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Este compêndio reúne formulações magistrais estudadas ao longo dos últimos anos para as
diversas especialidades profissionais (médicos, médicos veterinários, dentista e nutricionis-
tas). Representa o esforço da Anfarmag em prover – de forma prática e segura – sugestões
de preparações para farmacêuticos utilizarem no dia a dia magistral. Inclui aspectos técni-
cos e farmacológicos relacionados às formulações, orientando o farmacêutico a executar
procedimentos de forma correta.

1ª EDIÇÃO, 2019
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente: Adolfo M. Cabral Filho
Vice-presidente: Ademir Valério da Silva
Vice-presidente: Augusto César Q. de Carvalho
Secretário: Carlos Alberto Pinto De Oliveira
Andrea Kamizaki Lima
Claudia Cristina Silva Aguiar
Cybele Moniz Figueira Faria Santos
Denise de Almeida Martins Oliveira
Elpidio Nereu Zanchet
Evandro Tokarski
Gelza Rúbia Rigue Araújo
Ivan da Gama Teixeira
José Elizaine Borges
Marcelo Brasil do Couto
Márcia Paula Ribeiro Arão
Marco Antônio Perino
Marina S.M. Hashimoto
Rogério Tokarski
Sílvia Muxfeldt Chagas

Diretor Executivo: Marco Fiaschetti


Elaboração:
Lúcia Helena Gonzaga Pinto – Coordenadora de Serviços Técnicos
Luciane Bresciani Quirino – Farmacêutica
Tatiane Nakayama Bognar Berbert – Farmacêutica

Revisão:
Vagner Miguel – Secretaria de Projetos e Estudos

Equipe de Farmacêuticos:
Jaqueline Tiemi Watanabe
Valéria Faggion

Revisão Final:
Taís Ahouagi – Gerente de Comunicação e Marketing

FICHA CATALOGRÁFICA
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS
Compêndio Magistral Anfarmag – 1ª edição (2019) - Brasil, São Paulo. 124 págs.
1. Formulações 2. Farmacotécnica 3. Dicas
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PREFÁCIO
O universo magistral – especialmente a farmácia com manipulação – pres-
supõe a preparação de inúmeras formulações que atendem de forma perso-
nalizada a cada paciente e, por conseguinte, as prescrições de profissionais
habilitados.

Essas preparações devem estar sempre respaldadas em estudos, literaturas


oficialmente reconhecidas ou na experiência de profissionais de notório saber
na área farmacotécnica que contribuem para o desenvolvimento do conheci-
mento farmacotécnico magistral, e são concebidas em um contexto que envol-
ve a tríade qualidade, segurança e eficácia.

A compilação de formulações magistrais que a Anfarmag recomendou ao lon-


go dos anos aos associados pode agora ser pesquisada neste compêndio, de
forma prática e objetiva, o que otimiza o tempo de trabalho do farmacêutico
e sua equipe de manipuladores. É um instrumento eficaz para o farmacêutico
localizar e preparar formulações.

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SUMÁRIO

•• Introdução......................................................................................... 6

• Conceitos aplicáveis a esse compêndio.......................................... 9

• Formulário magistral por especialidade e dicas farmacotécnicas

relacionadas a:.................................................................................14

• Alergia e Imunologia................................................................. 15

• Angiologia e Cardiologia...........................................................21

• Coloproctologia e Gastroenterologia........................................28

• Dermatologia...............................................................................36

• Endocrinologia.............................................................................43

• Geriatria.......................................................................................48

• Ginecologia..................................................................................56

• Nefrologia e Urologia.................................................................62

• Odontologia.................................................................................68

• Oftalmologia................................................................................74

• Otorrinolaringologia...................................................................78

• Pediatria.......................................................................................84

• Psiquiatria....................................................................................95

• Reumatologia.............................................................................101

• Veterinária.................................................................................106

• Referências.....................................................................................118

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INTRODUÇÃO
A farmácia magistral brasileira passou nos últimos anos por profundas trans-
formações, adequando-se a novos parâmetros de qualidade e a legislações
mais rigorosas.

Paralelamente, houve forte crescimento do setor, o que trouxe novos desafios:


aumento da demanda por medicamentos manipulados, aumento da necessi-
dade em atender a consumidores cada vez mais informados, procura por per-
sonalização como forma de terapia e necessidade de adequação à legislação,
entre outros.

Nesse contexto, a farmácia aprimorou seus procedimentos internos e, espe-


cialmente, os procedimentos farmacotécnicos, pois empregam grande parte
do tempo, dos recursos humanos e dos riscos sanitários. Portanto, a farmaco-
técnica torna-se importante estratégia de conhecimento para o farmacêutico.

Farmacotécnica é a ciência responsável pelo desenvolvimento e manipulação/


produção de medicamentos e/ou outras preparações – a exemplo de cosmé-
ticos e suplementos - levando-se em conta o efeito terapêutico ou outro e a
estabilidade desejados, condições de acondicionamento, transporte e armaze-
namento, bem como a forma ideal de administração e dispensação.

Para o exercício da farmacotécnica, há que se conhecer outras ciências farma-


cêuticas preliminares, pré-requisitos para seu desenvolvimento: Farmacolo-
gia, Farmacognosia, Química Farmacêutica, Físico-Química, Química Geral
e Orgânica, Fisiologia, Patologia, Parasitologia e Microbiologia. Isso porque
preparar, melhorar as formas farmacêuticas existentes através do estudo dos
componentes das fórmulas e de novos processos de fabricação, conservar,
acondicionar e dispensar medicamentos dosados com exatidão e apresenta-
dos sob uma forma que facilite a sua administração exige tais conhecimentos.

Para executar a mais perfeita farmacotécnica em cada preparação, o farma-


cêutico deve previamente avaliar cada prescrição emitida por prescritor habi-
litado (médicos, médicos veterinários, odontólogos, nutricionistas e farmacêu-
ticos) e envidar esforços no sentido de:
a) utilizar matérias-primas e materiais de embalagem especificados, selecio-
nados, inspecionados, adquiridos e armazenados em condições de qualidade
que atendam às necessidades do processo e do produto manipulado;
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b) avaliar a prescrição quanto à concentração e compatibilidade físico-quí-
mica dos componentes, dose e via de administração, forma farmacêutica e o
grau de risco;
c) assegurar todas as condições necessárias ao cumprimento das normas téc-
nicas de manipulação, conservação, transporte, dispensação e avaliação final
do produto manipulado;
d) supervisionar a manipulação da formulação de acordo com a prescrição e/
ou supervisionar os procedimentos para que seja garantida a qualidade exi-
gida;
e) determinar o prazo de validade para cada produto manipulado;
f) assegurar o cumprimento dos procedimentos relativos às operações de ma-
nipulação, garantindo a correta implementação dos mesmos;
g) assegurar que os rótulos dos produtos manipulados apresentem, de manei-
ra clara e precisa, todas as informações exigidas na legislação vigente;
h) desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos relativos
aos aspectos operacionais da manipulação;
i) guardar as substâncias sujeitas a controle especial e medicamentos que as
contenham, de acordo com a legislação em vigor;
j) prestar assistência e atenção farmacêutica necessárias aos pacientes, objeti-
vando o uso correto dos produtos;
k) supervisionar e promover autoinspeções periódicas.

Essas ações asseguram que as técnicas aplicadas nos procedimentos de for-


mulação estejam corretas e levem a preparações condizentes com o padrão
de qualidade estabelecido pela farmácia e exigido por regulamentação.

Assim como os fármacos podem ser classificados sob vários aspectos (quími-
co, farmacodinâmico, terapêutico etc.), os medicamentos também podem ser
classificados sob vários critérios. Entre os critérios mais populares está a forma
de apresentação, que é uma característica farmacotécnica:
• Líquidos: soluções, suspensões e emulsões.
• Plásticos: formas semissólidas (pomadas, géis, pastas e cremes), supositó-
rios, óvulos e velas.
• Sólidos: pós, granulados, cápsulas, comprimidos, drágeas, pílulas, pastilhas.
• Gasosos: sprays, aerossóis, fumigações.

Ainda sob o ponto de vista farmacotécnico, todo o processo pode ser classifi-
cado em suas sub etapas (procedimentos técnicos), que incluem, entre outras:

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Pesagem: procedimento essencial que visa garantir a correta proporção do
princípio ativo no medicamento. Sem a garantia de uma proporção pré-de-
finida e adequada do fármaco, o medicamento perde seu valor terapêutico.

Trituração: fragmentação mecânica ou automatizada que reduz as dimen-


sões individuais de porções sólidas. O termo pulverização é utilizado quando
a fragmentação resulta em um pó, isto é, partículas de dimensões reduzidas.
A matéria-prima, com fragmentos sólidos acima de uma determinada dimen-
são, deve ser triturada, tamisada e homogeneizada. Modificam o aspecto ex-
terior das drogas, sem, no entanto, alterarem o seu estado físico ou constitui-
ção química.

Tamisação: é a operação destinada a separar, mecanicamente, através das


malhas de um tecido apropriado, partículas sólidas com diferentes tamanhos.
Os tecidos utilizados na tamisação atuam como verdadeira rede, apenas dei-
xando passar aquelas partículas cujo tamanho seja, pelo menos, inferior à
abertura das respectivas malhas e retendo, por outro lado, as de dimensões
maior.

Homogeneização (ou mistura): é uma operação fundamental que consiste


em tornar possível a associação de vários produtos sólidos, pastosos, líquidos
ou gasosos de forma que o resultado seja uma mistura perfeitamente homo-
gênea. É importante homogeneizar partículas de dimensões similares, motivo
pelo qual é necessário moer convenientemente as matérias-primas e até tami-
sá-las antes de realizar a mistura. Já os líquidos preparados na farmácia por
dissolução devem ser filtrados, retendo as impurezas em suspensão ou algu-
ma substância que não foi totalmente dissolvida, utilizando filtros adequados.

Sabendo-se que uma formulação medicamentosa é composta basicamente


por 3 componentes:
1. Princípio ativos (fármacos): responsáveis pela ação farmacodinâmica pro-
priamente dita;
2. Coadjuvantes: atuam na promoção da estabilidade ou biodisponibilidade
e correção de propriedades organolépticas;
3. Veículos: são inertes e tem a função básica de veicular o fármaco, ou seja,
conduzi-lo pela via de administração escolhida em sua,
Deduz-se naturalmente que o estudo farmacotécnico necessariamente con-
templa tais conhecimentos e suas interações.

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CONCEITOS APLICÁVEIS A ESTE COMPÊNDIO

Base galênica: preparação composta de uma ou mais matérias-primas,


com fórmula definida, destinada a ser utilizada como veículo/excipiente de
preparações farmacêuticas.

Boas práticas de manipulação em farmácias (BPMF): conjunto de me-


didas que visam assegurar que os produtos manipulados sejam consistente-
mente manipulados e controlados, com padrões de qualidade apropriados
para o uso pretendido e requerido na prescrição.

Calibração: conjunto de operações que estabelecem, sob condições especi-


ficadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de medição,
sistema ou valores apresentados por um material de medida, comparados
àqueles obtidos com um padrão de referência correspondente.

Contaminação cruzada: contaminação de determinada matéria-prima,


produto intermediário ou produto acabado com outra matéria-prima ou pro-
duto, durante o processo de manipulação.

Controle de qualidade: conjunto de operações (programação, coordena-


ção e execução) com o objetivo de verificar a conformidade das matérias pri-
mas, materiais de embalagem e do produto acabado, com as especificações
estabelecidas.

Controle em processo: verificações realizadas durante a manipulação de


forma a assegurar que o produto esteja em conformidade com as suas espe-
cificações.

Data de validade: data impressa no recipiente ou no rótulo do produto,


informando o tempo durante o qual se espera que o mesmo mantenha as es-
pecificações estabelecidas, desde que estocado nas condições recomendadas.

Denominação Comum Brasileira (DCB): nome do fármaco ou princípio


farmacologicamente ativo aprovado pelo órgão federal responsável pela vigi-
lância sanitária.

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Dose: quantidade de fármaco suficiente (mínima) para produzir efeito tera-
pêutico ideal. A dose usual segura e eficaz é definida por estudos clínicos e
depende de fatores fisiológicos, patológicos e genéticos.

Droga: matéria-prima (ativa ou inativa) de várias origens, que tenha ou não


finalidade medicamentosa ou sanitária

Embalagem primária: Acondicionamento que está em contato direto com


o produto e que pode se constituir em recipiente, envoltório ou qualquer ou-
tra forma de proteção, removível ou não, destinado a envasar ou manter,
cobrir ou empacotar matérias primas, produtos semi elaborados ou produtos
acabados.

Embalagem secundária: a que protege a embalagem primária para o


transporte, armazenamento, distribuição e dispensação.

Especialidade farmacêutica: produto farmacêutico industrializado, classi-


ficado como:
a) Medicamento de referência: medicamento cuja patente expirou, podendo
então ser reformulado.
b) Medicamento genérico: bioequivalente a um medicamento de referência.
c) Medicamento similar: possui o mesmo princípio ativo, forma e dose do
medicamento de referência.

Fármaco: substância ativa, droga, insumo farmacêutico ou matéria-prima


empregada para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estados pato-
lógicos em benefício da pessoa à qual se administra o medicamento.

Forma farmacêutica: estado final de apresentação que os princípios ativos


farmacêuticos possuem após uma ou mais operações farmacêuticas executa-
das com ou sem a adição de excipientes apropriados, a fim de facilitar a sua
utilização e obter o efeito terapêutico desejado, com características apropria-
das a uma determinada via de administração.

Forma farmacêutica básica: preparação que constitui o ponto inicial para


a obtenção das formas farmacêuticas derivadas.

Forma farmacêutica derivada: preparação oriunda da forma farmacêuti-


ca básica ou da própria droga e obtida pelo processo de dinamização.

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Fórmula farmacêutica: É a composição do medicamento, considerando
todas as substâncias ativas ou inativas que são empregadas na produção de
produtos farmacêuticos.

Fracionamento: procedimento que integra a dispensação de medicamentos


na forma fracionada efetuado sob a supervisão e responsabilidade de profis-
sional farmacêutico habilitado, para atender à prescrição ou ao tratamento
correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescrição, caracte-
rizado pela subdivisão de um medicamento em frações individualizadas, a
partir de sua embalagem original, sem rompimento da embalagem primária,
mantendo seus dados de identificação.

Insumo ativo homeopático: droga, fármaco ou forma farmacêutica básica


ou derivada que constitui insumo ativo para o prosseguimento das dinamiza-
ções.

Insumo: Matéria-prima e materiais de embalagem empregados na manipu-


lação e acondicionamento de preparações magistrais e oficinais.

Insumo inerte: substância complementar, de natureza definida, desprovida


de propriedades farmacológicas ou terapêuticas, nas concentrações utilizadas,
e empregada como veículo ou excipiente, na composição do produto final.

Lote magistral: São produtos que resultam de um mesmo processo magis-


tral, realizados nos mesmos equipamentos e que apresentam como principal
característica a homogeneidade, sujeitos ao controle de qualidade por amos-
tragem. O conceito de lote magistral se aplica a bases galênicas, produtos
inscritos no Formulário Nacional, produtos magistrais cuja farmacotécnica di-
ficulte ou mesmo impeça a manipulação de apenas uma prescrição, produtos
estéreis, produtos magistrais manipulados em farmácias hospitalares e produ-
tos magistrais que precisam estar prontos para uso.

Matéria-prima: substância ativa ou inativa com especificação definida, que


se emprega na preparação dos medicamentos e demais produtos.

Matriz: forma farmacêutica derivada, preparada segundo os compêndios


homeopáticos reconhecidos internacionalmente, que constitui estoque para as
preparações homeopáticas.

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Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado,
com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.

Medicamento homeopático: toda preparação farmacêutica preparada se-


gundo os compêndios homeopáticos reconhecidos internacionalmente, obtida
pelo método de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas,
para ser usada segundo a lei dos semelhantes de forma preventiva e/ou tera-
pêutica.

Medicamento: produto farmacêutico tecnicamente obtido ou elaborado, que


contém um ou mais fármacos juntamente com outras substâncias, com a fina-
lidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.

Medicamento magistral: medicamento preparado na farmácia cuja pres-


crição estabelece a composição, a forma farmacêutica e a posologia.

Medicamento oficinal: medicamento preparado na farmácia ou industria-


lizado, cuja fórmula está descrita nos compêndios oficiais (farmacopeias, for-
mulários).

Prazo de validade: período de tempo durante o qual o produto se mantém


dentro dos limites especificados de pureza, qualidade e identidade, na emba-
lagem adotada e estocado nas condições recomendadas no rótulo.

Preparação: procedimento farmacotécnico para obtenção do produto ma-


nipulado, compreendendo a avaliação farmacêutica da prescrição, a mani-
pulação, fracionamento de substâncias ou produtos industrializados, envase,
rotulagem e conservação das preparações.

Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia, a partir de uma


prescrição de profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado,
e que estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia
e modo de usar.

Preparação oficinal: é aquela preparada na farmácia, cuja fórmula esteja


inscrita no Formulário Nacional ou em Formulários Internacionais reconheci-
dos pela Anvisa.

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Procedimento operacional padrão (POP): descrição pormenorizada de
técnicas e operações a serem utilizadas na farmácia, visando proteger e ga-
rantir a preservação da qualidade das preparações manipuladas e a seguran-
ça dos manipuladores.

Processo magistral: Conjunto de operações e procedimentos realizados em


condições de qualidade e rastreabilidade de todo o processo que transforma
insumos em produtos magistrais, para dispensação direta ao usuário ou a seu
responsável, com orientações para seu uso seguro e racional.

Produtos magistrais: Produtos magistrais1 são aqueles obtidos em farmácias


aplicando-se as boas práticas de manipulação (BPM), a partir de: prescrições de
profissionais habilitados ou indicação pelo farmacêutico2 e solicitação
de compra3, dispensados ao usuário ou a seu responsável e que esta-
belece uma relação prescritor-farmacêutico-usuário.
1 - Medicamentos, cosméticos, produtos de higiene, dietéticos e
nutricionais, para diagnostico ou uso em procedimentos médicos,
o dontológicos e outros manipulados pela farmácia, até
a sua dispensação.
2 - Indicação feita pelo farmacêutico, para produtos magistrais sem ne-
cessidade de prescrição médica.
3 - Solicitação de compra (assinada pelo responsável técnico do
estabelecimento solicitante) - feita para produtos magistrais usados em
clínicas, centros cirúrgicos, hospitais, ambulatórios, laboratórios, entre
outros, em conformidade com a legislação pertinente.

Recipiente: embalagem primária destinada ao acondicionamento, de vidro


ou plástico, que atenda aos requisitos estabelecidos em legislação vigente.

Rótulo: identificação impressa ou litografada, bem como os dizeres pintados


ou gravados a fogo, pressão ou decalco, aplicado diretamente sobre a emba-
lagem primária e secundária do produto.

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FORMULAÇÕES

Psoríase
Propionato de clobetasol.....................................................................0,05%
Ureia................................................................................................................20%
Creme não-iônico qsp............................................................................50g
Posologia: a critério do médico prescritor, aplicar pequena quantidade de 1 a
2 vezes ao dia, nas regiões afetadas. Uso tópico.
Indicação: corticoide tópico superpotente associado à ureia para o tratamento
da psoríase.

Liquor Carbonis Detergens (LCD)..............................................................5%


Ácido salicílico........................................................................................2%
Alantoína...............................................................................................0,5%
Viofórmio................................................................................................2%
Irgasan.............................................................................................................0,3%
Xampu qsp.........................................................................................100ml
Posologia: a critério do médico prescritor, aplicar no couro cabelu-
do e friccionar até produzir bastante espuma. Deixar agir por 10 mi-
nutos e enxaguar bem. Aplicar 2 a 3 vezes por semana. Uso tópico.
Indicação: tratamento dos sintomas na psoríase do couro cabeludo.

Artrite reumatoide e lúpus eritematoso


Difosfato de cloroquina......................................................................125mg
Prednisolona......................................................................................2,5mg
Tenoxicam...........................................................................................10mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério médico, 1 cápsula via oral duas vezes ao dia, às refeições.
Indicação: artrite reumatoide, lúpus eritematoso.

Sulfato de hidroxicloroquina .............................................................200mg


Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério médico, 1 cápsula via oral 2 a 3 vezes ao dia; manuten-
ção: 1 a 2 cápsulas via oral ao dia.
Indicação: artrite reumatoide, lúpus eritematoso. Os efeitos adversos são os
mesmos e há risco de retinopatia em doses maiores que 6mg/kg/dia.

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Metilsulfonilmetano (MSM)........................................................................3g
Pó para reconstituição oral* qsp.........................................................1 sachê
Posologia: a critério do médico prescritor, de 3g a 6g ao dia, divididos em 2
tomadas. O conteúdo de 1 sachê pode ser dissolvido em suco de laranja.
Indicação: como suplemento nutricional no tratamento auxiliar da artrite reu-
matoide, osteoartrite e lúpus eritematoso.

Vitiligo
Methoxsalen...........................................................................10mg a 20mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério médico, de 10 a 20mg de methoxsalen 2 horas antes da
exposição à luz ultravioleta A (320-400nm). As exposições devem ser progres-
sivas, começando nos primeiros dias com 1 a 2 minutos (1 a 2 joules/cm2) até
o máximo de 30 minutos (15 a 20 joules/cm2), ao final de 14 dias (duração
do tratamento). No caso de não se dispor de fontes artificiais de ultravioleta
A, poderá ser usada a luz solar, desde que sejam observadas as exposições
progressivas e que se proteja a pele com fotoprotetor (UV-A + UV-B) logo após
a exposição.
Indicação: psoríase, vitiligo. Não deve ser administrado em crianças com me-
nos de 12 anos e pacientes com doenças fotossensitivas, como as porfirias e o
lúpus eritematoso. Não se devem administrar outras drogas fotossensibilizan-
tes concomitantemente.

Fenilalanina...........................................................................................10%
Cold Cream qsp......................................................................................50g
Posologia: a critério do médico prescritor, aplicar nas manchas antes da expo-
sição solar ou à radiação UV-A.
Indicação: vitiligo. A fenilalanina é um aminoácido essencial natural e precur-
sor da tirosina, que participa da síntese de melanina.

Alopecia areata
Minoxidil sulfato......................................................................................5%
Propilenoglicol.........................................................................................q.s
Plantarem 2000®(INCI)...........................................................................6%
Glicerol (glicerina)....................................................................................2%
PCA-Na ® (INCI).....................................................................................1%
Fenoxietanol............................................................................................1%
Água destilada qsp.............................................................................100ml
Envasar em frasco pump spray.
Posologia: a critério do profissional habilitado, aplicar no couro cabeludocom
massagem suave, 1 a 2 vezes ao dia. Somente usotópico.
Indicação: espuma para fortalecimento capilar. Alopecia areata.

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Minoxidil base.........................................................................................2%
Ácido retinoico*..................................................................................0,02%
Propilenoglicol.......................................................................................10%
Loção hidroalcoólica qsp.....................................................................100ml
Envasar em frasco gotejador.
*Controlado pela Portaria SVS/MS nº 344/98.
Posologia: a critério do profissional habilitado, aplicar no couro cabeludo algu-
mas gotas com massagem suave, de 2 a 3 vezes ao dia. Somente uso tópico.
Indicação: alopecia areata e seborreica.

ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS

Alergia alimentar
Alergia alimentar e intolerância alimentar são transtornos diferentes. A aler-
gia alimentar é uma resposta do sistema imunológico a uma determinada
proteína contida no alimento. Já a intolerância alimentar é caracterizada pela
incapacidade do organismo de digerir determinados alimentos ou aditivos ali-
mentares devido à falta de alguma enzima.

Os sintomas de uma alergia alimentar geralmente aparecem imediatamente


ou em até duas horas depois de comer. Os principais sintomas são manchas
na pele, urticária, rouquidão, tosse, respiração difícil ou ruidosa, irritação na-
sal ou ocular, asma ou inchaço da laringe, dor abdominal, diarreia, dificulda-
de para deglutir, náuseas e vômitos, além de inchaços de lábios e língua. Pode
ser provocada por frutos do mar, amendoim, proteínas do leite de vaca e do
ovo, entre outros.

Já na intolerância alimentar, a substância não digerida pode provocar sinto-


mas como dor abdominal, gases, diarreia ou prisão de ventre, enjoo e vômito.
Os sintomas se concentram mais no trato gastrointestinal e, quanto maior a
quantidade do alimento ingerido, mais sintomas ocorrem. Podem ser provoca-
dos por leite de vaca (lactose), frutose ou glúten (doença celíaca).

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Restrições de uso em pacientes especiais

Alergia ou intolerância Restrição

Não usar excipiente ou veículo que contenha lactase, lactose,


proteínas do leite [caseína, whey (beta lactoglobulina e alfa
Alérgicos às proteínas do leite da vaca. lactoalbumina)]. Substituição por fórmulas extensivamente
hidrolisadas e isentas de caseína ou whey (eHF) e fórmulas
hidrolisadas baseadas na proteína do arroz.

Não usar excipiente ou veículo que contenha proteínas do ovo


Alérgicos às proteínas do ovo (ovumicina,
(ovumicina, ovalbumina, ovotransferina, lisozima, albumina e
ovalbumina, ovotransferina, lisozima, albumina e
ovomucoide). Substituição por proteína isolada da carne,
ovomucoide).
proteínas da soja e caseína.

Não usar excipiente ou veículo que contenha glúten (proteína


presente em cereais, como trigo, aveia, centeio cevada, malte e
derivados). Podem ser empregados o amido e seus derivados
Intolerantes ao glúten (doença celíaca).
(amido glicolato de sódio e amido pré-gelatinizado), quando
obtidos do milho,. Outras fontes aceitáveis são batata,
mandioca, feijão, soja e arroz.

Intolerância à lactose Não usar excipientes que contenham lactose.

Intolerância à frutose, diabéticos e intolerantes à Não usar excipiente ou veículo que contenha sacarose, inulina,
glicose. frutose ou sorbitol.

Fenilcetonúricos. Não usar excipiente ou veículo que contenha aspartame.

MANIPULAÇÃO DE FÁRMACOS POTENTES E PERIGOSOS

Drogas perigosas são as substâncias farmacêuticas que apresentam riscos de


genotoxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade ou perda de fertilidade
em humanos e animais. Já o termo potente refere-se aos fármacos que apre-
sentam risco em doses muito baixa. A exemplo temos os antineoplásicos como
metotrexato e citrato de tamoxifeno; os hormônios esteroides como estradiol,
estriol, progesterona e testosterona; e os imunossupressores como azatioprina.

Para o controle e prevenção da exposição ocupacional a esses fárma-


cos, devem ser respeitados aspectos mencionados nas legislações, que
exigem áreas de contenção segregadas equipadas com sistema de
exaustão e ventilação independentes apropriadas para manipulação de an-
tibióticos, hormônios e citotóxicos; uso de equipamentos de proteção indi-
vidual e coletivos e implantação do Programa de Prevenção de Riscos Am-
bientais (PPRA) e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO).
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A disponibilidade e o treinamento do uso correto de equipamentos de prote-
ção individual e coletivos devem ser periódicos. A técnica correta de manipu-
lação, de descarte e de limpeza, inclusive nos casos de derramamento devem
ser criteriosas e seguir o procedimento operacional. É imprescindível a identifi-
cação e conhecimento sobre os dados de segurança sobre os fármacos poten-
tes e ou perigosos. Para isso vale o uso das informações da FISPQ, uma ficha
de segurança do produto químico que acompanha o laudo do fornecedor.

Classificação dos compostos químicos potencialmente perigosos


segundo a Farmacopeia Americana:

Classificação Situação

Quando avaliado e listado como tal pela International Agency


for Research on Cancer , pela Annual Report on Carcinogens ,
Carcinogênico
publicado pela National Toxicology Program ou relacionado como
carcinogênico pela OSHA.

Substâncias que causam destruição visível ou alterações


Corrosivo
irreversíveis no tecido vivo por ação química no sítio de contato.

Substâncias com DL50 menor ou igual a 50mg/kg via oral;


Altamente tóxico DL50 menor ou igual a 200mg/Kg em contato contínuo na
pele), CL50 menor ou igual 200 ppm/h na inalação.

Agente químico não corrosivo, mas que causa efeito


Irritante inflamatório reversível no tecido vivo por ação química no sítio
de contato.

Substância química que causa reações alérgicas em uma


Sensibilizante proporção substancial de indivíduos após repetidas exposições
(ex: antibióticos).

Substância química com DL50=50-500mg/Kg via oral;


Tóxico DL50=200-100mg/Kg no contato contínuo; CL50=200-
2000ppm/h em inalação.

Estão incluídas hepatoxinas (nitrosaminas, tetracloreto de


carbono), nefrotoxina (hidrocarbonetos halogenados),
neurotoxina (mercúrio, dissulfeto de carbono), agentes que
Efeitos em órgãos específicos causam danos aos pulmões (sílica, asbestos), toxinas
reprodutivas (chumbo), agentes perigosos à pele (cetonas,
compostos clorados) e agentes que oferecem riscos aos olhos
(solventes orgânicos, ácidos).

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FORMULAÇÕES
Antivaricosos e antitrombóticos
Diosmina..........................................................................................450mg
Hesperidina........................................................................................50mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, tomar 1 cápsula via oral 2 ve-
zes ao dia, às refeições. Uso adulto.
Indicações: insuficiência venosa crônica, síndrome pré-varicosa (pernas pesa-
das, edema, telangiectasias, varizes, hemorroidas, flebites e úlceras pós-flebí-
ticas. Não é recomendado para gestantes e lactantes.

Benzopirona (cumarina)...........................................................................4%
Heparina....................................................................................10.000UI%
Ácido glicirrhízico.....................................................................................1%
Creme excipiente qsp..........................................................................100ml
Posologia: a critério do profissional habilitado, aplicar 2 vezes ao dia durante
2 a 3 dias antes da escleroterapia. Uso tópico e adulto.
Indicações: preparação para escleroterapia, para reduzir a formação de trom-
bos e seus efeitos.

Anti-hipertensivos
Maleato de enalapril................................................................10mg a 20mg
Hidroclorotiazida..................................................................12,5mg a 25mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, tomar 1 cápsula via oral pela
manhã. Uso adulto.
Indicações: anti-hipertensivo. O maleato de enalapril é um inibidor da ECA.
O inibidor da ECA tem baixo índice de efeitos adversos, sendo a tosse seca
noturna a ocorrência mais comum. Têm contraindicação formal em gestantes,
podendo acarretar insuficiência renal severa em neonatos.

Anlodipina besilato...................................................................5mg a 10mg


Valsartan.............................................................................160mg a 320mg
Hidroclorotiazida..................................................................12,5mg a 25mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, tomar 1 cápsula via oral pela
manhã. Uso adulto.
Indicações: anti-hipertensivo. O valsartan é um antagonista dos receptores de
angiotensina II e o besilato de anlodipina é um antagonista de canal de cálcio.

22
Diuréticos
Furosemida...............................................................................2mg a 10mg
Solução oral tamponada qsp...................................................................1ml
Mande em frasco com_____ml
Posologia: a critério do profissional habilitado, em crianças de 1mg a 6mg/Kg
ao dia em doses divididas, a cada 6 a 12 horas.
Indicações: diurético. A furosemida age na alça de Henle produzindo diurese
intensa e rápida contração de volume sanguíneo. Não é opção no tratamento
HAS a não ser em crises hipertensivas. Nos casos de edema severo, a dose
deve ser calculada considerando o volume intravascular, para evitar o risco de
perfusão renal inadequada. Não deve ser utilizada em tratamentos prolonga-
dos pelo risco de desequilíbrio hidroeletrolítico; neste caso, pode ser utilizada
em doses menores e associada a um tiazídico (efeito sinérgico).

Hipocolesterolêmicos
Lovastatina..............................................................................10mg a 20m
Coenzima Q10......................................................................50mg a 100mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, tomar 1 cápsula via oral ao
dia, após o jantar. Uso adulto.
Indicações: hipocolesterolêmicos. O uso é indicado para redução dos níveis
elevados de colesterol e triglicerídeos. Deve ser administrado à noite, devido à
maior produção do colesterol. Aabsorção é facilitada com ingestão de alimen-
tos. O uso é contraindicado na gravidez por prejudicar a síntese de colesterol
fetal, na lactação e em doenças hepáticas ativas. A associação com coenzima
Q-10 visa minimizar os efeitos adversos hepáticos da lovastatina, a qual pro-
move uma redução dos níveis endógenos dessa coenzima.

Ezetimiba..............................................................................................5mg
Atorvastatina.........................................................................................5mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, tomar 1 cápsula via oral ao
dia. Uso adulto.
Indicações: hipocolesterolêmicos.
Bezafibrato.......................................................................................200mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, tomar 1 cápsula via oral 2 a 3
vezes ao dia, após as refeições.

23
Indicações: hipocolesterolêmicos. Fibrato que aumenta a atividade das enzi-
mas envolvidas no catabolismo de lipoproteínas ricas em triglicérides e eleva o
HDL-colesterol, prevenindo a aterosclerose e suas consequências. Tem indica-
ção em pacientes que apresentem hipertrigliceridemia isolada ou combinada
com o aumento do VLDL-colesterol. Associações com vastatinas devem ser
evitadas pelo risco de rabdomiólise. Contraindicados em distúrbios hepáticos,
na insuficiência renal severa, na gravidez e na lactação.

Vasodilatadores cerebrais
Flunarizina dicloridrato........................................................................10mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, em distúrbios da circulação
cerebral edistúrbios do equilíbrio:10mg ao deitar; pacientes com mais de 65
anos: 5mg ao deitar. Uso adulto.
Indicações: Vasodilatador cerebral. Anti-histamínico que apresenta a proprie-
dade de bloqueio seletivo de canais de cálcio. Age na musculatura das arterí-
olas e nas células sensoriais do ouvido interno. Tem indicação nas labirintopa-
tias e na prevenção da cinetose. Pode causar sonolência, náuseas, depressão
e, em doses elevadas, fenômenos extrapiramidais. Deve ser evitada em pa-
cientes idosos e é contraindicada nas porfirias.

Ginkgo biloba extrato seco 24%...........................................................40mg


Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, de 80mg a 240mg ao dia,
divididos em 2 a 3 tomadas.
Indicações: Vasodilatador cerebral e periférico. O extrato de Ginkgo biloba
apresenta propriedades de vasodilatação cerebral, ação antiplaquetária. Está
indicado no tratamento de distúrbios cognitivos, sequelas de acidentes vascu-
lares cerebrais, alterações vasculares periféricas e distúrbios neurossensoriais
de causa vascular em oftalmologia ou otorrinolaringologia.

24
ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS

Furosemida solução oral:importância do pH e pKa para estabilidade


O pH impróprio em preparações orais líquidas podem ocasionar perdas signi-
ficativas de teor e atividade terapêutica, podendo ocorrer reações de hidrólise
e oxidação. É necessário o ajuste do pH final em preparações orais líquidas,
abaixando ou elevando a valores desejáveis,apropriados para solubilizar de-
terminado fármaco e para garantir a estabilidade, absorção e eficácia. Para
isso é necessário ter conhecimento sobre o pH ideal de estabilidade de cada
fármaco, assim como o valor de pKa.

Quando houver necessidade de manter o pH de uma formulação em valores


inalteráveis durante o período de armazenamento, é necessário o uso de um
sistema tampão. Tampões são soluções aquosas geralmente constituídas por
um ácido fraco e um sal desse ácido, ou por uma base fraca e um sal dessa
base.

Por exemplo: a furosemida, possui maior estabilidade entre pH 8,0 e 9,5.


Ou seja, se mantivermos opH final entre 8,0 e 9,5, na preparação oral tere-
mos a solubilidade do fármaco e consecutivamente também sua estabilidade.
Lembre-se que é importante ter conhecimento do valor do pKa do fármaco.
O valor do pKa da furosemida é 3,9, e é por isso que é preciso um pH final
da formulação mais básico (8,0 a 9,5) para garantir a estabilidade e evitar a
precipitação.
Furosemida: caráter ácido, pKa= 3,9

Em uma preparação oral líquida ácida, temos:


pH 4,0 (exemplo): pH – pKa =4,0 -3,9 = 0,1 (pouco solúvel)
Em uma preparação oral líquida básica, temos:
pH 8,5 (exemplo): pH –pKa = 8,5 -3,9 = 4,6 (solúvel).
Nesses casos o ideal é fazer uma preparação oral contendo um sistema tam-
pão. No caso da furosemida, o ideal e fazer uso do tampão fosfato.

Por exemplo: solução oral furosemida 2mg/ml.


Furosemida....................................................................................2mg/ml
Tampão fosfato pH 8,0.........................................................................70ml
Veículo apropriado para uso pediátrico qsp.........................................100ml

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Modo de preparo do tampão fosfato pH 8

Solução A (fosfato monopotássico 1/15M):


Fosfato monopotássico anidro (KH2PO4)..............................................4,54g
Água purificada qsp............................................................................500ml

Solução B (fosfato dissódico 1/15M):


Fosfato dissódico monoidratado (Na2HPO4.H2O)................................5,94g
Água purificada qsp...........................................................................500ml

Tampão fosfato pH 8:
Solução A (fosfato monopotássico 1/15M)............................................3,7ml
Solução B (fosfato dissódico 1/15M)....................................................96,3ml

Padronização de excipientes

O Sistema de Garantia da Qualidade para a manipulação de fórmulas deve


assegurar que a padronização dos excipientes das formulações seja emba-
sada em critérios técnico-científicos. Uma sugestão para a padronização de
excipientes é por meio da classificação biofarmacêutica – sistema elaborado
em 1995 por Amidon e colaboradores com o objetivo de classificar os fár-
macos destinados à administração por via oral baseado nas propriedades de
solubilidade em meio aquoso e permeabilidade intestinal. Com base nessas
características, os fármacos foram divididos em quatro classes:
• Classe I (alta solubilidade/alta permeabilidade)
• Classe II (baixa solubilidade/alta permeabilidade)
• Classe III (alta solubilidade/baixa permeabilidade)
• Classe IV (baixa solubilidade/baixa permeabilidade)
O SCB relaciona a solubilidade e a permeabilidade através das membranas
biológicas à biodisponibilidade do fármaco. Fármacos cardiovasculares como
cloridrato de amilorida, atenolol, captopril e losartan potássio pertencem à
Classe III; já a amiodarona pertence a Classe II e o maleato de enalapril, à
Classe I.

Na escolha do excipiente mais apropriado para cápsulas, avalie:


• Estabilidade entre o fármaco e a preparação (higroscopia, suscetibili-
dade a degradação físico-químico). Verifique se o ativo é higroscópico e
ou se é suscetível à degradação físico-química.

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• Necessidade de formação de matriz coloidal (ação mais prolongada)
ou de revestimento entérico (gastrorresistência).

• Classificação biofarmacêutica do fármaco. Escolha o excipiente mais


adequado (http://www.ddfint.org/bcs-database/).
• Após a escolha do excipiente mais apropriado, verifique se os
componentes do excipiente não apresentam incompatibilidades com o
fármaco.
• Se o excipiente proporciona adequado deslizamento e fluxo da mistura
de pós.
• Os insumos classificados como I e III são solúveis e requerem um
excipiente mais simples, não havendo a necessidade de agentes molhantes.
Geralmente esses excipientes são compostos de: agentes deslizantes,
lubrificantes e diluentes.
• Os insumos classificados como II e IV são de baixa solubilidade e
requerem um excipiente mais elaborado, compostos por agentes
molhantes, desintegrantes, deslizantes e diluentes.
• Os diluentes mais usados são compostos a partir de celulose, amido,
amido pré-gelatinizado, lactose e em menor uso manitol. Já os
diluentes, caulim, fosfato de cálcio dibásico e tribásico, são usados
para insumos mais higroscópicos.
• Alguns fármacos são oxidáveis e requerem a incorporação de um
agente estabilizante, a exemplo, temos estatinas que degradam
facilmente.
• O excipiente escolhido vai depender das características do fármaco.
Se a formulação for uma associação de fármacos com características
diferentes, deverá ser escolhido o excipiente que atenda ao insumo
mais crítico.

27
28
FORMULAÇÕES

Afecções orofaríngeas
Acetonido de triancinolona....................................................................0,1%
Cloridrato de lidocaína............................................................................1%
Pomada mucoadesiva qsp.......................................................................10g
Posologia: acritério do profissional habilitado, de 1 ao 2 vezes ao dia, aplicar
uma pequena quantidade topicamente sobre a lesão sem esfregar até que ser
forme película fina. Uso externo e adulto.
Indicação: tratamento auxiliar e para alívio temporário de sintomas associa-
dos a lesões inflamatórias orais e lesões ulcerativas resultantes de traumas.
Pomada mucoadesiva anestésica e anti-inflamatória.

Hemorroidas e fissuras
Bálsamo do Peru (Myroxylon pereirae).......................................................3%
Óxido de zinco.......................................................................................12%
Subgalato de bismuto...............................................................................3%
Base para supositório qsp..........................................................1 supositório
Posologia: a critério médico, aplicar 1 supositório via retal pela manhã e à
noite, após evacuação. Continuar as aplicações até uma semana após o de-
saparecimento dos sintomas. Uso retal.
Indicações: hemorroidas.

Acetato de clostebol*.............................................................................0,5%
Óxido de zinco.......................................................................................10%
Clotrimazol..............................................................................................1%
Lidocaína base.....................................................................................2,5%
Sulfato de neomicina.................................................................300.000UI%
Creme ou pomada ano-retal qsp.............................................................30g
*Encontra-se na lista de substâncias proibidas pelo Comitê Mundial Antido-
ping (Decreto nº 6.653, de 18 de novembro de 2008).
Posologia: a critério médico, aplicar no local 2 vezes ao dia após prévia lim-
peza da região anal. Uso retal e externo.
Indicações: para fissura anal, com ação anestésica, antifúngica, antibacteria-
na, secativa e cicatrizante.

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Antieméticos
Ondansetrona cloridrato diidratado*......................................................8mg
Água purificada.....................................................................................20%
Gel transdérmico PLO qsp.......................................................................1ml
Mande seringas calibradas com 10ml ou em sachês monodose ou em frasco
dosador calibrado (1 ml).
*Ondansetrona: usado na forma de cloridrato di-hidratado, em doses equiva-
lentes à base (Feq=1,25).
Posologia: a critério médico, aplicar 1ml por via tópica três vezes ao dia, nos
pulsos e atrás das orelhas.
Indicações: náuseas e vômitos após quimioterapia.

Infecções intestinais
Sulfassalazina.....................................................................250mg a 500mg
Sílica gel micronizada..........................................................................20mg
Base graxa qsp................................................1 supositório (tamanho adulto)
Posologia: a critério do profissional habilitado, 1 supositório via retal 1 vez
ao dia, com período de tratamento estipulado pelo médico prescritor. Adultos:
0,5g a 1g ao se deitar e pela manhã, isoladamente ou como coadjuvante ao
tratamento oral. O tratamento com sulfassalazina deve ser iniciado com as
menores doses para diminuir a incidência de efeitos colaterais.
Indicações: anti-inflamatório intestinal indicado para tratamento de retocoli-
te ulcerativa inespecífica, colite, ulcerativa média ou moderada e doença de
Crohn. Não deve ser utilizado em pacientes com insuficiência renal ou hepáti-
ca grave ou hipersensibilidade aos salicilatos.

Antiulcerosos
Omeprazol pellets...............................................................................20mg
Suspensão oral tamponada qsp...............................................................5ml
Posologia: a critério do profissional habilitado, 20mg antes do café da manhã.
Em casos refratários, 40mg 1 vez ao dia por 4 semanas para úlcera duodenal
e 8 semanas para úlcera gástrica e esofagite de refluxo.
Indicações: inibidor da bomba de prótons.

Famotidina.........................................................................................20mg
Domperidona.....................................................................................10mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, tomar 1 cápsula via oral, 2 vezes
ao dia.
Indicações: úlcera gástrica e duodenal, refluxo gastroesofágico, síndrome de
Zollinger-Ellison.
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Maythenus ilicifolia (espinheira santa), extrato seco.............................400mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério médico, de 1 a 2 cápsulas via oral ao dia. Uso adulto.
Indicação: fitoterápico suplementar e coadjuvante antiulceroso. Tem ação an-
tiulcerosa, cicatrizante, antiflatulenta, levemente diurética e laxativa suave. É
utilizada como normalizadora das funções gastrointestinais em casos de gas-
tralgias, dispepsias, atonia intestinal e, especialmente, como protetor contra a
úlcera gástrica.

Constipação
Plantago psyllium.....................................................................................2g
Pectina..............................................................................................100mg
Excipiente para reconstituição* oral qsp.............................................1 sachê
*Goma guar 200mg, dióxido de silício coloidal 200mg, sacarina 0,1g, manitol
ou lactose 500mg.
Posologia: a critério do profissional habilitado, uso adulto, misturar em água
ou suco o conteúdo de 1 sachê e tomar via oral duas vezes ao dia.
Indicações: constipação crônica, hemorroidas, colites e diverticulites. Quando
misturado a líquidos, deve ser ingerido imediatamente, pois o aumento de
volume de mucilagem dever ocorrer no intestino.

ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS

Formas farmacêuticas bucais usadas em afecções orofaríngeas


A região bucal é um alvo atrativo para administração de fármacos, podendo
ocorrer tanto pela via sublingual (região abaixo da língua) quanto pela via
bucal (região lateral da cavidade oral). A via sublingual é mais permeável que
a via bucal e é indicada mais para fármacos com ação sistêmica. Já a região
bucal é ideal para administração de sistemas controlados, com efeito local,
apresentando particular aplicação no tratamento de odontalgias, doenças pe-
riodontais e infecções bacterianas nessa região.

O ideal é que a forma farmacêutica para aplicação bucal tenha um efeito mu-
coadesivo. A mucoadesão pode prolongar o tempo de residência de vários
fármacos na mucosa bucal, além de revestir e proteger tecidos lesados. Uma
pomada ou um gel bucal pode ser constituído de uma mistura de partes iguais
de pectina, gelatina e carboximetilcelulose dispersas em um gel hidrofóbico
gel de petrolato e polietileno.

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Além dos géis e pomadas com propriedades mucoadesivas para uso bucal,
temos o uso de pastilhas e filmes bucais em afecções orofaríngeas. O filme bu-
cal promove uma liberação local e mucoadesiva sem que haja a necessidade
de mastigação. É constituído de um polímero hidrossolúvel que, em contato
com a saliva, se hidrata, aderindo e dissolvendo-se na cavidade bucal. As
pastilhas também são destinadas à dissolução lenta na cavidade bucal, pois
aumentam o tempo de contato do fármaco com a mucosa, promovendo um
efeito mais local do fármaco.

Nas afecções orafaríngeas é normal também o emprego de soluções, enxa-


guatórios e colutórios para uso bucal, podendo ser aplicados localmente ou
usados na forma de bochechos e gargarejos sem ingestão. Normalmente vei-
culam antissépticos para aftas e estomatites, além de corticoides e antibióticos
para úlceras bucais.

Pastilha base edulcorada com PEG 1500:


PEG 1500........................................................................................95,44%
Sacarina sódica..................................................................................0,06%
Sucralose..............................................................................................0,1%
Flavorizante..........................................................................................1,0%
Ácido cítrico..................................................................................0,5 a 1,0%
Solução alcoólica de corante.....................................................................q.s
Goma arábica......................................................................................1,5%
Sílica gel (Aerossil)...................................................................................1%

Gel adesivo oral I:


Sorbitol 70%..........................................................................................55%
Glicerina................................................................................................15%
Cloreto de sódio......................................................................................1%
CMC-Na...........................................................................................1 a 2%
Ácido ascórbico..................................................................................0,05%
Metilparabeno....................................................................................0,15%
Água destilada qsp..............................................................................100%

Manipulação de supositórios
Em gastroenterologia, agentes emolientes, adstringentes, anti-inflamatórios,
antibacterianos, anestésicos locais, analgésicos, antiespasmódicos e an-
tieméticos têm sido normalmente dispensados na forma de supositórios para

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tratamento local em afecções no reto ou para tratamento sistêmico. Para libe-
rar o fármaco de modo que ele tenha ação sistêmica ou para torná-lo dispo-
nível para exercer efeito local, a base para supositório deve fundir-se, amo-
lecer ou dissolver-se nos orifícios corporais. Das duas bases de supositórios
mais comuns, a base de polietilenoglicol (PEG) se dissolve, enquanto as bases
lipofílicas, como a manteiga de cacau e seus substitutos sintéticos, fundem-se
à temperatura corporal.

A seleção da base para supositório depende do efeito desejado: sistêmico ou


localizado. Também, deve ser estável, não irritante, quimicamente e fisiologi-
camente inerte, compatível com uma variedade de fármacos, estável durante
o armazenamento e esteticamente aceitável. As bases lipofílicas normalmente
são mais suaves e não irritam os tecidos sensíveis do reto, enquanto as bases
de PEG podem produzir uma sensação de ardência ou causar refluxo de defe-
cação. Esses efeitos podem ser reduzidos ao acrescentar 10% de água na base
de PEG e umedecer o supositório antes da inserção.

Um dos problemas de compatibilidade das bases lipofílicas é a redução do


seu ponto de fusão com a adição de fármacos ou outros componentes que for-
mam misturas eutéticas com pontos de fusão menores. Bases com pontos de
fusão mais alto podem ser usadas para incorporar fármacos que geralmente
abaixam o ponto de fusão da base. Bases lipofílicas exibem também inade-
quadas características de liberação de fármacos hidrofóbicos. Do ponto de
vista da biodisponibilidade, quando possível, formas ionizadas (sais) hidrosso-
lúveis de fármacos (que possuem coeficiente de partição água/base elevados)
devem ser usadas com bases graxas. Algumas bases de ácidos graxos disponí-
veis no mercado já contêm surfactantes e agentes emulsificantes que superam,
em parte, o problema de baixa biodisponibilidade de fármacos hidrofóbicos.

Os supositórios retais possuem em torno de 3cm de comprimento, podem ter


o formato cilíndrico ou cônico e pesam de 2g a 3g para uso adulto e de 1g
a 1,5g para uso infantil. Existe também um supositório com formato especial
utilizado para o tratamento de hemorroidas chamado Rectal Rocket. Sua for-
ma de foguete possibilita o contato permanente com a hemorroida, inclusive a
hemorroida externa, diferentemente do outro modelo de supositório em que a
liberação do ativo acontece somente no lúmen retal. Na farmácia magistrala
preparação acontece com auxílio de moldes, incluindo a fusão da base, incor-
poração do ativo, colocação no molde e resfriamento.

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A calibração do molde é feita com a base sem o ativo, calcula-se o peso médio
e utiliza-se esse peso como referência para os próximos. Atentar para o fato
de que cada tipo de base terá um peso diferente, portanto a calibração deverá
ocorrer em todas as bases utilizadas na farmácia.

Para calcular a quantidade de excipiente que será utilizada, existem vários mé-
todos, porém o mais comum na farmácia magistral se baseia no fator de des-
locamento, de modo que a densidade é levada em consideração. Um fármaco
com baixa densidade desloca uma quantidade maior de base. Os fatores de
deslocamento são encontrados em literaturas especializadas e foram basea-
dos na densidade da manteiga de cacau. Como as outras bases possuem den-
sidade parecida, os fatores tabelados podem ser aplicados em qualquer base

Cálculos: pancreatina
A pancreatina é uma substância que contém enzimas, principalmente amilase,
lipase e protease, obtidas a partir do pâncreas do suíno Sus scrofa Linné var.
Domesticus Gray (Fam. Suidae) ou do boi Bos taurus Linné (Fam. Bovidae). A
pancreatina contém, em cada miligrama, não menos do que 25 unidades USP
de atividade de amilase, não menos que 2 unidades USP de atividade de lipase
e não menos do que 25 unidades USP de atividade de protease. A pancreatina
de maior poder digestivo pode ser rotulada como um número inteiro múltiplo
das três atividades mínimas ou pode ser diluída por mistura com lactose ou
com sacarose contendo não mais que 3,25% de amido ou com pancreatina de
menor poder digestivo (Farmacopeia Americana 39).

Cada Farmacopeia traz um limite (especificação) de atividade enzimática


com diferentes unidades para a expressão da mesma:

Especificação Amilase Lipase Protease


Não menos que 25 unidades Não menos que 2 unidades Não menos que 25 unidades
Pancreatina USP
USP/mg USP/mg USP/mg
Não menos que 12 unidades Não menos que 15 unidades Não menos que 1 unidade
Pancreatina Eu. Ph.
Eur.Ph/mg Eur.Ph/mg Eur.Ph/mg
Não menos que 24 unidades Não menos que 20 unidades Não menos que 1,4
Pancreatina BP
FIP/mg FIP/mg unidades FIP/mg

Somente a USP traz que a atividade digestiva pode ser aumentada por
meio de um número inteiro múltiplo das três atividades mínimas.
Atividade Digestiva
Pancreatina USP 1X Pancreatina USP 3X Pancreatina USP 4X
Mínima
Amilase 25 unidades USP/mg 75 unidades USP/mg 100 unidades USP/mg

Lipase 2 unidades USP/mg 6 unidades USP/mg 8 unidades USP/mg

Protease 25 unidades USP/mg 75 unidades USP/mg 100 unidades USP/mg


34
Alguns fornecedores trabalham com atividade USP aumentada:

Atividade Digestiva
Pancreatina USP 1X Pancreatina USP 3X Pancreatina USP 4X
Mínima
Amilase 25 unidades USP/mg 75 unidades USP/mg 100 unidades USP/mg

Lipase 2 unidades USP/mg 6 unidades USP/mg 8 unidades USP/mg

Protease 25 unidades USP/mg 75 unidades USP/mg 100 unidades USP/mg

Durante a avaliação da prescrição, o certificado de análise do fornecedor ou


fabricante e a prescrição médica devem ser analisados, sendo que a dose
prescrita de pancreatina está relacionada às potências de cada enzima. Ou
seja, na hora da compra é importante especificar qual tipo de atividade pan-
creática se deseja (1X, 2X, 3X...), de acordo com as prescrições.

Vamos supor que seja adquiridaa pancreatina 1xUSP e que se tenha uma
prescrição de pancreatina 26.000 U.USP. Sendo assim,amilase: não menos
que 25 U.USP/mg; lipase: não menos que 2 U.USP/mg;protease: não menos
que 25 U.USP/mg.
Atividade digestiva total do lote de pancreatina disponível: 25 U.USP/mg + 2
U.USP/mg + 25 U.USP/mg= 52 U.USP/mg totais na pancreatina.

52 U.USP/mg = 52.000 U.USP/g


52.000 U.USP-------------------------1000mg (1g)
26.000 U.USP (prescrição)-----------------x (mg)
X= 500mg (quantidade de pancreatina a ser pesada por cápsula de acordo
com a prescrição).

35
36
FORMULAÇÕES
Dermatite atópica
Aveia coloidal........................................................................................10g
Sache 10 unidades
Posologia: a critério do profissional habilitado, adicionar o conteúdo de 1 en-
velope na água do banho do bebê. Na fase aguda, utilizar diariamente. Na
manutenção, utilizar de 2 a 3 vezes na semana.
Indicação: dermatite atópica em crianças e bebês.

Cloridrato de papaverina.........................................................................1%
Creme qsp.............................................................................................50g
Posologia: a critério médico,aplicar nas lesões 1 a 2 vezes ao dia. Uso tópico
e adulto.
Indicação: tratamento sintomático da dermatite atópica.

Cromoglicato de sódio........................................................................0,21%
Creme base emoliente qsp....................................................................100g
Posologia: a critério médico, aplicar pequena quantidade do creme nas regi-
ões da pele afetadas pela dermatite atópica, de 1 a 2 vezes por dia por pelo
menos 1 mês. Uso tópico e adulto.
Indicação: estabilizador de mastócitos em casos de dermatite atópica.

Hiperidrose e bromidrose
Sequicloridróxido de alumínio 50% (Reach 301).................................8 a 20%
Zemea (propanediol)...............................................................................2%
Cosmacol ELI (Alquil lactato C12-C13).................................................1 a 2%
Dry flo purê (Octenil succinato de alumínio)..............................................2%
Creme não iônico qsp.............................................................................60g
Posologia: a critério do profissional habilitado, aplicar nas axilas preferencial-
mente após higienização diária, manhã e noite.
Indicação: creme antitranspirante sem resíduos brancos, para hiperidrose axilar/
plantar.

Hexatrate..............................................................................................13%
Sensiline (extrato hidrolisadode semente linhaça)......................................5%
Roll on gel fluido oil free/emulsão oil free qsp.........................................60ml
Posologia: a critério do profissional habilitado, aplicar nas regiões de suor
intenso diariamente, de 1 a 2 vezes ao dia.
Indicação: hiperidrose axilar e bromidrose.

37
Alopecia, suplementação antiquedas
Cisteina............................................................................................100mg
Cloridrato de piridoxina.....................................................................100mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, tomar 1 cápsula via oral 2 ve-
zes ao dia antes das refeições. Uso adulto.
Indicação: suplemento nutricional para a prevenção da queda dos cabelos.

Biosulfur fluid...........................................................................................1%
Psodermax...............................................................................................3%
Follicusan.................................................................................................3%
Veículo capilar hidro alcoólico 30% qsp.................................................60ml
Posologia: a critério do profissional habilitado, aplicar nas regiões afetadas
do couro cabeludo. Uso tópico e adulto.
Indicação: alopecia seborreica crônica e inflamatória.

Acne e rosácea
Peróxido de benzoíla.....................................................................2,5% a 5%
Fosfato de clindamicina*.......................................................................1,2%
Gel não iônico qsp.................................................................................30g
Antimicrobiano controlado pela Anvisa.
Posologia: a critério do profissional habilitado, aplicar à noite nas regiões afe-
tadas. Uso tópico e adulto. Pode ocorrer descamação após 1 ou 2 semanas
de uso e consequente perdade melanina. Por isso, recomenda-se o uso de
fotoprotetores (UV-A + UV-B) durante o dia.
Indicação: acne, rosácea.

Sulfato de zinco....................................................................................0,5%
Vitamina B6..........................................................................................0,5%
Extrato glicólico de camomila qsp.............................................................4%
Sabonete líquido qsp..........................................................................100ml
Posologia: a critério do profissional habilitado, lavar o rosto de 1 a 2 vezes ao
dia. Uso tópico e adulto.
Indicação: sabonete líquido para pele acneica.

Ácido glicólico.........................................................................................4%
Drieline....................................................................................................1%
Gel não iônico qsp.................................................................................30g
Posologia: a critério do profissional habilitado, aplicar à noite durante alguns
minutos e remover em seguida com água corrente. Aumentar o tempo de con-
tato com a pele de acordo com a sensibilidade individual. Uso tópico e adulto.
Indicação: acne, queratose actínica.
38
Metronidazol*.....................................................................................0,5-2%
Creme, gel ou loçãoqsp........................................................................100g
*Antimicrobiano controlado pela Anvisa.
Posologia: a critério do profissional habilitado, aplicar 1 vez por semana na
região afetada. Uso tópico e adulto.
Indicação: acne rosácea.

Antimicóticos
Ácido benzoico.........................................................................................5%
Nitrato de miconazol.................................................................................2%
Ácido salicílico..........................................................................................2%
Mentol............................................................................................................0,5%
Talco farmacêutico qsp.........................................................................100g
Posologia: a critério do profissional habilitado, aplicar nos pés 2 vezes ao dia,
de preferência após o banho. Uso tópico e adulto.
Indicação: micoses dos pés.

Cetoconazol............................................................................................2%
Creme, loção cremosa ou xampu qsp......................................................50g
Posologia: a critério do profissional habilitado, aplicar de 1 a 2 vezes ao dia.
Uso tópico e adulto.
Indicação: micoses superficiais por dermatófitos, leveduras e saprófitas.

ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS


Incompatibilidades farmacotécnicas
As preparações magistrais são produzidas para administração imediata ou
após curto período de armazenamento, devendo sua validade ser estipulada
pelo farmacêutico de acordo com critérios técnicos, sendo preferível o prazo
vinculado ao período de tratamento. Durante o tempo de uso do produto
manipulado, a estabilidade deverá ser preservada, ou seja, deverão ser man-
tidas as propriedades e características de qualidade dos insumos e ativos en-
volvidos na formulação.

A estabilidade depende de fatores relacionados ao próprio produto, chama-


dos de fatores intrínsecos, como a composição da forma farmacêutica, as
propriedades físico-químicas dos princípios ativos e excipientes, o pH, as im-
purezas presentes, o tipo e as propriedades dos materiais de embalagem e

39
do processo empregado na obtenção. A estabilidade também é influenciada
por fatores relacionados ao ambiente, os chamados fatores extrínsecos, como
temperatura, umidade, gases (oxigênio, dióxido de carbono) e luz.

O impacto desses fatores na estabilidade pode ser evitado com o uso de exci-
pientes e adjuvantes farmacotécnicos específicos, embalagens apropriadas e
condições adequadas de armazenamento, além da técnica de preparo apro-
priada. É primordial garantir a qualidade do produto manipulado, assegu-
rando a estabilidade física, química, microbiológica, terapêutica e toxicoló-
gica. Para isso o farmacêutico deve identificar as propriedades dos fármacos
e dos excipientes envolvidos na prescrição, inclusive as possíveis chances de
ocorrer reações de decomposição, dentre elas hidrólise, oxidação, decompo-
sição fotoquímica e racemização. O conhecimento dessas reações químicas
pelas quais alguns fármacos se degradam fornece ao farmacêutico um meio
para estabelecer condições que evitam um produto não conforme. Cálculos
corretos, medidas exatas, condições e procedimentos apropriados para o de-
senvolvimento da formulação, insumos de qualidade e especificados, análise
crítica da prescrição pelo farmacêutico, embalagem adequada, condições de
armazenamento e conservação são outros aspectos importantes que mantêm
a qualidade do produto manipulado.

Tipos de emulsões
As emulsões podem ser classificadas em iônicas (aniônicas e catiônicas) e
não iônicas, sendo que essa classificação dependerá da existência ou não de
cargas elétricas na estrutura dos emulsionantes. A essência do processo de
emulsificação consiste em dividir uma das fases de um sistema heterogêneo
contendo dois líquidos imiscíveis em pequenos glóbulos, cujo resultado é um
extraordinário aumento das respectiva superfície ou interfase. Tal objetivo, po-
rém, é contrariado pela tensão superficial que os líquidos possuem. O empre-
go de emulsificantes facilita a obtenção da fase dispersa e a estabilidade nas
emulsões.

Os emulsionantes aniônicos se dissociam em solução aquosa formando íons


carregados negativamente. São emulsionantes muito utilizados, mas podem
ser mais irritantes para a pele. A exemplo temos o uso de álcool cetoestearílico
e cetil estearil sulfato de sódio, comercialmente conhecido como Lanette N®.
São exemplos de emulsões obtidas com aplicações de emulsificantes aniônicos
os cremes evanescentes e emulsões cremosas de limpeza. Os emulsificantes
catiônicos, como o cloreto de cetiltrimetilamônio, tendem a formar emulsões
40
de pH ácido, apresentam propriedades antiestáticas e são mais irritantes que
os emulsificantes aniônicos e não iônicos. São usados no preparo de cremes
condicionadores e rinses.

Os emulsionates não-iônicos não possuem carga específica (carga ionizável),


apresentando equilíbrio entre as porções hidrofóbicas e hidrofílicas das mo-
léculas. As substâncias lipossolúveis geralmente emulsionam sistemas A/O e
as hidrossolúveis os sistemas O/A. Exemplos: estearato de polioxietileno 40;
álcool cetílico, estearílico e cetoestearílico; monoestearato de glicerila; mono-
estearato de sorbitano e polissorbato 80. O comercial Polowax é uma junção
de álcool cetoestearílico e monoestearato de sorbitano polioxietileno 20 OE.

Como as emulsões estão representadas por duas fases (água e óleo), elas
podem ser classificadas também de acordo com a natureza das respectivas
fases dispersas. Assim, se o óleo constituir a fase dispersa, estaremos em face
de uma emulsão óleo em água (O/A), sendo a emulsão do tipo água em óleo
(A/O) se o inverso for verificado. Uma emulsão de fase extrema aquosa (O/A),
por exemplo creme não iônico creme Lanette®, é recomendado para aplicação
superficial de ativos que não devem penetrar na pele, como exemplo: cremes
e loções de limpeza, creme evanescentes e creme protetores. Emulsões tipo
(A/O), como o cold cream, são apropriadas para cremes nutritivos, emolien-
tes, hidratantes emedicamentosos.

As emulsões aniônicas podem possuir capacidade detergente e, por isso, são


utilizadas como emulsões de limpeza, demaquilantes e para fins medicamen-
tosos, uma vez que têm maior permeação cutânea em relação às não-iônicas.
Normalmente são emulsões incompatíveis com ácidos. As emulsões não iôni-
cas têm baixa toxicidade, menos problemas de compatibilidade com ativos e
são menos sensíveis a mudanças de pH. A principal diferença entre esses dois
tipos de emulsões é a presença de carga, sendo que a não-iônica é mais está-
vel e aniônica mais permeável. Para a manutenção da estabilidade da emul-
são, é importante que a característica iônica do ativo adicionado seja compa-
tível com a dos emulsionantes empregados na manipulação da emulsão.

41
pH de ativos de uso tópico
Ajustar o pH pode significar abaixar ou elevá-lo a valores desejáveis e apro-
priados para solubilizar determinada substância, ou então para garantir a
estabilidade dos fármacos. O ajuste do pH em uma formulação também é im-
portante no que diz respeito à sua aplicação e compatibilidade fisiológica com
o pH dos tecidos e fluídos. Para o ajuste do pH, podemos utilizar os agentes
acidificantes e alcalinizantes, assim como os sistemas tampões. O quadro a
seguir traz a relação entre a região do corpo ou fluido versuspH

Região do corpo pH
Pele ~5,5

Rosto 4,7-5,5

Axilas 6,1-6,8

Cabelos ~5,0

Conduto auditivo 6,0-7,8

Vaginal 4,0-4,5

Quando houver necessidade de manter o pH de uma formulação em valores


inalteráveis durante o período de armazenamento, faz-se necessário o uso de
um sistema tampão. Tampões são soluções aquosas geralmente constituídas
por um ácido fraco e um sal desse ácido, ou por uma base fraca e um sal
dessa base. A escolha de um sistema tampão deve estar baseada na faixa
de pH da formulação que se deseja tamponar, na compatibilidade, na via de
administração e na forma farmacêutica. Alguns sistemas tampões são exclusi-
vamente de uso externo (exemplos: tampões contendo ácido bórico ou borato
de sódio) e outros podem ser aplicados também para uso interno (exemplos:
tampão citrato, tampão fosfato).

Relação de alguns tampões em função do pH

Faixa de pH Tampão Uso


1,0-3,0 HCl externo, interno e oftálmico

2,5-6,5 tampão citrato externo e interno

3,6-5,6 tampão acetato externo, interno e oftálmico

6,0-8,0 tampão fosfato externo, interno e oftálmico

2,8-8,0 tampão ácido cítrico/fosfato dissódico externo, interno e oftálmico

8,0-9,0 bicarbonato de sódio externo e interno


bicarbonato de sódio/carbonato de
9,0-11,0 externo e interno
sódio
6,8-9,1 tampão borato externo, oftálmico

11,0-13,0 NaOH externo e interno

42
43
FORMULAÇÕES

Hormônios tiroidianos
L-triiodotironina (T3).....................................................25mcg(microgramas)
Excipiente qsp ...............................................................................1 cápsula
Posologia: administrar 1 cápsula 2 vezes ao dia.
Indicação: tratamento do hipotiroidismo.

L-tetraiodotironina (T4).................................................50mcg(microgramas)
Excipiente qsp ...............................................................................1 cápsula
Posologia: 50mcg (microgramas) ao dia, aumentando 25mcg a 50mcg
(microgramas) a cada 3 semanas até chegar à dose efetiva (máximo de 200
mcg/dia).
Indicação: tratamento do hipotiroidismo.

Antitiroidianos
Solução de lugol
Iodo metaloide......................................................................................0,5g
Iodeto de potássio....................................................................................1g
Água destilada qsp..............................................................................10mL
Posologia: hipertiroidismo: 1mL por via oral 3 vezes ao dia; reposição de
iodo: 3 a 5 gotas 3 a 4 vezes ao dia.
Indicação: inibição da liberação hormonal tiroidiana e adjuvante às drogas
inibidoras de síntese (propiltiouracil, metimazol).

Hipoglicemiantes
Glimeperida....................................................................................1 a 4mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a dose inicial é de 1mg pela manhã, aumentada gradativamente,
se necessário, até 4mg.
Indicação: aumento da secreção de insulina.

Metformina.......................................................................................500mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: 1 cápsula 2 a 3 vezes ao dia, às refeições.
Indicação: tratamento de diabetes tipo 2.

44
Suplementos para diabetes
Gymnema sylvestre extrato seco............................................................50mg
Cromo (picolinato)...........................................................................100mcg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: 1 cápsula 2 vezes ao dia.
Indicação: estimular a produção de insulina.

ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS

Manipulação de T4
Os hormônios tiroidianos são fármacos de alta potência, empregados em bai-
xa dose, na ordem de microgramas, e o preparo de medicamentos individua-
lizados com esses insumos ativos deve observar os requisitos de boas práticas
de manipulação e os preceitos técnicos rigorosos para garantir a segurança.
Além disso, são necessárias:

• Observação atenta do certificado de análise da matéria-prima e emprego


correto dos fatores de correção.
• Avaliação crítica da prescrição.
• Precisão dos cálculos farmacêuticos.
• Execução correta das operações farmacêuticas de pesagem, diluição
geométrica, mistura, trituração e tamisação, entre outras ações
envolvidas diretamete em um procedimento de preparo padronizado
previamente verificado e periodicamente monitorado.

Procedimento de preparo e sugestão de excipientes para forma farmacêutica


cápsulas:
Prescrição (exemplo): Levotiroxina sódica 100 mcg (microgramas). Mande 70
cápsulas.
Forma farmacêutica: cápsulas.
Sinônimos:Levothyroxinum natricum, tiroxina sódica, tetraiodotironina sódica,
L-tiroxina sódica, T4.
Fórmula:
Levotiroxina sódica 1:1000* .................................................................... 7g
Excipiente** qsp...................................................... 70 cápsulas (cápsula #3)
*Fator de correção = 1000.
**Excipiente:

45
Dióxido de silício coloidal......................................................................0,2%
Óxido de magnésio................................................................................10%
Fosfato de cálcio dibásico (di-hidratado ou anidro – Emcompress®), q.s.p.....100%

Orientações para o preparo:


• Triturar, tamisar e misturar geometricamente os ingredientes da formulação.
• Encapsular uniformemente a mistura de pós.
• Envasar e rotular.

Preparo do diluído de levotiroxina sódica 1:1000 p/p (diluição sólida) (para


quantidade de 100 g):
Levotiroxina sódica*...............................................................................0,1g
Dióxido de silício coloidal.......................................................................0,3g
Óxido de magnésio **............................................................................10g
Fosfato de cálcio dibásico (di-hidratado ou anidro)*** qsp.......................100g
*Fatores de correção de teor e umidade devem ser considerados no cálculo de
insumo ativo na formulação.
**O óxido de magnésio é empregado como agente alcalinizante para aumen-
to da estabilidade.
***Fosfato de cálcio dibásico di-hidratado = Emcompress® (malha 190), Di-
-Tab®.
Fosfato de cálcio dibásico anidro = Emcompress® anidro (malha 200).

Procedimento de preparo da diluição:


• Misturar geometricamente os ingredientes da diluição.
• Após a diluição, tamisar utilizando malha 40 – 50 e misturar adicionalmente
um pouco mais.
• Envasar em frasco de vidro âmbar de boca larga.
• Conservar em local seco.

Boas práticas de manipulação do Anexo III


Para a manipulação de hormônios, antibióticos, citostáticos e substâncias su-
jeitas a controle especial, devem-se observar as seguintes condições:
• Possuir atividade permitzda na licença sanitária e AFE publicada
no Diário Oficial da União.
• Dispensação mediante orientação farmacêutica.
• Ter sala exclusiva para cada classe, contemplando antecâmaras ou
cabine de segurança com sistemas de ar independentes. Essas salas
devem possuir pressão negativa em relação às áreas adjacentes, ter
procedimento para evitar contaminação cruzada e proteger o
manipulador e o meio ambiente.
• As pesagens dos hormônios, citostáticos e antibióticos devem ser
efetuada nas respectivas salas de manipulação. Devem ser adotados
46
procedimentos para evitar contaminação cruzada. As balanças e
bancadas devem ser submetidas a processo rigoroso de limpeza antes
e após cada pesagem.
• Todos os utensílios utilizados na manipulação de substâncias
constantes desse anexo devem ser separados e identificados por
classe terapêutica.
• Os profissionais que manipulam hormônios, citostáticos e antibióticos
devem sempre utilizar equipamentos de proteção individual
(EPI): luvas descartáveis de látex, PVC ou outro material sintético,
jaleco com mangas longas e comprimento na altura dos joelhos,
gorros, máscaras especiais (exemplo: carvão) e sapatilhas
descartáveis. Recomenda-se também o uso de outro jaleco descartável
sobre o jaleco de tecido. Importante garantir que os EPI utilizados nas
cabines permaneçam na paramentação dessa cabine a fim de evitar
contaminação cruzada em outras áreas.
• Os funcionários envolvidos na manipulação dessas substâncias devem
ser submetidos a exames específicos de acordo com o Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
• Recomenda-se o sistema de rodízio de funcionários para a manipulação
dessas substâncias.
• Os excipientes utilizados para essas substâncias devem ser padronizados
de acordo com a compatibilidade, com embasamento nos
compêndios oficiais/ farmacopeicos e publicações científicas indexadas.
• O armazenamento dessas substâncias deve ser realizado em local
distinto, de acesso restrito, sob a guarda do farmacêutico, com
especificação de cuidados especiais de armazenamento que garantam
suas especificações e integridade.
• Nos casos da pesagem da diluição dessas substâncias, deve haver dupla
checagem do farmacêutico e do operador.
• Nos casos da pesagem para manipulação dessas substâncias, deve
haver dupla checagem do farmacêutico e do operador.
• No processo de encapsulamento devem ser utilizadas as cápsulas com o
menor tamanho, de acordo com a dose.
• Para o monitoramento do processo de manipulação de formas
farmacêuticas de uso interno, a farmácia deve realizar uma análise
completa de formulação manipulada de cada uma das classes
terapêuticas (antibióticos, hormônios e citostáticos).
• O monitoramento deve ser realizado por estabelecimento, de forma a ser
analisada, no mínimo, uma amostra a cada três meses de cada uma
das classes terapêuticas.
• As amostras devem contemplar diferentes manipuladores, fármacos,
doses e formas farmacêuticas, podendo ser adotado um sistema de rodízio.
• Os resultados de todas as análises devem ser registrados e arquivados por, no
mínimo, 2 anos, sendo que a farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a
efetividade das medidas adotadas por meio de uma nova análise em caso de
resultado de análise insatisfatório.
47
48
FORMULAÇÕES

Risco de queda
Alendronato sódico*................................................................40mg a 70mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Alendronato sódico: administrado na forma de sal sódico tri-hidratado em
doses equivalentes ao ácido livre (Feq=1,31).
Posologia: a critério médico no tratamento da osteoporose, de 40mg a 70mg
uma vez por semana. Deve ser tomado pelo menos meia hora antes do pri-
meiro alimento, bebida ou medicação do dia, apenas com um copo de água,
para que a absorção não seja diminuída. O paciente deve permanecer em
posição ortostática por pelo menos 30 minutos após a administração do me-
dicamento. Os pacientes com osteoporose devem receber, na dieta, teores
adequados de cálcio.
Indicações: é um amino bifosfonato que atua como inibidor específico da rea-
bsorção óssea mediada pelos osteoclastos. É mais potente e mais bemtolerado
que o etidronato, não causa os efeitos colaterais da terapia com estrógenos e,
diferentemente das calcitocinas, não induz reações alérgicas severas.

Cálcio quelato................................................................1200mg(elementar)
Magnésio quelato.............................................................400mg(elementar)
Vitamina D3 (colecalciferol).................................................................800UI
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério médico, 1 cápsula via oral ao dia.
Indicações: profilaxia da osteoporose.

Varizes e hematomas
Vitamina K1............................................................................................1%
Alantoína.................................................................................................1%
Creme hidratante qsp.............................................................................50g
Posologia: uso tópico e externo. A critério do profissional habilitado, aplicar
na regiões afetadas 2 vezes ao dia. Uso adulto.
Indicações: fragilidade vascular, púrpura traumática em cirurgias, hematomas.

49
Diosmina..........................................................................................450mg
Hesperidina........................................................................................50mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do médico, 1 cápsula via oral duas vezes ao dia, às re-
feições.
Indicações: insuficiência venosa crônica, síndrome pré-varicosa (pernas pesa-
das, edema, telangiectasias), varizes, hemorroidas, flebites e úlceras pós-flebí-
ticas. A diosmina tem ação protetora capilar, anti-inflamatória e antioxidante.
Uso adulto.

Declínio cognitivo
Ácido fólico...............................................................400mcg (microgramas)
Vitamina B12.............................................................100mcg (microgramas)
Posologia: a critério do profissional habilitado, 1 cápsula via oral ao dia.
Indicação: deterioração da função cognitiva em idosos. A suplementação de
ácido fólico e de vitamina B12 pode auxiliar na melhora da recuperação da
memória, podendo reduzir o risco de declínio cognitivo.

Fosfatidilserina..................................................................................200mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado 1 cápsula via oral 2 vezes ao
dia, às refeições.
Indicações: deterioração cognitiva pré-senil e senil, envelhecimento cerebral,
distúrbios da memória, tratamento adjuvante do mal de Alzheimer, propician-
do melhora na atividade cognitiva.

Dermatologia geriátrica
Óleo de silicone.......................................................................................5%
Alantoína..............................................................................................0,5%
D-pantenol..............................................................................................2%
Extrato glicólico de gérmen de trigo..........................................................1%
Creme base para as mãos qsp.............................................................100g
Posologia: uso tópico. A critério do profissional habilitado, aplicar nas mãos
de 2 a 3 vezes ao dia.
Indicações: hidratante para as mãos.

Óleo de calêndula...................................................................................2%
Hidroviton® (NMF)..................................................................................3%
Óleo de semente de uva..........................................................................5%
Loção hidratante não iônica qsp..........................................................100ml
Posologia: uso tópico. A critério do profissional habilitado, aplicar no corpo
após o banho diariamente.
Indicações: loção hidratante corporal.
50
Osteoartrite
Sulfato de condroitina........................................................................200mg
Sulfato de glucosamina*....................................................................250mg
Manganês quelato...............................................................2mg (elementar)
Vitamina C..........................................................................................50mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
*Glucosamina: administrada na forma de sulfato dipotássico em doses de
sulfato (Feq=1,33).
Posologia: a critério médico, 1 cápsula via oral 3 vezes ao dia às refeições.
Indicações: suplemento nutricional auxiliar no tratamento da osteoartrite, ar-
trose e distúrbios reumáticos.

Diacereína..........................................................................................50mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério médico, de 50mg a 100mg ao dia, em períodos não in-
feriores a 6 meses. O tratamento poderá estender-se por ciclos mais longos.
Deve ser tomada juntocom as refeições para facilitar a absorção.
Indicações: tratamento sintomático da osteoartrose e de enfermidades articulares
degenerativas.

ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS


Medicamentos inapropriados em idosos
Descrição dos critérios de alguns medicamentos que devem ser evitados em
idosos, independentes de condição clínica:

Classe de Medicamento Motivos para evitar em idosos

Antipsicóticos de primeira geração e de segunda Aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC) e
geração mortalidade.

Risco de sedação e efeitos anticolinérgicos (confusão, boca


Anti-histamínicos de primeira geração seca, constipação, entre outros). Há desenvolvimento de
tolerância quando utilizados com hipnótico.
Aumenta o risco de comprometimento cognitivo, delirium,
Benzodiazepínicos quedas, fraturas e acidentes automobilísticos. Evitar todos os
benzodiazepínicos para tratar insônia, agitação e delirium.

Antidepressivos tricíclicos terciários sozinhos ou em Altamente anticolinérgicos, sedativos e causam hipotensão


combinação ortostática.

Aumenta o risco de hemorragia gastrointestinal e úlcera péptica


em grupos de alto risco. Entre os anti-inflamatórios não
Indometacina
esteroides (AINES), a indometacina é o agente que causa mais
51 efeitos adversos.
Antidepressivos tricíclicos terciários sozinhos ou em Altamente anticolinérgicos, sedativos e causam hipotensão
combinação ortostática.

Aumenta o risco de hemorragia gastrointestinal e úlcera péptica


em grupos de alto risco. Entre os anti-inflamatórios não
Indometacina
esteroides (AINES), a indometacina é o agente que causa mais
efeitos adversos.

Alta proporção de dependência física, tolerância na indução do


Barbitúricos (fenobarbital, tiopental)
sono e risco de overdose em doses baixas.

Risco de confusão, hipotensão, efeitos extrapiramidais e


Uso prolongado de neurolépticos como hipnóticos
quedas.

Doxazosina, prazosina, terazosina e bloqueadores Uso associado ao alto risco de hipotensão ortostática. Não
alfa-1 para tratamento da hipertensão recomendado para tratamento de rotina de hipertensão.

A amiodarona está associada a doenças da tireoide, distúrbios


Amiodarona
pulmonares e prolongamento do intervalo QT.

Aumento do risco de hemorragia digestiva, sem evidência de


Aspirina em dose > 150mg/dia.
aumento da eficácia.

Bumetanida, furosemida e piretanida como


Há alternativas mais seguras e eficazes.
monoterapia de primeira linha para hipertensão.

Nifedipino, cápsula de liberação imediata Potencial para hipotensão. Risco de isquemia miocárdica.

Risco de hipercalemia em pacientes com insuficiência cardíaca,


Espironolactona > 25mg/dia (pacientes com especialmente com uso concomitante de anti-inflamatórios não
insuficiência cardíaca ou CrCl < 30ml/min) esteroides, inibidores da enzima conversora de angiotensina
(IECA) ou bloqueadores do receptor da angiotensina.

Ticlopidina Há alternativas mais seguras e eficazes disponíveis.

Evidência de potencial carcinogênico (mama e endométrio).


Estrógenos (com ou sem progesteronas); formas
Além disso, ausência de efeito cardioprotetor e de proteção
orais e adesivos transdérmicos
cognitiva em idosas.

Potenciais para problemas cardíacos e contraindicados para


Andrógenos
homens com câncer de próstata.

52
Hidratação da pele em idosos
Mudanças anatômicas e fisiológicas associadas ao envelhecimento cutâneo
reduzem a funcionalidade da pele, tornando-a mais suscetível a doenças.
Uma das desordens cutâneas mais comuns em idosos é o ressecamento da
pele (xerose). Esse ressecamento está associado ao prurido (coceira), uma das
principais queixas em idosos. A hidratação promove uma melhora nesse sin-
toma e previne lacerações e lesões cutâneas causadas por traumas.

Os produtos hidratantes são encontrados na forma de emulsões (creme e lo-


ções), sendo que a fase lipídica promove a oclusão e a fase aquosa possui
ingredientes hidroscópicos que propiciam aumectação da epiderme. Existem
três tipos principais de ativos capazes e auxiliar na regulação da hidratação
no estrato córneo: os oclusivos, que formam uma camada de proteção sobre
a pele, impedindo a perda de água; os umectantes, que absorvem a água
do ambiente; e os emolientes, cuja função é amolecer e suavizar a pele. Já
quando pensamos em ajudar a recuperar a capacidade de fixação de água
na derme, temos que usar ativos capazes de estimular a produção das glicosa-
minoglicanas, recuperando oreservatório natural. Esses ativos são capazes de
aumentar a síntese das chamadas aquaporinas, canais proteicos que facilitam
o fluxo de água entre a derme e a epiderme.

53
Função Descrição

Promovida por componentes lipídicos, como vaselina, óleos,


Oclusão
lanolina, ésteres de ácidos graxos, ceras, manteigas, silicones.

Ocorre com a aplicação de substâncias higroscópicas que


Umectação retêm água na superfície da pele, geralmente aminoácidos,
proteínas, açucares e alguns polióis.

Oferecida por componentes ativos intracelulares com


Hidratação ativa capacidade higroscópica ou através da ação na estrutura
celular. Exemplos: vitamina E, alfa-hidroxiácidos, fitoesteróis.

Exemplos de ativos para pele seca:

Descrição química ou nome


Mecanismo de hidratação Concentração usual
comercial
Ácido hialurônico Umectação 0,5-5%
Ceramide 2 Formação de lamelas 0,2-1%
Glicerina Umectação 1-10%
Lactato de amônio Hidratação ativa 1-20%
Manteigas em geral Oclusão 1-10%
Óleos vegetais em geral Oclusão 1-10%
Uréia Hidratação ativa 1-20%
PCA-Na Hidratação ativa 1-5%
Hidroviton® Hidratação ativa 1-8%
Aveia coloidal® Hidratação 3-10%
D-Pantenol Hidratação 0,1-0,5%

Via sublingual
Pacientes geriátricos possuem necessidades especiais, e formas farmacêuticas
alternativas e doses individualizadas são benefícios que o setor magistral pode
proporcionar. Facilidade de deglutição, redução de carga de medicamentos,
identificação e prevenção da confusão durante a administração são ações que
podem ser adotadas. Formas farmacêuticas com conceitos bucais podem ser
vantajosas, mas, para isso, é preciso entender as diversas formas farmacêuti-
cas disponíveis.

A administração oral de fármacos, podendo ocorrer tanto pela via sublingual,


quanto pela via bucal. Pastilhas duras, macias e gomosas e tabletes orodisper-
síveis apresentam tanto absorção sublingual quantoabsorção por meiodo trato
gastrointestinal. Proteção contra o pH estomacal, possibilidade de absorção
de proteínas, peptídeos e hormônios, proteção contra enzimas digestivas e
ação mais rápida que a via oral são vantagens que essas formas farmacêuti-
cas podem apresentar.

54
Fatores como pequena área de superfície, variabilidade na absorção, condi-
ção saudável da mucosa efluxo salivar são fatores decisivos na escolha dessas
formas farmacêuticas. Tabletes orodispersíveis devem ser colocados sobre a
língua. A desintegração e a dissolução devem ser rápidas, por isso os ativos,
excipientes e adjuvantes farmacotécnicos devem ter preferencialmente carac-
terísticas mais solúveis. São formas farmacêuticas ideais para pacientes com
dificuldade de deglutição, em especial idosos, gerando pouca irritabilidade e
proporcionando maior adesão do paciente.

Os ativos candidatos não devem ser amargos, irritantes ou nauseantes; de-


vem ser estáveisno pH da boca; com peso molecular entre 100 e 500; ser
anfifílicos; ser absorvidos por difusão passiva; ser pouco absorvidos no trato
gastrointestinal; eser bem absorvidos na boca.

As pastilhas duras e macias são tradicionalmente usadas para administração


de drogas de efeito local, como os anestésicos tópicos e emolientes, usados
no tratamento do alívio da garganta irritada pela tosse e agentes antibacte-
rianos para o tratamento de afecções orofaríngeas. Já as pastilhas gomosas
com excipientes edulcorados e flavorizados são empregados como excipiente
para administração sistêmica de fármacos, pois dissolvem-se lentamente na
boca, liberando o fármaco parte por absorção sublingual e parte dissolvido na
saliva, portanto, absorvidano trato gastrointestinal.

Os comprimidos e as gotas sublinguais têm foco no desenvolvimento para vias


de administração de urgência ou alternativas para a melhora da biodisponibi-
lidade de alguns fármacos. Sua administração se dá debaixo da língua, onde
o princípio ativo é absorvido diretamente através da mucosa oral.

55
56
FORMULAÇÕES
Antiprotozoários, antifúngicos e antibacterianos
Metronidazol.....................................................................................500mg
Nistatina.....................................................................................100.000 UI
Cloreto de benzalcônico........................................................................5mg
Ureia.............................................................................................50mg
Gel/creme vaginal qsp.............................................................................5g
Fornecer aplicador vaginal (5g)
Posologia: a critério do profissional habilitado 1 aplicador cheio (5g) ao deitar
por 10 dias.Via vaginal.
Indicação: vulvovaginites por Trichomonas, Candida ou ambos.

Sulfato de neomicina...........................................................................25mg
Clotrimazol...................................................................................50mg
Tinidazol........................................................................................150mg
Creme vaginal qsp...................................................................................5g
Fornecer aplicador vaginal (5g)
Posologia: a critério do profissional habilitado, 1 aplicador cheio (5g) ao dei-
tar durante 12 dias. Via vaginal
Indicação: vulvovaginites por Trichomonas, Candida e/ou bactérias e em in-
fecções em quenão se pode identificar o agente etiológico.

Terapia da reposição hormonal


Cimicifuga racemosa extrato seco padronizado 2,5%..........................40mg
(correspondente a 2mg de 27-deoxiacteína ao dia)
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, 1 cápsula via oral 2 vezes ao
dia. Uso adulto.
Indicação: com ação estrogênica fraca, é alternativa natural na reposição hor-
monal para menopausa e no tratamento da tensão pré-menstrual.

Tibolona............................................................................................2,5mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, 1 cápsula via oral ao dia, de
preferência na mesma hora do dia. O tratamento deve durar pelo menos 3
meses. Uso adulto.
Indicação: terapia de reposição hormonal. A tibolona é um derivado sintéti-
co do noretinodrel com atividade estrogênica, progestagênica e androgênica
fraca.

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Estriol...................................................................................................2mg
Estradiol 17-beta.................................................................................0,5mg
Etoxidiglicol ou propilenoglicol..................................................................1%
Gel transdérmico PLO qsp......................................................................1ml
Mande em seringas calibradas com 10ml ou em frasco dosador calibrado (1ml).
Uso tópico.
Posologia: a critério médico 0,5ml a 1ml ao dia, alternando os locais de aplicação
na pele.
Indicação: reposição hormonal na menopausa e pós-menopausa.

Progesterona micronizada.................................................................200mg
Propilenoglicol.......................................................................................20%
Gel transdérmico PLO qsp......................................................................1ml
Mande em seringas calibradas com 10ml ou em frasco dosador calibrado (1ml).
Posologia: a critério médico, de 0,5ml a 1ml ao dia, alternando os locais de
aplicação na pele. É recomendado iniciar o tratamento com a menor dose e
aumentar progressivamente até encontrar a dose ideal. Uso tópico.
Indicação: reposição hormonal, sangramento uterino disfuncional, endome-
triose, síndrome pré-menstrual, aborto habitual, infertilidade, supressão da
lactação, osteoporose, inibição da produção de LH na síndrome do ovário
policístico.

Gestação e infertilidade
Citrato de clomifeno*...........................................................................50mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
*Clomifeno: administrada na forma de citrato de clomifeno, em doses equiva-
lentes ao sal citrato. (FEq=1).
Posologia: a critério médico, recomenda-se, inicialmente, tomar 25mg a
50mg durante 5 dias consecutivos, iniciando-se no 5º dia do ciclo,por via oral.
Observação: nos casos de infertilidade sem causa aparente, a ovulação deve
ser induzida por 3 a 4 ciclos menstruais. Associada ou não às gonadotrofinas
coriônicas IM, as chances de gravidez por esse tratamento estão entre 10% e
15%. Caso não ocorra concepção, é indicada inseminação intrauterina.
Indicação: indução da ovulação em casos de infertilidade sem causa aparente.
Ácido fólico...............................................................400mcg (microgramas)
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério médico, 1 cápsula via oral ao dia durante um mês antes de
engravidar e ao longo do primeiro trimestre de gestação.

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Indicação: suplementação de ácido fólico para gestantes (prevenção de defei-
tos de fechamento do tubo neural).

Prurido vulvar
Hidrocortisona.........................................................................................1%
Vitamina A...............................................................................100.000 UI%
Vitamina E oleosa.................................................................................0,1%
Creme ginecológico qsp.........................................................................50g
Posologia: a critério médico, em aplicações locais, de 2 a 3 vezes ao dia
até haver melhora dos sintomas. Diminuir as aplicações progressivamente.
Uso tópico.
Indicação: prurido vulvar, vulvite crônica.

ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS

Creme vaginal
Muitos são os fármacos utilizados no tratamento de doenças ginecológicas.
Entre as vias de administração mais usuais, temos a via oral, para uso sistê-
mico de fármacos e a via vaginal que visa normalmente um tratamento mais
local. Para esses casos, as formas farmacêuticas mais empregadas são os
cremes, géis e óvulos vaginais. Outra forma farmacêutica muito utilizada na
prática ginecológica são os géis transdérmicos, que são excelentes veículos
para tratamentos de reposição hormonal.

O creme ou o gel de escolha para uso vaginal deve ser compatível com os fár-
macos da prescrição e compatível com o local de aplicação.Dentre os cremes,
o mais utilizado para uso ginecológico é o não iônico e dentre os géis, o natro-
sol. Em relação ao pH final de um gel ou creme ginecológico, o ideal é levar
em consideração as indicações terapêuticas, o pH de estabilidade dos ativos
prescritos e o pH fisiológico vaginal. Vale saber que o pH vaginal normal varia
de 4 a 4,5 namulher adulta, mas sofre influências de processos fisiológicos
(ex.: parto, menstruação, menopausa) e patológicos. A acidez vaginal desfa-
vorece o crescimento de organismos patogênicos e fornece ambiente favorável
à eventual recolonização por bacilos produtores de ácidos encontrados na
vagina.Se o uso do creme ou do gel for intravaginal, a farmácia deve dispen-
sar a formulação juntamente com aplicadores vaginais dosadores.

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Creme não iônico (uso ginecológico)
Fase 1:
Glicerina..................................................................................................5%
Trietanolamina.........................................................................................1%
Água purificada.............................................................................qsp 100%
EDTA dissódico....................................................................................0,05%
Metilparabeno....................................................................................0,15%
Propilparabeno...................................................................................0,08%

Fase 2:
Estearato de octila....................................................................................5%
Butilhidroxitolueno (BHT).....................................................................0,05%
Cera autoemulsificante não iônica (Polawax NF®).....................................12%

Fase 3:
Água purificada.......................................................................................2%
Imidazolidinil ureia................................................................................0,1%

Modo de preparo: aquecer separadamente as fases 1 e 2 a 75°C. Verter, len-


tamente e com agitação vigorosa e constante, a fase 1 sobre a fase 2. Diminuir
a velocidade de agitação para lenta e agitar até a mistura alcançar a tempe-
ratura ambiente. Adicionar a fase 3 previamente solubilizada, agitando até a
completa homogeneização.

Géis transdérmicos
Hormônios como estriol, estradiol, progesterona e testosterona utilizados na
terapia da reposição hormonal geralmente são administrados pela via trans-
dérmica com grandes vantagens sobre outras formas de administração. A via
transdérmica para a administração de fármacos, como alternativa à via oral,
tem a vantagem de não produzir irritação gástrica, evitar a influência da aci-
dez do estômago, dos alimentos, da flora intestinal e evitar também o efeito
de primeira passagem hepática.

Contudo, nem todas as substâncias apresentam características adequadas à


liberação transdérmica. Por isso é sempre necessário ter embasamento teórico
e referências bibliográficas que justifiquem a manipulação. Entre os fatores
que afetam a absorção percutânea de um fármaco estão as propriedades
físicas e químicas, incluindo massa molecular, solubilidade, coeficiente de par-
tição e constante de dissociação, bem como a natureza do veículo e as condi-
ções da pele.
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Gel de PLO (Pluronic Lecithin Organogel)
Fase oleosa:
Palmitato de isopropila...............................................................50g (58,5ml)
Lecitina de soja granular.........................................................................50g
Ácido sórbico em pó.................................................................................1g

Fase aquosa:
Polaxamer 407 (Pluronic F 127®)...........................................20g, 30g ou 40g
Sorbato de potássio...............................................................................0,2g
Água destilada qsp.............................................................................100ml

Preparo de gel de PLO com aditivação de fármacos:


Fase oleosa...........................................................................................20%
Agente molhante...........................................................até o máximo de 10%
Princípio ativo...............................................................até o máximo de 20%
Fase aquosa (20 a 40%) qsp..................................................................10ml
Preparação: triturar o princípio ativo em um gral para reduzir as partículas.
Adicionar o agente molhante e misturar bem até formar uma solução ou pas-
ta. Adicionar a fase (oleosa ou aquosa) de melhor solubilidade do princípio
ativo e homogeneizar bem. Transferir o conteúdo para uma seringa de 10ml
tipo luer lock. Adicionar a outra fase em outra seringa de 10ml tipo luer lock.
Conectar as duas seringas com um conector e proceder a extrusão das duas
fases, empurrando os êmbolos da direita para a esquerda e vice-versa pelo
menos 5 vezes ou até que a mistura esteja visivelmente homogênea.

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62
FORMULAÇÕES

Cálculo renal
Citrato de potássio..............................................................10mEq a 20mEq
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: na hipocitratúria leve a moderada, tomar 10mEq, 3 vezes ao dia,
às refeições, a critério médico. Na hipocitratúria severa, tomar 20mEq, às re-
feições (ou até 30 minutos depois), a critério médico.
Indicação: hipocitratúria; cálculos de ácido úrico, cistina e cálcio; acidose tu-
bular renal.

Hiperplasia prostática benigna


Tansulosina........................................................................................0,4mg
Dutasterida........................................................................................0,5mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, 1 cápsula via oral ao dia, sem-
pre 30 minutos após a mesma refeição.
Indicação: terapêutica prostática. Não tomar o medicamento com o estômago
vazio, pois isso pode aumentar o risco de efeitos adversos. As cápsulas não
devem ser abertas (o contato com o conteúdo das cápsulas pode causar lesão
e dor na mucosa oral e/ou do esôfago).

Pygeum africanum...............................................................................50mg
Sabal serrulata..................................................................................100mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Indicação: tratamento da hiperplasia benigna prostática e dos problemas
da micção; redução de edema, ação preventiva sobre o adenoma prostático
eprostatite crônica.
Posologia: a critério do profissional habilitado, 1 cápsula via oral 2 vezes ao dia.

Disfunção erétil
Citrato de sildenafil*..............................................................25mg a 100mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
*Sildenafil: usado na forma de citrato de sildenafil, em doses equivalentes à
base (Feq= 1,4)
Posologia: a critério do profissional habilitado, 1 cápsula via oral 1 hora antes
da relação.
Indicação: no tratamento da disfunção erétil.

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Cloridrato de Iombina..........................................................................4 mg
Anemopaegma mirandum extrato seco (catuaba)................................100mg
Paullinia cupana extrato seco (guaraná)..............................................300mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério médico, 1 cápsula via oral 3 vezes ao dia. O uso é con-
traindicado parapacientes em tratamento com antidepressivos tricíclicos, feno-
tiazinas, anti-hipertensivos e estimulantes do sistema nervoso central.
Indicação: tratamento da disfunção erétil.

Tadalafil....................................................................................5mg a 20mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, 1 cápsula via oral 1 hora antes
da relação.
Indicação: no tratamento da disfunção erétil.

Fimose
Valerato de betametasona.....................................................................0,2%
Hialuronidase..............................................................................150 UTR/g
Pomada hidrofílica ou vaselina sólida qsp ...............................................30g
Posologia: a critério do profissional habilitado, aplicar fina camada no anel
fibrótico, após pequena retração do prepúcio, 1 a 2 vezes ao dia, até resolu-
ção do processo. O período de tratamento não deve ultrapassar 12 semanas.
Uso tópico.
Indicação: alternativa conservadora no tratamento da fimose.

Papaína...................................................................................................2%
Hialuronidase..............................................................................300 UTR/g
Vitamina E oleosa...................................................................................0,5%
Creme ou loção cremosa.................................................................qsp 50g
Posologia: a critério do profissional habilitado, aplicar na região dorsal e la-
teral até a região pendular, 2 vezes ao dia. Uso tópico.
Indicações: doença de Peyronie.

Incontinência urinária
Cloridrato de oxibutinina.......................................................................5mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, adultos:1 cápsula via oral de 2
a 3 vezes ao dia; crianças de 1 a 5 anos: 0,2mg/Kg/dose 2 a 3 vezes ao dia;
crianças com mais de 5 anos: 5mg 2 a 3 vezes ao dia.
Indicações: bexiga neurogênica, incontinência urinária, enurese noturna.

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Cloridrato de imipramina.........................................................20mg a 75mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, crianças entre 5 e 8 anos:
20mg a 30mg por via oral; crianças entre 9 e 12 anos: 25mg a 50mg por via
oral; crianças com maisde 12 anos: 25mg a 75mg via oral; e adultos: 75mg
via oral ao deitar.
Indicações: incontinência urinária, enurese noturna.

ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS

Cálculos de mEq
As moléculas de compostos químicos em soluções podem permanecer inal-
teradas ou podem dissociar-se em partículas conhecidas como íons, dotadas
de carga elétricas (cátions ou ânions). As substâncias que não se dissociam
em soluções são chamadas não-eletrólitos, e aquelas que se dissociam são os
eletrólitos.

Há vários eletrólitos presentes no plasma sanguíneo que são importantes para


a manutenção do equilíbrio ácido-base no corpo e para o controle do volume
de água no organismo.

É comum a farmácia receber prescrições de substâncias eletrólitas. Um exem-


plo clássico é o citrato de potássio, que é um alcalinizante urinário utilizado na
acidose tubular renal e na prevenção da formação de alguns cálculos renais.

O sal citrato de potássio normalmente é expresso em termos de miliequivalen-


tes (mEq). Um mEq corresponde à milésima parte de um equivalente grama,
ou simplesmente equivalente. O equivalente de uma substância é a menor
porção da substância capaz de reagir quimicamente e corresponde ao peso
atômico ou ao peso molecular, dividido pela valência.

Equivalente-grama (Eqg) em fórmulas moleculares = massa molar / variação


total do Nox por molécula.
Miliequivalente (mEq) = Equivalente-grama/1000

65
Exemplo de prescrição:
Citrato de potássio10mEq
Manipular 30 cápsulas.
Tomar 1 cápsula 3 vezes ao dia, logo após as refeições.

Cálculos:
Fórmula molecular do citrato de potássio monoidratado = C6H5K3O7.H2O
Massa molar do citrato de potássio monoidratado = 324,4g/ml, sendo citrato
= (C6H5O7)-3 e íon potássio = K+ (potássio tem valência 1+, mas, no citrato
de potássio (C6H5K3O7), cada K cede 1 elétron; como são K3, temos 3 elétrons).
Variação total do Nox por molécula (número de elétrons ganhos ou perdidos
por molécula) = 3

Equivalente-grama (Eqg) = massa molar / variação total do Nox por molécula


= 324,4/3
Eqg = 108g
1 mEq = 108g/1000 = 0,108g
1 mEq = 108mg

Assim, 1mEq de citrato de potássio equivale a 108mg do sal. Para a manipu-


lação de cápsulas contendo 10mEq, basta multiplicar 108mg x 10mEq para
encontrar o valor em miligramapor cápsula do sal.

Diluição geométrica
Para garantir a qualidade e a segurança do produto manipulado, é funda-
mental um controle rigoroso de todas as etapas do processo de manipulação.
A manipulação de cápsulas contendo fármacos de baixas dosagens merece
atenção especial, sendo críticas para a obtenção de doses uniformes as eta-
pasdepesagem e mistura. A exemplo, temos o cloridrato de tansulosina.

Conforme a faixa de dosagem do fármaco, poderá ser definida a proporção


da diluição geométrica:
• Até 0,1mg, recomenda-se a diluição 1:1000. Aplica-se fator de correção
1000.
• De 0,1mg a 1mg, recomenda-se a diluição 1:100. Aplica-se fator de
correção 100.
• De 1 a 5mg, recomenda-se a diluição 1:10. Aplica-se fator de correção 10.

66
Técnica
Proporção: 1:10.
Quantidade desejada da diluição (exemplo): 30g.
Quantidade de ativo a ser pesado: 3g.
Quantidade total de excipiente inerte a ser utilizado: 27g.

Proporção: 1:100.
Quantidade desejada da diluição (exemplo): 30g.
Quantidade de ativo a ser pesado: 0,3g.
Quantidade total de excipiente inerte a ser utilizado: 29,7g.

Proporção: 1:1000.
Quantidade desejada da diluição (exemplo): 30g.
Quantidade de ativo a ser pesado: 0,03g.
Quantidade total de excipiente inerte a ser utilizado: 29,97g.

Diluição geométrica volume/volume:


1. Pese todos os componentes da diluição.
2. Coloque o componente presente em menor quantidade no gral, no
caso o ativo.
3. Selecione o componente presente em maior quantidade (excipiente inerte)
e coloque no gral uma quantidade aproximadamente igual ao volume
de pó do primeiro componente.
4. Triture bem os pós até obter uma mistura uniforme.
5. Adicione um volume de pó do segundo componente (excipiente inerte)
igual ao volume de pó da mistura presente no gral e triture bem.
6. Continue adicionando pó no gral dessa forma até que todo o
excipiente inerte seja adicionado.

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68
FORMULAÇÕES

Enxaguatório bucal
Fluoreto de sódio....................................................................0,02% -0,05%
Metilparabeno....................................................................................0,18%
Flavorizante de menta..............................................................................q.s
Água purificada qsp............................................................................100ml
Posologia: a critério do profissional habilitado, fazer bochechos sem ingestão
após a higienização bucal 1 vez ao dia. Uso externo e odontológico, não ingerir.
Indicação: enxaguatório para reposição de flúor no esmalte do dente, promo-
vendo efeito cariostático, pela adsorção de fluoreto de cálcio em sua superfície
e liberação dos íons fluoreto durante os estados de queda de pH na placa.
Uso adulto.

Digluconato de clorexidina..................................................................0,12%
Edulcorante.............................................................................................q.s
Metilparabeno....................................................................................0,18%
Flavorizante.............................................................................................q.s
Água purificada q.s.p..........................................................................100ml
Posologia: a critério do profissional habilitado, utilizar de 10ml a 15ml para
fazer bochechos sem ingestão, após higiene bucal 1 vezao dia. Uso externo e
odontológico, não ingerir.
Indicações: enxaguatório para a prevenção da formação da placa e o desen-
volvimento de gengivites. Uso adulto.

Clareamentos
Peróxido de carbamida**.............................................................10% a 35%
Glicerol (glicerina®)..................................................................................5%
Sacarina sódica.......................................................................................1%
Metilparabeno....................................................................................0,15%
EDTA..................................................................................................0,10
Mentol........................................................................................................0,10%
Gel de carbômero base qsp.....................................................................5ml
*Dispensar em seringa oral pack.
Posologia: uso em consultório ou de acordo com as indicações do profissional
odontólogo.
Indicação: clareamento de dentes vitais. Uso externo e odontológico, não in-
gerir. Manter sob refrigeração.

69
**O peróxido de carbamida pode ser preparado por recristalização de ureia
em solução aquosa de peróxido de hidrogênio em um processo que envolve
banho-maria até 35ºC com posterior descanso para formação de cristais.
Após a formação dos cristais, é importante realizar o doseamento para verifi-
cação do teor.

Peróxido de carbamida:
Peróxido de hidrogênio a 35%...............................................................112g
Ureia P.A..............................................................................................180g
Pirofosfato de sódio.................................................................................1%

Odontogeriatria
Cloreto de potássio............................................................................0,096g
Cloreto de sódio................................................................................0,067g
Cloreto de magnésio hexaidratado.....................................................0,004g
Cloreto de cálcio di-hidratado............................................................0,012g
Fosfato de potássio monobásico.........................................................0,027g
Carmelose sódica..................................................................................0,8g
Solução de sorbitol a 70% (p/p)..............................................................2,4g
Solução conservante de parabenos*..........................................................2g
Flavorizante de menta...............................................................................qs
Solução de ácido cítrico (25% a 50%) qs.......................................pH 6,0-7,0
Água purificada qsp........................................................................... 100ml
*Formulário Nacional da Farmacopeia 2ª edição – Revisão 2.
Posologia: a critério do profissional habilitado, bochechar ou borrifar a mu-
cosa oral com uma pequena quantidade do produto, várias vezes ao dia de
acordo com a necessidade. Uso externo.
Indicação: saliva artificial, solução, para o tratamento da hipossalivação ou
xerostomia (síndrome da boca seca).

Pasta ou gel dental


Glicerina................................................................................................32%
Carbopol 934P.........................................................................................2%
Pirofosfato de sódio............................................................................0,25%
Sacarina sódica..................................................................................0,20%
Metilparabeno....................................................................................0,15%
Solução NaOH 50%.................................................................................1%
Lauril sulfato de sódio.........................................................................1,20%
Flavorizante.............................................................................................1%
Água purificada qsp............................................................................100ml
Posologia: para higienização dentária, de acordo com as indicações do pro-
fissional odontólogo. Uso externo e odontológico, não ingerir.
Indicação: gel dental infantil sem abrasivo e sem flúor. O pirofosfato é um
agente antitártaro.
70
Fosfato bicálcico....................................................................................25%
Sorbitol 70%..........................................................................................20%
Lauril sulfato de sódio.........................................................................1,20%
Carboximetilcelulose................................................................................2%
Goma xantana........................................................................................1%
Sacarina...............................................................................................0,1%
Flavorizante........................................................................................0,75%
Água purificada qsp............................................................................100ml
Posologia: para higienização dentária, de acordo com as indicações do pro-
fissional odontólogo. Uso externo e odontológico, não ingerir.
Indicação: gel dental com baixa abrasividade.

ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS

Peróxido de carbamida
O peróxido de carbamida, também chamado de peróxido de ureia é um
agente de branqueamento dental amplamente utilizado em odontologia. É
um produto da reação entre peróxido de hidrogênio e ureia, resultando em
um sólido com estabilidade maior que a do próprio peróxido de hidrogênio. O
branqueamento é resultado de um processo oxidativo químico que descolore
os poros do esmalte e da dentina. A ureia se decompõe em dióxido de carbo-
no e amônia, que aumenta o pH e melhora o processo.

O peróxido de carbamida pode ser preparado por recristalização de ureia em


solução aquosa de peróxido de hidrogênio em um processo que envolve ba-
nho-maria até 35ºC com posterior descanso para formação de cristais.

Peróxido de carbamida:
Peróxido de hidrogênio a 35%...............................................................112g
Ureia P.A..............................................................................................180g
Pirofosfato de sódio..................................................................................1%

Após a formação dos cristais, é importante realizar o doseamento para verifi-


cação do teor de peróxido de carbamida de acordo com referência farmaco-
peica. Prescrições odontológicas de géis de peróxido de carbamida, incluem
doses variáveis de 10% a 40% em gel de Carbopol® (polímero carboxipoli-
metileno). Dentre as concentrações, as mais elevadas são dispensadas para

71
uso do profissional em consultório. Géis com doses menores de peróxido de
carbamida são administrados pelo paciente de acordo com instruções de uso
do profissional prescritor.

Gel contendo peróxido de carbamida:


Peróxido de carbamida..........................................................................20%
Glicerol (glicerina®)..................................................................................5%
Sacarina sódica.......................................................................................1%
Metilparabeno....................................................................................0,15%
EDTA.................................................................................................0,10%
Mentol................................................................................................0,10%
Gel de carbômero base qsp....................................................................5ml
*Dispensar em seringa oral pack.

Prescrições odontólogicas
O medicamento manipulado tem a vantagem de adequar doses, selecionar o
veículo e o excipiente mais adequado, respeitando as especificações do cirur-
gião-dentista e atendendo às necessidade dopaciente.

Dentre as atribuições dos cirurgiões-dentistas, a Lei Federal 5.081/1966 esta-


belece o direito de prescrever e aplicar especialidades farmacêuticas, de uso
interno e externo, indicadas em odontologia, sendo a prescrição magistral
estritamente reservada para tratamento de agravos relativos à saúde bucal.

O cirurgião-dentista, respaldado na ciência, possui competência legal e téc-


nica para prescrever antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos, anestésicos
locais, medicamentos no tratamento da hipo e hipersalivação, no controle e
profilaxia da cárie, para o clareamento dos dentes, para prevenção de trom-
boembolia, antifúngicos, antivirais, entre outros. Pode prescrever também so-
luções e pastas coadjuvantes ao procedimento odontológico no consultório.

Á exemplo, temos as pastas e géis dentais e enxaguatórios fluoretados; so-


luções evidenciadoras de placa bacterianas à base defucsina básica ou eri-
trosina; pasta dentifrícia contendo triclosan e pirofostato de sódio; soluções
enxaguatórias antissépticas comdigluconato de clorexidina; soluções quelan-
tes para uso em consultório em endodontia, pastas de hidróxido de cálcio,
para uso intracanal em procedimentos em consultório; formulações para uso
em curativo em procedimentos; peroxido de carbamida para clareamento dos
dentes, entre outros.
72
Fluoreto de sódio 0,05% Enxaguatório bucal
Fórmula:
Fluoreto de sódio ..............................................................50mg (miligrama)
Solução conservante de parabenos*..........................................................2g
Aroma......................................................................................................qs
Água purificada qsp............................................................................100ml
*Vide Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira 2ª edição, Revisão 2.
**As soluções aquosas de fluoreto de sódio possuem pH próximo de 7,0. De-
compõem-se lentamente, tornam-se alcalinas quando armazenadas em vidro
e são incompatíveis com sais de magnésio e de cálcio.

Advertências: Evitar a ingestão. Cuidados devem ser tomados para prevenir


crianças de engolir a solução de fluoreto de sódio após a aplicação tópica nos
dentes. Manter fora do alcance de crianças.
Indicações: Prevenção de cáries.

Modo de usar: em bochechos, preferencialmente à noite, após escovação


dos dentes. Os pacientes devem ser instruídos a não engolir a solução e, para
maior benefício, não comer e beber no prazo de aproximadamente 30 minu-
tos após o uso da solução.

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74
FORMULAÇÕES

Lubrificantes oculares
Lágrima artificial
Ácido hialurônico..................................................................................0,5%
Veículo qsp..........................................................................................10mL
Posologia: 1 a 2 gotas, 3 a 4 vezes ao dia, ou quando necessário.
Indicação: para o alívio dos olhos secos e irritações oculares associadas à
produção deficiente de lagrimas e lubrificação de próteses oculares.

Glicerol................................................................................................0,3%
Veículo qsp...........................................................................................3,5g
Posologia: 1 gota sempre que necessário.
Indicação: lubrificação ocular, prevenção e alívio da irritação do olho seco,
alívio temporário nas irritações menores dos olhos, como na exposição ao sol
e ao vento.

Pomada lubrificante
Vaselina sólida.......................................................................................70%
Vaselina líquida.....................................................................................30%
Posologia: aplique pequena quantidade no saco conjuntival, quando necessá-
rio. Não usar com lentes de contato.
Indicação: proteção e lubrificação do olho em ceratite de exposição, sensibili-
dade corneanadiminuída, em cirurgias não oftálmicas para lubrificar e prote-
ger os olhos e para uso pós-cirúrgico, como lubrificante.

Banhos oculares
Cloreto de sódio.................................................................................0,64%
Cloreto de potásio............................................................................0,075%
Cloreto de cálcio...............................................................................0,048%
Cloreto de magnésio.............................................................................0,3%
Acetato de sódio..................................................................................0,39%
Citrato de sódio...................................................................................0,17%
Cloreto de benzalcônio........................................................................0,01%
Água destilada qsp............................................................................100mL
Indicação: solução semelhante à lagrima, para irrigação extraocular.

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Ácido bórico............................................................................................1%
Sulfato de zinco................................................................................0,125%
Cloreto de benzalcônio........................................................................0,01%
Hidrolato de hamamelis.......................................................................24mL
Água destilada qsp...........................................................................200mL
Indicação: antisséptico suave e levemente adstringente.

Extrato de tília........................................................................................1mL
Extrato de camomila..............................................................................1mL
Digluconato de clorexidina................................................................0,005%
Veículo qsp........................................................................................200mL
Indicação: anti-inflamatório e descongestionante suave.

Uso interno
Acetazolamida........................................................................125 a 250mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: 250mg 1 a 4 vezes ao dia.
Indicação: glaucoma crônico simples de ângulo aberto, glaucoma secundário.

Óleo de linhaça.......................................................................................1g
Posologia: 1 a 2 cápsulas ao dia.
Indicação: tratamento do olho seco de pacientes portadores da síndrome de
Sjögren.

Luteína..................................................................................................6mg
Vitamina A.......................................................................................750mcg
Vitamina C........................................................................................250mg
Vitamina E..........................................................................................34mg
Zinco quelato......................................................................................10mg
Cobre quelato....................................................................................0,5mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: 1 cápsula ao dia, com alimento.
Indicação: catarata, degeneração macular senil.

Vitamina E........................................................................................200mg
Betacaroteno...................................................................................5.000UI
Vitamina C.......................................................................................100mg
Selênio...............................................................................................500mcg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: 2 cápsulas, 1 a 2 vezes ao dia.
Indicação: degenerações retinianas.

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Zinco (elementar)................................................................................40mg
Cobre (elementar)................................................................................2mg
Selênio (elementar)............................................................................40mcg
Vitamina A (betacaronteno)..............................................................5.000UI
Vitamina C..........................................................................................60mg
Vitamina E............................................................................................30UI
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: 1 cápsula, 1 a 2 vezes ao dia, às refeições.
Indicação: degeneração macular senil e da musculatura estriada do olho,
catarata, cegueira noturna, xeroftalmia, hemorragias das câmaras anterior e
posterior.

ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS


Características dos produtos para aplicação oftálmica
As formulações para uso em oftalmologia possuem algumas particularidades,
necessitando de cuidados especiais desde a estrutura física do laboratório até
a garantia da esterilidade do produto.
Soluções (colírios), pomadas e géis são as formas farmacêuticas mais utiliza-
das. Para manipulá-las são necessários os seguintes cuidados:
• O pH ideal deve ser igual ao da lágrima (entre 7,2 e 7,4). Como recurso
para obter esse pH, utilizam-se soluções tampão. Soluções com pH
mais ácido ou mais alcalino causam irritações e podem afetar a
absorção do ativo. Algumas exceções podem acontecer por motivos
farmacotécnicos como alcaloides com pH em torno de 4,5 e
sulfonamidas com pH de aproximadamente 9,0.
• Sempre que possível, a osmolaridade das preparações oftálmicas
deve seguir a tonicidade da lágrima para que elas sejam menos irritantes.
Em pequenas quantidades, o olho tolera bem tonicidade distante da
fisiológica, mas com comprometimento do conforto da aplicação.
• Além de serem manipuladas em áreas estéreis, os produtos precisam ser
estéreis e as embalagens utilizadas precisam ser esterilizadas. Portanto,
devem ser submetidos ao controle de esterilidade para garantir a ausência de
microrganismos. A obtenção da esterilidade ocorre pelos processos de
filtração em membrana de 0,22µ, calor seco (estufa) ou autoclavação,
dependendo das características dos componentes da formulação.
• As formulações oftálmicas devem ser límpidas, sem partículas visíveis
a olho nu (exceto suspensões).
• A pesagem dos componentes da formulação deve ser precisa, uma vez
que são prescritas em quantidades muito pequenas.
• O aumento da viscosidade permite maior contato do princípio ativo com os
tecidos e o aumento da penetração ocular.
• Às vezes é necessáriaa adição de um tensoativo para diminuir a tensão
superficial da solução, facilitando a mistura do colírio com o filme lacrimal.
Difundir os ativos pelo epitélio corneano e aumentar a penetração destes.
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78
FORMULAÇÕES

Soluções otológicas
Carbonato de sódio..................................................................................1g
Trietanolamina......................................................................................0,5g
Glicerina.............................................................................................10mL
Água destilada....................................................................................10mL
Posologia: instilar 5 gotas no conduto aditivo, 2 vezes ao dia.
Indicação: emulsionar a cera facilitando sua remoção.

Benzocaína.......................................................................................200mg
Glicerina qsp.......................................................................................15mL
Posologia: instilar 5 gotas no conduto auditivo e fechar o canal auricular.
Indicação: otalgias.

Ácido salicílico.........................................................................................1g
Álcool......................................................................................................qs
Glicerina qsp.......................................................................................20mL
Posologia: instilar 3 gotas no conduto auditivo, 3 vezes ao dia.
Indicação: descamação epidérmica do conduto auditivo.

Ácido bórico........................................................................................1,67g
Álcool etílico 96°GL qsp........................................................................30mL
Posologia: instilar 3 a 5 gotas nos condutos auditivos, após nadar.
Indicação: profilaxia da otite externa difusa, causada por água de mar ou
piscina.

Ácido acético............................................................................................2%
Álcool isopropílico ou propilenoglicol qsp..............................................30mL
Posologia: instilar 5 gotas nos condutos auditivos, após nadar.
Indicação: profilaxia da otite externa difusa, caudada por água de mar ou
piscina.

Ciprofloxacino......................................................................................0,3%
Hidrocortisona..........................................................................................1%
Glicerina qsp.......................................................................................10mL
Posologia: instilar 4 gotas no conduto auditivo, 3 a 4 vezes ao dia.
Indicação: otite externa.

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Cetoconazol.......................................................................................0,15g
Dimetilsulfóxido (DMSO)........................................................................5mL
PEG 400 (Carbowax 400) qsp...............................................................15mL
Posologia: instilar 3 gotas no conduto auditivo, 3 vezes ao dia.
Indicação: otite externa micótica.

Formulações de uso interno para tratamento de afecções otológicas


Xarope com xilitol 40%
Xilitol.....................................................................................................40g
Metilparabeno...................................................................................100mg
Propilparabeno.................................................................................100mg
Flavorizante..............................................................................................qs
Água destilada qsp............................................................................100mL
Posologia: 8,4 a 10g/dia, dividido em 5 doses.
Indicação: prevenção da otite média em crianças.

Cápsulas com revestimento entérico de fluoreto de sódio


Fluoreto de sódio.................................................................................25mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: 1 cápsula ao dia.
Indicação: otospongiose.

Preparações nasais
Geleia nasal com sulfato de efedrina
Sulfato de efedrina...................................................................................1g
Goma adraganta.....................................................................................1g
Salicilato de metila............................................................................0,01mL
Eucaliptol...........................................................................................0,1mL
Glicerina...............................................................................................15g
Água destilada....................................................................................83mL
Indicação: descongestionante nasal

Gotas nasais com triancinolona e nafazolina


Acetonido de triancinolona.................................................................0,025%
Cloridrato de nafazolina......................................................................20mg
Metilcelulose..........................................................................................0,5%
Solução tampão nasal qsp....................................................................30mL
Posologia: instilar 2 gotas em cada narina, 3 vezes ao dia.
Indicação: rinite alérgica.

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Solução nasal de lidocaína
Cloridrato de lidocaína..........................................................................1,2g
Cloreto de sódio................................................................................0,287g
Solução de cloreto de benzalcônio 1% (p/v)..........................................0,6mL
Solução de HCl 1% (p/v)........................................................qs pH 5,0 – 7,0
Solução de NaOH 1%............................................................qs pH 5,0 – 7,0
Água destilada qsp..............................................................................60mL
Posologia: a critério médico.
Indicação: anestésico local.

Formulações para afecções orolaringofaríngeas


Acetonido de triancinolona.......................................................... 0,1 a 0,5%
Lidocaína.................................................................................................1%
Gel orabase qsp.....................................................................................10g
Posologia: aplicar nas lesões 2 a 3 vezes ao dia.
Indicação: aftas.

Hidrocortisona.................................................................................55,2mg
Cloridrato de lidocaína..........................................................................2,4g
Eritromicina (estolato ou estearato).........................................................1,5g
Cloridrato de difenidramina...............................................................150mg
Nistatina..................................................................................2.000.000UI
Flavorizante..............................................................................................qs
Xarope simples qsp............................................................................120mL
Posologia: aplicar 1 a 2 mL na mucosa oral e manter em contato por algum
tempo e bochechar, 4 vezes ao dia.
Indicação: úlceras bucais.

Colutório natural
Tintura de própolis..................................................................................10%
Tintura de romã....................................................................................8,3%
Tintura de menta (hortelã)........................................................................25%
Mel qsp...............................................................................................30mL
Posologia: aplicar 2 a 3 jatos na garganta em caso de desconforto ou dor.
Indicação: amigdalite e faringite.

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Saliva artificial
CMC-Na..............................................................................................2,5g
Água destilada..................................................................................250mL
Glicerina...........................................................................................100mL
Solução de NaCl 0,9%.......................................................................150mL
Aroma......................................................................................................qs
Indicação: xerostomia.

ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS

Características de preparações otológicas


As preparações otológicas normalmente são líquidas ou pastosas. De forma
geral, são produtos semiestéreis e o pH deve ser preferencialmente ácido, uma
vez que o pH alcalino favorece a proliferação de bactérias.

Quando na forma líquida, devem ser viscosas para aderir às paredes do con-
duto auditivo. Os veículos mais utilizados são: glicerina, propilenoglicol, polie-
tilenoglicol de baixo peso molecular (PEG 300 ou PEG 400) e óleos. Também
podem ser usados água e álcoois (etílico e isopropílico). Já as pomadas têm
como base a vaselina ou gel de petrolato/piloetileno (Unigel®).

Antibióticos: fator de correção de umidade


O fator de correção de umidade é aplicado para corrigir a umidade de uma
substância quando necessário. Para correta aplicação, primeiramente é im-
portante observar qual tipo de água está presente no insumo: se água de
cristalização ou umidade. Para isso, é necessária a análise crítica do certifi-
cado de análise. A água de cristalização ou de constituição é a água ligada
quimicamente à molécula, o que é o caso da azitromicina di-hidratada
(C38H72N2O12 . 2H2O). Já a umidade é a água livre que impregna algumas
substâncias e não faz parte da molécula, a exemplo do metotrexato (fármaco
com propriedades imunossupressoras usado como “droga modificadora do
curso da doença” em artrite reumatoide e artrite psoriática).

Em algumas substâncias em que a água (H2O) faz parte da molécula, normal-


mente aplicamos o fator de equivalência, que calcula a massa da substância
hidratada quando a dose for em termos dela anidra. Para isso é necessária a
consulta de referências que trazem essas informações, a exemplo do Manual

82
de Equivalência e Correção do Conselho Federal de Farmácia e da Anfarmag.
É o caso da azitromicina di-hidratada já mencionada. Como as doses são em
termos da substância anidra, faz-se necessária a aplicação do fator de equiva-
lência. Nesses casos, uma vez que já corrigimos a água por meio do fator de
equivalência, não há necessidade de aplicar o fator de correção de umidade.

Quando o teor de água citado no certificado de análise for referente à umi-


dade da substância (água livre) ou quando não houver informações sobre a
necessidade do uso do fator de equivalência (fator de equivalência igual a
1), é necessário aplicar o fator de correção de umidade, desde que o dosea-
mento do ativo seja em termos dele seco (anidro). Como já citado, um caso
típico é o metotrexato, que pode possuir até 12% de sua massa em água. Se
não corrigirmos essa umidade de acordo com o teor de água mencionado
no certificado de análise, enviaremos ativo a menos na formulação. Ácido
fólico, levotiroxina sódica, aciclovir e cianocobalamina são outros fármacos
que apresentam alto índice de umidade (água livre). Para calcular o fator de
correção, devemos empregar a seguinte formulação:
Fator de correção de umidade = 100 ÷ 100 – (teor de umidade em %)*
*De acordo o teor de água informado no certificado de análise.

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84
FORMULAÇÕES

Hipertensão pulmonar e apneia da prematuridade


Citrato de sildenafil*..............................................................................5mg
Veículo apropriado para uso em neonatos qsp........................................1 ml
Mande frasco com_____ml.
*Sildenafil: usado na forma de citrato de sildenafil, em doses equivalentes à
base (Feq= 1,4)
Posologia: a critério médico. Vários esquemas são encontrados na literatura.
Ex.: dose inicial de 5mg, 3 vezes ao dia, por 7 dias; seguidapor 10mg, 3 vezes
ao dia, por 7 dias; e manutenção de 15mg, 3 vezes ao dia, ou 0,25mg/kg a
0,5mg/kg (neonatos e lactantes), 3 a 6 vezes ao dia, ajustando de acordo com
a resposta.
Indicação: hipertensão pulmonar pediátrica.

Citrato de cafeína................................................................................10mg
Veículo apropriado para uso em neonatos qsp........................................1 ml
Mande frasco com_____ml.
Posologia: a critério médico. Ex.: dose inicial de citrato de cafeína de 20mg/
kg (equivalente a 10mg/kg de cafeína), seguida por dose de manutenção de
5 mg/kg/dia (equivalente a 2,5mg/kg de cafeína).
Indicação: apneia da prematuridade. Ação estimulante do SNC (não anfeta-
mínica) e estimulante respiratória.

Estimulante do apetite, anemia


Dicloridrato de buclisina........................................................................5mg
Cloridrato de L-lisina...........................................................................30mg
Cloridrato de piridoxina.........................................................................2mg
Veículo apropriado para uso pediátrico qsp..............................................5ml
Mande frasco com_____ml.
Posologia: acritério médico, respeitando as doses usuais para cada faixa etá-
ria. Crianças até 10Kg: 2,5ml duas vezes ao dia; de 10 a 20 Kg: 5ml duas
vezes ao dia; acima de 20 Kg: 7,5ml duas vezes ao dia, 30min antes das
refeições.
Indicação: estimulante do apetite.

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Ácido fólico...................................................50mcg-100 mcg (microgramas)
Ferro elementar (quelato).........................................12,5mg, 20mg ou 40mg
Veículo apropriado para uso pediátrico qsp.............................................5ml
Mande frasco com_____ml.
Posologia: doses diárias a critério médico para crianças com idade entre 3 a
5 anos.
Indicação: tratamento da anemia leve a moderada em crianças entre 3 a 5
anos de idade.

Redução da febre infantil


Paracetamol......................................................................12,5 mg/Kg/dose
Veículo apropriado para uso em pediatria qsp......................................1 dose
Posologia: a critério médico de acordo com a patologia e faixa etária pediá-
trica.
Indicação: dor ligeira a moderada, febre. Um regime de tratamento alterna-
tivo de acetaminofeno (12,5mg/kg por dose) e ibuprofeno (5mg/kg por dose)
a cada 4 horas durante 3 dias, independentemente da medicação de carre-
gamento inicial, é mais eficaz do que a monoterapia na redução da febre em
lactentes e crianças. Bebês com menos de 3 meses não devem receber para-
cetamol, a menos que seja recomendado por um médico. Neonato: 10mg/Kg
a cada 6 a 8 horas, conforme necessário. Máximo de 4 doses em 24 horas. Se
o recém-nascido for icterizado, uma dose de 5mg/Kg é adequada. Crianças:
15mg/kgaté 1g a cada 4-6 horas, conforme necessário. Máximo de 4 doses
ou 4g em 24 horas. Uso oral ou retal.

Toxoplasmose
Pirimetamina.........................................................................................5mg
Veículo apropriado para uso pediátrico qsp.............................................1ml
Mande frasco com_____ml.
Quando for solicitada transformação, seguir procedimento operacional da
farmácia.
Posologia: a critério médico, utilizando como base protocolos clínicos oficiais
para toxoplasmose e a idade do paciente pediátrico. Tratamento de toxoplas-
mose (em combinação com sulfadiazina e folinato de cálcio) – criança acima
de 1 mês: 1mg/kg (máximo 25mg/ dose) 2vezes ao dia durante 3 dias, depois
1mg/ kg (máximo de 25mg) 1vez por dia durante pelo menos 6 semanas.
Indicação: agente antimalárico utilizado no tratamento da toxoplasmose (to-
xoplasmicida) em terapia combinada com sulfadiazina. A dose da sulfadiazina
deve ser estipula pelo médico de acordo com protocolos clínicos.
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Hidratação e limpeza da pele
Óleo de calêndula...................................................................................5%
Alantoina..............................................................................................0,2%
Loção cremosa hidratante qsp.............................................................100ml
Posologia: a critério médico, aplicar na região afetada 2 a 3 vezes ao dia.
Indicação: Dermatites e pele seca.

Lauril sulfossuccinato de sódio................................................................10%


Imidazolina anfoterizada..........................................................................7%
Dietanolamina de ácido graxo de coco......................................................3%
Ácido láctico.........................................................................................0,3%
Água destilada qsp.............................................................................100ml
Posologia: acritério médico para uso nos banhos da criança.
Indicação: xampu infantil com tensoativos suaves e pouco irritantes para os
olhos.

Glicerol (glicerina)............................................................................10-20%
Emulsão cremosa qsp.........................................................................120ml
Posologia: aplicar nas regiões afetadas, 2 vezes ao dia, a critério médico.
Indicação: Dermatite atópica. O glicerol aumenta a hidratação do estrato cór-
neo, diminuído os sinais de inflamação e consequentemente melhorando a
função barreira da epiderme.

ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS


Preparações orais líquidas em pediatria: cuidado com soluções
hipertônicas
Presença de altas concentrações (soluções saturadas) de sacarose e pólios (sor-
bitol, xilitol, manitol, glicerina, polietilenoglicol) em pediatria são responsáveis
pela alta osmolalidade (soluções hipertônicas) em preparações orais. Essas
soluções hipertônicas causam irritação gastrointestinal e flebite ou hemorragia
intraventricular em recém-nascidos e prematuros. Em preparações orais para
neonatos o ideal é manter uma solução isotônica com valores máximos de
400mOsm/Kg.

Ao escolher o veículo oral, seja ele uma suspensão ou uma solução oral, o
ideal é se atentar à isotonia da preparação oral. Quanto menos hipertônico
for a preparação oral, menor será a agressão ao organismo da criança.

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Primeiramente, o ideal e se basear nas literaturas, que descrevem o veículo
apropriado para cada tipo de fármaco, garantindo dessa forma a estabili-
dade. Avalie nessas sugestões se os componentes da formulação garantem
soluções menos hipertônicas.
Soluções saturadas de sorbitol e sacarose são hipertônicas e devem ser evita-
das se não forem diluídas. Uma boa opção para crianças menores é o uso de
suspensões contendo polímeros, como a metilcelulose e a carboximetilcelulo-
se. A solução a 1% de metilcelulose 1500cps ou carboximetilcelulose sódica
de média viscosidade tem viscosidade adequada e é um veículo líquido não
hipertônico sem açúcar, apropriado para preparar formulações líquidas orais
para recém-nascidos ou outros pacientes que necessitam desse tipo de veículo.

Se forem utilizadas para crianças mais velhas, as soluções de metilcelulose e


carboximetilcelulose podem ser personalizadas pela adição de flavorizantes
ou edulcorantes para melhorar a palatabilidade. Essas soluções de polímeros
podem também ser misturadas a um xarope flavorizado, permitindo um veí-
culo com mais viscosidade, que não seja tão doce ou tão hipertônico quanto
as soluções saturadas de sacarose e sorbitol.

A suspensão oral NF comercialmente conhecida por Ora-Plus® é uma boa


escolha de veículo. Alguns livros pediátricos preconizam seu uso diluído em
proporções 1:1 em Ora-Sweet® ou Ora-Sweet SF® para alguns fármacos. O
Ora-Plus® é um veículo tixotrópico contendo agentes suspensores, conservan-
tes, tamponantes e antiespumantes, não contém açúcar, edulcorantes, flavori-
zantes ou álcool. Apresenta pH 4,2 e é praticamente isotônico, com osmola-
lidade de 230 mOsm/Kg. A solução oral NF-USP (comercialmente conhecida
como Ora-Sweet®) é um veículo hipertônico, com uma osmolalidade de 3.240
mOsm/K. A solução oral livre de açúcar NF-USP (comercialmente conheci-
do como Ora-Sweet SF®) também é um veículo hipertônico com uma osmo-
lalidade de 2.150 mOsm/Kg. Ao diluir 1:1 (50% de Oral-Plus® e 50% de
Ora-Sweet ® ou Ora-Sweet SF®), temos uma solução menos hipertônica e mais
apropriada para crianças maiores.

Se for comprar essas soluções/suspensões prontas ou se for manipular, é im-


portante e se atentar às restrições de uso dos componentes no paciente. Dar
especial atenção ao uso de alguns conservantes, edulcorantes e flavorizantes
em crianças menores. É fundamental ter conhecimento de quais conservan-
tes, edulcorantes eflavorizantes fazem parte da solução ou suspensão oral
adquirida.

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Toxicidade de excipientes e adjuvantes farmacotécnicos em
pacientes pediátricos

Excipientes Efeitos tóxicos

Dermatite de contato, hipersensibilidade. Estrogenicidade.


Parabenos 0,01-0,3% (fenólicos) Ingestão diária admissível: 0-10mg/Kg. Considerados seguros
em neonatos.

Dados de toxicidade em animais (ratos).


Ingestão diária admissível:
BHT e BHA (antioxidantes fenólicos)
BHT 0-0,5mg/Kg
BHA 0-0,3mg/Kg

Metahemoglobinemia, sensibilização, prurido.


Propilgalato 0,002-0,01% (fenólicos)
Ingestão diária admissível: 1,4mg/Kg.

Reações de hipersensibilidade em populações de risco


(asmáticos): broncoconstrição, prurido, urticária, angioedema
Antioxidantes sulfitos (bissulfito de sódio, bissulfito de
e hipotensão). Os sulfitos causam irritação gástrica,
potássio, metabissulfito de sódio e de potássio,
hipersensibilidade, broncoespasmo, anafilaxia, depressão do
sulfito sódico).
SNC.
Ingestão diária admissível: 0-0,7mg/Kg.

Interações, intoxicação (25mg/dl), depressão respiratória,


Etanol letargia, coma e colapso cardiovascular, depressão e
toxicidade do sistema nervoso central.

Efeitos neurológicos. Síndrome fetal em prematuros. O álcool


benzílico causa acidose metabólica grave, encefalopatia,
Álcool benzílico
depressão respiratória com quadro ofegante (gasping ) em
prematuros.

Efeitos cardiovasculares (infusão parenteral), dermatite de


contato, efeitos neurológicos (neonatos e crianças),
metabolismo para piruvato e lactato (acidose), efeitos
otológicos.
Propilenoglicol Ingestão diária admissível: 0-25mg/Kg.
Pode ocorrer diarreia pelo efeito osmótico, dermatite de
contato, arritmias cardíacas, hipotensão, depressão do SNC,
acidose láctica e convulsões. Não é indicado para crianças
menores de 4 anos, pois o metabolismo é limitado.

Quanto menor o peso molecular, maior a toxicidade.


Hiperosmolaridade, ácido metabólica, insuficiência renal. Por
Polietilenoglicois via tópica: toxicidade branda exceto em queimados, urticaria,
reações alérgicas tardias.
Ingestão diária admissível: 0-10mg/Kg.

É contraindicado em neonatos e deve ser evitado em crianças


Benzoato de sódio de até 3 anos. Toxicidade, anafilaxia, urticária e angioedema
em indivíduos com intolerância a salicilatos.

Contraindicado em crianças diabéticas e com intolerância à


Sacarose
frutose. Favorece o aparecimento de cáries dentárias.

L-arginina Contraindicado em deficiência de arginase.

Sorbitol e xilitol Diarreia osmótica, flatulência e dor abdominal.

89
Em prematuros, neonatos e crianças com menos de 6 meses de idade, não se
deve usar: álcool benzílico (neurotoxicidade, acidose metabólica, síndrome de
gasping); etanol (neurotoxicidade); polietilenoglicol (acidose metabólica); po-
lisorbato 20 e 80 (insuficiência hepática e renal); propilenoglicol (convulsões,
neurotoxicidade e hiperosmolalidade), clorobutanol para uso oftálmico, nasal e
parenteral (sedação, sonolência).

Em pacientes com função renal reduzida, o uso de sais de alumínio pode re-
sultar em encefalopatia, anemia microcítica e osteodistrofia. Os PEGS causam
acidose metabólica e o propilenoglicol neurotoxicidade e hiperosmolaridade.

Em prematuros e neonatos com icterícia, kernicterus ou hiperbilirrubinemia, e


com acidose metabólica ou distúrbio respiratório os parabenos devem ser usa-
dos com cautela e o ácido benzoico e benzoato de sódio também (limitação
de dose para neonatos menores que 10mg/Kg).

Em pacientes hipersensíveis, o uso de corantes azo pode acarretar urticária,


broncoconstrição e angioedema. O cloreto de benzalcônio causa broncocons-
trição, o clorocresol, o dextrana e macrogool-ricinoleato na forma parenteral
causam reações anafiláticas. Os parabenos, alergias e dermatites de contato,
e ácido sórbico na forma tópica, raramente, dermatite de contato. Os sulfitos
na forma oral ou parenteral podem ocasionar ataques de asma, erupções
cutâneas e desconforto abdominal. A lanolina na forma tópica pode ocasionar
dermatite de contato e urticária.

Em pacientes com distúrbios metabólicos, o aspartame é contraindicado em


casos de fenilcetonúnira. A frutose, o sorbitol e a sacarose, em casos de intole-
rância hereditária à frutose. A lactose em casos de intolerância à lactose (diar-
reia e intolerância abdominal). A sacarina em reação de hipersensibilidade e
em crianças com alergia a sulfonamidas.

Correção de sabor em preparações orais líquidas


Flavorizar (sabor e odor), edulcorar (adoçar) e colorir (cor) uma preparação
farmacêutica para administração oral é fator importante na adesão terapêu-
tica pelo paciente, especialmente em se tratando de pacientes pediátrico. O
farmacêutico tem como desafio a tarefa de desenvolver técnicas e recursos
para realizar a combinação harmônica dos aditivos flavorizantes, corretores
do sabor, edulcorantes e corantes.

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Contudo, é necessário ter cautela no emprego desses adjuvantes. Corante-
seedulcorante são contraindicados em neonatos e crianças menores. Verifi-
que se o adjuvante farmacotécnico é restrito para determinada faixa etária e
condição clínica. É importante flavorizar a formulação, mas não a ponto de a
criança não vincular o medicamento a um alimento doce.

A preferência por determinado sabor pode estar relacionadaàidade da pes-


soa. Crianças geralmente preferem sabores doces e não respondem bem ao
amargo. Elas aceitam bem sabores como frutais, melado, frutas vermelhas
(ex: morango, framboesa e cereja) e baunilha.

As técnicas para a flavorização devem considerar:


• Cor, odor, viscosidade e efeitos locais na mucosa oral, que também
influenciam a aceitabilidade de uma preparação farmacêutica pelo
paciente.
• A verificação de possível sensibilidade alérgica a determinado
flavorizante.
• A seleção de um conservante sem sabor. Parabenos podem transferir para a
formulação um aroma floral indesejável (metilparabeno) ou uma
sensação de dormência na língua (propilparabeno).
• A utilização de forma apropriada de edulcorantes e combinações desses.
• A utilização de ácidos orgânicos, como o ácido tartárico, o ácido cítrico, o
ácido málico para realçar o sabor de frutas e contrapor o sabor amargo.
• Fármacos de paladar ácido podem ser mais bem flavorizados com
flavorizantes cítricos ou de frutas, associando um edulcorante.
• O sabor amargo pode ser minimizado pela adição de flavorizantes
com sabor salgado, doce ou ácido.
• A adição de cloreto de sódio em pequenas concentrações pode melhorar a
palatabilidade de algumas preparações, minimizando particularmente a
percepção do amargo.
• Flavorizantes de fundo, como a vanilina e o glutamato monossódico, podem
eventualmente ser utilizados em combinação.

A correção do sabor amargo constitui um desafio ao formulador. São vários


os fatores que afetam a percepção do amargo, como interação entre sabores,
veículo utilizado, viscosidade da preparação, temperatura, fluxo da saliva e
presença de determinadas substâncias modificadoras do paladar. Para mas-
carar o sabor do amargo, podemos:

91
• Aumentar a viscosidade do veículo, diminuindo a percepção do sabor
amargo.
• Fazer uso de glicirrizinato de amôneo em doses de 0,1% a 0,5% (verificar
restrição de uso em pediatria): evidencia o paladar doce, tem sinergi
com edulcorantes, prolonga o tempo do paladar doce, interessante em
preparações contendo antibióticos.
• Fazer uso de flavorizante de vanilina 0,01% a 0,02%: flavorizante de fundo
para sabores desagradáveis, incluindo o amargo (verificar restrição de
uso em pediatria).
• Fazer uso de glicirrizinato de potássio 0,05%: para sabores amargos
(verificar restrição de uso em pediatria).
• Fazer uso de ácido cítrico 0,3-2%: evidenciador do sabor, mascaramento do
sabor amargo, ação sialogoga (verificar restrição de uso em pediatria).
• Fazer uso de cloreto de sódio 0,3% a 0,5%: supressão do sabor amargo
(verificar restrição de uso em pediatria).
• Fazer uso de aspartame 0,1-0,5% no mascaramento do amargo (verificar
restrição de uso em pediatria). A sacarina e acessulfame apresentam curta
duração, por isso são menos eficientes que o aspartame no mascaramento do
amargo.

Interações entre edulcorantes


Misturas binárias:
• Acesulfame + aspartame = efeito sinérgico
• Acesulfame + sucralose = efeito sinérgico
• Acesulfame + sacarina = efeito aditivo
• Esteviosídeo + acesulfame = efeito sinérgico

Misturas ternárias:
• Aspartame + acesulfame + ciclamato
• Aspartame + acesulfame + Neohesperidina DC
• Acesulfame + Aspartame + esteviosídeo
• Acesulfame + ciclamato + frutose
• Acesulfame + neohesperidina + esteviosídeo

Calibração de válvulas e spray


Medicamentos administrados na forma de gotas requerem calibração do con-
ta-gotas ou do frasco gotejador para adequação da dose ao número de gotas.
A calibração é realizada por meioda contagem do número de gotas requeri-

92
das para transferir 2ml do frasco gotejador ou conta-gotas para uma proveta
graduada de 5ml ou 10ml. Em seguida, o número de gotas é divido por 2 e a
relação número de gotas/ml é estabelecida. A calibração deve ser feita para
cada embalagem que for utilizada.

Exemplo:
Se para um determinado líquido temos 40 gotas em 2ml, quantos ml terí-
amos em uma gota?
40 gotas------------------------------2ml
1 gota--------------------------------(x)ml
X= 0,05ml
Resposta: 1 gota tem 0,05ml.

As gotas destinadas à administração oral têm geralmente maior concentração


de substâncias ativas que as outras soluções, exigindo precisão na medida das
doses, sobretudo quando destinadas a crianças. Por isso, deve-se utilizar so-
mente o conta-gotas do próprio frasco para a medida e nunca o substituir pelo
de outro frasco. As gotas podem ser diluídas em um copo de água antes da
ingestão. No caso de crianças pequenas, pode ser necessário, eventualmente,
administrar as gotas diluídas em água na mamadeira.

Na utilização de embalagem com válvula spray, a dispensação da dose po-


sológica correta é estabelecida em função do volume dispensado em cada
jato. Portanto, é importante a calibração da válvula utilizada em função da
preparação que será dispensada de forma a averiguar o volume e a dose
equivalente por jato.

A calibração de válvula spray pode ser facilmente realizada através da pesa-


gem do recipiente com a solução dispensada. Considerar e manter constantes
as seguintes variáveis: a pressão realizada nas paredes do recipiente, o tem-
po de pressão que é aplicado, a posição correta do recipiente em função do
modo de aplicação, etc.

Em uma balança analítica, pesar o recipiente spray com a solução que será
dispensada e anotar o valor. Segurar o recipiente na posição correta de uso e
acionar 10 jatos em um saco plástico. Pesar novamente o recipiente, subtrair
seu peso do peso inicial e dividir por 10. Esse procedimento fornecerá o vo-
lume aproximado dispensado por cada jato spray, levando em consideração

93
uma densidade específica de 1. Para compensar as diferenças na densidade
específica, viscosidade, uma alternativa correta seria preparar uma solução
“branco”, contendo todos os ingredientes da formulação, exceto o ativo.

Exemplo de cálculo
Supondo que o volume dispensado em 10 jatos seja equivalente a 1,5ml de
uma solução spray:
10 jatos------------------------------1,5ml
1 jato---------------------------------x
X=0,15ml

Não adote medidas caseiras de volume


Embora as medidas caseiras sejam práticas, o uso de colheres deve ser evi-
tado com instrumento de dosificação de medicamentos. É preferível que a
medida seja feita de maneira mais precisa, por meio de dispositivos que ga-
rantam a administração da dose correta comoa seringa oral pack, visto que o
volume das colheres pode variar demais de um fabricante para outro. Existem
seringas graduadas em casas menores que 1ml. O ideal é o uso dessa serin-
ga oral para administração de doses/volumes muito pequenos para pacientes
neonatais.

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FORMULAÇÕES

Depressão
5-hidroxitriptofano...................................................................50mg-100mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado. Depressão: a dose inicial é de 50mg,
3 vezes ao dia via oral, às refeições. Insônia: 100mg a 300mg via oral ao deitar.
Fibromialgia: 50mg a 100mg, 3 vezes ao dia, às refeições. Uma vez que al-
guns pacientes podem sentir náuseas ligeiras no início do tratamento, é acon-
selhável começar com doses de 50mg e ajustar posteriormente. Uso adulto.
Indicação: terapia complementar/suplementar em distúrbios depressivos.

Triptofano.........................................................................................250mg
Fenilalanina......................................................................................250mg
Nicotinamida......................................................................................10mg
Ácido pantotênico................................................................................10mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, 1 cápsula via oral à noite.
Indicações: associação de aminoácidos e vitaminas suplementares/auxiliares
para a depressão, estressee insônia.

Transtorno de ansiedade

Alguns fármacos utilizados nos transtornos da ansiedade

Transtornos 1º linha 2º linha 3º linha


Sertralina 50mg/dia Imipramina Clonazepam
Paroxetina 20mg/dia 150mg-200mg/dia 2mg-4mg/dia
Pânico
Clomipramina Alprazolam
Venlafaxina 75mg-150mg
100-150mg/dia 2-4mg/dia
Sertralina 200mg/dia
Paroxetina 60mg/dia Combinações de inibidores
seletivos de receptação de
Obsessivo- Compulsivo Fluvoxamina 300mg/dia
serotonina (IRS) associados a
Fluoxetina 60mg/dia antipsicótico.
Clomipramina 300mg/dia.

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Transtorno alimentar
Zinco elementar (quelato) ..........................................................15mg-20mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério médico ou do profissional habilitado.
Indicação: suplementação com zinco no tratamento da anorexia nervosa.
A suplementação de zinco pode ser incentivada no tratamento da anorexia
nervosa. O uso pode promover o aumento da massa muscular e a melhora
do apetite nos pacientes. Preventivamente podem ser administradas doses de
15mg de zinco elementar ao dia.

Esquizofrenia
Medicamento Formas disponíveis Doses

Risperidona Oral (cápsulas ou comprimidos) 1mg ,2mg e 3 mg

Quetiapina Oral (cápsulas ou comprimidos) 25mg, 100mg, 200mg e 300mg

Olanzapina Oral (cápsulas e comprimidos) 5mg e 10mg

Clozapina Oral (cápsulas e comprimidos) 25mg e 100mg

Comprimidos e cápsulas: 25mg e


Oral (cápsulas e comprimidos) e
Cloridrato de clorpromazina 100mg
solução oral
Solução oral: 40mg/ml

Oral (cápsulas e comprimidos) e Comprimidos e cápsulas: 1mg e 5mg


Haloperidol
solução oral Solução oral: 2mg/ml

Alzeheimer
Medicamento Formas disponíveis Dose máxima

Memantina Oral (cápsulas ou comprimidos) 10mg (2 vezes ao dia)

Dose inicial de 5mg à noite


Donepezil Oral (cápsulas ou comprimidos)
Dose final de 10mg à noite

Oral (cápsulas e comprimidos) Dose inicial de 8mg à noite


Galantamina *Disponível como liberação Progressão para 16mg
prolongada Dose final de 24mg à noite (dose máxima)

Dose inicial de 1,5mg


(2 vezes por dia)
Cápsulas
Dose máxima de 6,0mg
(2 vezes por dia)

Dose inicial de 2,0 mg/ml


Rivastigmina Solução oral Dose máxima 3 ml (6mg)
(2 vezes por dia)

Adesivo transdérmico Aplicado uma vez por dia


*Indicado para pacientes que Dose inicial de 5cm² (4,6mg)
apresentam efeitos colaterais Progressão para 10cm² (9,2mg)
gastrintestinais com as formas orais Dose máxima de 15cm² (13,3mg)

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Sulbutiamina.....................................................................................200mg
Inositohexafosfato de Ca e Mg qsp.....................................................500mg
Posologia: 200mg a 600mg ao dia de sulbutiamina, pela manhã. Em geral,
a dose usual para adultos é de 400mg.
Indicações: antiastênico e neurotrópico, usado na astenia física, psíquica e
intelectual, coadjuvante no tratamento da doença de Alzheimer.

ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS

Interações medicamentosas
O uso concomitante de vários medicamentos recebe a designação de asso-
ciação medicamentosa. Uma associação medicamentosa pode propiciar o
aparecimento de prováveis interações medicamentosas com consequências
clínicas importantes ou não. Temos também as interações entre alimentos e
bebidas e medicamentos, que são de importância clínicarelevante. Seguemal-
gumas dessas interações de interesse para a área psiquiatria e neurológica.

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FORMULAÇÕES

Artrite reumatoide
Difosfato de cloroquina.....................................................................125mg
Prednisolona......................................................................................2,5mg
Tenoxicam...........................................................................................10mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério médico, 1 cápsulas via oral duas vezes ao dia, às refeições.
Indicação: artrite reumatoide.

Sulfato de hidroxicloroquina ..............................................................200mg


Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério médico, 1 cápsula via oral 2 a 3 vezes ao dia; manuten-
ção: 1 a 2 cápsulas via oral ao dia.
Indicação: artrite reumatoide. Os efeitos adversos são os mesmos e há risco
de retinopatia em doses maiores que 6mg/kg/dia.

Metilsulfonilmetano (MSM)........................................................................3g
Pó para reconstituição oral* qsp.........................................................1 sachê
Posologia: a critério do médico prescritor, de 3g a 6g ao dia, divididos em 2
tomadas. O conteúdo de 1 sachê pode ser dissolvido em suco de laranja.
Indicação: como suplemento nutricional no tratamento auxiliar da artrite reu-
matoide e osteoartrite.

Cobre quelato (Cu)................................................................................1mg


Zinco quelato (Zn)................................................................................10mg
Quercetina........................................................................................100mg
Ascorbato de cálcio............................................................................200mg
Vitamina E ...........................................................................................50UI
Selênio complex (Se)....................................................30mcg (microgramas)
Bromelina..........................................................................................20mg
Vitamina B6........................................................................................20mg
Niacinamida.......................................................................................20mg
Manganês quelato (Mn)......................................................................2,5mg
Pantotenato de cálcio...........................................................................30mg
Posologia: a critério do profissional habilitado, 1 cápsula via oral, 2 vezes ao dia.
Indicações: suplemento nutricional para auxiliar nos sintomas da artrite reu-
matoide.

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Osteoartrite e osteoartrose
Sulfato de condroitina........................................................................200mg
Sulfato de glucosamina*....................................................................250mg
Manganês quelato...............................................................2mg (elementar)
Vitamina C..........................................................................................50mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
*Glucosamina: administrada na forma de sulfato dipotássico em doses de
sulfato (Feq=1,33).
Posologia: a critério médico, 1 cápsula via oral 3 vezes ao dia, às refeições.
Indicações: suplemento nutricional auxiliar no tratamento da osteoartrite, ar-
trose e distúrbios reumáticos.

Diacereína..........................................................................................50mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério médico, de 50mg a 100mg ao dia, em períodos não in-
feriores a 6 meses. O tratamento poderá se estender por ciclos mais longos.
Deve ser tomada juntamente com as refeições, para facilitar a absorção.
Indicações: tratamento sintomático da osteoartrose e de enfermidades articu-
lares degenerativas.

Capsaicina*......................................................................................0,025%
Lidocaína...........................................................................................2 a 5%
Creme emoliente qsp..............................................................................30g
*Cuidado, produto irritante.
Posologia: a critério do profissional habilitado, aplicar na região afetada 3 a
4 vezes ao dia. Uso exclusivo tópico e externo.
Indicações: alívio da dor em artrites e osteoartrites.

Sulfato de condroitina........................................................................400mg
Sulfato de glucosamina*....................................................................400mg
Metilsulfonilmetano (MSM).................................................................600mg
Veículo para reconstituição oral qsp...................................................1 sachê
*Glucosamina: administrada na forma de sulfato dipotássico em doses de
sulfato (Feq=1,33).
Posologia: a critério médico, 1 sachê via oral diluído em suco de frutas, 2 ve-
zes ao dia, às refeições.
Indicações: suplemento nutricional auxiliar no tratamento da osteoartrite, ar-
trose e distúrbios reumáticos.

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Colágeno hidrolisado........................................................................400mg
Vitamina C........................................................................................100mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, 2 cápsulas via oral de 2 a 3
vezes ao dia, com o estômago vazio.
Indicações: suplemento nutricional auxiliar no tratamento da osteoartrite e os-
teoartrose. Fonte de aminoácidos para a síntese de novas fibras de colágeno
pelo organismo.

Curcuma longa extrato seco...............................................................100mg


Boswellia serrata extrato seco.............................................................100mg
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, 1 cápsulas via oral 2 vezes ao
dia, às refeições.
Indicações: suplemento fitoterápico auxiliar no tratamento da osteoartrite, ar-
trite reumatoide e processos inflamatórios.

Harpagophytum procumbens extrato seco (garra do diabo)..................400mg


Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: a critério do profissional habilitado, 1 cápsula via oral 3 vezes ao
dia (extrato com 5% de harpagosídeos). A posologia deve conter 20mg de
harpagosídeos 3 vezes ao dia.
Indicações: suplemento fitoterápico auxiliar de doenças reumáticas. O uso
é contraindicado em pacientes com úlceras gástricas ou duodenais, intestino
irritável, litíase biliar e durante a gravidez.

ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS

Pós efervescentes
Na manipulação de fórmulas efervescentes, o “efeito estufa ou travesseiro”
decorre da formação de gases no interior do material de acondicionamento.
Essa reação provém da presença de água. Ao entrar em contato com a água,
o ácido cítrico e o bicarbonato de sódio reagem, produzindo dióxido de car-
bono (processo semelhante ocorre com o ácido tartárico). Desse modo, caso
haja traços de umidade, a reação de efervescência se inicia no interior do
material de acondicionamento e produz o gás que causa o inchaço no sachê.
Dicas para evitar o efeito travesseiro:

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• Uso de desumidificadores, com capacidade apropriada ao ambiente
de manipulação, para auxiliar na redução da umidade ambiente.
• A temperatura no local não deve exceder 25°C.
• Todos os utensílios e vidrarias devem estar devidamente secos, sem
qualquer resíduo de água de lavagem. As vidrarias podem ser
previamente secas em estufa.
• A manipulação deve ocorrer, preferencialmente, em uma pequena
área (capela ou box), dentro da qual deve ser deixado exposto um
recipiente contendo sílica gel (agente dessecante) por cerca de uma hora
antes do início da manipulação;
• Para eliminar pequenas quantidades de umidade residual nos pós,
a dica é utilizar adjuvantes dessecantes em torno de 1% a 2% do total de
pó colocado em cada dose.
• Preencher o máximo de espaço dentro do sachê evita o acúmulo de ar
desnecessário.
Obs.: Sachês efervescentes tornam a preparação mais palatável.

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FORMULAÇÕES

Uso oral para cães e gatos


N-acetil-cisteína ............................................................................10mg/kg
Xarope sabor framboesa qsp.............................................5ml – aviar 150ml
Posologia: Administrar 1 dose (5ml) 2 vezes por dia ou conforme orientação
do médico veterinário.
Indicação: mucolítico.

Sildenafil citrato.........................................................................0,5-1mg/kg
Excipiente qsp.................................................................................1cápsula
(menor tamanho)
Posologia: administrar 1 cápsula de 2 a 3 vezes por dia ou segundo orien-
tação do médico veterinário.
Indicação: hipertensão pulmonar.

Sucralfato..........................................................................0,5 g - 1,0g(cães)
......................................................................................0,25g - 0,5g(gatos)
Excipiente para sachê (aromatizado) qsp........................................1 unidade
Posologia: administrar 1 sachê a cada 8 a 12 horas de acordo com a orien-
tação do médico veterinário.
Indicação: antiácido e protetor de mucosa.

Silimarina.................................................................................100mg/dose
L-metionina................................................................................50mg/dose
Pasta oral sabor carne qsq.................................................................1 sachê
Posologia: administrar 1 sachê (1g) para cada 10kg de peso, 3 vezes por dia,
por 5 a 6 semanas ou de acordo com orientação do médico veterinário.
Indicação: hepatopatias crônicas de diferentes etiologias.

Itraconazol.........................................................................5-10mg/kg/dose
Excipiente qsp................................................................................1 cápsula
Posologia: administrar 1 cápsula ao dia ou de acordo com orientaçãodo
médico veterinário.
Indicação: micoses superficiais, subcutâneas e sistêmicas, incluindo aspergi-
lose, blastomicose, histioplasmose. Efetivo sobre dermatofitose, esporotricose
canina e felina.

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Ômega 3..........................................................................................250mg
Vitamina A.......................................................................................2500UI
Vitamina E ...........................................................................................60UI
Biotina...............................................................................................1,5mg
Zinco quelado.......................................................................................5mg
Óleo de girassol qsp............................................................2ml /Aviar 60ml
Posologia: administrar1 dose (2ml) ao dia para animais até 10kg. Administrar
1 dose (2ml) 2 vezes por dia para animais acima de 10 kg ou segundo critério
do médico veterinário.
Indicação: auxiliar no tratamento da sarna demodécica, queda de pelo e pele
seborreica e ressecada, auxiliar na cicatrização de feridas, suplementação para
animais idosos, controle do prurido, melhora do brilho e maciez da pelagem.

Saúde bucal
Clorhexidina digluconato......................................................................0,5%
Veículo aquoso flavorizado qsp............................................................100ml
Posologia: umedecer um chumaço de algodão ou gaze e passar nos dentes e
gengiva do animal.
Indicação: assepsia bucal.

Tintura de própolis...................................................................................2%
Clorhexidine digluconato.......................................................................0,1%
Lenço umedecido qsp ...................................................................1 unidade
Posologia: massagear a gengiva com o lenço 1 vez por dia ou a critério do
médico veterinário
Indicação: após remoção do tártaro.

Uso tópico
Calêndula officinalis extrato glicólico........................................................5%
Óleo de prímula (Oenothera biennis L.)....................................................2%
Avena sativa extrato glicólico....................................................................2%
Xampu hipoalergênico qsp .................................................................200ml
Posologia: Aplicar suavemente no corpo do animal em banhos semanais.
Deixar agir por 5 minutos, enxaguar abundantemente. A critério do médico
veterinário, alternar com xampus à base de corticoides em casos de dermatites
alérgicas severas por picadas de pulgas (DAPP).
Indicação: dermatites alérgicas, pruridos e eritemas.

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Clorhexdina, digluconato ...................................................................1 – 2%
Solução hidroalcoólica (spray) qsp ......................................................100ml
Posologia: aplicar na região afetada de 1 a 2 vezes ao dia ou a critério do
médico veterinário.
Indicação: antisséptico local, acne.

Peróxido de benzoíla ...............................................................................2%


Enxofre precipitado..................................................................................4%
Gel hidratante qsp ................................................................................50g
Posologia: aplicar na região afetada 1 vez ao dia ou segundo critério do
médico veterinário.
Indicação: acne. Ação antisséptica, queratolítica e antisseborreica.

Irgasan ...............................................................................................0,2%
Clindamicina ..........................................................................................1%
Sabonete líquido qsp......................................................................... 250ml
Posologia: aplicar no banho, deixar agir por 5 minutos, enxaguar em seguida,
1 vez por semana ou a critério do médico veterinário.
Indicação: acne e piodermites.

Spray umectante:
Ureia ...................................................................................................10%
Propilenoglicol.......................................................................................10%
Glicerina.................................................................................................5%
Ácido lático..............................................................................................4%
Veículo aquoso (spray) qsp ................................................................ 100ml
Posologia: Nos locais afetados, 2 vezes ao dia.
Indicação: para umectação da pele após higienização, evitando ressecamen-
to crônico.

LCD........................................................................................................3%
Enxofre líquido ........................................................................................2%
Irgasan..................................................................................................0,5%
Ácido salicílico.........................................................................................1%
Xampu base qsp ................................................................................250ml
Posologia: Aplicar durante o banho, a critério do médico veterinário.
Indicação: seborreia canina. Ação desengordurante, antipruriginosa, quera-
tolítica.

109
Piritionato de zinco...................................................................................2%
Óleo de prímula.......................................................................................3%
Xampu perolado qsp...........................................................................250ml
Posologia: aplicar durante o banho. Deixar agir por 5 a 10 minutos na pela-
gem do animal, enxaguar em seguida. Utilizar de 1 a 2 vezes por semana ou
segundo critério do médico veterinário.
Indicação: seborreia seca.

Alantoína..............................................................................................0,5%
Alfabisabolol.........................................................................................0,2%
Óleo de calêndula (Calêndula officinalis)..................................................5%
Pomada vegetal qsp .............................................................................100g
Posologia: aplicar na região afetada.
Indicação: cicatrizante, calmante e anti-inflamatório.

Tiabendazol.......................................................................................1 – 2%
Sulfato de neomicina.............................................................................0,5%
Triancinolona acetonido......................................................................0,05%
Creme ou loção cremosa qsp.................................................................60g
Posologia: aplicar nas áreas afetadas 2 vezes por dia ou a critério do médico
veterinário.
Indicação: antimicótico, antibacteriano e anti-inflamatório.

Alfabisabolol...........................................................................................1%
Betametasona valerato.........................................................................0,1%
Lidocaína..............................................................................................0,5%
DMSO (dimetilsulfóxido).........................................................................40%
Veículo (spray) qsp .............................................................................100ml
Posologia: aplicar a cada 12 horas ou conforme orientação do médico
veterinário.
Indicação: analgésico e anti-inflamatório tópico para cães

Cânfora .................................................................................................1%
Salicilato de metila...................................................................................1%
Pomada qsp.........................................................................................100g
Posologia: Aplicar nas áreas afetadas 2 vezes por dia.
Indicação: alívio da dor, auxiliar em tratamento tópico de reumatismo, torção
e inflamação.

110
Cetoprofeno.........................................................................................2,5%
Alfabisabolol.........................................................................................0,5%
Gel transdérmico qsp.............................................................................50g
Posologia: aplicar no local 2 vezes por dia ou a critério do médico veterinário.
Indicação: anti-inflamatório tópico.

Piroxican .............................................................................................0,5%
DMSO...................................................................................................10%
Gel creme qsp .......................................................................................50g
Posologia: aplicar no local 2 vezes por dia ou a critério do médico veterinário.
Indicação: anti-inflamatório tópico.

Salicilato de metila...................................................................................4%
Bálsamo Peru..........................................................................................5%
Cânfora...................................................................................................2%
Óxido de zinco.......................................................................................10%
Pomada simples qsp.............................................................................100g
Posologia: nos locais afetados 2 vezes por dia ou conforme orientação.
Indicação: pomada balsâmica analgésica e anti-inflamatória.

Ácido salicílico.......................................................................................0,1%
Ácido lático..............................................................................................2%
Extrato glicólico de aloe vera.................................................................0,5%
Veículo otológico qsp............................................................................15ml
Posologia: embeber um chumaço de algodão.
Indicação: limpeza e desinfecção do conduto auditivo.

Clorhexidina digluconato.......................................................................0,5%
Veículo otológico qsp............................................................................50ml
Posologia: Instilar 2 gotas por dia ou conforme orientação.
Indicação: otite ceruminosa, otite externa inespecífica. Ação bactericida.

Gentamicina sulfato..............................................................................0,3%
Betametasona valerato..........................................................................0,1%
Clotrimazol...........................................................................................0,1%
Veículo otológico qsp............................................................................30ml
Posologia: Instilar 4 a 6 gotas, 2 vezes por dia, por 7 dias ou a critério do
médico veterinário.
Indicação: otite externa aguda e crônica de cães. Antifúngico, bactericida,
anti-inflamatório.
111
Spray siliconado hidratante e desembaraçante:
Aloe vera extrato glicólico ........................................................................2%
D-pantenol...........................................................................................0,5%
Silicone volátil..........................................................................................3%
Veículo em spray qsp ..........................................................................100ml
Posologia: borrifar nos pelos após lavagem, desembaraçar e escovar com
secador.
Indicação: desembaraçante e hidratante do pelame.

Xampu 2 em 1 hidratante para peles sensíveis:


Aveia coloidal..........................................................................................2%
Ceramidas .............................................................................................1%
Alfa-bisabolol.......................................................................................0,5%
Xampu condicionante (2 em 1) qsp......................................................200ml
Posologia: banhos semanais ou conforme orientação.
Indicação: higienização e hidratação dos pelos. Utilizar também nas áreas
ressecadas para diminuir a irritação local.

Condicionador leave-in desembaraçador e revitalizante:


Ciclometicone..........................................................................................3%
Aloe vera extrato glicólico.........................................................................4%
Vitamina E...............................................................................................1%
D-pantenol...........................................................................................0,5%
Condicionador leave-in (sem enxágue) qsp............................................100g
Posologia: aplicar pós shampoo. Após escovar e deixar secar naturalmente.
Indicação: condicionamento e desembaraçamento dos pelos.

Creme para calosidades:


Ureia.....................................................................................................10%
Ácido salicílico...................................................................................3 - 5%*
Óleo de silicone.......................................................................................5%
Ciclometicone..........................................................................................5%
Creme hidratante com óleo de amêndoas qsp.......................................100g
Posologia: aplicar em calos de apoio e/ou áreas ressecadas 1 vez por dia ou
a critério do médico veterinário.
Indicação: Hiperqueratose.
*Evitar o uso em felinos

112
ASPECTOS TÉCNICOS E FARMACOLÓGICOS

Manipulação de preparações orais


A manipulação veterinária permite ao farmacêutico utilizar flavorizantes e
formas farmacêuticas diferenciadas para facilitar a administração dos
medicamentos.

Flavorizantes recomendados por espécie

Espécie Flavorizante Concentração Usual


Carne, salsicha, frango, fígado,
Cães chocolate (artificial), marshmallow, 0,3% – 1,5%
caramel
Peixe, fígado, frango,
Gatos 0,5% - 1,0%
manteiga, queijo
Furões Peixe, frutal 0,3% - 0,5%

Iguanas Kiwi, melancia 0,3% - 0,5%

Coelhos Banana, banana com crème 0,3% - 0,5%

Porquinhos da Índia Laranja, tutti-frutti 0,3% - 0,5%

Fonte: International Journal of Pharmaceutical Compounding - Vol.13/2009.

Formas Farmacêuticas Veterinárias

Forma Farmacêutica Vantagens Espécie


Concentração exata, fácil
Cães (maior frequência) Gatos (pouca
Biscoito administração,
frequência)
associações de ativos
Adesão ao tratamento, edulcoração e
Goma e pastilha mastigável Cães
flavorização por espécie, evita partição
Palatabilidade, fácil administração
Pasta oral Gatos
sobre a pata do animal
Fácil administração na ração de
Cães (maior frequência) Gatos (menor
Gel comestível animais estressados ou que não
frequência)
aderem a pastilhas e gomas
Fonte: ZACLIS, I. Navarro Xavier, Rui Xavier. Compêndio de Fórmulas Magistrais Veterinárias. Ed. Coração Brasil, 2ª Edição,
2004. / PINHEIRO, Vanessa; VIEIRA, Fabiana Campanati. Formulário Médico-Veterinário Farmacêutico. São Paulo:
Pharmabooks, 2004

113
Biscoitos
Os biscoitos são muito utilizados para veicular ativos para cães e gatos. Fla-
vorizados com o sabor preferido do animal, podem ser confundidos por ele
com petiscos e facilitar a administração da medicação.

Fase A:
Amido de milho.....................................................................................20%
CMC....................................................................................................7,5%
Óleo fixo (amendoim, coco, girassol, amêndoa doce)..............................10%

Fase B:
Sorbato de potássio...............................................................................0,3%
Polidextrose............................................................................................15%
Gelatina................................................................................................10%
Água destilada qsp.........................................................................1 biscoito

Fase C:
Flavorizante carne, frango ou fígado......................................................0,5%

Goma mastigável base


Forma moldável palatável para veiculação de ativos com gosto muito amargo.

Fase A:
CMC.............................................................................................1,2-1,5%
Gelatina...............................................................................................5-6%
Ácidocítrico...........................................................................................0,4%
Sorbato de potássio...............................................................................0,2%
Polidextrose..........................................................................................6-7%
Glicerina................................................................................................10%

Fase B:
Flavorizante carne, frango ou fígado.....................................................0,5%

Pasta oral base (aquosa)


Forma farmacêutica utilizada principalmente para gatos.

Fase A:
Amido...................................................................................................30%
Água destilada qsp..............................................................................100%
114
Fase B:
Glicerina..................................................................................................3%
Metilparabeno.....................................................................................0,15%
Propilparabeno...................................................................................0,05%

Fase C:
Flavorizantede carne, frango, fígado ou queijo......................................1-2%.

Gel comestível base


Forma farmacêutica de fácil administração.

Fase A:
Gomaxantana.................................................................................0,5 – 1%
CMC...................................................................................................2-3%
Flavorizante.......................................................................................0,5-1%
Ácido cítrico..........................................................................................0,5%

Fase B:
Água destilada preservada qsp............;................................................100g.

Manipulação de preparações tópicas

Condicionador leave-on (sem enxágue): o condicionador ou creme sem


enxague é utilizado para auxiliar a desembaraçar e hidratar a pelagem dos
cães e gatos.

Fase A:
Metossulfonato de berrentrimônio e álcool cetearílico................................3%
Álcool cetoestearílico etoxilado (20 moles OE)........................................0,3%
BHT....................................................................................................0,05%
Álcool cetoestearílico................................................................................3%
Manteiga de cupuaçu...............................................................................1%

Fase B:
EDTA...................................................................................................0,1%
Propilenoglicol.........................................................................................3%
Água purificada preservada qsp..........................................................100ml

115
Lenços umedecidos: são opção para higienização de cães e gatos, especial-
mente filhotes e idosos.
Fase A:
EDTA...................................................................................................0,1%
Água destilada preservada qsp.............................................................100%

Fase B:
Cocoilglutamato dissódico (Amisoft®ECS22SB).........................................3%
Ésterde óleo de oliva PEG7 (Olivem®300)................................................3%

Veículo otológico: para uso auricular pode-se utilizar vaselina líquida, pro-
pilenoglicol, glicerina, óleos vegetais, pomada simples, gel de petrolato. Para
limpeza externa do pavilhão auditivo, o álcool isopropílico 70% também pode
ser utilizado.

Enxaguatório ou spray bucal: para aplicação tópica nas superfícies dos


dentes, adjuvante na diminuição do acúmulo de tártaro e combate ao mau
hálito.
Glicerina..................................................................................................3%
Sorbitol..................................................................................................10%
EDTA...................................................................................................0,1%
Aroma....................................................................................................0,5%
Água purificada preservada qsp..........................................................100ml

Avaliação farmacêutica da prescrição veterinária


O farmacêutico é o responsável pela avaliação das prescrições e deve garan-
tir a qualidade das preparações até a dispensação ao cliente. Quando dose
ou posologia dos insumos prescritos ultrapassarem os limites farmacológicos
ou houver incompatibilidades ou interações potencialmente perigosas, o far-
macêutico devetomar as medidas cabíveis, inclusive a confirmação formal do
profissional que subscreveu a prescrição. O conhecimento sobre o peso do
animal, espécie e raça é primordial, uma vez que a maioria dos fármacos é
prescrito em miligrama por quilograma de peso. Extrapolação de esquemas
de doses e indicações terapêuticas de fármacos entre espécies e raças distintas
divergem, e o seu conhecimento evita potenciais reações adversas e intoxi-
cações.

116
O metabolismo e a eliminação dos medicamentos variam muito de espécie
para espécie. Componentes dos fármacos e os alimentos que são inócuos
em humanos podem ser tóxicos ou fatais em cães e gatos. Por isso, durante o
preparo da formulação de uso veterinário, o farmacêutico deve se atentar aos
riscos de toxicidade. A exemplo temos a contraindicação para felinos do uso
de ácido acetilsalicílico, álcool benzílico, benzoato de benzila, óleo de mela-
leuca, sulfeto de selênio, peróxido de benzoíla,antissépticos urinários, azatio-
prina, benzocaína, dipirona, enrofloxaxino, fluoracila e griseofulvina. O uso
de cafeína, 5-hidroxitriptofano, diclofenaco potássico e sódico, cetoprofeno e
carprofeno, entre outros é contraindicado tanto em felinos como em caninos.
Alguns adjuvantes farmacotécnicos também podem ser tóxicos. É o caso do
propilenoglicol, que é contraindicado em gatos por causar anemia hemolítica
e é seguro em cães somente em pequenas doses (DL50 9ml/Kg).

As variações entre anatomia, fisiologia e comportamento das espécies le-


varam ao desenvolvimento de outras formas farmacêuticas significativas, além
daquelas já usadas em humanos, o que é o caso de biscoitos e pastas exclu-
sivamente veterinárias. Tradicionalmente a cápsula é também muito usada
em prescrições veterinárias, contudo alguns fármacos precisam de excipientes
específicos, o que é o caso do pimobendam – uma droga usada no tratamen-
to da insuficiência cardíaca congestiva. Por sua absorção ser dependente do
meio ácido, o ideal é que seja incorporado no excipiente o ácido cítrico em
concentrações adequadas.

117
REFERÊNCIAS

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de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medica-
mentos, insumos farmacêuticos e correlatos e dá outras providências.

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janeiro de 1977. Regulamenta a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976,
que submete a sistema de vigilância sanitária os medicamentos, insumos far-
macêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneamento
e outros.

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8 de outubro de 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Prepa-
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