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1 APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 3
2 FERRAMENTAS PORTÁTEIS ELÉTRICAS USADAS NA MECÂNICA ........ 6
3 FERRAMENTAS DE CORTE ......................................................................... 8
3 FERRAMENTAS MANUAIS ......................................................................... 48
3.1 DE FIXAÇÃO ............................................................................................. 48
3.2 DE TRAÇAGEM ......................................................................................... 53
3.3 DE CORTE ................................................................................................. 62
4 ANÉIS GRADUADOS EM MÁQUINAS-FERRAMENTA .............................. 80
5 APLAINAMENTO ......................................................................................... 84
6 BROCAS ....................................................................................................... 93
7 FURADEIRAS ............................................................................................. 102
8 TORNEAMENTO ........................................................................................ 121
9 FRESAGEM ................................................................................................ 167
10 RETIFICADORAS E REBOLOS ............................................................... 241
11 MOTO ESMERIL ....................................................................................... 273
14 ROSCAS ................................................................................................... 277
15 PLANEJAMENTO DAS OPERAÇÕES DE USINAGEM .......................... 325
ANEXOS ........................................................................................................ 339
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 344
3
1 APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
Furadeira Portátil
Conceito
Características:
1 - Mandril
2 - Eixo do Mandril
3 - Colar do eixo do mandril
4 - Chave liga/desliga fur. c/ impacto
5 - Abertura de ventilação
6 - Chave de reversão
7 - Botão ligar/desligar o motor
8 - Botão trava rotação
9 - Chave do mandril
Aplicação:
Condições de uso
Lixadeira Esmerilhadeira
Parafusadeira
Retificadora portátil
Exercícios
3 FERRAMENTAS DE CORTE
Todos os conjuntos mecânicos que nos cercam são formados por uma porção
de peças: eixos, anéis, discos, rodas, engrenagens, juntas, suportes,
parafusos, carcaças... Para que essas peças sirvam às necessidades para as
quais foram fabricadas, elas devem ter exatidão de medidas e um determinado
acabamento em sua superfície.
A maioria dos livros sobre processos de fabricação diz que é possível fabricar
essas peças de dois modos: sem a produção de cavacos, como nos processos
metalúrgicos (fundição, laminação, trefilação etc.), e com produção de cavacos,
o que caracteriza todos os processos de usinagem.
Assim, podemos dizer que a usinagem é todo o processo pelo qual a forma de
uma peça é modificada pela remoção progressiva de cavacos ou aparas de
material metálico ou não-metálico. Ela permite:
Do ponto de vista da
estrutura do material, a
usinagem é basicamente
um processo de
cisalhamento, ou seja,
ruptura por aplicação de
pressão, que ocorre na
estrutura cristalina do metal.
Como já foi dito, a usinagem é uma enorme família de operações, tais como:
torneamento, aplainamento, furação, mandrilamento, fresamento, serramento,
brochamento, roscamento, retificação, brunimento, lapidação, polimento,
afiação, limagem, rasqueteamento.
Corta!
Algumas das operações que citamos na outra parte da lição podem ser feitas
tanto manualmente como com o auxílio das máquinas operatrizes ou das
máquinas-ferramenta. Um exemplo de usinagem manual é a operação de limar.
Tornear, por sua vez, só se faz com uma máquina-ferramenta denominada
torno.
10
Quer seja com ferramentas manuais como a talhadeira, a serra ou a lima, quer
seja com ferramentas usadas em um torno, uma fresadora ou uma furadeira, o
corte dos materiais é sempre executado pelo que chamamos de princípio
fundamental, um dos mais antigos e elementares que existe: a cunha.
Outra coisa que a gente tem de lembrar é que qualquer material oferece certa
resistência ao corte. Essa resistência será tanto maior quanto maiores forem
a dureza e a tenacidade do material a ser cortado. Por isso, quando se
constrói e se usa uma ferramenta de corte, deve-se considerar a resistência
que o material oferecerá ao corte.
Isso significa que a cunha da ferramenta deve ter um ângulo capaz de vencer a
resistência do material a ser cortado, sem que sua aresta cortante seja
prejudicada.
Porém, não basta que a cunha tenha um ângulo adequado ao material a ser
cortado. Sua posição em relação à superfície que vai ser cortada também
influencia decisivamente nas condições do corte.
12
Dica tecnológica
Para materiais que oferecem pouca resistência ao corte, o ângulo de cunha (c)
deve ser mais agudo e o ângulo de saída (s) deve ser maior.
Para materiais mais duros a cunha deve ser mais aberta e o ângulo de saída (
s ) deve ser menor.
Mas, se o que você vai fazer envolve o trabalho em metal com o auxílio de uma
máquina-ferramenta, aí a coisa muda de figura. E a sua ferramenta vai ter que
apresentar algumas características importantes. Vamos a elas.
A ferramenta deve ser mais dura nas temperaturas de trabalho que o metal
que estiver sendo usinado. Essa característica se torna cada vez mais
importante à medida que a velocidade aumenta pois com o aumento da
velocidade de corte, a temperatura na zona de corte também aumenta,
acelerando o processo de desgaste da ferramenta. A essa propriedade
chamamos de dureza a quente.
Exercícios
1. Responda:
a) Cite ao menos três processos de fabricação pelos quais uma peça pode
passar antes de ser usinada.
2. Complete.
a) cunha c
b) folga
c) saída
d) A ferramenta deve ter o mínimo atrito possível com a apara por causa de
algumas implicações, tais como: .............. .......................................................
Parâmetros de corte
Toda empresa, quando fabrica alguma coisa, visa lucro. Para que isso
aconteça, é preciso que ela produza bem e barato. E produzir bem e barato
significa não só ter bons funcionários, boas instalações e maquinário moderno.
É necessário que todo esse patrimônio seja usado da maneira mais produtiva
possível. Um dos modos de garantir isso é aplicando o conhecimento
tecnológico ligado ao processo de fabricação adotado.
Por exemplo, se a empresa produz peças por usinagem, muitos dados técnicos
devem ser considerados para um bom resultado em termos de produto. A
pergunta de nossa aula é “por que a broca ficou azulada”? Por enquanto não
vamos dar a resposta, mas podemos adiantar que o erro do operador foi deixar
de considerar uma série de dados antes de começar a operação. Esses dados
são os parâmetros de corte.
São esses os parâmetros que estudaremos com mais detalhes nesta aula.
Velocidade de corte
De certa forma, o corte dos materiais para construção mecânica se parece com
o corte de uma fatia de pão. Para cortar o pão, a faca é movimentada para
frente e para trás, e a cada “passada” penetra um pouco mais no pão até
finalmente cortá-lo.
condições de refrigeração;
Embora exista uma fórmula que expressa a velocidade de corte, ela é fornecida
por tabelas que compatibilizam o tipo de operação com o tipo de material da
ferramenta e o tipo de material a ser usinado. Essas tabelas são encontradas
nos anexos.
vc 1000
rpm
d .
vc 1000
gpm
2 . c
A velocidade de corte incorreta pode ser maior ou menor que a ideal. Quando
isso acontece, alguns problemas ocorrem. Eles estão listados a seguir.
Avanço
Voltemos ao exemplo inicial do corte da fatia de pão. Da mesma forma que não
se pode obter a fatia do pão de um só golpe, o trabalho de usinagem também
não é realizado de uma só vez. Isso acontece porque a ferramenta é muito
mais estreita que a superfície a ser trabalhada. Por isso, é necessário que a
ferramenta percorra várias vezes seu trajeto, à pequena distância e
paralelamente ao percurso anterior.
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Cavaco!
Os cavacos podem ser diferenciados por seu formato em quatro tipos básicos:
a) cavaco em fita;
b) cavaco helicoidal;
c) cavaco espiral;
Cavaco contínuo com aresta É constituída por um depósito Aço com baixo teor de
postiça (ou gume postiço) de material da peça que adere carbono
à face de corte da ferramenta, e
que ocorre durante o
escoamento da apara contínua.
prejudica o corte;
dificulta o transporte;
prejudica o acabamento.
a) quebra-cavaco usinado
diretamente na ferramenta;
b) quebra-cavaco fixado
mecanicamente;
c) quebra-cavaco em pastilha
sinterizada.
Exercícios
1. Responda.
Coluna A Coluna B
a) ( ) Potência de corte 1. s ou f
b) ( ) Área de corte 2. vc
c) ( ) Avanço 3. Pc
d) ( ) Força de corte 4. a
e) ( ) Profundidade de corte 5. A
g) ( ) Velocidade de corte 7. Ks
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b) Cite ao menos três fatores dos quais a velocidade de corte sofre influência.
a) O que é cavaco?
Coluna A Coluna B
a) ( ) contínuo
1. Grandes avanços e vc inferior a 100m/min. Materiais dúcteis,
ferro maleável, aço.
Vamos supor que você seja um torneiro e precise tornear com uma ferramenta
de aço rápido um tarugo de aço 1020 com diâmetro de 80mm. Qual será a rpm
do torno para que você possa fazer esse trabalho adequadamente?
Velocidade de corte
Para calcular a rpm, seja da peça no torno, seja da fresa ou da broca, usamos
um dado chamado velocidade de corte.
Embora exista uma fórmula que expressa a velocidade de corte, ela é fornecida
por tabelas que compatibilizam o tipo de operação com o tipo de material da
ferramenta e o tipo de material a ser usinado.
Dica tecnológica
As ferramentas de corte são classificadas em grupos. Para encontrar a
velocidade de corte adequada para determinado material com o qual a
ferramenta é fabricada, existe um coeficiente para cada tipo de ferramenta. As
ferramentas de aço rápido têm o coeficiente 1. Os valores da tabela são para
esse coeficiente.
Se a ferramenta for de metal duro, o valor da tabela deve ser multiplicado pelo
coeficiente 3.
vc . 1000
n=
d.
Dica
Como o diâmetro das peças é dado em milímetros e a velocidade de corte é
dada em metros por minuto, é necessário transformar a unidade de medida
dada em metros para milímetros. Daí a utilização do fator 1.000 na fórmula de
cálculo da rpm.
Voltemos ao problema inicial: você precisa tornear um tarugo de aço 1020 com
diâmetro de 80mm. Lembre-se de que a ferramenta é de aço rápido.
A rpm ideal para esse trabalho seria 99,5. Como as velocidades das máquinas
estão estipuladas em faixas determinadas, você pode usar um valor mais
próximo, como 100 rpm.
Dica tecnológica
Para realizar as operações de fresagem ou furação, a fórmula para o cálculo da
rpm é a mesma, devendo-se considerar o diâmetro da fresa ou da broca,
dependendo da operação a ser executada.
Vamos supor, então, que você precise retificar um eixo de aço de 50mm de
diâmetro com um rebolo de 300mm de diâmetro. Seu problema é encontrar a
rpm do rebolo, sabendo que a velocidade de corte indicada é de 25 m/seg.
25 . 1000. 60
n=
300 . 3,14
1500000
n=
942
n = 1592,3
n 1592 rpm
Dica
O curso é igual ao comprimento da peça mais a folga de entrada e saída da
ferramenta.
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Vamos a um exemplo. Suponha que você precise aplainar uma placa de aço
1020 de 150mm de comprimento com uma ferramenta de aço rápido. Você
sabe também que a velocidade de corte é de 12 m/min.
Os dados são:
vc = 12 m/min
c = 150mm + 10mm (folga)
gpm = ?
vc . 1000
Substituindo os dados na fórmula gpm = , temos:
2.c
12 . 1000
gpm =
2 . 160
12.000
gpm =
320
gpm = 37,5
gpm 38
Exercícios
b) valor a determinar
n=?
c) Solução:
vc . 1000
n=
d.
15 . 1000
n=
100 . 3,14
n=
36
2. Qual é a rpm adequada para furar uma peça de aço 1045 com uma broca de
aço rápido de 14mm de diâmetro, se a velocidade indicada na tabela é de
18m/min?
a) dados disponíveis
ferramenta: de aço rápido
material: aço 1045
vc = 18 m/min
d = 14mm
n=?
vc . 1000
n=
d.
vc = 10m/min
c = 120 + 40 =
gpm = ?
vc . 1000
gpm =
2.c
gpm =
7. Calcule o número de rotações por minuto para desbastar no torno uma peça
de ferro fundido duro de 200mm de diâmetro com ferramenta de metal duro. A
velocidade indicada na tabela para ferramenta de aço rápido é de 18m/min.
8. Qual a rpm para furar uma peça de aço 1020 com uma broca de aço rápido
com 12mm de diâmetro, se a velocidade da tabela é de 25m/min?
Fluídos de corte
Por outro lado, sabe-se que quanto maior é a velocidade de corte, maior é o
atrito peça-ferramenta-cavaco, o que libera ainda mais calor. Em tese, isso
prejudica a qualidade do trabalho, diminui a vida útil da ferramenta, ocasionando
a oxidação de sua superfície e da superfície do material usinado. Diante desse
dilema tecnológico, que fazer?
A resposta está na descoberta de Taylor. Ele começou com a água, mas logo
deve ter percebido seus inconvenientes: corrosão na usinagem de materiais
ferrosos, baixo poder umectante e lubrificante, e emprego em pequena faixa de
temperatura. Todavia, ela abriu caminhos para a pesquisa e o uso de materiais
que permitiram a usinagem mais eficiente, mais rápida e com melhor
acabamento. Esses materiais são os agentes de melhoria da usinagem e que
receberam o nome genérico de fluidos de corte.
Como refrigerante, ele atua sobre a ferramenta e evita que ela atinja
temperaturas muito altas e perca suas características de corte. Age, também,
sobre o peça evitando deformações causadas pelo calor. Atua, finalmente,
sobre o cavaco, reduzindo a força necessária para que ele seja cortado.
1. O grupo dos óleos de corte integrais, ou seja, que não são misturados
com água, formado por: óleos minerais (derivados de petróleo), óleos
graxos (de origem animal ou vegetal), óleos compostos (minerais + graxos)
e óleos sulfurados (com enxofre) e clorados (com cloro na forma de parafina
clorada).
Os óleos minerais são a base da maioria dos fluidos de corte. A eles são
adicionados os aditivos, ou seja, compostos que alteram e melhoram as
características do óleo, principalmente quando ele é muito exigido. Os aditivos
mais usados são os antioxidantes e os agentes EP.
enxofre, formando o óleo sulfurado, indicado para trabalhos pesados com aço
e metais ferrosos. Durante o trabalho de corte, forma sulfeto metálico de
características anti-soldantes e lubrificantes;
Dica tecnológica
Para obter uma boa emulsão de óleo solúvel, o óleo deve ser adicionado à
água, sob agitação, (e nunca o contrário) em uma proporção de uma parte de
óleo para quatro partes de água. A mistura obtida pode então ser diluída na
proporção desejada.
Na verdade, não existe um fluido “universal”, isto é, aquele que atenda a todas
as necessidades de todos os casos. Os óleos solúveis comuns e os EPs são
os que cobrem o maior número de operações de corte. A diferença entre cada
grupo está na composição e na aplicação que, por sua vez, dependerá do
material a ser usinado, do tipo de operação de corte e da ferramenta usada.
A seguir você tem dois quadros. O primeiro resume informações sobre os tipos
de fluidos de corte. O segundo dá indicações sobre o uso dos vários fluidos de
corte, relacionando-os com a operação e o grau de usinabilidade dos materiais
metálicos para construção mecânica.
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Propriedades
Tipos Composição Proteção Resistência
Resfriament Lubrificação contra a EP à corrosão
o corrosão
óleos minerais Derivado de petróleo. Ótima Excelente Boa
Grau de Material Aços de baixo Aços-liga de Aços-liga de Aços-ferramenta Alumínio Cobre, níquel,
severidade Operação carbono médio alto carbono e aços magnésio, bronze de
aditivados carbono inoxidáveis latão alumínio
vermelho
1 Brochamento A A A ou j A ou K D C
2 Roscamento A ou B A ou B A ou B A ou B ou C D ou G / H D ou G / H a K
aK
3 Roscamento com cossinete. B ou C B ou C B ou C B ou C D ou H D ou H
4 Corte e acab. de dentes de B B B A G ou H j ou K
engrenagem.
4 Oper. c/ alargador. D C B A F G
5 Furação profunda. E ou D E ou C E ou B E ou A E ou D E ou D
6 Fresamento. E, C ou D E, C ou D E, C ou D C ou B E, H a K E, H a K
7 Mandrilamento. C C C C E E
7 Furação múltipla. C ou D C ou D C ou D C ou D F G
8 Torneamento em máquinas C ou D C ou D C ou D C ou D F G
automáticas.
9 Aplainamento e torneamento. E E E E E E
10 Serramento, retificação. E E E E E E
Legenda: A - óleo composto com alto teor de enxofre (sulfurado)
Adaptada de: Fundamentos da Usinagem dos Metais por Dino Ferraresi. São Paulo, Edgard Blücher, 1977, pág. 551.
43
Os cuidados, porém, não devem se restringir apenas aos fluidos, mas também
precisam ser estendidos aos operadores que os manipulam.
Embora os processos de produção dos fluidos de corte estejam cada vez mais
aperfeiçoados para eliminar componentes indesejáveis, não só no que se
refere ao uso, mas também aos aspectos relacionados à saúde do usuário, o
contato prolongado com esses produtos pode trazer uma série de problemas
de pele, genericamente chamados de dermatite.
44
Como o contato do operador com esses óleos é inevitável pelo tipo de trabalho
realizado, torna-se indispensável que esse contato seja evitado, usando-se de
luvas e uniformes adequados. Além disso, práticas de higiene pessoal são
imprescindíveis para o controle e prevenção das dermatites.
Aplicar creme protetor nas mãos e nos braços antes de iniciar o trabalho e
sempre depois de lavá-los.
Exercício
f) O que é um EP?
46
Coluna A Coluna B
5. derivados de petróleo.
1. ( ) óleos solúveis.
5. ( ) todos os anteriores.
47
1. ( ) óleos solúveis.
Coluna A Coluna B
6. Complete.
c) Para lavar as áreas da pele que entram em contato com os fluidos usa-se
..................... suaves ou ................ e .................. macia.
3 FERRAMENTAS MANUAIS
3.1 DE FIXAÇÃO
Conceito
Existem muitos elementos para fixação das peças nas furadeiras e fresadoras;
as figuras a seguir apresentam alguns deles.
Grampo
Calços planos
Calços Escalonados:
Calços Reguláveis
Cantoneira:
Feita em aço, possui o corpo com rasgos para introdução de parafusos que
fixarão-na à mesa e a peça nela.
Grampo (Sargento):
Tipos de morsas
3.2 DE TRAÇAGEM
Para que o traçado seja mais nítido, as superfícies das peças devem ser
pintadas com soluções corantes. O tipo de solução depende da superfície do
material e do controle do traçado. O quadro a seguir resume as informações
sobre essas soluções.
Etapas da traçagem
9. Em seguida, golpeia-se a
cabeça do punção com o
martelo. Como indicação
prática, deve-se dar a primeira
martelada com pouca força,
verificar o resultado e dar um
segundo golpe para completar
a marcação.
Exercícios
a) Plano de referência.
b) Superfície de referência.
Coluna A Coluna B
4. soluções corantes.
5. punção e martelo.
6. mesa de traçagem.
61
b) ( ) Traçagem.
3.3 DE CORTE
Tesoura
63
Para essa operação, existem vários tipos de tesouras que se diferenciam uma
das outras principalmente pela forma das lâminas, pelas dimensões e pela
aplicação. Elas são:
Serramento
Lâminas para Aço rápido (rígidas 14, 18, 24 e 32 por Lâminas com 8, 10
operações e flexíveis) polegada. ou 12” de
manuais comprimento por l/2”
Aço alto carbono de largura.
(rígidas)
Dica tecnológica
Existem serras usadas para fazer furos de diâmetros maiores dos que os que
se pode fazer com brocas comuns. Elas foram especialmente desenvolvidas
para a furação de chapas de aço e outros metais, madeiras, fibras, plásticos,
etc. São fabricadas em aço rápido bimetal e usadas em furadeiras. São
chamadas de serra copo.
Espessura do material
Acima de
De 20mm a De 40mm a Golpes
De 20mm 90mm
40mm (de 90mm (de 1 por
Material (3/4”) (Acima de
3/4”a 1 1/2”) 1/2” a 3 1/2”) minuto
3 1/2”)
Número de dentes por polegadas
Aços/níquel 14 10 6 4 70 a 85
Aços comuns
Aços
inoxidáveis 14 10 6 4 75 a 90
Aços rápidos
Aços tipos RCC
Perfilados tubos 14 - - - 75 a 90
Ferro fundido 14 10 6 4 90 a 115
Bronze
14 10 6 4 95 a 135
Cobre
Alumínio/Latão 14 10 6 4 100 a 140
Etapas do serramento
Caso o corte seja feito com máquina, usar o fluido de corte adequado
(normalmente óleo solúvel).
c) Verificar a tensão da lâmina de serra, que deve ser moderada. Após alguns
cortes, fazer nova verificação e reajustar se necessário.
Exercícios
Coluna A Coluna B
2. Responda.
Coluna A Coluna B
4. Responda.
b) ( ) Fixar a peça.
d) ( ) Serrar.
f) ( ) Regular a máquina.
71
LIMAGEM
Como você já sabe, sempre que se realiza uma operação de corte qualquer, o
resultado quase inevitável é o aparecimento de rebarbas que precisam ser
retiradas. A limagem é a operação que retira essa camada extra e indesejável
de material. Para isso, usa-se uma ferramenta chamada lima.
Superfícies planas
Superfícies côncavas,
pequenos raios
Quanto à inclina-
Desbaste
Para que as limas tenham uma durabilidade maior, é necessário ter alguns
cuidados:
1. Usar as limas novas para limar metais mais macios como latão e bronze.
Quando ela perder a eficiência para o corte desses materiais, usá-la para
trabalhar ferro fundido que é mais duro.
3. Não limar peças mais duras do que o material com o qual a lima foi
fabricada.
5. Quanto mais nova a lima, menor deve ser a pressão sobre ela durante o
trabalho.
a) redonda
b) meia-cana
c) plana de ponta
d) amêndoa
e) faca
f) quadrada
g) triangular
h) plana cerrada
i) triangular unilateral
j) ranhurada
k) rômbica
Etapas da limagem
A limagem manual pode ser realizada por meio de várias operações. Elas são:
Nesta aula, vamos nos deter na limagem de superfície plana que é a operação
com menor grau de dificuldade. Essa operação prevê a realização das
seguintes etapas:
Exercícios
1. Responda:
Coluna A Coluna B
f) ( ) Quanto mais nova for a lima, maior deverá ser a pressão sobre ela.
Coluna A Coluna B
a) ( ) Limar superfície plana 1. Verifica-se com gabaritos ou
b) ( ) Limar superfície plana verificadores de raios.
paralela 2. Produz superfície controlada por meio
c) ( ) Limar superfície plana de réguas.
em ângulo 3. Emprega-se em chapas de até 4mm.
d) ( ) Limar superfície côncava 4. Controla-se por meio de paquímetro.
ou convexa 5. Controla-se por meio de goniômetro.
e) ( ) Limar superfície plana
de material fino.
6. Responda.
a) O que são mordentes de proteção?
79
b) Por que os mordentes de proteção devem ser mais macios do que a peça
usinada?
Uma das formas de obter o deslocamento de precisão dos carros e das mesas
de máquinas operatrizes convencionais — como plainas, tornos, fresadoras e
retificadoras — é utilizar o anel graduado.
Vamos supor, então, que você seja um fresador e precise fazer furos em uma
peça com uma distância precisa de 4mm entre eles.
Cálculo do deslocamento
Para esse cálculo, precisamos apenas de dois dados: o passo do fuso (pf) e o
número de divisões do anel (no div.). Isso porque, como já dissemos, as
divisões do anel são proporcionais ao passo do fuso.
pf
A
nº div.
Vamos supor, então, que sua fresadora tenha o passo do fuso de 5mm e 250
divisões no anel graduado. Para calcular A, temos:
Passo do fuso = 5mm
Número de divisões = 250
A=?
pf
A
nº div.
5
A=
250
A = 0,02mm por divisão
Se você quiser saber quantas divisões () do anel você deverá avançar para ter
a distância precisa entre os furos da peça que você precisa fazer, o cálculo é
simples: divide-se a medida entre os furos da peça (4mm) pelo valor de A
(0,02), ou seja:
x = 4 ÷ 0,02 = 200 divisões.
Portanto, você terá de avançar 200 divisões no anel graduado para que a mesa
se desloque 4mm.
82
Às vezes, a medida que você precisa deslocar é maior do que o passo do fuso.
Nesse caso, é necessário dar mais que uma volta no anel. Vamos ver o que se
deve fazer nesses casos.
Imagine que, na mesma máquina do exemplo anterior, você precise fazer um
deslocamento de 21mm. Como esse número é maior do que 5mm, que é a
medida do passo do fuso, isso significa que serão necessárias 4 voltas no anel,
porque 21 dividido por 5 é igual a 4 e um resto de 1, ou seja:
21 5
1 4
Para obter precisão no deslocamento, esse resto deve ser dividido pelo valor
de uma divisão do anel (0,02) para se saber quantas divisões () avançar para
se chegar à medida desejada.
x = 1 ÷ 0,02 = 50 divisões.
Assim, para obter um deslocamento de 21mm, você deve dar 4 voltas no anel e
avançar mais 50 divisões.
Exercícios
A=?
pf = 4mm
nº div = 200
A=
x=
x=
83
a) Cálculo de penetração:
D = 50
d= 43
pn = =
pn =
b) Cálculo de A
c) Cálculo de x
5. Quantas divisões () você deve avançar o anel graduado de 200 divisões,
para retificar um eixo de diâmetro 50mm para 49,6mm, sabendo que o passo
do fuso é de 5mm?
84
5 APLAINAMENTO
Por outro lado, o aplainamento usa ferramentas de corte com uma só aresta
cortante que são mais baratas, mais fáceis de afiar e com montagem mais
rápida. Isso significa que o aplainamento é, em regra geral, mais econômico
que outras operações de usinagem que usam ferramentas multicortantes.
85
Equipamentos necessários
* vertical
* horizontal
*
b) Plaina de mesa
Como se pode ver pela figura, a plaina de mesa é formada por corpo (1),
coluna (2), ponte (3), cabeçotes porta-ferramentas (4) e mesa (6). O item de
número 5 mostra onde a peça é posicionada.
87
Plaina de mesa
Etapas do aplainamento
O aplainamento pode ser executado por meio de várias operações. Elas são:
1. Aplainar horizontalmente
superfície plana e superfície
paralela: produz superfícies de
referência que permitem obter
faces perpendiculares e
paralelas.
.
90
Dica tecnológica
Exercícios
a) O que é aplainamento?
91
Coluna A Coluna B
Coluna A Coluna B
b) ( ) Preparação da máquina.
c) ( ) Acionamento da máquina.
d) ( ) Fixação da peça.
f) ( ) Fixação da ferramenta.
93
6 BROCAS
O que os egípcios faziam para cortar blocos de pedra era abrir furos paralelos
muito próximos uns dos outros. Para este fim, eles usavam uma furadeira
manual chamada de furadeira de arco.
Essa operação de usinagem tem por objetivo abrir furos em peças. Ela é,
muitas vezes, uma operação intermediária de preparação de outras operações
como alargar furos com acabamentos rigorosos, serrar contornos internos e
abrir roscas.
O furo obtido tem baixo grau de exatidão e seu diâmetro em geral varia de 1 a
50 mm.
94
Brocas
A haste é a parte que fica presa à máquina. Ela pode ser cilíndrica ou cônica,
dependendo de seu diâmetro e modo de fixação.
A broca corta com as suas duas arestas cortantes como um sistema de duas
ferramentas. Isso permite formar dois cavacos simétricos.
95
Tipos de brocas
Brocas especiais
Além da broca helicoidal existem outros tipos de brocas para usinagens
especiais. Elas são por exemplo:
a) broca de centrar – é usada para abrir um furo inicial que servirá como guia
no local do furo que será feito pela broca helicoidal. Além de furar, esta
broca produz simultaneamente chanfros. Ela permite a execução de furos
de centro nas peças que vão ser torneadas, fresadas ou retificadas. Esses
furos permitem que a peça seja fixada por dispositivos especiais (entre
pontas) e tenha movimento giratório.
98
Existe uma variedade muito grande de brocas que se diferenciam pelo formato
e aplicação. Os catálogos de fabricantes são fontes ideais de informações
detalhadas sobre as brocas que mostramos nesta aula e em muitas outras.
Nunca desperdice a oportunidade de consultá-los.
99
Escareadores e rebaixadores
Para executar rebaixos cilíndricos como os para alojar parafusos Allen com
cabeça cilíndrica sextavada, usa-se o rebaixador cilíndrico com guia.
Exercícios
1. ( ) broca de centrar
2. ( ) broca helicoidal
3. ( ) escareador
4. ( ) rebaixador
7 FURADEIRAS
Até o começo deste século, os mecanismos usados para furar não eram muito
diferentes da furadeira de arco que você viu na aula anterior. Porém, a
evolução dos materiais de construção mecânica iniciada pela Revolução
Industrial, exigiu que outros mecanismos mais complexos e que oferecessem
velocidades de corte sempre maiores fossem se tornando cada vez mais
necessários. Assim, surgiram as furadeiras com motores elétricos que vão
desde o modelo doméstico portátil até as grandes furadeiras multifusos
capazes de realizar furos múltiplos.
Dica tecnológica
potência do motor;
variação de rpm;
deslocamento máximo do eixo principal;
deslocamento máximo da mesa;
distância máxima entre a coluna e o eixo principal.
3. Cunha ou saca-mandril/bucha – é um
instrumento de aço em forma de cunha usado
para extrair as ferramentas dos furos cônicos do
eixo porta-ferramenta.
107
b) Fixação da peça na furadeira. Isso pode ser feito por meio de morsa,
grampos, calços, suportes. Se o furo for vazar a peça, deve-se verificar se a
broca é capaz de atravessar a peça sem atingir a morsa ou a mesa da
máquina.
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Portátil 1. Executa operações sucessivas ou
simultâneas; possui fusos alinhados; usada
b) ( ) De coluna em operações seriadas
c) ( ) Radial 2. Usada em serviços de manutenção e quando há
necessidade de trabalhar no próprio local devido
d) ( ) Múltipla
ao difícil acesso.
e) ( ) De fusos múltiplos
3. Peças com vários furos e em grandes
quantidades; os fusos trabalham em feixes.
4. Possuem um potente braço horizontal que pode
ser movimentado em várias direções
5. Em seu suporte principal estão montados o
sistema de transmissão de movimento, a mesa e
a base
2. Complete.
Coluna A Coluna B
d) ( ) Regulagem da máquina
e) ( ) Fixação da broca.
ALARGADOR
Os furos alargados podem ser cilíndricos ou cônicos. São obtidos com uma
ferramenta chamada alargador, que pode ser usado manualmente ou fixado a
uma máquina-ferramenta como a furadeira, o torno, a mandriladora etc.
Canais helicoidais à
Chanfrada a 45º
esquerda para
desbaste Para furos cônicos; para maior grau de
exatidão, repassar com alargador cônico de
canais retos.
C Chanfrada em 45º
com início de corte
de 1º.
Materiais que produzem cavacos longos e de
baixa resistência.
F - Chanfrada em
Para furos para rebites e para a compensação
45º com conicidade
de furos deslocados em chapas.
de 1:10.
115
Importante!
Importante!
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Canais retos. 1. Para furos interrompidos longitudinalmente
b) ( ) Canais retos com entrada com rasgos de chaveta.
helicoidal à esquerda. 2. Para materiais que produzem cavacos
c) ( ) Canais helicoidais à direita. longos e de baixa resistência.
d) ( ) Canais helicoidais à 3. Furos cegos com até 3 x d de profundidade.
esquerda. 4. Para trabalhos de manutenção e montagem
e) ( ) Canais helicoidais à 5. Para furos passantes profundos
esquerda para desbaste 6. Para furos cegos e profundos ou materiais
de difícil usinagem
a) ( )
Retirada do alargador sem desligar à máquina.
b) ( )
Centralização da peça, alinhando a ponta do alargador no furo.
c) ( )
Acionamento da máquina e passagem do alargador.
d) ( )
Fixação do alargador na furadeira.
e) ( )
Regulagem da máquina pela determinação da rpm e avanço.
f) ( )
Fixação da peça na mesa da furadeira na posição adequada para o
trabalho.
g) ( ) Verificação da dimensão do furo, usando calibradores do tipo
tampão e micrômetro interno.
121
8 TORNEAMENTO
TORNEAMENTO I
d) Perfilar superfícies.
A máquina de tornear
a - placa
b - cabeçote fixo
c - caixa de engrenagens
d - torre porta-ferramenta
e - carro transversal
f - carro principal
g - barramento
h - cabeçote móvel
i - carro porta-ferramenta
Prendendo a peça
1. Para peças cilíndricas maciças como eixos, por exemplo, a fixação é feita
por meio da parte raiada interna das castanhas voltada para o eixo da placa
universal.
2. Para peças com formato de anel, utiliza-se a parte raiada externa das
castanhas.
vc . 1000
n=
. D
5. Acionamento do torno.
6. Execução do faceamento:
6. Execução do torneamento:
c) Desligar a máquina.
Exercícios
1. ( ) fresagem
2. ( ) furação
3. ( ) torneamento
4. ( ) alargamento
b) Os movimentos relativos entre a peça e a ferramenta durante o
torneamento são:
Coluna A Coluna B
3. Responda.
a) Cite operações que podem ser feitas com um torno e que são
normalmente executadas por outras máquinas.
130
c) ( ) Fixação da peça.
TORNEAMENTO II
Na aula sobre furação, você aprendeu que os materiais são furados com o uso
de furadeiras e brocas. Isso é produtivo e se aplica a peças planas. Quando é
preciso furar peças cilíndricas, as dificuldades aparecem. Embora seja possível
furar uma peça cilíndrica com a furadeira, isso requer dispositivos especiais de
fixação, além do fato de ser difícil estabelecer seu centro para fazer o furo.
O torno aparece, então, como o equipamento ideal para abrir furos centrados
em peças cilíndricas, não só para a obtenção do próprio furo, mas também
como uma operação intermediária para realizar outras.
Fixando a ferramenta
1. Serve de suporte à
contraponta, destinada a
apoiar uma das extremidades
da peça a ser torneada.
c) Fazer uma superfície cilíndrica interna, passante ou não, pela ação de uma
ferramenta deslocada paralelamente ao eixo do torno. Essa operação é
conhecida também como broqueamento. Com ela, obtém-se furos cilíndricos
com diâmetros exatos em buchas, polias, engrenagens e outras peças.
Vamos imaginar então, que sua tarefa seja preparar material para uma
operação posterior de broqueamento. Para fazer isso, você terá que seguir as
seguintes etapas:
8. Após obter a medida desejada para o furo de centro, trocar a broca para
fazer o furo para o broqueamento. Isso implica verificar o diâmetro da broca
com o paquímetro, medindo sobre as guias, sem girá-la. Furos maiores que
12 mm devem ser precedidos de uma furação com diâmetro menor do que
o furo que se quer obter.
11. Aproximação do cabeçote móvel de modo que a ponta da broca fique a uma
distância aproximada de 10 mm do material.
A broca deve ser retirada do furo freqüentemente com o torno ligado para
ajudar na saída do cavaco.
O fluido de corte deve ser adequado à operação e ao material a ser
usinado.
Para furos não-passantes, a
profundidade do furo deve ser
controlada por meio de
paquímetro ou pelo anel graduado
do cabeçote móvel. Na verificação
da profundidade do furo, não se
deve levar em conta a parte
cônica da ponta da broca.
Depois de fazer o furo, você pode, por exemplo, fazer um rebaixo interno, ou
broqueamento. Para isso, você deve usar ferramentas especiais:
2. Fixação da ferramenta.
4. Acionamento do torno.
136
6. Torneamento de um rebaixo na
boca do furo para servir como base
para a medição.
Exercícios
a) Qual a máquina ideal a ser utilizada para abrir furos centrados em peças
cilíndricas?
137
a) mangote:
b) base:
c) parafusos de fixação:
d) corpo:
e) ( ) execução do furo.
g) ( ) execução do faceamento.
138
a) ( ) fixação da ferramenta.
b) ( ) início do torneamento.
c) ( ) finalização do torneamento.
d) ( ) término do passe.
f) ( ) acionamento do torno.
g) ( ) preparação do torno.
i) ( ) montagem da ferramenta.
k) ( ) realização do torneamento.
TORNEAMENTO III
É o que acontece, por exemplo, com peças longas que se fossem presas
somente pela placa universal se flexionariam por causa da pressão da
ferramenta.
Acessórios em ação
Dica tecnológica
ponta fixa;
ponta rotativa: reduz o atrito entre a peça e a ponta, pois gira suavemente e
suporta esforços radiais e axiais, ou longitudinais;
ponta rebaixada: facilita o completo faceamento do topo.
arrastador de arrastador de
haste curva arrastador com dois
haste reta
parafusos
141
Usando os acessórios
Com os acessórios que você estudou na primeira parte desta aula, é possível
realizar as seguintes operações:
Então, vamos dizer, por exemplo, que você tenha que tornear um eixo de um
metro de comprimento. Por ser uma peça longa e de pequeno diâmetro, você
deverá torneá-la fixando-a por meio de uma placa universal e de uma ponta.
Esta operação obedecerá as seguintes etapas:
Dica tecnológica
O atrito gerado na ponta fixa provoca dilatação da peça. Isso pode causar
deformações na peça, afetar a têmpera das pontas e danificar o torno, porque
a peça está presa sem folga. Para evitar esse inconveniente, deve-se lubrificar
o furo de centro e a ponta com graxa de boa aderência tipo EP.
5. Fixação da ferramenta.
143
A luneta fixa é usada para torneamentos externos; mas mais comumente para
torneamentos internos.
Exercícios
TORNEAMENTO IV
Mais acessórios
Para a peça sem face que contenha furo de centro, usa-se um dispositivo de
fixação provisória chamado de centro postiço. Ele é colocado nos furos da
peça para servir de apoio às pontas do torno na usinagem concêntrica das
partes externas ou para obter alinhamento paralelo para tornear peças
excêntricas.
148
Usando os acessórios
Como você pode ver, ele é cheio de eixos excêntricos, quer dizer, fora de
centro. Assim, para tornear os diversos diâmetros cujos centros não são
alinhados (munhões), quando não for possível fazer os furos de centro na
face da peça, uma das técnicas que se pode usar é o emprego do centro
postiço. A operação de torneamento excêntrico seguirá as seguintes etapas:
Essa operação também pode ser realizada com fixação entre pontas,
usando furos de centro feitos com brocas de centrar, e relativos aos
vários diâmetros (corpos) da peça.
Torneamento cônico
Recordar é aprender
Como você já deve ter estudado no livro sobre Cálculo Técnico, para o
torneamento de peças cônicas com a inclinação do carro superior, a fórmula
a ser usada é sempre:
D-d
tg =
2c
152
Recordar é aprender
Exercício
1. Responda.
a) Qual o tipo de dispositivo você deve utilizar no torno para prender peças
com perfis irregulares, prismáticos ou circulares?
b) Que tipo de complemento pode ser usado na placa com entalhes ou lisa
para prender peças muito irregulares?
156
c) ( ) finalizar a centragem;
f) ( ) concluir o torneamento;
a) Preparação do material.
TORNEAMENTO V
Dica tecnológica
Torneando perfis
Após ter estudado tantas operações com o torno, você deve estar se
perguntando o que fazer quando a peça está terminada. É só tirar a peça do
torno e pronto? Nem sempre. Às vezes o material que está preso na placa
deve ser separado do corpo da peça. Por exemplo, quando se fabrica uma
arruela.
A ferramenta de sangrar, ou
bedame, é a mais frágil de
todas. Sua seção é fina por
causa das inclinações laterais
que determinam as folgas dos
ângulos da ferramenta.
164
Dica tecnológica
Exercícios
1. ( ) roscar e broquear;
2. ( ) alargar e perfilar;
3. ( ) perfilar e de forma;
4. ( ) alargar e facear.
9 FRESAGEM
FRESAGEM I
As peças a serem usinadas podem ter as mais variadas formas. Este poderia
ser um fator de complicação do processo de usinagem. Porém, graças à
máquina fresadora e às suas ferramentas e dispositivos especiais, é possível
usinar praticamente qualquer peça e superfícies de todos os tipos e formatos. A
operação de usinagem feita por meio da máquina fresadora é chamada de
fresagem.
O que é fresagem
Fresadoras
Não pense porém que há apenas esses tipos de fresadoras! Há outras que
tomaram como modelo as fresadoras horizontais e verticais, mas não
funcionam do mesmo modo.
Uma delas é a fresadora copiadora, que trabalha com uma mesa e dois
cabeçotes: o cabeçote apalpador e o de usinagem. Como o nome diz, a
fresadora copiadora tem a finalidade de usinar, copiando um dado modelo.
171
Fresas
Escolhendo a fresa
Então como escolher a ferramenta adequada? Para começar, você deve saber
que os dentes da fresa formam ângulos. Estes por sua vez formam a cunha de
corte.
Recordar é aprender
São ângulos da cunha de corte o ângulo de saída (), de cunha () e de folga
().
Pois bem, são os ângulos dos dentes da fresa que dão a esta maior ou
menor resistência à quebra. Isto significa que quanto maior for a abertura do
ângulo , mais resistente será a fresa. Inversamente, quanto menor for a
abertura do ângulo , menos resistente a fresa será. Com isto, é possível
classificar a fresa em: tipos W, N e H. Veja figuras a seguir.
173
Pois bem, a partir desta observação e de acordo com o material a ser usinado,
você já pode escolher a fresa adequada ao seu trabalho.
A fresa tipo W, por ter uma abertura de ângulo de cunha menor ( = 57°), é
menos resistente. Por isso ela é recomendada para a usinagem de materiais
não-ferrosos de baixa dureza como o alumínio, o bronze e plásticos.
A fresa tipo N ( = 73°) é mais resistente que a fresa tipo W e por isso
recomendada para usinar materiais de média dureza, como o aço com até
700N/mm2 de resistência à tração.
Ainda quanto às fresas tipo W, N e H, você deve estar se perguntando por que
uma tem mais dentes que outra. A resposta tem a ver com a dureza do material
a ser usinado.
Suponha que você deve usinar uma peça de aço. Por ser mais duro que outros
materiais, menor volume dele será cortado por dente da fresa. Portanto, menos
cavaco será produzido por dente e menos espaço para a saída será
necessário.
Já maior volume por dente pode ser retirado de materiais mais moles, como o
alumínio. Neste caso, mais espaço será necessário para a saída de cavaco.
Um dos problemas em usinar materiais moles com fresa com muitos dentes é
que o cavaco fica preso entre os dentes e estes não são refrigerados
adequadamente. Isto acarreta o desgaste dos dentes e pode ainda gerar um
mau acabamento da peça.
Viu como é importante estar ligado nos ângulos? Eles permitem classificar as
fresas de acordo com o tipo de material a ser usinado.
174
FRESAS
Fresas planas
Trata-se de fresas utilizadas para usinar superfícies planas, abrir rasgos e
canais. Veja a seguir, fresas planas em trabalho e suas aplicações.
175
Fresas angulares
Estas são fresas utilizadas para a usinagem de perfis em ângulos, como rasgos
prismáticos e encaixes do tipo rabo-de-andorinha.
Exercícios
a) Qual a primeira preocupação que você deve ter ao escolher uma fresa em
relação ao material a ser usinado?
b) ( ) Usinando material mole com fresas para trabalhar material mais duro, o
acabamento da superfície usinada é melhorada.
c) ( ) Quanto mais duro o material a ser usinado, maior deve ser o número
de dentes.
Você deve estar lembrado que rpm, avanço e profundidade de corte são
parâmetros de corte para qualquer tipo de usinagem. A escolha dos
parâmetros de corte é uma etapa muito importante na fresagem.
Parâmetros de corte inadequados podem causar sérios problemas, como
alterar o acabamento superficial da peça e até mesmo reduzir a vida útil da
ferramenta.
Mas fique ligado, porque as tabelas podem trazer tanto valores de Vc para
ferramentas de aço rápido, as HSS (High Speed Steel), quanto para as fresas
de metal duro. Ou ainda contemplar em um mesmo espaço as Vc dos dois
materiais: aços rápidos e metal duro.
Dica tecnológica
Suponha que você deve desbastar 4mm de profundidade em uma peça de aço
de 85 kgf/mm2 de resistência, utilizando uma fresa de aço rápido. Qual deve
ser a velocidade de corte da ferramenta?
180
aço de 60 - 90 kgf/mm² 14 - 16 20 - 24 26 - 30
Observou que o aço da peça está classificado entre 60 e 90 kgf/mm2 ? Agora é
só relacionar a resistência do aço à profundidade de desbaste pedida. Veja o
detalhe abaixo.
aço de 60 - 90 kgf/mm² 14 - 16 20 - 24 26 - 30
Então, a Vc que se deve usar para usinar um aço de 85 kgf/mm 2 de resistência
a uma profundidade de 4 mm é de 20 a 24 m/min.
Dica tecnológica
Mas há outros tipos de tabelas. Para ter acesso a uma maior variedade delas,
você deve consultar uma biblioteca ou pedir catálogos de fornecedores de
fresas. Aliás, consultar catálogos é algo que você deve fazer com freqüência,
pois vai garantir que você fique ligado com o que há de mais atualizado no
mercado.
Vc . 1000
n
. d
22 . 1000
n
3,14 . 40 n= 175 rpm
O valor 175 rpm deve ser selecionado na fresadora. Mas vamos supor que a
gama de rotações da sua fresadora não contempla este valor. Mas dispõe de
valores aproximados, 120 e 210 rpm, por exemplo.
Qual dos valores utilizar? De preferência utilize o valor maior, que garante
maior produção de peças. Cuide porém para que ele não ultrapasse a
velocidade de corte recomendada pelo fabricante.
182
Caso contrário, pode haver problemas com sua ferramenta, como queima dos
dentes de corte e, conseqüentemente, perda do corte. E também problemas no
acabamento superficial, que pode ficar rugoso, por exemplo.
Então, se optamos pelo maior valor de rpm encontrado, no exemplo acima 210
rpm, devemos calcular a velocidade de corte real.
Para isso invertemos a fórmula usada para o cálculo da rpm. Veja abaixo.
n . . d
Vc
1000
210 . 3,14 . 40
Vc Vc = 26,39 m/min
1000
Para calcular o avanço da mesa, consultamos inicialmente uma tabela. Isto nos
dá o valor de avanço por dente da fresa. Para consultar a tabela, é preciso
conhecer o material, o tipo de fresa e identificar se a operação é de desbaste
ou acabamento.
183
0,24 mm / dente
Achado o avanço por dente da fresa, resta encontrar o avanço da mesa, a ser
selecionado na máquina como fizemos com a rpm. Veja como proceder.
Vamos supor uma fresa de trabalho com seis dentes (z = 6). Se cada dente
avançar 0,24 mm, em uma volta da fresa quanto avançará a mesa? Para achar
a resposta é só multiplicar o número de dentes (z) pelo avanço por dentes (ad).
Veja abaixo:
av = ad . z
em que:
z = número de dentes
Substituindo vem:
av = 0,24 . 6
av = 1,44 mm /
volta
O resultado é que o avanço da mesa por volta da fresa é de 1,44 mm. Mas
vamos continuar nosso raciocínio.
185
Temos que em cada volta da fresa a mesa avançou 1,44 mm com a fresa
trabalhando em uma rotação de 120 rpm. Tivemos que optar pela menor rpm,
devido à velocidade de corte, lembra-se? Mas então quanto avançará a mesa
em um minuto?
am = av . n
em que:
am = avanço da mesa
n = rotação
Substituindo vem:
am = 1,44 · 120
am =172,8
mm/min
O resultado é que a mesa avançará 172,8 mm/min, com a fresa trabalhando
em 120 rpm.
O valor de 172,8 mm/min deve ser selecionado na fresadora. Caso não seja
possível, deve-se escolher o avanço menor mais próximo. Isso evitará que
cada dente corte um valor acima do recomendado pelo fabricante. O que
poderia acarretar um desgaste excessivo e até mesmo a quebra do dente.
Agora podemos entender por que no começo da aula dissemos, com relação
ao cálculo da rpm, que devemos escolher a rotação maior. Vamos ao cálculo!
am = 1,44 . 210
am = 302,4 mm/min
Dica tecnológica
Profundidade de corte
sobremetal
n de passes
profundida de corte
Dica tecnológica
h = altura da fresa
187
Exercício
2. Calcule a rpm necessária para fresar uma peça de latão com uma fresa de
aço rápido com diâmetro de 50 mm e profundidade de corte de 3 mm.
Vc rpm ad av am
4. Você recebeu uma peça de ferro fundido com dureza Brinell de 170HB e 15
mm de sobremetal. A fresa disponível é cilíndrica de 8 dentes, 40 mm de
diâmetro e máxima profundidade de corte de 5 mm. Determine:
Vc rpm ad av am no de passes
188
em fresadora vertical
189
Vamos supor que você entra na oficina e recebe a tarefa de usinar a superfície
plana de uma peça de ferro fundido de 50 x 50 mm e dureza de 240HB,
conforme desenho. Você dispõe de uma fresadora horizontal e fresa com 10
dentes e 40 mm de diâmetro. Por onde começar?
Recordar é aprender
Dica tecnológica
Caso a largura da fresa não seja suficiente para usinar toda a extensão da
superfície da peça, monte duas ou mais fresas, com a inclinação das hélices ou
facas laterais de corte invertidas, isto é, uma hélice com inclinação à esquerda
e a outra à direita. Veja figura abaixo.
191
fixação em morsa
fixação em cantoneira
192
Recordar é aprender
fixação em morsa
Agora podemos fixar a fresa. Esta fixação pode ser por pinças e mandris,
também chamados eixos porta-fresas. Os mandris dispõem de hastes com
cones do tipo morse ou ISO. Esta é uma informação importante na hora de
fixar a fresa.
O mandril de cone morse é fixado por pressão e deve ser utilizado para
trabalhos em que a fresa não seja submetida a grandes esforços. Nesse caso,
o mandril recomendado é o de cone ISO, cujo sistema de fixação impede que
ele se solte durante a operação de fresagem. Veja a seguir tipos de mandril e
como eles são fixados.
193
mandril para fresa com furo rosqueado /mandril para fresas de hastes cônicas
mandril porta-pinças
Optamos por trabalhar com o eixo porta-fresas do tipo haste longo, por ser o
mais adequado à nossa fresa de trabalho, a cilíndrica com chaveta longitudinal.
O mandril escolhido garante menor vibração da ferramenta durante a usinagem
e, portanto, melhor acabamento.
Na oficina é comum dizer sobre duas superfícies que formam um ângulo reto,
isto é de 90°, que elas estão em esquadro. A expressão fresar em esquadro
significa fresar uma superfície em 90° com relação a uma outra. Em outras
palavras, é fresar uma superfície perpendicular a uma superfície de referência.
Fresar em esquadro é o mesmo que usinar uma superfície plana. Isso quer
dizer que os critérios para a escolha da ferramenta e parâmetros de corte são
os mesmos. Então, o que muda?
O que muda é que agora vamos tomar uma superfície já usinada como
referência para usinar as demais. Veja figura a seguir.
195
Vamos ver como fazer? Primeiro, devemos escolher a fresa, lembra? Como
vamos trabalhar com movimento discordante frontal e fresadora vertical, ela
não pode ser a mesma recomendada para o primeiro caso. A fresa adequada
agora é a cilíndrica frontal para mandril com chaveta transversal.
Mas ainda mantemos o tipo, isto é, a fresa tipo H, visto que o material da peça
continua sendo o ferro fundido.
fixação em morsa
Para fixar a fresa, vamos usar um eixo porta-fresas curto. Este dispõe de
chaveta transversal e parafuso que asseguram uma boa fixação da fresa.
Recordar é aprender
Dica tecnológica
Em geral, as peças em bruto têm formato irregular, o que torna difícil sua fixação.
Isso pode ser solucionado, colocando-se um rolete entre a peça e o mordente
móvel da morsa, como mostra a figura.
Dica tecnológica
Dica tecnológica
Vamos aprender como fazer isso? Retomemos mais uma vez o exemplo dado
no primeiro caso. Agora a peça de ferro fundido já está com as quatro
superfícies usinadas. Pede-se então para você fresar uma superfície inclinada a
45° em uma de suas arestas.
Por onde começar? Do mesmo modo que nos casos anteriores: pela escolha da
fresa, dos meios de fixação e dos parâmetros de corte. Nesse terceiro caso,
como estamos também utilizando a fresadora vertical, a fresa deve ser tipo H e
cilíndrica frontal para mandril com chaveta. Ou seja, a mesma utilizada para a
fresagem de superfícies perpendiculares a uma superfície de referência.
Repita estes passos quantas vezes for necessário até obter no relógio
comparador uma variação próxima a zero.
Dica tecnológica
Exercícios
b) Uma peça em bruto, de superfície irregular, deve ser fixada à morsa com
o auxílio de ............................... para ficar mais bem assentada contra o
mordente fixo.
Leve a peça até a fresa, de modo que você possa observar quando esta
Dica tecnológica
usinagem.
Recordar é aprender
Dica tecnológica
Temos que:
pf
A= ~
n divis o es
em que:
A = avanço por divisão do anel graduado
pf = passo do fuso
n = nº de divisões do anel graduado
Substituindo temos:
4
A= = 0,04
100
207
Então, o avanço por divisão do anel graduado é igual a 0,04 mm. Com isso
podemos calcular o número de divisões a avançar.
Temos que:
x = valor da coordenada A
Substituindo vem:
x = 30 mm 0,04
x = 750 divisões
Vamos aprender a fazer uma ranhura reta por reprodução do perfil da fresa,
por meio do exemplo a seguir.
Suponha que você deve abrir um canal em uma peça, conforme desenho
abaixo. O que fazer?
208
Recordar é aprender
Faça a usinagem.
Exercício
2. Responda às questões.
Dica tecnológica
Dica tecnológica
Primeira coisa a fazer é fixar e alinhar a peça. Depois, abra o canal com uma
fresa cilíndrica de topo de 10 mm de diâmetro. Pode usar também uma fresa
circular de três cortes, com largura de 10 mm, como mostra a figura.
Troque a fresa por uma do tipo T para ranhura, conforme mostra o detalhe
de tabela.
d1 = 16 b=8 d2 = 6,5 d3 = 10 l1 = 12 l2 = 63
Simples! Depois que você der uma passada com a fresa, o canal aberto
ficará com 16 mm de largura. Para que ele meça 18 mm, você vai precisar
deslocar a mesa da fresadora em um milímetro, no sentido transversal ao
deslocamento dela.
212
Após isso, é necessário dar mais uma passada com a fresa, para usinar o
milímetro deslocado. Com isso você obtém um canal com 17 mm de largura.
E agora?
rabo-de-andorinha
Troque a fresa por uma fresa angular, de acordo com o perfil desejado da
ranhura.
Frese a ranhura.
Dica tecnológica
Utilize em abundância jato de refrigerante para remover os cavacos da
ranhura.
Vamos supor que você recebeu uma peça conforme o desenho abaixo. O
que fazer?
214
Recordar é aprender
cateto oposto
tangente =
cateto adjacente
8 8
x=
x 4,6
Tg60 1,73
O resultado encontrado foi x = 4,6 mm, não é mesmo? Agora você já pode
calcular a abertura y. Para isto é só montar o cálculo como segue.
Então, o máximo de largura que a ranhura retangular pode ter é 36,8 mm,
aproximadamente.
Dica tecnológica
Feitos os cálculos, é hora de escolher a fresa angular. Esta pode ser uma
fresa angular de topo para mandril ou uma fresa angular com haste
cilíndrica. Vamos supor que você tenha optado pela fresa angular de haste
cilíndrica. Só resta agora conhecer as medidas desta fresa.
Isto é fácil. Sabendo as medidas da ranhura que a fresa deve abrir, 47mm x
8mm e 60°, e que o diâmetro máximo (d1) da fresa é 40mm, é só consultar
uma tabela de dimensões normalizadas de fresas, como mostrado abaixo.
d1 b L d2
js 16 mm mm mm
mm
45o 16 4 60 12
45o 20 5 63 12
o
45 25 6,3 67 12
60o 16 6,3 60 12
60o 20 8 63 12
60o 25 10 67 12
70o 16 7 60 12
70o 20 9 63 12
70o 25 11 67 12
Você deve ter encontrado que a fresa com diâmetro mais próximo a 40 mm é
a de 25 mm, como no detalhe abaixo, não é mesmo?
60º 25 10 67 12
216
Dica tecnológica
As fresas angulares são frágeis porque seus dentes formam ângulos muito
agudos. Por isso, sempre que trabalhar com elas, adote o movimento
discordante. Ainda, no início da fresagem, utilize avanço manual da mesa.
Depois, para terminar a fresagem, passe para o avanço automático. Assim,
você evita danos à fresa, como a quebra de dentes.
Vamos ver como fazer rasgos de chaveta? Vamos supor que você deve
fazer um rasgo de chaveta do tipo Woodruff, conforme desenho abaixo. Por
onde começar?
217
6 x 10 25 7,5 10 6 60 46
Zere então o anel graduado do fuso de subida da mesa e usine a peça. Para
isso, suba de novo a mesa lenta e cuidadosamente, até obter a profundidade
do rasgo. Utilize o avanço manual.
Dica tecnológica
Exercícios
2. Que tipos de fresas devem ser utilizadas, para abrir um rasgo retangular a
fim de fresar um canal em T?
11. Que fresa Woodruff deve ser usada para abrir o rasgo de chaveta
Woodruff?
b = 8 mm
h = 10 mm
a) ( ) Fixe a fresa.
Vamos supor que você recebe uma peça cilíndrica, conforme desenho
acima. Pede-se para você fresar em uma de suas extremidades um
quadrado de 25mm. Por onde começar?
N = divisões a efetuar
Substituindo vem:
24
E = E=6
4
Então, você deve deslocar 6 furos no disco de 24, para usinar as superfícies
do quadrado. Como o diâmetro da peça tem 36 mm, será que é possível
fresar o quadrado de 25 x 25 de lado como pedido? Qual a solução?
Calcular o diâmetro mínimo que a peça deve ter.
a 2 = b 2 + c2
Substituindo vem:
a2 = 252 + 252
a2 = 625 + 625
a2 = 1250
a = 1250
a = 35,35
Com este cálculo, você encontrou que o diâmetro mínimo da peça é de,
aproximadamente, 35,35 mm. Portanto, é possível fazer o quadrado, visto
que a peça tem 36 mm de diâmetro. Com isso, você pode passar à
fresagem.
224
Fixe a peça. Para isso, fixe primeiramente uma das extremidades na placa
do cabeçote divisor. Em seguida, a outra extremidade em um contraponta,
caso o comprimento da peça (L) seja maior que 1,5 vez o diâmetro da
peça (D). Se se tratar de uma peça de comprimento (L) menor que 1,5 vez
o diâmetro (D), não é preciso utilizar o contraponta. Nesse caso, utilize
somente a placa universal. Veja figuras abaixo:
Dica tecnológica
Dd
a=
2
a = profundidade de corte
D = diâmetro do material
d = medida do quadrado
Resolvendo, vem:
3 25
a=
2
11
a=
2
a = 5,5
Exercícios
1. Qual o mínimo diâmetro (x) que um material deve ter, para que se possa
fresar um quadrado de lados igual a 20 mm?
226
2. Com que ferramenta deve ser feito o furo de centro para fixar o
contraponta à peça?
3. Quantos furos devem ser deslocados para fazer cada uma das faces de
um sextavado em uma peça, utilizando-se um disco de 18 furos no aparelho
divisor?
4. Que discos devemos utilizar para fresar oito lados equiangulares em uma
peça? (Utilize a tabela)
227
contorno
Dica tecnológica
Você pode centralizar o eixo do divisor com a árvore da fresadora de duas
maneiras. A primeira é por meio de pontos de centragem e a segunda por
meio de um cilindro-padrão e relógio apalpador.
Substituindo vem:
40 . 30
Vm =
360
1200
Vm =
360
229
Simplificando vem:
120 6
Vm = 3 x
3 x
360 18
O resultado mostra que para fazer furos distantes 30º uns dos outros, você
vai precisar dar três voltas completas no manípulo e avançar 6 furos em um
disco de 18 furos.
Recordar é aprender
Dicas tecnológicas
Exercícios
2. Qual deve ser o diâmetro do furo de guia, se o diâmetro final de furo for
maior que 12 mm?
Recordar é aprender
dp
m= dp = m x Z
z
Calculando vem:
dp1 = m x Z1 dp2 = m x Z2
dp1 = 3 x 25 dp2 = 3 x 80
Feito isso, você pode calcular o diâmetro externo (de) das engrenagens.
de = dp + 2 m
para a engrenagem 1
para a engrenagem 2
Dica tecnológica
b=8xm
b=8x3
b = 24 mm
Recordar é aprender
O ângulo de pressão () pode ter 15 ou 20°, conforme o perfil da fresa que
for utilizada. O mais utilizado é o de 20°.
Vamos supor que para executar sua tarefa, você vai usar a norma
DIN/ABNT e = 20°. Qual deve ser então o valor de h?
h = 2,166 x m
Substituindo vem:
h = 2,166 x 3
h = 6,498 mm
Assim, a altura do dente é de 6,498 mm. Isso significa que a fresa deve
penetrar no blanque nesta profundidade. Veja a figura abaixo.
Escolha da fresa
Dica tecnológica
No da fresa No de dentes da
módulo engrenagem (Z)
1 12 e 13
2 14 a 16
3 17 a 20
4 21 a 25
5 26 a 34
6 35 a 54
7 55 a 134
135 para cima e
8
cremalheira
Com esses dados, você já pode escolher a fresa para executar sua tarefa.
Assim, para a engrenagem 1, em que Z1 = 25, a fresa deve ser a número 4.
Já para a engrenagem 2, em que Z2 = 80, a fresa deve ser a número 7.
236
Você vai aprender a usinar dentes retos, utilizando a mesma tarefa do início
da aula. Nela pede-se que você faça um par de engrenagens, sendo que a
engrenagem 1 deve ter 25 dentes e a engrenagem 2 ter 80 dentes. Você tem
ainda as seguintes medidas:
engrenagem 1 engrenagem 2
Z = 25 Z = 80
dp = 75 mm dp = 240 mm
de = 81 mm de = 246 mm
b = 24 mm b = 24 mm
= 20° = 20°
h = 6,498 mm h = 6,498 mm
Fresando a engrenagem 1
Monte e prepare o cabeçote divisor. Para isso você precisa calcular o
número de furos que o disco deve ter. Este cálculo, como dissemos no início
da aula, deve ser o da divisão indireta. Vamos ver como fazer?
A divisão indireta é mais utilizada que a divisão direta, pois permite maior
número de divisões. O nome divisão indireta provém do sistema de
transmissão de movimento do manípulo para a árvore. Veja a figura a seguir.
237
em que:
RD = relação do divisor
Dica tecnológica
Vamos supor que o cabeçote da máquina com a qual você está trabalhando
tenha uma relação de divisão de 40/1. Agora é só efetuar o cálculo.
Substituindo vem:
discos
40 25
15 1
40 furos volta
n= ou
25
Com o resultado obtido, tem-se que é preciso dar uma volta e mais 15 furos
em um disco de 25 furos. Como não existe um disco de 25 furos, é
necessário montar uma fração equivalente a 15/25. Veja abaixo:
15 5 3
25 5 5
A fração obtida leva a outra fração equivalente. Isto vai permitir escolher um
disco com número de furos normalizados. Veja:
3 3 9
x
5 3 15
O resultado encontrado foi 9/15. Isto significa que você deve utilizar um
disco com 15 furos e nele deslocar 9 furos.
238
Dica tecnológica
Resumindo, para cada dente fresado, você deve girar uma volta completa e
mais 9 furos no manípulo do aparelho divisor.
Vamos à usinagem:
Fresando a engrenagem 2
Para fresar a engrenagem 2, você deve seguir os mesmos passos que para
fresar a engrenagem 1. Mas com algumas diferenças. Como agora a
engrenagem a usinar deve ter 80 dentes, vai ser necessário escolher um
outro disco para o aparelho divisor assim como uma outra fresa.
Substituindo vem:
40
n=
80
Simplificando vem:
1
n=
2
Com o resultado obtido, isto é, 1/2, sabe-se que é preciso dar meia-volta em
qualquer disco de número par de divisões.
240
Exercícios
1. Que fresa deve ser utilizada para fresar uma engrenagem com 120 dentes
e módulo 4? (Utilize a tabela).
10 RETIFICADORAS E REBOLOS
Retificação
Retificadoras
Classificação
Retificadora plana
A peça é fixa, por exemplo, a uma placa universal como a utilizada no torno,
que é dotada de um movimento de rotação. O rebolo em movimento de
rotação entra em contato com a peça e remove o material.
244
Rebolo
A ferramenta de corte utilizada na retificadora é o rebolo, cuja superfície é
abrasiva, ou seja, apresenta-se constituída de grãos de óxido de alumínio ou
de carbeto de silício, entre outros.
Quanto à estrutura
desbaste estrutura
aberta
acabamento
estrutura
fechada
Rugosidade
Exercícios
2. A máquina que usina peças por meio de uma ferramenta abrasiva dando
exatidão de medidas e bom acabamento denomina-se:
a) ( ) fresadora;
b) ( ) furadeira;
c) ( ) retificadora;
d) ( ) serra de corte.
Tipos de abrasivos
Exemplo:
- Tamanho de grão 80
Significa que foi obtido através de uma peneira cujo lado tem 1/80 de
polegada (aproximadamente 0,32 mm). A tabela a seguir mostra os tipos de
grana empregado no mercado:
D - Diamantado (C)
Aglomerante ou liga
V = Vitrificadas V = Vitrificadas
E = Goma-laca E = Goma-laca
B = Resinóides B = Resinóides
Grau de dureza
Estrutura
Balanceamento do rebolo
dispositivo de balanceamento
255
Aglomerante Velocidade de
corte
Vitrificado até 33 m / s
Resina até 45 m / s
Borracha até 35 m / s
Metálico até 30 a 35 m / s
Prevenção de acidentes
não empilhar rebolos, pois eles podem empenar ou quebrar. Além disso, o
armazenamento deve ser em local apropriado. Veja a figura na outra
página.
Exercícios
RETIFICAÇÃO PLANA
Esta aula visa mostrar como é feita a operação de retificação plana. Antes,
porém, é preciso aprender como fixar a peça na retificadora plana.
Além dessas, uma das fixações mais comuns é a feita por meio de placas
magnéticas. Trata-se de uma fixação utilizada para retificar peças de
materiais ferrosos, que têm a propriedade de serem atraídos por ímãs.
Procedimentos
Vamos supor que você queira retificar um bloco de aço. Como proceder?
Dica tecnológica
Retire o bloco sem arrastá-lo sobre a placa magnética para que a superfície
retificada e a mesa não sejam danificadas.
Exercícios
RETIFICAÇÃO CILÍNDRICA
superfície cilíndrica escalonada sem canal de saída superfície cilíndrica escalonada com canal de saída
Nas figuras anteriores, você deve ter observado que algumas peças
apresentam canal para saída de rebolo. Esse canal pode ter várias formas,
mas a norma DIN estabelece dois tipos básicos: E e F. Veja na tabela abaixo
as dimensões desses canais.
Vamos supor que você queira retificar um eixo cilíndrico de aço com
superfície cilíndrica passante. Como você já viu em aulas anteriores, o
primeiro passo deve ser a seleção, balanceamento e dressagem do rebolo.
É preciso ter cuidado para que o rebolo não ultrapasse mais de 1/3 de sua
largura nas extremidades da peça.
Após esse passo, faça uma pequena penetração do rebolo e ligue o avanço
transversal da mesa, dando tantos passes quanto forem necessários para
limpar a superfície da peça.
Dica tecnológica
Depois de limpar a superfície da peça (eixo), você vai medir suas duas
extremidades para corrigir o paralelismo da peça.
271
Se você verificar que a correção não foi feita, faça-a novamente e repita os
passes quantas vezes forem necessários.
Exercícios
2. Peças de pequeno comprimento e que não podem ter furos de centro são
fixadas em:
a) ( ) placa lisa;
b) ( ) placa e ponta;
c) ( ) entre pontas;
d) ( ) placas de arraste;
e) ( ) balanço.
272
11 MOTO ESMERIL
Conceito:
Constituição
Tipos
Esmerilhadora de pedestal
É fixada na bancada e seu motor elétrico tem a potência de 1/4 até 1/2 CV com
1450 a 2800 rpm. É utilizado para dar acabamento e reafiar os gumes das
ferramentas.
Esmerilhadora de pedestal
Condições de Uso:
Exercícios
1. Qual a utilização do moto-esmeril?
14 ROSCAS
Nomenclatura da rosca
Roscas triangulares
rosca métrica
rosca whitworth
rosca americana
Rosca métrica ISO normal e rosca métrica ISO fina NBR 9527.
Ângulo do perfil da rosca: a = 60º.
núcleo):
d1 = d - 1,2268P.
médio):
d2 = D2 = d - 0,6495P.
Folga entre a raiz do filete da porca e
0,045P.
D2 = d2.
Altura do filete do parafuso: he =
0,61343P.
Raio de arredondamento da raiz do
filete do parafuso: rre = 0,14434P.
Raio de arredondamento da raiz do
filete da porca:
rri = 0,063P.
281
Fórmulas:
a = 55º
1
P = nº de fios
hi = he = 0,6403P
d = D
d1 = d - 2he
D2 = d2 = d - he
Exercícios
a) ( ) pinos;
b) ( ) roscas;
c) ( ) arruelas.
a) ( ) redonda;
b) ( ) quadrada;
c) ( ) triangular.
285
a) ( ) trapezoidal;
b) ( ) dente-de-serra;
c) ( ) quadrado.
a) ( ) plana ou inclinada;
b) ( ) reta ou vertical;
c) ( ) à direita ou à esquerda.
CÁLCULOS DE ROSCAS
Nesse caso, é necessário que a própria empresa faça os parafusos. Para isso
é preciso pôr em prática alguns conhecimentos, como saber identificar o tipo de
rosca do parafuso e calcular suas dimensões.
Formulários
P = passo da rosca
d = diâmetro maior do parafuso (normal)
d1 = diâmetro menor do parafuso ( do núcleo)
d2 = diâmetro efetivo do parafuso ( médio)
a = ângulo do perfil da rosca
f = folga entre a raiz do filete da porca e a crista do filete do parafuso
D = diâmetro maior da porca
D1 = diâmetro menor da porca
D2 = diâmetro efetivo da porca
he = altura do filete do parafuso
rre = raio de arredondamento da raiz do filete do parafuso
rri = raio de arredondamento da raiz do filete da porca
a = 55º
1"
P =
n de filetes
hi = he = 0,6403 . P
d = D
d1 = d - 2he
D2 = d2 = d - he
Informações preliminares
Nos três sistemas, as roscas são fabricadas em dois padrões: normal e fina.
A rosca normal tem menor número de filetes por polegada que a rosca fina.
Agora que você viu com detalhes os instrumentos de medir passo de rosca e
os sistemas de roscas, vamos fazer alguns exercícios práticos.
Antes dos exercícios, é preciso que você saiba quais são os procedimentos
para determinar o passo da rosca ou o número de fios por polegada. Vamos
usar o pente de rosca.
Exemplo
Cálculo: d1 = d - 1,2268 . P
d1 = 10 - 1,2268 . 1,5
d1 = 10 - 1,840
d1 = 8,16mm
Exemplo
d2 = 12 - 0,6495 . 1,75
d2 = 12 - 1,1366
d2 = 10,86mm
Exemplo:
Calcular a folga (f) de uma rosca métrica normal de um parafuso cujo
diâmetro maior (d) é de 14mm e o passo (p) é de 2mm.
Fórmula: f = 0,045 . P
Substituindo os valores:
f = 0,045 . 2 f = 0,09mm
291
Exemplo:
Calcular o diâmetro maior de uma porca com rosca métrica normal, cujo
diâmetro maior do parafuso é de 8mm e o passo é de 1,25mm.
Fórmula: D = d + 2f
f = 0,045 . P.
Portanto: f = 0,045 . 1,25
f = 0,05625
D = 8 + 2 . 0,056
D = 8 + 0,112
D = 8,11mm
Exemplo:
Calcular o diâmetro menor de uma porca com rosca métrica normal cujo
diâmetro maior do parafuso é de 6mm e o passo é de 1mm.
Fórmula: D1 = d - 1,0825 . P
Substituindo os valores:
D1 = 6 - 1,0825 . 1
D1 = 6 - 1,0825
D1 = 4,92mm
Exemplo:
Fórmula: he = 0,61343 . P
292
Substituindo os valores:
he = 0,61343 . 0,7
he = 0,43mm
Exemplo:
Fórmula: d1 = d - 1,2268 . P
Substituindo os valores:
d1 = 10 - 1,2268 . P
d1 = 10 - 0,9201
d1 = 9,08mm
Exemplo:
Fórmula: he = 0,61343 . P
Substituindo os valores:
he = 0,61343 . 1
he = 0,61mm
293
broca = d - P
Exemplo:
Calcular diâmetro de broca para abrir o furo a ser roscado com rosca
métrica, sabendo que o diâmetro maior do parafuso é de 10mm e o passo é
de 1,5mm.
broca = 10 - 1,5
broca = 8,5mm
25,4
Fórmula: P =
n de fios
Substituindo os valores:
25,4
P=
32
P = 0,79mm
Exemplo:
Fórmula: he = 0,6403 . P
Substituindo os valores:
he = 0,6403 . 0,793
he = 0,51mm
Exemplo:
25,4
P=
n de fios
Substituindo os valores:
25,4
P= = 2,54mm
10
rre = 0,1373 . P
Substituindo os valores:
rre = 0,35mm
rre = 0,1373 . P
295
Exemplo:
25,4
P=
12
P = 2,117mm
Calcula-se o he - he = 0,6403 . P
he = 0,6403 . 2,117
he = 1,355mm
d1 = d - 2he
Substituindo os valores:
d1 = 12,7 - 2 . 1,355
Exemplo:
Calcula-se o passo:
25,4
P=
18
P = 1,411mm
he = 0,903
d2 = d - he
Substituindo os valores:
296
d2 = 7,9375 - 0,903
d2 = 7,03mm
Exercícios
Passo: 1mm
Fórmula: d1 = d - 1,2268 . P
2. Com base no exemplo, calcule o diâmetro médio de um parafuso com
rosca métrica normal, a saber:
Passo: 1,25mm
Fórmula: d2 = d - 0,6495 . P
3. Calcule a folga (f) de uma rosca métrica normal de um parafuso cujo
diâmetro maior (d) é de 10mm e o passo (p) é de 1,5mm.
Fórmula: f = 0,045 . P
4. Calcular o diâmetro maior de uma porca com rosca métrica normal cujo
diâmetro maior do parafuso é de 16mm e o passo é de 2mm.
Fórmula: D = d + 2f
5. Calcule o diâmetro menor de uma porca com rosca métrica normal cujo
diâmetro maior do parafuso é de 18mm e o passo é de 2,5mm.
Fórmula: D1 = d - 1,0825 . P
297
Fórmula: d1 = d - 1,2268 . P
8. Calcular diâmetro de broca para abrir o furo a ser roscado com rosca
métrica, sabendo que o diâmetro maior do parafuso é de 8mm e o passo é
de 1mm.
Fórmula: broca = d - P
25,4
Fórmula: P =
n de fios
10. Calcule a altura de filete (he) de uma rosca whitworth, asbendo que a
rosca tem 20 filetes por polegada.
Fórmula: he = 0,6403 . P
25,4
P=
n de fios
25,4
P=
n de fios
298
ROSCAMENTO
Como a rosca pode ser interna (na porca) ou externa (no parafuso), o
roscamento também é chamado de interno ou externo.
Todos os furos para roscas devem ser escareados com 90º para evitar que
as entradas de rosca formem rebarbas.
desandador
Para furos de difícil acesso, onde não for possível uso de desandador,
utiliza-se uma extensão chamada de desandador T.
Entre dois metais diferentes, deve-se abrir o furo com o diâmetro previsto
para roscar o metal mais duro, caso contrário, o macho tenderá a se
desviar para o metal mais macio.
303
desandador T
Etapas da operação
1. Fixação da peça em uma morsa, por exemplo. O furo deve ser mantido
em posição vertical.
5. Verificação da
perpendicularidade com
esquadro e correção (se
necessário).
Exercícios
- Sistema de rocas:
Para facilitar o início da operação, a ponta da peça cilíndrica deve ser chanfrada.
Exercícios
( ) tarraxa ou cossinete.
( ) tarraxa ou desandador.
( ) cossinete ou macho.
( ) desandador ou porta-cossinete.
314
a) Cossinete de pente:
b) Cossinete bipartido:
a) ( ) seleção do porta-cossinete.
b) ( ) abertura da rosca.
c) ( ) fixação da peça.
d) ( ) preparação do material.
f) ( ) seleção do porta-cossinete.
g) ( ) montagem do cossinete.
h) ( ) verificação da rosca.
b) Por que o filete obtido pelo processo de laminação é mais resistente do que
o filete feito de corte?
O torno é uma máquina muito versátil. Desde que começamos a falar sobre
ele, você vem ouvindo isso. Essa fama vem da grande gama de
possibilidades de se realizar as mais diversas operações com ele. Isso quer
dizer que, a partir de uma barra cilíndrica de metal em bruto, você pode
obter os mais variados perfis apenas trocando as ferramentas.
Como você já sabe, existem vários tipos de roscas que podem ser
classificadas de acordo com o formato do filete: triangular, quadrado,
trapezoidal, redondo e dente-de-serra. Para explicar a operação de roscar
no torno, vamos usar sempre como exemplo a rosca triangular por ser a
mais empregada.
Essa operação de abrir rosca consiste em dar forma triangular ao filete com
uma ferramenta de perfil adequado. A ferramenta é conduzida pelo carro
principal ou longitudinal.
Dica tecnológica
A ferramenta deverá ter um ângulo com aproximadamente 5º menos que o
perfil da rosca, no sentido do deslocamento.
2. Posicionamento da ferramenta
e na altura do eixo da peça: o
carro superior deve estar paralelo
ao eixo para posicionar a
ferramenta perpendicularmente
(90º) em relação à peça.
320
Dica tecnológica
Caso o torno não tenha a caixa de câmbio, ou a rosca não seja padronizada,
é necessário calcular o jogo de engrenagens na grade por meio da fórmula:
Pr
E=
Pf
5. Verificação da preparação:
acionar o torno;
aproximar a ferramenta do material para tomar
Para abrir roscas à esquerda, o carro deve ser avançado da esquerda para
a direita e o sentido de rotação do fuso, invertido. O modo de construção da
rosca é o mesmo.
As roscas múltiplas podem ser de filete duplo, tríplice, e assim por diante.
Nelas, os filetes são cortados como roscas separadas. Assim, por exemplo,
uma rosca tríplice ou de três entradas é cortada como três roscas
separadas. Assim que uma rosca é completada, a outra é aberta no intervalo
dela. A profundidade de corte, ou seja, a altura do filete, é a mesma de uma
rosca simples.
Exercício
1. Complete:
( ) o formato do filete;
( ) a profundidade do vão;
( ) a dureza do material;
( ) o passo da rosca.
( ) passo;
( ) filete;
( ) parafuso;
( ) perfil.
( ) perfil;
( ) parafuso;
( ) filete;
( ) passo.
( ) o pente de rosca;
( ) gabarito;
( ) escantilhão;
( ) verificador de rosca.
( ) parafuso padrão;
( ) anel graduado do carro transversal;
( ) verificador de rosca;
( ) escantilhão.
a) ( ) posicionar a ferramenta;
b) ( ) preparar o torno;
d) ( ) terminar a rosca;
g) ( ) torneamento do diâmetro.
325
TEMPO DE FABRICAÇÃO
Senão, vejamos : preparar e desmontar a máquina se faz uma única vez por
tarefa; já o corte se repete tantas vezes quantas forem as peças.
Torneamento longitudinal
Torneamento transversal
Antes que a broca corte a peça com toda sua capacidade, ela percorre um
espaço (ea), o qual depende do ângulo da ponta da broca.
328
Volume do paralelepípedo
Exemplo:
Qual o volume do cubo cuja aresta mede 5 cm? (Lembre-se de que o cubo é
Imagine que esse cubo seja oco. Quantos litros de água seriam necessários
Podemos colocar 125 l de água num cubo cujo volume é de 125 cm3.
333
Veja:
triângulo retângulo.
retangular.
334
V = (a . b) . c
V=a.b.c
Volume do cilindro
do prisma reto:
EXEMPLO
Densidade de um corpo
A massa de um objeto pode ser dada pelo seu peso. As unidades de medida
de massa são o quilograma (kg) e o grama (g).
Encha-o com água e meça a altura que a água atingiu. No nosso exemplo, o
volume de água é:
atingida.
337
Exercícios
3. O que significa m3 ?
e 60 cm de altura?
ANEXOS
TABELA DE CONVERSÃO
DE POLEGADA EM MILÍMETRO E VICE-VERSA
Polegada mm Polegada mm Polegada mm Polegada mm
1/128" 0,198 33/128" 6,548 65/128" 12,898 97/128" 19,248
1/64" 0,397 17/64" 6,747 33/64" 13,097 49/64" 19,447
3/128" 0,595 35/128" 6,945 67/128" 13,295 99/128" 19,645
1/32" 0,794 9/32" 7,144 17/32" 13,494 25/32" 19,844
5/128" 0,992 37/128" 7,342 69/128" 13,692 101/128" 20,042
3/64" 1,191 19/64" 7,541 35/64" 13,891 51/64" 20,241
7/128" 1,389 39/128" 7,739 71/128" 14,089 103/128" 20,439
1/16" 1,588 5/16" 7,938 9/16" 14,288 13/16" 20,638
9/128" 1,786 41/128" 8,136 73/128" 14,486 105/128" 20,836
5/64" 1,984 21/64" 8,334 37/64" 14,684 53/64" 21,034
11/128" 2,183 43/128" 8,533 75/128" 14,883 107/128" 21,233
3/32" 2,381 11/32" 8,731 19/32" 15,081 27/32" 21,431
13/128" 2,58 45/128" 8,93 77/128" 15,28 109/128" 21,63
7/64" 2,778 23/64" 9,128 39/64" 15,478 55/64" 21,828
15/128" 2,977 47/128" 9,327 79/128" 15,677 111/128" 22,027
1/8" 3,175 3/8" 9,525 5/8" 15,875 7/8" 22,225
17/128" 3,373 49/128" 9,723 81/128" 16,073 113/128" 22,423
9/64" 3,572 25/63" 9,922 41/64" 16,272 57/64" 22,622
19/128" 3,77 51/128" 10,12 83/128" 16,47 115/128" 22,82
5/32" 3,969 13/32" 10,32 21/32" 16,669 29/32" 23,019
21/128” 4,167 53/128" 10,52 85/128" 16,867 117/128" 23,217
11/64" 4,366 27/64" 10,72 43/64" 17,066 59/64" 23,416
23/128" 4,564 55/128" 10,91 87/128" 17,264 119/128" 23,614
3/16" 4,763 7/16" 11,11 11/16" 17,463 15/16" 23,813
25/128" 4,961 57/128" 11,31 89/128" 17,661 121/128" 24,011
13/64" 5,159 29/64" 11,51 45/64" 17,859 61/64" 24,209
27/128" 5,358 59/128" 11,71 91/128" 18,058 123/128" 24,408
7/32" 5,556 15/32" 11,91 23/32" 18,256 31/32" 24,606
29/128" 5,755 61/128" 12,1 93/128" 18,455 125/128" 24,805
15/64" 5,953 31/64" 12,3 47/64" 18,653 63/64" 25,003
31/128" 6,152 63/128" 12,5 95/128" 18,852 127/128" 25,202
1/4" 6,35 1/2" 12,7 3/4" 19,05 1" 25,4
340
SAE
63 Bronze comum - 32 150
SAE
64 e 65 Bronze fosforoso - 12 60
SAE
68 Bronze de alumínio - 8 30
- -
Aço inoxidável 5 20
- -
Ferro fundido cinzento 15 60
- -
Ferro fundido duro 12 50
- -
Alumínio e latão mole 100 300
- -
Ligas de alumínio 60 350
Latão duro
- -
Cobre 26 100
- -
Materiais plásticos 26 120
341
Aço 9 a 12 12 a 15 18 a 24
Aço temperado 12 15 a 18 24 a 33
Aço-liga 9 9 a 12 24 a 30
Ferro fundido 15 a 18 15 a 18 36
Latão e bronze 18 a 21 18 a 21 42
Alumínio 18 a 21 18 a 21 48
342
Fresas cilíndricas
Aço duro 008 010 010 014
Aço semiduro 010 012 014 018
Aço doce 012 014 018 022
Ferro fundido 010 012 014 018
Metais leves 150 200 200 300
Bronze 030 040 040 060
Fresas com haste
Aço duro 012 014 016 018
Aço semiduro 014 016 018 020
Aço doce 016 018 020 024
Ferro fundido 014 016 018 020
Metais leves 140 180 150 180
Bronze 030 040 050 060
Fresas cilíndricas frontais
Aço duro 008 010 012 040
Aço semiduro 010 012 016 018
Aço doce 012 014 020 022
Ferro fundido 010 012 016 018
Metais leves 150 250 200 300
Bronze 030 040 040 060
Fresas com dentes postiços
Aço duro 010 012 015 020
Aço semiduro 012 015 020 025
Aço doce 015 020 025 030
Ferro fundido 012 018 020 025
Metais leves 200 300 200 400
Bronze 040 060 050 080
Fresas de disco
Aço duro 008 010 010 014
Aço semiduro 010 018 014 018
Aço doce 012 014 018 022
Ferro fundido 010 012 014 018
Metais leves 150 200 200 300
Bronze 030 040 040 060
Fresas - serra
Aço duro 015 020 025 030
Aço semiduro 025 030 035 040
Aço doce 035 040 045 050
Ferro fundido 020 030 030 040
Metais leves 200 300 300 400
Bronze 040 060 030 040
343
Velocidade-corte 35 25 22 18 32 50 65 100
(m/min)
da
avanço
broca rotações por minuto (rpm)
(mm/V)
(mm)
01 0,06 11140 7950 7003 5730 10186 15900 20670 31800
02 0,08 05570 3975 3502 2865 05093 07950 10335 15900
03 0,10 03713 2650 2334 1910 03396 05300 06890 10600
04 0,11 02785 1988 1751 1433 02547 03975 05167 07950
05 0,13 02228 1590 1401 1146 02037 03180 04134 06360
06 0,14 01857 1325 1167 0955 01698 02650 03445 05300
07 0,16 01591 1136 1000 0819 01455 02271 02953 04542
08 0,18 01392 0994 0875 0716 01273 01987 02583 03975
09 0,19 01238 0883 0778 0637 01132 01767 02298 03534
10 0,20 01114 0795 0700 0573 01019 01590 02067 03180
12 0,24 00928 0663 0584 0478 00849 01325 01723 02650
14 0,26 00796 0568 0500 0409 00728 01136 01476 02272
16 0,28 00696 0497 0438 0358 00637 00994 01292 01988
18 0,29 00619 0442 0389 0318 00566 00883 01148 01766
20 0,30 00557 0398 0350 0287 00509 00795 01034 01590
22 0,33 00506 0361 0318 0260 00463 00723 00940 01446
24 0,34 00464 0331 0292 0239 00424 00663 00861 01326
26 0,36 00428 0306 0269 0220 00392 00612 00795 01224
28 0,38 00398 0284 0250 0205 00364 00568 00738 01136
30 0,38 00371 0265 0233 0191 00340 00530 00689 01060
35 0,38 00318 0227 0200 0164 00291 00454 00591 00908
40 0,38 00279 0199 0175 0143 00255 00398 00517 00796
45 0,38 00248 0177 0156 0127 00226 00353 00459 00706
50 0,38 00223 0159 0140 0115 00204 00318 00413 00636
344
REFERÊNCIAS
http://sites.poli.usp.br/d/pmr2202/arquivos/PMR2202-AULA%20RS1.pdf