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FIRJAN - SENAI (UNIDADE SÃO GONÇALO)

CURSO DE MECÂNICO DE MANUTENÇÃO

PAULO ROBERTO ALVES PEDRO


ANA BEATRIZ MARQUES DE C. TEIXEIRA

TRABALHO DE MANUTENÇÃO PLANEJADA DE MÁQUINAS E


EQUIPAMENTOS
Lubrificantes

São Gonçalo
2023

LUBRIFICANTES..................................................................................................................... 3
O que é o lubrificante?........................................................................................................ 3
Aplicações...........................................................................................................................3
Propriedades e características dos lubrificantes................................................................ 3
Viscosidade................................................................................................................... 3
Índice de Viscosidade (IV)............................................................................................ 4
Ponto de fluidez............................................................................................................ 4
Classificação dos lubrificantes............................................................................................ 4
Lubrificantes líquidos.................................................................................................... 5
Pastosos....................................................................................................................... 5
Lubrificantes sólidos......................................................................................................5
Gasosos........................................................................................................................ 5
Aditivos para óleos lubrificantes....................................................................................5
Tribologia............................................................................................................................ 6
Armazenagem e manuseio de lubrificantes........................................................................ 7
Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos - FISPQ................................. 8
Para que serve a FISPQ?............................................................................................. 9
Como temos acesso a FISPQ?.....................................................................................9
Como é formada?......................................................................................................... 9
O descarte do lubrificante................................................................................................... 9
Como descartar óleo de motor corretamente?........................................................... 10
Filtro de óleo lubrificante................................................................................................... 10
O que é filtro de óleo?.................................................................................................10
Qual a finalidade do filtro de óleo?..............................................................................11
Análise do lubrificante....................................................................................................... 11
O que são análises em lubrificantes?......................................................................... 12
Viscosidade do lubrificante............................................................................................... 12
O que é viscosidade do óleo lubrificante?.................................................................. 13
O que é SAE?............................................................................................................. 13
Multiviscosidade..........................................................................................................13
Como saber qual óleo é mais ou menos viscoso?......................................................14
BIBLIOGRAFIA:.......................................................................................................... 15

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LUBRIFICANTES

O que é o lubrificante?
Lubrificante é a substância entre duas superfícies com objetivo de reduzir a fricção
ou atrito entre peças que se movem, ou seja, reduzir o desgaste. Torna
escorregadio.

Aplicações
O lubrificante tem funções importantes para o funcionamento de máquinas e
sistemas de transmissão. O principal objetivo do lubrificante é reduzir o atrito e o
desgaste entre as peças.
A lubrificação é uma das principais etapas no processo de manutenção de
máquinas industriais e automotivas. Deve ser entendida e praticada para garantir a
vida útil dos componentes e o desempenho dos equipamentos. Mas, para isso,
antes é preciso entender o que é lubrificante e para que ele serve.
Máquinas, componentes, motores e acessórios são usados para transmitir
força, movimento e potência. Todos precisam ser lubrificados. E por quê?
Para reduzir o atrito, o desgaste ou proteger contra a corrosão decorrente da
oxidação. Contudo, um lubrificante tem outras funções além dessas.
Quer saber mais sobre o que é e para que serve o lubrificante industrial?
Então, confira agora em nosso Guia tudo que você precisa saber sobre este
assunto.
Um lubrificante industrial vai além de reduzir o atrito. Ele tem outras
propriedades que permitem obter benefícios e vantagens durante a operação.

Propriedades e características dos lubrificantes

Viscosidade
A viscosidade nada mais é que a resistência que um fluido oferece ao
escoamento em uma determinada temperatura.

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De forma geral, o óleo industrial deve dispor de viscosidade o suficiente para
manter a película de lubrificação entre as superfícies, porém deve-se obter um
equilíbrio a fim de evitar resistência demasiada ao movimento dos mecanismos do
sistemas.
Na prática, cada aplicação exige uma especificação de acordo com as
características do sistemas, como, por exemplo, capacidade de bombeamento e
temperaturas de operação, além de outras especificidades.

Índice de Viscosidade (IV)


Ainda falando sobre viscosidade, há algo sobre ela que não pode ser deixado
de lado: ela não é sempre a mesma. Dependendo da temperatura à qual o material
está sendo submetido, a viscosidade dele pode variar.
Essa variação de acordo com a temperatura é medida pelo que chamamos de
Índice de Viscosidade (IV) — e ele é tão importante quanto a viscosidade em si.
Os melhores lubrificantes industriais devem ter um alto Índice de Viscosidade,
que é quando a viscosidade do óleo varia menos de acordo com a temperatura. Isso
faz com que ele seja mais estável e possa atuar em máquinas que apresentam
variações extremas, garantindo a lubrificação mesmo em situações de grandes
variações de temperatura, como partidas a frio e também aquecimento do sistema.

Ponto de fluidez
Na maioria das vezes em que falamos sobre temperaturas extremas, o que
vem à mente são as temperaturas altas. No entanto, há casos em que o fluido deve
ser capaz de suportar temperaturas extremamente baixas sem que perca sua
capacidade de lubrificação — e é exatamente isso que o ponto de fluidez determina.
É importante citar que o ponto de fluidez é definido em temperaturas múltiplas
de 3. Pense em uma situação onde, no momento em que o produto é testado,
utiliza-se uma temperatura de -6°C para aferir o ponto de fluidez.
Se o óleo for capaz de fluir a essa temperatura, o próximo teste é feito em
-9°C. Se ele não fluir a esta, fica determinado que seu ponto de fluidez é -6°C e,
portanto, ele não pode ser usado em situações com temperaturas mais baixas que
esta.

Classificação dos lubrificantes

Lubrificantes industriais possuem papel fundamental na manutenção, já que


protegem componentes e aumentam a vida útil dos ativos. São classificados de
acordo com estado físico em: líquidos, pastosos, sólidos ou gasosos.

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Lubrificantes líquidos
Compostos por óleo básico e aditivo, são usados em componentes que
demandam alta velocidade e carga. Entretanto apresentam baixa viscosidade e
perda de atrito. São divididos em três categorias: orgânico, mineral e sintético.
O orgânico tem como base principal gorduras vegetais e animais, enquanto o
óleo mineral é extraído do petróleo. Já os com base sintética são desenvolvidos em
laboratório, com um custo mais elevado.

Pastosos
Chamados de graxas, geralmente são mais gordurosos e utilizados no “meio
termo” entre líquido e sólido. São usados quando os óleos não conseguem parar no
local necessário, criando uma boa lubrificação. O intuito é diminuir atrito,
aquecimento, desgaste e preservar a máquina da corrosão.

Lubrificantes sólidos
Usado em condições extremas, são inseridos entre componentes das peças
que trabalham em atrito. Resistem a altas temperaturas (500ºC ou mais) e os mais
usados são: Grafite, Óxido de zinco (Zn 02), Talco, Mica, Bissulfeto de Molibdênio
(MoS₂).

Gasosos
Aplicado em casos especiais, quando não é possível usar outros lubrificantes.
Os gases normalmente utilizados são: Nitrogênio e Hélio.
Além de promoverem baixo atrito devido à viscosidade, podem ser usados em
algumas faixas de temperatura. No entanto, têm baixa capacidade de carga e
necessitam de componentes com bom acabamento.
Uma viscosidade adequada é o que mantém uma boa lubrificação. Por
exemplo, se o lubrificante for líquido, chegará mais rápido ao local, mas não ficará lá
por muito tempo. Quanto mais grosso, mais difícil de escorrer, deixando as peças
mais lubrificadas.

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Aditivos para óleos lubrificantes
Aditivos apresentam uma característica simples: melhorar performance e
potencializar propriedades do óleo. Cada maquinário industrial requer um tipo, com
aplicações distintas.
Alguns deles são: detergentes, anticorrosivos, antioxidantes, antiespumantes,
extrema pressão e melhorador de viscosidade.
Detergentes: mais comum, servem para limpar o sistema, mantendo a
partícula insolúvel e minimizando acúmulo de substâncias indesejáveis.
Anticorrosivos: capacidade de neutralizar materiais ácidos, que possivelmente
acarretaria na corrosão dos metais, ajudando na vida útil do ativo.
Antioxidantes: retardam o processo de oxidação do óleo básico, trazendo
mais durabilidade ao lubrificante.
Antiespumantes: evitam que o processo de ferrugem atinja as peças. Esse
aditivo é comum nas máquinas com contato direto com a água.
Extrema pressão: evitam que o óleo cause problemas ao ativo e forme
pequenas soldas quando submetido a grandes pressões. Utilizado para evitar
desgaste, pressão e arranhadura no metal.
Melhoradores de viscosidade: conforme a temperatura do ativo se eleva,
óleos podem sofrer alterações na composição. Então, sua principal característica é
reduzir a volatilidade do lubrificante.

Tribologia

Tribologia é o estudo do atrito, desgaste e lubrificação de superfícies. É uma


área multidisciplinar que envolve ciência dos materiais, mecânica, química e física. A
tribologia é fundamental para o desenvolvimento de tecnologias que melhoram a
eficiência e a vida útil de equipamentos e maquinários, reduzem o consumo de
energia e melhoram os principais indicadores de manutenção. O termo tribologia
vem do grego, onde: tribo = esfregar e logos = estudo. Podemos, então, defini-lo
como sendo uma ciência que avalia a interação entre superfícies em movimento
relativo. Ele foi estabelecido, em 1966, pelo governo do Reino Unido (UK). H. Peter
Jost gerou um relatório para o departamento inglês de educação e ciência dos
impactos econômicos associados ao seu estudo.
Os 3 pilares da tribologia são então o atrito, a lubrificação e o desgaste. Veja
a seguir uma breve descrição de cada um deles:
O atrito é a resistência ao movimento entre duas superfícies em contato. Ela
pode ser benéfica, como no caso de freios de carro, que precisam de atrito para
parar o veículo. No entanto, em muitos casos, o atrito é indesejado, pois pode
causar desgaste excessivo, aquecimento, falhas mecânicas e perda de energia. Ele
é o principal causador do desgaste por abrasão. Por isso, a sua redução é um dos
principais objetivos dessa temática

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O desgaste é a perda gradual de material devido ao contato entre as
superfícies. Ele pode ser causado por diversos mecanismos de desgastes como o
desgaste por abrasão, desgaste por erosão, fadiga e desgaste por corrosão. O
desgaste é um problema comum em muitos equipamentos e máquinas, pois pode
levar à falha mecânica e a custos de manutenção elevados. Por isso, o estudo do
desgaste e a sua prevenção são fundamentais para a indústria.
A lubrificação é a aplicação de um material intermediário, como óleo ou graxa
entre as superfícies em contato para reduzir o atrito e o desgaste. A lubrificação
também ajuda a dissipar o calor gerado pelo atrito, o que aumenta a vida útil dos
componentes. Existem vários tipos de lubrificantes, como líquidos, sólidos e gases.
A escolha do lubrificante adequado depende das condições de operação do sistema,
das características dos materiais e das exigências de desempenho.

Armazenagem e manuseio de lubrificantes

Os óleos lubrificantes são embalados usualmente em


tambores de 200 litros, conforme norma do INMETRO
(Instituto de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
As graxas são comercializadas em quilograma e os
tambores são de 170 kg ou 180 kg, conforme o fabricante.
Em relação ao manuseio e armazenagem de
lubrificantes, deve-se evitar a presença de água. Os óleos
contaminam-se facilmente com água. A água pode ser
proveniente de chuvas ou da umidade do ar. Areia, poeira e outras partículas
estranhas também são fatores de contaminação de óleos e graxas.
Outro fator que afeta os lubrificantes, especialmente as graxas, é a
temperatura muito elevada, que pode decompô-las.
Quando não houver possibilidade de armazenagem dos lubrificantes em
recinto fechado e arejado, devem ser observados os seguintes cuidados:
● manter os tambores sempre deitados sobre ripas de madeira para evitar a
corrosão;
● nunca empilhar os tambores sobre aterros de escórias, pois estas atacam
seriamente as chapas de aços de que eles são feitos;
● em cada extremidade da fila, os tambores devem ser firmemente escorados
por calços de madeira. Os bujões devem ficar em fila horizontal.
● fazer inspeções periódicas para verificar se as marcas
dos tambores continuam legíveis e descobrir qualquer
vazamento;
● se os tambores precisarem ficar na posição vertical,
devem ser cobertos por um encerado. Na falta do
encerado, o recurso é colocá-los ligeiramente

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inclinados,com o emprego de calços de madeira, de forma que se evite o
acúmulo de água sobre qualquer um dos bujões.

A armazenagem em recinto fechado e arejado pode ser feita em estantes de


ferro apropriadas chamadas racks ou em estrados de madeira chamados pallets.
O emprego de racks exige o uso de um mecanismo tipo monorail com talha
móvel para a colocação e retirada dos tambores das estantes superiores. Para a
manipulação dos pallets, é necessária uma empilhadeira com garfo.
Uma outra possibilidade é dispor os tambores horizontalmente e superpostos
em até três filas, com ripas de madeira de permeio e calços convenientes, conforme
já foi mostrado. A retirada dos tambores é feita usando-se uma rampa formada por
duas tábuas grossas colocadas em paralelo, por onde rolam cuidadosamente os
tambores.
Panos e estopas sujos de óleo não devem ser deixados nesses locais, porque
constituem focos de combustão, além do fator estético.
O almoxarifado de lubrificantes deve ficar distante de poeiras de cimento,
carvão etc., bem como de fontes de calor como fornos e caldeiras.
O piso do almoxarifado de lubrificantes não deve soltar poeira e nem absorver
óleo depois de um derrame acidental.
Pode-se retirar óleo de um tambor em posição vertical utilizando uma
pequena bomba manual apropriada.
Os tambores que estiverem sendo usados devem ficar deitados
horizontalmente sobre cavaletes adequados. A retirada de óleo é feita, nesse caso,
por meio de torneiras apropriadas.
Geralmente adapta-se a torneira ao bujão menor. Para o caso de óleos muito
viscosos, recomenda-se usar o bujão menor. O bujão com a torneira adaptada deve
ficar voltado para baixo, e uma pequena lata deve ser colocada para captar um
eventual gotejamento, conforme a figura.
Os recipientes e os funis devem ser mantidos limpos, lavados periodicamente
com querosene e enxugados antes de voltarem ao uso.
Para graxas, que em geral são em número reduzido e cujo consumo é muito
menor que o de óleos, recomenda-se o emprego de bombas apropriadas,
mantendo-se o tambor sempre bem fechado.

Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos -


FISPQ

A sigla FISPQ significa Ficha de Informação de Segurança de Produtos


Químicos. É um documento normalizado pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) conforme NBR 14725-4.

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Em nosso ambiente cotidiano seja em casa ou no trabalho, sempre temos
algum tipo de contato com produtos químicos. Eles estão lá para nos auxiliar, no
entanto, alguns são altamente prejudiciais.
Quem não se lembra do barulho que tivemos no Brasil a algum tempo atrás
por causa do formol utilizados em salões de cabeleireiras?
Como no caso do formol, muitas vezes lidamos com produtos químicos de
forma inadequada, e a FISPQ vem exatamente para nos avisar dos riscos, medidas
de proteção e cuidados que devem ser adotados no manuseio e transporte desse
tipo de produto.

Para que serve a FISPQ?


A FISPQ é um documento para comunicação dos perigos relacionados aos
produtos químicos.
A FISPQ é o meio de o fabricante do produto divulgar informações
importantes sobre os perigos dos produtos químicos que fabrica e comercializa.

Como temos acesso a FISPQ?


O fabricante/fornecedor deve disponibilizar as fichas junto com o produto, pois
trata-se de um documento obrigatório para a comercialização destes produtos. Ela é
um direito de quem adquire o produto. E deve ficar a disposição de todos os que
trabalham com o produto.

Como é formada?
O documento é dividido por seções e contemplam informações sobre vários
aspectos do produto. Para esses aspectos, a FISPQ fornece informações
detalhadas sobre os produtos e também sobre ações de emergência a serem
adotadas em caso de acidente.

O descarte do lubrificante
O óleo lubrificante desempenha um papel importante para o funcionamento
de um veículo ou determinado maquinário e deve ser trocado periodicamente. Saber
como descartar o óleo é fundamental para evitar a poluição do meio ambiente e
proteger a própria saúde.
Esse é um assunto que merece atenção, pois trata-se de uma substância que
possui um alto poder poluente se descartada de forma incorreta, especialmente para
o solo e a água, elementos que têm total ligação com a nossa alimentação e saúde
de modo geral.

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Como descartar óleo de motor corretamente?
A troca periódica do óleo é parte fundamental da manutenção do veículo, mas
acabam se esquecendo de pensar em como essa substância é descartada e dos
riscos que o descarte inadequado pode gerar.
Esse é um assunto tão importante que existe até mesmo uma resolução do
CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) que dispõe sobre o recolhimento e
a coleta de óleo usado ou contaminado.
Sendo assim, saber como descartar óleo lubrificante corretamente é
fundamental para proceder de forma responsável do ponto de vista ambiental, seja
agindo de fato, no caso de ter realizado a troca por conta própria, ou cobrando a
empresa que contratou para fazer o serviço.
A Resolução nº 362/2005 do CONAMA determina que os estabelecimentos
que vendem ou fazem a troca do item realizem o procedimento para coleta de óleo
corretamente, que inclui o armazenamento e a posterior entrega para coletores
autorizados pela ANP (Agência Nacional de Petróleo).
Também é responsabilidade dos estabelecimentos informarem aos
consumidores através de cartazes como descartar óleo automotivo, por exemplo,
corretamente, e a importância de tomar todos os cuidados indicados.

Filtro de óleo lubrificante

Os óleos têm diversas funções fundamentais à manutenção do estado


funcional de motores e máquinas industriais. Para garantir que tenham boa
durabilidade, é fundamental cuidar também dos filtros e de suas manutenções.
No caso da indústria, a filtração pode ser parte do processo produtivo ou da
gestão ambiental na qualidade de etapa de tratamento de efluentes. Descubra agora
o que são e qual a importância desses equipamentos para a manutenção.

O que é filtro de óleo?


Um filtro de óleo é um dispositivo poroso, fibroso ou granular, cuja função é
remover impurezas ou partículas sólidas de um fluido, quando esse passar pelo seu
interior por meio de um processo de filtração. De acordo com o Revista Carro, “o
filtro do óleo tem a função de bloquear a circulação de impurezas no motor”.
A Teoria da Filtração diz que a capacidade de filtração de um material
dependerá da pressão do fluido sobre a área do material filtrante, da resistência
desse a passagem do fluido e da resistência do resíduo gerado (torta).
Os filtros podem ser categorizados conforme o elemento de reposição em
simples, de superfície (membranas ou papel de filtro analítico) ou de profundidade
(papel ou tecido dobrado em vários). Vejamos:

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● Simples: protegem a bomba e os circuitos hidráulicos de partículas maiores,
sendo instalados no sentido do fluxo, em posição anterior à bomba. A
filtragem nesse caso é grossa, com baixa restrição e fluxo livre.
● Profundidade: compostos de tecidos como estopa, algodão e feltro ou fibras
de celulose e com uma escala de permeabilidade entre 10 e 50 micras,
realizam boa filtração, absorvendo também água e resinas.
● Superfície: elaborados em papel ou tecido impregnados de resina, têm escala
de permeabilidade entre 2 e 40 micras na escala de permeabilidade, ou seja,
porosidade limitada. Por isso, são usados em áreas superficiais grandes, tais
como elementos filtrantes de papel plissado. A filtração nesse caso é de baixa
restrição, fina e tem livre fluxo.

Dessa maneira, os filtros são classificados conforme a composição do


material filtrante, que pode ser poroso, fibroso ou granular, e também de acordo com
os tipos de suporte, isto é, bags, cartuchos, cápsulas e discos.
O princípio geral de filtragem é sempre o mesmo, porém, o formato dos
sistemas de filtragem varia dependendo do caso. A eficiência do filtro é dada pela
razão beta do filtro.

Qual a finalidade do filtro de óleo?


A finalidade essencial do filtro de óleo é remover contaminantes destrutivos
que, por algum motivo, se misturaram ao fluido no decorrer do uso do equipamento.
É possível também que essas partículas se originaram de reações químicas
inerentes ao próprio óleo ou em razão de desgaste no equipamento, tais como
partículas metálicas ou fuligem. Os filtros são combinados de forma a criar sistemas
de filtragem, que serão elaborados de acordo com o perfil da sua empresa.
Em indústrias, costuma-se usar mais os sistemas sólido – líquido (separação
do fluido de um sólido – torta) e sólido – gás (remoção de partículas sólidas do ar). A
primeira separa partículas sólidas de um elemento líquido, como no caso de sucos
na indústria alimentícia, de óleos lubrificantes ou combustíveis ou mesmo em
tratamento de efluentes gerados em alguma etapa do processo produtivo.
Por sua vez, os filtros sólido-gás são muito utilizados em chaminés de
fábricas, com o objetivo de reduzir a emissão de material particulado ao ar
atmosférico.

Análise do lubrificante

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Com um foco em eficiência e produtividade, as empresas do setor industrial
estão cada vez mais investindo em automação e monitoramento inteligente para
aumentar a capacidade e a longevidade de seus equipamentos.
Você sabia que ensaios em lubrificantes podem fazer parte desse processo
de manutenção preditiva, redução de interrupções operacionais e aumento do
retorno para o investimento em maquinário?
A seguir será demonstrado em mais detalhes o que são esses laudos, como
são feitos e por que apostar em soluções especializadas pode ajudar na tomada de
decisões.

O que são análises em lubrificantes?


Uma analogia que é muito usada no setor ajuda bastante no entendimento do
que são as análises de ensaios para óleos na indústria. A comparação é com a
própria saúde de nossos corpos. Veja: “quando fazemos um exame de sangue, por
meio dele conseguimos identificar potenciais enfermidades, anomalias e tendências
nos parâmetros verificados”.
Ele explica que a situação é parecida com a de equipamentos industriais, que
precisam de lubrificantes para funcionar de maneira “saudável”. Qualquer alteração
nas propriedades e/ou na condição desses óleos pode ser um sintoma de problemas
ou a possível causa deles.
Portanto, as análises de ensaios em lubrificantes seriam como o nosso
exame de sangue de rotina, monitorando a “saúde” dos equipamentos e tomando
ações necessárias preventivamente.
Com dispositivos especializados, é possível identificar sintomas, como
contaminações, alteração na viscosidade, depleção de aditivos, entre outros, e até
mesmo encontrar a origem por trás dessas anomalias, com o ensaio de
Espectrometria, por exemplo. Dessa forma pode-se atuar antes que isso impacte na
produtividade e na vida útil do equipamento.

Viscosidade do lubrificante

A viscosidade do óleo é uma das características mais importantes a se


considerar na hora de escolher o melhor lubrificante para o carro do cliente. SAE
5W-30, 10W-30, 15W-40.
Essa numeração encontrada na embalagem dos óleos lubrificantes
representa a viscosidade de cada produto. No entanto, não é todo mundo que
consegue entender para que serve essa classificação: o que significam os números?
E a letra “W”? E a sigla “SAE”?
É para responder essas perguntas que escrevemos esse post. Continue
lendo e tire todas as suas dúvidas sobre o que é viscosidade do óleo lubrificante.

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O que é viscosidade do óleo lubrificante?
A viscosidade do óleo representa a fluidez que o óleo apresenta sob
determinada temperatura. Nesse sentido, os mais viscosos são mais grossos,
enquanto os menos viscosos são mais fluidos.
Na prática, a viscosidade funciona como uma faca de dois gumes: o produto
tem que ser viscoso o suficiente para criar uma película protetora entre as partes do
motor, mas não pode ser tão grosso a ponto de oferecer muita resistência ao
movimento das peças.
A questão é que óleos lubrificantes mais viscosos exigem mais força para
serem bombeados e fluem mais lentamente pelo motor. Os menos viscosos circulam
com mais facilidade, permitindo uma lubrificação mais rápida e que alcança cada
centímetro das peças. Essa excelente fluidez faz com que nenhuma parte se
desgaste mais do que outra, diminuindo a necessidade de pequenas manutenções.

O que é SAE?
SAE é uma sigla para a organização americana Society of Automotive
Engineers ou Sociedade dos Engenheiros Automotivos. Essa instituição criou o
parâmetro SAE para padronizar e classificar o grau de viscosidade dos óleos
lubrificantes.

Multiviscosidade
Contudo, a indústria petroquímica teve muitos avanços tecnológicos nos
últimos anos e conseguiu desenvolver óleos de motor de qualidade gradativamente
superior. São lubrificantes que dão mais tempo de vida útil ao motor, formam menos
borra e rendem mais.
Uma das propriedades que permitiu essa melhoria é a multiviscosidade. A
grande maioria dos óleos produzidos atualmente são multiviscosos: isso quer dizer
que eles são capazes de apresentar fluidez diferentes de acordo com a temperatura
do motor.
Peguemos o óleo 5W-30 como exemplo: o 5W representa a viscosidade que
esse produto apresenta quando o motor está em temperatura ambiente, ou seja,
mais fria que durante o funcionamento (baixa temperatura). Nessa situação, ele se
comporta como um óleo muito fluido, o que é excelente para partidas.
Esse mesmo óleo funciona como uma viscosidade de 30 – mais viscoso – no
momento em que o motor está quente (altas temperaturas). Isso é ótimo porque um
óleo muito fluido queimaria muito rápido devido à temperatura e não conseguiria
lubrificar as peças plenamente.

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Como saber qual óleo é mais ou menos viscoso?
Não é preciso abrir o óleo para testar o grau de viscosidade. Quanto maior for
a numeração na embalagem, maior a viscosidade do óleo. Vamos comparar os óleos
5W-30 e 10W-30 para facilitar o entendimento.
O óleo 5W-30 é mais fluido que o 10W-30 sob temperatura ambiente.
Entretanto, os dois apresentam a mesma viscosidade – 30 – quando o motor está
quente.

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BIBLIOGRAFIA:

https://www.abecom.com.br/o-que-e-lubrificante/#:~:text=Lubrificante%20%C3%A9%
20a%20subst%C3%A2ncia%20entre,ou%20seja%2C%20reduzir%20o%20desgaste
.

https://tractian.com/blog/lubrificacao-industrial-entenda-os-tipos-e-sua-importancia

https://www.segurancadotrabalho.ufv.br/fispq-ficha-de-informacao-de-seguranca-de-
produtos-quimicos/

https://www.cobli.co/blog/como-descartar-oleo-usado/#:~:text=os%20cuidados%20in
dicados.-,Para%20onde%20vai%20o%20%C3%B3leo%20lubrificante%20usado%20
recolhido%3F,do%20lubrificante%20para%20posterior%20reutiliza%C3%A7%C3%A
3o.

https://www.pocfiltros.com.br/blog/filtro-de-oleo-de-uma-maquina/

https://pensalab.com.br/laudos-ensaios-lubrificantes/

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