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SENAI CETEF MARCELINO CORRADI

TÉCNICO EM MECÂNICA

ELEMENTOS DE MÁQUINAS

Polyana Cristina Esteves Silva

ITAÚNA
2023

1
POLYANA CRISTINA ESTEVES SILVA

ELEMENTOS DE MÁQUINAS

Trabalho apresentado no curso


técnico em mecânica do Senai Cetef
Marcelino Corradi.

Professor: Caio César Gonçalves


Coutinho Barroso

ITAÚNA
2023

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RESUMO

Este trabalho se trata de uma visão detalhada dos principais elementos de


maquinas, exemplificando sua utilização em normas técnicas. Com o intuito de
passar informações como: para que tal elemento de máquina funciona, suas
principais qualidades, vantagens, desvantagens e sua utilização de forma simples,
de modo que mesmo quem não tenha entendimento sobre mecânica consiga
entender.

ABSTRACT

This work deals with a detailed view of the main machine elements, exemplifying
their use in technical standards. In order to pass on information such as: what such a
machine element works for, its main qualities, advantages, disadvantages and its use
in a simple way, so that even those who do not have an understanding of mechanics
can understand.

Palavras chave: mecânica, elementos de máquina.

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Sumário
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................6
Elementos de Fixação........................................................................................................................7
Elementos de Apoio..........................................................................................................................15
Elementos de transmissão:..............................................................................................................16
Elementos de Vedação.....................................................................................................................33
Elementos Elásticos..........................................................................................................................41
Elementos de Elevação e Transporte.............................................................................................44
Conclusão...........................................................................................................................................47
Referencias........................................................................................................................................48

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1.1 PARAFUSO ............................................................................................7


FIGURA 1.2 ROSCA ...................................................................................................9
FIGURA 1.3 IDENTIFICAÇÃO DO PASSO DE ROSCA ATRAVÉS DE PENTE DE
ROSCA E PAQUÍMETRO ...........................................................................................9
FIGURA 1.4 ESPECIFICAÇÃO DE ROSCA..............................................................10
FIGURA 1.5 TIPOS DE PORCAS..............................................................................12
FIGURA 1.6 ...............................................................................................................27
FIGURA 1.7................................................................................................................27
FIGURA 1.8................................................................................................................28
FIGURA 1.9................................................................................................................29
FIGURA 2.0................................................................................................................30
FIGURA 2.1................................................................................................................31

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INTRODUÇÃO

Os elementos de máquinas são componentes mecânicos fundamentais em diversos


tipos de equipamentos, máquinas e sistemas industriais. Esses elementos são
projetados para desempenhar funções específicas, como transmitir força e
movimento, suportar cargas e realizar movimentos precisos. Alguns exemplos de
elementos de máquinas incluem engrenagens, polias, rolamentos, correias,
correntes, molas e parafusos. Esses componentes podem ser combinados em
diversas configurações para criar sistemas mecânicos complexos, e seu design e
seleção são fundamentais para garantir a segurança, eficiência e confiabilidade do
equipamento. Neste trabalho, exploraremos os diferentes tipos de elementos de
máquinas: elementos de fixação, de apoio suas funções e aplicações, bem como os
fatores a serem considerados ao selecionar e projetar esses componentes.

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Elementos de Fixação

Parafusos e porcas

Atualmente existem incontáveis métodos de fixação, entre alguns deles podemos


encontrar os diferentes tipos de parafusos, como: parafusos de cabeça, parafusos
de retenção, rebites, retorno por mola, dispositivos de travagem, pinos, chavetas e
etc.

Parafuso são componentes metálicos ou constituídos por outro material como,


plástico, vidro ou madeira, de geometria cilíndrica ou cónica. Em aplicações onde a
resistência ao tempo e à corrosão são necessárias, o aço inoxidável, o titânio e o
bronze são os materiais mais utilizados. Normalmente apresenta um formato
cilíndrico ou cônico, sulcado em espiral ao longo da sua face externa e com a sua
base superior, designada por cabeça do parafuso, podendo se adaptar a diversas
ferramentas de fixação, como por exemplo uma chave de fendas. A cabeça também
pode ser quadrada ou sextavada e deste modo é utilizada uma chave de bocas para
proceder à sua fixação.

O parafuso, conforme representado na Figura 1.1, diferencia-se por seu tipo de


cabeça, corpo, rosca, diâmetro e comprimento da área roscada. Com relação a
cabeça os parafusos podem ter cabeça sextavada, quadrada, abaulada, cilíndrica,
cônica, com fenda, fenda cruzada, etc.

Figura 1.1 – Parafuso (Fonte: Laryce Silva)

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Dentre os elementos de fixação, pode-se dizer que os parafusos são os mais
utilizados. São elementos de corpo cilíndrico e comprimento de corpo variável, onde,
sobre este corpo, há filetes de roscas. Estas roscas podem ser de diferentes
especificações e trabalham em conjunto com porcas, com as mesmas
características de roscas podendo ser do tipo whitworth, métrica e americana.

O grau ou classe do parafuso indica o quanto este suporta de carga antes de seu
rompimento, por isso quanto maior o grau, maior a tensão suportada,
especificamente em uma junta parafusada à tração, os parafusos devem apertar um
membro contra o outro com força para prevenir a separação ou vazamento.
Coincidentemente, a tração no parafuso deve ser grande o suficiente para prevenir
auto afrouxamento quando exposto a vibração, choque, ou ciclos térmicos. A alta
tensão no parafuso pode torná-lo menos susceptível a fadiga (mas algumas vezes
mais susceptível a trincamento por tensão).

Padrão de Roscas

As roscas originalmente eram diferentes para cada um dos países fabricantes,


porém após a Segunda Guerra Mundial, foram padronizadas na Inglaterra, Canadá e
nos Estados Unidos dando origem a norma UNS (Unified National Standard). O
sistema Europeu é definido pela norma ISO (Internacional Organization for
Standardization) e tem a mesma forma de seção transversal de rosca, usando
porém dimensões métricas e, portanto não é intercambiável com o sistema UNS.
Ambos os sistemas, UNS e ISO, são utilizados corriqueiramente nos países de
língua Inglesa e países que tem ligação comercial com os mesmos. Ambas normas
possuem ângulo de inclinação dos filetes de 60º e definem o tamanho de rosca pelo
diâmetro externo “d”. O diâmetro primitivo “dp” e o diâmetro de raiz “dr” são definidos
em termos do passo de rosca “p” com razões ligeiramente diferentes encontradas
nas roscas UNS e ISSO

Roscas são as hélices que fazem com que o parafuso avance sobre o material ou
porca quando rotacionado. Podendo possuir vários tipos, dentre eles:

Internas: Possuem porcas ou furos rosqueados;


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Externas: Possui parafuso atarrachante.

À direita: O filete sobe da direita para à esquerda;

À esquerda: O filete sobe da esquerda para à direita.

Simples: Possui uma única entrada;

Múltiplas: Possui várias entradas.

Passo grosso: A mais comum de ser encontrada;

Passo fino: A mais resistente ao afrouxamento decorrentes de vibrações.

A figura 1.2 mostra sobre a rosca.

Figura: 1.2 Rosca (Fonte: Autor desconhecido).

O passo é a distância entre formas adjacentes de roscas medidas paralelamente ao


eixo do parafuso. O passo em unidades inglesas é o recíproco do número de fios de
rosca por polegada “n”.

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A Figura 1.3 apresenta formas de identificação do passo de rosca através de calibre
normalizado.

Figura 1.3 - Identificação do passo de rosca através de pente de rosca e paquímetro. (Fonte: CTISM).

Três séries padrão de famílias de diâmetros primitivos são definidas para roscas de
padrão UNS: passo normal ou grosso (UNC), passo fino (UNF) e passo 19 extrafino
(UNEF). A UNC é a mais comum e recomendada para aplicações corriqueiras,
especialmente onde a necessidade de montagem e desmontagem é frequente.

As roscas unificadas são especificadas declarando-se o diâmetro maior nominal, o


número de fios por polegada e a série de rosca, por exemplo: 5/8in18UNC.

O perfil M (métrico) substitui a classe em polegadas e é o perfil básico da ISO 68,


com rosca de 60 graus. O perfil MJ, por sua vez, tem um filete arredondado na raiz
da rosca externa e o diâmetro menor acrescido de ambas as roscas interna e
externa.

As roscas métricas são especificadas escrevendo-se o diâmetro e o passo em


milímetros, nessa ordem. Assim, M12 x 1,75 é uma rosca com diâmetro maior
nominal de 12 mm e um passo de 1,75 mm. A letra M significa rosca métrica.

A figura 1.4 diferencia os diferentes tipos de especificação da rosca.

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Figura 1.4 – Especificação de Rosca.

Porcas

A porca é uma peça de forma prismática ou cilíndrica geralmente metálica, com um


furo roscado no qual se encaixa um parafuso, ou uma barra roscada. Em conjunto
com um parafuso, é um acessório amplamente utilizado na união de peças. Esta
pode ser fabricada em diversos materiais como: aço, bronze, latão, alumínio,
plástico. Há casos especiais em que as porcas recebem banhos de galvanização,
zincagem e bicromatização para protegê-las contra oxidação. A porca de aperto é
uma versão estreita da porca hexagonal padrão e é utilizada em combinação com a
porca-padrão para travar esta ao parafuso. A porca de castelo tem sulcos para
inserção de um pino através de um furo passante ao parafuso e que evita que a
porca trabalhe frouxa. Uma porca cega é utilizada com propósitos decorativos e a
porca de borboleta permite remoção sem a necessidade de utilização de
ferramentas.

Na porca de travamento há uma preocupação universal que é a prevenção do


afrouxamento espontâneo de porcas devido a vibração. Duas porcas apertadas
conjuntamente no parafuso ou uma porca de castelo com um pino, em ambos os
casos, conseguem alcançar esse objetivo. Muitos outros projetos de porcas de
aperto com direitos especiais de propriedade são oferecidos por fabricantes. Alguns
deles são mostrados na Figura 2.5. A porca de travamento elíptica possui seus
últimos fios de rosca dispostos em uma forma elíptica depois que a porca é feita.
Essas roscas produzem interferência com as correspondentes no parafuso e,
quando forçadas, agarram as roscas e resistem o afrouxamento. Porcas também
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são fabricadas com insertos de náilon nas roscas, os quais se deformam quando
forçados contra o parafuso. O náilon flui nas folgas de rosca e agarra o parafuso.

Uma porca de pino de travamento possui um pino de aço que permite o aperto, mas
que adentra as roscas do parafuso evitando o afrouxamento. Porcas também são
feitas com dentamentos em uma das faces que atuam de forma a cavar aparte
sujeitada e resistem ao afrouxamento.

Figura 1.5 – Tipos de Porcas (Fonte: Norton, 2013)

Rebites, Arruelas, Grampos, Pinos

Os rebites, arruelas, grampos e pinos são elementos de fixação mecânica


amplamente utilizados na indústria, construção civil e em outras áreas que
demandam montagem e desmontagem de componentes. Cada um desses
elementos possui características específicas que os tornam adequados para
diferentes aplicações, tornando-os essenciais em muitos processos produtivos.

Os rebites são elementos de fixação mecânica compostos por um corpo cilíndrico


com uma cabeça em uma das extremidades e uma haste lisa na outra. Eles são
inseridos em um orifício perfurado previamente em duas ou mais peças a serem
unidas, e o processo de fixação é realizado através de um aparelho conhecido como
rebiteira. A pressão exercida pela rebiteira sobre a haste do rebite faz com que ela
se expanda e preencha o orifício, criando uma conexão segura e resistente entre as
peças.
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As arruelas são peças planas e circulares com um furo no centro. Elas são utilizadas
em conjunto com rebites e outros elementos de fixação para distribuir a carga e
evitar o afundamento da cabeça do rebite na superfície da peça. As arruelas
também podem ser utilizadas para proteger a superfície da peça contra o desgaste
causado pelo contato direto com a cabeça do rebite.

Os grampos são elementos de fixação que possuem um formato em U. Eles são


utilizados para prender peças entre as pernas do grampo, criando uma conexão
forte e segura. Os grampos podem ser utilizados em conjunto com arruelas para
distribuir a carga e evitar o afundamento da perna do grampo na superfície da peça.

Os pinos são elementos de fixação mecânica compostos por uma haste lisa e um
pino na extremidade. Eles são utilizados para prender peças em conjunto, e podem
ser fixados de forma permanente ou temporária. Os pinos são muito utilizados na
indústria automotiva, na fabricação de maquinário e na construção civil.

É importante escolher o tipo adequado de elemento de fixação para cada aplicação,


levando em consideração as características das peças a serem unidas, a carga que
será suportada e a necessidade de desmontagem ou ajustes futuros. Além disso, é
fundamental utilizar ferramentas e técnicas adequadas para a instalação dos
elementos de fixação, garantindo a segurança e eficiência do processo.

Contrapinos ou Cupilhas 

Os contrapinos, também conhecidos como cupilhas, são elementos de fixação


mecânica que têm como principal função evitar a saída de pinos ou eixos de seus
alojamentos. Eles são compostos por uma haste com formato de U, que é inserida
através de um furo transversal no pino ou eixo a ser fixado, impedindo que ele se
mova ou saia do alojamento.

São comumente utilizados na indústria automotiva, na fabricação de máquinas e


equipamentos, e em diversas outras aplicações que exigem uma fixação segura e
confiável. Eles são geralmente feitos de aço ou latão e estão disponíveis em uma
variedade de tamanhos e formatos para atender às necessidades específicas de
cada aplicação.

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Um dos principais benefícios dos contrapinos é a sua facilidade de instalação e
remoção. Eles são instalados de forma rápida e simples, geralmente com o uso de
alicates ou ferramentas específicas. A remoção também é simples, bastando puxar a
haste do contrapino com a ajuda de um alicate.

Além disso, os contrapinos são uma opção econômica para a fixação mecânica de
peças, pois são relativamente baratos e fáceis de encontrar no mercado. Eles
também são uma alternativa eficiente e segura em relação a outros tipos de
elementos de fixação, como parafusos e porcas, que podem se soltar ou afrouxar
com o tempo.

No entanto, é importante escolher o tamanho e o formato corretos de contrapino


para cada aplicação, a fim de garantir uma fixação segura e confiável. É
fundamental também seguir as instruções do fabricante em relação à instalação e
uso dos contrapinos, garantindo que eles sejam utilizados de forma adequada e
eficiente.

Anéis Elásticos

Os anéis elásticos, também conhecidos como anéis de retenção ou anéis de


segurança, são elementos de fixação mecânica que possuem uma característica
especial: sua forma circular permite que eles sejam inseridos em ranhuras ou sulcos
de diferentes tamanhos e formatos, exercendo uma pressão constante sobre as
superfícies internas e externas da ranhura. Esse mecanismo de fixação é
extremamente eficiente e seguro, tornando os anéis elásticos uma opção muito
popular na indústria.

Os anéis elásticos são produzidos a partir de materiais de alta qualidade, como aço
inoxidável, aço carbono e outros metais resistentes à corrosão. Eles estão
disponíveis em diversos tamanhos e formatos, o que permite que sejam utilizados
em uma ampla variedade de aplicações. Os anéis elásticos podem ser encontrados
em formatos internos ou externos, de acordo com a sua posição de montagem.

Uma das principais vantagens dos anéis elásticos é a sua facilidade de instalação e
remoção. Eles são instalados com o auxílio de ferramentas simples, como alicates

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específicos, que comprimem o anel elástico e o inserem na ranhura correspondente.
A remoção também é simples, bastando puxar o anel com a ajuda de uma
ferramenta específica.

Além disso, os anéis elásticos oferecem uma fixação segura e confiável, pois a
pressão constante que exercem nas superfícies internas e externas da ranhura
mantém as peças firmemente presas. Isso é especialmente importante em
aplicações que envolvem vibração, choque ou movimento, pois os anéis elásticos
garantem que as peças permaneçam fixas em suas posições, evitando possíveis
danos ou falhas.

Os anéis elásticos são amplamente utilizados na indústria, em aplicações como a


fixação de rolamentos, engrenagens, pinos, eixos, entre outros componentes
mecânicos. Eles são uma opção econômica e eficiente em relação a outros tipos de
elementos de fixação, como parafusos e porcas, que podem se soltar ou afrouxar
com o tempo.

Porém, é importante escolher o tamanho e o formato corretos de anel elástico para


cada aplicação, a fim de garantir uma fixação segura e confiável. É fundamental
também seguir as instruções do fabricante em relação à instalação e uso dos anéis
elásticos, garantindo que eles sejam utilizados de forma adequada e eficiente.

Elementos de Apoio

Mancais: Deslizamento e Rolamento


Os mancais são componentes mecânicos que têm como função apoiar e guiar
movimentos rotativos de eixos ou árvores em máquinas e equipamentos industriais.
Eles são utilizados em diversas aplicações, desde motores elétricos até turbinas
eólicas. Os mancais podem ser classificados em dois tipos principais: mancais de
deslizamento e mancais de rolamento.

Mancais de Deslizamento:

Os mancais de deslizamento são constituídos por um elemento que desliza sobre


outro, normalmente um eixo ou árvore, e um suporte fixo. Eles são responsáveis por

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reduzir o atrito entre as superfícies em contato, permitindo que o eixo ou árvore gire
com menor resistência. Os mancais de deslizamento podem ser divididos em três
subcategorias:

1. Mancais de bucha: também conhecidos como mancais de casquilho, são


constituídos por um anel interno que se encaixa no eixo ou árvore, um anel
externo que se encaixa na caixa do mancal, e uma bucha intermediária, que é
um elemento cilíndrico que desliza sobre o eixo ou árvore. Os mancais de
bucha são muito utilizados em máquinas e equipamentos industriais devido à
sua simplicidade e facilidade de instalação.
2. Mancais de anel liso: são constituídos por um anel externo que se encaixa na
caixa do mancal e um anel interno que se encaixa no eixo ou árvore. A
superfície dos anéis pode ser polida para minimizar o atrito entre as
superfícies em contato.
3. Mancais hidrodinâmicos: são mancais de deslizamento que utilizam um filme
de fluido para reduzir o atrito entre as superfícies em contato. O filme de fluido
é gerado pela rotação do eixo ou árvore, que cria uma zona de baixa pressão
entre o eixo e o mancal.

Mancais de Rolamento:

Os mancais de rolamento são constituídos por elementos rolantes que suportam o


eixo ou árvore, e por um anel interno e externo que mantêm os elementos rolantes
em sua posição. Os mancais de rolamento são mais eficientes que os mancais de
deslizamento, pois reduzem significativamente o atrito entre as superfícies em
contato. Eles podem ser divididos em duas subcategorias:

1. Mancais de esferas: são mancais de rolamento que utilizam esferas como


elementos rolantes. Eles são amplamente utilizados em aplicações de baixa
carga e alta velocidade.
2. Mancais de rolos: são mancais de rolamento que utilizam rolos como
elementos rolantes. Eles são utilizados em aplicações de carga elevada e
baixa velocidade.

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Os mancais de deslizamento e mancais de rolamento são componentes mecânicos
fundamentais em máquinas e equipamentos industriais. Cada tipo de mancal
apresenta vantagens e desvantagens, dependendo da aplicação específica. A
escolha do tipo de mancal deve levar em conta a carga, a velocidade e as condições
operação.

Elementos de transmissão: 

Polias e correias
As polias e correias são componentes mecânicos amplamente utilizados em
máquinas e equipamentos industriais para transmitir movimentos rotativos entre
eixos ou árvores. Elas são capazes de transmitir grandes forças e torques com
eficiência, devido à sua alta capacidade de transmissão de potência.

Polias:

As polias consistem em um disco com uma superfície côncava, onde a correia é


encaixada. Elas podem ser classificadas de acordo com sua forma, sendo as mais
comuns as polias planas e polias trapezoidais.

São utilizadas em transmissões com baixa potência e velocidade, enquanto as


polias trapezoidais são utilizadas em transmissões com alta potência e velocidade.
As polias também podem ser classificadas de acordo com seu tipo de encaixe,
sendo as mais comuns as polias com furo liso e polias com furo cônico.

Correias:

As correias são elementos mecânicos que consistem em uma tira flexível de material
resistente, como borracha ou poliuretano, que é encaixada na superfície côncava da
polia. As correias podem ser classificadas de acordo com sua forma, sendo as mais
comuns as correias planas e correias trapezoidais.

São utilizadas em transmissões com baixa potência e velocidade, enquanto as


correias trapezoidais são utilizadas em transmissões com alta potência e velocidade.

As correias também podem ser classificadas de acordo com seu tipo de dente,
sendo as mais comuns as correias dentadas e as correias sincronizadoras.
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Vantagens e Desvantagens:

As polias e correias apresentam diversas vantagens em relação a outros tipos de


transmissão de potência, como engrenagens e acoplamentos. Algumas das
principais vantagens são:

Transmissão suave de movimento rotativo

Redução de vibrações e ruídos

Absorção de choques e sobrecargas

Possibilidade de transmissão em eixos distantes e desalinhados

No entanto, as polias e correias também apresentam algumas desvantagens, como:

Possibilidade de deslizamento entre a correia e a polia

Necessidade de manutenção periódica, como troca de correias desgastadas

Limitações de velocidade e potência, devido às deformações da correia

Polias e correias são essenciais em máquinas e equipamentos industriais. Elas


apresentam diversas vantagens em relação a outros tipos de transmissão de
potência, e são capazes de transmitir grandes forças e torques com eficiência. A
escolha do tipo de polia e correia adequados deve levar em conta a aplicação
específica, considerando fatores como a carga, a velocidade e o tipo de movimento
rotativo a ser transmitido.

 Engrenagens
As engrenagens são elementos mecânicos amplamente utilizados em máquinas e
equipamentos para transmitir movimentos rotativos entre eixos ou árvores. Elas são
capazes de transmitir grandes forças e torques com eficiência, e são encontradas
em diversas aplicações, desde pequenos dispositivos eletrônicos até grandes
equipamentos industriais.

Tipos de Engrenagens

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 As engrenagens podem ser classificadas de acordo com sua forma, tamanho
e disposição em relação a outras engrenagens. Alguns dos tipos mais
comuns são:
 Engrenagens cilíndricas de dentes retos: são as mais simples e comuns, e
transmitem movimento rotativo entre eixos paralelos.
 Engrenagens cônicas de dentes retos: são utilizadas em transmissões entre
eixos que se cruzam em um ângulo de 90 graus.
 Engrenagens helicoidais: possuem dentes em forma de hélice, o que permite
uma transmissão mais suave e silenciosa.
 Engrenagens de dentes internos: são utilizadas em aplicações onde é
necessário transmitir movimento rotativo entre eixos concêntricos.
 Engrenagens planetárias: são compostas por uma engrenagem central e
várias engrenagens menores, que giram em torno dela. São utilizadas em
transmissões de alta potência e precisão.

Funcionamento das Engrenagens:

O funcionamento das engrenagens baseia-se na transferência de energia mecânica


entre os dentes das engrenagens. Quando uma engrenagem gira, seus dentes
entram em contato com os dentes da engrenagem acoplada, transferindo o
movimento rotativo entre os eixos. A relação entre o número de dentes das
engrenagens determina a relação de transmissão, ou seja, a velocidade e torque
transmitidos entre os eixos.

Vantagens e Desvantagens

As engrenagens apresentam diversas vantagens em relação a outros tipos de


transmissão de potência, como correias e correntes. Algumas das principais
vantagens são:

Alta eficiência na transmissão de potência

Grande capacidade de transmissão de forças e torques

Precisão na transmissão de movimentos rotativos

No entanto, as engrenagens também apresentam algumas desvantagens, como:

Geração de ruído e vibração, especialmente em altas velocidades


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Possibilidade de desgaste prematuro dos dentes, em caso de má lubrificação ou
cargas excessivas

Limitação de distância entre os eixos, devido às dimensões das engrenagens.

Rodas de Atrito
As rodas de atrito são componentes mecânicos que permitem a transmissão de
movimento rotativo entre duas superfícies por meio do atrito. Elas são amplamente
utilizadas em máquinas e equipamentos que requerem o controle preciso do
movimento, como por exemplo, em sistemas de transporte de cargas pesadas,
guindastes e elevadores.

Características das Rodas de Atrito

As rodas de atrito são compostas por um corpo principal e uma superfície de


contato, geralmente revestida de borracha ou outro material que aumenta a
aderência entre a roda e a superfície a ser movimentada. Elas são capazes de
transmitir grandes forças e torques, e a velocidade de transmissão do movimento
depende do tamanho da roda e da força aplicada.

Tipos de Rodas de Atrito:

 Existem diversos tipos de rodas de atrito, cada uma com características e


aplicações específicas. Algumas das mais comuns são:
 Rodas de atrito fixas: são utilizadas em sistemas que exigem um controle
preciso do movimento, como em guindastes e sistemas de transporte de
cargas.
 Rodas de atrito giratórias: são utilizadas em equipamentos que requerem a
transmissão do movimento em diversas direções, como em carrinhos de
transporte.
 Rodas de atrito inclinadas: são utilizadas em sistemas de transporte de
cargas pesadas em rampas, onde é necessário manter o controle do
movimento mesmo em inclinações acentuadas.

Vantagens e Desvantagens

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 As rodas de atrito apresentam diversas vantagens em relação a outros tipos
de transmissão de movimento, como as correias e engrenagens. Algumas
das principais vantagens são:
 Alta capacidade de transmissão de forças e torques
 Controle preciso do movimento, permitindo a movimentação suave e precisa
de cargas pesadas
 Baixo custo e facilidade de manutenção

No entanto, as rodas de atrito também apresentam algumas desvantagens, como:

 Possibilidade de deslizamento em superfícies escorregadias ou em caso de


cargas excessivas
 Desgaste prematuro da superfície de contato em caso de uso prolongado ou
carga excessiva
 Limitação da velocidade de transmissão do movimento, devido ao atrito entre
as superfícies

Correntes e rodas dentadas

As correntes e rodas dentadas são componentes mecânicos utilizados para


transmitir movimento rotativo de um eixo para outro. Elas são amplamente utilizadas
em máquinas e equipamentos industriais, bem como em bicicletas e motocicletas.

As correntes consistem em uma série de elos interligados por pinos que permitem
que eles girem em torno de um eixo comum. As rodas dentadas, por sua vez, são
discos com dentes projetados para encaixar na corrente e transmitir o movimento.

Tipos de Correntes

Existem vários tipos de correntes, cada uma com suas próprias características e
aplicações. Alguns dos tipos mais comuns são:

 Correntes de rolo: são compostas por elos com um rolo entre eles, que
reduzem o atrito entre a corrente e a roda dentada, tornando-as ideais para
aplicações de alta velocidade.

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 Correntes de engrenagem: são utilizadas em aplicações que exigem alta
precisão e torque, como em máquinas industriais.

 Correntes de pino articulado: são utilizadas em aplicações de carga pesada,


como em guindastes e elevadores.

Tipos de Rodas Dentadas

Assim como as correntes, existem vários tipos de rodas dentadas, cada uma com
características e aplicações específicas. Alguns dos tipos mais comuns são:

 Rodas dentadas retas: são utilizadas em aplicações que exigem transmissão


de movimento em linha reta, como em esteiras transportadoras.

 Rodas dentadas cônicas: são utilizadas em aplicações que exigem


transmissão de movimento em ângulos, como em sistemas de direção de
veículos.

 Rodas dentadas helicoidais: são utilizadas em aplicações de alta velocidade,


pois reduzem o ruído e o desgaste da corrente.

Vantagens e Desvantagens

As correntes e rodas dentadas apresentam diversas vantagens em relação a outros


tipos de transmissão de movimento, como as correias e as polias. Algumas das
principais vantagens são:

 Alta capacidade de transmissão de forças e torques

 Controle preciso do movimento, permitindo a movimentação suave e precisa


de cargas pesadas

 Resistência à umidade e à corrosão, tornando-as ideais para ambientes


industriais

No entanto, as correntes e rodas dentadas também apresentam algumas


desvantagens, como:

 Necessidade de lubrificação regular para evitar o desgaste prematuro

 Possibilidade de ruído excessivo em altas velocidades

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 Possibilidade de desalinhamento da corrente ou da roda dentada em caso de
uso prolongado.

Cames

As cames são componentes mecânicos utilizados para converter movimento rotativo


em movimento linear ou vice-versa. Elas são amplamente utilizadas em máquinas e
equipamentos industriais, bem como em motores de combustão interna.

Funcionamento das Cames

As cames são discos com uma forma específica, projetadas para interagir com um
seguidor (ou ressalto) que se move ao longo de uma superfície. Quando a came
gira, a forma da superfície faz com que o seguidor se mova para cima e para baixo,
para a frente e para trás ou em outra direção específica.

As cames são comumente utilizadas em motores de combustão interna, onde a


forma da came é projetada para controlar a abertura e o fechamento das válvulas de
admissão e escape. O perfil da came é projetado para garantir que as válvulas
sejam abertas e fechadas no momento correto para maximizar a eficiência do motor.

Tipos de Cames:

Existem vários tipos de cames, cada uma com suas próprias características e
aplicações. Alguns dos tipos mais comuns são:

 Cames radiais: são utilizadas para converter o movimento rotativo em


movimento linear em uma direção específica.

 Cames concêntricas: são utilizadas para converter o movimento rotativo em


movimento linear em duas direções opostas.

 Cames excêntricas: são utilizadas para converter o movimento rotativo em


movimento linear em uma direção específica, com uma variação no
comprimento do seguidor.

 Cames de contorno: são utilizadas para produzir movimento linear preciso em


uma variedade de direções.

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Vantagens e Desvantagens

As cames apresentam diversas vantagens em relação a outros tipos de


componentes mecânicos, como as polias e as correias. Algumas das principais
vantagens são:

 Alta precisão no controle do movimento linear, permitindo uma variedade de


movimentos precisos e complexos

 Capacidade de controlar a velocidade do movimento linear, permitindo o


controle preciso de máquinas e equipamentos

 Baixo custo em comparação com outros componentes mecânicos de alta


precisão

No entanto, as cames também apresentam algumas desvantagens, como:

 Desgaste excessivo da superfície da came e do seguidor, especialmente em


aplicações de alta velocidade e alta frequência

 Possibilidade de ruído excessivo em altas velocidades

 Possibilidade de falha devido a choque ou vibração excessiva

Acoplamentos

Os acoplamentos são componentes mecânicos usados para conectar e transmitir


energia entre eixos rotativos. Eles são usados em máquinas e equipamentos para
permitir a transmissão de torque de um eixo para outro, permitindo a transferência
de energia de um componente para outro.

Funcionamento dos Acoplamentos

Os acoplamentos funcionam conectando dois eixos rotativos e permitindo que eles


girem juntos, transmitindo assim a energia. Eles são projetados para suportar as
forças de torque geradas pelos eixos, bem como absorver as vibrações e choques
que podem ocorrer durante o uso.

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Os acoplamentos podem ser classificados em diferentes categorias com base em
seus métodos de transmissão de torque. Alguns dos tipos mais comuns são:

 Acoplamentos rígidos: são acoplamentos simples que conectam dois eixos de


forma rígida, sem permitir qualquer flexibilidade. Eles são usados em
aplicações onde não há tolerância para qualquer desalinhamento entre os
eixos, como em equipamentos de precisão.

 Acoplamentos flexíveis: são acoplamentos projetados para permitir certo grau


de desalinhamento entre os eixos, enquanto ainda transmitem o torque. Eles
podem ser divididos em duas subcategorias principais:

 Acoplamentos de engrenagem: são acoplamentos que conectam dois


eixos por meio de engrenagens que se encaixam. Eles são usados em
aplicações que exigem alta precisão e onde a flexibilidade é limitada.

 Acoplamentos elásticos: são acoplamentos projetados para permitir


certo grau de flexibilidade entre os eixos. Eles podem ser feitos de
borracha, metal ou outros materiais elásticos e são usados em
aplicações onde é necessária uma flexibilidade maior.

 Acoplamentos hidráulicos: são acoplamentos que utilizam um fluido para


transmitir o torque entre os eixos. Eles são projetados para absorver choques
e vibrações, bem como permitir uma certa quantidade de deslizamento entre
os eixos.

Aplicações dos Acoplamentos

Os acoplamentos são amplamente utilizados em uma variedade de máquinas e


equipamentos, incluindo motores elétricos, máquinas de impressão, máquinas de
embalagem, bombas e equipamentos de mineração. Eles são usados em aplicações
que exigem a transmissão de energia entre dois eixos rotativos, permitindo o
funcionamento eficiente da máquina ou equipamento.

Vantagens e Desvantagens

Os acoplamentos apresentam diversas vantagens, como:

 Permitem a transmissão eficiente de energia entre dois eixos rotativos

25
 Permitem a absorção de choques e vibrações que podem danificar a máquina
ou equipamento

 Permitem a flexibilidade entre os eixos, permitindo que eles se ajustem a


desalinhamentos e movimentos

No entanto, os acoplamentos também apresentam algumas desvantagens, como:

 Podem aumentar o peso e o custo da máquina ou equipamento

 Podem ser fonte de ruído e vibração excessivos em altas velocidades

 Podem falhar em casos de excesso de torque ou desalinhamento severo.

Cabos
Os cabos são elementos de transmissão usados para transmitir força ou energia
entre dois pontos em uma máquina ou equipamento. Eles são amplamente utilizados
em uma variedade de aplicações, desde a transmissão de energia elétrica até a
transmissão de movimento mecânico.

Os cabos são compostos por um núcleo interno que transmite a força ou energia, e
uma capa externa que protege o núcleo de danos externos. O núcleo pode ser feito
de aço, fibra sintética ou natural, ou outros materiais.

Os cabos são usados em uma variedade de aplicações, incluindo:

 Elevação de cargas pesadas: cabos são usados em guindastes, elevadores,


pontes rolantes e outras máquinas de elevação para levantar cargas pesadas.

 Transmissão de energia elétrica: cabos são usados para transmitir energia


elétrica entre pontos em uma rede elétrica.

 Transmissão de movimento mecânico: cabos são usados em máquinas de


movimento, como motocicletas e bicicletas, para transmitir movimento do
motor ou dos pedais para as rodas.

Eixos e Árvores

26
Os eixos e árvores são componentes essenciais em muitos sistemas mecânicos.
Eles são usados para transmitir força, torque e energia de um ponto a outro em uma
máquina. Os eixos são usados para transmitir energia em linha reta, enquanto as
árvores geralmente possuem múltiplos pontos de conexão e são usadas em
sistemas mais complexos.

Os eixos podem ser encontrados em praticamente todos os sistemas mecânicos,


desde motores de combustão interna até dispositivos eletrônicos. Eles são
geralmente compostos de aço ou outros materiais resistentes, e podem ter
diferentes diâmetros, comprimentos e formatos, dependendo da aplicação. Em
muitos casos, eles também são revestidos com um material resistente ao desgaste
para prolongar sua vida útil.

As árvores são usadas em sistemas mais complexos, onde múltiplos componentes


precisam ser conectados. Por exemplo, em um motor a pistão, uma árvore de cames
é usada para controlar a abertura e fechamento das válvulas de admissão e escape.
Em um veículo, uma árvore de transmissão é usada para transmitir energia do motor
para as rodas.

A seleção do material para um eixo ou árvore depende das condições de uso e das
cargas a que estarão submetidos. A escolha errada do material pode resultar em
falhas prematuras ou até mesmo em acidentes graves.

Os eixos e árvores são componentes críticos em muitas máquinas e sistemas


mecânicos. É importante garantir que eles sejam selecionados e projetados
corretamente para garantir a segurança e confiabilidade do sistema.

Roscas de transmissão

As roscas de transmissão são componentes mecânicos essenciais em muitos tipos


de máquinas, sistemas de transporte e equipamentos industriais. Essas roscas são
projetadas para transmitir torque e movimento de rotação entre dois componentes
mecânicos por meio do atrito e do encaixe das superfícies de rosca.

27
Podendo ser encontradas por exemplo em um macaco automotivo como mostra a
figura a seguir:

Figura 1.6 (Autor desconhecido)

Macaco mecânico - equipamento para elevar pesos a pequena altura, pelo


deslocamento de uma rosca de transmissão do sistema porca e fuso.

Esse sistema pode ser utilizado para as mais variadas aplicações. Exemplo:
deslocamento da mandíbula móvel da morsa.

Figura 1.7 (Autor desconhecido)

28
As roscas de transmissão apresentam vários tipos de perfil conforme mostra na
figura a seguir:

Figura 1.8 (Autor desconhecido)

Rosca com perfil quadrado Esse tipo de perfil é utilizado na construção de roscas
múltiplas. As roscas múltiplas roscas múltiplas possuem duas ou mais entradas, que
possibilitam maior avanço axial a cada volta completa do parafuso. Essas roscas
são utilizadas em conjuntos (fuso e porca) sempre que houver necessidade de se
obter mais impacto (balancim) ou grande esforço (prensa).

29
Figura 1.9 (Autor desconhecido)

Rosca com perfil trapezoidal

Resiste a grandes esforços e é empregada na construção de fusos e porcas, os


quais transmitem movimento a alguns componentes de máquinas-ferramenta como,
por exemplo, torno, plaina e fresadora.

O mangote é um componente do cabeçote móvel do torno, e seu deslocamento


também é feito por meio de fuso e porca. A rosca sem-fim apresenta também perfil
trapezoidal, e é um componente que funciona, geralmente, em conjunto com uma
coroa (engrenagem helicoidal), possibilitando grande redução na relação de
transmissão de movimento.

30
Figura 2.0 (Autor desconhecido)

Rosca com perfil misto

Esta rosca é muito utilizada na construção de conjuntos fuso e porca com esferas
recirculantes. Os fusos de esferas são elementos de transmissão de alta eficiência,
transformando movimento de rotação em movimento linear e vice-versa, por meio de
transmissão por esferas. No acionamento do avanço do carro da fresadora
ferramenteira por Comando Numérico Computadorizado (CNC) é usado esse tipo de
rosca, visando transferência de força com o mínimo atrito.

31
Figura 2.1 (Autor desconhecido)

Chavetas

As chavetas são elementos mecânicos utilizados em diversos tipos de máquinas e


equipamentos para garantir a transmissão de torque entre duas peças. Elas são
componentes simples e eficientes que permitem a conexão de eixos, polias,
engrenagens, entre outros elementos, de forma precisa e segura.

Tipos de Chavetas

Existem vários tipos de chavetas disponíveis, cada uma com suas próprias
características e aplicações específicas. Alguns dos tipos mais comuns incluem:
32
1. Chaveta Retangular: É a chaveta mais comum e é usada em uma grande
variedade de aplicações. Ela tem uma seção transversal retangular e é fixada
na peça do eixo com um rasgo.

2. Chaveta Paralela: É uma chaveta com uma seção transversal paralela, o que
significa que ela tem a mesma largura em toda a sua extensão. Ela é usada
em aplicações que exigem uma transmissão de torque mais precisa e
uniforme.

3. Chaveta de Cunha: É uma chaveta com uma seção transversal em forma de


cunha. Ela é usada em aplicações que exigem uma transmissão de torque
mais forte e resistente a impactos.

4. Chaveta de Disco: É uma chaveta com uma seção transversal em forma de


disco. Ela é usada em aplicações que exigem uma transmissão de torque em
um espaço limitado.

Aplicações das Chavetas

As chavetas são amplamente utilizadas em diversos setores da indústria, incluindo


automotivo, aeroespacial, naval, ferroviário, entre outros. Algumas das principais
aplicações das chavetas incluem:

1. Transmissão de Torque: As chavetas são usadas para conectar eixos, polias,


engrenagens e outros elementos mecânicos, permitindo a transmissão de
torque de uma peça para outra.

2. Posicionamento Preciso: As chavetas são usadas para garantir o


posicionamento preciso das peças conectadas, garantindo a operação correta
e eficiente das máquinas e equipamentos.

3. Redução de Vibrações: As chavetas são usadas em conjunto com outros


elementos de máquinas para reduzir vibrações e ruídos indesejados.

Selecionando a Chaveta Adequada

A seleção da chaveta adequada para um determinado projeto depende de vários


fatores, como a aplicação, o tamanho da peça, o tipo de material, a carga e a
velocidade de operação. É importante escolher uma chaveta que seja forte o
suficiente para suportar as cargas de torque e vibração, mas que também seja
33
flexível o suficiente para absorver as variações de carga e minimizar o desgaste nas
peças conectadas. Além disso, a chaveta deve ser instalada corretamente e
verificada regularmente para garantir a segurança e a eficiência do equipamento.

Elementos de Vedação

Vedante Químico

Os vedantes químicos são compostos adesivos usados para preencher e vedar


espaços entre superfícies metálicas. Eles são amplamente utilizados na indústria
mecânica e automotiva para garantir a fixação e vedação de peças, além de prevenir
vazamentos e proteger contra a corrosão.

O que são Vedantes Químicos?

Os vedantes químicos são compostos adesivos que se solidificam quando expostos


à umidade. Eles são projetados para preencher lacunas e espaços entre superfícies
metálicas, formando um selo durável e resistente. Eles são usados para evitar
vazamentos de fluidos, reduzir vibrações e ruídos, proteger contra a corrosão e
fornecer uma conexão forte e durável entre as peças.

Como os Vedantes Químicos Funcionam?

Os vedantes químicos são compostos de polímeros que reagem com a umidade


para se solidificar e formar um selo resistente. Quando aplicados, eles se espalham
por toda a superfície da junta, preenchendo quaisquer lacunas ou espaços vazios. À
medida que o vedante químico se solidifica, ele forma uma vedação forte e durável
que resiste a vibrações, corrosão e pressão.

Principais Aplicações dos Vedantes Químicos

Os vedantes químicos são amplamente utilizados em vários setores da indústria,


incluindo automotivo, aeroespacial, naval e eletrônico. Algumas das principais
aplicações incluem:

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1. Vedação de Juntas: Os vedantes químicos são usados para vedar juntas
entre peças metálicas, impedindo a entrada de fluidos e prevenindo
vazamentos.

2. Fixação de Roscas: Os vedantes químicos são usados para fixar roscas em


peças metálicas, prevenindo o afrouxamento e garantindo a fixação segura.

3. Proteção contra a Corrosão: Os vedantes químicos são usados para proteger


contra a corrosão em peças metálicas, reduzindo a necessidade de
manutenção e prolongando a vida útil do equipamento.

4. Redução de Vibrações e Ruídos: Os vedantes químicos são usados para


reduzir vibrações e ruídos em equipamentos e máquinas, garantindo a
operação suave e eficiente.

Selecionando o Vedante Químico Adequado

A seleção do vedante químico adequado depende de vários fatores, como a


aplicação, a temperatura de operação, a pressão e o tipo de material das peças
conectadas. É importante escolher um vedante químico que seja forte o suficiente
para suportar as cargas de pressão e vibração, mas que também seja flexível o
suficiente para acomodar as variações de temperatura e minimizar o desgaste nas
peças conectadas. Além disso, é importante seguir as instruções de aplicação e
armazenamento do fabricante para garantir a eficiência e a durabilidade do vedante
químico.

Juntas
As juntas são elementos mecânicos utilizados para conectar duas superfícies de
peças ou equipamentos, formando um selo que impede a passagem de líquidos,
gases ou vapores. Elas são amplamente utilizadas em diferentes indústrias, como a
automotiva, aeroespacial, naval e de construção, entre outras.

O que são Juntas?

As juntas são elementos mecânicos que unem duas superfícies de peças ou


equipamentos, formando um selo que impede a passagem de líquidos, gases ou

35
vapores. Elas podem ser feitas de materiais como borracha, metal, plástico ou
composto, dependendo da aplicação e das condições de uso.

Como as Juntas Funcionam?

As juntas funcionam por meio da compressão das superfícies de contato, o que cria
uma vedação que impede a passagem de fluidos ou gases entre as partes. Quando
as peças são conectadas, a junta é comprimida, preenchendo quaisquer lacunas ou
espaços vazios. À medida que a pressão é aplicada, a junta se expande, criando um
selo efetivo e durável.

Principais Tipos de Juntas

Existem diversos tipos de juntas disponíveis, cada uma projetada para atender a
uma necessidade específica de aplicação. Algumas das principais juntas incluem:

1. Juntas de Borracha: Essas juntas são feitas de borracha e são


frequentemente usadas em aplicações de vedação de líquidos, como em
motores de automóveis e equipamentos hidráulicos.

2. Juntas Metálicas: Essas juntas são feitas de metal e são frequentemente


usadas em aplicações de alta temperatura e alta pressão, como em
tubulações e vasos de pressão.

3. Juntas de Vedação em O-Ring: Essas juntas são feitas de um material


circular de borracha ou silicone, conhecido como o-ring, e são usadas em
aplicações de vedação de fluidos e gases em alta pressão.

4. Juntas de Expansão: Essas juntas são projetadas para absorver vibrações e


variações de temperatura em tubulações e sistemas de dutos.

Selecionando a Junta Adequada

A seleção da junta adequada depende de vários fatores, incluindo o tipo de material


das peças conectadas, a pressão de operação, a temperatura e o tipo de fluido ou
gás que será vedado. É importante escolher uma junta que seja forte o suficiente
para suportar as cargas de pressão e vibração, mas que também seja flexível o
suficiente para acomodar as variações de temperatura e minimizar o desgaste nas
peças conectadas. Além disso, é importante seguir as instruções de aplicação e
armazenamento do fabricante para garantir a eficiência e a durabilidade da junta.
36
Gaxetas
As gaxetas são elementos mecânicos utilizados para vedar e impedir vazamentos
em sistemas de máquinas e equipamentos. Elas são amplamente utilizadas em
diversas indústrias, incluindo a automotiva, naval, de construção, petroquímica e
muitas outras.

O que são Gaxetas?

As gaxetas são elementos mecânicos que funcionam como vedantes, impedindo a


passagem de líquidos ou gases entre duas superfícies de uma máquina ou
equipamento. Elas são geralmente feitas de materiais como borracha, grafite, PTFE
(politetrafluoretileno) ou fibra de vidro, dependendo da aplicação e das condições de
uso.

Como as Gaxetas Funcionam?

As gaxetas funcionam por meio da compressão das superfícies de contato, o que


cria uma vedação que impede a passagem de fluidos ou gases entre as partes.
Quando as peças são conectadas, a gaxeta é comprimida, preenchendo quaisquer
lacunas ou espaços vazios. À medida que a pressão é aplicada, a gaxeta se
expande, criando um selo efetivo e durável.

Principais Tipos de Gaxetas

Existem diversos tipos de gaxetas disponíveis, cada uma projetada para atender a
uma necessidade específica de aplicação. Algumas das principais gaxetas incluem:

1. Gaxetas de Borracha: Essas gaxetas são feitas de borracha e são


frequentemente usadas em aplicações de vedação de líquidos, como em
motores de automóveis e equipamentos hidráulicos.

2. Gaxetas de Grafite: Essas gaxetas são feitas de grafite e são frequentemente


usadas em aplicações de alta temperatura e alta pressão, como em
tubulações e vasos de pressão.

37
3. Gaxetas de PTFE (politetrafluoretileno): Essas gaxetas são feitas de um
material de plástico especial e são frequentemente usadas em aplicações
químicas, em que é necessário resistência a produtos químicos agressivos.

4. Gaxetas de Fibra de Vidro: Essas gaxetas são feitas de fibra de vidro e são
usadas em aplicações de alta temperatura, como em fornos e caldeiras.

Selecionando a Gaxeta Adequada

A seleção da gaxeta adequada depende de vários fatores, incluindo o tipo de


material das peças conectadas, a pressão de operação, a temperatura e o tipo de
fluido ou gás que será vedado. É importante escolher uma gaxeta que seja forte o
suficiente para suportar as cargas de pressão e vibração, mas que também seja
flexível o suficiente para acomodar as variações de temperatura e minimizar o
desgaste nas peças conectadas. Além disso, é importante seguir as instruções de
aplicação e armazenamento do fabricante para garantir a eficiência e a durabilidade
da gaxeta.

Selos Mecânicos
Os selos mecânicos são elementos de vedação utilizados em equipamentos
industriais, como bombas, compressores e misturadores, para evitar o vazamento de
fluidos. Eles substituem as antigas gaxetas e são uma solução mais eficiente,
segura e confiável para a vedação de sistemas industriais.

O que são Selos Mecânicos?

Os selos mecânicos são dispositivos que utilizam dois anéis deslizantes para criar
uma vedação entre um eixo rotativo e a carcaça de um equipamento. Esses anéis
são geralmente feitos de materiais como carbono, cerâmica ou grafite e são
mantidos em contato por meio de uma mola de compressão. Essa compressão cria
uma pressão suficiente para vedar o espaço entre o eixo rotativo e a carcaça,
impedindo a passagem de fluidos.

Como os Selos Mecânicos Funcionam?

38
Os selos mecânicos funcionam com base no princípio de que, ao aplicar uma
pressão mecânica aos anéis de vedação, eles se comprimem e selam o espaço
entre o eixo rotativo e a carcaça do equipamento. A mola de compressão mantém a
pressão adequada entre os anéis, o que cria uma vedação segura e eficaz.

Principais Tipos de Selos Mecânicos

Existem vários tipos de selos mecânicos disponíveis, cada um projetado para


atender a uma necessidade específica de aplicação. Algumas das principais
categorias incluem:

1. Selos Mecânicos Tipo Cartucho: Esses selos consistem em um conjunto


completo de anéis de vedação pré-montados em uma carcaça, facilitando a
instalação e manutenção.

2. Selos Mecânicos Tipo Balanço: Esses selos possuem uma mola de


compressão que compensa a expansão térmica do eixo rotativo, permitindo
uma vedação mais precisa.

3. Selos Mecânicos Tipo Duplo: Esses selos consistem em dois anéis de


vedação em série, o que proporciona uma vedação extra e mais segura.

4. Selos Mecânicos Tipo API: Esses selos são projetados para atender aos
requisitos da norma API (American Petroleum Institute), sendo amplamente
utilizados na indústria de petróleo e gás.

Selecionando o Selo Mecânico Adequado

A seleção do selo mecânico adequado depende de vários fatores, incluindo o tipo de


equipamento, a pressão e temperatura de operação, o tipo de fluido a ser vedado,
entre outros. É importante escolher um selo mecânico que seja compatível com o
equipamento, que seja capaz de suportar as cargas de pressão e vibração, e que
seja fácil de instalar e manter.

Anéis de Vedação
39
Os anéis de vedação são elementos de vedação mecânica amplamente utilizados
na indústria para impedir o vazamento de fluidos em equipamentos e maquinários.
Eles são uma solução econômica e eficaz para garantir a vedação em diversas
aplicações.

O que são Anéis de Vedação?

Os anéis de vedação são elementos de vedação mecânica, geralmente feitos de


materiais elastoméricos como borracha ou silicone, que são projetados para serem
colocados em uma ranhura ou canal para vedar um espaço entre duas superfícies.
Eles são geralmente utilizados em aplicações em que é necessário vedar um espaço
entre um eixo rotativo e uma carcaça estática, como em bombas, motores, válvulas,
entre outros.

Como os Anéis de Vedação Funcionam?

Os anéis de vedação funcionam com base no princípio de que, ao serem


comprimidos entre duas superfícies, eles criam uma vedação que impede a
passagem de fluidos. Eles são projetados para se deformarem e se adaptarem às
irregularidades das superfícies, o que garante uma vedação eficaz e confiável.

Principais Tipos de Anéis de Vedação

Existem vários tipos de anéis de vedação disponíveis, cada um projetado para


atender a uma necessidade específica de aplicação. Algumas das principais
categorias incluem:

1. Anéis de Vedação O-Ring: Esses são os tipos mais comuns de anéis de


vedação, com formato circular em seção transversal, que são projetados para
serem comprimidos axialmente entre duas superfícies.

2. Anéis de Vedação X-Ring: Esses anéis possuem um formato em X na seção


transversal, o que proporciona maior estabilidade e resistência a torção.

3. Anéis de Vedação Square-Ring: Esses anéis possuem um formato quadrado


na seção transversal, o que permite uma vedação mais precisa e estável.

40
4. Anéis de Vedação D-Ring: Esses anéis possuem um formato em D na seção
transversal, o que proporciona maior estabilidade em aplicações com alto
nível de vibração.

Selecionando o Anel de Vedação Adequado

A seleção do anel de vedação adequado depende de vários fatores, incluindo o tipo


de equipamento, a pressão e temperatura de operação, o tipo de fluido a ser
vedado, entre outros. É importante escolher um anel de vedação que seja
compatível com o equipamento, que seja capaz de suportar as cargas de pressão e
vibração, e que seja fácil de instalar e manter.

Retentores 
Os retentores são elementos de vedação mecânica projetados para impedir a fuga
de fluidos e contaminantes de equipamentos e maquinários. Eles são amplamente
utilizados na indústria para garantir a operação segura e eficiente de equipamentos,
como motores, bombas, caixas de câmbio, entre outros.

O que são Retentores?

Os retentores são elementos de vedação mecânica, geralmente feitos de borracha


ou elastômeros, que são projetados para serem instalados em um alojamento de
equipamento para impedir a fuga de fluidos e contaminantes. Eles são geralmente
usados para vedar um espaço entre um eixo rotativo e uma carcaça estática,
evitando que fluidos como óleo, água, ar e outros tipos de contaminantes vazem do
equipamento.

Como os Retentores Funcionam?

Os retentores funcionam de maneira semelhante aos anéis de vedação. Quando


instalados no alojamento do equipamento, eles se comprimem axialmente entre o
eixo rotativo e a carcaça estática, criando uma vedação eficaz que impede a fuga de
fluidos. Eles são projetados para se adaptarem às irregularidades das superfícies e
suportarem cargas de pressão e vibração, garantindo uma vedação confiável e
duradoura.

Principais Tipos de Retentores

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Existem vários tipos de retentores disponíveis, cada um projetado para atender a
uma necessidade específica de aplicação. Algumas das principais categorias
incluem:

1. Retentores de Lábio: Esses são os tipos mais comuns de retentores, com um


lábio de vedação projetado para entrar em contato com o eixo rotativo e vedar
o espaço entre o eixo e a carcaça.

2. Retentores de Duplo Lábio: Esses retentores possuem dois lábios de


vedação, o que aumenta a capacidade de vedação e prolonga a vida útil do
retentor.

3. Retentores de Vedação de Borda: Esses retentores são projetados para


vedar o espaço entre a borda do alojamento e o eixo rotativo.

4. Retentores de Flange: Esses retentores possuem uma flange de vedação


projetada para se encaixar no alojamento do equipamento e vedar o espaço
entre a flange e o eixo rotativo.

Selecionando o Retentor Adequado

A seleção do retentor adequado depende de vários fatores, incluindo o tipo de


equipamento, a pressão e temperatura de operação, o tipo de fluido a ser vedado,
entre outros. É importante escolher um retentor que seja compatível com o
equipamento, que seja capaz de suportar as cargas de pressão e vibração, e que
seja fácil de instalar e manter.

Elementos Elásticos

 Molas Helicoidais

As molas helicoidais são um tipo comum de elemento de máquina utilizado na


indústria para fornecer força de retorno e absorção de choque em uma variedade de
aplicações.

42
O que são Molas Helicoidais?

As molas helicoidais são um tipo de mola mecânica feita de arame ou haste de


metal enrolado em espiral em torno de um eixo central. Elas são projetadas para
fornecer força de retorno quando são comprimidas ou esticadas e são amplamente
utilizadas na indústria em uma variedade de aplicações, desde equipamentos
médicos e automotivos até brinquedos e equipamentos de construção.

Como as Molas Helicoidais Funcionam?

As molas helicoidais são projetadas para armazenar energia mecânica quando são
comprimidas ou esticadas. Quando uma força é aplicada a uma mola helicoidal, ela
se deforma e armazena energia potencial elástica. Quando a força é removida, a
mola retorna à sua forma original, liberando a energia armazenada.

As molas helicoidais podem ser projetadas em uma variedade de configurações,


incluindo molas de compressão, molas de tração e molas de torção. Molas de
compressão são as mais comuns e são usadas quando a mola é comprimida entre
duas superfícies. As molas de tração são usadas quando a mola é esticada entre
duas superfícies, enquanto as molas de torção são usadas quando a mola é
submetida a um torque.

Principais Aplicações das Molas Helicoidais

As molas helicoidais são amplamente utilizadas na indústria em uma variedade de


aplicações, incluindo:

1. Equipamentos Automotivos: As molas helicoidais são usadas em veículos


automotores para fornecer suporte de suspensão e absorção de choque.

2. Equipamentos Médicos: As molas helicoidais são usadas em equipamentos


médicos para fornecer força de retorno em dispositivos como seringas e
bombas de infusão.

3. Equipamentos de Construção: As molas helicoidais são usadas em


equipamentos de construção, como escavadeiras e guindastes, para fornecer
suporte e absorção de choque.

4. Brinquedos: As molas helicoidais são usadas em brinquedos, como carrinhos


de brinquedo e piões, para fornecer movimento e energia cinética.
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Selecionando a Mola Helicoidal Adequada

A seleção da mola helicoidal adequada depende de vários fatores, incluindo a carga


de trabalho, o ambiente de operação, a frequência e a amplitude da carga, entre
outros. É importante escolher uma mola que seja capaz de suportar as cargas de
trabalho e que seja fabricada com materiais de qualidade para garantir a
durabilidade e a vida útil.

 Molas Planas
As molas planas são um tipo de elemento de máquina amplamente utilizado na
indústria para fornecer suporte e resistência em uma variedade de aplicações.

O que são Molas Planas?

As molas planas, também conhecidas como molas de lâmina, são um tipo de mola
mecânica feita de uma placa plana de metal com uma ou mais curvaturas em forma
de arco. Elas são projetadas para fornecer suporte e resistência quando são
comprimidas ou esticadas e são amplamente utilizadas na indústria em uma
variedade de aplicações, desde equipamentos elétricos e eletrônicos até
equipamentos de construção e maquinaria pesada.

Como as Molas Planas Funcionam?

As molas planas são projetadas para armazenar energia mecânica quando são
comprimidas ou esticadas. Quando uma força é aplicada a uma mola plana, ela se
deforma e armazena energia potencial elástica. Quando a força é removida, a mola
retorna à sua forma original, liberando a energia armazenada.

As molas planas podem ser projetadas em uma variedade de configurações,


incluindo molas simples, molas de folha dupla e molas de folha múltipla. Molas
simples são feitas de uma única placa plana de metal com uma curvatura em forma
de arco. Molas de folha dupla são feitas de duas placas planas de metal com
curvaturas em forma de arco, soldadas juntas em seus pontos finais. Molas de folha
múltipla são compostas por várias placas planas de metal com curvaturas em forma
de arco, soldadas juntas em seus pontos finais.

Principais Aplicações das Molas Planas


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As molas planas são amplamente utilizadas na indústria em uma variedade de
aplicações, incluindo:

1. Equipamentos Elétricos e Eletrônicos: As molas planas são usadas em


equipamentos elétricos e eletrônicos, como interruptores e relés, para
fornecer força de retorno e manter os contatos elétricos em posição.

2. Equipamentos de Construção: As molas planas são usadas em equipamentos


de construção, como pás carregadoras e escavadeiras, para fornecer suporte
e resistência em componentes como as lâminas.

3. Maquinaria Pesada: As molas planas são usadas em maquinaria pesada,


como caminhões e ônibus, para fornecer suporte e absorção de choque em
componentes como o chassis.

Selecionando a Mola Plana Adequada

A seleção da mola plana adequada depende de vários fatores, incluindo a carga de


trabalho, o ambiente de operação, a frequência e a amplitude da carga, entre outros.
É importante escolher uma mola que seja capaz de suportar as cargas de trabalho e
que seja fabricada com materiais de qualidade para garantir a durabilidade e a vida
útil.

Elementos de Elevação e Transporte

Cabos de aço
Os cabos de aço são elementos de máquina amplamente utilizados em diversas
aplicações industriais, desde elevadores até guinchos de construção.

O que são Cabos de Aço?

Os cabos de aço são constituídos por um conjunto de fios de aço torcidos em torno
de um núcleo central, formando uma estrutura resistente à tração. O número de fios
e a espessura do cabo de aço dependem da aplicação em que serão utilizados. Eles
são geralmente revestidos com material plástico ou de borracha para proteção
contra corrosão e desgaste.

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Como os Cabos de Aço Funcionam?

Os cabos de aço funcionam através da aplicação de força de tração que é


transmitida ao longo do comprimento do cabo. Quando uma carga é aplicada, o
cabo se estica e a força é transmitida de uma extremidade para a outra. A
resistência do cabo de aço à tração é diretamente proporcional ao número de fios e
à espessura do cabo.

Principais Aplicações dos Cabos de Aço

Os cabos de aço são utilizados em uma variedade de aplicações industriais,


incluindo:

1. Elevadores: Os cabos de aço são utilizados em elevadores para suspender a


cabine e garantir o deslocamento vertical seguro.

2. Guinchos: Os cabos de aço são utilizados em guinchos para levantar e mover


cargas pesadas em canteiros de obras e portos.

3. Pontes Suspensas: Os cabos de aço são utilizados em pontes suspensas


para suportar a estrutura da ponte e manter a estabilidade.

4. Indústria Naval: Os cabos de aço são utilizados na indústria naval para


suportar as âncoras e para as linhas de amarração dos navios.

Selecionando o Cabo de Aço Adequado

A seleção do cabo de aço adequado depende da aplicação específica em que será


utilizado. Fatores como carga máxima, comprimento, diâmetro do cabo e condições
ambientais devem ser considerados ao selecionar o cabo de aço ideal para cada
aplicação. É importante escolher um cabo de aço de alta qualidade e que seja
inspecionado regularmente para garantir a segurança e a durabilidade.

 Cintas de içamento
As cintas de içamento são elementos de máquina utilizados para levantar e mover
cargas pesadas em diversas aplicações industriais, feitas de materiais resistentes à
tração, como nylon, poliéster ou polipropileno. Elas são utilizadas para suspender
cargas pesadas e mover objetos de um local para outro. As cintas são leves,

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flexíveis e fáceis de manusear, o que as torna uma alternativa conveniente e segura
aos cabos de aço.

Como as Cintas de Içamento Funcionam?

As cintas de içamento funcionam através da aplicação de força de tração que é


transmitida ao longo da sua extensão. Quando uma carga é suspensa por uma cinta,
a força é distribuída uniformemente ao longo da superfície da carga, reduzindo o
risco de danos ou deformações.

Principais Aplicações das Cintas de Içamento

As cintas de içamento são utilizadas em uma variedade de aplicações industriais,


incluindo:

1. Movimentação de cargas em armazéns e fábricas: as cintas são utilizadas


para mover produtos e materiais pesados em áreas de armazenamento e
produção.

2. Transporte de cargas em veículos: as cintas são usadas para fixar cargas em


caminhões, trens e navios durante o transporte.

3. Construção civil: as cintas são usadas para içar materiais de construção,


como blocos de concreto e vigas de aço, em canteiros de obras.

4. Manutenção industrial: as cintas são utilizadas para mover equipamentos


pesados em fábricas e instalações industriais durante a manutenção e
reparos.

Selecionando a Cinta de Içamento Adequada

A escolha da cinta de içamento adequada depende da aplicação específica em que


ela será utilizada. Fatores como a carga máxima, comprimento, largura e condições
ambientais devem ser considerados ao selecionar a cinta de içamento ideal para
cada aplicação. É importante escolher uma cinta de alta qualidade e garantir a
inspeção regular para garantir a segurança e a durabilidade.

Conclusão

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Os elementos de maquinas são componentes mecânicos importantes tanto na parte
de transmissão de movimento em máquinas e equipamentos, quanto na parte de
transmissão de força, desde um simples parafuso a uma peça mais complexa. Ciom
esse trabalho pudemos descobrir a aplicação de cada um dos elementos, incluindo
suas vantagens e desvantagens, com isso foi notado que é importante escolher o
tipo correto de matéria para cada aplicação específica, a fim de garantir a eficiência
e a durabilidade do sistema.

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Referencias

ASTM A-490M. Standard Specification for High-Strength Steel Bolts, Classes


10.9and 10.9.3, for Structural Steel Joints (Metric). ASTM; 2011.

Callister JR., William D.(2002) Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 5.


ed. Rio de Janeiro: LTC.

Ciser. (2006). Elementos de Máquinas. CET

Norton, R. L. (2006). Máquinas Elétricas e Sistemas de Potência. LTC Editora.

Shigley, J. E., Mischke, C. R., & Budynas, R. G. (2004). Projeto

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