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Graxa Lubrificante – é uma combinação semissólida de produtos de petróleo e sabão;

ela pode variar de um estado semifluido até sólido. Os óleos contribuem com 90% da formação da
graxa.
Ela é geralmente criada usando: engrossador(sabão) e líquido lubrificante, pode ocorrer de serem
acrescentados aditivos. Cera e asfalto podem ser utilizados como fluidos para a composição.
Aplicação: aonde fica inviável para o óleo lubrificante ser aplicado eles aplicam a graxa.
São usadas também quando é conveniente promover um selo protetor, criando uma vedação,
funcionando como barreira para a entrada de contaminantes. Ex.: Rolamento

Sabões: a maioria dos espessantes utilizados são sabões metálicos;


De uma forma simplista, os sabões são produzidos por reação química entre ácido graxo
(comumente sebo) e um produto alcalino, que poderia ser cal virgem (sabão de cálcio), soda
cáustica (sabão de sódio) ou hidróxido de lítio (sabão de lítio). A consistência desejada das graxas é
alcançada devido à uma estrutura entrelaçada de fibras constituídas.

Outros Espessantes: Argilas (bentonita), tintas, negro-de-fumo, fibras, resinas e sais.  As graxas da
indústria alimentícia são fabricadas com óleo branco, ésteres e outros de grau alimentício

Vantagens da utilização das Graxas:


 Resistência ao choques;  Diminui contaminação;  Permite operação em várias posições;

Desempenho das Graxas dependem de 4 fatores: do sabão, do método de fabricação, dos aditivos
e líquido lubrificante. Esse desempenho pode ser medido por um penetrômetro. Esse ensaio
(ASTM D-217) consiste em fazer um cone penetrar a graxa em uma determinada temperatura
em um determinado tempo em que esse grau de penetração é medido em milímetros.

Esse desempenho é medido através do número de consistência (NLGI) essa classificação é dada em
ordem de dureza crescente.
As graxas são um fluído não newtoniano, elas não respeitam a proporção de grau de cisalhamento
pela tensão aplicada, e sua viscosidade também é sensível a mudança de temperatura.
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Ponto de Gota - O ponto de gota indica a temperatura em que o produto se torna fluido, capaz de
gotejar através do orifício padronizado. O que dita esse ponto de gota é o sabão misturado na graxa.
O teste ASTM D-2509 mede a capacidade de carga q a graxa suporta submetendo ela a um teste de
pressão, ela também pode ser medida pelos mesmos testes de óleos lubrificantes.
O teste ASTM D-1264 mede a ação de lavagem pela água, a resistência de uma graxa à ação de
lavagem pela água tem grande importância quando há a possibilidade de contaminação pela água. É
medida em duas temperaturas: 40°C e 80°C.
Bombeabilidade - É a capacidade de uma graxa fluir pela ação de bombeamento. Os fatores que
influênciam são os 3 anteriores: Viscosidade do óleo, consistência NGLI e o tipo de engrossador.
Graxas de Cálcio: por conter água em sua composição ela tem limite de temperatura de 180°, não
é indicada em ambientes de elevação de pressão e temperatura.
Graxas de Sódio: ela tem boa resistência ao calor, ponto de gota em 175°, é resistente a ferrugem,
comparada a de cálcio ela tem condição de bombeamento pior.
Graxa de Alumínio: ela é praticamente igual a de cálcio, oque difere é que tem Bombeamento
regular, Boa aparência, Boa adesividade.
Graxas de Lítio: boa resistencia a calor com ponto de gota em 180°, não tem boa resistência a
ferrugem, Boa característica de bombeamento. Tendência à separação do óleo quando submetidas à
pressão.
Todos eles tem boa resistência a água menos o de sódio.
Graxas sem sabão: você usa elas mais quando tá em um ambiente de altas temperaturas, tipo
turbinas, nelas são postas argilas modificadas ou sílica-gel são os engrossantes normalmente
aplicados. As suas características são: Ótima proteção contra desgaste;  Baixa proteção à corrosão;
 Alto custo.
Graxas Grafitadas: Empregada para temperaturas elevadas (Lubrificação de moldes de vidro). O
bissulfeto de molibdênio também tem papel lubrificante em altas pressões e temperaturas. Outro
exemplos são Mica, Cobre e Chumbo.
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https://www.ifes.edu.br/images/stories/files/comunidade/coletanea_provas/concursos/docente/
concurso-docente-mecanica-iv-2010-06.pdf
Lubrificantes Sólidos
Características: Forte aderência aos metais, Baixa resistência ao cisalhamento(por ser fluído
newtoniano) e elevado coeficiente de transmissão de calor.
Classificação: podem ser sólidos laminares e compostos orgânicos.
Solidas: tem ligações fortes intracamadas(de uma camada aromática para outra) e fracas
intercamadas(de uma camada de intra para outra) por isso ela é resistente a tração porém é fraca no
cisalhamento. Ex: Grafita, Dissulfeto de Molibdênio e Mica.
A grafita é o lubrificante sólido mais utilizado. Em sua forma natural, é constituída carbono na
forma cristalina. Sua moagem é feita através de granulometria fina. É possível obtê-la a partir do
carvão antracitoso e coque de petróleo, em fornos especiais.
MoS2 é obtido da natureza, extraído da molibdenita. Tem aparência de pó preto, brilhante. É
recomendada até 400°C, acima da qual sofre considerável oxidação. Também tem grande aderência
às superfícies metálicas, usado como agente EP.
Orgânicos: São formados pelas parafinas, ceras e pastas especiais, além de sabão, gorduras e
diversos plásticos. Usados em estampagem e trefilação. Ex: politetra-flúor-etileno(PTFE), oque leva
nome de polímero entra na fila dos orgânicos, porque esse tipo visa ter um aumento de resistência
mecânica e atrito também.

Peliculas secas: seu objetivo é abaixar o atrito para aumentar o “deslize” e garantir melhor
funcionamento do equipamento. Nada mais são que revestimentos em superfícies metálicas com
materiais com propriedades lubrificantes, isto é, com baixo coeficiente de atrito. Tais como:
laminares de grafita. Devido sua dificuldade de aderência eles precisam de adesivos de resina
acrílica.
Esse tipo de lubrificante é usado somente quando a máquina possui condições extremas,
atuando como um agente anti-desgaste ou de extrema pressão.

Atrito e desgaste
Tipos e classificações:
Atrito sólido que se deve pelo deslizamento e pelo rolamento.
Atrito fluído ocorre quando se tem algum tipo de fluído separando superfícies em movimento, ela
reduz o atrito e promove maior suavidade no movimento.
Causas do atrito: Superfícies sólidas, mesmo polidas, possuem asperezas e irregularidades.
Mecanismos de atrito: Caracterizados por cisalhamento e adesão.
Cisalhamento: Picos das superfícies entram em contato lateral, gerando resistência à ruptura desses
picos.
Rugosidade também é um agente de atrito.
Cisalhamento em superfícies similares: Ruptura de picos em ambos os lados.
Cisalhamento em superfícies com durezas diferentes: Superfície mais dura age como ferramenta de
corte nos picos da superfície menos dura

Adesão, quando se tem uma diferença de dureza nas superficíes, e o material adere bem ao outro,
ele perde uma parte de sua estrutura, mas ele adere o que ele feriu nessa operação, quando a
diferença fica menor, ele apenas desgasta o outro e a si mesmo, assim ele não absorve mais do que
perdeu e fica negativo.

Definição: A força limite de atrito estático e cinético é proporcional às solicitações normais entre as
superfícies.
Fatores que Influenciam o Coeficiente de Atrito (μ): - Acabamento superficial. - Direção da
carga. - Temperatura de operação. - Raio de curvatura da superfície de contato, este é um fator q
influência também o atrito, ele é especial porque ele atrapalha a leitura do coeficiente da peça,
devido sua diferença de superfície.
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Fases da lubrificação, lubrificação em mancais e lubrificação de engrenagens:
Fases da lubrificação: Hidrodinâmica é quando se tem uma camada de fluido separando duas
superfícies que estão em movimento. Esse óleo que é usado para isso quando a viscosidade dele
aumenta a espessura do filme aumenta. A espessura do filme varia inversamente com a carga.
Aumentando a temperatura de funcionamento ele diminui a viscosidade, esse aumento de
temperatura é devido ao aumento da velocidade.
Lubrificação Limítrofe ou limite: ela ocorre em situações críticas, situações de elevada carga,
situações de elevada pressão e baixa velocidade em rolamentos, anéis pistão, bombas e outros. Essa
lubrificação representa o limite crítico que limita a vida útil dos componentes.
A lubrificação limite ocorre quando películas lubrificantes espessas e duradouras para a separação
das duas superfícies são tecnicamente impossíveis.
Mancais: A aplicação do óleo deve vir de um orifício de óleo que fica na parte de baixa pressão do
mancal e esse orifício deve ser redondo pois assim evita concentração de tensão.
Quando se deve empregar graxas?
Se as condições mecânicas não impendem a entrada de impurezas sólidas.
Se houver a presença de água
Altas Temperaturas
Grandes Cargas
Rotações Baixas
Lubrificação hidrodinâmica: Ocorre quando a lubrificação é feita por circulação, banho, anel ou
colar, ou seja, é contínua.
Lubrificação limítrofe: ▪ Quando a alimentação do óleo é intermitente, isto é, feita por almotolia,
por copos conta-gotas, copos de mecha ou copos de vareta; ▪ No caso de lubrificação contínua, é
essencial que, além de viscosidade adequada, o óleo tenha também boa resistência à oxidação.
Lubrificação em engrenagens:
Em engrenagens fechadas, ele é aplicado por salpico, A engrenagem maior mergulha no óleo,
transporta-o e salpica-o no ponto de engrenamento e nos mancais. O nível correto é importante, pois
se for baixo, resultará em distribuição deficiente e falta de lubrificação; se for alto provocará
agitação excessiva, gerando calor, que influirá na viscosidade do óleo.
Lubrificação por circulação. São empregados dois sistemas: o sistema centralizado e o sistema
individual. Em qualquer um deles o jato de óleo fornecido por uma bomba é atomizado sobre os
dentes no ponto de engrenamento. Muitas vezes, os sistemas são providos de filtros a fim de manter
limpo o óleo e remover as impurezas que poderiam causar o desgaste das superfícies dos dentes e
dos mancais.
Nas cilindricas e conicas o deslizamento é tão rápido que nem da tempo de se remover a camada de
óleo lubrificante. Já em uma engrenagem sem fim, por ser bem devagar ela tende a perder essa
camada filme, gerando a lubrificalçao limitrofe que destroi o material, fazendo-se necessário que se
use um lubrificante que grude nele.
Quanto maior for a velocidade do pinhão, maior quantidade de óleo é levada à área de pressão e o
óleo terá menor tempo para se desalojar. ▪ Isso implica na utilização de óleo com menor
viscosidade.
Temperatura: á cima de 65° faz-se necessario você usar um óleo especial que tenha inibção a
corrosão.
Aula 8:
Os objetivos do óleo: Escolher o lubrificante correto, manter o lubrificante limpo, manter o
lubrificante seco, garantir o bom desempenho da lubrificação.
A falta de viscosidade adequada gera uma contaminação de partículas de metal que acabam gerando
impurezas no sistema.
Sistema da AGMA
Os seis fatores da lubrificação correta: tipo certo; qualidade certa; quantidade certa; condição certa;
local certo; ocasião certa. TQQCLO
Diagrama Espaguete – é um método sugerido para se lubrificar de maneira correta baseado em
homens/horas.
Lubrificação Automotiva:
As principais funções pensadas na fabricação de óleos para motor são: prevenir contra o atrito e
desgaste das peças móveis; controle da corrosão e neutralização de ácidos, depósitos em câmara de
combustão, evitar formação de verniz e borra; limpar e manter o motor limpo, colaborar com a
refrigeração do motor; vedar os anéis de compressão; reduzir os choques mecânicos. Eles usam
detergente e dispersante.
Os óleos multiviscosos ou também chamados de multigrau, são aqueles que atendem aos requisitos
de mais de um grau de viscosidade da classificação SAE.

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