Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ARARAQUARA, 2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA
ARARAQUARA, 2016
DECLARAÇÃO
Eu, Débora Ramos Gonçalves de Lima, declaro ser a autora do texto apresentado
Trabalho de Conclusão de Curso, no programa de pós-graduação lato sensu em Manipulação
Magistral Alopática com o título “Adjuvantes farmacêuticos utilizados em farmácias
magistrais segundo o Sistema de Classificação Biofarmacêutico”.
Afirmo, também, ter seguido as normas do ABNT referentes às citações textuais que
utilizei e das quais eu não sou a autora, dessa forma, creditando a autoria a seus verdadeiros
autores.
_____________________________________
Presidente e Orientador:
Membro Titular:
Membro Titular:
À minha mãe Lídia, que sempre me incentivou nessa trajetória com seus conselhos.
À meu esposo Rui, que não deixou que eu desanimasse nos momentos de dificuldade.
Aos meus avós maternos José e Leni, que me apoiaram a buscar o crescimento profissional.
À minha avó paterna Maria José (in memória), que nunca ficou um dia sem rezar por mim.
Às novas amizades conquistadas e as antigas que foram mantidas, que mesmo com encontros
esporádicos, tornaram parte da minha família.
À Profª. Dra. Bruna Galdorfini Chiari Andréo, pelas sugestões e contribuições para
elaboração deste projeto.
Agradeço a DEUS, acima de tudo por este presente maravilhoso de concluir mais essa etapa.
"O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo.
(José de Alencar)
RESUMO
LIMA, D. R. G. de. Adjuvantes farmacêuticos utilizados em farmácias magistrais
segundo o Sistema de Classificação Biofarmacêutico. Centro Universitário de Araraquara,
São Paulo, 35p., 2016.
The pharmaceutical field belongs to Brazilian medicines market, in which the compounding
pharmacies represent a significant part of the health care market, with the aim to provide
quality services. The argument that the excipients work in filling and dilution it’s not used for
a long time, but, currently, it uses the analysis of the physicochemical characteristics of the
substance by observing, including, the pharmaceutical form and the drug delivery form. The
Biopharmaceutical Classification System (SCB) was developed with the purpose of
organizing medicines according to their solubility and permeability, and group then into four
groups. The preparation of the standard excipient to be used in the process of compounding
capsules is derived from the weighing of different adjuvants powders, final product
constituents. In view of the importance of this subject, this research wants to review the
available literature on the subject, providing a new source of studies for professionals in this
field. The objective of this study was to identify the various pharmaceutical adjuvants used in
compounding pharmacies for the process of compounding capsules and tailor them to the
active ingredients, based on Biopharmaceutical Classification System (SCB), in order to
obtain positive results bioavailability, to ensure the desired drug effect. The conclusion of
several authors about the standardization of the excipients have something in common in that
they refer to the importance of observance of the pharmacist. For any area of science, the
evolution is inevitable and the creation of new excipients will probably always subject of
updates. Researches that aim at providing suggestions for handling standardized excipients
are still needed to achieve total quality services and products in compounding pharmacies.
1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................12
2. OBJETIVO .................................................................................................................14
3. METODOLOGIA ......................................................................................................15
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................32
LISTA DE TABELAS
12
As farmácias magistrais buscam garantir que os seus produtos apresentem melhoria da
qualidade e por isso há uma reflexão de que é indispensável realizar análise de controle de
qualidade do produto acabado como, peso médio das cápsulas, assim como observância de
descrição, aspectos e características organolépticas das matérias-primas (LACERDA &
LIONZO, 2011).
13
2 OBJETIVO
14
3 METODOLOGIA
15
4 REVISÃO DA LITERATURA
17
comuns, e a decisão errônea pode influenciar na obtenção da eficácia terapêutica
(LAMOLHA et al., 2014; BONFILIO et al., 2010).
Para tomar a decisão pertinente e atender a necessidade do paciente é primordial a
observância do farmacêutico para que a composição da formulação de interesse seja adequada
aos fármacos e suas individualidades (LOPES JUNIOR, p.23, 2013).
A padronização dos excipientes utilizados na manipulação de cápsulas com base na
literatura científica foi a técnica adotada por algumas farmácias magistrais para atender a
aplicabilidade das Boas Práticas de Manipulação das últimas legislações (LAMOLHA et al.,
2014).
O método de diluição geométrica é o mais adequado para o processo de cápsulas. A
etapa de homogeneização dos adjuvantes com o fármaco pode ser feita com trituração em gral
e posterior tamisação, procedimento que objetiva oferecer uniformidade de conteúdo antes
mesmo do encapsulamento (LACERDA & LIONZO, 2011).
18
Classe I: apresentam alta solubilidade e permeabilidade. Alguns dos fármacos
pertencentes a esta classe estão elencados no Quadro 1.
19
Classe II: têm baixa solubilidade e alta permeabilidade. Alguns dos fármacos
pertencentes a esta classe estão listados no Quadro 2.
20
Classe III: possuem alta solubilidade e baixa permeabilidade. Alguns dos fármacos
pertencentes a esta classe estão catalogados no Quadro 3.
21
Classe IV: são de baixa solubilidade e permeabilidade. Alguns dos fármacos
pertencentes a esta classe estão especificados no Quadro 4.
Percebe-se uma importante influência positiva dos excipientes quando se tem por
interesse interferir na velocidade de liberação do fármaco, pois os adjuvantes farmacêuticos
são capazes de contribuir para a liberação do ingrediente ativo, afetando sua
biodisponibilidade, retardando ou promovendo o efeito desejado (LACERDA & LIONZO,
2011).
A solubilidade em água e a permeabilidade gastrintestinal do fármaco são aspectos
essenciais de medicamentos administrados por via oral para uma adequada liberação da forma
farmacêutica. Para a absorção do ativo é necessária sua liberação e dissolução, pois para que
ele possa ser absorvido será necessário estar na forma de solução aquosa para atravessar as
membranas celulares, de forma que atinja a circulação sistêmica. A classificação do fármaco
como “fracamente solúvel” se dará quando a sua velocidade de dissolução for mais lenta que
o tempo de trânsito intestinal (BONAMICI, 2009; LACERDA & LIONZO, 2011).
Os ensaios de bioequivalência (BE) objetivam comprovar que os fármacos aos serem
administrados na mesma dose molar e condições experimentais, não apresentam significativas
diferenças na velocidade e quantidade de absorção do fármaco. Algumas agências
regulatórias, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) verificam a possibilidade de
isentar a necessidade de aplicar testes de BE para fármacos de liberação imediata na forma
farmacêutica sólida, no qual somente os testes in vitro já seriam suficientes para garantir
intercambialidade com o de referência (PARAISO, 2012).
23
4.4 Pré-seleção dos excipientes
Diluentes
O amido pré-gelatinizado apresenta-se na forma de um pó branco ou cremoso pálido,
quase inodoro, sabor discretamente característico e é higroscópico (FIGUEIRÓ, 2016).
A lactose monoidratada apresenta-se na forma de pó ou partículas cristalinas brancas
ou quase brancas, é inodora, apresenta sabor levemente adocicado, absorve odor e não é
higroscópica (FIGUEIRÓ, 2016).
O manitol é um pó cristalino ou grânulos de cor branca, inodoro, apresenta sabor doce
e não apresenta higroscopia (FIGUEIRÓ, 2016).
A celulose microcristalina está na forma de pó cristalino branco formado por
partículas porosas, é inodora, insípida e apresenta ligeira higroscopicidade (LOPES JUNIOR,
p.19, 2013; FIGUEIRÓ, 2016).
24
Deslizante
O dióxido de silício coloidal está na forma de pó fino e branco, não apresenta odor, é
insípido e é higroscópico (FIGUEIRÓ, 2016).
Desintegrante
O glicolato sódico de amido apresenta-se na forma de um pó branco ou quase branco,
sem sabor e cheiro, é ligeiramente higroscópico (FERREIRA, 2006; CUNHA, 2015).
Agente molhante
O lauril sulfato de sódio tem como características ser um pó ou grânulos de coloração
branca ou amarelo pálido, sabor amargo, odor característico gorduroso e
(PHARMANOSTRA. 2011).
Lubrificante
O talco está na forma de um pó cristalino muito fino, branco ou branco acinzentado,
não é higroscópico (FIGUEIRÓ, 2016).
25
Tabela 2: Modelo de cálculo para a composição do excipiente padrão
CLASSIFICAÇÃO EXCIPIENTES %
Amido Pré-gelatinizado
Diluente Lactose Monoidratada 25 - 75
Manitol
Diluente Celulose Microcristalina 25 – 75
Deslizante Dióxido de Silício Coloidal 0,2 ou 1
Desintegrante Glicolato Sódico de Amido 5 ou 10
Lauril Sulfato de Sódio Agente molhante 1 ou 5
Lubrificante Talco 2
26
reduzir higroscopia foi incluído o dióxido de silício coloidal que melhora a estabilidade do
fármaco evitando absorção da umidade. O adjuvante se apresenta em partículas bastante
pequenas favorecendo o bom fluxo dos pós, o que contribui também para uniformidade de
distribuição dos componentes da fórmula manipulada. O talco foi escolhido por ser um ótimo
lubrificante e simplificar o fluxo dos pós, por atuar como secante ajudando na estabilidade da
formulação.
A fórmula para excipiente padrão para os fármacos das classes I e III do SCB está
representada nas Tabelas 3, 4 e 5, de acordo com a classificação de dose.
27
Tabela 5: Fórmula para os fármacos de alta dosagem da classe I e III
CLASSIFICAÇÃO EXCIPIENTES %
Amido Pré-gelatinizado
Diluente Lactose Monoidratada 25
Manitol
Diluente Celulose Microcristalina 75
Deslizante Dióxido de Silício Coloidal 1
Lubrificante Talco 2
Fonte: Adaptado CUNHA, 2015.
28
Tabela 6: Fórmula para os fármacos de baixa dosagem da classe II ou IV
CLASSIFICAÇÃO EXCIPIENTES %
Diluente Amido Pré-gelatinizado
Lactose Monoidratada 75
Manitol
Diluente Celulose Microcristalina 25
Deslizante Dióxido de Silício Coloidal 0,2
Agente molhante Lauril Sulfato de Sódio 1
Desintegrante Glicolato Sódico de Amido 5
Fonte: Adaptado CUNHA, 2015.
30
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As conclusões dos diversos autores sobre a padronização de excipientes apresenta algo
em comum, ao que se refere à importância da observância do farmacêutico. Esse profissional
deve estar constantemente atento às novas possibilidades a fim de oferecer medicamentos que
representem melhores respostas terapêuticas aos usuários, pois a manipulação magistral de
medicamentos deve ser encarada sistematicamente, mediante o uso criterioso de excipientes
padronizados, podendo-se levar em conta, por exemplo, a Classificação Biofarmacêutica da
substância ativa.
Para qualquer área da ciência a evolução é inevitável, e a criação de novos excipientes
provavelmente será sempre alvo de atualizações. As pesquisas que objetivam fornecer
sugestões de manipulações de excipientes padronizados ainda são necessárias para se
conquistar total qualidade de serviços e produtos em farmácias magistrais.
31
REFERÊNCIAS
ALVES, P. A.; MOURA, A. de; NEUTGEM, E. R. V.; SILVA, J. M. da; CUNHA, N. S.;
OKA, S. K.; MACHADO, S. R. P. Avaliação das Boas Práticas de Manipulação nas
Farmácias com Manipulação em Cuiabá e Várzea Grande, Estado de Mato Grosso. Revista
Brasileira de Farmácia, Mato Grosso, v.90, n.1, p.75-80, 2009.
32
CHIARI, B. G. Manipulação de Formas farmacêuticas Sólidas Parte II. In: Uniara,
Araraquara, s/d, p. 7. Disponível em:
http://posgraduacao.uniaraonline.com.br/mod/resource/view.php?id=6147. Acesso em 29 de
Abril de 2016.
FUNED. Guia FUNED de medicamentos. Fundação Ezequiel Dias, Belo Horizonte, MG,
2009.
LACERDA, D. dos S.; LIONZO, M.. Aspectos atuais da biodisponibilidade de fármacos com
baixa solubilidade: um enfoque sobre a sinvastatina. Infarma, Rio Grande do Sul, v.24, n.5/6,
p.3-9, 2011.
33
LAMOLHA, M. A.; CUNHA, A. G.; CASTRO, I. C. de; NERI; I. M.; FERREIRA, M. C.
Excipientes pré-formulados para a manipulação de cápsulas: uma realidade magistral. Revista
da Anfarmag, Minas Gerais, n. 5, p.48-52, Janeiro/Fevereiro/Março 2014.
LOPES JUNIOR, H. M.. Emprego de HPMC como excipientes para cápsulas em formulações
magistrais. Revista técnica do farmacêutico, Minas Gerais, Nota Técnica 1, p.22-23, 2013.
Disponível em http://www.anfarmag.org.br/files/artigo-
tecnico/20130725_104334_89376.pdf. Acesso em fevereiro de 2016.
34
ZUNINO, G. P. A Farmácia Magistral no Contexto da Saúde. Pharmacia Brasileira – p.44-
48, Maio/Junho/Julho/Agosto 2007.
35