto a se aderir as punções.
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Formatos dos punções que determinam a forma dos comprimidos e sulcos. 1 – Face chata lisa; 2 –
Côncavo raso; 3 - Côncavo padrão; 4 – Côncavo fundo.
As punções e matrizes são de aço temperado especial e algumas vezes o punção superior
tem gravado o nome do laboratório, de um símbolo ou o do medicamento a se preparar.
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B. Nesta câmara de compressão é distribuído o pó a ser comprimido. É a punção inferior que ajusta
a altura da matriz (ou câmara), regulando a quantidade de pó a ser comprimida.
D. Pela ação o alimentador (que irá adicionar mais pó para a compressão de um segundo
comprimido), o primeiro comprimido é expulso da máquina, e em seguida inicia-se um novo ciclo
de compressão.
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10. Sabendo que a densidade dos pós interfere diretamente na produção de cápsulas, por que o
método de enchimento baseado em questões de massa (peso) não é o ideal na produção de
cápsulas na farmácia de manipulação?
11. Quais os três fatores fundamentais para uma produção ideal de cápsulas?
Preparar 60 caps
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Dados:
Perguntas:
Preparar 60 caps
Dados:
Perguntas:
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23. Qual a solução ideal para o revestimento de cápsulas no ambiente magistral (farmácia de
manipulação)?
25. Justifique porque os comprimidos possuem menor variabilidade de conteúdo e maior precisão
de dosagem.
27. Qual a relação da automedicação com a produção em larga escala dos comprimidos?
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Fármacos puros são mais estáveis do que em misturas: as chances de interação com outros
materiais aumentam muito.
Fármacos em formas sólidas são mais estáveis que em formas líquidas: as reações químicas
ocorrem melhor e mais rápido em um meio líquido.
A decomposição dos fármacos, puros ou nos medicamentos, obriga aos fabricantes estipular
a sua data de validade:
Por esse motivo há um tempo considerável entre a elaboração de uma nova formulação e o seu
aparecimento no mercado.
10.1 Temperatura
a. Em geral, o aumento de 10 graus na Temperatura, acelera em 2 a 5 vezes a velocidade de uma
reação;
a.1. Importante lembrar que, em nosso país, a temperatura ambiente varia muito,
ultrapassando os 30º C.
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10.2 Luz
a. A luz solar (UV) afeta as ligações químicas fornecendo energia para a separação dos elétrons
compartilhados entre os dois átomos dessa ligação. Pode resultar em:
Em solução aquosa de Ácido Ascórbico (ε0 = +0,14v) e adrenalina (ε0 = +0,52v), ocorre
oxidação do ácido (menor potencial padrão de oxidação).
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10.4 pH
1. O pH é um importante catalisador da hidrólise
3. Para cada formulação existe um pH ótimo, no qual a tanto a hidrólise quanto a oxidação é mínima,
permitindo melhor atividade biológica e maior estabilidade da preparação.
iii. Ésteres
iv. Amidas
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Pelo fato das preparações magistrais serem produzidas para a administração imediata ou
após curto período de armazenagem, seus prazos de validade podem ser estabelecidos, utilizando
critérios diferentes daqueles aplicados para determinar a validade do produto industrializado.
Embora se subtenda que o produto manipulado será utilizado logo após o aviamento da
prescrição e somente durante o tempo de tratamento, ele precisa se manter estável durante todo
este tempo.
a. Diversidade de formulações
b. Associações de ativos
Se a fonte for industrializado a validade não deve exceder a 25% do tempo remanescente para a
data de expiração do produto original, ou 6 meses, o que for mais precoce.
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c. Formulações semi-sólidas
11. Soluções
Solução é uma forma farmacêutica cuja dispersão é homogênea, com duas ou mais espécies
de substâncias. Considerando os usos específicos das soluções farmacêuticas, elas podem ser
classificadas como soluções orais, soluções auriculares, soluções oftálmicas ou soluções tópicas.
Além do fármaco, nas soluções estão presentes outros solutos, incluídos para corar,
aromatizar, edulcorar e para conferir estabilidade.
Nas soluções, a fase dispersa e a fase dispersante recebem os nomes de soluto e solvente,
respectivamente. O soluto é geralmente o componente que se apresenta em menor quantidade na
solução, enquanto o solvente se apresenta em maior quantidade. A água, no entanto, é sempre
considerada como solvente, não importando a proporção desta na solução.
Exemplos:
1. O vinagre é uma solução com aproximadamente 4% de ácido acético. Nesta solução, o ácido
acético é o soluto e a água é solvente.
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2. O álcool a 70% é uma solução na qual o soluto é o álcool e a água é o solvente. Nas
soluções que são aquosas não é necessário citar o solvente. Nas soluções em que o solvente é uma
substância diferente da água, este deve ser citado.
3. A solução de ácido sulfúrico (H2SO4) a 10%; nesta solução o soluto é o ácido e o solvente é a
água.
4. A cerveja é uma miscelânea de misturas, onde o soluto é o malte e seus derivados, e o solvente
é a água.
a. Gás em líquido
b. Líquido em líquido
c. Sólido em Líquido
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1. Alta estabilidade física - partículas em dispersões moleculares não sofrem ação da gravidade.
Desvantagens
1. Dificuldade de transporte – para o paciente em relação a outras F.F (por exemplo: pastilhas).
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11.2 Solubilidade
A solubilidade é a propriedade que as substâncias têm de se dissolverem espontaneamente
numa outra substância denominada de solvente. A quantidade de substância que se dissolve em
determinada quantidade de solvente varia muito de substância para substância. O álcool, por
exemplo, possui solubilidade infinita em água, pois água e álcoois se misturam em qualquer
proporção. Contudo, grande parte as substâncias químicas, por sua vez, possui solubilidade
limitada, ou são insolúveis.
Com relação ao valor da constante de solubilidade (Ks), quando este é alto a dissolução é
obtida facilmente. Assim sendo, do ponto de vista farmacotécnico, estas preparações são as mais
simples. Entretanto, para situações em que o fármaco apresenta baixa solubilidade, o conhecimento
das técnicas de dissolução é fundamental.
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1. Agitação mecânica: a convecção é a técnica de dispersão mais empregada. Embora seja a mais
segura do ponto de vista da estabilidade, pode causar aeração e viabilizar a oxidação.
3. Diminuição das partículas dos solutos: quanto menor o tamanho da parícula, mais rápido será a
sua dissolução.
4. Uso de co-solvente: quando se utiliza pequena quantidade de um solvente inócuo e miscível com
o veículo de escolha para dissolução prévia do soluto, dá-se a este solvente o nome de co-solvente.
A diferença entre esta técnica e a anterior está no fato de que a quantidade de solvente empregada
não altera significantemente a constante dielétrica. Igualmente, o soluto deverá apresentar alguma
afinidade com o sistema solvente e não precipitar após a incorporação da solução previamente
obtida no veículo.
5. Ajuste de pH: no caso de fármacos ácidos ou básicos, o ajuste de pH pode determinar ionização
e, consequentemente, a hidrossolubilidade. As implicações da alteração de pH devem considerar
ainda estabilidade ótima, biocompatibilidade e Biodisponibilidade.
Na maioria das vezes, as soluções farmacêuticas não são saturadas com soluto, e, portanto,
a quantidade de soluto que deve ser dissolvida geralmente está bem abaixo da capacidade do
volume do solvente empregado.
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O título de uma solução é um número sem unidades, maior que zero e menor que um.
Geralmente utiliza-se o título expresso em porcentagem. Para isso, multiplica-se o título em massa
por 100.
Significado
Exemplo:
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GAZE OU ALGODÃO
Xaropes e soluções viscosas devem ser filtrados por papéis próprios ou em gaze dobrada e
colocada no interior do funil. Através da filtração ficam retidos os materiais estranhos à formulação.
Todos os medicamentos preparados sob a forma de solução devem ser filtrados e depois
acondicionados.
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ÁLCOOL
É empregado como o principal solvente para muitos compostos orgânicos. Forma com a água
compostos hidroalcóolicos que dissolvem substâncias solúveis tanto em álcool quanto em água,
sendo uma característica principal na extração de substâncias ativas de drogas naturais. No entanto,
à parte suas vantagens como solvente e conservante, existem preocupações quanto aos seus efeitos
tóxicos, quando de sua ingestão de medicamentos, principalmente em crianças.
GLICERINA
PROPILENOGLICOL
É um líquido viscoso miscível em água e álcool. Trata-se de um solvente útil que tem muitas
aplicações e frequentemente é usado em lugar da glicerina nas modernas fórmulas farmacêuticas.
2. O veículo deve ser viscoso, para aderir às paredes do canal auditivo: glicerina, propilenoglicol,
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5. Embale e rotule.
Podem existir ainda as suspensões nasais, as quais são líquidos que possuem os ativos
insolúveis para a administração nasal.
Os géis nasais e pomadas nasais são preparações semissólidas para a aplicação nasal que
podem ser destinadas para o uso sistêmico ou local.
2. Ter uma tonicidade que não interfira na motilidade dos cílios nasais (isotonia)
7. Conter antimicrobianos em quantidade suficiente para inibir o crescimento de bactérias que nele
sejam introduzidas pelo conta-gotas
8. Ser estéril
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14. Suspensões
São formas farmacêuticas líquidas constituídas de duas fases: uma interna sólida
(descontinua ou dispersa) e outra externa, líquida (contínua ou dispersante).
A fase dispersa é insolúvel na fase liquida, mas, através de agitação podem ser facilmente
suspensas. Um detalhe importante é que a fase interna não atravessa o papel de filtro, e por este
motivo as suspensões não podem ser filtradas, como ocorre nas soluções.
Destinam-se as vias oral, tópica e parenteral, sendo que, as partículas da via parenteral são
menores que as vias orais e tópicas (cerca de 100nm).
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14.1 Vantagens
1. Ideal para veicular P.A insolúveis/instáveis na forma líquida;
2. Ideal para pacientes que não conseguem deglutir comprimidos e/ou cápsulas;
4. Aumento de estabilidade química quando comparadas às soluções. Por estar dispersa e não
solubilizada, o fármaco está mais protegido da rápida degradação ocasionada pela presença da
água;
14.2 Desvantagens
1. Baixa estabilidade física;
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Sedimentação lenta
Fácil redispersão
Escoamento adequado
o Quanto mais viscosas, mais estáveis serão as suspensões. Porem o excesso de viscosidade
compromete o aspecto e a retirada do medicamento do frasco. A suspensão deve escoar com
rapidez e uniformidade do recipiente.
o O tamanho das partículas pode variar dependendo do tempo de absorção desejado, sendo
que quanto menor a partícula mais absorvível ela será. Contudo, produtos de uso oftálmico ou
tópico devem ser micronizados para evitar irritação.
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Portanto, com base na equação acima se pode inferir que as dispersões grosseiras e finas
apresentam em geral maior tendência sedimentação que suspensões coloidais.
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Igualmente, segundo a Lei de Stokes, quanto maior a diferença entre densidade da partícula
dispersa e veículo dispergente, maior será a velocidade de sedimentação.
Uma suspensão é um sistema incopatível, que para ser feito necessita ter uma boa relação
do material a suspender com o meio. Tendo afinidade entre o líquido e o sólido, ocorre a formação
de um filme na superfície do sólido. Dependendo desta afinidade, pode formar-se um ângulo de
contato entre o líquido e o sólido. Quanto maior o ângulo, mais dificuldade em obter uma
suspensão.
Assim sendo, quanto maior a molhabilidade em um solvente polar como a água, maior será
o deslocamento de gás adsorvido nesta partícula, já que o ar é composto basicamente por moléculas
apolares (ex. O2, N2, CO2, Ar). Entretanto, se a afinidade pelos gases adsorvidos na superfície da
partícula for grande (repelir água) esta irá flutuar.
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Este fenômeno pode ser definido de acordo com o ângulo de contato da partícula com o
veículo, ou seja, ao se adicionar um sólido num líquido:
o Molhabilidade total.
o Molhabilidade intermediária.
Nas moléculas abaixo diga qual o ângulo de contado formado com o solvente:
Nestes casos, a molhabilidade também pode ser aumentada com a adição de tensoativos,
macromoléculas muito hidrofílicas (CMC e gomas) ou ainda substâncias hidrófilas inorgânicas
insolúveis (bentonita, Veegum®, hidróxido de alumínio e Aerosil®).
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14.4.5 Sedimentação
As partículas dispersas (fase interna) tendem a se depositar (sedimentar) com ação da
gravidade, processo que pode ocorrer de forma isolada ou aglomerada. Alguns fatores favorecem a
deposição mais lenta:
2. Eles formam uma película em volta da película, como se estivesse protegendo uma partícula da
outra;
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Goma-arábica: de 5% a 15%;
14.4.7 Redispersibilidade
A sedimentação de forma aglomerada, embora em geral seja mais rápida, leva à formação
de sedimento floculado, o qual é facilmente redispersível.
15. Emulsões
Os sistemas emulsionados são uma forma farmacêutica semissólida heterogênea constituída
por 2 líquidos imiscíveis um no outro, em geral água e componentes graxos, sob a forma de
pequenos glóbulos chamados de gotículas, sendo que a formação destas gotículas é obtida à custa
de um agente emulsivo. De acordo com a consistência as F.F emulsões podem ser classificadas em
cremes, loções e leites.
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Uma emulsão possui basicamente duas fases, uma interna e outra externa. O fator
determinante para identificar as duas fases e a solubilidade do tensoativo empregado.
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Nas emulsões o fármaco pode estar dissolvido ou suspenso nas fases aquosa ou na oleosa,
e esta versatilidade é uma das principais vantagens das emulsões. Como vantagens as emulsões
apresentam, ainda:
b) Menor uniformidade.
15.2 Tensoativo
Os tensoativos, ou agentes emulsificantes auxiliam na produção de uma dispersão estável,
pela redução da tensão interfacial e consequente manutenção da separação das gotículas dispersas,
através da formação de uma barreira interfacial.
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a) Se o tensoativo é mais solúvel em água, então a água será a fase contínua, consequentemente se
formará uma emulsão do tipo o/a;
b) Se o tensoativo é mais solúvel em óleo, então o óleo será a fase continua, consequentemente se
formará uma emulsão do tipo a/o;
Quanto menor a tensão interfacial entre dois líquidos imiscíveis (água/óleo) maior é a
facilidade de emulsioná-los. Desta forma é necessária a presença de um terceiro componente que
possua afinidade pelas duas fases, e a propriedade de migrar, adsorver e de acumular na interface
para reduzir a tensão interfacial entre as duas fases e facilitar a formação da emulsão. Esse
componente é conhecido como Emulsionante ou Tensoativo ou Surfactante.
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15.4.1 Simples
O/A – óleo em água: fase interna (descontínua) formada por gotículas de óleo envoltas pela fase
aquosa (contínua); podem ser lavadas facilmente;
A/O – água em óleo: fase interna (descontínua) formada por gotículas de água, envolta por uma
fase oleosa contínua (dispersante);
15.4.2 Múltiplas
A/O/A – água em óleo, em água: fase mais interna aquosa, circundada por uma fase intermediária
oleosa, e por fim, envolvida pela fase aquosa.
O/A/O – óleo em água, em óleo: fase mais interna oleosa, circundada por uma fase intermediária
aquosa, e por fim, envolvida pela fase oleosa.
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2. Quanto ao tamanho das partículas da fase interna, podem ser classificadas em macroemulsões
(gotículas >400nm), miniemulsões (gotículas entre 100 e 400nm) e microemulsões (gotículas
<100nm).
3. Quanto à consistência podem ser classificadas em cremes (viscosidade entre 8.000 a 20.000 cps),
loções (2.000 a 7.000 cps) e leites (1.000 e 2.000 cps).
São exemplos o lauril sulfato de sódio, estearato de sódio, palmitato de sódio, além das bases
autoemulsionantes, como Lanette N (mistura de álcool cetoestearílico e cetiestearil sulfato de
sódio) e Lanette WB.
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Obs.: É indispensável conhecer o caráter iônico dos produtos químicos, pois a mistura
inadequada pode resultar em ppt (precipitação)
15.6.2 Catiônico
Em soluções aquosas sofrem dissociação, a parte hidrofílica ou polar da molécula é aniônica
(possui carga negativa). Contudo, são bem mais irritantes que os tensoativos aniônicos e não-
iônicos. Os exemplos clássicos são os sais de quartenário de amônio como o Cloreto de
cetiltrimetilamonio e o metossulfato beheniltrimetiamônio e bases auto-emulsionantes como o
Incoquat (mistura de álcool cetoestearílico e beheniltrimetiamônio). Os grupos mais comuns são os
grupos amínicos (freqüentemente encontrados nos amaciantes);
15.6.3 Não-iônico
Quando em solução aquosa não sofre dissociação, portanto não liberando cargas.
Indiscutivelmente revestem a maior importância da cosmética moderna. São exemplos o álcool
cetoestearílico, álcool cetílico e estearílico (etoxilados ou não), MEG, TWEEN, SPANS, Polawax,
Cosmowax, Crodabase, etc.
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15.6.4 Anfóteros
Dependendo do meio, podem assumir caráter catiônico ou aniônico.
15.7 Instabilidades
15.7.1 Floculação
A floculação é a união de vários glóbulos da fase dispersa (Interna) em agregados, ocorrendo
devido às forças de atração. É um fenômeno reversível. A partir de então, podem ocorrer dois
fenômenos:
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Método por diluição - sempre que se adiciona um líquido a uma emulsão e está continua estável,
o líquido adicionado corresponde a sua fase externa. Uma emulsão o/a pode ser diluída com a água,
mas não com o óleo. Para uma emulsão a/o é o inverso.
Método dos corantes - coloração contínua ou coloração das gotículas. Adiciona-se à emulsão um
corante lipossolúvel em pó (Soudan III) - se a emulsão for do tipo a/o, a coloração propaga-se na
emulsão; se a emulsão for do tipo o/a, a cor não se difunde. Temos fenômenos inversos com o uso
de corantes hidrossolúvel (eritrosina ou azul de metileno).
2. Umectantes: polietilenoglicóis (ATPEG 400, ATPEG 600), glicerina, sorbitol, polissacarídeos, etc
4. Princípios ativos e promocionais hidrossolúveis: aloe vera, extratos vegetais, vitamina E acetato,
Dpanenol, etc
6. Conservantes
7. Corantes
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2. Agentes de consistência ou espessantes da fase oleosa: álcoois graxos, ésteres graxos, etc.
6. Fragrâncias.
As emulsões semissólidas possuem, necessariamente, uma fase aquosa e uma oleosa. Cada
fase da emulsão é preparada isoladamente, aquecendo-se ambas as fases à temperatura de 70° C a
75° C.
Fase oleosa: usa-se um gral de porcelana em banho-maria (b.m) para fundir as substâncias graxas
sólidas e também o agente emulsionante lipofílico (se houver) – fase A;
Fase aquosa: usa-se um Becker em chapa elétrica para as substâncias hidrossolúveis – fase B;
Substâncias voláteis devem ser incorporadas à temperatura ambiente. com a finalidade de fundir
incorporando-se depois uma fase na outra. A dispersão da fase interna na externa deve ser feita
com ambas as fases praticamente na mesma temperatura.
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Os valores de EHL podem ser encontrados na literatura em tabelas diversas. Quanto aos
valores de EHL os compostos são classificados em:
e) Detergentes 13-16
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16.1 A pele
4. Na epiderme existe a camada córnea: descamativa, composta por queratina, situada logo abaixo
da mistura de sebo e suor.
a. É a principal barreira
c. Comporta-se como uma barreira semipermeável: o mecanismo pelo qual a pele permite esse
fenômeno é o da difusão passiva
a. Via transcelular
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c. Via intercelular
a) VIA TRANSCELULAR - esta via de penetração é muito lenta, mas atendendo à superfície, tem uma
importância considerável;
c) VIA INTERCELULAR - por esta via a passagem ocorre pelos espaços entre as células, em
comparação com a via transepidérmica é mais rápida, porém é mais lenta em comparação com a
via transfolicular.
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A tabela ao lado, indica a variação regional da espessura do estrato córneo humano, fator
este determinante para a penetração e absorção de ativos na pele.
c) Fluxo sanguíneo: quando hiperêmica, a pele se torna mais permeável. Por exemplo, certos ativos
podem ser estimulados pelo aumento da circulação;
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16.3.2 Veículos
a) Lipossomas: são constituídos por fosfolipídios, como o colesterol, ceramidas e poliglicerol.
Penetram facilmente devido à afinidade com a estrutura da pele que possuem a mesma
característica. Muito usado para enzimas, vitaminas, extratos vegetais, filtros solares, entre outros;
e) Região da pele: mucosas e regiões com grande número de orifícios pilossebáceos ou muito
vascularizados são mais permeáveis;
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16.4.1 Interativos
Promotores de absorção: são substâncias que interagem com a pele permitindo a entrada do
fármaco. Ex: DMSO (dimetilsulfóxido), DMF (dimetilformamida), DMA (dimetilacetamida), uréia,
propilenoglicol, tensoativos, etc.
Uso de bases contendo óleos de origem animal (lanolina, espermacete) apresentam maior
afinidade com a emulsão epidérmica e viabilizam a absorção.
Concentração do ativo;
pH alcalino;
17. Pomadas
As pomadas são formas farmacêuticas semissólidas de consistência mol, destinadas ao uso
externo (para a aplicação na pele e mucosas). As pomadas devem ser plásticas para que modifique
sua forma com pequenos esforços mecânicos (fricção, extensão), adaptando-se às superfícies da
pele ou às paredes das mucosas. Na farmácia magistral, há a preparação da pomada base que pode
ser armazenada para, posteriormente, serem incorporados os ativos, conforme a prescrição.
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7. Untuosas;
2. Pomadas que absorvem água: anidras e hidratadas – BASES DE ABSORÇÃO Lanolina, álcoois de
lanolina, Petrolato hidrofílico, Cold Cream (A/O).
d) A vaselina é constituída por uma mistura de hidrocarbonetos, e é bastante untuosa, além de ser
destituída de cheiro ou sabor.
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e) Funde-se 38 a 60° C
g) Estabilidade: estável e inerte, não deve ser aquecida em temperatura acima de 70º C.
h) Armazenamento e conservação: recipiente bem vedado, protegido da luz em local fresco e seco.
Parafina Sólida
b) Cremes e Pomadas
f) Estabilidade: estável
c) Propriedades emulgentes;
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2. UNGUENTOS Tipo de pomada que contém resinas. São mais espessas que os ceratos.
Regra em dermatologia
18. Pastas
São preparações farmacêuticas que contêm uma proporção de pó igual ou superior a 20%.
Em geral são menos gordurosas que as pomadas.
3. Ótimo para absorverem exsudatos cutâneos 4. São indicados para lesões com tendência a
formação de crostas.
Vaselina sólida, vaselina líquida, lanolina, ceras, silicones e géis. As pastas podem ainda ser
cosméticos apropriados para corrigir as imperfeições estéticas da pele do rosto com objetivo de
conferir um aspecto fresco e juvenil. Possui ainda efeitos semelhantes aos das loções, deferindo
pela sua maior intensidade de ação.
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19. Géis
Os géis são soluções coloidais ou suspensões de substâncias, formando um excipiente
transparente ou translúcido. Os géis são veículos destinados a peles oleosas ou acnéicas.
Exemplos são os géis hidratantes para pele oleosa, géis protetores solares, géis esfoliantes
para a pele, géis fixadores e modeladores para os cabelos, géis para banho, xampus géis, etc.
O mercado faz distinção entre um gel creme e um creme gel que são direcionados
geralmente como hidratantes para pele oleosa. Ambos os produtos possuem a fase aquosa
espessada por um polímero orgânico hidrossolúvel. No entanto, um creme gel possui uma fase
oleosa constituída de derivados graxos que são emulsionados na fase aquosa espessada onde
apenas foi dado um esbranquiçamento ao gel.
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2. São livres de gordura, cujo teor de água á bastante alto: contaminação alta.
1. CARBOPOL (CARBÔMEROS)
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2. CARBOPOL 934
o fraca tolerância iônica produz géis turvos, porém oferece boa estabilidade e
viscosidade alta em emulsões e suspensões.
3. CARBOPOL 940
4. CARBOPOL ULTREZ
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2. Sintéticos: polissorbatos
d) Endurecedores: são utilizados para aumentar a consistência e elevar o ponto de fusão. Exemplos:
parafina, ceras, PEG 4000.
e) Amolecedores: são substâncias empregadas para abaixar o ponto de fusão; incluem glicerina,
propilenoglicol, óleos vegetais e minerais.
b. Óleos hidrogenados: são obtidos por hidrogenação catalítica de vários óleos vegetais (ex.: óleo
de coco, de amendoim, de semente de algodão), processo este que diminui a vulnerabilidade à
oxidação (rancidificação).
c. Excipientes semi-sintéticos: são obtidos a partir de ácidos graxos saturados de origem vegetal,
esterificados, de cadeia variando de 12 a 18 carbonos. Apresentam, entre outras vantagens, ponto
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de fusão mais bem definido, menor acidez, menor susceptibilidade para oxidação,
maior uniformidade de lote para lote. Exemplos: Fattbase®, Witepsol®, Novata®, Estaram®. d.
Polioxietilenoglicóis: são bases hidrosolúveis, também designadas polietilenoglicóis, PEG,
Carbowaxes etc. São polímeros do óxido de etileno designados por números (PEG 200, PEG 400,
PEG 1500 etc) que dão uma ideia aproximada do peso molecular da cadeia polimérica. Os mais
utilizados são os de peso molecular 6000, 4000 e1500.
Compressão
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21. Referências
a) Bibliografia Básica:
1. ALLEN JR, Loyd V.; POPOVICH, Nicholas G; ANSEL, Howard C. Formas farmacêuticas e sistemas de
liberação de fármacos. Tradução Ana Lúcia Gomes dos Santos et al. 8. ed. Porto Alegre: Artmed,
2007. viii, 775 p. il. Tradução de: Ansel's pharmaceutical dosage form & drug delivery systems. ISBN
978-85-363-0760-2.
2. FERREIRA, Anderson de Oliveira. Guia prático da Farmácia magistral. 4.ed. rev. ampl. São Paulo:
Pharmabooks, 2010. v.1. xxii, 736 p. il. ISBN 978-85-8973-145-4.
3. FERREIRA, Anderson de Oliveira; BRANDÃO, Marcos. Guia prático da Farmácia magistral. 4.ed.
rev. ampl. São Paulo: Pharmabooks, 2011. v.2. xxiii, 673 p. il. ISBN 978-85-8973-145-4.
Bibliografia Complementar
1. VILLANOVA, Janaina Cecília Oliveira; SÁ, Vania Regina de. Excipientes: guia prático para
padronização: formas farmacêuticas orais sólidas e líquidas. 2. ed. São Paulo: Pharmabooks, 2009.
xv, 417 p. ISBN 85-89731-31-6.
2. LARINI, Lourival. Fármacos & medicamentos. Porto Alegre: Artmed, 2008. 404 p. il. ISBN 978-85-
363- 1204-0.
3. ANSEL, Howard C; PRINCE, Shelly J. Manual de cálculos Farmacêuticos. Tradução Elenara Lemos
Senna. Porto Alegre: Artmed, 2005. vi, 300 p. Tradução de: Pharmaceutical calculations: the
pharmacist's handbook. ISBN 978-85-363-0525-7.
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