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LUBRICANTS AND LUBRICATION

Prof. Gilmar Cordeiro da Silva

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LUBRIFICAÇÃO
Lubrificação é uma atividade que consiste em introduzir uma
substância entre duas superfícies que estão em movimento
relativo entre si, tem por finalidade lubrificar, reduzir atrito,
proteger contra oxidação e trocar calor.

Normalmente as substâncias adicionadas ao sistema são óleos e


graxas lubrificantes.

A indústria química tem uma larga escala de aplicação nas


engenharias em geral, e na Mecânica sua aplicação vem
aumentando a cada dia, entre outros, por exemplo, na produção
de graxas com presença do elemento Silício,  
entre outros elementos das mais variadas famílias.
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Graxa
A definição clássica de graxa , é uma combinação semi-sólida de
produtos de petróleo e um sabão ou mistura de sabões, adequada
para certos tipos de lubrificação.

Em virtude, porém, dos produtos hoje disponíveis no mercado,


ampliou-se este conceito , sendo uma combinação de um fluido com
um espessante, resultando em um produto homogêneo com
qualidades lubrificantes.

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Fabricação Graxa

Graxas lubrificantes são o nome genérico e popular dado a


lubrificantes pastosos compostos (semi-plásticos) ou de alta
viscosidade, compostos de misturas de óleos lubrificantes minerais
(de diversas viscosidades) e seus aditivos e especialmente do ponto
de vista química, sais de determinados ácidos graxos com cálcio,
sódio, lítio, alumínio, bário e magnésio (geralmente chamados de
sabão que em formam com os óleos de origem mineral) uma
emulsão, que atuam como agente espessado.

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Fabricação Graxa

• A graxa é fabricada formando-se o sabão em presença do óleo. São três os processos para
fabricar graxa:
1. Processo de Tacho – por tradição, a fabricação de graxas tem sido feita na forma de um
processo de bateladas realizado em grandes tachos. As capacidades destes tachos variam de
4500 kg a 22600 kg.
2. Processo Contactor – este processo é muito parecido com o de tacho, com a vantagem de
reduzir enormemente o tempo de fabricação das graxas.
3. Processo Contínuo – este processo nasceu em meados dos anos 60, é compacto e versátil,
oferecendo vantagens sobre o processo de bateladas, como sua homogeneidade e estabilidade
ao cisalhamento. É patente da Texaco.
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Fabricação Graxa
As graxas são classificadas dependendo de diversas
características. Uma propriedade significativa é o “ponto de gota”
A temperatura na qual a graxa torna-se líquida novamente.

O “regime de purga” mede a velocidade na qual o óleo tende a se


separar.

A “estabilidade de cisalhamento”, determinada pela observação da


variação do regime de penetração à medida que a graxa é agitada
por um pistão em movimento, é uma maneira de medir a vida útil
de uma graxa (NAILEN, 2002).

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Fabricação Graxa
As propriedades físicas das graxas situam-se em uma posição
intermediária entre às dos óleos e dos lubrificantes sólidos.

Graxas possuem as vantagens de ambos, mas sua natureza e


propriedades reológicas são essencialmente diferentes quando
comparadas com qualquer líquido mineral ou óleo sintético ou com
sólidos lubrificantes, tais como grafite e dissulfeto de molibdênio.

Sob certas condições, as graxas conseguem manter sua forma sólida


e não fluem, mesmo quando aplicadas a uma superfície vertical ou
inclinada. Entretanto, quando o uso em serviço alcança um
determinado ponto crítico, que está acima do “ponto de ruptura” da
graxa, ela começa a fluir como um óleo lubrificante (YEONG et al.,
2004).
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS GRAXAS
LUBRIFICANTES

Consistência: Indica se uma graxa é dura ou mole, isto é, se ela é


difícil ou facilmente penetrável ou deformável; é uma das
características mais importantes das graxas, pois influencia a
formação da camada responsável pela lubrificação e capacidade de
bombeamento da mesma. Quanto menor a variação de
consistência, melhor será o desempenho da graxa no uso prático.

Ponto de gota: É a temperatura na qual a graxa começa a gotejar,


isto é, fluir. É uma característica importante para os equipamentos
que trabalham a altas temperaturas.

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS GRAXAS
LUBRIFICANTES
Capacidade de bombeamento: Indica a facilidade ou dificuldade
com que uma graxa é bombeada, isto é, a força que se faz para
bombeá-la.

É uma característica importante nos sistemas de lubrificação


centralizada. Está ligada à consistência e à viscosidade aparente da
graxa.

National Lubricating Grease Institute 9


Propriedades Graxas - Bombeabilidade
A graxa lubrificante à base de lítio, segundo seu fabricante,
apresenta características de resistência à oxidação e à lavagem por
água, podendo ser empregada em ambientes úmidos.
É recomendada para lubrificação de chassis, rolamentos, juntas
universais, cubos de roda e pinos de veículos automotivos,
agrícolas e de construção.

National Lubricating Grease Institute 10


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS GRAXAS
LUBRIFICANTES
Resistência à água: Pelo fato de algumas máquinas trabalharem
em ambientes com muita umidade, esta característica torna-se
extremamente importante nesses casos.

Estabilidade: Diz-se que uma graxa é estável quando ela


consegue manter por mais tempo a sua consistência.

Oxidação: A oxidação, absorção do oxigênio, produz a


deterioração da graxa e a diminuição da sua capacidade de
lubrificação. Alguns tipos de graxa se oxidam com maior
facilidade que outros. Quanto maior a temperatura, mais a graxa se
oxida e mais freqüentes deverão ser as trocas e reposições.

Separação do óleo: As graxas, quando armazenadas durante longo


período, apresentam razoável tendência à decomposição,
separando-se o óleo do sabão. 11
Graxas Industriais
Para selecionar a graxa correta para cada aplicação, deve-se
observar a temperatura de operação, a velocidade de trabalho,
quantidade e tipo de carga e períodos estimados de relubrificação.
No gráfico se compara as propriedades das principais graxas para
múltiplas aplicações para melhor visualização das diferenças entre
elas.

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Sistema de Classificação de graxas da NLGI

Uma das características mais importantes relacionada à classificação das


graxas lubrificantes é o grau NLGI (National Lubricating Grease Institute),
uma associação sediada nos Estados Unidos da América.

O grau NLGI determina a consistência da graxa (grau de rigidez),


determinada através da medida, em décimos de milímetro, da penetração
de um cone padronizado na mesma.
O teste é realizado com a amostra da graxa a 250C; após 5 segundos do
disparo do cone, faz-se a leitura diretamente no aparelho. Quanto menos
espessa é uma graxa, maior será a penetração e menor o índice NLGI.

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Sistema de Classificação de graxas da NLGI

Com base nos resultados


obtidos no penetrômetro, o
National Lubricating Grease
Institute (NLGI) criou um
sistema de classificação para
as graxas definidos de
consistência trabalhada em 60
ciclos que variam de
000(muito macia) a 6 (muito
dura).

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Sistema de Classificação de graxas da NLGI

Observação: Uma graxa pode atender ao mesmo tempo os requisitos de graxa para cubos
de rodas e paralubrificação de chassis. 15
Especificações DIN para graxas

DIN 51 502 (Graxas) - Consiste de várias partes: tipo de


graxa, aditivos especiais, componente sintético (se
aplicável), número NLGI, temperatura máxima de
operação (opcional) e temperatura mínima de operação
(opcional). O primeiro ou o segundo caractere indica o
tipo de graxa,

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