Você está na página 1de 498

Elementos de Máquinas

Área: Engenharia Mecânica


Prof.: MSc. Raphael Calazans Cardoso
Ementa
• Conhecer e especificar os principais elementos de máquinas.
Transmissão de potência por correias, correntes e engrenagens.
• Estudo da torção: construção de diagramas de momento torsor.
Tensão de torção.
• Dimensionamento de árvores submetidas à torção;
dimensionamento de chavetas, estrias e parafusos.
Planejamento e Critérios de
Avaliação
• Unidades I, II e III

– Avaliação escrita (Questões de concurso e/ou abertas);

– Seminário ou Trabalho;

– Atividade;

Nota Final da Unidade: Média Aritmética das Atividades

≥ 6,0
Bibliografia
• TELECURSO 2000. Elementos de Máquinas. Rio de janeiro.
Editora Globo. 2000.
• MELCONIAN, S. Elementos de Máquinas. Erica, 2009.
• NIEMANN, G. Elementos de Máquinas, vol 1, 2 e 3, 1ª
edição. Edgard Blücher, 1971.
Portal do professor
Apresentação da Disciplina
• O que são Elementos de máquinas?
– São componentes mecânicos básicos usados na maioria das
máquinas.
• Para que estudar os Elementos de máquina?
– Para saber quais são as características, funções e como são
utilizados na prática cada tipo de Elemento de máquina.
– Com esse conhecimento, você ficará preparado, para operar
máquinas e corrigir defeitos que elas apresentem.
Objetivo da Disciplina
• Apresentar dos principais elementos constitutivos de máquinas
utilizadas na área industrial salientando as suas características,
funções e aplicações. Dessa forma, pretende-se capacitar o
aluno para operação e manutenção (identificando e corrigindo
defeitos) de máquinas.
Divisão do conteúdo
Parafuso;
Rebite;
1. Elementos de fixação
Soldagem;
Anel elástico.

Mancal de rolamento;
2. Elementos de apoios
Mancal de deslizamento.

Elementos Mola Helicoidal;


3. Elementos elásticos
de Feixe de mola.
Máquinas
Engrenagem;
4. Elementos de Transmissão Corrente;
Correia.

Anel O-ring;
5. Elementos de Vedação Gaxeta;
Selo mecânico.
Mancal de rolamento
Manivela
Acoplamento

Polia
Corrente

Engrenamento sem -fim Correia

Parafuso

Eixo

Engrenamento
Pinhão/Cremalheira
1. ELEMENTOS DE FIXAÇÃO

Por falta de um prego, a ferradura se perde;


por falta de uma ferradura, o cavalo se perde;
e, por falta de um cavalo, o cavaleiro se perde.
GEORGE HERBERT
Elementos de Fixação
• Contextualização
– O Boeing 747 utiliza aproximadamente 2,5 milhões de
elementos de fixação, e alguns podem custar muitos dólares.
Elementos de Fixação
• Contextualização
– Em 1994, três arranjos de células de combustível nuclear foram
danificados, na usina nuclear de Seabrook nos EUA, quando um
parafuso de 300 mm de comprimento e 2 kg de massa foi
lançado dentro do reator nuclear;
– O acidente foi atribuído a um dimensionamento inadequado do
parafuso gerando o prejuízo de milhões de dólares.
Elementos de Fixação
• Na mecânica é muito comum a necessidade de unir peças
como chapas, perfis e barras. Qualquer construção, por mais
simples que seja, exige união de peças entre si.
• Para isso utilizamos os ELEMENTOS DE FIXAÇÃO!
União Parafusada União Rebitada
Tipos de União
NÃO PERMANENTE (MÓVEL) PERMANENTE
Os elementos fixação podem ser colocados Os elementos de fixação, uma vez
ou retirados sem causar qualquer dano às instalados, não podem ser retirados sem
peças que foram unidas que fiquem inutilizados
Exemplos: Exemplos:
Parafuso, porca e arruela Pino Rebite

Contrapino ou Cupilha Cavilha

Solda

Anel Elástico Chaveta


1.1. PARAFUSO
Introdução
• Elementos de fixação, empregados na união não permanente
de peças, isto é, as peças podem ser montadas e desmontadas,
bastando apertar e desapertar os parafusos que as mantêm
unidas;
• Os parafusos se diferenciam pela forma da rosca, da cabeça, da
haste e do tipo de acionamento.
Tipos de parafusos
Tipos de parafusos
Tipos de parafusos
Rosca
• Conjunto de filetes em torno de uma superfície cilíndrica de
forma helicoidal;

• Podem ser internas ou externas;


Roscas externas

Roscas internas
Rosca
• Possibilita não só a montagem e desmontagem das peças como
também a movimentação de peças e transmissão de força;
Rosca
• Perfis de Rosca

Sentido da rosca:
• Rosca à direita;
• Rosca à esquerda.

Número de entradas:
• Rosca Simples;
• Rosca Dupla;
• Rosca Tripla.
Rosca
• Nomenclatura da rosca
– As roscas têm os mesmos elementos, variando apenas os
formatos e dimensões.
Rosca
SISTEMAS DE ROSCAS TRIANGULARES
ROSCA MÉTRICA ROSCA WHITWORTH ROSCA AMERICANA
• Sistema métrico; • Sistema americano; • Sistema americano;
• Ângulo do filete de 60°; • Ângulo do filete de 55°; • Ângulo do filete de 60°;
• Designação: M10 x 1,5. • Designação: BSW ½”x 12. • Designação: UNC ½” x 13.

Existem as ROSCAS FINAS, num determinado comprimento, possui MAIOR número de filetes
do que a rosca normal.
Permite melhor fixação da rosca, evitando afrouxamento do parafuso, em caso de vibração
de máquinas.
Rosca Triangular Métrica
Rosca Triangular Whitworth
Rosca triangular americana

Nº de
referência
Distinção de Rosca
• Como distinguir os diferentes tipos de roscas?

Qual é a sua designação?

Deve-se utilizar verificadores de roscas como:

Paquímetro Pente de Rosca Escala


Distinção de Rosca
1º PASSO

• Medir o diâmetro externo da rosca com PAQUÍMETRO. Em


seguida, deve-se consultar a tabela de rosca fina e grossa para
conhecer as opções de passo.
Distinção de Rosca
2º PASSO

• Verificar qual das lâminas do PENTE DE ROSCAS se encaixa


perfeitamente nos filetes da rosca. A lâmina que se encaixar
vai indicar-lhe o passo da rosca ou o número de fios por
polegada.
Contagem de Rosca
2º PASSO (OUTRA OPÇÃO)
• No lugar do pente de rosca, você pode usar uma ESCALA e
determinar o passo do parafuso;
– Sistema métrico: Multiplica-se o valor do passo normal por 10 e
coloca-se na escala e depois deve verificar se cabem 10 filetes nessa
escala. Se isso acontecer o parafuso possui passo normal senão é passo
fino;
– Sistema em polegadas: Você deve verificar quantos filetes cabem em
uma polegada da escala. O resultado, portanto, será o número de fios
por polegada.

Passo normal
M12 x 1,75

Passo fino
M12 x 1,25
Resistência do parafuso
Resistência última de Tração

Resistência ao escoamento do material

Resistência de prova

Existem especificações diferentes para


parafusos no sistema em polegadas e
métricas!
Resistência do parafuso
SISTEMA MÉTRICO SISTEMA EM POLEGADA

Número de classe Número de grau SAE*


*Society of
Automotive
Engineers

O grau ou classe de cada parafuso é indicado por marcas (ou ausência) na sua cabeça!
Resistência do parafuso
SISTEMA MÉTRICO SISTEMA EM POLEGADA

Número de classe Número de grau SAE

PARAFUSOS MÉTRICOS CLASSE 8.8

UNC ½” x 13 x 1.1/2” (Grau SAE 5)

O grau ou classe de cada parafuso é indicado por marcas (ou ausência) na sua cabeça!
Resistência do parafuso
Especificações para parafusos de AÇO NO SISTEMA MÉTRICO
Resistência do parafuso
Especificações da SAE para parafusos de AÇO EM POLEGADAS
Resistência do parafuso
OBSERVAÇÃO 1:

Para parafusos de AÇO EM POLEGADAS também existe a especificações da ASTM*.

*American Society
for Testing and
Materials

UNC ½” x 13 x 1.1/2”

(ASTM A325, tipo 3)


Resistência do parafuso
OBSERVAÇÃO 1:

Para parafusos de AÇO EM POLEGADAS também existe as especificações da ASTM*.

*American Society
for Testing and
Materials

UNC ½” x 13 x 1.1/2”

(ASTM A325, tipo 3)


Resistência do parafuso
OBSERVAÇÃO 2:

CLASSES DE RESISTÊNCIA PARA PARAFUSOS EM AÇO INOX:

Os materiais A2 e A4 são, comumente, divididos em duas classes dependendo nível de deformação a


frio:

Classe 70 - A classe mais comumente usada para


todos os fixadores deformados a frio. Esta é a classe
padrão e a normalmente fornecida, a não ser que haja
especificação em contrário por parte do cliente

Classe 80 - A classe com maiores propriedades


mecânicas devido a uma deformação extra a frio que
coloca o material ao nível aço carbono 8.8, tornando-
os assim intercambiáveis, sem a necessidade de
qualquer adaptação.
Resistência do parafuso
OBSERVAÇÃO 2:

CLASSES DE RESISTÊNCIA PARA PARAFUSOS EM AÇO INOX:

Os materiais A2 e A4 são, comumente, divididos em duas classes dependendo nível de deformação a


frio:
1º Instrumento Avaliativo
• Seminário sobre Elementos de Fixação;
• Apresentação de 10 a 15 minutos;
• Notas individuais (cada aluno deverá apresentar);
• Sugestão: apresentação de imagens próprias e vídeos curtos
• Data: 05/04/2023.
1º Instrumento Avaliativo
Critérios de Avaliação Valor Nota
1. Postura profissional no momento de apresentação 2,0
2. Clareza e uso de linguagem técnica 1,0
3. Domínio técnico sobre o assunto tratado (embasamento teórico) 2,0
4. Organização sequencial do assunto abordado na apresentação 1,0
5. Qualidade dos slides (pouco texto; figuras, tabela e gráficos legíveis; fontes; fundos de slides adequados, etc.) 1,0
6. Emprego de recursos acessórios para apresentação (qualidade e habilidade para uso dos mesmos) 1,0
7. Respeito e atenção a apresentação dos colegas 1,0
8. O grupo/apresentador atendeu ao tempo determinado para apresentação (15 a 20 minutos) 1,0
Total 10,0

Rebites I → 7 participantes
Rebites II → 7 participantes
Pinos e Cupilhas → 6 participantes
Porcas e Arruelas → 6 participantes
Anéis Elásticos → 6 participantes
Rebites I
• Introdução aos rebites e sua importância como elemento de
fixação
• Características dos rebites, como material, diâmetro,
comprimento, cabeça e haste
• Tipos de rebites, incluindo rebites de repuxo
• Métodos de instalação de rebites, como martelamento,
prensagem e rebitagem cega
• Aplicações dos rebites, em áreas como construção civil,
automotiva, aeronáutica e naval
• Vantagens e desvantagens dos rebites em comparação com
outros elementos de fixação, como parafusos e soldas
Rebites II
• Tipos de rebitagem
• Cálculos para rebitagem
• Defeitos de rebitagem
• Aplicações dos rebites, em áreas como construção civil,
automotiva, aeronáutica e naval
• Vantagens e desvantagens dos rebites em comparação com
outros elementos de fixação, como parafusos e soldas
Pinos e Cupilhas
• Definição
• Importância na Indústria
• Tipos de Pinos e suas características
• Características e Usos Comuns
• Montagem de sistemas pinados
Porcas e Arruelas
• Definição
• Importância na Indústria
• Tipos de Porcas e suas características
• Tipos de Arruelas e suas características
• Seleção do Tipo Correto de Porca e Arruela
• Cuidados na Instalação
Anéis Elásticos
• Definição
• Importância na Indústria
• Tipos de Anéis Elásticos
• Cuidados na Instalação e Manutenção
• Características geométricas dos anéis.
• Aplicações na indústria
Resistência do parafuso
• Comentários finais
– As porcas devem ter suas roscas defletidas para distribuir a carga
do parafuso mais uniformemente;
– Assim as propriedades da porca também devem ser controladas;
– Dessa forma, o grau/classe da porca deve ser o mesmo
grau/classe do parafuso.
Descrição do Parafuso
• A primeira indicação deve ser sobre o perfil do filete da rosca:

• A segunda indicação deve ser o diâmetro nominal:


Descrição do Parafuso
• Observações
– Se a rosca for de passo normal, o passo da rosca não deve ser,
necessariamente, indicado na cotagem:

– Se a rosca for de passo fino, obrigatoriamente o passo da rosca


deverá ser indicado na cotagem, logo em seguida ao diâmetro
desta, separado por um x:
Descrição do Parafuso
• Observações
– O sentido de enrolamento da hélice só deve ser indicado quando
a rosca for esquerda (símbolo LH left hand):
Tipos de parafusos e suas
aplicações
• Há uma enorme variedade de parafusos que podem ser diferenciados pelo
formato da cabeça, do corpo e da ponta, utilizados para diversas finalidades
e aplicações:
1. Parafuso de Cabeça Sextavada

2. Parafusos Com Sextavado Interno

3. Parafuso Sem Cabeça Com Sextavado Interno

4. Parafuso Prisioneiro

5. Parafuso De Cabeça Escareada Com Fenda

6. Parafuso De Cabeça Redonda Com Fenda

7. Parafuso De Cabeça Cilíndrica Boleada Com Fenda

8. Parafusos De Cabeça Escareada Boleada Com Fenda

9. Parafuso Com Rosca Soberba Cônica


1. PARAFUSO DE CABEÇA SEXTAVADA APLICAÇÃO
Utilizado em uniões em que se necessita
de um forte aperto inicial.

2. PARAFUSO COM SEXTAVADO INTERNO APLICAÇÃO


(Allen) Utilizado em uniões que exigem um bom
aperto, em locais onde o manuseio de
ferramentas é difícil devido à falta de
espaço.
APLICAÇÃO
3. PARAFUSO SEM CABEÇA COM
Utilizado para fixar elementos de
SEXTAVADO INTERNO
máquinas.

4. PARAFUSO PRISIONEIRO APLICAÇÃO


Utilizado nas situações que exigem
montagens e desmontagens frequentes.
APLICAÇÃO
5. PARAFUSO DE CABEÇA ESCAREADA Utilizado em montagens que não sofrem
COM FENDA grandes esforços e onde a cabeça do
parafuso não pode exceder a superfície
da peça.

6. PARAFUSO DE CABEÇA REDONDA COM


FENDA
APLICAÇÃO
Também utilizado em montagens que
não sofrem grandes esforços. Possibilita
melhor acabamento na superfície.
7. PARAFUSO DE CABEÇA CILÍNDRICA APLICAÇÃO
BOLEADA COM FENDA Também utilizado em montagens que
não sofrem grandes esforços. Possibilita
melhor acabamento na superfície.

8. PARAFUSOS DE CABEÇA ESCAREADA


BOLEADA COM FENDA APLICAÇÃO
Utilizados na união de elementos cujas
espessuras sejam finas e quando é
necessário que a cabeça do parafuso
fique embutida no elemento.
9. PARAFUSO COM ROSCA SOBERBA
APLICAÇÃO
CÔNICA
Também utilizado em montagens com
madeira. Pode ser utilizado com auxílio
de buchas plásticas para na fixação de
elementos em bases de alvenaria.

OBSERVAÇÃO:

Parafusos passantes Parafusos não-passantes


Exercício
Ano:2015 / Banca: UFES / Órgão: UFES
Prova: Técnico em Eletromecânica
A alternativa que apresenta uma correlação CORRETA entre as figuras e seus respectivos
tipos de parafusos é:

a) I - Parafuso sem porca, II - Parafuso com porca, III - Parafuso prisioneiro.


b) I - Parafuso com porca, II - Parafuso sem porca, III - Parafuso prisioneiro.
c) I - Parafuso prisioneiro, II - Parafuso com porca, III - Parafuso sem porca.
d) I - Parafuso sem porca, II - Parafuso prisioneiro, III - Parafuso com porca.
e) I - Parafuso sem porca, II - Parafuso com contraporca, III - Parafuso prisioneiro.
Exercício
Ano:2017 / Banca: COPESE / Órgão: UFPI
Prova: Técnico em Eletromecânica
Sobre as roscas de parafusos e porcas fabricadas de acordo com o padrão UNS
(Unified National Standard) e de acordo com a norma ISO métrica, pode-se
afirmar CORRETAMENTE que:
a) O passo de uma rosca métrica é medido em quantidade de filetes de rosca
por milímetro.
b) Por terem o mesmo ângulo de rosca, roscas métricas e roscas UNS são
intercambiáveis.
c) A série de roscas UNC é caracterizada por ter passo fino.
d) As roscas da série UNF têm mais filetes por polegada do que as roscas da
série UNC para o mesmo diâmetro.
e) Roscas da série UNF são geralmente utilizadas em aplicações gerais, nas
quais há repetidas inserções e remoções.
Exercício
Ano:2010 / Banca: CESGRANRIO / Órgão: Petrobras
Prova: Técnico de Projetos, Construção e Montagem Júnior - Mecânica
Uma equipe de manutenção está trabalhando na substituição de um
equipamento e se depara com a falta de um parafuso prisioneiro. Nos desenhos
fornecidos pelo fabricante, a rosca está descrita como da série fina unificada,
com diâmetro nominal igual a ¾”, 16 filetes por polegada e classe de
qualidade igual a 2, que pode ser assim representada:

a)¾ - 16 NC – 2A
b)¾ - 16 UNC – 2A
c)¾ - 16 NF – 2A
d)¾ - 16 UNF – 2A
e)¾ - 16 UNEF – 2A
Montagem de juntas parafusadas
• A pré-carga (Fi) é o “músculo” da junta! P
Parafuso
A pré-carga é definida pela resistência do
parafuso! Arruela
Fi
Carga mínima de Prova
Fi
0,75 ∙ 𝐹𝑝, 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎
Membros
𝐹𝑖 =

0,90 ∙ 𝐹𝑝, 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎

Resistência mínima de Prova


𝐹𝑝 = 𝐴𝑡 ∙ 𝑆𝑝 Porca
T
P
Área de Tensão de Tração (Tabelas anteriores)
Torque de Montagem
• Uma pré-carga elevada é desejável! “O músculo da junta”
• Os meios para assegurar que a pré-carga seja realmente
aplicada:
– Elongação do parafuso;
– Método do giro de porca;
– Torquímetro.
Torque de Montagem
• Elongação do parafuso
– Impraticável em orifícios cegos;
– Se alta confiabilidade é um requisito do projeto (Carregamentos
de fadiga), então deve ser determinar a pré-carga através da
elongação do parafuso (Método mais preciso);

𝐹𝑖 𝐿
𝛿=
𝐴𝑑 𝐸
Torque de Montagem
• Método do giro de porca
– Deve-se computar o número fracionário de voltas necessárias
para desenvolver a pré-carga requerida a partir da condição de
aperto-suficiente;
– Parafusos pesados, normalmente, a porca deve ser girada no
mínimo de 180° a partir da condição de aperto suficiente.

𝜃 𝑘𝑏 + 𝑘𝑚
𝑁𝑡 = = 𝐹𝑖 𝑁
360° 𝑘𝑏 𝑘𝑚
Torque de Montagem
• Torquímetro
– Instrumento de medição que consiste em uma chave de torque
com mostrador incorporado que indica o torque aplicado;
– Estima-se qual é o torque requerido para o parafuso desenvolver
a pré-carga especificada.
Torquímetro de Vareta Torquímetro Relógio Torquímetro de estalo
Torque de Montagem
• Torquímetro 𝐹𝑖 é a força de pré-carga
– O torque é definido pela seguinte fórmula:
𝑑 é o diâmetro nominal

𝑑𝑚 tan 𝜆 + 𝑓 sec 𝛼
𝑇= + 0,625𝑓𝑐 𝐹𝑖 𝑑 𝑇 = 𝐾𝐹𝑖 𝑑
2𝑑 1 − 𝑓 tan 𝜆 sec 𝛼

𝐾 (Coeficiente de Torque)

𝑓 é coeficiente de atrito na rosca


𝑓𝑐 é coeficiente de atrito na porca

Em média, 𝑓 e 𝑓𝑐 são 0,15


𝐾 = 0,20
Utiliza-se esse valor quando a condição não é
especificada!
Torque de Montagem
𝑇 = 𝐾𝐹𝑖 𝑑

Força de Pré-carga (𝐹𝑖 )

Carga mínima de Prova Depende do material do parafuso (Classe)


0,75 ∙ 𝐹𝑝, 𝑗𝑢𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑛ã𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠

𝐹𝑖 =

0,90 ∙ 𝐹𝑝, 𝑗𝑢𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠

Resistência mínima de Prova (Tabelas anteriores)


𝐹𝑝 = 𝐴𝑡 ∙ 𝑆𝑝

Área de Tensão de Tração (Tabelas anteriores)


Exercício
• Qual é o torque de montagem que deve ser aplicado em um
parafuso M8x1,25 e classe 8.8 que será submetido a cargas
dinâmicas em Nm e ft-lb?

Sabendo que:

1 in = 0,083 ft

1Nm=0,7376 ft-lb
ROSCA TRIANGULAR MÉTRICA
RESISTÊNCIA DO PARAFUSO NO SISTEMA MÉTRICO
Exercício
Exercício
• Qual é o torque de montagem que deve ser aplicado em um
parafuso UNC 5/16” x 18, grau SAE 5.2 que será submetido a
cargas dinâmicas em ft-lb?

Sabendo que:

1 in = 0,083 ft

1Nm=0,7376 ft-lb
Exercício
Exercício
Exercício
1.2. PORCAS
Introdução
• A porca é uma peça de forma prismática ou cilíndrica
geralmente metálica, com um furo roscado no qual se encaixa
um parafuso, ou uma barra roscada;
• A parte externa tem vários formatos para atender a diversos
tipos de aplicação;
• Servem tanto como elementos de fixação como de
transmissão.
Tipos de Porca
• Porcas mais comuns:

Porca Autotravante
Tipos de Porca
• Porcas para aperto manual:
Tipos de Porca
• Porcas para o uso de cupilhas (evita a soltura da porca):
Tipos de Porca
• Porcas para ajuste axial de eixos de máquinas:
Tipos de Porca
1.3. ARRUELAS
Introdução
• As arruelas têm a função de distribuir igualmente a força de
aperto entre a porca, o parafuso e as partes montadas;
• Além disso, em algumas situações podem funcionar como
elementos de trava;
• Existem vários tipos de arruela e para cada tipo de trabalho,
existe um tipo ideal de arruela (Esforços x Vibração).
Arruela Lisa

É utilizada para distribuir igualmente o aperto e


melhorar os aspectos do conjunto.

Arruela de Pressão

É utilizada na montagem de conjuntos mecânicos,


submetidos a grandes esforços e grandes vibrações.
Funciona como elemento de trava.

Arruela Dentada

Muito empregada em equipamentos sujeitos a


grandes vibrações, mas com pequenos esforços.
Funciona como elemento de trava.
Arruela Serrilhada

Muito empregada em equipamentos sujeitos a


grandes vibrações, mas com esforços médios.
Funciona como elemento de trava.

Arruela Ondulada

É indicada, especialmente, para superfícies


pintadas, evitando danificação do acabamento.

Arruela de travamento com orelha


Utiliza-se esta arruela dobrando-se a
orelha sobre um canto da peça.
Em seguida, dobra-se uma aba da orelha
em um dos lados da porca.
Arruela para perfilados
1.4. REBITES
Introdução
• Um rebite compõe-se de um corpo em forma de eixo cilíndrico
e de uma cabeça;
• É um meio de união permanente;
• Podem ser fabricados em aço, alumínio, cobre ou latão.
Utilização
• Podem ser utilizados em:
– Junções de elevada resistência para estruturas de aço:
✓ Edifícios;
✓ Guindastes;
✓ Pontes.
Utilização
• Podem ser utilizados em:
– Junções de elevada resistência para caldeiraria:
✓ Caldeiras;
✓ Reservatórios.
Utilização
• Podem ser utilizados em:
– Junções de chapas de revestimento:
✓ Construção de aviões;
✓ Caminhões baú;
✓ Barcos de alumínio.
Vantagens e Desvantagens
• Vantagens
– Produto barato e de simples execução;
– Maior facilidade de reparação;
– Aplicação a materiais de má soldabilidade;
– Não exige operário qualificado;
– Controle de qualidade simples.
• Desvantagens
– Não desmontável;
– Maior peso da união;
– Campo de aplicação reduzido (chapas);
– Não recomendável a carregamentos dinâmicos;
– Redução de resistência do material rebitado furação.
Tipos de Rebites
• A fabricação de rebites é padronizada, ou seja, segue normas técnicas que
indicam medidas da cabeça, do corpo e do comprimento útil dos rebites.

Utilizados em estruturas
metálicas devido sua
elevada resistência

Utilizados em funilaria
(Sem saliências)
Tipos de Rebites
• Além desses rebites, destaca-se o rebite de repuxo, conhecido
por “rebite pop”;
• É largamente empregado para fixar peças com rapidez,
economia e simplicidade.
Processos de Rebitagem

Furar as peças que Posicionar o rebite Dar a forma de cabeça


serão unidas através das peças ao corpo do rebite

Processo manual;

Processo mecânico.
Processos de Rebitagem
Utilização
• Processo manual O sistema é utilizado para rebitar em locais
– Feito por meio de martelamento. de difícil acesso e/ou peças pequenas
Martelamento para
Compreensão das peças a
compressão do rebite e Estampagem da cabeça
serem unidas
boleamento

Compressão → Face plana

Boleamento → Face redonda


Processos de Rebitagem
• Processo mecânico
– Feito por meio equipamentos como:
Martelo pneumático* Rebitadeira pneumática ou hidráulica

Funciona por meio de um pistão que Funciona por meio de pressão contínua.
impulsiona o estampo existente na
sua extremidade alternadamente. Essa máquina tem a forma de um C e é
constituída de duas garras, uma fixa e
Trabalha em qualquer posição outra móvel com estampos nas
extremidades.
Rebitagem a quente e a frio
• Tanto a rebitagem manual como a mecânica podem ser feitas a
quente ou a frio.
Facilitar a conformação tornando o
Por que realizar a rebitagem a quente?
material mais maleável
Indicado p/
Rebitagem a quente Rebites com d>6,35 mm em aço

Indicado p/
Rebites com d<6,35 mm em rebitagem manual
Rebitagem a frio
Rebites com d<10,0 mm em rebitagem mecânica

Observações
• Na rebitagem a quente o rebite é aquecido por meio de: fornos a gás , elétricos
ou maçarico até atingir a cor vermelho-brilhante;
• Em seguida, o rebite é martelado à mão ou à máquina até adquirir o formato.
Tipos de Rebitagem
As chapas são sobrepostas e
rebitadas Destina-se
Rebitagem de apenas para
recobrimento suportar cargas

Destina-se para
Rebitagem de As chapas se justapõem e
suportar cargas
recobrimento sobre elas estende-se uma
e fornecer certa
simples outra chapa para cobri-las
vedação

As chapas são justapostas e Destina-se


Rebitagem de envolvidas por duas outras apenas para uma
recobrimento duplo chapas que as recobrem melhor vedação
dos dois lados.
Tipos de Rebitagem
• Recomendação:
– Distância mínima entre os rebites e a borda das chapas:
𝑑𝑚í𝑛 = 1,5 ∙ 𝑑𝑟𝑒𝑏𝑖𝑡𝑒

𝑑𝑟𝑒𝑏𝑖𝑡𝑒
Tipos de Rebitagem
• Recomendação:
– No caso de junções que exijam boa vedação:
𝑃 = (2,5 𝑎 3) ∙ 𝑑𝑟𝑒𝑏𝑖𝑡𝑒

𝑑𝑟𝑒𝑏𝑖𝑡𝑒
Defeitos na Rebitagem
• Os defeitos representam enfraquecimento e instabilidade da
união: Perda da resistência e da vedação;
• Geralmente, as causas desses defeitos são:
1. Ao mau preparo das chapas a serem unidas;
2. À má execução das operações nas fases de rebitagem.
1. Defeitos causados pelo mau preparo das chapas

Furos fora de centro Chapas mal encostadas Diâmetro do furo inadequado


Defeitos na Rebitagem
• Os defeitos representam enfraquecimento e instabilidade da
união: Perda da resistência e da vedação;
• Geralmente, as causas desses defeitos são:
1. Ao mau preparo das chapas a serem unidas;
2. À má execução das operações nas fases de rebitagem.
2. Defeitos causados pela má operações de rebitagem

Aquecimento Rebitagem Conformação Comprimento do


excessivo do rebite descentralizada inadequada da cabeça rebite inadequado
Remoção de Rebites
• Pode-se retirar os rebites utilizando:
Talhadeira Furadeira Esmerilhadeira

Observação
Depois de eliminada uma das cabeças, o restante do
rebite é extraído com um saca-pinos
Cálculos para Rebitagem
• Para selecionar um rebite adequado é necessário observar: a
espessura das chapas a serem fixadas e comprimento
excedente do rebite, que vai formar a segunda cabeça;
• Além disso, é preciso determinar o diâmetro do furo do rebite.
Diâmetro do rebite (𝑑) Comprimento útil do rebite (𝐿) Diâmetro do furo (𝑑𝐹)

𝑑 = 1,5 ∙ 𝑆𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝐿 =𝑦∙𝑑+𝑆 𝑑𝐹 = 1,06 ∙ 𝑑

𝑆𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 é a menor espessura 𝑦 é constante do rebite


(1,5 para cabeça redonda)
(1,0 para cabeça escareada)
𝑆 é a soma das espessura
Cálculos para Rebitagem
• Geralmente, os rebites comerciais são fornecidos com as
dimensões em polegadas;
• Deve-se selecionar o diâmetro do rebite em polegadas que
mais se aproxime (para cima) do valor calculado;
• O comprimento do rebite deve estar de acordo com o formato
da cabeça e se for necessário pode realizar o corte do mesmo.
Exercício
• Para rebitar duas chapas de aço, uma com espessura de 5 mm e
outra com espessura de 4 mm, qual é o diâmetro e
comprimento do rebite (de cabeça redonda) e o diâmetro dos
furos nas chapas?
Diâmetro do rebite (𝑑)
"
𝑑 = 1,5 ∙ 4 = 6𝑚𝑚 𝑑𝑟𝑒𝑏𝑖𝑡𝑒 1
= ൗ4
𝑑 = 1,5 ∙ 𝑆𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟

Comprimento útil do rebite (𝐿)

𝐿 =𝑦∙𝑑+𝑆 𝐿 = 1,5 ∙ 6,35 + 9 𝐿 = 18,525 𝑚𝑚

Diâmetro do furo (𝑑𝐹)

𝑑𝐹 = 1,06 ∙ 6,35 𝑑𝐹 = 6,731 𝑚𝑚


𝑑𝐹 = 1,06 ∙ 𝑑
Tabela de Conversão
Polegada/Milímetro
Catálogo de Fabricante de Rebite
• Catálogo da Rebites Globo Ltda. (Rebites de cabeça redonda)
1.6. Pino, Cavilha, Cupilha e Anel
Elástico
Pinos e Cavilhas
• Possuem a finalidade de alinhar ou fixar os elementos de
máquinas, permitindo uniões mecânicas;
PINO CAVILHA

Usados para junções de peças que Utilizadas em conjuntos sem


se articulam entre si articulações;
Pinos e Cavilhas
• Possuem a finalidade de alinhar ou fixar os elementos de
máquinas, permitindo uniões mecânicas;
PINOS CAVILHAS

Dispensa o acabamento e a
precisão do furo alargado

Também são chamadas pinos


Requer um furo de tolerâncias estriados, pinos entalhados, pinos
rigorosas ranhurados ou rebite entalhado.
Tipos de Pinos
1. PINO CILÍNDRICO

Requer um furo de tolerâncias rigorosas e é utilizado quando são aplicadas as


forças cortantes.
Tipos de Pinos
2. PINO CÔNICO

Ação de centragem

3. PINO CÔNICO COM ROSCA

A ação de retirada do pino de furos cegos é facilitada por um aperto da


porca.
Tipos de Pinos
4. PINO ELÁSTICO OU PINO TUBULAR PARTIDO

Pode ser assentado em furos, com variação de diâmetro considerável.

5. PINO DE GUIA

Serve para alinhar elementos de máquinas. Sua


função é posicionar as placas de um conjunto,
ou peças entre si, eliminando a folga dos
parafusos de fixação.

Ajuste dos pinos nas placas deve ser H7 j6


Cupilhas
• Consistem em um arame de secção semi-circular, dobrado de
modo a formar um corpo cilíndrico e uma cabeça;
• Sua função principal é a de travar outros elementos de
máquinas, tais como porcas e pinos.
Anéis Elásticos
• Elemento de fixação usado em eixos ou furos, tendo como
principais funções:
– Evitar deslocamento axial de peças ou componentes;
– Posicionar ou limitar o curso de uma peça ou conjunto deslizante
sobre o eixo.
Anel Elástico Externo Anel Elástico Interno
Anéis Elásticos
• Fabricado de aço-mola, tem a forma de anel incompleto, que
se aloja em um canal circular construído conforme
normalização:
Para eixos com diâmetro entre 4 e 1 000 mm. Trabalha externamente. Norma DIN 471.
Anéis Elásticos
• Fabricado de aço-mola, tem a forma de anel incompleto, que
se aloja em um canal circular construído conforme
normalização:
Para furos com diâmetro entre 9,5 e 1 000 mm. Trabalha internamente. Norma DIN 472.
Anéis Elásticos
2. ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO
Introdução
• Com esses elementos são montados sistemas de transmissão
que transferem potência e movimento a um outro sistema.
PRINCIPAIS ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO

Transmitem movimento de rotação


1. Correias e polias entre eixos por intermédio das
polias.

Transmitem movimento de rotação


entre eixos por intermédio das
2. Correntes e coroas
coroas (engrenagens para
correntes).

São rodas com dentes padronizados


que servem para transmitir
3. Engrenagens
movimento e potência entre dois
eixos.
Transformam o movimento giratório
4. Parafusos de Potência num movimento longitudinal
através das roscas

Conjunto mecânico empregado na


5. Acoplamento transmissão de movimento de
rotação entre duas árvores

Transmitem movimento por atrito


6. Rodas de atrito entre dois eixos paralelos ou que se
cruzam.

Feitos de arames aço trefilado a frio,


enrolados de modo a formar pernas.
Depois as pernas são enroladas em
7. Cabo de aço
espirais em torno de um elemento
central, chamado alma.
Exemplo

Corrente

Correia Dentada

Corrente Engrenagens
Revisão
1. Velocidade Angular (𝜔)
✓ Considere um ponto material “P”, descrevendo uma trajetória
circular de raio “R”, apresenta uma variação angular (∆𝜃) em
um determinado intervalo de tempo (∆𝑡);
✓ Logo, a velocidade angular (𝜔) é a relação entre a variação
angular (∆𝜃) e o intervalo de tempo (∆𝑡).

∆𝜃 [rad]
𝜔=
∆𝑡 [s]

𝜔 : [rad/s]
π rad → 180°
Revisão
2. Período (T)
✓ É o tempo necessário para que um ponto “P”, movimentando-se
em uma trajetória circular de raio “R”, complete um ciclo.

∆𝜃 ∆𝜃 = 2π rad 2𝜋
𝜔= 𝜔=
∆𝑡 ∆𝑡 = 𝑇 𝑇

2𝜋
𝑇=
𝜔

𝑇 : [s]
Revisão
3. Frequência (f)
✓ É o número de ciclos que um ponto “P” descreve em um
segundo, movimentando-se em uma trajetória circular de raio
“R”.

2𝜋 O inverso do Período 1 𝜔
𝑇= 𝑓= 𝑓=
𝜔 𝑇 2𝜋
𝑓𝑓 ::[1/s]=[rps]=[Hz]
[1/s]=[rps]
[1/s]
OBSERVAÇÃO:

A ROTAÇÃO (n) de equipamentos mecânicos é fornecida em RPM

𝑛 = 60𝑓 [rpm]
Revisão
5. Torque (T)
✓ O momento de uma força em relação ao próprio eixo do corpo
que fornece uma medida da tendência dessa força de provocar
rotação do corpo em torno do eixo.

𝐹Ԧ

𝑇
𝑇 =𝐹∙𝑅
𝑂 𝑅

𝐹 : [N]
𝑇 : [Nm]
𝑅 : [m]
Revisão
4. Velocidade Tangencial (V)
✓ A velocidade tangencial tem com característica a mudança de
trajetória a cada instante, porém seu módulo permanece o
mesmo;
✓ Qual a relação entre a velocidade tangencial e angular?

∆𝑆 ∆𝑆 = 2𝜋𝑅 2𝜋𝑅 2𝜋
𝑉= 𝑉= 𝑉= ∙𝑅 𝑉 =𝜔∙𝑅
∆𝑡 ∆𝑡 = 𝑇 𝑇 𝑇

𝜔
𝑉 : [m/s]
Revisão
6. Potência (P)
✓ Define-se como o trabalho realizado (𝜏) pelo um intervalo de
tempo (∆𝑡);
✓ Já o trabalho (𝜏) é uma medida da energia transferida pela
aplicação de uma força (𝐹) ao longo de um deslocamento (∆𝑆).

𝜏 𝐹 ∙ ∆𝑆
𝑃= 𝑃= 𝑃 =𝐹∙𝑉 𝑃 =𝐹∙𝜔∙𝑅
∆𝑡 ∆𝑡
V
Sabendo que: 𝑃 =𝑇∙𝜔

𝑇 =𝐹∙𝑅
𝑃: [J/s] = [W]
Revisão
6. Potência (P)
✓ Define-se como o trabalho realizado (𝜏) pelo um intervalo de
tempo (∆𝑡);
✓ Já o trabalho (𝜏) é uma medida da energia transferida pela
aplicação de uma força (𝐹) ao longo de um deslocamento (∆𝑆).

𝜏 𝐹 ∙ ∆𝑆
𝑃= 𝑃= 𝑃 =𝐹∙𝑉 𝑃 =𝐹∙𝜔∙𝑅
∆𝑡 ∆𝑡
V

Unidades Importantes: 𝑃 =𝑇∙𝜔


1 𝑐𝑣 = 735,5 𝑊

1 ℎ𝑝 = 745,7 𝑊 𝑃: [J/s] = [W]


Resumo
Velocidade Tangencial (V): 𝑉 =𝜔∙𝑅

Torque (T): 𝑇 =𝐹∙𝑅

𝑃 =𝐹∙𝑉
[W]
Potência (P):
𝑃 =𝑇∙𝜔
Exercício
(Marinha – 2011 – CAP – Cabo: Técnico em Mecânica)
O elevador representado na figura abaixo se encontra projetado para
suportar carga máxima Cmáx = 8 kN (10 pessoas) . O peso do elevador
é Pe = 1 kN e o contrapeso possui a mesma carga CP = 1 kN.
Determine a potência do motor M, em W, para que o elevador se
desloque com velocidade constante v = 1 m/ s, e, a seguir, assinale a
opção correta.

a) 6.000
b) 7.000
c) 7.500
d) 8.000
e) 9.000
2.1. CHAVETAS
Introdução
• Objetivo TEM A FUNÇÃO SECUNDÁRIO DE SER UM ELEMENTO FUSÍVEL!

– Ligar dois elementos mecânicos, normalmente um eixo e um


elemento de transmissão (Transmissão de torque).
• Funcionalidade
– A chaveta se interpõe numa cavidade (rasgo) de um eixo e de
uma peça.
Introdução
Classificação
• A chaveta possui forma, em geral, é retangular ou semicircular
mas pode ser classificada em três categorias:
1. Chavetas de cunha;
2. Chavetas paralelas;
3. Chavetas de disco (ou meia-lua ou Woodruff).

Normalmente as chavetas são fabricadas em AÇO de


baixo carbono e laminado a frio
Classificação
CHAVETA

Cunha Paralela Disco (Meia-lua ou Woodruff)

Longitudinal Transversal

1. Encaixada 1. Inclinação simples

2. Meia-cana 2. Inclinação dupla

3. Plana

4. Embutida

5. Tangencial
Chaveta de Cunha
• Essas chavetas têm esse nome porque são parecidas com uma
cunha;
• Uma de suas faces é inclinada, para facilitar a união de peças;
• Tipos:
– Longitudinal;
– Transversal.
Chaveta de Cunha
• Chaveta Longitudinal
– São colocadas na extensão do eixo para unir roldanas, rodas,
volantes etc;
– Podem ser com ou sem cabeça;
– Existem diversos tipos: encaixada, meia-cana, plana, embutida e
tangencial.
Chaveta de Cunha
• Chaveta Longitudinal Encaixada
– O rasgo do eixo é sempre mais comprido que a chaveta;
Chaveta de Cunha
• Chaveta Longitudinal Meia-cana
– Sua base é côncava (com o mesmo raio do eixo);
– Não é necessário rasgo na árvore, pois a chaveta transmite o
movimento por efeito do atrito.

Quando o esforço for muito elevado, a


chaveta desliza sobre a árvore.
Chaveta de Cunha
• Chaveta Longitudinal Embutida
– Essas chavetas têm os extremos arredondados;
– O rasgo no eixo possui o mesmo comprimento da chaveta.

Chaveta Longitudinal Embutida nunca tem cabeça!


Chaveta de Cunha
• Chaveta Longitudinal Tangencial
– São formadas por pares de cunhas, colocados em cada rasgo;
– Transmitem fortes cargas e são utilizadas, sobretudo, quando o
eixo está submetido a mudança de carga ou golpes.
Chaveta de Cunha
• Chaveta Transversal
– São aplicadas em união de peças que transmitem movimentos
rotativos e retilíneos alternativos.
Classificação
CHAVETA

Cunha Paralela Disco (Meia-lua ou Woodruff)

Longitudinal Transversal

1. Encaixada 1. Inclinação simples

2. Meia-cana 2. Inclinação dupla

3. Plana

4. Embutida

5. Tangencial
Chaveta Paralela ou Lingueta
• Essas chavetas têm as faces paralelas, portanto, não têm
inclinação;
• Há pequena folga entre o ponto mais alto da chaveta e o fundo
do rasgo do elemento conduzido.
Chaveta Paralela ou Lingueta
• As chavetas paralelas não possuem cabeça;
• Quanto à forma de seus extremos, eles podem ser retos ou
arredondados;
• Podem, ainda, ter parafusos para fixarem a chaveta ao eixo.
Classificação
CHAVETA

Cunha Paralela Disco (Meia-lua ou Woodruff)

Longitudinal Transversal

1. Encaixada 1. Inclinação simples

2. Meia-cana 2. Inclinação dupla

3. Plana

4. Embutida

5. Tangencial
Chaveta de disco ou meia-lua ou
woodruff
• É comumente empregada em eixos cônicos por facilitar a
montagem e se adaptar à conicidade do fundo do rasgo do
elemento externo.
Dimensões das chavetas
• As normalizadas segundo padrões internacionais.
Chavetas Paralelas

O comprimento da chaveta deve ser dimensionado pelo projetista,


sempre mantendo o coeficiente de segurança mínimo.
Fabricação
• Usinagem
– Rasgo na engrenagem: Aplainamento vertical;
– Rasgo no eixo: Fresamento.
Tolerâncias para chavetas
• O ajuste da chaveta deve ser feito em função das
características do trabalho.
Exercícios
(CESGRANRIO – 2014 – PETROBRAS - Técnico(a) de Suprimento de Bens
e Serviços Júnior - Mecânica)
A chaveta é um elemento de ligação entre duas peças, como, por exemplo, um
eixo e uma engrenagem, para transmissão de torque.
a) é um elemento de ligação também conhecido como fusível mecânico, pois
deve falhar, em uma sobrecarga, antes que outra peça de maior valor falhe.
b) deve ser soldada ao rasgo do eixo e ao rasgo do cubo da engrenagem para
garantir seu posicionamento.
c) pode ser feita de vários materiais, sendo que o mais usual é o titânio.
d) tem uma de suas faces inclinada, sendo, por isso, classificada como
chaveta paralela ou tipo Woodruff
e) tem uma seção transversal que não guarda relação com o diâmetro do
eixo.
Exercícios
(CETRO – 2014 – IF-PR - Técnico em Laboratório- Mecânica)
A chaveta é um elemento de máquina desmontável que, quando
montado em rasgos de chaveta, proporciona um meio para transmissão
de torque entre um eixo e um cubo. As chavetas são normalizadas
conforme tamanho e forma, sendo assim, a chaveta do tipo paralela:
a) possui espessura constante, porém sua altura varia ao longo de seu
comprimento.
b) possui seção quadrada ou retangular e altura constante, porém seu
comprimento varia conforme o carregamento transmitido.
c) é semicircular e possui espessura constante.
d) encaixa-se em um alojamento semicircular fresado no eixo com
uma fresa padrão circular.
e) pode ser usada para fixar o cubo axialmente em relação ao eixo.
2.1. Polias e correias
Introdução
• As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela rotação do
eixo do motor e pelas correias.
Tipos de Polia
PLANA TRAPEIZOIDAL PARA CORREIA DENTADA

Com superfície de contato:

Plana

Abaulada
Tipos de Polia
• Observação
– Polia com diâmetro menor que 200 mm a coroa é ligada ao cubo
por meio de discos senão apresentam braços.
EXEMPLOS DE POLIAS
Tipos de Correias
PLANA TRAPEIZOIDAL ou CORREIA DENTADA
em “V”
Tipos de Correias
• Observações
– A correia em “V” é feita de borracha revestida de lona e é
formada no seu interior por cordonéis vulcanizados para suportar
as forças de tração e possuem medidas padronizadas.
Tipos de Correias
• Observações
– O emprego da correia trapezoidal é preferível ao da correia plana
porque:
✓ praticamente não apresenta deslizamento;
✓ permite o uso de polias bem próximas;
✓ elimina os ruídos e os choques.
– A correia dentada, é usada quando não se pode ter nenhum
deslizamento.
Transmissão
• A polia que transmite movimento e força é chamada polia
motora ou condutora;
• A polia que recebe movimento e força é a polia movida ou
conduzida. Polias Movidas

Polias Motoras
Transmissão

Sentido direto de rotação

A correia fica reta e as polias têm o


mesmo sentido de rotação

Sentido de rotação inverso

A correia fica cruzada e o sentido


de rotação das polias inverte-se
Transmissão
• Relação de Transmissão (𝑖)
– É a relação entre o número de voltas das polias e os seus
diâmetros.
𝑉1 𝑉2

Polia Motora Polia Movida

A velocidade tangencial das duas polias são iguais:


𝐷1 𝐷2 𝑛11 𝜔𝐷21 𝐷2
𝑉1 = 𝑉2 𝜔1 ∙ 𝑅1 = 𝜔2 ∙ 𝑅2 2𝜋 ∙ 𝑛1 ∙ = 2𝜋 ∙ 𝑛2 ∙ 𝑖= = =
2 2 𝑛22 𝜔𝐷12 𝐷1
𝐷
𝑉 =𝜔∙𝑅 𝑅= e 𝜔 = 2𝜋 ∙ 𝑛
2
Transmissão
• Relação de Transmissão (𝑖)
– Ela é a relação entre o número de voltas das polias e os seus
diâmetros.
𝐹1 𝐹2

Polia Motora Polia Movida

A força das duas polias são iguais:

𝑇1 𝑇2 𝐷2 𝑇2 𝑛1 𝐷2 𝑇2
𝐹1 = 𝐹2 = = 𝑖= = =
𝑅1 𝑅2 𝐷1 𝑇1 𝑛2 𝐷1 𝑇1
𝐷
𝑇 =𝐹∙𝑅 𝑅= Quando i > 1→ Redução de Rotação (1: i)
2
Exercício
(CESGRANRIO – 2011 – CITEPE – Técnico em Mecânica)
A figura abaixo representa um sistema de transmissão de movimento
utilizando duas polias e uma correia. Supondo-se que a polia P possua
diâmetro duas vezes maior que a polia Q, e que não haja deslizamento
da correia, afirma-se que a
a) frequência de rotação da polia P é menor do que a da polia Q.
b) velocidade periférica da polia P é maior do que a da polia Q.
c) velocidade angular da polia P é maior do que a da polia Q.
d) velocidade periférica da polia Q é duas vezes maior do que a da polia
P.
e) razão entre os diâmetros das polias é diretamente proporcional às suas
respectivas frequências.
Exercício
(FCC – 2016 – Eletrobrás – Técnico em Manutenção
Mecânica)
As duas polias do esquema abaixo estão ligadas por correias de
Diâmetros d1 e d2 (assumir escorregamento desprezível). Sabendo
que a primeira polia (1) possui frequência de 80 rpm, a
frequência da polia (2) e a velocidade linear da correia serão,
respectivamente, iguais a:
a) 45 rpm e 31,42 m/min
b) 40 rpm e 31,42 m/min
c) 40 rpm e 62,83 m/min
d) 60 rpm e 62,83 m/min
e) 45 rpm e 62,83 m/min
Exercício
(CESGRANRIO – 2011 – Petrobras – Técnico de Projetos,
Construção e Montagem Júnior)
A figura acima mostra um arranjo de polias, onde M é a polia motora, P
é o rolamento esticador e N é a polia movida. A velocidade nM é
constante.
Se a razão entre o diâmetro da polia movida e o diâmetro da polia
motora é 3/2, e a razão entre o diâmetro da polia motora e o diâmetro
do esticador é 2, as velocidades angulares de N e P, supondo que a
correia é sincronizada e não há deslizamentos, são, respectivamente,
a) 1/3 𝑛𝑚 e 1/2 𝑛𝑚
b) 2/3 𝑛𝑚 e 1/2 𝑛𝑚
c) 2/3 𝑛𝑚 e 2 𝑛𝑚
d) 3/2 𝑛𝑚 e 1/2 𝑛𝑚
e) 3/2 𝑛𝑚 e 2 𝑛𝑚
Exercício
(CESGRANRIO – 2006 – PROMINP – Engenheiro Mecânico)
Considere o sistema de acionamento de máquina esquematizado na
figura. Esse sistema é constituído por um motor elétrico de 3925 W a
3000 rpm, um redutor de velocidades com relação de 1:5 e um par de
polias com redução de 1:2. Admitindo uma eficiência de 80% para o
sistema, o torque máximo disponível para o eixo de saída, em N.m,
vale:
a) 100
b) 200
c) 300
d) 400
e) 500
2.2. Engrenagens
Engrenagens
• São rodas com dentes padronizados que servem para transmitir
movimento e potência entre dois eixos.

Largamente usadas para variar o número de rotações e o


sentido da rotação de um eixo para o outro!
TIPOS DE ENGRENAGENS

Dente Reto Dente Helicoidal

Transmite rotação entre


CILÍNDRICAS
eixos paralelos

Transmite rotação entre


CÔNICAS
eixos concorrentes

Transforma movimento de
CREMALHEIRA rotação em movimento
retilíneo

Transmite rotação entre


HELICOIDAIS
Dente côncavo eixos não coplanares
2.2.3 Engrenagens Cilíndricas de Dentes
Retos (ECDR)
Características das engrenagens
cilíndricas de dentes retos (ECDR)
Círculo teórico sobre o qual todos os
cálculos se baseiam
Círculo
primitivo ou de Seu diâmetro é o diâmetro primitivo
passo
Os círculos primitivos de um par de
engrenagens engrenadas são tangentes
entre si

A distância do ponto de um dente ao


correspondente ponto no dente adjacente
no círculo primitivo
Passo circular
𝜋𝑑
𝑃= = 𝜋𝑀
𝑍

A distância radial entre o topo do dente e


Adendo
o círculo primitivo

Dedendo A distância radial entre o fundo do dente e


o círculo primitivo
Características das engrenagens
cilíndricas de dentes retos (ECDR)
• As características geométricas das engrenagens podem ser
calculadas a partir de três variáveis:
1 . MÓDULO (ou PASSO DIAMETRAL, para engrenagens do Para que as engrenagens
sistema americano) possam trabalhar juntas,
devem possuir o mesmo
Módulo (ou Passo
Diametral) e Ângulo de
2. ÂNGULO DE PRESSÃO Pressão!

3. NÚMERO DE DENTES

As engrenagens métricas NÃO são intercambiáveis com as


engrenagens no sistema americano!
Módulo (M)
• É utilizado para definir o tamanho do dente;
• É a razão entre diâmetro primitivo e o número de dentes;
• Corresponde ao adendo (M = a) e serve de base para calcular as demais
dimensões dos dentes.

𝑑𝑝
𝑀=
𝑍

Disponibilidade
comercial
das fresas!
Passo Diametral (Pd)
• É utilizado para definir o tamanho do dente;
• É a razão entre o número de dentes e diâmetro primitivo (em polegadas).

𝑍
𝑃𝑑 =
𝑑𝑝
Módulo e Passo Diametral
Ângulo de Pressão
• Formado pela tangente comum entre os diâmetros primitivos e
a trajetória descrita por um ponto de contato entre as
engrenagens.

Linha de pressão

Representa a direção da
força resultante atuante
entre as engrenagens
Ângulo de Pressão
• Formado pela tangente comum entre os diâmetros primitivos e
a trajetória descrita por um ponto de contato entre as
engrenagens.

Linha de pressão

Representa a direção da
força resultante atuante
entre as engrenagens
Ângulo de Pressão
Ângulo de pressão

ÂNGULO DE PRESSÃO DE 20° É O MAIS UTILIZADO!


Ângulo de Pressão
Geometria das engrenagens
cilíndricas de dentes retos (ECDR)
Sistema Métrico
Diâmetro primitivo
𝑴𝒁
(𝑑𝑝 )
As características
geométricas das Adendo (𝑎) 𝑴
engrenagens podem
ser calculadas a partir Dedendo (𝑏) 1,25𝑴
de três variáveis:
Altura do dente (ℎ) 2,25𝑴
1 . MÓDULO (M) ou PASSO
DIAMETRAL (Pd) Folga 0,25𝑴
Diâmetro externo
2. ÂNGULO DE PRESSÃO (𝝓)
𝑴(𝒁 + 2)
(𝑑𝑒 )
Diâmetro interno
3. NÚMERO DE DENTES (Z) 𝑴(𝒁 − 2,5)
(𝑑𝑖 )
Passo circular (𝑃) 𝑴𝜋
Diâmetro de base
𝑴𝒁 cos 𝝓
(𝑑𝑏 )

Para 𝜙 = 20°→𝑏 = 1,25𝑀 Para 𝜙 = 14,5°ou 𝜙 = 15° →𝑏 = 1,17𝑀


Características das engrenagens
cilíndricas de dentes retos (ECDR)
• Sabendo o diâmetro externo e número de dentes, como
descobrir o Módulo de uma ECDR?
𝑑𝑝
𝑀= 𝑑𝑒𝑥𝑡. = 𝑑𝑝 + 2𝑎 𝑑𝑒𝑥𝑡. = 𝑑𝑝 + 2𝑀
𝑍

𝑑𝑒𝑥𝑡.
𝑀=
(𝑍 + 2)

Exemplo
Qual é o módulo de uma ECDR que tem 20 dentes e diâmetro externo de 66 mm?

𝑀 = 3 𝑚𝑚
Lei Fundamental do Engrenamento
• Velocidade angular das engrenagens de um par de
engrenagens deve manter-se constante durante o
engrenamento.

É DESEJAVEL MANTER ESSA RAZÃO CONSTANTE À MEDIDA QUE AS ENGRENAGENS


RODAM, SENÃO HAVERÁ OSCILAÇÕES DE VELOCIDADE E TORQUE DE SAÍDAS.

PARA SATISFAZER A LEI FUNDAMENTAL DO CÁLCULO, OS CONTORNOS DO DENTE DA


ENGRENAGEM NOS DENTES ENGRENANTES DEVEM SER CONJUGADOS UM AO OUTRO.

PARA ISSO OS DENTES DEVEM TER UM FORMATO ESPECÍFICO: EVOLVENTE (INVOLUTA)


Forma Involuta do dente
• A involuta de um círculo é a curva que pode ser gerada
desenrolando-se uma linha esticada de um cilindro.
Forma Involuta do dente
• A involuta de um círculo é a curva que pode ser gerada
desenrolando-se uma linha esticada de um cilindro.
Forma Involuta do dente
• A involuta de um círculo é a curva que pode ser gerada
desenrolando-se uma linha esticada de um cilindro.
Relação de transmissão
• Considere duas engrenagens:
As velocidades tangenciais são iguais:
𝑉1 = 𝑉2
𝜔1 ∙ 𝑅1 = 𝜔2 ∙ 𝑅2
𝜔1 𝑅2
=
𝜔2 𝑅1
𝜔
𝜔𝜔1𝜔
11 1 𝑅𝑅𝑅22𝑅
22 𝑛𝑛1𝑛
11 𝑑𝑑2𝑑
2 2 𝑍2𝑍2 𝑇2 Se 𝜔 = 2𝜋 ∙ 𝑛 𝑛 é rotação em rpm
𝑖
𝑖𝑖 =𝑖
= =
= 𝜔𝜔= = 𝑅𝑅= 𝑛𝑛 = 𝑑𝑑== 𝑍=
== == ==
𝜔
𝜔222 2 𝑅𝑅111 1 𝑛22 2 𝑑11 1 𝑍1 1 𝑇1 Se 𝑅 = 𝑑/2 𝑑 é diâmetro primitivo

𝑖 é a relação de transmissão Se 𝑑 = 𝑀 ∙ 𝑍 𝑍 é nº de dentes

Se 𝐹1 = 𝐹2 e 𝑇 = 𝐹 ∙ 𝑅 𝑇 é torque
Reduz a rotação  Aumenta o torque
𝑇1 𝑇2 𝑅2 𝑇2
Os pares de engrenagens rotacionam em = =
𝑅1 𝑅2 𝑅1 𝑇1
sentidos opostos!
Relação de transmissão
• Considere duas engrenagens:
𝑛1 𝑑2 𝑍2 𝑇2
𝑖= = = =
𝑛2 𝑑1 𝑍1 𝑇1
Trem de engrenagens
Trem de engrenagens
Trem de engrenagens

𝑛2
𝑖= =?
𝑛6

Qual a relação de transmissão (𝑖) do trem de engrenagens?

𝑛2 𝑍3 𝑍3 𝑍3 𝑍4 𝑍4 𝑍4 𝑍6
=− 𝑛2 = − 𝑛3 𝑛2 = 𝑛 𝑛2 = 𝑛5 𝑛2 = − 𝑛
𝑛3 𝑍2 𝑍2 𝑍2 𝑍3 4 𝑍2 𝑍2 𝑍5 6

𝑛3 𝑍4 𝑍4 𝑍6 𝑛2 𝑍4 𝑍6
=− 𝑛3 = − 𝑛 𝑛4 = 𝑛5 𝑛5 = − 𝑛 =−
𝑛4 𝑍3 𝑍3 4 𝑍5 6 𝑛6 𝑍2 𝑍5
Exercícios
(IFPE – 2018 – IFPE – Técnico de laboratório – Mecânica)
Considerando um sistema de transmissão com duas engrenagens
cilíndricas de dentes retos acopladas, a engrenagem 1 (pinhão) funciona
com rotação constante de 1800 rpm e tem um torque de 120 N.m. A
engrenagem 2 (coroa) funciona com a rotação constante de 600 rpm.
Qual o torque na engrenagem 2?
Assinale a alternativa CORRETA.
a) 240 N.m
b) 120 N.m
c) 40 N.m
d) 60 N.m
e) 360 N.m
Exercícios
(CESGRANRIO – 2018 – TRANSPETRO – Engenheiro Júnior -
Mecânica)
O sistema de transmissão mostrado na figura abaixo é constituído
de dois pares de engrenagens e um eixo. As engrenagens 1 e 3
possuem raios idênticos de 8 cm, e as engrenagens 2 e 4 possuem
raios idênticos de 12 cm. Se a engrenagem 1 transmite um torque
de 200 N.m à engrenagem 2, o torque de saída na engrenagem 4,
em N.m, será de
a) 300
b) 450
c) 600
d) 800
e) 850
Exercícios
(FCC – 2014 – METRÔ-SP – Técnico Sistemas Metroviários -
Mecânica)
Uma engrenagem circular P, de 20 dentes, está acoplada a uma
engrenagem circular Q, de 18 dentes, formando um sistema de
transmissão de movimento. Se a engrenagem P gira 1/5 de volta
em sentido anti-horário, então a engrenagem Q irá girar:
a) 2/9 de volta em sentido horário.
b) 9/50 de volta em sentido horário.
c) 6/25 de volta em sentido horário.
d) 1/4 de volta em sentido anti-horário.
e) 6/25 de volta em sentido anti-horário.
Engrenagens Cilíndricas de Dentes
Helicoidais (ECDH)
Engrenagens cilíndricas de dentes
helicoidais (ECDH)
• O contato inicia-se em uma extremidade do dente e avança
pela largura de face;
• Por causa desse contato gradual, as ECDH são mais
silenciosas e vibram menos.
Engrenagens cilíndricas de dentes
helicoidais (ECDH)
• Os dentes helicoidais são paralelos entre si mas oblíquos em
relação ao eixo da engrenagem introduzindo um ângulo de
inclinação da hélice (β), normalmente, varia entre 10 a 45º;
Engrenagens cilíndricas de dentes
helicoidais (ECDH)
• Os dentes helicoidais são paralelos entre si mas oblíquos em
relação ao eixo da engrenagem introduzindo um ângulo de
inclinação da hélice (β) , normalmente, varia entre 10 a 45º;

As ECDH possuem dois passos: Passo circular (𝑃𝑐 ) e Passo normal (𝑃𝑛 )!
LOGO
As ECDH possuem dois módulos: Módulo frontal (𝑀𝑓 ) e Módulo normal (𝑀𝑛 )!
Engrenagens cilíndricas de dentes
helicoidais (ECDH)
• Os Módulos são calculados a partir dos Passos e estes são
correlacionados com o Ângulo de Hélice (β);
𝑃𝑛
cos 𝛽 =
𝑃𝑐
𝜋𝑑
Como vimos que: 𝑃= = 𝜋𝑀
𝑍
𝑃𝑐 = 𝜋𝑀𝑓 𝑃𝑛 = 𝜋𝑀𝑛

Logo:

𝑃𝑛 = 𝑃𝑐 cos 𝛽 𝑀𝑛 = 𝑀𝑓 cos 𝛽

O diâmetro primitivo está relacionado ao passo circular:

𝜋𝑑𝑝 𝑃𝑐 𝑑𝑝 𝑑𝑝
𝑃𝑐 = = 𝑀𝑓 =
𝑍 𝜋 𝑍 𝑍
Engrenagens cilíndricas de dentes
helicoidais (ECDH)
• O diâmetro externo nas ECDH são calculados a partir do
módulo normal;
𝑑𝑒 = 𝑑𝑝 + 2𝑀𝑛

Qual é o Módulo Normal das Engrenagens?

𝑑𝑝1 + 𝑑𝑝2
𝑑=
2
𝑑𝑝1 = 𝑑𝑒1 − 2𝑀𝑛

𝑑𝑝2 = 𝑑𝑒2 − 2𝑀𝑛

𝑑𝑒1 − 2𝑀𝑛 + 𝑑𝑒2 − 2𝑀𝑛


𝑑=
2

𝑑𝑒1 + 𝑑𝑒2 − 2𝑑
𝑀𝑛 =
4
Engrenagens cilíndricas de dentes
helicoidais (ECDH)
Diâmetro externo
𝑑𝑒 = 𝑑𝑝 + 2𝑎

𝑎 = 𝑀𝑛
𝑑𝑒 = 𝑑𝑝 + 2𝑀𝑛

Diâmetro interno
𝑑𝑖 = 𝑑𝑝 − 2𝑏

Para  = 14°30′ e 15°:


𝑏 = 1,17 · 𝑀𝑛
Para  = 20°:
O MÓDULO NORMAL deve ser o módulo da
FERRAMENTA de usinagem da engrenagem 𝑏 = 1,25 · 𝑀𝑛
𝑑𝑖 = 𝑑𝑝 − 2,5 · 𝑀𝑛
Exercício
• Calcule o módulo normal, módulo frontal, passo normal, passo
circular, o diâmetro primitivo e o ângulo de inclinação da
hélice de uma engrenagem helicoidal. Sabendo que o diâmetro
externo medido é 125,26 mm e tem 28 dentes, o diâmetro
externo da engrenagem acoplada é 206,54 mm e a distância
entre os centros é 160,4 mm.
𝑀𝑛 = 2,75 𝑚𝑚 𝑃𝑛 = 8,64 𝑚𝑚 β = 50°

𝑀𝑓 = 4,28 𝑚𝑚 𝑃𝑐 = 13,44 𝑚𝑚 𝐷𝑝1 = 119,76 𝑚𝑚


Pinhão - Cremalheira (PC)
Pinhão-cremalheira (PC)
• Têm a função de transformar um movimento rotativo em
movimento retilíneo ou vice-versa;
• A forma involuta do dente da cremalheira é uma linha reta.

PINHÃO

CREMALHEIRA
Seus dentes são trapezoidais, mas são
verdadeiras involutas
Tipos de Cremalheira
DENTES PERPENDICULARES DENTES OBLÍQUOS

Os dentes são paralelos entre si Os dentes são paralelos entre si, mas
perpendiculares a face da cremalheira oblíquos a face da cremalheira
Cremalheira de dentes
perpendiculares
• Deve trabalhar engrenada a uma ECDR (Dentes Retos).

Passo
A circunferência primitiva da
engrenagem é tangente à
𝑃 = 𝑀𝜋 linha primitiva da cremalheira.

Altura do dente (ℎ)

ℎ=𝑎+𝑏

Adendo (𝑎) Dedendo (𝑏)

𝑎=𝑀 Para  = 14°30′ e 15°: 𝑏 = 1,17 · 𝑀


Para  = 20°: 𝑏 = 1,25 · 𝑀
Cremalheira de dentes oblíquos
• Deve trabalhar engrenada a uma ECDH (Dentes Helicoidais).

Passo circular Passo normal 𝑀𝑛 é o módulo normal da engrenagem;


𝑀𝑓 é o módulo frontal da engrenagem.
𝑃𝑐 = 𝜋𝑀𝑓 𝑃𝑛 = 𝜋𝑀𝑛

Ângulo de inclinação dos dentes (𝛽)

𝑃𝑛 𝑀𝑛
cos 𝛽 = cos 𝛽 =
𝑃𝑐 𝑀𝑓

Altura do dente (ℎ) Adendo (𝑎) Dedendo (𝑏)

ℎ=𝑎+𝑏 Para  = 14°30′ e 15°: 𝑏 = 1,17 · 𝑀𝑛


𝑎 = 𝑀𝑛
Para  = 20°: 𝑏 = 1,25 · 𝑀𝑛
Exercício
• Calcular o passo normal (Pn), o passo circular (Pc), o ângulo
da hélice (β) e a altura total do dente (h) de uma cremalheira
com dentes inclinados que deve trabalhar com uma
engrenagem helicoidal com Mn = 2,75, Mf = 4,28 e ângulo de
pressão θ = 15º.

Pn=8,63 mm

h =5,97 mm

Pc=13,44 mm

β =50°
Engrenagens Cônicas (EC)
Engrenagens Cônicas (EC)
Engrenagens Cônicas (EC)
• São usinadas em cones acoplados;
• Os eixos das engrenagens são concorrentes (Interceptando nos
vértices dos cones);
• O ângulo entre os eixos pode ser qualquer valor, mas é
frequentemente usado 90º.
Engrenagens Cônicas (EC)
• São usinadas em cones acoplados;
• Os eixos das engrenagens são concorrentes (Interceptando nos
vértices dos cones);
• O ângulo entre os eixos pode ser qualquer valor, mas é
frequentemente usado 90º.
Engrenagens Cônicas (EC)
Tipos de EC
ENGRENAGEM CÔNICA RETA ENGRENAGEM CÔNICA ESPIRAL

Dentes usinados paralelos ao eixo do cone Dentes usinados em ângulo ao eixo do cone
(Ângulo de espiral 𝜓, normalmente 35°)

As engrenagens espirais trabalham mais silenciosas e suavemente, por causa do


contato gradual dos dentes
Observação sobre EC
• Frequentemente, é desejado ter engrenagens similares às
cônicas, mas com eixos deslocados.

Engrenagens Espiroides

Engrenagens Hipoides
Observação sobre EC
• Frequentemente, é desejado ter engrenagens similares às
cônicas, mas com eixos deslocados.
Observação sobre EC
• Frequentemente, é desejado ter engrenagens similares às
cônicas, mas com eixos deslocados.

Engrenagens Hipoides Engrenagens Espiroides


Observação sobre EC
• Frequentemente, é desejado ter engrenagens similares às
cônicas, mas com eixos deslocados.
Características das engrenagens
cônicas (EC)
Módulo de EC
Ângulo primitivo do pinhão
𝑑𝑝
𝑀=
𝑍

Ângulos primitivos
𝑍
tan 𝛿 =
𝑍𝑎
𝑍𝑎 é o nº de dente da
engrenagem acoplada

Ângulo primitivo da coroa

As ECs são fabricadas e substituídas aos pares (o conjunto pinhão e coroa)


Características das engrenagens
cônicas (EC)
• O diâmetro externo nas EC são calculados considerando o
ângulo de primitivo;

M 𝑑𝑒 = 𝑑𝑝 + 2 ∙ 𝑥
𝛿.
x 𝑥
cos 𝛿 =
𝑀

𝑥 = M ∗ cos 𝛿

𝑑𝑒 = 𝑑𝑝 + 2 ∙ 𝑀 ∙ cos 𝛿

x
Características das engrenagens
cônicas (EC)
• O diâmetro externo nas EC são calculados considerando o
ângulo de primitivo;
𝑑𝑒 = 𝑑𝑝 + 2 ∙ 𝑀 ∙ cos 𝛿

𝑑𝑝
Como vimos que: 𝑀=
𝑍

𝑑𝑒 = 𝑀 ∙ 𝑍 + 2 ∙ 𝑀 ∙ cos 𝛿

𝑑𝑒
Logo: 𝑀= Dessa forma, podemos
𝑍 + 2 ∙ cos 𝛿
conhecer o Módulo de
uma EC medindo o 𝑑𝑒 e
𝑍 contando os nº de dentes!
Sabendo que: tan 𝛿 =
𝑍𝑎
Características das engrenagens
cônicas (EC)
• Ângulos da cabeça e do pé:
Ângulo do adendo (𝛾)

2 ∙ sin 𝛿
tan 𝛾 =
𝑍

Ângulo do dedendo (𝜓)

Para  = 14°30′ e 15°:

2,33 ∙ sin 𝛿
tan 𝜓 =
𝑍

Para  = 20°:

2,50 ∙ sin 𝛿
tan 𝜓 =
𝑍
Características das engrenagens
cônicas (EC)
• Ângulos de inclinação superior e inferior:
– Ângulos importantes para o torneamento cônico

Ângulo de inclinação superior (𝜔)

ω=δ+𝛾

Ângulo de inclinação inferior (𝜎)

𝜎 =δ−𝜓
Características das engrenagens
cônicas (EC)
• Altura total do dente (ℎ):

ℎ=𝑎+𝑏

Adendo (𝑎) 𝑎=𝑀

Dedendo (𝑏)

Para  = 14°30′ e 15°:


𝑏 = 1,17 · 𝑀
Para  = 20°:
𝑏 = 1,25 · 𝑀
Exercício
• Um torneiro precisa usinar um novo pinhão de um
engrenamento cônico. Para isso, ele mediu o diâmetro externo
do pinhão e verificou que era 63,88 mm. Ele contou o nº de
dentes do pinhão e da coroa que foram 30 e 120,
respectivamente. Sabe-se que para realizar o torneamento é
necessário conhecer o módulo das engrenagens cônicas, bem
como os ângulos de inclinação superior e inferior. Ajude o
torneiro nessa tarefa. Considere o ângulo de pressão de 14º30’.

𝑀 = 2 mm ω = 14,93° 𝜎 = 12,95°
Engrenagens sem-fim (SF)
Engrenagens sem-fim (SF)
• Muito utilizado na mecânica, principalmente, nos casos em
que é necessária grande redução de velocidade em uma
estrutura compacta;
• Conectam eixos não-paralelos, normalmente, em ângulo reto
(90º) entre eles.
Engrenagens sem-fim (SF)
• Uma vantagem dos engrenamentos sem-fim sobre outros tipos
de engrenamentos é sua habilidade de autotravamento;
• Um torque aplicado na coroa sem-fim, normalmente, não
rodará o parafuso sem-fim.
Engrenagens sem-fim (SF)
• Enquanto um par de engrenagens é limitada a relação de
transmissão de 1:10, aproximadamente;
• Engrenamentos sem-fim podem ter uma relação de
transmissão 1:3 até 1:360 (normalmente, é disponível, em
catálogos, razões de 1:100).
Engrenagens sem-fim (SF)
Engrenagens sem-fim (SF)
Engrenagens sem-fim (SF)
• As formas de dente para engrenagens sem-fim não são
involutas, existindo considerável escorregamento no
engrenamento, reduzindo a eficiência do conjunto.
Materiais em SF
• O parafuso sem-fim é fabricado com aço de baixo ou médio
carbono endurecido até HRC 48-62;
• A engrenagem sem-fim é fabricada a partir de um material
brando e complacente (baixo coeficiente de atrito) para
suportar as condições de escorregamento elevado, como: ligas
de bronzes, ferro fundido ou plásticos.
Tipos de parafusos SF
Para aumentar a área de contato entre os dentes, existem duas formas de parafusos sem-fim:

Envolvimento Simples Envolvimento Duplo


Parafuso Sem-fim Cilíndrico Parafuso Sem-fim em forma de Ampulheta

Parafusos sem-fim em forma de Ampulheta possuem maior


capacidade de carga, porém são mais complexos e caros
Nº de entradas em SF
• Parafusos sem-fim comerciais, normalmente, possuem de 1 a
10 entradas (começos);
• O nº de entradas tem influência direta na relação de
transmissão do sistema.
PARAFUSO SEM-FIM COM UMA ENTRADA
Nº de entradas em SF
• Parafusos sem-fim comerciais, normalmente, possuem de 1 a
10 entradas (começos);
• O nº de entradas tem influência direta na relação de
transmissão do sistema.
PARAFUSO SEM-FIM COM DUAS ENTRADAS
Nº de entradas em SF
• Parafusos sem-fim comerciais, normalmente, possuem de 1 a
10 entradas (começos);
• O nº de entradas tem influência direta na relação de
transmissão do sistema.
1 ENTRADA 2 ENTRADAS 4 ENTRADAS 6 ENTRADAS
Transmissão de potência

Uma entrada A cada volta dada no parafuso a coroa vai girar apenas um dente.
Transmissão de potência

Duas entradas A cada volta dada no parafuso a coroa vai girar apenas dois dentes.

ASSIM POR DIANTE!!!


Transmissão de potência
Considere que temos acoplada uma coroa de 60 dentes

Quantas voltas do parafuso serão


necessárias para girar uma vez a coroa?

Uma entrada É necessário dar 60 voltas no parafuso para que a coroa gire uma volta.

Duas entradas É necessário dar 30 voltas no parafuso para que a coroa gire uma volta.

ASSIM POR DIANTE!!!


Transmissão de potência

Considere que parafuso está rotacionando a 1800 rpm.


Qual é o rpm da coroa?

Coroa gira a 1.800/60 rpm


Uma entrada 60 voltas no parafuso → uma volta na coroa 30 rpm

Coroa gira a 1.800/30 rpm


Duas entradas 30 voltas no parafuso → uma volta na coroa 60 rpm

Nº de entradas Redução

ASSIM POR DIANTE!!!


Transmissão de potência
𝑁𝑝 𝑍𝐶
𝑖= =
𝑁𝐶 𝑍𝑒

𝑁𝑝 é a rotação do parafuso [rpm] 𝑁𝑐 é a rotação da coroa [rpm]

𝑍𝑐 é o nº de dentes da coroa 𝑍𝑒 é o nº entradas do parafuso


Geometria do SF- Coroa
COROA
M = módulo
Zc = número de dentes
Dp = diâmetro primitivo
De = diâmetro externo
D2 = diâmetro maior
l = largura da coroa
R = raio
δ = ângulo dos chanfros
da coroa
a = adendo
b = dedendo
h = altura total do dente
β = ângulo da hélice
Perceba que apesar da coroa ter dentes helicoidais, ela E = distância entre eixos
possui apenas um tipo de módulo (normal)! da coroa e da rosca sem-
O sem-fim e a coroa não são intercambiáveis, mas são fim
fabricados e substituídos aos pares!
Geometria do SF- Coroa
COROA
M = módulo
Zc = número de dentes
Dp = diâmetro primitivo
De = diâmetro externo
D2 = diâmetro maior
l = largura da coroa
R = raio
δ = ângulo dos chanfros
da coroa
a = adendo
b = dedendo
h = altura total do dente
𝐷𝑝 ∙ cos 𝛽 β = ângulo da hélice
𝑀= 𝑃 = 𝜋𝑀 𝐷𝐸 = 𝐷𝑝 + 2𝑀
Fórmulas da 𝑍 E = distância entre eixos
coroa da coroa e da rosca sem-
𝐷𝐸 fim
𝐷2 = 𝐷𝐸 + 2 ∙ 𝑅 ∙ 1 − cos 𝛿 𝑅=𝐸−
2
Geometria do SF- Coroa
COROA
M = módulo
Zc = número de dentes
Dp = diâmetro primitivo
De = diâmetro externo
D2 = diâmetro maior
l = largura da coroa
R = raio
δ = ângulo dos chanfros
da coroa
a = adendo
b = dedendo
h = altura total do dente
ℎ=𝑎+𝑏 Adendo (𝑎): 𝑎 = 𝑀 β = ângulo da hélice
Fórmulas da Dedendo (𝑏): E = distância entre eixos
coroa da coroa e da rosca sem-
Para  = 14°30′ e 15°: 𝑏 = 1,17 · 𝑀
fim
Para  = 20°: 𝑏 = 1,25 · 𝑀
Geometria do SF- Coroa
Coroa
M = módulo
Zc = número de dentes
Dp = diâmetro primitivo
De = diâmetro externo
D2 = diâmetro maior
l = largura da coroa
R = raio
δ = ângulo dos chanfros
da coroa
a = adendo
b = dedendo
h = altura total do dente
Valores de 𝑙 β = ângulo da hélice
E = distância entre eixos
Fórmulas da Parafuso com uma ou duas entradas: 𝑙 = 2,38𝑃 + 6 da coroa e da rosca sem-
coroa fim
Parafuso com mais de duas entradas: 𝑙 = 2,15𝑃 + 5
Geometria do SF- Parafuso
PARAFUSO
de = diâmetro externo
dp = diâmetro primitivo
γ = ângulo do flanco do
filete
δ = ângulo dos chanfros
da coroa

𝑑𝑝 𝐷𝑝 + 𝑑𝑝
cos 𝛿 = 𝐸= γ = 29°, 30° ou 40°, variando de acordo com o
Fórmulas do 𝑑𝑒 2 ângulo de pressão: 14°30', 15° e 20°.
parafuso
𝑑𝐸 = 𝑑𝑝 + 2𝑀
Geometria do SF- Parafuso
• Parafuso com rosca sem-fim
– Considere o parafuso com rosca sem-fim de 4 entradas:

𝑃ℎ é o avanço do parafuso
𝑃ℎ = 𝑁𝑒 ∙ 𝑃
𝑃 é o passo do parafuso
Geometria do SF - Coroa
• Como calcular o módulo do engrenamento sem-fim
conhecendo apenas os diâmetros externos da coroa e parafuso
e distância entre centros?

𝐷𝑝 + 𝑑𝑝 𝐷𝑒 − 2𝑀 + 𝑑𝑒 − 2𝑀 𝐷𝑒 + 𝑑𝑒 − 2𝐸
𝐸= 𝐸= 𝑀=
2 2 4

Sabendo que:

𝐷𝑝 = 𝐷𝑒 − 2𝑀 Usa-se a mesma fórmula empregada para cálculo


de engrenagem helicoidal.
𝑑𝑝 = 𝑑𝑒 − 2𝑀
Exercício
• Qual será o rpm da coroa com 80 dentes de um sistema de
transmissão cujo parafuso com rosca sem-fim tem 4 entradas e
gira a 3.200 rpm?

Nc=160rpm
Exercício
• Determine o módulo de um engrenamento sem-fim sabendo
que o diâmetro externo do parafuso é 28 mm e da coroa 104,4
mm, respectivamente. A distância entre os centros é de 62,2
mm.

M=2
Exercício
• Considere o engrenamento da questão anterior, sabendo que o
parafuso possui apenas uma entrada, a coroa possui 50 dentes
e ângulo de pressão de 20°. Determine (a) o passo do conjunto
(b) o diâmetro primitivo da coroa e do parafuso (c) o raio R (d)
o ângulo de chanfros δ (e) o diâmetro maior da coroa (f)
largura da coroa (g) a altura do dente (h) o ângulo de hélice β.

P=6,28 mm δ = 31° l=20,95 mm

Dp=100,4 mm R=10 mm h=4,5 mm

dp=24 mm β=5° D2=107,26 mm


3. ELEMENTOS DE APOIO
Mancais
• O mancal pode ser definido como suporte em que se apoia o
eixo, de modo a amortecer choques e vibrações;
• No ponto de contato entre a superfície do eixo e a superfície
do mancal, ocorre atrito;
• Eles podem ser de:
1. Deslizamento;
2. Rolamento
Introdução
• Quais são os principais elementos de apoio?
Elementos de apoio

Mancais Guias

Mancais de deslizamento Mancais de rolamento

Buchas Rolamento
Mancais de Deslizamento
Mancais de deslizamento
• São constituídos de uma bucha fixada num suporte;
• São usados em máquinas pesadas ou em equipamentos de
baixa rotação;
Buchas
• Supõe-se que a primeira roda tenha sido um tronco cortado em
sentido transversal.
• Com a invenção da roda, surgiu, logo depois, o eixo.
• O movimento rotativo entre as rodas e os eixos, ocasiona
problema de atrito que, por sua vez, causa desgaste tanto dos
eixos como das rodas.
Como evitar esse problema?

Surgiu a ideia de colocar um anel de


metal entre as rodas e o eixo

Anel de metal = Bucha


Buchas
• São elementos de máquinas de forma cilíndrica ou cônica que
servem para apoiar eixos, o contato deve haver lubrificação;
• Podem ser fabricadas de metal antifricção ou de materiais
plásticos.

Metal antifricção (ou metal branco ou patente) = Liga de cobre, zinco, estanho, chumbo e
antimônio.

Bronze é largamente utilizado na fabricação de buchas Liga metálica de cobre e estanho

Normalmente, a bucha deve ser fabricada com material menos duro que o material do eixo.

Coeficientes de atrito→ Aço - Aço: 0,20; Aço – Bronze: 0,10; Bronze – Bronze: 0,05
Buchas
• Muitos aparelhos possuem buchas em seus mecanismos como,
por exemplo o liqüidificador, o espremedor de frutas e o
ventilador.

Alojamento da bucha Bucha de ventilador


Classificação das buchas

Buchas

Buchas de Buchas de Buchas


fricção radial fricção axial cônicas
Buchas de fricção radial
• Possui forma de corpo cilíndrico furado (normalmente), sendo
que o furo possibilita a entrada de lubrificantes;
• Em alguns casos são cilíndricas na parte interior e cônicas na
parte externa;
• São usadas em peças para cargas pequenas.
Buchas de fricção axial
• É usada para suportar o esforço de um eixo em posição
vertical;
Buchas cônicas
• É usada para suportar um eixo do qual se exigem esforços
radiais e axiais;
• Quase sempre essas buchas requerem um dispositivo de
fixação e, por isso, são pouco empregadas.
Mancais de Rolamento
Mancais de Rolamento
• Há evidências do uso de mancais de rolamentos desde do séc. I
a.C. mas foi somente no século XX que materiais melhores e
tecnologia de manufatura permitiram a fabricação, de alta
qualidade e precisão, em escala mundial;
• Para suprir a necessidade no desenvolvimento de turbinas a
gás para aviões de mancais para velocidades mais altas e baixo
atrito;
• Desde os primeiros projetos de mancais de rolamento ao redor
de 1900, já foram padronizados mundialmente em tamanhos
métricos (AFMBA/ Associação dos Fabricantes de Mancais
Antiatrito) → Favorecendo a intercambialidade.
Mancais de Rolamento
• Quando é necessário reduzir ainda mais o atrito, utilizamos o
rolamento; (Aço – Bronze: 0,10; Atrito de rolamento: 0,02)
• Os rolamentos limitam, ao máximo, as perdas de energia em
consequência do atrito;
• Apresentam uma infinidade de tipos para aplicação específica
como: máquinas agrícolas, motores elétricos, construção naval
etc.
Mancais de Rolamento
• Rolamento
– São geralmente constituídos de dois anéis concêntricos, entre os
quais são colocados elementos rolantes como esferas, roletes e
agulhas;
Mancais de Rolamento
• Rolamento
– O anel externo é fixado no mancal, enquanto que o anel interno é
fixado diretamente ao eixo.
Mancais de Rolamento
• Rolamento
– As dimensões e características dos rolamentos são indicadas nas
diferentes normas técnicas e nos catálogos de fabricantes.
– No catálogo de rolamentos encontra-se informações sobre as
seguintes características:

D: diâmetro externo;
A seleção dos rolamentos é feita
a partir do diâmetro interno e d: diâmetro interno;
do nível de carregamento
B: largura;

Isto é, através do diâmetro do eixo! R: raio de arredondamento.


Mancais de Rolamento
• Rolamento
– Para cada diâmetro são definidas três séries de rolamentos: leve,
média e pesada;
– Os valores do diâmetro externo e da largura aumentam
progressivamente em função dos aumentos das cargas.

50x65x7 50x110x40
Mancais de Rolamento
• Classificação dos Rolamentos quanto a solicitação
Mancais de Rolamento
• Classificação dos Rolamentos quanto a solicitação
Radiais Axiais Mistos

Suportam, majoritariamente, Suportam, majoritariamente, Suportam tanto carga radial


cargas radiais e impedem o cargas axiais e impedem o como axial.
deslocamento no sentido deslocamento no sentido Impedem o deslocamento
transversal ao eixo axial do eixo. em ambos sentidos.
Mancais de Rolamento
• Classificação dos Rolamentos quanto ao elemento rolante
DE ESFERAS DE ROLOS

Os corpos rolantes Podem ser rolos


são esferas. cilíndricos ou cônicos.

Apropriados para Suportam cargas maiores


rotações mais em velocidades menores.
elevadas e cargas
menores
Mancais de Rolamento
• Vantagens e desvantagens dos mancais de rolamentos:
– Vantagens
Menor atrito e aquecimento (Coeficientes de atrito entre 0,001 a 0,005);

Baixa exigência de lubrificação, inclusive pode ser “lubrificado por vida útil”;

Intercambialidade internacional;

Não há desgaste do eixo;

Pequeno aumento da folga durante a vida útil;

Boa partida em baixas temperaturas;

Pode suportar cargas combinadas axial e radiais.

Requer, geralmente, menor espaço na direção axial.


Mancais de Rolamento
• Vantagens e desvantagens dos rolamentos
– Desvantagens
Maior sensibilidade aos choques;

Maiores custos de fabricação;

Tolerância pequena para carcaça e alojamento do eixo;

Não suporta cargas tão elevadas como os mancais de deslizamento;

Ocupa maior espaço radial;

Nível mais elevado de ruído;

Podem vir a falhar por fadiga.

Alguns têm requisitos de alinhamento mais severos


Exercícios
(COSEAC – 2017 – UFF - Técnico em Eletromecânica)
Dependendo do tipo de atrito, os mancais podem ser:

a) deslizamento ou rolamento.
b) deslizamento ou rotação.
c) deslizamento ou fixação.
d) rolamento ou retenção.
e) rolamento ou fixação.
Exercícios
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: CODEBA Prova: FGV - 2016 - CODEBA - Analista
Portuário - Engenheiro Mecânico

Em elementos mecânicos é usual a necessidade de se apoiarem os eixos em mancais, que


podem ser de dois tipos, ou seja, de rolamento ou de deslizamento. Sobre esses elementos,
analise as afirmativas a seguir.
I. Os mancais de rolamento, em comparação aos mancais de deslizamento, têm menor
sensibilidade ao choque.
II. Os mancais de deslizamento sofrem menor atrito e aquecimento do que os mancais de
rolamento.
III. Os mancais de rolamento, usualmente, não suportam cargas tão elevadas quanto os
mancais de deslizamento.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
Exercícios
Ano: 2010 Banca: FGV Órgão: FIOCRUZ Prova: FGV - 2010 -
FIOCRUZ - Técnico em Saúde Pública - Manutenção de Equipamentos
Industriais Farmacêuticos

A criação dos mancais de rolamento diminuiu sensivelmente os problemas de


atrito de resistência à alta velocidade encontrados nos mancais de
deslizamento.
A vantagem que os rolamentos possuem em relação aos mancais de
deslizamento é:

a) a baixa exigência de lubrificação.


b) a maior sensibilidade aos choques.
c) o aumento da folga durante a vida útil.
d) a tolerância pequena para carcaça e alojamento do eixo.
e) o coeficiente de atrito de partida superior ao de operação.
Exercícios
Ano: 2023 Banca: UFSC Órgão: UFSC Prova: UFSC - 2023 - UFSC - Tecnólogo/Mecatrônica Industrial
Mancais são elementos de máquinas responsáveis por dar suporte ou guia onde eixos sejam
apoiados. A esse respeito, indique se as afirmativas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F) e
assinale a alternativa com a sequência correta de cima para baixo.
( ) Os mancais são classificados como deslizantes ou de rolamento.
( ) Mancais de rolamento são aplicados quando se deseja reduzir o atrito na partida em eixos em
movimentos rotativos.
( ) Os mancais de deslizamento dispõem de roletes, sendo aplicados em máquinas pesadas.
( ) Os rolamentos são classificados, de acordo a direção das forças que suportam, em radiais ou de
tração.
( ) Em situações em que desalinhamentos de eixos ou montagem possam ocorrer, é recomendada a
utilização de rolamentos autocompensadores de esferas.
a) V – F – V – F – F
b) F – V – F – V – V
c) F – F – F – V – F
d) V – F – V – F – V
e) V – V – F – F – V
Tipos de Rolamentos
ROLAMENTOS RADIAIS DE ESFERAS
ROLAMENTOS RADIAIS DE ROLOS
ROLAMENTOS AXIAIS
Classificação e Tipos
ESFERAS (7 tipos)

ROLAMENTOS RADIAIS

ROLOS (6 tipos)

ROLAMENTOS

ESFERAS (2 tipos)

ROLAMENTOS AXIAIS

ROLOS (1 tipos)
1. Rolamentos Fixos de Uma
Carreira de Esferas
• Atendem um extenso campo de aplicações
(Mais utilizados);
• Indicados em aplicações de requerem baixo
ruído e altas rotações;
• Capacidade de ajustagem angular é limitada
(Alinhamento perfeito);
• Gaiolas em aço.
1. Rolamentos Fixos de Uma
Carreira de Esferas
• Podem ser dos tipos:
Aberto Vedados com proteção de borracha

Blindados com placas de aço Com anéis de retenção no anel externo


2. Rolamentos Magneto
• O anel externo é separável sendo conveniente
para instalação do rolamento;
• São rolamentos pequenos (D.I. de 4 a 30
mm);
• Usados em geradores, giroscópios e
instrumentos indicadores;
• As gaiolas em latão.
3. Rolamentos de contato angular
de uma carreira de esferas
• A esfera e os anéis interno e externo formam
ângulos de contato (α) de 15°, 25°, 30° ou
40°;
↑Ângulo (α)

↑Capacidade Axial

↓Ângulo (α)

↑ Capacidade de altas
rotações
3. Rolamentos de contato angular
de uma carreira de esferas
• Normalmente é montado um rolamento
contra outro para que possa receber a carga
axial no sentido contrário;
• Gaiolas em aço ou poliamida (Náilon).
4. Rolamentos de contato angular
de duas carreiras de esferas
• A configuração básica de dois rolamentos de
uma carreira de esferas de contato angular
dispostas costa a costa;
• Os anéis internos e externos estão cada qual
integrados numa única peça.
Capacidade de apoiar cargas axiais em ambos os sentidos!
5. Rolamentos Combinados
• A formação de um rolamento de corpo único
com duas ou mais peças de rolamentos
radiais;
5. Rolamentos Combinados
• Os rolamentos combinados dos tipos DF e DB permitem o
apoio da carga radial, e em ambos os sentidos a carga axial;
• Os rolamentos combinados do tipo DT são usados em casos de
cargas axiais maiores num único sentido.
Rolamento de contato angular de duas
carreiras de esferas
6. Rolamentos de Esferas de
Quatro Pontos de Contato
• Possuem o anel interno bipartido num plano
perpendicular ao centro do eixo;
• São rolamentos de uma carreira de esferas de
contato angular com os anéis internos e
externos separáveis;
• Capacidade de carga axial em ambos os
sentidos;
• O ângulo de contato é de 35°;
• Gaiolas em latão.
7. Rolamentos
Autocompensadores de Esferas
• O anel interno possui duas pistas e a pista do
anel externo é esférica;
• O centro do raio da superfície esférica é
coincidente ao centro do rolamento, fazendo
com as esferas e a gaiola inclinam-se
livremente em relação ao anel externo.

Possui a propriedade de ajustagem angular

Compensando os erros de alinhamento


devido aos desvios na usinagem do eixo
e do alojamento.
7. Rolamentos
Autocompensadores de Esferas
Ajustagem angular dos Rolamentos Autocompesadores de Esferas
Classificação e Tipos
ESFERAS (7 tipos)

ROLAMENTOS RADIAIS

ROLOS (6 tipos)

ROLAMENTOS

ESFERAS (2 tipos)

ROLAMENTOS AXIAIS

ROLOS (1 tipos)
1. Rolamentos de Rolos Cilíndricos
• Rolos de forma cilíndrica estão em contato
linear com a pista;
• Apropriado para cargas radiais elevadas e
altas rotações;
• Gaiolas em aço, latão ou poliamida.
2. Rolamentos de duas
carreiras de rolos cilíndricos
• Possuem alta rigidez em relação a carga
radial, são usados principalmente em fusos de
máquinas-ferramentas.
3. Rolamentos de Agulha
• Rolos finos e alongados com comprimento
de 3 a 10 vezes o diâmetro;
• A proporção reduzida do diâmetro externo
em relação ao diâmetro do círculo inscrito
dos rolos, sendo ideal quando o espaço
radial é limitado.
• As gaiolas são em aço;
3. Rolamentos de Agulha
• Tipos:
Com anel interno Com gaiola

Sem anel interno Sem gaiola


4. Rolamentos de Rolos Cônicos
• De grande capacidade de carga, permitem o
apoio da carga radial e num único sentido a
carga axial;
• Em geral, dois rolamentos devem ser
montados um contra o outro;
• Os anéis são separáveis;
• Gaiolas em aço;
5. Rolamentos de rolos cônicos
de múltiplas carreiras
• Existem os rolamentos de duas e de quatro
carreiras de rolos cônicos;
• Grande capacidade radial e axial em ambos os
sentidos.
6. Rolamento
autocompensador de rolos
• Rolamentos formados pelo anel interno com
duas pistas, anel externo com pista esférica e
os rolos com a superfície de rolagem esférica;
• Devido ao centro da pista esférica do anel
externo ser coincidente ao centro do
rolamento, permite o autoalinhamento;
6. Rolamento
autocompensador de rolos
• A capacidade de carga radial é grande e são
adequados para aplicações com cargas
pesadas;
• Gaiolas em aço, latão ou poliamida.
Classificação e Tipos
ESFERAS (7 tipos)

ROLAMENTOS RADIAIS

ROLOS (6 tipos)

ROLAMENTOS

ESFERAS (2 tipos)

ROLAMENTOS AXIAIS

ROLOS (1 tipos)
Rolamentos Axiais de Esferas de
Escora
• Admitem elevadas cargas axiais, porém, não
podem ser submetidos a cargas radiais;
• Para que as esferas sejam guiadas firmemente
em suas pistas, é necessária a atuação
permanente de uma carga axial mínima.

Escora simples Escora dupla


Classificação e Tipos
ESFERAS (6 tipos)

ROLAMENTOS RADIAIS

ROLOS (6 tipos)

ROLAMENTOS

ESFERAS (2 tipos)

ROLAMENTOS AXIAIS

ROLOS (1 tipos)
Rolamento axial
autocompensador de rolos
• A capacidade de carga axial é elevadíssima e
quando estiver sob carga axial permite a
aplicação de cargas radiais moderadas;
• Possui auto alinhamento em virtude da pista
do anel externo ser esférica;
• As gaiolas em aço ou de latão.
Resumo
Comparação das Capacidades de Cargas
pelos Tipos de Rolamentos

Comparação do Limite de Rotação pelos


Tipos de Rolamentos
Exercícios
(CESGRANRIO – 2018 – TRANSPETRO
- Técnico de Manutenção Júnior -
Mecânica)
Na Figura abaixo, está representada, em vista
frontal, uma ponteira de barra de direção
automotiva.
Nessa representação em desenho técnico,
a) há dois rolamentos de esferas de
carreira dupla;
b) há, apenas, um rolamento de esferas de
carreira dupla;
c) o furo cego não tem rosca;
d) o furo passante tem rosca;
e) o corte A – A é parcial.
Exercícios
(CESGRANRIO – 2011 – Petrobras -
Técnico de Manutenção Júnior -
Mecânica)
A figura abaixo representa um conjunto de um
gancho. Nesse desenho, a peça número 5 é um
rolamento de:
a) escora.
b) rolos cilíndricos.
c) rolos cônicos.
d) esferas de contato angular.
e) esferas recirculantes.
Exercícios
(UECE-CEV – 2018 – DETRAN-CE - Analista de Trânsito e Transporte -
Engenharia Mecânica)
Atente às figuras abaixo e ao que se diz a seguir sobre os tipos de
mancais de rolamento nelas representados.
I. O rolamento W corresponde a um rolamento de esferas de
carreira única de contato angular, que suporta tanto cargas
radiais como cargas axiais nos dois sentidos.
II. O rolamento X corresponde a um rolamento de esferas
autocompensador, que permite um maior desalinhamento do
eixo quando comparado aos rolamentos W, Y e Z.
III. O rolamento Y corresponde a um rolamento de rolos
cilíndricos de carreira única, que possui uma excelente
capacidade de absorver carregamentos axiais nos dois
sentidos.
IV. O rolamento Z corresponde a um rolamento de rolos cônicos
de carreira única, que são frequentemente usados como
mancais de rodas em automóveis e caminhões.
Está correto o que se afirma em:
a) I, II, III e IV.
b) I, II e III apenas.
c) II e IV apenas.
d) I, III e IV apenas.
Seleção do Rolamento
• Consulta-se o catálogo do fabricante para identificar o
rolamento desejado a partir das seguintes características:

Medidas do eixo;

Diâmetro interno (d);

Diâmetro externo (D);

Largura (B);

Tipo de solicitação;

Carga;

Nº de rotação.
Seleção do Rolamento
INICIALMENTE É IMPORTANTE DEFINIR O TIPO DE SOLICITAÇÃO NO ROLAMENTO:

Carga Estática (n < 10 rpm):

Coeficiente de carga estática permissível (𝑓𝑠 )

Carga Dinâmica (n ≥ 10 rpm):

Coeficiente de Vida (𝑓ℎ )


𝑓𝑛 : coeficiente de velocidade
𝑓𝑛 ∙ 𝐶
𝑓ℎ = 𝐶: Capacidade de carga dinâmica (N), {kgf}
𝑃
𝑃: Carga dinâmica equivalente (N), {kgf}
Coeficiente de Velocidade 𝑓𝑛 em
função da rotação no rolamento
Valores de 𝑓ℎ em função das aplicações:
Valores de 𝑓ℎ em função da função da vida nominal do
rolamento em horas (𝐿ℎ ) :

No caso dos rolamentos utilizados a uma velocidade


constante, a indicação da vida do rolamento em horas
torna-se mais conveniente.
Valores de 𝐿ℎ em função das aplicações:
Seleção do Rolamento
Carga Estática (n < 10 rpm): OS COEFICIENTES DE CARGA DEPENDEM DO
TIPO E DAS DIMENSÕES DOS ROLAMENTOS E
Carga Estática Equivalente (𝑃0 ) SÃO TABELADOS
Rolamento Radiais Rolamento Axiais
𝑃0 = 𝑋0 𝐹𝑟 + 𝑌0 𝐹𝑎 𝑃0 = 𝑋0 𝐹𝑟 + 𝐹𝑎

Ou (Maior valor)

𝑃0 = 𝐹𝑟

Carga Dinâmica (n ≥ 10 rpm):

Carga dinâmica equivalente (𝑃)


Rolamento Radiais Rolamento Axiais
𝑃 = 𝑋𝐹𝑟 + 𝑌𝐹𝑎 𝑃0 = 𝑋𝐹𝑟 + 𝐹𝑎
1. ROLAMENTOS FIXOS DE UMA CARREIRA DE ESFERAS
Exemplo 1
1. ROLAMENTOS FIXOS DE UMA CARREIRA DE ESFERAS
Rolamento 6805
Fa=1000 N
Fr=3000 N
1) Carga estática

Qual o coeficiente de carga


estática permissível ou vida?
Exemplo 2
1. ROLAMENTOS FIXOS DE UMA CARREIRA DE ESFERAS
Rolamento 6805
Fa=1000 N
Fr=3000 N
2) Carga dinâmica (200 rpm)

Qual o coeficiente de carga


estática permissível ou vida?
Exemplo 3
1. ROLAMENTOS FIXOS DE UMA CARREIRA DE ESFERAS
Rolamento 6905
Fa=1000 N
Fr=3000 N
3) Carga dinâmica (200 rpm)

Qual o coeficiente de carga


estática permissível ou vida?
Exemplo 4
1. ROLAMENTOS FIXOS DE UMA CARREIRA DE ESFERAS
Rolamento 6905
Fa=2000 N
Fr=3000 N
4) Carga dinâmica (200 rpm)

Qual o coeficiente de carga


estática permissível ou vida?
Exemplo 4
1. ROLAMENTOS FIXOS DE UMA CARREIRA DE ESFERAS
Rolamento 6905
Fa=2000 N
Fr=3000 N
4) Carga dinâmica (1000 rpm)

Qual o coeficiente de carga


estática permissível ou vida?
2. ROLAMENTOS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR
3. ROLAMENTOS DE DUAS CARREIRAS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR
4. ROLAMENTOS AUTOCOMPENSADORES DE ESFERAS
5. ROLAMENTOS DE ROLOS CILÍNDRICOS

𝑃 = 𝑋𝐹𝑟 + 𝑌𝐹𝑎 𝑃 = 𝐹𝑟

𝑋=1 𝑌=0

Não suportam carga axial

6. ROLAMENTOS AUTOCOMPENSADORES DE ROLOS


7. ROLAMENTOS DE UMA CARREIRA DE ROLOS CÔNICOS
Exemplo
Determinar o coeficiente de vida nominal 𝑓ℎ do rolamento 6208
sob carga radial Fr = 2 500N e velocidade n = 900 rpm.

que equivale a uma vida nominal de 29.000 horas, ou seja, 1208 dias, 40
𝑓ℎ = 3,88
meses ou 3 anos e 4 meses
Exemplo
Exemplo
Verificar se o rolamento fixo de uma carreira de esferas com furo
6208 (diâmetro interno de 40 mm e diâmetro externo de 80 mm)
satisfaz as seguintes condições:
• Carga radial Fr = 2500N;
• Carga axial Fa = 1000N;
• Velocidade de rotação n = 900 rpm;
• Vida nominal maior que 10 000 h.
Exemplo
Exemplo
Verificar se o rolamento autocompensador de rolos 23126CE4 da
satisfaz as seguintes condições:
• Carga radial Fr = 45 000 N
• Carga axial Fa = 8 000 N
• Velocidade de rotação n = 500 rpm
• Vida nominal Lh maior que 30 000 h
Exemplo
Limite de Rotação do Rolamento
• Quando os rolamentos estão em funcionamento:
LIMITE DE ROTAÇÃO

↑ Rotação ↑ Calor (Atrito) ↑ Temperatura

• O limite de rotação é a velocidade permissível obtida empiricamente


pelo qual se permite a operação contínua do rolamento, sem que
ocorra o travamento por superaquecimento;
• O limite de rotação (rpm) de cada um dos rolamentos, difere de
acordo com fatores como:
o tipo e a dimensão do rolamento; O MÉTODO DE LUBRIFICAÇÃO;

o material da gaiola; A CARGA NO ROLAMENTO;

as condições de resfriamento inclusive com


os conjugados adjacentes ao rolamento.
Limite de Rotação do Rolamento
• Os limites de rotação (rpm) para os casos de lubrificação a
graxa e a óleo são apresentados nas tabelas de dimensões para
cada um dos rolamentos: Os limites são válidos para os
rolamentos em condições normais de
carga (𝐶/𝑃 ≥ 12 e 𝐹𝑎/𝐹𝑟 ≤ 0,2),

Quando o rolamento não operar em FATOR DE CORREÇÃO DO LIMITE


condições normais de carga??? DE ROTAÇÃO!
Limite de Rotação do Rolamento

FATOR DE CORREÇÃO DO LIMITE DE ROTAÇÃO DEVIDO A INTENSIDADE DE CARGA


Limite de Rotação do Rolamento
FATOR DE CORREÇÃO DO LIMITE DE ROTAÇÃO DEVIDO A CARGA COMBINADA
Limite de Rotação do Rolamento
• É possível utilizar os rolamentos em uma rotação maior que o limite
de rotação;
• Para isso, o projetista deverá estudar criteriosamente a precisão, a
folga interna, o tipo e o material da gaiola, entre outros itens.
• Como também, deverá selecionar graxas e óleos lubrificantes que
tenham boas propriedades para altas rotações e adotar métodos
específicos de lubrificação, como:
– lubrificação por circulação forçada do óleo;
– lubrificação por jato de óleo;
– a lubrificação por névoa de óleo;
– lubrificação óleo-ar.
Limite de Rotação do Rolamento
• É possível utilizar os rolamentos em uma rotação maior que o limite
de rotação;
• Para isso, o projetista deverá estudar criteriosamente a precisão, a
folga interna, o tipo e o material da gaiola, entre outros itens.
• Como também, deverá selecionar graxas e óleos lubrificantes que
tenham boas propriedades para altas rotações e adotar métodos
específicos de lubrificação, como:
– lubrificação por circulação forçada do óleo;
– lubrificação por jato de óleo;
– a lubrificação por névoa de óleo;
– lubrificação óleo-ar.
Dimensões principais dos
Rolamentos
• As dimensões principais dos rolamentos são:
– o diâmetro do furo d; Indica o contorno determinante dos limites dos
rolamentos, sendo estas, muito importantes quando da
– o diâmetro externo D; instalação dos
– a largura B; rolamentos nos eixos e nos alojamentos.

– a largura de montagem (ou altura) T; Rolamentos Axiais de


Esferas
– o raio de arredondamento r.
Rolamentos Radiais de Rolamentos Radiais de
Esferas e Rolos Rolos Cônicos

Rolamentos Axiais
Autocompensadores de Rolos
Dimensões principais dos
Rolamentos
• As dimensões principais são agrupadas em séries relativas ao
diâmetro do furo do rolamento:
A combinação entre as duas séries:
– Série de diâmetro externo;
SÉRIE DE DIMENSÃO DOS ROLAMENTOS
– Série de largura.

Séries de Dimensão na Seção dos Rolamentos Radiais


Dimensões principais dos
Rolamentos
Séries de Dimensão na Seção dos
Rolamentos Axiais
Números de Identificação dos
Rolamentos
• Correspondem a designações constituídas de número básico e
símbolos suplementares alfanuméricos que expressam:
– o tipo do rolamento; Nº Básico = Símbolo da Série + Nº do furo
– as dimensões principais;
– a precisão dimensional e de giro;
– a folga interna e outras especificações.
A TABELA DOS SÍMBOLOS DAS SÉRIES DE ROLAMENTOS QUE REPRESENTAM TIPO DO
ROLAMENTO E A SÉRIE DE DIMENSÃO

Muitas vezes, é omitido

SDSDR = ST + (SL + SD)

Série de Dimensão
ORDENS DE POSICIONAMENTO DOS NÚMEROS BÁSICOS E DOS SÍMBOLOS SUPLEMENTARES

04 ≤ Nº de Furo ≤ 96 D.I. = Nº de Furo x 5


Exemplos
6008 Z
Blindagem em um lado

Número do Furo: 08 (D.I. de 40 mm)

Série de Diâmetro Externo: 0

Rolamento Fixo de uma Carreira de Esfera

NA 4905 M
Gaiola Usinada de Latão

Número do Furo: 05 (D.I. de 25 mm)

Série de Diâmetro Externo: 9

Série de Largura: 4

Rolamentos de Rolos Agulha


Exemplos
320 07
Número do Furo: 07 (D.I. de 35 mm)

Série de Diâmetro Externo: 0

Série de Largura: 2

Rolamentos de Rolos Cônicos

1206K C3
Folga maior que normal

Anel interno com Furo Cônico (1:12)

Número do Furo: 06 (D.I. de 30 mm)

Série de Diâmetro Externo: 2

Rolamentos Autocompensadores de Esferas


Exercício
• Selecionar um rolamento autocompensador de rolos (Página
326) para redutor de velocidade nas seguintes condições:
– Carga radial Fr = 245 000N;
– Carga axial Fa = 49 000N;
– Velocidade de rotação n = 500 rpm;
– Diâmetro do eixo = 300mm;
– Furo do alojamento = abaixo de 500mm.

Os rolamentos que atendem esta necessidade são 23160CA, 23160, 24160CA ou 24160.
Seminário
CAPÍTULOS DO CATÁLOGO DE ROLAMENTOS

2. PROCESSO DA SELEÇÃO DO ROLAMENTO 2 pessoas 8 min

3. SELEÇÃO DO TIPO DE ROLAMENTO 5 pessoas 20 min

4. SELEÇÃO DA DISPOSIÇÃO DOS ROLAMENTOS 3 pessoas 12 min

5. SELEÇÃO DA DIMENSÃO DO ROLAMENTO 10 pessoas 40 min

6. LIMITE DE ROTAÇÃO DO ROLAMENTO 2 pessoas 8 min

14.5 e 14.6 MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO 3 pessoas 12 min

DATA DA APRESENTAÇÃO: 13/12/2018


4. ELEMENTOS ELÁSTICOS
Introdução
• O principal elemento elástico é a MOLA;
– Sofre deformação quando recebe a ação de uma força mas volta
ao estado normal quando a força pára (repouso).
• A mola pode ser utilizada para:
1. Armazenamento de energia;

2. Amortecimento de choques;

3. Distribuição de cargas;

4. Limitação de vazão;

5. Preservação de junções.
Introdução
• Armazenamento de energia
– Nesse caso, as molas são utilizadas para acionar mecanismos de
relógios, de brinquedos, de retrocesso das válvulas de descarga e
aparelhos de controle.
Introdução
• Amortecimento de choques
– As molas amortecem choques em suspensão e pára-choques de
veículos, em acoplamento de eixos e na proteção de
instrumentos delicados ou sensíveis.
Introdução
• Distribuição de carga
– As molas distribuem cargas em estofamentos de poltronas,
colchões, estrados de camas e veículos em que, por meio de
molas, a carga pode ser distribuída pelas rodas
Introdução
• Limitação de vazão
– As molas regulam a vazão de água em válvulas e registros e a
vazão de gás em bujões ou outros recipientes.
Introdução
• Preservação de junções
– Nesse caso, a função das molas é a de preservar peças
articuladas, alavancas de contato, vedações, etc. que estejam em
movimento ou sujeitas a desgastes.
Classificação das molas
• Quanto a FORMA GEOMÉTRICA:

1. Molas helicoidais 2. Molas planas


Classificação das molas
• Quanto ao ESFORÇO QUE SUPORTAM:

1. Molas de tração 2. Molas de compressão 3. Molas de torção


Molas Helicoidais
• É feita de barra de aço enrolada em forma de hélice cilíndrica ou
cônica;
• A barra pode ter seção circular, quadrada, retangular e dentre outras
formas;
• As molas helicoidais podem funcionar por compressão, por tração
ou por torção;
• Geralmente, a mola helicoidal é enrolada à direita.
Se a mola for enrolada À ESQUERDA, deve
ser indicado no desenho mecânico!

À direita À esquerda
Molas Helicoidais de compressão
• Formada por espiras;
• Quando a mola é comprimida por alguma força, o espaço entre
as espiras diminui, tornando o comprimento da mola menor.

Repouso → Comprimento Normal


Molas Helicoidais de compressão
• Características das molas helicoidais de compressão cilíndrica;
– De: diâmetro externo;
– Di: diâmetro interno;
– H: comprimento da mola;
– d: diâmetro da seção do arame;
– p: passo da mola;
– nº: número de espiras da mola.

PASSO
É a distância entre os centros de duas espiras
consecutivas (medida paralelamente ao eixo da mola).
Molas Helicoidais de compressão
• Características das molas helicoidais de compressão cônica;
❑ Secção Circular:
– H: comprimento;
– Dm: diâmetro maior da mola;
– dm: diâmetro menor da mola;
– p: passo;
– nº: número de espiras;
– d: diâmetro da seção do arame;
Molas Helicoidais de compressão
• Características das molas helicoidais de compressão cônica;
❑ Seção Retangular:
– H: comprimento da mola;
– Dm: diâmetro maior da mola;
– dm: diâmetro menor da mola;
– p: passo;
– nº: número de espiras;
– e: espessura da seção da lâmina;
– A: largura da seção da lâmina.
Molas helicoidais de tração
• Formada por espiras e ganchos nas extremidades (olhais);
• Quando a mola é esticada por alguma força, o espaço entre as
espiras aumenta, tornando o comprimento da mola maior;
Repouso → Comprimento Normal
Molas helicoidais de tração
• Características das molas helicoidais de tração;
– De: diâmetro externo;
– Di: diâmetro interno;
– H: comprimento total da mola;
– h: comprimento da mola;
– d: diâmetro da seção do arame;
– p: passo da mola;
– nº: número de espiras da mola.
Molas helicoidais de torção
• Formada por espiras e dois braços de alavancas;
• A força é aplicada na direção perpendicular ao seu eixo;
Molas helicoidais de torção
• Características das molas helicoidais de torção;
– De: Diâmetro externo da mola;
– Di: Diâmetro interno da mola;
– H: comprimento da mola;
– d: diâmetro da seção do arame;
– p: passo;
– nº: número de espiras;
– r: comprimento do braço de alavanca;
– a: ângulo entre as pontas da mola.
Exercícios
(CESGRANRIO – 2012 – Petrobras - Técnico de Manutenção Júnior -
Mecânica)
A figura mostra três molas distintas cujas operações dependem do tipo de
solicitação envolvida.
As molas I, II e III operam quando sobre elas atuam, respectivamente, esforços
de:
a) compressão, torção e tração
b) compressão, tração e torção
c) tração, compressão e torção
d) tração, torção e compressão
e) torção, tração e compressão
Molas Planas
• São feitas de material plano ou em fitas;
• Podem ser do tipo:
Mola plana simples Mola prato

Mola espiral
Feixe de molas
Mola plana simples
• Em geral, essa mola é fixa numa extremidade e livre na outra;
• Quando sofre a ação de uma força, a mola é flexionada em
direção oposta;
Mola prato
• Essa mola tem a forma de um tronco de cone com paredes de
seção retangular;
• Em geral, as molas prato funcionam associadas entre si,
empilhadas, formando colunas.
Mola prato
• Características das mola prato
– De: diâmetro externo;
– Di: diâmetro interno;
– H: comprimento da mola;
– h: comprimento do tronco
interno;
– e: espessura da mola;
Mola prato
• Embreagem
Feixe de molas
• Construído por diversas peças planas de comprimento
variável, moldadas de maneira que fiquem retas sob a ação de
uma força.
Mola espiral
• Tem a forma de espiral ou caracol sendo enrolada com as
espiras concêntricas e coplanares;
• Em geral ela é feita de barra ou de lâmina com seção
retangular;
• Largamente utilizada em relógios e brinquedos.
Mola espiral
• Características da mola espiral
– De: diâmetro externo;
– L: largura da seção da lâmina;
– e: espessura de seção da lâmina;
– nº: número de espiras.
Material de fabricação das molas
• As molas podem ser fabricadas de:
– Aço;
– Latão;
– Cobre;
– Bronze;
– Borracha;
– Madeira;
– Plastiprene.
Material de fabricação das molas
• Os aços molas devem apresentar as seguintes características:
– alto limite de elasticidade, resistência e alto limite de fadiga.
• Quando as solicitações são leves, usam-se aços-carbono -
ABNT 1070 ou ABNT 1095;
• Além de 8mm de diâmetro, não são aconselháveis os aços-
carbono, pois a têmpera não chega até o núcleo;
• As molas destinadas a trabalhos em ambientes corrosivos com
grande variação de temperaturas são feitas de metal monel
(33% Cu - 67% Ni) ou aço inoxidável;
• No caso de molas de grandes dimensões utiliza-se aços-liga.
Fabricação de molas
• Conformação mecânica

Molas Helicoidais

Molas Planas
Associação de molas
• Robert Hooke (1635-1703), verificou que a deformação da
mola aumenta proporcionalmente à força.

Lei de Hooke 𝐹 =𝑘∙𝑥

F: intensidade da força aplicada [N];


k: constante elástica da mola (Rigidez) [N/m];
x: deformação da mola [m].

• Podemos associar molas em série ou em paralelo;


• De modo que pode-se substituir as duas molas por uma única,
que produza o mesmo efeito chamada de mola equivalente de
constante 𝑘𝑒 .
Associação de molas
• Associação em PARALELO
– Deformação sofrida por cada uma das molas é a mesma.
Associação de molas
• Associação em SÉRIE
– Molas 1 e 2 estão sujeitas à mesma força 𝐹 e sofrem
deformações diferentes 𝑥1 e 𝑥2 .

1 1 1
= +
𝑘𝑒 𝑘1 𝑘2

𝐹 = 𝑘𝑒 ∙ 𝑥
Associação de molas
• Observação
– Na associação em série, o valor de 𝑘𝑒 fica bastante reduzido,
logo a mola equivalente será menos rígida, mais deformável.

Série
Paralelo
1 1 1
𝑘𝑒 = 𝑘1 + 𝑘2 = +
𝑘𝑒 𝑘1 𝑘2
Exercícios
(CESGRANRIO – 2012 – Petrobras - Técnico de Projetos, Construção
e Montagem Júnior - Mecânica)
No intuito de se adotar um aço para molas de pequenas dimensões, enroladas a
frio e tratadas posteriormente, considerando que as exigências não são
extremas, uma oção de escolha é o aço, com designação numérica de acordo
com a Associação Brasileira de Normas Técnicas, identificado como:
a) 1010
b) 1020
c) 1050
d) 5150
e) 5160
Exercícios
(IBFC – 2017 – EMBASA - Técnico em Eletromecânica)
As molas, são consideradas elementos de máquina e têm aplicações diversas, para
tanto, mudam sua geometria. No desenho a seguir, tem-se:

Assinale a alternativa que apresenta a que tipo de molas os desenhos se referem.


a) I - Mola de tração; II - Mola de compressão; III - Mola de torção
b) I - Mola de tração; II - Mola de torção; III - Mola de compressão
c) I - Mola de cisalhamento; II - Mola de eixo; III - Mola transversal
d) I - Mola Longitudinal; II - Mola de absorção; III - Mola transversal
Exercícios
(CESGRANRIO – 2014 – Petrobras - Técnico(a) de Manutenção
Júnior - Mecânica)
Um peso padrão de massa m é colocado em uma base com duas molas
helicoidais de rigidez K, produzindo um deslocamento x, como mostrado na
Figura acima.
Para que o mesmo peso padrão, ao ser colocado novamente na base, produza o
mesmo deslocamento x, a constante de rigidez Ke de uma única mola
helicoidal que substitui as duas anteriores é
a) K/2
b) K
c) 2K
d) 3K/2
e) 5K/2
5. ELEMENTOS DE VEDAÇÃO
Introdução
• São componentes que impedem a saída de fluido de um
ambiente fechado e/ou evitam que esse ambiente seja poluído
por agentes externos;
• Dessa forma, os elementos de vedação possuem duas funções
principais:
Proteção do sistema contra impurezas e/ou Vedação do produto operado
Introdução
• Os elementos de vedação estão localizados na JUNÇÃO entre
duas peças;
• No dia-a-dia podemos observar muitos exemplos de vedação:
Contextualização
PISCINA

Qual é o impacto do vazamento na bomba? Impacto leve (apenas financeiro)


Contextualização
RESERVATÓRIO DE ÁCIDO SULFÚRICO
Impacto importante (Riscos ocupacionais,
Qual é o impacto do vazamento na bomba? ambientais e segurança)

O ácido sulfúrico é um ácido forte,


extremamente corrosivo e
oxidante. É utilizado como
eletrólito das baterias de chumbo,
na produção de fertilizantes, no
refino de petróleo, no tratamento
de água, na produção de papel e
na limpeza industrial.
Tipos de Junção
Junção fixa Junção móvel

As peças estão em repouso As peças estão em movimento relativo

Rotação Translação
Tipos de Junção
Junção Móvel
Junção Móvel
Junção Móvel

Junção Fixa

Junção Fixa

Junção Fixa
Junção Fixa
Cuidados na Vedação
1. Temperatura
A vedação torna-se mais difícil em temperaturas elevadas.
2. Pressão
A vedação torna-se mais difícil em pressões elevadas (a possibilidade de
escapamento é maior).
3. Estado físico
Os fluidos líquidos são mais fáceis de serem vedados do que os fluidos em estado
gasoso.
4. Acabamento das peças
Uma boa vedação requer bom acabamento das superfícies a serem vedadas
(Rugosidade controlada).
5. Compatibilidade química
O elemento de vedação deve ser resistente quimicamente ao produto operado.

Os elementos de vedação devem ser selecionados considerando estes aspectos para


que se evitem riscos de escapamento e até de acidentes!
Classificação dos elementos de
vedação
ELEMENTOS DE VEDAÇÃO

Para junções fixas Para junções móveis

Vedação com elementos Vedação com elementos


Vedação direta Vedação direta
intermediários intermediários
Guarnição Guarnição
Ogiva
1. Juntas 1. Anéis O-ring
Faca 2. Anéis O-ring 2. Retentor

Cônica 3. Labirinto (Sem Contato)


4. Gaxetas
5. Selo mecânico
6. Anéis Raspadores
Vedação direta para junções fixas
1. Vedação em ogiva 2. Vedação em faca 3. Vedação cônica
▪ Utilizada em ▪ Utilizada em ▪ Utilizada em
baixas pressões; médias pressões; altas pressões;
▪ A vedação ▪ A vedação ▪ A vedação
ocorre no ocorre no ocorre no
contato de uma contato de uma contato entre
superfície coroa circular a duas superfícies
tronco-cônica um plano. cônicas que têm
com esfera. geratrizes
coincidentes.
Juntas
• Utilizadas para proteção do sistema contra impurezas e
vedação do produto operado em junções fixas;
• São peças flexíveis colocadas entre duas superfícies rígidas,
geralmente planas;
• Impedem a passagem de fluidos, uma vez que são deformadas
entre as superfícies vedadas no aperto.
Juntas
• As juntas podem ser fabricadas em diversos materiais e
espessuras (0,4 a 4,8 mm):
1. PAPELÃO HIDRÁULICO:

Fibra de Aramida Fibra de Carbono Fibra de Celulose


Juntas
• As juntas podem ser fabricadas em diversos materiais e
espessuras (0,4 a 4,8 mm):
1. PAPELÃO HIDRÁULICO:

Papelão Hidráulico 4350 LGT-FLEX Fibra Aramida, Grafite e NBR


Juntas
• As juntas podem ser fabricadas em diversos materiais e
espessuras (0,4 a 4,8 mm):
2. JUNTAS DE PTFE (TEFLON):

PTFE EXPANDIDO PTFE MODIFICADO


Juntas
• As juntas podem ser fabricadas em diversos materiais e
espessuras (0,4 a 4,8 mm):
3. OUTROS MATERIAIS
Anéis O-ring
• Guarnição feita em elastômero em formato de anel circular
(Toroidal);
• É um dos elementos de vedação mais versátil;
• São empregados em junções fixas e móveis (Principalmente
em equipamentos alternativos).
Anéis O-ring
• Guarnição feita em elastômero em formato de anel circular
(Toroidal);
• É um dos elementos de vedação mais versátil;
• São empregados em junções fixas e móveis (Principalmente
em equipamentos alternativos).
Anéis O-ring
• Os anéis são alojados em ranhuras pré-dimensionadas
(alojamento) dependendo o tamanho do anel;
• As dimensões do alojamento são menores que o anel;
• Pode-se especificar o anel através do eixo ou alojamento.
Anéis O-ring
• Princípios de Vedação com O’Rings:
– O anel é forçado a moldar-se preenchendo as irregularidades da
superfície das partes e qualquer folga existente;
– A pressão do sistema transmitida também deforma O-ring, de
modo que quanto maior a pressão do sistema, mais efetiva será a
vedação.
Posição de repouso Pressão a direita
Folga PRESSÃO

Até que os limites físicos do elastômero sejam excedidos (Extrusão do O’Ring)


Anéis O-ring
• Princípios de Vedação com O’Rings:
A extrusão do anel pode ser evitada pelo projeto adequado do alojamento,
seleção de material, e pelo uso de Anéis Anti-Extrusão.
Anéis O-ring
• Materiais de fabricação dos O’Rings:
– Os anéis podem ser fabricadas a partir de diversos elastômeros:
1. Borracha Nitrílica (Buna N) ou "NBR"

É a mais utilizada nas aplicações industriais da atualidade;


Faixa de temperatura de - 54 à 121°C;
Não possuem boa resistência ao Ozônio, Luz Solar e intempéries;
Baixa deformação permanente e alta resistência à abrasão;
Aplicações:
Anéis O-ring
• Materiais de fabricação dos O’Rings:
– Os anéis podem ser fabricadas a partir de diversos elastômeros:
1. Borracha Nitrílica (Buna N) ou "NBR"

2. Poliacrílico ou "ACM"

3. Fluorcarbono (Viton® Du’Pont) ou "FKM"

4. Policloropreno (Neoprene® Du’Pont) ou "CR"

5. Estireno Butadieno (Buna S) ou "SBR"

6. Etileno Propileno ou "EPDM"

7. Silicone ou "SI"

8. Fluorsilicone ou "FSI"
Anéis O-ring

É NECESSÁRIO VERIFICAR A
COMPATIBILIDADE
QUÍMICA DO MATERIAL DO
O-RING COM O FLUIDO
Retentores
• São empregados em junções móveis (Normalmente
equipamentos rotativos);
• O retentor tem por função reter/proteger óleos, graxas ou
outros fluidos que devam ser contidos no interior de uma
máquina (Largamente utilizado em mancais).
Retentores
• São empregados em junções móveis (Normalmente
equipamentos rotativos);
• O retentor tem por função reter/proteger óleos, graxas ou
outros fluidos que devam ser contidos no interior de uma
máquina (Largamente utilizado em mancais).
Retentores
• É composto de uma membrana elastomérica (“lábio”), carcaça
metálica, que confere rigidez, e uma mola para auxiliar na
vedação (Força Radial).
Também é conhecido como “Lipseal”
Retentores
• O retentor é montado no alojamento por interferência entre os
diâmetros do alojamento DF e o externo do DR (Ferramentas
especiais/prensa hidráulica);
• O eixo e retentor também devem ser montados por
interferência.
Usinagem fina com
rugosidade de até Rt
25u

Retificado com
rugosidade Rt de
até 4,0u
Retentores
• O retentor pode marcar o eixo!

A dureza do eixo na região de trabalho do retentor deverá estar


acima de 28 HRC.
Retentores
• Materiais Elastoméricos dos Retentores
– O atrito e a velocidade periférica do eixo tornam-se responsáveis
por uma geração de calor localizada na área de contato do lábio,
que tende a promover a degeneração do material;
A contenção destes efeitos é conseguida pela seleção correta do
material elastomérico

(FPM)

(MVQ)

(ACM)

(NBR)
Ábaco de Seleção do Elastômero
Protetores em Labirinto
• Utilizados em junções móveis (Largamente utilizado em
mancais);
• É uma vedação do tipo “Sem-Contato”.
Protetores em Labirinto
• Componentes e Princípio de Funcionamento (Perda de carga):

Estator (Parte Estacionária)

Rotor (Parte Rotativa) AS FOLGAS SÃO BEM PEQUENAS!


Protetores em Labirinto
• Normalmente são fabricados em BRONZE com medidas
padronizadas conforme normas ANSI, API ou DIN.
Coeficientes de atrito→ Aço - Aço: 0,20; Aço – Bronze:
0,10; Bronze – Bronze: 0,05

É IMPORTANTE TAMBÉM SELECIONAR O


MATERIAL DOS ANÉIS O-RING
Protetores em Labirinto
• Vantagens dos Labirintos comparados aos Retentores
São mais eficientes: impedem melhor a contaminação do óleo e/ou vazamentos;

É possível reutilizar após a desmontagem;

Maior durabilidade;

Consomem menos energia do sistema (atrito é menor pois não há contato entre
as partes estacionária e rotativa);

Fácil instalação e substituição do protetor.

Desvantagem: São mais caros que os Retentores!

Caso seja necessário uma eficiência ainda maior


de vedação, deve-se utilizar um PROTETOR DE
MANCAL MAGNÉTICO
Equipamentos rotativos que
operam fluidos
• Bombas, Compressores, Agitadores: Compressor de Ar: Parafuso

Bomba de Lóbulos Bomba Helicoidal

Compressor de Ar: Pistão

Bomba Centrífuga
Equipamentos rotativos que
operam fluidos
• Todo equipamento rotativo possui folgas entre a parte móvel
(eixo) e a parte fixa (carcaça);
• Quanto maior a folga, maior será o vazamento.
• A velocidade tangencial também é um fator que influencia a
seleção do elemento de vedação;
• Para reduzir o vazamento, utiliza-se os elementos de vedação:
– Gaxeta
– Selo mecânico

SEMPRE EXISTIRÁ UM VAZAMENTO RESIDUAL


Equipamentos rotativos que
operam fluidos
• Todo equipamento rotativo possui folgas entre a parte móvel
(eixo) e a parte fixa (carcaça);
• Quanto maior a folga, maior será o vazamento.
Equipamentos rotativos que
operam fluidos
• Todo equipamento rotativo possui folgas entre a parte móvel
(eixo) e a parte fixa (carcaça);
• Quanto maior a folga, maior será o vazamento.

CARCAÇA (PARTE FIXA)


AMBIENTE

FOLGA FLUIDO DE PROCESSO

- PRESSÃO EIXO (PARTE ROTATIVA) + PRESSÃO

VAZAMENTO
Equipamentos rotativos que
operam fluidos
• Todo equipamento rotativo possui folgas entre a parte móvel
(eixo) e a parte fixa (carcaça);
• Quanto maior a folga, maior será o vazamento.

CARCAÇA (PARTE FIXA)


AMBIENTE

FOLGA FLUIDO DE PROCESSO

- PRESSÃO EIXO (PARTE ROTATIVA) + PRESSÃO

VAZAMENTO

ELEMENTO DE VEDAÇÃO
Gaxeta ou Selo Mecânico
Gaxetas
• As gaxetas devem ser flexíveis de modo que, com uma leve
pressão, elas se amoldem ao eixo e à caixa de gaxetas;
• Entre o eixo e a gaxeta sempre ocorre atrito, então devem ser
lubrificados corretamente;
Prensa gaxeta
GAXETAS Anel lanterna
Gaxetas
Podem ser utilizadas em equipamentos rotativos e alternativos.
Materiais de fabricação e formas construtivas:
▪ Grafite flexível, Teflon (PTFE) ou Fibras Sintéticas;
▪ Fibras trançadas em formato quadrado, trapezoidal ou circular.

PARA SELECIONAR QUAL É A GAXETA INDICADA PARA UMA APLICAÇÃO:


É PRECISO CONSULTAR O FABRICANTE!
Gaxetas
Podem ser utilizadas em equipamentos rotativos e alternativos.
Materiais de fabricação e formas construtivas:
▪ Grafite flexível, Teflon (PTFE) ou Fibras Sintéticas;
▪ Fibras trançadas em formato quadrado, trapezoidal ou circular.
Gaxetas
Podem ser utilizadas em equipamentos rotativos e alternativos.
Materiais de fabricação e formas construtivas:
▪ Grafite flexível, Teflon (PTFE) ou Fibras Sintéticas;
▪ Fibras trançadas em formato quadrado, trapezoidal ou circular.
Gaxetas
Podem ser utilizadas em equipamentos rotativos e alternativos.
Materiais de fabricação e formas construtivas:
▪ Grafite flexível, Teflon (PTFE) ou Fibras Sintéticas;
▪ Fibras trançadas em formato quadrado, trapezoidal ou circular.
Gaxetas
• Lubrificação em Gaxetas
– Reduz o atrito e calor gerado no contato da gaxeta com o eixo;
– Preenche vazios no contato do eixo e gaxeta diminuindo o
vazamento;
– Promove a lubrificação e preenche vazios entre as fibras da
gaxeta.
Gaxetas
• Lubrificação em Gaxetas
– Lubrificantes:
✓ PTFE (Politetrafluoroetileno) coloidal;
✓ Grafite;
✓ Graxas;
✓ De origem animal e vegetal;
✓ Biodegradáveis;
✓ Silicones.
Exercícios
(FUNRIO – 2017 – SENSAU-RO – Técnico em Aparelho e
Equipamentos Hospitalares)
Os elementos de vedação se classificam em dois grupos: os elementos de
junções fixas e os de junções móveis. Um tipo de vedação direta para junções
fixas recomendado para operações com fluidos de baixa pressão é a vedação:
a) em ogiva.
b) em faca.
c) cônica.
d) com guarnições.
e) com anéis toroidais.
Exercícios
(SENAI – 2012 – ITAIPU BINACIONAL – Mecânico Geral)
Assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas, assinalando a
alternativa que relaciona corretamente as alternativas:
( ) A vedação só impede a passagem de líquidos de um meio para outro.
( ) O material de um vedador deve ser compatível com o produto a ser vedado.
( ) Juntas de borracha; anéis de borracha; juntas de amianto e de teflon são
exemplos de elementos de vedação.
( ) Em tampas de cárter utilizam-se juntas de cortiça como material de vedação.
( ) Juntas de papelão são vedadores que podem operar em ambientes de alta pressão
e temperatura.
a) V, V, V, V, V.
b) F, F, F, F, F.
c) V, F, V, F, V.
d) F, V, V, V, F.
e) V, V, F, F, F.
Exercícios
(UFMT – 2013 – COPEL – Técnico Industrial - Mecânica)
Analise a figura abaixo e responda à questão.
O que se deve manter em boas condições de uso para que os fluidos indicados
pelas letras A e B não se misturem?
a) O retentor do êmbolo
b) O funcionamento contínuo da bomba
c) O nível alto do reservatório
d) A lubrificação da bomba
Selo Mecânico
• São indicados para casos onde as gaxetas não podem ser
aplicadas, especialmente em casos de alta pressão,
temperatura, velocidade e presenças de sólidos em suspensão;
• Utilizados apenas em equipamentos rotativos;

SELO MECÂNICO
Selo Mecânico
• São indicados para casos onde as gaxetas não podem ser
aplicadas, especialmente em casos de alta pressão,
temperatura, velocidade e presenças de sólidos em suspensão;
• Utilizados apenas em equipamentos rotativos;
FACES DE VEDAÇÃO
Anel O-ring

ROTATIVA
ESTACIONÁRIA

Anel O-ring
A superfície de contato deve ser bem acabada (Polida)!
Selo Mecânico
• A lubrificação do selo mecânico é realizada por uma película
fina de fluido entre as faces de vedação;
• Esta película pode ser proveniente do fluido do processo que
está sendo bombeado ou de uma fonte externa;
• Devido ao movimento da face rotativa em relação à
estacionária o filme líquido tende a evaporar por efeito do
aquecimento e com a sua evaporação outro filme líquido se
forma.

A quantidade de vazamento em um selo mecânico é tão


baixo que é visualmente indetectável (1% do vazamento
residual da gaxeta)!
Selo Mecânico
• Tipo Componente

• Tipo Cartucho
Vedação para movimento alternado
em junções móveis
• As guarnições utilizadas nesse tipo de vedação são chamadas
guarnições em borda (Raspadores);
• São fabricados principalmente por materiais plásticos;
Vedação para movimento alternado
em junções móveis
• Os raspadores possuem diversas seções e perfis utilizados para
a vedação de fluidos entre superfícies móveis, tanto axialmente
como em movimento de rotação lenta.
Exercícios
(SENAI – 2012 – ITAIPU BINACIONAL – Mecânico Geral)
Um tipo de junta que pode ser usada na vedação de equipamento que opera sob
altas pressões e elevadas temperaturas é a de:
a) Cobre.
b) Amianto.
c) Papelão.
d) Cortiça.
e) Teflon.
Exercícios
(FUNDATEC – 2018 – AL-RS – Analista Legislativo - Engenheiro
Mecânico)
Em relação aos sistemas de vedação denominados selos mecânicos, assinale a
alternativa INCORRETA.
a) O selo mecânico é um vedador de pressão que utiliza princípios
hidráulicos para reter fluidos.
b) O selo mecânico elimina o desgaste prematuro do eixo e da bucha.
c) A lubrificação do selo é realizada pela vazão ou fuga do produto em
operação, devendo ser previsto um sistema de coleta desse produto no
cárter.
d) O selo mecânico permite operar fluidos tóxicos, corrosivos ou inflamáveis
com segurança.
e) O selo mecânico tem capacidade de absorver o jogo e a deflexão normais
do eixo rotativo.
Exercícios
(CESGRANRIO – 2011 – PETROQUÍMICA SUAPE – Supervisor de
Produção)
O selo mecânico é aplicado a diversas indústrias, como a química, de
petróleo, mineradoras, entre outras. São afirmações corretas sobre selos
mecânicos, EXCETO que
a) a lubrificação com filme espesso resulta em melhor desempenho e vida
mais longa, mas ela nem sempre é possível.
b) a introdução de sulcos na face é um recurso eficaz para melhorar as
condições de lubrificação das faces dos selos.
c) os regimes de lubrificação são os mesmos encontrados em mancais.
d) o fator de maior influência na vida e no funcionamento é a força
hidrodinâmica gerada pelo movimento rotativo das faces.
e) o princípio de funcionamento impede qualquer vazamento do produto
selado.
6. ACOPLAMENTOS
Introdução
• Acoplamento é um conjunto mecânico empregado na
transmissão de movimento de rotação entre duas árvores ou
eixo-árvores.
Acoplamento Mecânico
Introdução
Acoplamento Mecânico
Introdução
Acoplamento Mecânico
Introdução
Acoplamento Mecânico

Junta Homocinética
Classificação dos Acoplamentos
ACOPLAMENTOS

1. FIXOS 2. ELÁSTICOS 3. MÓVEIS

Acoplamento com flanges Acoplamento elástico de


parafusadas pinos

Acoplamento com luva Acoplamento perflex


de aperto

Acoplamento elástico de
Acoplamento de discos garras

Acoplamento elástico de
fita de aço
1. Acoplamentos Fixos
• Acoplamento rígido com flanges parafusadas
– Utilizado quando há transmissão de grande potência em baixa
velocidade.
1. Acoplamentos Fixos
• Acoplamento com luva de compressão ou de aperto
– Esse acoplamento não interfere no posicionamento das árvores,
podendo ser montado e removido sem problemas de alinhamento
(Fácil manutenção);
1. Acoplamentos Fixos
• Acoplamento de discos ou pratos
– Empregado na transmissão de grandes potências em casos
especiais, como, por exemplo, nas árvores de turbinas;
– As superfícies de contato nesse tipo de acoplamento podem ser
lisas ou dentadas.
2. Acoplamentos Elásticos
• Esses elementos tornam mais suave a transmissão do
movimento em árvores que tenham movimentos bruscos;
• Além disso, permitem o funcionamento do conjunto com
desalinhamento paralelo, angular e axial entre as árvores.

Paralelo Angular Axial


2. Acoplamentos Elásticos
• Acoplamento elástico de pinos
– Os elementos transmissores são pinos de aço com mangas de
borracha.
2. Acoplamentos Elásticos
• Acoplamento perflex
– Os discos de acoplamento são unidos perifericamente por uma
ligação de borracha apertada por anéis de pressão.
– Esse acoplamento permite o jogo longitudinal de eixos.
2. Acoplamentos Elásticos
• Acoplamento elástico de garras
– As garras, constituídas de borracha, encaixam-se nas aberturas
do contra disco e transmitem o movimento de rotação.
2. Acoplamentos Elásticos
• Acoplamento elástico de fita de aço (ou Grades)
– Consiste de dois cubos providos de flanges ranhuradas, nos quais
está montada uma grade elástica que liga os cubos;
– O conjunto está alojado em duas tampas providas de junta de
encosto e de retentor elástico junto ao cubo;
– Todo o espaço entre os cabos e as tampas é preenchido com
graxa.
2. Acoplamentos Elásticos
• Acoplamento de dentes arqueados (de engrenagens)
– Os dentes possuem a forma ligeiramente curvada no sentido
axial, o que permite até 3 graus de desalinhamento angular;
– O anel dentado (peça transmissora do movimento) possui duas
carreiras de dentes que são separadas por uma saliência central.
3. Acoplamentos móveis
• São empregados para permitir o jogo longitudinal das árvores;
• Esses acoplamentos transmitem força e movimento somente
quando acionados, isto é, obedecem a um comando;
• O acoplamento podem ser de garras ou dentes, e a rotação é
transmitida por meio do encaixe.
3. Acoplamentos móveis
• São empregados para permitir o jogo longitudinal das árvores;
• Esses acoplamentos transmitem força e movimento somente
quando acionados, isto é, obedecem a um comando;
• O acoplamento podem ser de garras ou dentes, e a rotação é
transmitida por meio do encaixe.
Junta universal homocinética
• Esse tipo de junta é usado para transmitir movimento entre
árvores que precisam sofrer variação angular, durante sua
atividade;
• É constituída de esferas de aço que se alojam em calhas;
• A maioria dos automóveis é equipada com esse tipo de junta.
Exercícios
(FCC – 2014 – METRÔ - SP– Técnico Sistemas Metroviários -
Mecânica)
Observe a ilustração abaixo. Trata-se de um acoplamento elástico de:
a) pinos.
b) garras.
c) anéis.
d) dentes.
e) grades.
Exercícios
(UFMT – 2013 – COPEL – Técnico Industrial - Mecânica)
O acoplamento é um conjunto mecânico, constituído de elementos de
máquinas, empregado na transmissão de movimento de rotação entre duas
árvores ou eixos-árvores. Os acoplamentos podem ser classificados em:

a) fixos, rígidos e angulares.


b) fixos, elásticos e móveis.
c) retilíneos, elásticos e móveis.
d) retilíneos, rígidos e angulares.
7. CABOS DE AÇO
Introdução
• São elementos de transmissão que suportam cargas (força de
tração), deslocando-as nas posições horizontal, vertical ou
inclinada;
• Empregados em equipamentos de transporte e na elevação de
cargas, como em elevadores, escavadeiras e pontes rolantes.
Componentes
• O cabo de aço se constitui de alma e perna;
• A perna se compõe de vários arames em torno de um arame
central.
Construção dos cabos
• Um cabo pode ser construído em uma ou mais operações,
dependendo da quantidade de fios e, especificamente, do
número de fios da perna;
• Por exemplo, um cabo de aço 6 por 19 (Telecurso):
– Significa que uma perna de 6 fios é enrolada com 12 fios em
duas operações.
Construção dos cabos
• Por exemplo, um cabo de aço 6 por 7 (Comercial):
– Significa que existe 6 perna sendo que cada perna possui 7
arames.
Tipos de distribuição dos fios nas
pernas
Normal Seale

Os fios dos arames e das pernas são de As camadas são alternadas em fios
um só diâmetro grossos e finos

Filler Warrington

As pernas contêm fios de diâmetro Os fios das pernas têm diâmetros


pequeno que são utilizados como diferentes numa mesma camada
enchimento dos vãos dos fios grossos
Tipos de alma de cabos de aço
• As almas de cabos de aço podem ser feitas de vários materiais,
de acordo com a aplicação desejada:
1. Alma de fibra
✓ É o tipo mais utilizado para cargas não muito pesadas;
✓ As fibras podem ser naturais (AF), produzida a partir de sisal e
rami, ou artificiais (AFA) de Polipropileno;
Vantagens das fibras artificiais:
• não se deterioram em contato com
agentes agressivos;
• são obtidas em maior quantidade;
• não absorvem umidade.

Desvantagens das fibras artificiais:


• são mais caras;
• são utilizadas somente em cabos
especiais.
Tipos de alma de cabos de aço
• As almas de cabos de aço podem ser feitas de vários materiais,
de acordo com a aplicação desejada:
2. Alma de algodão
✓ Tipo de alma que é utilizado em cabos de pequenas dimensões.

3. Alma de asbesto
✓ Tipo de alma utilizado em cabos especiais, sujeitos a altas
temperaturas.
Tipos de alma de cabos de aço
• As almas de cabos de aço podem ser feitas de vários materiais,
de acordo com a aplicação desejada:
4. Alma de aço
✓ A alma de aço pode ser formada por uma perna de cabo (AA) ou
por um cabo de aço independente (AACI);
✓ O tipo AACI oferece maior flexibilidade somada à alta resistência
à tração.
Tipos de Torção
• Os cabos de aço, quando tracionados, apresentam torção das
pernas ao redor da alma;
• Da mesma forma, nas pernas também há torção dos fios ao
redor do fio central;
• O sentido dessas torções pode variar, obtendo-se as situações:
1. Torção regular ou em cruz

Os fios de cada perna são torcidos no sentido


oposto ao das pernas ao redor
da alma.

Esse tipo de torção confere mais


estabilidade ao cabo
Tipos de Torção
• Os cabos de aço, quando tracionados, apresentam torção das
pernas ao redor da alma;
• Da mesma forma, nas pernas também há torção dos fios ao
redor do fio central;
• O sentido dessas torções pode variar, obtendo-se as situações:
2. Torção lang ou em paralelo

Os fios de cada perna são torcidos no mesmo


sentido das pernas que ficam ao redor da
alma.

Aumenta a resistência ao atrito (abrasão) e


dá mais flexibilidade
Tipos de Torção
• Os cabos de aço, quando tracionados, apresentam torção das
pernas ao redor da alma;
• Da mesma forma, nas pernas também há torção dos fios ao
redor do fio central;
• O sentido dessas torções pode variar, obtendo-se as situações:
Torção Lang Torção Regular
Seleção do cabo de aço
• A seleção deve considerar um fator de segurança previsto por
norma (NBR 6327 - Cabos de aço para uso geral);
• A depender da aplicação, a norma indica algumas opções de
cabos de aço.

O fator de segurança (FS) é a relação entre a carga de ruptura 𝐶𝑅𝑀


mínima (CRM) do cabo e a carga de trabalho (CT): 𝐹𝑆 =
𝐶𝑇
Seleção do cabo de aço
• Exemplo de seleção:
– Sabendo que uma ponte rolante foi projetada para içar uma carga
de 200 kN. Qual é o cabo de aço que deve ser selecionado para
ser utilizado na ponte?
6x41 Warrington Seale + AF
𝐶𝑅𝑀 = 𝐹𝑆 ∙ 𝐶𝑇 𝐶𝑅𝑀 = 80 𝑡𝑓
𝐹𝑆 = 8

Catálogo do Fabricante

𝐶𝑇 = 100𝑘𝑁

𝐶𝑇 = 100000 𝑁

𝐶𝑇 = 10000 𝑘𝑔𝑓

Pela consulta do catálogo: Diâmetro de 38 mm 𝐶𝑇 = 10 𝑡𝑓


Tipos de Elementos de Fixação
• Rebite
– Possui um corpo cilíndrico e uma cabeça

Rebite de empuxo
Tipos de Elementos de Fixação
• Pino
– Une peças articuladas.
– Nesse tipo de união, uma das peças pode se movimentar por
rotação.
Tipos de Elementos de Fixação
• Cavilha
– Une peças que não são articuladas entre si.
Tipos de Elementos de Fixação
• Parafuso
– É uma peça formada por um corpo cilíndrico roscado e uma
cabeça, que pode ter várias formas.
Tipos de Elementos de Fixação
• Soldagem
– Processo de união de materiais usado para obter a coalescência
localizada de metais e não-metais, produzida por aquecimento
até uma temperatura adequada, com ou sem a utilização de
pressão e/ou material de adição.
Tipos de Elementos de Fixação
• Anel elástico
– O anel elástico é usado para impedir deslocamento de eixos.
Serve, também, para posicionar ou limitar o movimento de uma
peça que desliza sobre um eixo.

Você também pode gostar