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INDUSTRIAL
1. Introdução................................................................................ 2
2. O lubrificador........................................................................... 6
3. Atrito........................................................................................ 9
4. Lubrificação.............................................................................. 10
6. Aditivos.................................................................................... 55
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1. INTRODUÇÃO
Significa que:
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Qualquer falha de lubrificação, provoca, na maioria das vezes, desgastes, com
conseqüências a médio e longo prazos, afetando a vida útil dos elementos
lubrificados.
Os dentes de um redutor, projetado para a vida toda da máquina, terá que ser
substituído antecipadamente.
Como estes desgastes ocorrem ao longo do tempo, eles não são percebidos no
dia-a-dia dos profissionais de manutenção, nos dando aquela falsa impressão de
inexistência de problemas de lubrificação.
Mas, quem poderá garantir a qualidade da lubrificação ao longo dos últimos anos?
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“O HOMEM DE MANUTENÇÃO NÃO DEVE SER APENAS O QUE
CONSERTA, MAS, TAMBÉM, AQUELE QUE ELIMINA A
NECESSIDADE DE CONSERTAR.”
É exatamente dentro deste espírito que devemos atuar dentro das empresas:
sempre somando esforços com seus profissionais, a fim de multiplicar os
resultados.
Por fim, acrescentamos que, embora não percebidas por muitos, a lubrificação
correta, concorre, também, para a redução no consumo de energia e na
preservação dos recursos naturais.
Toda a peça, até ser consumida, passa por uma série de processamentos que vão
desde a extração do minério, sua purificação, sua transformação até sua
conformação e montagem, consumindo energia.
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Vejamos:
1. PRODUTIVIDADE:
Uma boa lubrificação aumenta a vida útil dos componentes da máquina,
tornando-se desnecessárias as trocas freqüentes; espaçando mais para as
paradas programadas; diminuindo as paradas de emergência.
2. QUALIDADE DO PRODUTO:
Equipamentos bem lubrificados se desgastam menos, mantendo as folgas e
vibrações dentro de tolerância aceitáveis.
3. CUSTOS DE MANUTENÇÃO:
Uma boa lubrificação adequada;
• Reduz o desgaste, diminuindo o consumo de sobressalentes, reduzindo
estoques, compras de emergência e necessidade de M. O.
• Reduz consumo de lubrificante.
• Reduz o atrito, diminuindo o consumo de energia.
4. SEGURANÇA PESSOAL:
Através de:
• Automatização de lubrificação.
• Diminuição de excessos e vazamentos.
• Limpeza dos equipamentos e área.
BENEFÍCIOS ADICIONAIS
NÃO SE ESQUEÇA!!!
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2. O LUBRIFICADOR
VOCÊ SABIA?
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Que 80% dos problemas ocorrem em sistemas hidráulicos, são devidos a
contaminação dos óleos?
Os desgastes em países como Alemanha, Holanda e Inglaterra provocam
perdas de 2% do PNB?
Projetando para o Brasil isto significa um prejuízo de mais de 12 bilhões de
dólares?
Que a maioria dos programas de implantação de manutenção preventiva e
preditiva falham por causa de uma lubrificação inadequada?
Que parte dos catálogos de fabricantes de máquinas contém informações
incorretas sobre lubrificação?
Que o volume de lubrificante efetivamente necessário para a lubrificação é
muito pequeno?
Segundo SKF. 43% dos rolamentos quebram devido a falhas de
lubrificação.
É difícil imaginar uma redução de 30% nos custos de manutenção, somente
com o uso das tecnologias de lubrificação?
A SEW informa que: 39% dos redutores quebram devido a falhas de
lubrificação. 23% devidos sobrecargas.
Engefiltro diz que 80% das falhas em sistemas hidraulicos ocorrem devido a
contaminações no óleo.
Particulas sólidas no óleo lubrificante reduzem a vida util do rolamento em
até 10 vezes.
550PPM de água no óleo reduzem a vida útil de um rolamento em 70%
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Considera a lubrificação importante?
Sabe quantos pontos de lubrificação existem em sua empresa?
Conhece o volume total de óleos instalados?
Os lubrificadores trabalham com informações do tipo: Dar 10 bombadas –
Lubrificar com 50g de graxa?
Acredita que através do TPM os operadores podem assumir toda atividade
de lubrificação?
O cliente está satisfeito com o resultado do serviço prestado?
Acredita que aqueles equipamentos que estão operando normalmente
podem estar com problemas de lubrificação?
Quem resolve a engenharia de lubrificação?
Você tem certeza de que o lubrificador consegue chegar em todos os
pontos?
Conhece alguém que trabalha em manutenção, especializado em
lubrificação?
Sabe lubrificar um mancal de motor ou um acoplamento?
Quem resolve os problemas de lubrificação?
Tem lubrificadores do tipo faxineiro mais esperto ou mecânico que não deu
certo?
Faz, parte, também, do quadro, profissionais que estão perto de se
aposentar ou que estão constantemente doentes?
Qual foi a ultima vez que se lembrou da lubrificação?
Por acaso foi quando teve para pensar um problema e precisava de um
culpado?
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3. ATRITO
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4. LUBRIFICAÇÃO
Uma vez que o atrito e o desgaste provêm do contato das superfícies, o melhor
método para reduzi-los é manter as superfícies separadas, intercalando-se entre
elas uma camada lubrificante.
¾ Onde Lubrificar?
¾ De que maneira lubrificar?
¾ Com o que lubrificar?
¾ Quando?
¾ Em que quantidade? Etc...
O álcool, por outro lado, apresenta propriedades secativas, alem de ser fluido em
demasia.
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Podemos citar outros materiais que oferecem possibilidade de serem empregados
como lubrificantes, porem, a maioria deles seria recusada numa análise mais
criteriosa.
O aumento da temperatura pode ser tão violento, em alguns casos, que chegam a
danificar uma engrenagem ou mancal em questão de minutos.
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4.4. PERÍODO OU FREQUÊNCIA DE TROCA
O período ou freqüência de troca do lubrificante deve ser adequado. A época de
troca do mesmo é determinada pelo enfraquecimento de suas propriedades
lubrificantes.
São inúmeras as causas que influem sobre o período de troca, a saber:
Quantidade de lubrificante.
Condições de operação do equipamento.
Condições mecânicas.
Dispositivos de purificação e refrigeração.
Métodos ou sistemas de lubrificação utilizados.
Condições ambientais
Existem pontos em que algumas gotas de óleo são suficientes, enquanto outros
necessitam de grandes quantidades, como em sistemas circulatórios.
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Controle da temperatura absorvendo o calor grado pelo contato de
superfícies (motores, operações de corte, etc...)
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4.7. LUBRIFICAÇÃO HIDRODINÂMICA
Se observamos a totalidade do campo da lubrificação, evidencia-se, de imediato
fenômeno
que ocorre com maior freqüência e persistência, e que é, certamente, o mais
importante: a
criação de uma películas de carga hidrodinâmica.
É este fenômeno que permite manter a níveis mínimos o desgaste das peças.
Felizmente, a formação desta película hidrodinâmica é uma ação tão natural que,
em alguns casos, torna-se até difícil evita-la.
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Neste caso, a pressão do oleo é criada por uma bomba com uma aplicação
restrita, porém, de grande importância.
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5. ENSAIOS FÍSICOS E QUÍMICOS COMUMENTE
REALIZADOS EM ÓLEOS LUBRIFICANTES.
5.1. VISCOSIDADE – Definição
Pode ser definida como sendo a resistência que o fluido oferece ao escoamento,
devido ao atrito interno entre as moléculas do fluído. É a propriedade mais
importante de um óleo lubrificante, pois de uma maneira geral a lubrificação de
qualquer mecanismo depende de uma película de óleo de viscosidade suficiente
para suportar a carga, impedindo o desgaste.
Ela não deve ser elevada demais porque provocaria aquecimento e perda de
potência por atrito interno no próprio óleo; também não pode ser baixa demais
porque poderá não ser suficiente para manter a continuidade da película e o
afastamento completo das superfícies.
Existe uma faixa ideal para o conjunto de valores relativos a cargas, velocidades,
e temperaturas de trabalho. A viscosidade condiciona ainda o fluxo de óleo entre
as superfícies e consequentemente a capacidade de refrigeração das mesmas.
• Saybolt (EUA)
• Redwood (Inglaterra)
• Engler (Alemanha)
• Cinemático (Uso Universal)
Uma determinada quantidade de fluido é contida no tubo que, por sua vez, fica
mergulhada em banho de água ou, óleo de temperatura controlada por termostato.
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O viscosímetro cinemática é basicamente constituído de um tubo capilar de vidro,
através do qual se dá o escoamento do fluído.
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1- Colocar amostra no tubo correspondente aproximadamente 80ml.
2- Regular termostato para a temperatura desejada e aguardar o
equilíbrio termino banho/amostra.
3- Iniciar o escoamento do óleo, ao mesmo tempo em que um
cronometro é acionado.
4- Quando o óleo no frasco receptor atingir o nível indicativo de 60ml,
travar o cronômetro.
5- O tempo, em segundos, é relacionado com a unidade SSU e
relatada como viscosidade Saybolt na temperatura adotada.
Para óleos com viscosidade acima de 1000 SSU costuma se usar um furo de
escoamento que proporciona vazão 10 vezes maior, afim de diminuir o tempo de
medição.
Temperaturas padrões
- 20ºC, 50ºC, 100ºC.
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Procedimento simplificado para medição.
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Procedimento simplificado para medição.
130 R1 a 37,8ºC
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Procedimento simplificado para medição.
37,8ºC 98,8ºC
C 0,0943 0,0949
D 0,0731 0,0737
Tempo cronometrado:
T1 C = 359,3” – 37,8ºC
T2 C = 456,4” – 37,8ºC
T1 x C = 33,88
→ Media V = 33,62 Cst a 100ºF
T2 x C = 33,36
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quanto maior for a temperatura, maior deverá ser a
viscosidade.
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Classificação SAE para óleos de caixas de mudança e diferenciais:
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Todas as viscosidades a 40°C. Usar os “ASTM D 341
Charts” para determinar uma viscosidade em outra
ISO Standard
temperatura
3448 ASTM D-
2422 Ponto Médio Equivalência
Viscosidade Cinemática, cSt
de Aproximada
Viscosidade SUS
Mínimo Máximo
cSt
ISO VG 2 2.2 1.98 2.42 32
ISO VG 3 3.3 2.88 3.52 36
ISO VG 5 4.6 4.14 5.06 40
ISO VG 7 6.8 6.12 7.48 50
ISO VG 10 10 9.00 11.0 60
ISO VG 15 15 13.5 16.5 75
ISO VG 22 22 19.8 24.2 105
ISO VG 32 32 28.8 35.2 150
ISO VG 46 46 41.4 50.6 215
ISO VG 68 68 61.2 74.8 315
ISO VG 100 100 90.0 110 465
ISO VG 150 150 135 165 700
ISO VG 220 220 198 242 1000
ISO VG 320 320 288 352 1500
ISO VG 460 460 414 506 2150
ISO VG 680 680 612 748 3150
ISO VG 1000 1000 900 1100 4650
ISO VG 1500 1500 1350 1650 7000
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TABELA COMPARATIVA DE LUBRIFICANTES
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AGMA PARA LUBRIFICANTES ENGRENAGENS FECHADAS
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TABELA DE VISCOSIDADES À TEMPERATURAS DIFERENTES
Saybolt Redwood Engler Saybolt Redwood Saybolt Redwood S. Furol Engler Saybolt Redwood Engler
70° F 70° F 20°C 100° F 100° F 130° F 140° F 122° F 50°C 212° F 212° F 100°C
67 55 2.2 50 42
83 67 2.5 55 46
99 80 2.9 60 50
111 88 3.1 65 53
112 98 3.4 70 57
151 119 4.2 80 64
176 140 4.9 90 73
212 170 6.0 100 81 71 51 2.2 40 34 1.26
269 215 7.10 120 97 89 57 2.45 41 35 1.30
310 255 9.0 140 112 93 62 2.7 42 35.5 1.32
388 305 10.6 160 128 101 67 2.95 43 36 1.34
437 355 12.2 180 144 110 72 3.2 44 37 1.37
503 400 14 200 160 118 77 3.45 45 38 1.40
579 460 16 225 180 124 82 3.76 46 38.5 1.42
658 520 18.9 250 200 131 86 4.07 47 39 1.44
760 606 20.9 275 219 139 91 4.39 48 40 1.47
872 695 22.9 300 239 146 96 4.70 49 41 1.51
999 795 25.6 325 259 154 102 5.02 50 42 1.54
1085 898 28.9 350 279 161 107 5.33 52 43.5 1.59
1178 974 31.1 375 299 170 113 5.68 54 45 1.65
1267 1049 33.8 400 319 181 122 5.96 55 46 1.67
1439 1177 40.0 450 359 196 132 6.98 56 47 1.71
1561 1301 45.5 500 398 212 142 7.21 58 48 1.74
1797 1498 50.5 580 438 228 153 7.83 60 50 1.80
1963 1649 56.0 600 478 243 166 8.46 62 51 1.84
2302 1919 67.0 700 558 292 187 9.71 67 58 1.97
2760 2284 77.0 800 637 360 206 10.96 72 59 2.12
3134 2604 87.0 900 717 396 230 12.21 77 63 2.25
3637 2948 97.2 1000 796 434 252 13.46 82 67 2.38
3860 3300 110.7 1100 880 466 275 14.71 87 71 2.51
4395 3661 116.7 1250 962 502 298 65 15.96 93 75 2.65
4846 4039 126.2 1300 1044 540 321 68 17.21 100 81 2.85
5304 4420 135.6 1400 1126 578 340 72 18.71 105 86 3.02
5760 4800 144.9 1500 1209 615 367 73 20.21 109 90 3.15
6229 5195 154.1 1600 1289 647 390 79 21.46 113 94 3.29
6658 5582 163.2 1700 1371 678 414 83 22.96 118 98 3.45
7159 5966 172.2 1800 1453 726 438 81 24.21 123 102 3.59
7633 6361 181.2 1900 1535 759 458 91 25.71 128 106 3.71
8080 6737 190.1 2000 1617 788 477 94 26.96 133 110 3.84
2500 2019 909 556 114 30.50 144 115 4.12
3000 2412 1031 638 130 34.00 156 126 4.38
3500 2623 1156 717 146 37.50 171 131 4.54
4000 3225 1179 797 163 42.00 189 138 4.83
4500 3626 1304 878 181 47.00 204 161 5.59
5000 4051 1427 956 198 53.00 216 171 5.83
5500 4432 1549 1037 216 58.00 231 182 6.32
6000 4835 1668 1120 235 64.00 249 200 6.94
6500 5237 1793 1206 252 69.00 264 212 7.37
7000 5659 1916 1289 269 74.00 280 223 7.74
7500 6041 2039 1374 287 79.00 294 234 8.10
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SAYBOLT UNIVERSAL GRAUS ENGLER CINEMÁTICA (CsT) REDWOOD NR. 2
100 ºF 104 ºF 130 ºF 210 ºF 20ºC 40ºC 50ºC 100ºC 20ºC 40ºC 50ºC 100ºC 70ºF 104ºF 140ºF 200ºF
40 39,0 36,9 - 1,48 1,28 1,24 0 6,0 3,55 3,00 - 41 35,2 32,8 -
45 43,2 39,5 34,2 1,75 1,40 1,33 1,15 9,0 5,00 4,15 1,73 50 38,8 34,8 31,5
50 47,5 42,2 35,1 2,08 1,51 1,41 1,17 12,5 6,40 5,21 2,05 60 42,5 36,7 32,2
55 51,8 45,0 35,8 2,40 1,62 1,40 1,19 15,1 7,60 6,20 2,32 68 46,0 38,5 32,9
60 52,0 48,0 36,5 2,70 1,74 1,57 1,21 18,5 8,95 7,10 2,55 78 49,7 40,0 33,5
70 64,0 52,0 37,5 3,42 1,95 1,72 1,24 25,0 11,20 8,80 2,95 100 56,3 43,2 34,7
80 72,0 56,0 38,5 4,80 2,18 1,86 1,26 31,0 13,05 10,50 3,30 122 63,3 46,5 35,6
90 80,0 61,0 39,5 5,20 2,40 2,02 1,28 38,0 15,50 12,00 3,60 148 70,0 49,0 36,5
100 88,0 65,0 40,3 5,80 2,60 2,17 1,31 44,0 17,50 13,40 3,90 172 78,0 52,0 37,4
110 96,0 69,5 41,1 6,60 2,80 2,30, 1,33 50,0 19,50 14,50 4,15 195 84,0 55,0 38,0
120 105,0 74,0 41,9 7,50 3,03 2,45 1,35 57,0 21,50 16,00 4,40 224 90,0 57,0 38,8
130 112,0 78,0 42,5 8,40 3,25 2,58 1,37 64,0 23,50 17,30 4,65 250 98,0 60,5 39,5
140 120,0 82,0 43,2 9,10 3,45 2,70 1,38 69,0 25,20 18,50 4,82 270 105,0 62,2 40,1
150 128,0 86,0 43,9 10,00 3,64 2,83 1,40 76,0 27,00 19,70 5,10 295 110,0 65,0 40,9
160 137,0 90,0 44,6 10,90 3,90 3,00 1,42 83,0 29,00 21,10 5,28 322 117,0 67,8 41,5
170 145,0 94,0 45,2 11,50 4,10 3,11 1,43 90,0 30,50 22,10 5,43 344 125,0 70,0 42,2
180 150,0 97,0 45,8 12,40 4,22 3,23 1,45 95,0 32,00 23,40 5,60 363 132,0 72,2 42,8
190 160,0 101,0 46,4 13,20 4,50 3,35 1,47 100,0 33,80 24,50 5,82 390 140,0 75,0 43,5
200 167,0 105,0 47,0 14,10 4,70 3,50 1,48 108,0 35,50 25,50 6,05 420 145,0 77,5 44,0
220 182,0 112,5 48,0 15,80 5,18 3,75 1,51 120,0 39,00 28,00 6,40 460 155,0 80,0 45,5
240 200,0 120,0 49,5 17,50 5,62 4,03 1,54 134,0 43,00 30,20 6,80 508 175,0 88,0 46,8
260 215,0 128,0 50,7 19,10 6,10 4,35 1,58 145,0 46,00 32,50 7,20 560 187,0 94,0 47,0
280 232,0 137,0 52,0 21,00 6,55 4,65 1,61 160,0 50,00 35,00 7,50 610 204,0 98,0 49,1
30
SAYBOLT UNIVERSAL GRAUS ENGLER CINEMÁTICA (CsT) REDWOOD NR. 2
100 ºF 104 ºF 130 ºF 210 ºF 20ºC 40ºC 50ºC 100ºC 20ºC 40ºC 50ºC 100ºC 70ºF 104ºF 140ºF 200ºF
300 250,0 145,0 53,0 22,50 7,00 4,90 1,64 175,0 53,00 37,00 7,80 660 218,0 103,0 50,5
320 263,0 153,0 54,1 24,20 7,40 5,20 1,67 188,0 57,00 39,10 8,18 730 230,0 108,0 51,5
340 280,0 161,0 55,3 26,00 7,80 5,50 1,70 200,0 60,00 41,80 8,50 770 242,0 114,0 53,0
360 300,0 170,0 56,5 28,00 8,40 5,80 1,73 218,0 64,00 44,00 8,80 825 262,0 120,0 54,1
380 318,0 180,0 57,8 30,50 8,85 6,15 1,76 230,0 68,00 46,50 9,15 875 278,0 125,0 55,2
400 330,0 190,0 59,0 33,00 9,25 6,45 1,79 250,0 71,00 48,50 9,42 925 290,0 132,0 56,3
450 365,0 208,0 62,0 37,50 10,20 7,10 1,85 282,0 78,00 54,00 10,25 1070 320,0 145,0 59,5
500 400,0 228,0 64,5 41,00 11,50 7,80 1,93 320,0 87,00 60,00 11,00 1200 358,0 158,0 62,0
550 440,0 247,0 67,0 46,00 12,50 8,50 2,00 353,0 95,00 65,00 11,70 1350 390,0 170,0 65,0
600 490,0 267,0 70,7 51,00 13,70 9,25 2,08 390,0 105,00 70,00 12,50 1500 425,0 187,0 68,0
650 525,0 285,0 73,0 56,00 14,80 9,80 2,15 430,0 112,00 75,00 13,20 1620 460,0 200,0 70,0
700 560,0 305,0 76,0 60,00 15,80 10,50 2,22 465,0 121,00 81,00 13,58 1780 485,0 215,0 74,0
750 600,0 320,0 79,0 65,00 16,90 11,20 2,28 500,0 128,00 87,00 14,20 1900 520,0 227,0 76,0
800 640,0 340,0 81,0 70,00 18,00 12,00 2,35 540,0 137,00 92,00 15,00 2020 560,0 235,0 79,0
850 680,0 360,0 83,5 75,00 19,10 12,50 2,42 575,0 147,00 98,00 15,80 2150 600,0 250,0 82,0
900 720,0 380,0 86,0 80,00 20,30 13,50 2,49 620,0 155,00 102,00 16,50 2350 640,0 262,0 85,0
950 760,0 401,0 88,0 85,00 21,50 13,90 2,55 655,0 167,00 107,00 17,00 2500 670,0 273,0 87,0
1000 800,0 423,0 91,0 91,00 24,00 14,97 2,62 700,0 185,00 112,00 17,70 2630 710,0 290,0 90,0
1100 870,0 450,0 96,0 104,00 26,00 16,00 2,73 757,0 200,00 122,00 18,70 2950 760,0 310,0 94,3
1200 950,0 480,0 100,0 113,00 27,00 17,20 2,85 750,0 215,00 132,00 19,80 3250 840,0 332,0 99,8
1300 1010,0 520,0 105,0 124,00 28,50 18,70 2,86 945,0 225,00 143,00 20,80 3600 900,0 355,0 105,0
1400 1100,0 535,0 110,0 135,00 30,00 19,90 3,07 1000,0 237,00 150,00 21,90 3900 950,0 380,0 112,0
1500 1200,0 590,0 115,0 145,00 33,00 21,00 3,19 1100,0 250,00 160,00 22,80 4200 1010,0 400,0 115,0
31
SAYBOLT UNIVERSAL GRAUS ENGLER CINEMÁTICA (CsT) REDWOOD NR. 2
100 ºF 104 ºF 130 ºF 210 ºF 20ºC 40ºC 50ºC 100ºC 20ºC 40ºC 50ºC 100ºC 70ºF 104ºF 140ºF 200ºF
1600 1280,0 625,0 120,0 158,00 35,50 22,50 3,30 1200,0 270,00 270,00 24,00 4550 1100,0 420,0 120,0
1700 1350,0 665,0 124,0 170,00 38,50 24,00 3,42 1300,0 290,00 183,00 25,00 4950 1180,0 455,0 125,0
1800 1400,0 700,0 127,0 180,00 40,00 25,00 3,54 1400,0 305,00 190,00 26,00 5200 1220,0 470,0 130,0
1900 1500,0 740,0 131,0 193,00 42,00 26,00 3,63 1500,0 320,00 200,00 26,90 5520 1300,0 495,0 135,0
2000 1600,0 770,0 136,0 210,00 44,00 27,40 3,76 1650,0 340,00 212,00 28,00 5900 1400,0 520,0 140,0
2200 1700,0 840,0 144,0 230,00 47,00 30,00 3,95 1750,0 370,00 232,00 29,50 6550 1500,0 560,0 148,0
2400 1800,0 910,0 153,0 250,00 52,00 32,20 4,07 1900,0 400,00 250,00 31,20 7250 1620,0 600,0 158,0
2600 2000,0 964,0 160,0 270,00 57,00 35,00 4,29 2100,0 440,00 270,00 33,00 7850 1750,0 650,0 165,0
2800 2180,0 1040,0 170,0 300,00 61,00 37,80 4,60 2300,0 470,00 290,00 34,50 8550 1900,0 700,0 175,0
3000 2300,0 1120,0 180,0 335,00 65,00 40,00 4,80 2600,0 500,00 310,00 36,00 9500 2000,0 750,0 185,0
3400 2550,0 1210,0 190,0 370,00 72,00 44,00 5,18 2800,0 550,00 340,00 39,00 10050 2200,0 800,0 200,0
3700 2800,0 1300,0 200,0 400,00 80,00 48,00 5,40 3100,0 600,00 370,00 41,00 11800 2400,0 850,0 210,0
4000 3000,0 1400,0 210,0 440,00 85,00 52,00 5,70 3400,0 650,00 390,00 43,00 12300 2600,0 900,0 220,0
4300 3200,0 1500,0 220,0 480,00 90,00 55,00 6,00 3750,0 700,00 420,00 45,00 13800 2800,0 960,0 230,0
4500 3400,0 1600,0 230,0 520,00 95,00 58,00 6,20 4000,0 750,00 440,00 47,50 15000 3000,0 1000,0 240,0
4800 3650,0 1700,0 240,0 570,00 100,0 62,00 6,50 4350,0 780,00 470,00 49,50 16000 3200,0 1080,0 255,0
5050 3800,0 1820,0 250,0 600,00 107,0 65,00 6,70 4500,0 810,00 495,00 50,50 17000 3400,0 1130,0 265,0
5500 4000,0 1900,0 260,0 680,00 115,0 70,00 7,00 5000,0 860,00 540,00 53,00 20500 3600,0 1250,0 278,0
5850 4350,0 2000,0 270,0 710,00 122,0 74,00 7,25 5500,0 890,00 570,00 55,00 21000 3800,0 1300,0 288,0
6100 4550,0 2100,0 280,0 750,00 130,0 78,00 7,50 5900,0 950,00 600,00 57,00 22000 4000,0 1350,0 300,0
6800 4850,0 2200,0 290,0 800,00 138,0 83,00 7,80 6400,0 1030,00 630,00 59,50 24000 4250,0 1420,0 310,0
7500 5400,0 2300,0 300,0 840,00 150,0 87,00 8,20 7000,0 1180,00 670,00 62,00 26000 4600,0 1500,0 320,0
8000 6000,0 2580,0 320,0 1000,00 170,0 97,00 8,80 8000,0 1320,00 740,00 67,00 28500 5100,0 1630,0 345,0
9000 6600,0 2800,0 330,0 1180,00 190,0 110,00 9,50 9000,0 1450,00 825,00 72,00 32500 5650,0 1800,0 375,0
10000 7300,0 3200,0 380,0 1350,00 210,0 120,00 10,00 10000,0 1600,00 920,00 77,00 38000 6500,0 2000,0 400,0
11000 8000,0 3430,0 400,0 1500,00 230,0 132,00 10,60 12000,0 1800,00 1000,00 82,00 44000 7200,0 2200,0 430,0
32
5.2. INDICE DE VISCOSIDADE
A uma série de óleos tipicamente naftênicos, foi atribuído o índice “zero” (máxima
variação de viscosidade na época) e outra séria de óleos tipicamente parafinico foi
atribuído índice “100” (mínima variação de viscosidade da época). Foram
tabeladas as viscosidades das duas séries de óleos a 37,8ºC e a 98,9ºC, a partir
das quais se pode calcular, conhecendo-se as viscosidades é um número que
indica como variam as viscosidades de um óleo a diferentes temperaturas.
Existem atualmente óleos com indice de viscosidade abaixo de zero e óleo com
indice de viscosidade acima de 100.
O I.V. é uma característica utlizada para identificar a natureza óleos minerais
puros:
33
34
5.3. PONTO DE FLUIDEZ
O ponto de fluidez dá uma idéia de quanto determinado óleo lubrificante pode ser
resfriado sem perigo de deixar fluir.
PONTO DE NÉVOA
35
5.5. PONTO DE FULGOR (Vaso Aberto Cleveland)
Definição
É a menor temperatura em que os vapores de um lubrificante em mistura com o
ar, quando aquecidos, se inflamam por curto tempo, por contato com uma chama
piloto, acima da superfície do óleo.
Razões
O conhecimento do ponto de fulgor em óleos lubrificantes auxilia em medidas de
precaução contra riscos de fogo e indica a diluição do óleo por combustíveis.
Procedimento do ensaio
O vaso Cleveland é cheio com amostras de óleo até a marca específica de
enchimento. O bulbo do termômetro é imerso na mostra até ¼” do fundo do vaso.
36
A terminação do ponto de fulgor mais utilizada nos Estados Unidos e no Brasil é a
preconizada pela norma ASTM D 92-52, feita no aparelho Cleveland, consistindo,
essencialmente, de um vazo aberto, com largo rebordo na boca, medindo 6,35cm
o seu diâmetro interno, e 3,33cm de profundidade, no qual é colocada a amostra
de óleo aquecida. Quando a temperatura chega próximo ao ponto de Fulgor
previsto, começa-se a passar sobre a superfície do óleo uma pequenina chama
padrão esférica, com diâmetro de cerca de 0,4cm, a intervalos regulares de
tempo, que correspondem a aumentos constantes de temperatura.
37
Ponto de Fulgor inferior a 150 ºC não deve ser empregado para fins de
lubrificação.
38
Resíduos de carvão deixados pelo óleo lubrificante em motores de combustão
interna, ou em compressores, são muito incovenientes sob vários aspectos.
Uma regra básica para que um ensaio mereça bastante crédito é que produza, em
laboratório, tanto quanto possivel, as condições existentes na prática. Daí surge a
grande objeção ao resíduo de carbono Conradson. As condições existentes no
aparelho, para produzir o residuo, não se verificam em nenhuma máquina.
5.7. COR
A cor pode ser observada por transparência, isto é, contra luz, ou por luz refletida.
39
Colorímetro Saybolt é empregado para óleos lubrificantes incolores,
comercialmente conhecidos como óleos brancos, de vasta aplicação como
matéria-prima na indústria de cosméticos e famacêutica.
A cor é importante para os óleos brancos (cor saybolt) e para as vaselinas (cor
N.P.A.).
Os óleos brancos têm uma importante aplicação na lubrificação de fibras têxteis
sintéticas.
Para óleos do mesmo tipo, o mais claro possui menos viscosidade. É preciso
lembrar, porém, que existem óleos de alta viscosidade e cor clara.
40
5.8. NÚMERO DE NEUTRALIZAÇÃO
• Colorimétrico (ASTM-D-974)
• Pontenciométrico (ASTM-D-664 e ASTM-D-2896)
COLORIMÉTRICO (ASTM-D-974)
O grau de acidez, ou alcalinidade, do óleo pode ser avaliado pelo seu número de
neutralização.
Este ensaio é útil para o controle de óleos usados, para a verificação da variação
de seu valor, uma vez que, em seu trabalho, os óleos lubrificantes tendem a
acumular produtos ácidos, resultantes da sua própria combustão ou deterioração.
41
POTENCIOMÉTRICO (ASTM-D-664 e ASTM-D-2896)
42
*TAN (Total Acid number)
É a medida da quantidade de base, expressa em n-míligramas, de hidróxido de
potássio (KOH), necessária para neutralizar (até pH 1 1) todos os componentes
ácidos presentes em uma grama de amostra. Para determinar o TAN, podem ser
usados os seguintes métodos: ASTM-D-974 e ASTM-D-664.
5.9. DEMULSIBILIDADE
43
Finalmente é observado o tempo necessário para a completa separação da água.
O resultado é dado por 4 números, representando, respectivamente, as
quantidades de óleo, água, emulsão e tempo.
Exemplo: 25 – 20 – 35 – 60’... Após 60 minutos temos na proveta 25ml de óleo, 20
ml de água e 35ml de emulsão.
Se quisermos nos estender ainda mais, inclusive aos testes quantitativos para a
determinação de enxofre, cloro e sais inorgânicos, etc., podemos ter indicativos do
caráter protetivo ou corrosivo dos lubrificantes. Entretanto, os testes normalmente
se referem mais especificamente quanto à tendência de corrosão sobre os metais.
Estão incluídos neste grupo,vários testes tanto da ASTM como da Federal Test.
44
própria ASTM. O resultado é expresso pelos números de classificação de 1 a 4
havendo em cada classificação estágios intermediários dados por letras. A menor
corrosão é expressa pela classificação 1 e a maior pela 4.
O ponto de anilina pode-nos dar uma idéia da composição dos óleos, pois os que
tem alto ponto, possuem menos aromáticos e mais componentes do tipo alifático.
45
5.12. Ensaio de Espuma – ASTM D-892
Definição
É a medida da quantidade de espuma formada pela injeção de ar feita através de
uma esfera porosa numa amostra de óleo contida em uma proveta graduada, em
teperaturas padronizadas.
Razões
Este ensaio é usado para determinar a característica antiespumante do óleo, em
determinadas temperaturas.
Procedimento do ensaio
Na amostra, mantida a uma temperatura de 23,9ºC, é injetado ar durante 5
minutos; a seguir; espera-se 10 minutos para verificar-se a estabilidade da
espuma. É medida, no final dos dois períodos, o volume de espuma (em ml). O
teste é repetido numa segunda amostra a 93,3ºC, e após a eliminação total da
espuma é repetido a 23,9ºC, na mesma amostra.
46
5.13. Insolúveis em Pentano e em Benzeno – ASTM D-893
Definição
Os insolúveis são definidos como a quantidade total de material insolúvel na
mistura de óleo e solvente.
Razões
Vereficar a presença de materiais insolúveis nos solventes tais como resinas,
vernizes, borra, etc.
Procedimento do ensaio
Quantidades conhecidas de amostra e solventes (pentano ou benzeno), são
colocadas em tubos de centrifugador cônico; depois, são centrifugados para
separar todo material que possa ser precipitado pelo solvente. O pentano precipita
resinas por oxidação e contaminantes sólidos e o benzeno dissolve resinas por
oxidação e também precipita as impurezas e contaminantes sólidos.
47
5.14. CINZAS
Em óleos sem uso, esse valor é representado principalmente pela parte mineral
dos aditivos, e permite avaliar, até certo ponto, o grau de detergência dos motor-
oils. É necesário lembrar, entretanto, a possibilidade da existência de aditivos
detergentes (ashless) no óleo, os quais não deixam cinzas.
48
5.15. ÁGUA POR DESTILAÇÃO
Este método é pouco preciso para quantidades pequenas de água (menos que
0,1%). Neste caso usar o Karl Fisher.
49
5.16. EXTREMA PRESSÃO
Ensaio TINKEM
RESULTADOS DO TESTE
ÓLEO CARGA (lb)
MINERAL PURO 0 – 20
MÉDIO EP 20 – 60
ELEVADO EP 60 EM DIANTE
O resultado é dado pela pressão mais alta aplicada sem que haja escoriações.
50
Ensaio fourball
Uma esfera de aço é posta a girar sobre outras três esferas iguais, as quais
permanecem em posição estacionária. Isto proporciona três pequenas áreas de
contato circulares, em comparaçào com a pequena área retangular existentes nas
outras máquinas de testes.
51
5.17 . TESTES EXECUTADOS EM ÓLEOS USADOS
TURBINAS MOTORES
TESTES CIRCULAÇÃO ENGRENAGENS SPINOLE
E HIDRAULICO GASOLINA DISEL
GRAVIDADE
API
PONTO DE FULGOR
VISCOSIDADE
INSOLÚVEIS
CINZAS
Nº NEUTRALIZAÇÃO
PONTECIOMETRO
COR
DILUIÇÃO
ÁGUA
52
5.18. INTERPRETAÇÃO DE ANÁLISE DE ÓLEO USADO
53
“ UM TERÇO DE TODOS OS PROBLEMAS
DE MANUTENÇÃO, ACONTECEM DEVIDO
A FALHAS OCULTAS, NÃO REVELADAS.”
John M. Moubray
54
6. ADITIVOS
ADITIVOS INDUSTRIAIS E SUAS APLICAÇÕES
9 ADITIVOS INDUSTRIAIS
9 AGENTES ANTI-DESGASTE E EP
9 FÍSICOS
9 QUÍMICOS
9 INIBIDORES DE OXIDAÇÃO
9 INIBIDORES DE CORROSÃO
9 DISPERSANTES
9 DETERGENTES
9 EMULSIFICANTES
9 SINTÉTICOS
9 INIBIDORES DE FERRUGEM
9 AGENTES DE OLEOSIDADE
9 MODIFICADORES DE ATRITO
9 MELHORADORES DOS ÍNDICES DE VISCOSIDADE
9 ABAIXADORES DO PONTO DE FLUIDEZ
9 ANTISSÉPTICOS
9 DILUENTES OU VEÍCULOS
9 CONTROLADORES DE ODOR
9 REPELENTE DE ÁGUA
9 COUPLING AGENTS
55
Adesão
• COLORAÇÃO
• ESTABILIZAÇÃO E FIXAÇÃO DE COR
• CONTROLE OU MODIFICAÇÕES DE ODOR
• OUTROS
56
O aditivo Microfluxtrans reage com o metal da superfície que se quer lubrificar,
transformando-o em um material, que na ocorrência de uma lubrificação limite,
transfere o material das saliências microscópicas da superfície para as
reentrâncias num fluxo continuo, sem que haja desprendimento de material.
O processo é químico, por tanto, o aditivo é consumido.
Uma vez que o atrito de rolamento é de dez à cem vezes menor que o atrito de
deslizamento, os ganhos em redução de desgaste e temperatura são enormes. A
ação é puramente física, não havendo consumo de aditivo.
6.1.4. DISPERSANTES
6.1.5. DETERGENTES
57
6.1.6. INIBIDORES DE FERRUGEM
Tem pouca aplicação em óleos industriais, exceto naqueles casos em que a baixa
temperatura obriga o seu uso.
6.1.11. ANTISSÉPTICOS
58
6.1.12. DILUENTES OU VEÍCULOS
59
ADITIVOS TÍPICOS:
ANTI-ESPULMANTE......................................................................15ppm
ANTI-OXIDANTE............................................................................0,1 à 1,0%
ANTI-FERRUGEM..........................................................................0,5%
ANTI-DESGASTE...........................................................................0,5 à 3,5%
DETERGENTE / DISPERSANTE...................................................1,0 à 10,0%
GORDURAS...................................................................................até 25%
SABÃO DE CHUMBO....................................................................até 10%
BISSULFETO DE MOLIBDÊNIO...................................................0,1 à 3,0%
ANTI-GOTEJANTE........................................................................0,1 à 3,0%
CARGAS:
TALCO..........................................................................................até 30,0%
ÓXIDO DE CHUMBO...................................................................até 5,0%
MICA.............................................................................................até 50,0%
ASFALTO.....................................................................................até 90,0%
GRAFITE......................................................................................até 15,0%
LÃ.................................................................................................até 30,0%
APLICAÇÕES TIPICAS:
60
TIPOS DOS COMPOSTOS
FINALIDADE RAZÕES DO USO MECANISMO DE AÇÃO
USADOS
Compostos orgânicos contento enxofre,
Para evitar o acúmulo de verniz e borra Reduz o volume de oxigênio absorvido
fôsforo ou nitrogênio, tais como aminas,
Antioxidantes ou inibidores de nas partes do motor. pelo óleo, assim reduzindo a formação de
sulfetos, hidroxisulfetos, fenois. Metais
oxidação Para evitar a corrosão dos mancais de corpos ácidos. O aditivo, geralmente,
com estanho, zinco ou bário,
liga. oxida de preferência ao óleo.
frequentemente incorporados
Inibe a oxidação de modo que não há
formação de corpos ácidos ou permite a
Compostos orgânicos contento enxofre Para evitar a falha dos mancais de liga
formação de uma película protetora no
Anticorrosivos, preventivos da ativo, fôsforo ou nitrogênio, tais como pela ação corrosiva.
mancal ou superficies metálicas.
corrosão ou “Venenos”Catalíticos sulfetos, sais metálicos do ácido Para evitar o ataque corrosivo nas
A formação de película química nas
tiofosfórico e ceras sulfuradas. superfícies metálicas
superfícies metálicas reduz a oxidação
catalítica do óleo
Pela ação química ou direção da
Compostos organo-metálicos, tais como
Para manter as superfícies do motor oxidação, os produtos solúveis da
fosfatos e alcoolatos, fenolatos. Sabões
Detergentes de elevado peso molecular, contendo
limpas e evitar os depositos de borra de oxidação não podem se tornar insolúveis
todos os tipos. para se depositarem sobre as várias
metais como magnésio, bário e estanho.
partes do motor.
Aglomeração da fuligem do combustível e
os produtos insolúveis da decomposição
Compostos organo-metálicos, tais como
Para evitar que a borra potencial se torne do óleo, são evitados pela sua
naftenatos e sulfonatos, Sais orgânicos
Dispersantes contendo metais com cálcio, cobalto e
insolúvel em suspensão, para evitar sua transformação em estado finalmente
deposição sobre as superfícies. dividido. As partículas contaminantes
estrônio.
permanecem suspensas no óleo em
forma coloidal.
Pela ação quimica forma-se uma pelicula
Para evitar o desgaste desnecessário das
Compostos de fósforo como fosfato na superficie metálica, a qual evita a
Agentes de pressão extrema tricresilico.
partes móveis, assim como o
soldagem ou engripamento, no caso de
arranhamento
ruptura da pelicula lubrificante.
Aminas, óleos gordurosos e certos ácidos Para evitar a ferrugem em motores novos
Umedecimento preferencial das
Preventivos contra a ferrugem graxos. Derivados halogenados de certos ou revisados durante a armazenagem ou
superficies por meio de total adesividade.
ácidos graxos. Sulfonatos. transporte.
Produtos de condensação de alto peso
Cristais de cera cobertos de óleo, para
molecular, tais como fenóis condensados Para baixar o ponto de fluidez dos óleos
Redutores do Ponto de Fluidez com cera clorada, Polímeros de lubrificantes.
evitar o seu crescimento e absorção de
óleo sob baixa temperatura.
Metacrilato.
Os reforçadores são menos afetados pela
Olefinas ou is-olefinas polimerizadas. Para reduzir o grau de alteração de
Reforçadores do índice de temperatura do que o óleo. Eles
Polimeros butilicos, esteres de celulose, viscosidade do óleo sob o efeito da
viscosidade borracha hidrogenada. temperatura.
aumentam a viscosidade a 37,8ºC,
proporcionalmente, mais doque a 98,9ºC.
Para evitar a formação de espuma Permite à espuma desinegrar-se
Inibidores de espuma Silicones
estável. rapidamente e desaparecer.
61
FORMULAÇOES TIPICAS
62
7. GRAXAS LUBRIFICANTES
7.1. GRAXAS LUBRIFICANTES
• CONSIDERAÇÕES GERAIS
• COMPONENTES
• ESPESSADOR
• LUBRIFICANTE FLUIDO
• ADITIVOS
• FORMAÇÕES TIPICAS
• CONDIÇÕES QUE EXIGEM USO DE GRAXA
• CLASSIFICAÇÃO EM GRAU NGLI
• PONTO DE GOTA
• RESISTÊNCIA À AGUA
• ESTABILIDADE
• CARACTERÍSTICA E USO SEGUNDO OS SABÕES.
Temos então:
63
7.3.1. ESPESSANTE
• sabões metálicos
• normal: cálcio, lítio, sódio, alumínio, bário
• complexo: cálcio, lítio, alumínio, bário
• base mista: cálcio-chumbo, lítio-chumbo
• inorgânico: argila, betonita, sílica, argila hectorita
• poliuréias
• negro de fumo
• materiais orgânicos
64
7.3.2. LUBRIFICANTE FLUIDO
A viscosidade do óleo tem bastante influência nas propriedades das graxas, como
por exemplo: graxas à base de lítio, fabricadas com óleos viscosos, tem ponto de
gota elevado e evaporação baixa, enquanto as feitas de óleos de baixa
viscosidade, tem melhor rendimento a baixas temperaturas.
7.3.3. ADITIVOS
65
EXEMPLOS DE ADITIVOS USADOS EM GRAXAS LUBRIFICANTES
66
7.5. CARACTERÍSTICAS DAS GRAXAS
7.5.1. CONSISTÊNCIA
PENETRÔMETRO
67
Baseado nos valores de penetração trabalhada, o “National Lubrificating Grease
Institute” (N. L. G. I.) dos EE. UU. , estabeleceu uma classficação das graxas
lubrificantes, dividindo as mesmas em nove tipos, conforme segue:
68
7.5.2. PONTO DE GOTA (ASTM D566-42)
69
A penetração “não trabalhada”, devido a inúmeros fatores que nela influem, não
costuma ser determinada, a menos que a graxa seja extremamente dura, como
por exemplo, as “Block Greases”.
Ponto de Gota ºC
Graxas de Cálcio 65,5 – 104
Graxas de Aluminio 82,2 – 110
Graxas de Sódio e Cálcio 121 – 193
Graxas de Sódio 148 – 260
Graxas de Litio 176 – 218
Graxas de Bário 176 – 246
Graxas especiais de Argila, Sílica ou 260 – ou mais
Grafite
Certas graxas especial de Cálcio apresentam ponto de gota entre 204 – 288ºC.
Em serviço, é comum utilizar-se uma graxa cujo ponto de gota esteja acima, pelo
menos 10ºC das temperaturas alcançadas durante o serviço.
Resitência à agua
Alguns tipos de graxa tem que exercer a sua tarefa de lubrificação na presença de
água e, por isso, necessitam, como propriedade essencial, de uma certa
resistência contra a água. Graxas à base de cálcio e lítio não se dissolvem na
água como as bases de sódio.
Em face disto, geralmente não se usam graxas à base de sódio quando existe a
possibilidade de contato direto entre a água e o lubrificante. Adiciona-se, a
algumas graxas, o grafite bem moído, a fim de melhorar sua "performance" em
mancais, na presença de água.
Estabilidade ao trabalho
70
Entretanto, outras graxas perdem a sua consistência após terem sido trabalhadas
por algum período dentro do mancal, tornando-se muito finas e escapando dele,
caso o mesmo não tenha sido bem vedado. Evidentemente, é preferível a graxa
que conserva a sua consistência e permanece no mancal. Considera-se este tipo
como uma graxa que possui boa qualidade.
71
8. LUBRIFICAÇÃO DE MANCAIS DE DESLIZAMENTO
y MANCAIS DE DESLIZAMENTO
Será dado neste segmento uma ênfase para explicar o porque das ranhuras nos
mancais de deslizamento, a maneira correta de localizá-los nos diversos tipos e
sob diferentes condições de trabalho.
8.1.1. FOLGA
72
8.1.2. IRREGULARIDADES MICROSCÓPICAS
fig. 6.1
,
fig 6.2
73
O lubrificante por sua vez, mantêm separadas as irregularidades, evitando a
destruição das superfícies e o desperdicio de força.
fig 6.3
No mancal em repouso com ou sem óleo sempre existe contato metal contra
metal.
Os lubrificantes, por sua vez, mantêm separadas estas irregularidades, evitando a
destruição das superfícies e desperdício de força motriz (fig. 6.2).
Esta adesão facilita a distribuição uniforme do óleo que, ao girar o eixo, forma uma
película contínua sobre as superfícies.
A figura 6.3. mostra um mancal com o eixo em repouso, a folga está exagerada
para efeito de ilustração.
Ao introduzir o óleo, como na figura 6.4., este preenche todo o espaço vazio
interno constituindo um verdadeiro reservatório de óleo.
74
Quando o eixo começa a girar, como na partida das máquinas, graças às
propriedades adesivas do óleo, inicia-se o arrastamento de pequenas quantidades
deste, para a região de contato.
fig 6.4
fig 6.5
75
O eixo tende a “subir” na superfície do mancal do lado esquerdo
fig 6.6
76
O deslocamento do eixo continua até que haja equilíbrio entre as pressões
hidráulicas envolvidas.
A composição de forças que atuam sobre o eixo determinam numa resultante que
age no mancal formando uma área de pressão.
77
ÁREA DE PRESSÃO
Enquanto o eixo se acha em repouso, a força que atua verticalmente para baixo,
indicada pela flexa “x”, é proporcionalmente ao peso do eixo.
78
Girando a toda velocidade, a pressão hidrodinâmica originada, levanta o eixo,
dando lugar ao aparecimento de uma força horizontal, indicada pela flexa “y”.
A resultante (R) destas duas forças x e y atua em direção à diagonal, um pouco ao
lado do ponto mais baixo do mancal, em direção oposta àquela que o eixo tomaria
se rolasse sobre uma superfície plana.
Esta flexa (R) representa a direção da pressão máxima, e não se concentra num
‘so ponto, mas atua, com intensidade variável, sobre certa área do mancal.
fig 6.8
A vista longitudinal deste mesmo mancal (fig. 6.9), mostra que nas extremidades
do mancal temos pressões nulas e a, máxima pressão ocorre, exatamente, no
centro do mancal.
79
A determinação da área de pressão nem sempre é tão fácil de se localizar como
no caso que vimos.
fig 6.9
As forças externas, que atuam sobre o eixo, podem ser suficientemente poderosas
para contrabalançar as pressões, e mesmo alterar completamente a posição da
área de pressão.
80
CARGA DE CIMA PARA BAIXO CARGA DA DIREITA PARA ESQUERDA
A
fig 6.10
fig 6.10b
Para a introdução do óleo, deve-se escolher um ponto onde essa pressão seja
mínima.
O trabalho de distribuir o óleo pelo eixo pode ser muito facilitado com o emprego
de chanfros e ranhuras, cortados e localizados corretamente.
Na figura 6.10ª temos um eixo carregado de cima para baixo, a área de pressão
fica na parte inferior, portanto o abastecimento deve ser feito por cima. Por outro
lado, a figura 6.10B mostra o eixo pelo lado esquerdo.
81
CARGA DE CIMA PARA BAIXO
fig 6.11
8.1.12. CHANFROS
fig 6.12
82
Além disso, o chanfro constitui um depósito de óleo que se estende em forma de
cunha, por quase toda a extensão do mancal, terminando a uns 12 mm de cada
extremidade.
Com isso, restringe-se a perda de óleos pelas extremidades do mancal.
8.1.13. RANHURAS
83
Como o principio básico deve-se levar em conta que as ranhuras não devem ser
maiores do que o necessário para armazenar a quantidade de óleo requerida pelo
respectivo mancal. não se devem estender até as extremidade dos mancais
porque, neste caso, o óleo poderia escorrer sem cumprir sua missão de lubrificar.
Devem ser abolidas as ranhuras que apresentam cantos vivos ou cortantes nas
superficies dos mancais.
fig 6.13
RANHURA AUXILIAR
Em certos casos pode ser necessário cortar, também em sentido longitudinal, uma
ranhura auxiliar, no começo da área de pressão, para assegurar a presença de um
volume abundante de óleo, nesta parte vital do mancal. Nos raros casos em que
são necessárias ranhuras auxiliares, o mais indicado é fazê-las de pouca
profundidade, com os cantos arredondados.
84
Para obter resultados satisfatórios é necessário levar-se em conta o sentido de
rotação do eixo e colocar a ranhura de tal maneira que a superfície do eixo passe
sobre ela pouco antes de chegar à area de pressão. A figura 6.14 mostra duas
ranhuras auxiliares, para os dois sentidos de rotação do eixo.
fig 6.14
RANHURA AUXILIAR
Convém lembrar que não se pode obter lubrificação eficiente sem empregar óleo
de viscosidade ou fluidez adequada, que satisfaça às condições de trabalho
existentes e garanta a segurança do funcionamento mediante a conservação, em
serviço efetivo, das suas características originais.
85
Estes mancais, na grande maioria dos casos, não requerem o auxilio de ranhuras.
Se por qualquer razão fosse necessário facilitar a distribuição do óleo, isto seria
facilmente conseguido com uma ranhura longitudinal, partindo do furo de
introdução do óleo, terminando uns 12 mm antes de atingir as extremidades do
mancal, e com seus cantos arredondados.
Com efeito, as altas velocidades favorecem a rápida distribuição e, desde que haja
amplo suprimento de óleo, permitem a formação de cunhas perfeitas e com
suficiente pressão hidrodinâmica, pelo contrário, pressões elevadas dificultam a
ação fluída do óleo, porque se opõem a introdução da película na área de pressão
e tendem a expelir o óleo das superfícies em movimento.
fig 6.15
86
A figura 6.15 mostra um mancal tipico de duas metades, com ranhuras de
distribuição, chanfros dos dois lados, e a superfície raspada.
Na maioria dos casos o simples chanfro, nas arestas laterais internas das metades
superior e inferior do mancal, será suficiente para obter a distribuição adequada do
óleo. Este chanfro coleta o óleo e o distribui em todo o comprimento do mancal,
proporcionando um suprimento abundante, imediatamente antes da entrada na
área de pressão que, neste caso, se acha no fundo do mancal.
Se a rotação é muito lenta e a pressão muito alta, existe o perigo do óleo sair
pelas extremidades antes de haver entrado na área de pressão, ou, que uma falha
momentânea no sistema de lubrificação dê origem à falta de lubrificante. No caso
de mancais que suportam pressões muito elevadas, isto seria de suma gravidade.
fig 6.16
87
Os mancais com mais de 200 mm de comprimento requerem mais de um ponto de
aplicação, a fim de ficar assegurada a rápida distribuição, longitudinal do óleo.
Como se vê na figura 6.17, estes pontos devem ser ligados por urna ranhura
longitudinal de distribuição.
fig 6.17
8.1.16. MANCAIS DE QUATRO PARTES
As arestas das partes que formam o mancal devem ser chanfradas, como indica a
figura, 6.18 para evitar rebordas cortantes. Com a mesma finalidade, é preciso
recortar os suplementos.
88
fig 6.18
A parte essencial dos mancais lubrificados por anéis é, como pode ser visto na
figura 6.19, o anel, que gira solto sobre o eixo e e tem diâmetro bem maior que o
deste. A parte inferior do anel mergulha no banho de óleo.
O eixo, ao girar, arrasta por aderência o anel que, por sua vez, gira lentamente na
mesma direção. O óleo aderido ao anel é levado por este ao ponto mais alto do
eixo, de onde se distribui pela superfície do mancal.
Os mancais lubrificados por anéis podem ser de uma só peça ou de duas. A figura
6.19 mostra a bucha de um mancal de uma só peça com o respectivo anel. Vemos
a ranhura longitudinal de distribuição, cortada na parte mais alta do mancal ,
terminando antes de atingir os rebaixos circulares, coletores de óleo, em ambas as
extremidades da bucha, com as respectivas perfurações para retorno do óleo
coletado à caixa do mancal.
89
Neste tipo de mancal é importante arredondar os cantos do corte (parte cortada do
mancal, onde se acha o anel), pois ao contrário estes cantos dificultariam a
entrada do óleo na área de pressão.
Todos os mancais de duas metades, lubrificados por anéis, exigem que sejam
chanfradas as arestas de cada lado, para evitar que raspem o óleo.
fig 6.19
Os mancais com colar (fixo no eixo) representam, como mostra a figura outro tipo
de sistema de lubrificação com óleo.
90
fig 6.20
Como em qualquer outro tipo de mancal, o óleo deve ser introduzido num ponto
onde não haja pressão radial ou axial, Em outras palavras: o óleo deve ser
introduzido em qualquer ponto entre os colares de escora. A força centrifuga que,
age sobre o óleo que chega à base do colar, o impele à periferia, enchendo assim
as ranhuras radiais, cortadas, no metal branco do mancal , do lado que suporta a
pressão. Chanfrando os cantos das ranhuras que dão para a área de pressão,
facilita-se a entrada do óleo.
91
fig 6.21
As peças essenciais deste mancal de apoio podem ser vistas na figura 6.23. As
ranhuras radiais, de distribuição que existem na face superior do disco de encosto
estacionário, permitem a circulação do óleo de dentro para fora, sob a influência
da força centrífuga. O óleo volta ao interior do mancal pelas ranhuras de retorno
da face inferior.
92
A rotação do colar de escora, na direção indicada pela flecha, origina o
arrastamento do óleo das ranhuras de distribuição para as folgas vizinhas, criando
nelas uma pressão hidrodinâmica. A forma de cunha destas folgas facilita a
entrada do óleo entre as superfícies sob pressão. O óleo arrastado das ranhuras
de distribuição é automaticamente substituído pelo banho de óleo existente no
centro do mancal. Este, por sua vez, é alimentado pelo óleo que volta pelas
ranhuras de retorno. Desta maneira consegue-se a circulação contínua do óleo e,
com uma construção impecável, empregando óleo de alta qualidade, este tipo de
mancal é capaz de suportar pressões especificas muito elevadas.
93
O caso de compressores, difere do das máquinas motrizes, pelo fato do excêntrico
acionar a biela, ao invés de ser por ela acionado. Portanto, para as posições
correspondentes ao excêntrico, a pressão atua em sentido contrário. Daí se
deduz, então, que o conduto deve ser perfurado do lado oposto ao mostrado na
figura 6.24. O mesmo principio se aplica a qualquer outro mancal excêntrico.
A ranhura longitudinal a que nos referimos anteriormente não deve ser cortada
nos casos em que o óleo, ao sair do furo, deva subir por um conduto da biela, para
lubrificar a baste do pistão ou da cruzeta. A ranhura diminuiria a pressão
necessária para forçar o óleo até essas peças e, neste caso, é preferível fazer um
rebaixo anular, na superficie interna do mancal, de modo a acumular o óleo
destinado à lubrificação da haste do êmbolo ou da cruzeta, conforme seja o caso.
fig. 6.24
A figura 6.25 mostra, por transparência, uma vista do jogo de rolos de uma
moenda, mostrando os eixos, os bronzes, e o método mais adequado para obter-
se a lubrificação positiva e segura. É evidente que pela forma dos mancais, não se
poderá conseguir pressão hidrodinâmica no óleo, porque não se trata de mancais
inteiros, nos quais a rotação do eixo produz o efeito de bombeamento. Por outro
lado, nem a velocidade de rotação é suficientemente alta para produzir esse
efeito.
94
um tubo até a ranhura distribuidora que se estende pela face interna de cada
bronze, paralelamente ao eixo. Esta ranhura está situada no início da área de
pressão do mancal e é chanfrada de tal maneira que forma uma cunha de óleo,
cuja aresta é dirigida à área de máxima pressão.
fig 6.25
A figura 6.26 mostra o esquema de três mancais do jogo de rolos de uma moenda.
95
As áreas em traço grosso indicam a localização das pressões máximas e estão
traçadas de tal maneira que sua extensão é proporcional à intensidade das
respectivas pressões. Note-se que a pressão maior age no rolo superior e, por sua
vez, a pressão no rolo direito é maior do que a no esquerdo.
Isto se explica pelo fato da folga ou abertura, entre os rolos, ser maior no lado de
entrada do que no de saída na cana. Dessa maneira, a cana qua já passou entre o
rolo superior e o rolo esquerdo, recebe maior compressão ao passar entre os rolos
superior e direito.
O sentido de rotação dos três rolos é fixo, como está indicado na figura 6.26 isto é,
sempre na direção das setas curvas.
96
Temos agora reunidos, os dados necessários para localizar corretamente a
ranhura de distribuição do óleo em cada um dos três mancais. Este tipo de
ranhuras se assemelha muito às que foram mencionadas anteriormente como
ranhuras auxiliares. Portanto, a prática a seguir, também nos mancais das
moendas, seria a de localiza-las nas proximidades da área de pressão. Entretanto,
as pressões excessivamente elevadas, que estes mancais suportam, aconselham
abrir as ranhuras logo depois do inicio da área de pressão, mas a uma distância
suficientemente grande da área de máxima pressão. Do contrário, poderia ocorrer
que o óleo, ou pelo menos uma boa parte deste, fosse expelido pelas
extremidades do mancal, antes de haver passado pela linha de máxima pressão,
que é o ponto nevrárgico destes mancais.
Pelo mesmo motivo, quando mais elevada for a pressão exercida sobre o mancal,
mais se deve aproximar a aresta aguda das ranhuras à área de pressão máxima.
Tudo isto foi considerado ao indicar as ranhuras na figura. Note-se que, no mancal
superior, a ranhura está mais próxima da área de máxima pressão do que nos
mancais inferiores. As arestas laterais de cada mancal, do lado da entrada em
rotação do eixo, foram chanfradas para evitar a raspagem do óleo aderido ao eixo
e, em casos de emergência ou por qualquer falha do sistema de lubrificação,
podem servir como pontos de aplicação manual do óleo.
Entretando, na prática, na maioria dos casos verifica-se que esta suposição, idela
para determinar a localização da área de pressão máxima, não é confirmada pelas
condições reais, posto que as forças externas podem atuar, no eixo ou no mancal,
em qualquer direção.
97
Estas forças externas podem ser suficientemente grandes para alterar
completamente a posição da área de presão. Exemplos de tais influências são:
pressão dos rolos ou cilindros contra o material que está sendo trabalhado
(laminação, trituração, moagem, etc...) pressão das engrenagens, alinhamento
defeituoso dos mancais, empudo de eixos de manivelas, bielas, etc....
1. Condições de trabalho.
2. Método de aplicação do óleo.
CONDIÇÕES DE TRABALHO
a-)Velocidade do eixo
20.000
b-) Pressão
98
muito relativa, porque o tamanho dos mancais e o metal empregado já foram
determinados levando em conta a carga que devem suportar. O que se deve
considerar, ao escolher o lubrificante para um mancal, é a pressão especifica, que
varia com o tipo de mancal.
Mesmo sem conhecer o valor exato da carga, podemos concluir que a pressão
especifica será muito alta em mancais de bronze ou revestidos de metal patente,
e, pelo contrário, será sempre baixa em mancais comuns de ferro fundido.
Por outro lado, podemos esperar pressões específicas relativamente altas, nos
mancais de baixa velocidade, onde foram previstos dispositivos de refrigeração ou
outras condições que tenham a finalidade de dissipar o calor.
c-) Temperatura
d-) Impurezas
Quando as condições mecânicas dos mancais não forem suficientes para impedir
a entrada de impurezas sólidas, será preferivel lubrificar com graxa. No caso de
entrar água nos mancais, raramente o uso de óleo mineral será satisfatório,
porque este não adere as superficies molhadas. Para estes serviços deve-se usar
99
a graxa ou um óleo corretamente composto que, ao se emulsionar com a água,
adira às superficies molhadas.
Conforme o modo de aplicar o óleo aos mancais, podemos distinguir dois métodos
de lubrificação que influem essencialmente na seleção do lubrificante: lubrificação
contínua ou abundante, e lubrificação intermitente ou por camada limitrofe.
fig 6.27
100
b-) Lubrificação Interminente
1. Viscosidade adequada.
2. Alta tenacidade da película.
101
8.1.26. A VISCOSIDADE DOS ÓLEOS
Os óleos viscosos devem ser empregados nos casos em que as velocidades são
baixas, as pressões e temperaturas elevadas, e as condições mecânicas
inadequadas para o uso de óleos finos pouco viscosos.
102
Viscosidade em cst
103
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA ESCOLHA DO ÓLEO LUBRIFICANTE
ESCOLHA DA GRAXA
Recomendações Gerais
1. TEMPERATURA E CARGA
104
2. RPM – TEMPERATURA
LUBRIFICAÇÃO DE MANCAIS
105
9. LUBRIFICAÇÃO DE MANCAIS DE ROLAMENTOS
INTRODUÇÃO
ATRITO
106
LUBRIFICAÇÃO
LUBRIFICAÇÃO A GRAXA
A graxa possui algumas vantagens sobre o óleo, pois ela é retida mais facilmente
no rolamento, particularmente em eixos inclinados ou verticais e também contribui
para vedação contra contaminantes, umidade e água.
107
A quantidade de graxa a ser colocada, em geral deve ser
Suficiente para preencher de 1/3 (Mínimo) a 2/3 (Máximo)
Dos espaços vazios do rolamento.
Quando se trabalha com graxa a viscosidade do óleo deve estar situado entre 15
a 500 mm 2/s a 40ºC, se o rolamento solicitar viscosidade maior do que 500 mm
2
/s a lubrificação deve ser feita por óleo, pois óleos com estas viscosidades
separam muito lentamente, não permitindo uma lubrificação adequada.
108
O fator de velocidade ndm é geralmente utilizados pelos fabricantes de graxa para
indicar a capacidade de rotação; onde n é a velocidade de rotação em rpm e dm é
o diâmetro médio do rolamento
Dm = 0,5 (d + D)
Trace a vertical desde o valor de 1000 rpm até a curva de diâmetro d=100mm.
109
fa – Rolamentos radiais de esferas
fb – Rolamentos de rolos cilíndricos, rolamentos de agulhas
fc – Rolamentos de rolos autocompensadores, de rolos cônicos, axiais de esferas,
de colos cilíndricos sem gaiolas (0.2fc) e axiais de rolos cilindricos (0.5 fc)
GRAXA MULTIPURPOSE-2
110
RELUBRIFICAÇÃO
Os rolamentos devem ser relubrificados caso a vida da graxa utilizada seja menor
do que a vida esperada do rolamento.
INTERVALOS DE RELUBRIFICAÇÃO
111
FAIXA DE TEMPERATURA DE TRABALHO
TIPO DE GRAXA (SABÃO)
RECOMENDADA
--- --- De (Cº) Até (Cº)
BASE DE LITIO - 30 + 110
COMPLEXO DE LITIO - 20 + 140
BASE DE OXIDO - 30 + 80
COMPLEXO DE SÓDIO - 20 + 140
BASE DE CÁLCIO - 10 + 60
COMPLEXO DE CALCIO - 20 + 130
COMPLEXO DE BÁRIO - 20 + 130
COMPLEXO DE ALUMINIO - 30 + 110
SABÃO INORGÂNICO
(BETONITA, SILICA GEL, - 30 + 130
ETC)
POLIURÉIA - 30 + 140
Tabela 7.8
112
Adicionando-se pequenas quantidades de graxa nova a intervalos regulares, a
graxa usada no rolamento será renovada parcialmente.
fig 7.9
O exemplo acima mostra um caso de lubrificação por graxa, de um rolamento dos rolos.
A graxa é introduzida pelo canal R, sob alta pressão, penetrando no rolamento pelo canal S.
113
Os anéis A e B retêm a graxa no interior do rolamento. O anel A tem a abertura C,
que permite ao excesso de graxa escapar quando é posto em movimento. O
excesso, ou a graxa velha, podem ser extraídos com a remoção da tampa D.
LUBRIFICAÇÃO A ÓLEO
MÉTODOS DE LUBRIFICAÇÃO
O método mais simples é o banho de óleo (fig 7.11). O óleo é captado por
elementos rotativos do rolamentoe distribuido dentro do mesmo, retornando em
seguida ao banho de óleo.
O nível de óleo deve ficar um pouco abaixo do centro do corpo rolante que ocupa
a posição mais baixa do rolamento quando estiver parado.
Para evitar frequentes trocas de óleo, ultiliza-se lubrificação por circulação de óleo
dotado de um sistema de refrigeração e filtração.
fig 7.11
114
Um método muito eficaz é o jato de óleo, na qual se injeta o óleo sob alta pressão
em um dos lados do rolamento, a velocidade do óleo deve ser alta o suficiente
para que parte do óleo penetre na turbulência que rodeia o rolamento
(aproximadamente 15m/s).
O ar serve também para refrigerar o mancal e criar uma sobrepressão que evita a
entrada de contaminantes.
ÓLEOS LUBRIFICANTES
Óleos minerais puros, sem aditivos, são geralmente adequados para lubrificação
de rolamentos.
Esta viscosidade pode ser obtida através da figura 7.12 a 7.20 para óleos
minerais.
115
SELEÇÃO DA VISCOSIDADE DO ÓLEO PARA MANCAIS DE ROLAMENTOS
NA TEMPERATURA DE TRABALHO
fig 7.12
116
MINIMA VISCOSIDADE NA TEMPERATURA DE REFERÊNCIA TENDO
VISCOSIDADE E TEMPERATURA DE TRABALHO
117
TABELA SKF para Mancais de Rolamentos
118
ÓLEOS PARA LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS
CÓDIGO CASTROL IPIRANGA ESSO MOBIL OIL PETROBRÁS SHELL TEXACO LUBRIN
S 8 Hxrf Hyspin AWS 10 Ipifus 10 Spinesso 10 Mobil Velocite Oil nº 6 Tellus Oil 10 OHR-10
S 8 Mxrf 1) 4)
S 14 Hxrf Hyspin AWS 22 Ipifus 22 Spinesso 22 Mobil Velocite Oil nº 10 Lubrax CL 22 OF Tellus Oil 22 OHR-22
S 14 Mxrf 4) 4)
S 20 Hxrf Hyspin AWS 32 Ipitur AW 32 Teresso 32 Mobil DTE Oil Light Marbrax TR 32 Tellus Oil 32 Regal Oil R&O 32 OHR-32
S 20 Mxrf 4) 4) Nuto H 32 4)
S 28 Hxrf Hyspin AWS 48 Ipitur AW 46 Teresso 46 Mobil DTE Oil Marbrax TR 46 Tellus Oil 46 Regal Oil R&O 46 OHR-46
S 28 Mxrf 4) 4) Medium 4)
S 38 Hxrf Hyspin AWS 68 Ipitur AW 68 Teresso 68 Mobil DTE Oil Heavy Marbrax TR 68 Tellus Oil 68 Regal Oil R&O 68
S 38 Mxrf 4) 4) Nuto H 68 Medium 4) OHR-68
4) Mobil Vactra Oil Heavy
Medium
S 50 Hxrf Hyspin AWS 100 Ipitur AW 100 Teresso 100 Mobil DTE Heavy Marbrax TR 100 Tellus Oil 100 Regal Oil R&O 100
S 50 Mxrf 4) 4) Nuto H 100 4) OHR-100
4)
S 68 Hxrf Hyspin AWS 150 Ipitur AW 150 Teresso 150 Mobil DTE Oil Extra Marbrax TR 150 Tellus Oil 150 Regal Oil R&O 150
S 68 Mxrf 4) 4) Heavy 4) OHR-150
Mobil Vactra Oil Extra
Heavy
S 105 Hxrf Ilo 220 Ipitur 220 Teresso 220 Mobil DTE Oil BB Marbrax TR 220 Tellus Oil 220 Regal Oil R&O 220 OTR-220
S 105 Mxrf 3) 3) 2) 3) 4) 2)
S 170 Hxrf Ipitur 320 Teresso 320 Mobil DTE Oil AA 3) Inbrax CL 320 OF Regal Oil R&O 320 OTR-320
S 170 Mxrf 3) Mobil Vactra Oil AA 2)
S 260 H Ilo 460 Ipicil 460 Mobil DTE Oil HH Inbrax CIV 460 Valvata Oil 460 Regal Oil R&O 460 OCV-460
S 260 M 1) 2) 3) 4) 1) 1) 2) 3)
S 450 H Cresta SHS 680 Ipicil 680 Mobil Extra Ecla Inbrax CIV 680 Valvata Oil 680 680 T Min. Cyl. Oil OCV-680
S 450 M 1) Super Cyl. Oil Min.
119
ÁBACO PARA O CÁLCULO DE VISCOSIDADE DO ÓLEO USADO NA
LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS
120
DIAGRAMA PARA OBTENÇÃO DE VISCOSIDADE DE ÓLEOS PARA
ROLAMENTOS DE ESFERAS
ROLAMENTO
Temperatura Cº Viscosidade
RPM (N)
Ambiente Operação SSU a 100ºF
Minima Até 60 Até 500 250 / 350
500 a 3600 140 / 200
acima de 3600 60 / 100
60 a 120 Até 500 900 / 960
- 10 500 a 3600 250 / 350
acima de 3600 140 / 200
Acima de 120 Até 500 2200 / 2600
500 a 3600 1600 / 1800
acima de 3600 600 / 700
121
10. ENGRENAGENS
A finalidade seria encontrar uma forma simples de obter o melhor lubrificante para
uma determinada instalação de engrenagens, com a observação de uma tabela ou
gráfico.
Até agora não foi possível simplificar a este ponto a lubrificação de engrenagens.
122
Neste caso lubrificante com EP comum deve ser suficiente para diminuir o
desgaste a níveis aceitáveis.
123
Nas decadas de 80 e 90., muito trabalhos foram desenvolvidos para mostrar que
os dentes das engrenagens não são rigidos, mas que se defletem elasticamente
na zona de contato devido a altas pressões.
A viscosidade do óleo submetido a altas pressões varia rapidamente.
y Tamanho – Diametro primitivo, altura dos dentes, distância entre dentes, área do
dente a ser lubrificada.
124
y Montagem e fechamento – Tipo de alojamento, fechamento total ou parcial, o
mancal é lubrificado pelo mesmo óleo, possibilidades de contaminação.
125
Se os mancais também são lubrificados pelo mesmo óleo, os requisitos das
engrenagens são normalmente mais severos e deve ser determinante na escolha
do grau de viscosidade.
Se uma redução multipla emprega engrenagem sem fim em uma das reduções,
este deve representar o criterio mais critico na escolha do grau de viscosidade.
Em geral num sistema complexo existe sempre um componente mais critico que
determina a escolha.
Uma boa fonte para este tipo de informações é aquela publicada pela AGMA –
American Gear Manufacturer Association.
Òleo para trabalhar numa gama ampla de temperaturas deve ser selecionado com
alto índice de viscosidade afim de reduzir o efeito da variação de temperatura, na
viscosidade do óleo.
126
10.4. MÉTODOS DE LUBRIFICAÇÃO
O lubrificante pode ser aplicado por diversas formas nos dentes das engrenagens.
Para engrenagens muito lentas e óleos muito viscosos pode ser necessária a
instalação de raspadores que coletam o óleo nas laterais das engrenagens e o
direcionam para os mancais.
Se por uma razão qualquer o nível de óleo no cárter é mais alto do que aquele
necessário para lubrificação por banho e salpico, um reservatório pode ser usado
para limitar o nível de óleo que a engrenagem mergulha.
127
O fluxo de óleo no reservatório écontrolado por orifícios colocados no nível de
óleo, que elimina excessiva agitação e aumenta a eficiência.
Altas perdas de carga causados pela agitação também podem inviabilizar o uso do
banho e salpico em altas velocidades.
128
SISTEMA DE CIRCULAÇÃO DE ÓLEO
Neste tipo de sistema a óleo é coletado de um reservatório, que pode ser o cárter
do próprio redutor ou um reservatório a parte, depois bombeado através do filtro,
trocador de calor e válvula de alivio de pressão e depois impulsionado dos
elementos lubrificados sob pressão.
129
A geração de calor pode variar tipicamente de 0,5 a 1% da potência transmitida
por engrenamento para engrenagem cilíndricas e helicoidais.
A velocidade do óleo deve ser suficiente para que haja introdução do óleo entre os
dentes.
Em altas velocidades onde altos volumes de lubrificante não são desejaveis, altos
volumes de óleo podem ser direcionados para as faces das engrenagens ou
saidas do engrenamento, promovendo uma refrigeração eficiente. Baixos volumes
em spray podem ser direcionados antes do engrenamento proporcionando o
maximo de lubrificação.
Telas são instaladas algumas vezes logo acima do nível do óleo do carter com a
finalidade de evitar a formação de espumas.
130
O tipo gotejamento derrama um pequeno volume a intervalos regulares. Quando o
lubrificante entra no engrenamento ele é espremido ao longo do dente.
O tipo spray deposita uma fina camada de lubrificante sobre a superfície interna
do dente.
Lubrificadores automáticos quando usados com lubrificantes pesados, necessitam
do lubrificante afinado com solventes ou através de aquecedores.
y Desgaste leve
Este desgaste inicial pode ser induzido propositadamente com o uso de um óleo
menos viscoso, porem se não houver um controle rigoroso, desgastes severos
podem ocorrer.
y Desgaste Moderado
131
y Desgaste Pesado
Elas podem ser resumidas em: Fadiga, abrasão a dois a tres corpos,
arrastamento, corrosão, desgaste normal e amaciamento.
R&O/AGMA cst a 40ºC (a) ISO (b) EP/AGMA ssu – 100ºF (d)
1 41.4 – 50,6 46 193 – 235
2 61,2 – 74,8 48 2 EP 284 – 347
3 900 – 110 100 3 EP 417 – 510
4 135 – 165 150 4 EP 626 – 765
5 198 – 242 220 5 EP 918 – 1122
6 288 – 352 320 6 EP 1335 – 1632
7 comp (e) 414 – 506 460 7 EP 1919 – 2346
8 comp (e) 612 – 748 680 8 EP 2837 – 3467
8 a comp (e) 900 – 1000 1000 8 A EP 4171 – 5098
132
a) ASTM 2422; BS – 4231
b) ISSO 3448
c) Usar somente óleo com aditivo EP
d) AGMA 250.3 e AGMA 251.02
e) Óleo composto com 3 a 10% gordura animal ou sintética.
133
d) Para temperaturas ambiente diferente dos citados, consultar o fabricante,
alguns óleos sintéticos tem sido usados nestes casos.
e) O ponto de névoa do óleo usado nestes casos deve ser no mínimo 5ºC menor
do que a mínima temperatura esperada.
Na impossibilidade um aquecedor de óleo será necessário.
134
RECOMENDAÇÃO AGMA REDUTOR SEM FIM, CILINDRICO E DUPLO
Tipo Rpm -10 / +10°C +10 / +50°C Rpm parafuso -10 / +10°C +10 / +50°C
Mm parafuso (15 / 50ºF)c (50 / 125ºF)c Acima (rpm)(d) (15 / 50ºF)c (50 / 125ºF)c
Até rpm
Sem fim cilindrico (e)
até 150 700 7 comp. 7 EP 8 comp. 8EP 700 7 comp. 7 EP 8 comp. 8EP
De 150 a 300 450 7 comp. 7 EP 8 comp. 8EP 450 7 comp. 7 EP 7 comp. 7 EP
Acima 300 a 450 300 7 comp. 7 EP 8 comp. 8EP 300 7 comp. 7 EP 7 comp. 7 EP
Acima 450 a 600 250 7 comp. 7 EP 8 comp. 8EP 250 7 comp. 7 EP 7 comp. 7 EP
Acima 600 200 7 comp. 7 EP 8 comp. 8EP 200 7 comp. 7 EP 7 comp. 7 EP
Sem fim duplo (e) ate 150 700 8 comp 8 A comp. 700 8 comp 8 comp
Acima 150 a 300 450 8 comp 8 A comp. 450 8 comp 8 comp
Acima 300 a 450 300 8 comp 8 A comp. 300 8 comp 8 comp
Acima 450 a 600 250 8 comp 8 A comp. 250 8 comp 8 comp
Acima 600 200 8 comp 8 A comp. 200 8 comp 8 comp
a) Ambos, composto e EP são aceitáveis para sem fim cilíndrico. Em sem fim duplo o óleo EP pode ser usado somente
quando autorizado pelo fabricante.
b) O ponto de névoa do lubrificante deve ser menor que a minima temperatura ambiente esperada. Para temperaturas
menores que – 10ºC consultar o fabricante do óleo.
c) As distancias entre centros em polegadas e temperaturas em ºF são aproximações de milímetros e graus Celcius.
d) Sem fim de ambos os tipos operando em velocidades acima de 2400 rpm ou 10 m/s (2000fpr) velocidade de (atrito)
fricção, pode haver necessidade de lubrificação forçada. Em geral lubrificantes de menor viscosidade do que o
recomendado na tabela acima deve ser usada com sistema forçado.
e) Redutores sem fim podem operar satisfatoriamente usando outros tipos de óleo. Entretanto só usar depois de
consertar o fabricante.
135
FAIXAS AGMA PARA ENGRENAGENS ABERTAS
R&O EP
SSU-100ºF cSt 37,8°C Composto ssu 210ºF cSt 98,9ºC (a)
AGMA n.º AGMA n.º
4 626 – 765 140 – 170 4 EP 14 R 2000 – 4000 428 – 856
5 918 – 1.122 200 – 250 5 EP 15 R 4000 – 8000 857 – 1714
6 1.335 – 1.632 300 – 360 6 EP
7 1.919 – 2.346 420 – 500 7 EP
8 2.837 – 3.467 650 – 800 8 EP
9 6.260 – 7.650 1400 – 1700 9 EP
10 13.350 –16.320 3000 – 36000 10 EP
11 19.190 – 23.460 4200 – 5200 11 EP
12 28.370-36.670 6300 – 7700 12 EP
13 850 – 1.000 190 – 220 13 EP
(A 98,9 ºc)b (9210 ºF)
a) Composto residual tipo diluente, óleo pesado contendo diluente, volátil e inflamável, para facilidade de aplicação. O
diluente evapora após aplicação deixando um filme lubrificante nos dentes.. Viscosidades listadas são para
compostos sem diluentes.
O diluente pode ser irritante para a pele e olhos, consulte o fornecedor de lubrificante.
b) Viscosidades AGMA para números maiores que 13 são especificas a 210ºF (98,9ºC), para medição Saybolt, não é
praticável a 100ºF (37,8ºC).
136
Temperatura Caracteristica ____ Velocidade na linha primitiva_____________
ambiente de operação circulação salpico banho
abaixo 5 m/s acima 5m/s abaixo 5 m/s de 5 a 10 m/s até 1,5 m/s
9 – 16 (b) Continua 5 ou 5 EP 4 ou 4 EP 5 ou 5 EP 4 ou 4 EP 8,9 ou 8 EP, 9 EP
reversão ou para-anda 5 ou 5 EP 4 ou 4 EP 7 ou 7 EP 6 ou 6 EP 8,9 ou 8 EP, 9 EP
10 – 52 (b) Continua 7 ou 7 EP 6 ou 6 EP 7 ou 7 EP 6 ou 6 EP 11 ou 11 EP
reversão ou para-anda 7 ou 7 EP 6 ou 6 EP 9 – 10 © 8 – 9 (d) 11 ou 11 EP
9 EP – 10 EP 8 EP – 9 EP(d)
b) Quando a temperatura chegar perto do mínimo, na faixa, o sistema deve contemplar em aquecedor.
137
NUMERO AGMA PARA SISTEMAS INTERNOS
9 – 16 - 14R -
4 – 38 12 EP 15R 12 EP
21 – 52 13EP 15 R 13 EP
138
11. ACOPLAMENTOS
São elementos de maquinas que transmitem torque de um eixo para outro.
9 Acoplamentos rígidos
9 Acoplamentos flexíveis
Os rígidos não requerem lubrificação, são usados onde os dois eixos estão
perfeitamente alinhados.
Lubrificação de Acoplamentos
Acoplamentos de engrenagem
É basicamente composto por dois cubos aonde fica uma fileira de dentes
externos, e por duas luvas onde ficam as fileiras de dentes internos.
139
Para acomodar o desalinhamento os dentes externos são ligeiramente mais
estreitos que o espaço entre os dentes internos, o que possibilita ao cubo assumir
uma posição regular com relação a luva.
140
A necessidade de lubrificação pode ser compreendida pela existência de um
movimento de deslizamento entre os dentes do cubo e luva.
Exemplo:
- Diametro Primitivo = 20cm.
- Rotação = 3000rpm.
Diametro Primitivo
A força centrifuga é uma função que varia com quadrado da rotação enquanto que
o movimento de deslisamento varia diretamente com a velocidade, portanto a
lubrificação de um acomplamento de engrenagem, melhora com o aumento da
rotação.
141
Acoplamento de corrente
142
Acoplamento de Grades
Devido ao perfil especial dos dentes, as grades de aço se flexionam sob torque,
conforme figura.
Lubrificação de Acoplamentos
143
A força centrifuga que atua sobre o lubrificante melhora a lubrificação.
O maior problema do uso do óleo é o vazamento que pode ocorrer sob condições
estáticas.
Cuidados especiais com a vedagem devem ser tomadas para evitar qualquer
vazamento de lubrificante, não se esqueça que altas forças centrifugas agem
sobre os lubrificantes.
Lubrificação a graxa
Este fato talvez explique porque é que muitos fabricantes preferem o uso da graxa
de consistência 2 ao de consistencia 1; apesar de a viscosidade nada ter a ver
com consistência.
A viscosidade do óleo base deve ser maior que 198 CST a 40°C para uma boa
performance.
A escolha da graxa deve considerar uma alta estabilidade física o que recai
necessáriamente sobre graxas de alta qualidade como: graxas de sabão complexo
de graxas de base sintética.
144
Oleos para acoplamentos
Alta força centrifuga não deve degradar o oleo se este for de boa procedencia.
Uma borra umida com aspecto de uma graxa consistência 3; ou uma borra seca
que se desmancha como areia.
9 Água livre
9 Água dissolvida
145
A presença de água livre é indicada por uma leitosa ou parafinada descoloração
do fluído (leitoso).
a) No lubrificante
9 Deteriorar o lubrificante.
9 Deteriorar aditivos e formar gel.
9 Provocar aceleração da oxidação e formar borra (vide esquema).
9 Mudar sua viscosidade.
b) Nos componentes
Quando a deterioração do aditivo isto pode ocorrer por remoçào do aditivo ou por
reações químicas que inibem sua função ou a água entra em contato com o
aditivo pode tornar-se altamente agressiva.
A solubilidade de um aditivo depende da composição do lubrificante.
O óleo livre de água tem uma tendência reduzida a se oxidar e formar ácidos
organicos, mesmo quando exposto a altas temperaturas.
146
Isto pode ser visto na tabela a baixo:
Teste feito com uma bomba de palheta de um sistema hidráulico usando óleo com
aditivo anto-wear.
ÓLEO A ÓLEO B
(perda em peso, mg) (perda em peso, mg)
Fluído seco 60 40
Fluído com 500 ppm de
130 28.500
água
147
A tabela abaixo mostra que quando há o acréscimo da concentração de água
contaminante em um lubrificante, a vida útil do mancal diminui.
Este tipo de ataque é demorado (pode levar anos) porém quando combinado com
outras causas pode ser relativamente rápido.
É importante ainda saber que tipo de água entra no sistema de lubrificação para
termos idéia dos contaminantes que ela carrega consigo.
TIPO CONTAMINANTES
ÁGUA DE VAPOR CONDENSADO PRODUTOS QUÍMICOS ESPECÍFICOS
ÁGUA DE LIMPEZA MATERIAIS ALCALINOS
ADITIVOS, PRODUTOS QUÍMICOS,
ÁGUA DE REFRIGERAÇÃO
ÁLCOOIS
IMPUREZAS SÓLIDAS, PRODUTOS
ÁGUA DE CHUVA / AR
QUÍMICOS, SÍLICA
148
Quais os testes que devem ser aplicados?
Esta retirada pode ser feita por vários métodos, aplicados separadamente ou
em conjunto, dependendo da necessidade do sistema.
Decantação:
149
Este método não é eficiente para separar água emulsionada ou água dissolvida.
Centrifugação:
Desidratação a vácuo:
Neste caso, temos que tomar precauções para que a temperatura utilizada não
degrade o óleo lubrificante (cuidado com a temperatura do filme da película dos
aquecedores).
Antes de adotar este método, devemos estar certos de que este não elimina os
aditivos mais voláteis, existentes por ventura no óleo.
Os tanques devem ser revestidos com tinta especial a fim de evitar a corrosão
(óxido de ferro) na superficie do mesmo, acima do nível de óleo lubrificante.
A entrada de ar fresco no tanque deve ser protegida por filtros especiais para
evitar contaminação com sólidos e água.
150
Outros:
Isto funciona para determinados volumes de água (que não podem ser
grandes). Muitas vezes é necessário utilizar dois ou mais métodos para se
eliminar os malefícios da água.
Conclusão:
Compreendendo melhor os danos causados pela água, cada vez mais verificamos
a importância de sua ausência ou controle em um sistema de lubrificação.
151
Até bem pouco tempo atrás, eram aceitos como normais contaminações até 1.000
ppm (0,1%) de água em mancais de rolamento.
A industria do Petróleo também vem contribuindo para que se atinja valores mais
aceitáveis para uma boa lubrificação e diminuição do desgaste dos mancais,
desenvolvendo melhorias nos tratamentos de básicos, visando sua maior
estabilidade términa e à oxidação, bem como, com melhores desempenhos
quanto a demulsibilidade.
152
12. COMPRESSORES DE REFRIGERAÇÃO
Introdução
Compressores alternativos
153
Estes elementos são lubrificados por sistemas tais como salpíco, circulação,
pescadores etc...
O óleo circula pelo compressor passando pelo trocador de calor para refrigeração
do óleo.
Outros típos de compressores rotativos são aqueles com rotor em espiral ou típo
caracol onde um dos rotores é livre e outro condutor. Lubrificação acontecem em
pontos como mancais, mecanismos do carter e extremidade do caracol ou espiral.
154
Compressores centrífugos também são usados geralmente os de múltiplos
estágios, as áreas lubrificadas são engrenagens, mancais e selagem, não há
expectativa de contaminação dos condensados e vapores.
155
O lubrificante tem que ser resistente à reação com o refrigerante afim de evitar
lama, craqueamento e cobreamento.
Diagrama de miscibilidade
À área A representa a fase líquida simples. A área D, abaixo da curva, tem duas
fases. Conforme a temperatura é diminuída, o aumento da viscosidade na fase
rica em óleo, pode introduzir um possível problema com formação de depósitos
nas paredes dos tubos do evaporador.
156
Enquanto óleos residuais são prejudiciais, pequenas quantidades de óleo (1%)
podem resultar em aumento de transferencia de calor.
Qualquer presença de parafina no óleo mineral tem que ser considerado quando
se usa refrigerantes a base de halocarbonetos que tendem a ter efeitos de
desparafinação. A baixas temperaturas, a parafina e alguns aditivos tendem a
formar depositos em evaporadores, válvulas, dispositivos de expansão capilares e
outros componentes de sistemas causando problemas mecânicos ou de fluxo.
Sob estas circunstancias a válvula de expansão térmica (ou outro controle líquido)
reage à fase rica em refrigerante e eventualmente causa acumulação da fase rica
em óleo.
Existem diferentes formas de anular esta situação. Mais obvia é o uso de um óleo
que não apresente fases de separação á temperatura do evaporador.
Por outro lado algum arranjo deve ser feito para a remoção da camada de óleo.
Nos casos onde a densidade da fase rica em óleo é menor que o da fase rica em
refrigerante (como halocarbonetos), algum típo raspador de óleo deve ser
implantado.
157
Em casos onde o óleo é mais denso que a fase refrigerante (caso da amónia), o
óleo deve ser drenado pelo fundo do evaporador.
Alternativos 22 a 68
Halocarbonetos Rotativos 32 a 100
Centrífugos 32 a 68
Alternativos 68 a 150
Hidrocarbonetos Rotativos 68 a 220
Centrífugos 68 a 150
Métodos de avaliação
TESTE ASTM
Ponto de anilina ASTM D-611
Conteúdo de Aromáticos ASTM D-611
Cor ASTM D-2549
Ponto de fulgor ASTM D-92
Ponto de fluidez ASTM D-97
Viscosidade cinemática ASTM D-445
Peso especifico ASTM D-1298
158
Muitos dos métodos de avaliação do óleo para refrigeração são comuns a outros
tipos de lubrificantes.
Não é possível manter este nível de água em outros lubrificantes sintéticos devido
a sua natureza higroscópica.
Lubricidade
Este teste usado para mistura CFC/óleo refrigerante, para avaliar seu
desempenho quando submetido a altas temperaturas por um dado tempo pré
determinado.
159
Solubilidade e miscibilidade
160
Quando a separação é observada, a mistura excedem seu limite de miscibilidade
e a temperatura é respostada.
LUBRIFICANTES
Óleos Minerais
Óleos minerais altamente refinados, similar a óleos brancos, tem sido usado
comumente em sistemas de refrigeração.
Estes óleos são menos miscíveis em refrigerantes polares. Eles podem ser
identificados pelo alto ponto de anilina, baixo peso específico, baixo índice de
refração e alto peso molecular.
Óleos Sintéticos
O uso dos óleos sintéticos como óleo de refrigeração foi primeiramente proposto
em 1929 como forma de resolver problemas com óleos minerais como
precipitação de parafinas, baixa miscibilidade com alguns refrigerantes, e
carbonização de válvulas em compressores alternativos. Vantagens adicionais de
alguns sintéticos incluem o aumento da estabilidade na presença de refrigerante a
altas temperaturas, melhores índices de viscosidade resultando uma melhor
lubrificação hidrodinâmica e melhor lubricidade em presença de refrigerante.
161
PROPRIEDADES DOS ÓLEOS REFRIGERANTES.
IV G F VG F E G VG VG
Compatibilidade
com óleos __ __
minerais E F P VG G P
Absorção
De água VG VG E G P F F F
Por exemplo, Poliol éster podem ser derivados de vários alcoóis e grande faixa de
ácidos.
Misturas
Os óleos sintéticos são algumas vezes misturados com óleos minerais. Cada
mistura usa um óleo sintético que é solúvel em óleo mineral (por exemplo, Alkil
benzeno).
162
Aditivos
CFC e HCFC
Óleos minerais parafínicos são muitas vezes usados em compressores de
deslocamento positivo em ar condicionados com CFC-12.
Óleos parafínicos podem ser usados quando eles não são completamente
miscíveis com refrigerantes mais polares, ele tem adequada fluidez a baixas
temperaturas.
O óleo sintético mais comum para uso com HCFC, como HCFC-22 é o
hidrocarboneto Alkil benzeno.
Eles são similares ao óleo mineral aromático/naftenico isento de parafina, que foi
convenientemente refinado para uma boa estabilidade química em sistemas de
refrigeração.
163
Maiores vantagem desses óleos sintéticos é o de melhorar a miscibilidade em
comparação aos óleos minerais.
São disponíveis em viscosidades que vão do ISO 22 até ISO 100 e o grau de
miscibilidade decresce com o aumento da viscosidade.
Fluidez a baixas temperaturas é a maior razão da utilização dos PAO nos Estados
Unidos, com refrigerantes relativamente insolúveis como CFC-13 ou CFC-503.
Ésteres de silicato e mais recentemente Neo pentil poliol estes tem sido usado
para aplicações em baixas temperaturas para se obter miscibilidade em
refrigerantes polares como CFC-13 e CFC-503.
164
Lubrificantes para HFC
Ar condicionado automotivo com HFC-134a utiliza óleo grau ISO 46 à 150; ISO
150 à 220 aumenta a eficiência em compressores rotativos de parafuso, quando
comparado ao CFC-12.
Poliglicóis e ésteres podem ser usados com outros típos de refrigerantes HFC
como: HFC152a, HFC32, HFC125ª
Amónia
Óleos minerais tem baixo grau de miscibilidade com amônia, e a maioria das
aplicações são com evaporadores inundados;
O óleo é mais denso que a amonia e pode ser drenado pelo fundo do evaporador.
165
Existem várias formas de aumentar a transferencia de calor destes sistemas:
166
A natureza polar do poliglicol ajuda a melhorar superfície metálica.
Altos graus de viscosidade devem ser usados para manter um filme lubrificante
adequado.
Práticas de Lubrificação
167
Vários contaminantes estão listados na tabela a seguir.
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Grandes quantidade de água no sistema devem ser removidos por desmontagem
parcial ou drenagem.
Filtros secadores ou dissecantes, removem água por adsorção ou reação
química.
Filtros secadores podem algumas vezes, ser em usados para remoção de outros
contaminantes como ácidos ou produtos de deterioração por adsorção e reação
química ao mesmo tempo em que mecanicamente remove sólidos.
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13. LUBRIFICAÇÃO DE COMPRESSORES DE AR, GASES E
BOMBAS DE VACUO
- Compressores de ar
- Compressores de outros gases
- Bombas de vácuo.
- Compressores de ar
Princípios básicos
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Como a ação do compressor sobre a partícula de gás é muito rápida, muito pouco
calor é removido durante o processo.
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Como esta perda é normalmente inevitável, uma dupla vantagem pode ser
conseguida, introduzindo-se resfriamento durante o processo de compressão, em
vez de deixar que ocorra depois, Isto pode ser conseguido pela divisão de
processo de compressão em estágios e resfriando-se o ar nos intervalos.
Um gráfico de comparação com simples estágio e três estágios pode ser visto no
gráfico a seguir.
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O vapor saturado que possui a quantidade máxima de vapor, sob suas condições
de pressão e temperatura, é considerado ter uma umidade relativa de 100%.
Não são raros os casos de umidade relativa de 100% e são frequentes com 80%.
A menos que seja exercido o devido controle, o calor e a condensação podem ser
muito prejudiciais à lubrificação do compressor e assim, à sua performance.
Tipos de compressores.
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Os requisitos para a lubrificação de um compressor dependem do seu tipo, assim
como de sua aplicação.
• Deslocamento positivo
- Alternativo
- Rotativo
- Parafuso
- Lóbulo
• Cinético
- Centrífugo
- Tipo fluxo axial
Deslocamento positivo
Compressores alternativos
O êmbolo possuí duas faces e executa duas vezes mais trabalho por revolução da
àrvore de manivelas.
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O guia da cruzeta suporta cargas laterais que de outra forma seriam impostas
sobre o êmbolo.
Compressores rotativos
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A força centrífuga resultante da rotação mantém as palhetas de encontro a
superfície da carcaça e a posição excêntrica do rotor faz com que as palhetas se
estendam e se retraíram alternadamente nas ranhuras.
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Em virtude da mudança de volume entre cada par de palhetas, o ar é admitido por
um canal de aspiração em um dos lados da carcaça, comprimindo e expelido do
outro lado através do canal de descarga.
Compressores de parafuso
Compressores de lóbulos
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Compressores cinéticos.
Consiste, essencialmente, de uma única parte móvel, um rotor laminado que gira
convenientemente ajustado a uma carcaça. O ar que entra se choca contra as
lâminas em alta rotação e é acelerado, atingindo uma velocidade elevada.
Compressor centrífugo
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Quando vários estágios estão reunidos em uma carcaça, o gás é desacelerado e
devolvido em direção ao eixo entre cada estágio, por meio de aletas diretoras
fixas.
Neste tipo o ar é acelerado ao longo de eixo por uma série de palhetas rotativas
em forma de leque.
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Lubrificação de compressores
- Pequeno porte-comerciais
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Embora este tipo de resfriamento intermediário auxilie a reduzir o trabalho de
compressão, não é geralmente suficiente para produzir gotejamento, havendo
pouca possibilidade do óleo lubrificante ser contaminado pela água, razão pela
qual não se costuma colocar dispositivo de drenagem ao resfriador intermediario.
Algumas das unidades maiores de dois estágios são projetados para um inter-
resfriamento mais intenso e equipado com serpentinas resfriadas a ar. Estas
serpentinas são construidas com um reservatório em cada extremidade para
coletar e retirar água.
181
Para não entrar água no cilindro de alta pressão, o resfriador intermediário deve
ser drenado diáriamente, ou mais frequentemente quando em condições de alta
umidade, pode se dispor de drenagem automática.
Assim como em motores automotivos, o nível dos óleos deve ser regularmente
aferido e a troca do óleo e manutenção do filtro devem ser feitos de acordo com as
recomendações dos fabricantes.
A descarga a alta temperatura dos cilindros de baixa pressão passa através dos
tubos do resfriador intermediário de construção semelhante a de um radiador
automotivo.
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Tanto o resfriador intermediario como o reservatório de ar comprimido são
equipados com registros de drenagem e o condensado deve ser removido ao final
de cada turno de trabalho.
Num compressor rotativo portátil, o óleo que chega, sob pressão, aos bicos é
injetado sob a forma de uma fina névoa no ar a ser admitido em ambos os
estágios, captando o calor desprendido durante a compressão, lubrificando e
vedando as palhetas.
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Sendo o óleo responsável por todo o resfriamento, ele está sujeito à
contaminação por vapores de água condensado, que se incorpora ao óleo no
fundo do reservatório.
Por outro lado, no compressor rotativo todo o óleo é recirculado através da câmara
de compressão e deve ser postas estas condições severas de serviço sem perda
excessiva das propriedades lubrificantes.
Estes óleos possuem aditivos e emulsificantes, propriedade que pode ser nociva
ao funcionamento do compressor rotativo.
184
Excetuando-se isto e os efeitos da construção em simples estágio, as condições
de lubrificação são as mesmas que do compressor rotativo.
Eles vão desde a categoria de insufladores com taxa de vazão elevada e baixa
pressão de descarga (10 ~ 15 psig), até unidades de múltiplos estágios que
desenvolvem pressões de 36000psig ou mais.
Estes compressores são dotados de camisas de água que resfriam não somente
os cilindros como também as válvulas e, algumas vezes, a cruzeta. Para evitar o
resfriamento brusco e condensação excessiva no cilindro, contuma-se moderar a
temperatura da água de resfriamento, usando-se a água morna que sai do
resfriador intermediário. Se a drenagem do resfriador intermediário não for feita
185
automáticamente, o condensado deverá ser removido, normalmente a cada oito
horas de operação ou de acordo com as instruções do fabricante.
Não existe meio direto para que o óleo do carter atinja o cilindro, como acontece
no compressor de simples ação, nem pode o excesso de óleo do cilindro ser
drenado de volta ao cárter.
Entretanto a maioria é suprida com óleo sob pressão, proveniente de uma bomba
de engrenagem montada em um mancal principal e acionada pelo próprio eixo.
186
Embora o cilindro seja comumente lubrificado com o mesmo típo de óleo, sendo
algumas vezes aspirado independentemente do cárter, os sistemas são
separados.
Eles podem ser operados pela ação da cruzeta ou por outro mecanismo propulsor
e são prontamente ajustados para fornecer a alimentação própria, essencial para
uma boa performance do compressor.
O que se espera de um óleo neste caso é que ele atue durante um longo intervalo
de tempo, antes de ser trocado. Uma vez que pureza e vida útil longa do óleo são
de máxima importância, são geralmente recomendados os óleos de alta qualidade
como os de turbina.
187
a) A viscosidade do óleo do cárter não é adequado para o cilindro.
Unidades deste tipo são usados para trabalhar com o ar e outros gases nos quais
não pode ser tolerado o menor vestígio de óleo.
A maioria das unidades a gás requer um óleo HD, o mesmo óleo podendo ser
usado nos cilindros ou um óleo não detergente.
Seus requisitos de lubrificação são igualmente atendidos por óleos de turbina com
boas propriedades demulsificantes.
188
Outros compressores rotativos são resfriados a água e o óleo serve somente para
lubricar e vedar.
Para o rotor, 3 a 4 gotas por minuto consistem numa boa media de vazão de
alimentação par um aplicador individual.
Como o óleo é utilizado uma única vez, ele não requer estabilidade à oxidação de
um óleo que recircula.
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Esta unidade, ao contrário de seus semelhantes portátil, é resfriada por causa
d’água e não por óleo injetado, e o óleo serve somente para lubrificar
engrenagens e mancais. O que é feito por salpico e recomenda-se um óleo
antioxidante e anticorrosivo de boa qualidade.
No caso de compressores axiais, as razões de pressão são tão baixas que não
há necessidade de resfriamento.
Seja qual for o típo, o único movimento é rotativo e isto sem fricção entre as
superfícies da câmara de compressão e sem necessidade de vedação.
O típo lóbulo pode ser lubrificado da mesma forma e neste caso, as engrenagens
são lubrificadas por pulverização.
Para mancais lubrificados a graxa, deve se usar uma que seja resistente ao calor
e a água como uma graxa de lítio de múltipla aplicação.
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Vários problemas associados com o funcionamento do compressor podem ser
superados, evitando-se a lubrificação em excesso.
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192
Onde o valor de 10.000.000 de pés quadrados é uma representação nominal de
condições medias. Sob outras condições, pode tornar-se necessário adotar outro
valor que deverá se situar entre 6.000.000 e 15.000.000.
Embora o alimentador com vigia possa ser muito útil para ajustar,
aproximadamente , a vazão de alimentação, não devemos considera-lo como
único fator determinante na regulagem de alimentação.
Digamos, por exemplo, que um compressor novo foi calculado para comsumir
0,72 “quart” de óleo por dia de 24 horas.
A tabela no final deste artigo mostra que 16.700 destas gotas equivalia um
“quart”. Desta forma 0,72 x 16.700 ou cerca de 12000 gotas deverão ser
fornecidas em 24 horas.
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O que representa 8 gotas por minuto.
Isto pode ser feito pelo exame das superfícies internas, tais como paredes do
cilindro ou válvulas de admissão ou saída.
Esta tabela deve ser usada somente como referencia. Ela demostra até que ponto
o tamanho da gota influencia a vazão de alimentação do óleo.
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14 - PRINCÍPIOS DA REFRIGERAÇÃO
Alguns pequisadores achavam que pulverizando água sobre a operação de
usinagem era suficiente para aumentar a vida útil da ferramenta. Mas a água
apresentava duas desvantagens como a oxidação e o baixo poder de lubrificação.
195
14.2- FUNÇÃO DO FLUIDO DE CORTE COMO REFRIGERANTE
Os requisitos que um fluido de corte deve possuir para retirar o calor da região de
corte da peça e da ferramenta são:
Viscosidade adequada ;
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º Não corroer e sim proteger a peça e a máquina;
Os fluidos de cortes integrais (FCI) são utilizados nas operações de usinagem onde é
necessário uma maior lubrificação (brochamento, rosqueamento, furação profunda,
brunimento e eletroerosão) e um melhor acabamento da peça usinada. Em operações
de usinagem onde o calor gerado por atrito è muito grande, da-se preferência aos
óleos puros ao invés de emulsões, devido as suas qualidades lubrificantes serem
bem melhor resultando em menor geração de calor. Quanto menor a viscosidade
maior o seu poder de lubrificação sendo assim indicados para operações de
usinagem de altas velocidades dissipando rapidamente o calor gerado.
Os fluidos de corte integrais possuem aditivos que são adicionados visando alterar ou
melhorar suas características, alguns desses aditivos são:
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combinado com enxofre em substituição ao cloro devido a legislação proibir
lançamento de efluentes que contenham compostos clorados.
º Óleos minerais puro são usados na usinagem de aço baixo carbono, latão,
bronze e ligas leves .Seu custo é menor e menos sujeito à oxidação.
º Óleos compostos são misturas de óleos minerais e graxos e tem boa estabilidade
quimica (não se deterioram ou se tornam mais viscosos com tempo), sua viscosidade
pode ser ajustada pelo óleo mineral e são utilizados para usinagem de cobre e suas
ligas e também para fresamento e furação.
º Óleos de extrema pressão são óleos que junto a sua composição tem aditivos de
extrema pressão (cloro e enxofre) que suportam cargas elevadas sem vaporizar, está
caracteristica são necessarias em operações de usinagem de altas velocidades e
levadas forças de corte. Esses aditivos são calssificados em ativos ou inativos. Ativos
são aqueles que reagem quimicamente com os materiais envolvidos, a fim de
suportar extremas pressões e fixar na superficies em contato, fomando uma
resistência ao corte e evitando a soldagem. O cobre não pode ser usinado na
presença de EP ativo, pois são corroidos pelo enxofre.
Fluidos de corte solúveis são aqueles misturados com água (emulsões) que são
compostos de goticulas de óleo dispersas na água. Este fluido é de menor custo e o
mais versátil pelas inumeras aplicações. Asseguram um menor desgaste das
ferramentas, combinado a um acabamento aceitavel da superficie. Eles podem ser
clasificados em três tipos :
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Para isto as emulsões devem oferecer:
Resistência a microorganismos.
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º Conteúdo de sais (dureza da água) – o aumento causa estabilidade e quebra da
emulsão. É normal na emulsão a evaporação da água e em conseqüência o aumento
da concentração do produto sem a perdas dos sais, com a reposição de água
diminuímos a concentração e aumentamos os sais presentes. Para mantermos um
emulsão estável é necessário manter o nível de sais em torno de 15ºd.
º Concentração do óleo na água – a concentração varia conforme o tipo de óleo,
operação e material usinado. Normalmente a emulsões trabalham entre 3 a 10% nos
óleos minerais e 1,5 a 5% nos óleos semi-sintéticos e sintéticos .Já nas operações
severas onde utiliza-se o fluido com EP trabalha-se a uma concentração de até 20%.
º Prevenção contra ação microbiana – algumas medidas devem ser tomadas para
prolongar a vida útil da emulsão tal como, usar água potável, limpeza adequada antes
de colocar a emulsão nova, manter a emulsão em circulação e aeração, controlar o
PH no mínimo semanalmente e não deixar cair menos 8,5 (torna-se ácida), filtrar a
emulsão para a remoção de cavaco, não jogar detritos ou lavar as mãos na emulsão,
remover óleos estranhos e aplicação de biocidas deve ser feita conforme análises
laboratoriais.
Fluidos de corte integrais podem ser vendidos para re-refinação ou podem ser
regenerados pelo fabricante ou companhia especializada.
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14.10 - SAÚDE HUMANA
Os cremes para proteção da pele (mãos e braços) devem ser usados para o trabalho
com óleos solúveis e integrais a fim de proteger contra dermatites. Os cremes devem
ser aplicados de maneira regular, antes de se iniciar os turnos de trabalhos e sempre
sobre a pele limpa.
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