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Á
SUMÁRIO
I. TRANSPORTADORES DE CORREIA
I-4: ROLETES
I-4-1-1: ROLETES DE CARGA
I-4-1-2: ROLETE PLANO
I-4-1-3: ROLETES DUPLOS
I-4-1-4: ROLETES TRIPLOS CONVENCIONAIS
I-4-1-5: ROLETES EM CATENÁRIA
I-4-1-6: ROLETES DE IMPACTO
I-4-1-7: ROLETES DE TRANSIÇÃO
I-4-1-8: ROLETES AUTOALINHANTES
I-4-1-9: ROLOS GUIAS
I-4-1-10: ROLETES DE RETORNO
I-4-1-11: ROLETES DE LIMPEZA
I-4-2: ESPAÇAMENTO DOS ROLETES
I-5: TRANSIÇÃO
I-17: EMBALAGEM
I-18: ESTOCAGEM
I-18-1: MOVIMENTAÇÃO DA CORREIA
I-18-2: ARMAZENAGEM DE CORREIAS TRANSPORTADORAS TALISCADAS
/ SANFONADAS
II-1: INSTALAÇÃO
II-1-2: PASSAGEM DA CORREIA NO TRANSPORTADOR
II-1-3: CHECKLIST DOS EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
II-1-4: ALINHAMENTO INICIAL
É
II-2-5: TENSIONAMENTO PRÉVIO DA CORREIA ANTES DA CONFECÇÃO
DA EMENDA
II-2-6: PROCEDIMENTO À FRIO CORREIAS COM 3 OU MAIS LONAS
II-2-6-1: COMPRIMENTO DA EMENDA (C.E.)
II-2-6-2: CÁCULO DO COMPRIMENTO DA EMENDA (C.E.)
II-2-6-3: CÁCULO DO VIÉS
II-2-6-4: NÚMERO DE PASSOS (OU DEGRAUS)
II-2-6-5: COMPRIMENTO DE CADA PASSO
II-2-6-6: COMPRIMENTO DA EMENDA (C.E.)
II-2-6-7: ESCALONAMENTO DA PRIMEIRA EXTREMIDADE
II-2-6-8: PROCEDIMENTOS DE MARCAÇÕES E CORTES
II-2-6-9: ESCALONAMENTO DA SEGUNDA EXTREMIDADE
II-2-7: PROCEDIMENTO PARA CORREIAS COM 2 LONAS
II-2-7-1: COMPRIMENTO DA EMENDA (C.E.)
II-2-7-2: QUANTIDADE DE PASSOS
II-2-7-3: COMPRIMENTO DE CADA PASSO
II-2-7-4: CÁCULO DO VIÉS
II-2-7-5: QUANTIDADE DE PASSOS
II-2-7-6: COMPRIMENTO DO PASSO
II-2-7-7: COMPRIMENTO DA EMENDA (C.E.)
II-2-7-8: ESCALONAMENTO DA PRIMEIRA EXTREMIDADE
II-2-7-9: ESCALONAMENTO DA SEGUNDA EXTREMIDADE
II-2-8: LIMPEZA (PARA TODAS AS CORREIAS)
II-2-8-1: CHANFROS
II-2-8-2: LONAS
II-2-9: COLAGEM
II-2-9-1: PREPARAÇÃO DO ADESIVO
II-2-9-2: APLICAÇÃO DO ADESIVO
II-2-9-3: UNIÃO DAS EXTREMIDADES
II-2-9-4: ACABAMENTO
II-2-9-5: LIBERAÇÃO DA CORREIA
III-1: INTRODUÇÃO
III-1-2: IDENTIFICAÇÃO DO TIPO DE EMENDA
III-1-3: TERMINOLOGIAS BÁSICAS
III-1-4: COMPRIMENTO DO VIÉS
III-1-5: FERRAMENTAS NECESSÁRIAS
III-1-6: CHECKLIST DOS EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
III-1-7: ESTAÇÃO DE TRABALHO – RECOMENDAÇÕES
III-1-7-1: ESTAÇÃO DE TRABALHO – MONTAGEM
SIMBOLOGIA
I. TRANSPORTADORES DE CORREIA
I-1: CONSIDERAÇÕES GERAIS
A difusão dos transportadores de correia é tão grande que vem comprovar seu alto
desempenho, rapidez e economia na movimentação dos mais variados tipos de carga.
Por sua versatilidade de fabricação, sua demanda é ampla em todo ramo de atividade
imaginável: desde um simples transportador de correspondência aos mais complexos
sistemas das indústrias, siderúrgicas ou minerações.
O termo “transportador de correia” refere-se ao equipamento como um todo, enquanto
que o termo “correia transportadora” designa apenas a correia em si.
Um transportador de correia envolve uma série de elementos que devem ser bem
analisados, pois todos eles participam de maneira direta para o êxito de um projeto. Desse
modo, para termos condição de indicar uma correia transportadora para atender a esse
projeto, precisamos considerar os seus componentes, uma vez que eles participam em
valores que, somados, determinarão o esforço a que essa correia será submetida.
Os transportadores de correia são projetados nas mais variadas con gurações e
capacidades, podendo ser xos ou móveis, leves ou pesados, curtos ou longos e ter per s
horizontais, inclinados ou combinados. Os per s inclinados podem ainda ser ascendentes
ou descendentes.
A Figura nº 1 nos mostra o per l de alguns transportadores de correia:
Figura nº 1: Per l de transportadores de correias.
O ângulo de inclinação (αi) de um transportador de correia depende do material
transportado, ângulo de acomodação do material sobre a correia e método de alimentação
da correia.
A Figura nº 2 nos fornece a nomenclatura dos componentes de um transportador de
correia convencional.
I-2-1: ESTRUTURA
A estrutura é composta por todos os elementos de sustentação que envolvem um
transportador de correia, tais como: apoio, torres, colunas, treliças, suportes, torres de
transferência etc.
Atualmente, a bra mais indicada para essa função é o nylon, por ser altamente resistente e
excelente absorvedor de impactos.
Sua aplicação depende da granulometria do material transportado e da altura da queda ao
ser carregado na correia.
Nota: A altura da queda deve ser a mínima possível, pois isso só trará vantagens à correia e ao
equipamento.
O tecido amortecedor, quando aplicado numa correia, não deve ser considerado como
parte da carcaça. Ele é parte integrante da cobertura. Pode ser incluso ou excluso, isto é:
AB – ALTA ABRASÃO
Indicada para condições gerais de impactos e resistência à abrasão
Atende às Normas: ARPM, ASTM, ISO e DIN
EA – EXTRA ABRASÃO
Indicada para condições severas de impactos e resistência à abrasão
Atende às Normas: ARPM, ASTM, ISO e DIN
ANTICHAMA
AC – MERCOCHAMA
Resistente ao ozônio, envelhecimento, intempéries, abrasividade
Antiestática e autoextinguível de chama
Atende à Norma: DIN ISO 340
TEMPERATURA
AT – ALTA TEMPERATURA
Indicada para condições gerais de resistência à abrasão e temperatura constante de 120°C com picos
de 150°C
Características Superiores às Normas: ISO e DIN
ÓLEOS E ÁCIDOS
GRÃOS
TG – TRANSPORTE DE GRÃOS
Resistente a óleos vegetais e agrotóxicos
Antiestática e autoextinguível de chama
Atende à Norma: DIN ISO 340
Nota: Para indicação da cobertura de correias de construção especial, consulte nosso Departamento
de Engenharia de Aplicação e Assistência Técnica.
Tabela nº 1: Tipos de coberturas.
PESO
CT ABERTA CT TUBULAR CT ELEVADORA
ESPECÍFICO
COBERTURAS
APROXIMADO
CONSTANTE PICO* CONSTANTE PICO* CONSTANTE PICO*
(kg/m²)
AC 80 100 60 80 60 80 1,25
ANTICHAMA
AC Plus 80 100 60 80 60 80 1,25
TG 80 100 60 80 60 80 1,28
GRÃOS
TGS 90 110 80 100 80 100 1,25
BAIXA RESISTÊNCIA
BRR 60 80 60 80 - - 1,08
AO ROLAMENTO
IMPORTANTE: Temperaturas citadas para coberturas ATS, ATS Plus, OAN, TG e TGS são para Correias Transportadoras com
reforço têxtil.
I-3-2-1: CONTRARRECUO
Nos transportadores inclinados, quando carregados, a correia tende a recuar se houver
uma parada motivada por uma falta de energia ou um defeito mecânico no sistema de
acionamento. Esse recuo provocará a queda e o empilhamento do material transportado
na área do tambor de retorno, o que acarretará sérios danos ao transportador, além de
uma parada forçada para limpeza, manutenção e consequente perda de produção.
Para evitar tais prejuízos, esses transportadores devem ser providos de contrarrecuo, que é
um dipositivo mecânico projetado para operar em uma direção desejada permitindo total
liberdade de rotação ao sistema de acionamento. Dessa forma, se houver interrupção de
energia ou problema mecânico no acionamento, o tambor é imediatamente travado,
impedindo o recuo da correia.
I-3-2-2: FREIO
O freio, que tem a nalidade de controlar o tempo de parada do transportador, pode
também atuar como contrarrecuo.
Por ser bidirecional, é aplicado nos transportadores declinados regenerativos ou não,
reversíveis inclinados ou horizontais.
Permite controlar a parada da correia, travando-a após o desligamento do motor.
Eletromagnéticos, eletromecânicos e eletro-hidráulicos são tipos de freio convencionais.
I-3-3: TAMBORES
Elementos condutores da correia num transportador. Pertencem às partes móveis (P), e
seus valores são computados para o cálculo da tensão efetiva (Te).
Sua atuação e localização no transportador lhe dará nome especí co: tambor de
acionamento, tambor de retorno, tambor de desvio, tambor de tensionamento, tambor de
encosto, tambor aletado, tambor magnético, entre outros.
Correias transportadoras com carcaças constituídas por lonas com tensão de trabalho
acima de 16 kgf/cm/lona constituídas por cabos de aço e transportadores com
acionamento duplo, através de dois tambores adjacentes, nunca devem operar com
tambores abaulados.
Exceções:
Três rolos iguais em linha, sendo 1 plano central e 2 laterais com inclinações de
até 45° (Figura nº 16);
Três rolos iguais, sendo 1 plano central fora de linha e 2 laterais com inclinações
de até 45° (Figura nº 17);
Em linha, com 1 rolo central longo e 2 laterais curtos inclinados (Figura nº 18).
Con guração comumente utilizada na correia seletora ou de escolha que, devido
à disposição espaçada da carga, permite inspeção/seleção/escolha do produto.
Com 3 rolos, observa a mesma con guração dos roletes triplos convencionais
(Figura nº 19):
Figura nº 19: Rolete em catenária com três rolos.
Com 5 rolos, tem 1 rolo central horizontal e 2 laterais inclinados de cada lado,
podendo formar concavidade de até 60° (Figura nº 20). Geralmente localizados
na na área de carga:
Por serem suspensos e presos a estrutura ou cabo de aço, têm liberdade de movimentação
transversal ou longitudinal, adaptando-se ao formato da correia. Facilmente removíveis,
não exigem parada da correia para sua substituição.
I-4-1-6: ROLETES DE IMPACTO
Aplicado nas áreas de carga com a nalidade de amortecer o choque provocado pelo
impacto do material ao cair sobre a correia, protegendo-a contra rasgos, cortes,
perfurações etc (Figura nº 22). Tem em seus rolos anéis, discos ou pneus de borracha
dispostos espaçadamente através de calços (Figuras nº 23 e nº 24).
Também chamados de amortecedores, podem seguir as mesmas con gurações dos demais
(planos, duplos ou triplos). Seu espaçamento depende do material transportado e da
altura de queda sobre a correia, sendo comum a distância de 300 a 400 mm entre centros.
Figura nº
23: Rolete de impacto triplo.
Figura nº
24: Rolete de impacto plano.
Curtos – de 15 a 30 m;
Longos – de 40 a 120 m.
Figura nº 27: Roletes autoalinhantes.
Na falta dos roletes autoalinhantes no lado de carga, pode-se usar o critério de inclinar o
conjunto de roletes até 2° de sua vertical, no sentido do movimento da correia. Essa
inclinação pode ser feita em alguns ou em todos os conjuntos de roletes do sistema e pode
ser conseguida com auxílio de calços colocados sob o suporte do rolete. Isso faz com que
as pontas externas dos rolos inclinados se projetem para frente, possibilitando melhor
atuação do alinhamento da correia (Figura nº 28). Essa prática não é recomendada,
principalmente quando os rolos inclinados forem de 35° ou 45°, pois aumenta o
coe ciente de atrito entre os rolos e a correia, provocando desgaste prematuro de sua
cobertura do lado dos tambores e nos rolos, além de aumentar o consumo de energia que
pode ser signi cativo em transportadores longos (> 1500 m).
Esse processo não deve ser utilizado em transportadores reversíveis, pois alinharia a correia
em um sentido e a desalinharia em outro.
Figura nº 28: Con guração dos conjuntos após inclinação.
A primeira forma é mais crítica e a distância de transição deve ser maior, pois há elevado
desequilíbrio de tensões.
Transportadores que operem em aclive e passam à horizontal têm, nessa passagem,
transição igualmente crítica, devendo formar uma curva de concordância e nunca um
ângulo.
A transição provoca má distribuição de tensão na largura, especialmente nas bordas,
comprimindo a carcaça para o centro, bem como contra a folga entre os rolos dos roletes
de carga, causando os danos supracitados.
Deve ser gradativa, de modo a corrigir o desequilíbrio de tensões que seria gerado no caso
de passagem brusca; para isso, devem ser intercalados entre o tambor e o primeiro jogo de
roletes de acamamento normal, roletes que atuem como degraus, a m de efetuar normal
e suavemente a transição, sem prejuízo à correia.
De acordo com a tensão requerida pela correia, do ângulo de inclinação dos rolos laterais
e da disposição da transição, a distância mínima, para correias de lona, pode ser de até 4
vezes a largura da correia, conforme Tabelas nº 7 e nº 8; e de até 8 vezes a largura para
correias de cabos de aço, conforme Tabelas nº 9 e nº 10.
Figura nº 32: Distância de transição “A” correias de lona. Figura nº 33: Distância de transição “A” correias de lona.
TABELA Nº 7 TABELA Nº 8
ÂNGULO DE PORCENTAGEM ÂNGULO DE PORCENTAGEM
INCLINAÇÃO DA TENSÃO “A” INCLINAÇÃO DA TENSÃO “A”
DOS ROLOS ADMISSÍVEL MÍNIMO DOS ROLOS ADMISSÍVEL MÍNIMO
LATERAIS (αr) (% Tad) LATERAIS (αr) (% Tad)
90 1,8 L 90 0,9 L
20° 60 a 90 1,6 L 20° 60 a 90 0,8 L
60 1,2 L 60 0,6 L
90 3,2 L 90 1,6 L
35° 60 a 90 2,4 L 35° 60 a 90 1,3 L
60 1,8 L 60 1,0 L
90 4,0 L 90 2,0 L
45° 60 a 90 3,2 L 45° 60 a 90 1,6 L
60 2,4 L 60 1,3 L
Figura nº 34: Distância de transição “A” correias de cabo de Figura nº 35: Distância de transição “A” correias de cabo de
aço (Mercúrio ST). aço (Mercúrio ST).
TABELA Nº 9 TABELA Nº 10
ÂNGULO DE PORCENTAGEM ÂNGULO DE PORCENTAGEM
INCLINAÇÃO DA TENSÃO “A” INCLINAÇÃO DA TENSÃO “A”
DOS ROLOS ADMISSÍVEL MÍNIMO DOS ROLOS ADMISSÍVEL MÍNIMO
LATERAIS (αr) (% Tad) LATERAIS (αr) (% Tad)
90 4,0 L 90 2,0 L
20° 60 a 90 3,2 L 20° 60 a 90 1,6 L
60 2,8 L 60 1,0 L
90 6,8 L 90 3,4 L
35° 60 a 90 5,2 L 35° 60 a 90 2,6 L
60 3,6 L 60 1,8 L
45° 90 8,0 L 45° 90 4,0 L
60 a 90 6,4 L 60 a 90 3,2 L
60 4,4 L 60 2,3 L
Nota: L = Largura da Correia | “A“ mínimo = Distância mínima
CARACTERÍSTICAS
Espessura (mm) 6 a 32
Largura (mm) 100 a 200
Comprimento (m) 10 a 15
Dureza (Shore A) 45 a 90
Constituídas de borracha sem lonas, as tiras não devem pressionar a correia para não
sulcá-la e/ou forçar o acionamento. Dispensa-se o uso para materiais que tenham
granulometria uniforme acima de 25 mm, sem nos.
Em materiais muito abrasivos é comum o revestimento interno dos chutes com placas
removíveis de borracha ou outros materiais, para lhes assegurar maior vida útil.
O chute de alimentação pode ter barras de ferro inclinadas no sentido do movimento,
dispostas longitudinalmente e espaçadas. Essa con guração permite que a parte na do
material transportado caia primeiro sobre a correia, formando um “colchão” que a protege
contra os impactos dos blocos maiores (Figura nº 41).
Figura nº 41: Chute com barras de ferro.
Outros chutes, nos quais o material é muito abrasivo e de considerável granulometria, são
dotados de dispositivo de proteção formado pelo próprio material transportado. Tal
dispositivo, por sua constituição, retém parte do material, o que lhe vale o nome de caixa
de pedra (Figura nº 42) e ele, além de proteger o chute contra impactos, reduz a
velocidade de queda do material sobre a correia. Comumente usado em transportadores
onde a velocidade da correia é menor que a do uxo de alimentação.
Figura nº 42: Chute com caixa de pedra.
I-7-1: RASPADORES
Materiais transportados dotados de pegajosidade não são normalmente soltos no ponto de
descarga e voltam pelo lado de retorno da correia. Tal situação provoca desgaste das partes
móveis do sistema e, se transferidos para os rolos de retorno, lhes causarão desequilíbrio
de diâmetros e lançarão a correia contra a estrutura, dani cando-a. Para evitar que isso
ocorra, os transportadores devem ser providos de sistemas de limpeza que são fabricados
especi camente para cada aplicação.
Os raspadores podem conter uma ou mais lâminas raspadoras ao longo da largura da
correia, pressionadas por um contrapeso montado em um braço (Figuras nº 56 e nº 57).
Outros sistemas são do tipo rotativo e podem ser escovas rotativas com lâminas de
borracha. Tais escovas podem ser fabricadas com cerdas de nylon e instaladas na parte
inferior do tambor de cabeça, motorizadas com sentido de rotação inverso ao da correia
(Figura nº 58).
No tipo rotor, as lâminas de borracha são montadas paralelas e equidistantes em um eixo
de forma a ter con guração de escova. Também acionado com movimentação inversa à
correia, é posicionado no lado de retorno logo após o término do contato dela com o
tambor de cabeça (Figura nº 59).
A limpeza da correia de determinados tipos de materiais transportados é feita com jato de
água de alta pressão que, ao atingi-la, remove o material aderido e um raspador é colocado
posteriormente sobre ela para retirar-lhe o excesso de água.
Figura nº 58: Raspador por escova rotativa.
I-7-2: LIMPADORES
Ainda que bem projetados, todos os transportadores de correia são suscetíveis de queda do
material transportado para fora da correia na área de carga ou ao longo de sua extensão.
Tal queda pode acarretar sérios danos à correia se pressionado entre ela e o tambor de
retorno (Figura nº 61). Para prevenir esta situação é aconselhado o uso de limpador em V
sobre a correia no seu lado de retorno, antes do tambor de retorno, do conjunto de
tensionamento e na região de carregamento do transportador (Figura nº 60).
Figura nº 60: Limpador em "V" interno.
Prover o lado bambo da correia de tensão equilibrada para que não haja deslize
no tambor de acionamento;
Prover a correia de tensão su ciente para que nos pontos de alimentação ou ao
longo do transportador haja o mínimo de curvatura longitudinal entre os roletes
de carga, proporcionando transporte sem excessivo movimento ondulatório, a
m de evitar queda do material ou pressão desnecessária ao sistema de
acionamento (o que o forçaria);
Compensar variações de comprimento da correia;
Prover a correia de comprimento adicional para emenda de emergência.
Fórmula nº 1 Fórmula nº 2
P1 = 2 x Tb P1 = 2 x K x Te
P1 = Peso do contrapeso, em kg
Tb = Tensão do lado bambo da correia, em kgf
Te = Tensão efetiva da correia, em kgf
K = Fator de acionamento
Notas:
(com relação aos resultados)
Esticador Automático Vertical
Subtrair o peso equivalente ao tambor de tensionamento, mancais, guias, quadro e caixa.
Esticador Automático Horizontal
Acrescentar 10% do peso do carrinho e seus componentes.
Esticador Automático Inclinado
Acrescentar o resultado de:
cos αi x 10% do peso do carrinho e seus componentes.
Subtrair o resultado de:
sen αi x peso do carrinho e seus componentes.
αi = ângulo de inclinação do transportador.
Esse método é su cientemente preciso para casos gerais. Para aplicações especiais consultar nosso
Departamento de Engenharia de Aplicação e Assistência Técnica.
Outros tensionadores automáticos podem ser acionados através de força hidráulica,
elétrica e/ou pneumática e essa força também deve ser calculada para prover o correto
tensionamento da correia.
EMENDA VULCANIZADA EMENDA MECÂNICA
CARCAÇA
% Tad ESTICADOR ESTICADOR
TIPO
MANUAL AUTOMÁTICO MANUAL AUTOMÁTICO
100 3,0% 4,0% 2,0% 2,5%
NN
75 2,5% 3,0% 1,5% 2,0%
100 2,0% 2,0% 1,0% 1,5%
PN
75 1,5% 1,5% 1,0% 1,0%
Nota: Prover a correia de maior extensão a fim de tornar possível, se necessário, confecção de nova
emenda.
Tabela nº 11: Curso recomendado para o esticador
em função da distância entre centros dos tambores.
1. Cálculo de tensões
2. Capacidade de transporte
3. Largura da correia
4. Espessura de cobertura
5. Potência do motor
De forma geral, podemos especi car a velocidade da correia a partir da Tabela nº 12,
porém, em muitos casos, deve-se calculá-la em função das características do material
transportado e das condições do transportador.
Sob condições normais de transporte e acamamento em roletes triplos, correias com
larguras superiores a 750 mm podem operar em velocidades maiores do que as
especi cadas na Tabela nº 12 para o transporte de materiais nos, areia úmida, terra
desgranulada, pedrisco ou outros materiais de livre vazão. O aumento da velocidade
possibilita redução da largura da correia e de sua tensão, aumentando, porém, a potência
consumida e por outro lado, aumenta a frequência de impactos, o que acarretará rápido
desgaste dos componentes da correia.
CARACTERÍSTICAS LARGURA DA CORREIA EM mm E pol
DOS 300 350 400 450 500 600 750 900 1050 1200
MATERIAIS 12 14 16 18 20 24 30 36 42 48
CAVACOS DE MADEIRA
CEREAIS
80 100 120 150 150 180 200 220 220 220
OUTROS MATERIAIS NÃO ABRASIVOS
DE LIVRE VAZÃO
CARVÃO
TERRA
MINÉRIOS LEVES
ARGILA ÚMIDA 70 80 100 110 120 150 150 150 180 180
PEDRA BRITADA FINA
AREIA
OUTROS
PEDRA BRITADA GRAÚDA
MINÉRIO DE CANTOS CORTANTES
70 80 90 100 110 120 120 120 120 120
MATERIAIS PESADOS
OUTROS
CARACTERÍSTICAS LARGURA DA CORREIA EM mm E pol
DOS 1350 1400 1500 1600 1800 2000 2100 2200 2300 2400
MATERIAIS 54 56 60 64 72 80 84 88 90 94
CAVACOS DE MADEIRA
CEREAIS
220 220 220 240 240 240 250 250 250 250
OUTROS MATERIAIS NÃO
ABRASIVOS DE LIVRE VAZÃO
CARVÃO
TERRA
MINÉRIOS LEVES
ARGILA ÚMIDA 180 180 180 200 200 200 240 240 240 240
PEDRA BRITADA FINA
AREIA
OUTROS
PEDRA BRITADA GRAÚDA
MINÉRIO DE CANTOS CORTANTES
150 150 150 150 150 150 150 180 180 180
MATERIAIS PESADOS
OUTROS
Tabela nº 12: Velocidade máxima recomendada em mm/min.
Notas:
1. Transportadores de correia cuja descarga do produto é feita através de desviadores devem ter
velocidade reduzida, isto é, até no máximo 50m/min, o mesmo se aplica a transportadoras de
volume.
2. Para transportadoras seletoras (correias onde se faz escolha do produto transportado) sua
velocidade deve ser de, no máximo, até 25m/min.
3. Os alimentadores de correia transportando materiais finos não abrasivos, ou granéis de baixa
abrasividade alimentado por moegas ou silos não devem ter velocidade superior a 30m/min, ou seja,
devem operar entre 15m/min e 30m/min.
4. No transporte de materiais pesados com cantos cortantes, quanto menor a velocidade, maior a vida
útil da cobertura e da carcaça em função da frequência de impactos e da queda do material sobre a
correia.
Fórmula nº 3
Q = 60 x A x V
Q = 60 x F (0,9 L – 0,05)2 x V
αr = 20° 25° - - 51 66 84 - - - - - - - -
30° - - 56 73 93 - - - - - - - -
0° - - - - - 58 70 95 109 140 176 195 258
5° - - - - - 70 84 114 132 169 212 235 311
10° - - - - - 83 99 135 156 200 250 278 368
15° - - - - - 95 113 154 177 228 285 316 418
3 ROLOS IGUAIS 20° - - - - - 108 128 175 201 259 323 359 475
αr = 20° 25° - - - - - 120 144 195 226 290 368 402 533
30° - - - - - 133 158 216 249 320 399 443 581
3 ROLOS IGUAIS 20° - - - - - 136 161 221 249 327 409 454 600
αr = 35° 25° - - - - - 147 176 240 275 354 443 492 651
30° - - - - - 159 189 258 296 381 477 529 701
0° - - - - - 110 132 180 207 266 333 369 489
5° - - - - - 119 142 194 223 287 359 398 527
10° - - - - - 128 153 209 240 309 386 428 567
15° - - - - - 138 164 224 258 332 415 460 609
3 ROLOS IGUAIS 20° - - - - - 147 175 239 274 353 442 490 648
αr = 45° 25° - - - - - 157 187 255 293 377 472 523 693
30° - - - - - 166 197 269 309 398 498 552 731
Tabela nº 15 – parte 1 de 2: Capacidade volumétrica aproximada do material transportado.
ÂNGULO DE ACOMODAÇÃO DO CAPACIDADE DE TRANSPORTE (Q) – (m³/h A 60 m/min)
CONFIGURAÇÃO
MATERIAL LARGURA DA CORREIA (mm)
DOS ROLOS
αc 1350 1400 1500 1600 1800 2000 2100 2200 2300 2400
0° - - - - - - - - - -
5° 71 77 89 101 129 161 178 196 214 234
10° 142 159 177 203 258 320 355 391 428 468
15° 215 238 267 306 390 485 536 590 647 706
20° 289 310 359 410 525 652 721 793 869 948
Rolos Planos
αr = 0° 25° 364 393 453 518 661 822 909 1000 1095 1195
30° 443 477 551 630 804 999 1104 1215 1331 1452
0° - - - - - - - - - -
5° - - - - - - - - - -
10° - - - - - - - - - -
15° - - - - - - - - - -
20° - - - - - - - - - -
2 Rolos Iguais
αr = 20° 25° - - - - - - - - - -
30° - - - - - - - - - -
0° 330 356 411 469 599 744 823 905 992 1082
5° 398 429 495 566 722 897 992 1092 1196 1305
10° 470 508 586 670 854 1062 1174 1291 1415 1543
15° 585 577 666 762 972 1207 1335 1468 1608 1755
3 Rolos Iguais 20° 608 656 757 866 1105 1378 1517 1670 1828 1994
αr = 20° 25° 683 735 849 970 1238 1538 1700 1871 2049 2236
30° 751 811 934 1069 1366 1695 1875 2060 2259 2464
3 Rolos Iguais 20° 768 829 957 1094 1396 1734 1917 2109 2310 2521
αr = 35° 25° 833 898 1039 1186 1513 1880 2078 2286 2504 2733
30° 896 967 1118 1276 1628 2023 2236 2460 2695 2940
0° 625 675 780 890 1136 1411 1560 1716 1880 2051
5° 674 727 840 960 1225 1521 1682 1850 2027 2212
10° 725 783 903 1033 1318 1637 1810 1991 2181 2380
15° 779 841 970 1109 1415 1758 1944 2139 2345 2556
3 Rolos Iguais 20° 830 895 1033 1181 1507 1872 2070 2277 2494 2721
αr = 45° 25° 887 951 1104 1262 1610 2001 2212 2434 2666 2909
30° 936 1009 1165 1332 1699 2111 2334 2568 2813 3069
Tabela nº 15 – parte 2 de 2: Capacidade volumétrica aproximada do material transportado.
I-10: TEORIA DA MOVIMENTAÇÃO
Figura nº 71
Motor Pessoa
Tambores Rodas do Carrinho
Correia Base do Carrinho
Estrutura, Roletes etc. Superfície de Deslocamento (Chão)
Como ilustram os exemplos, a pessoa precisou realizar determinada força para
movimentar a carga. Da mesma forma, o motor terá que transmitir, para que seja possível
o descolamento do material, força tangencial à superfície do tambor de acionamento
capaz de superar o atrito da correia com os elementos do transportador, peso do material
transportado e vencer as condições de transporte nas mudanças de elevação. Tal força
tangencial é denominada tensão efetiva (Te).
Nota: O termo “tensões”, apesar de inadequadamente utilizado, foi mantido neste manual por ser de
uso corrente entre os usuários de correia. A correta nomenclatura é força ou esforço.
Fórmula nº 4
Cf = 98 + (2,18 x C)
A soma dos quatro elementos, dividida pela distância entre centros dos tambores de
cabeça e de retorno é igual a P.
Nota: O peso exato dos tambores, rolos de carga e de retorno podem ser obtidos nos catálogos dos
Fabricantes de Equipamentos.
As Tabelas a seguir fornecem a estimativa para os pesos das partes móveis e é
su cientemente precisa para casos gerais. Casos em que seja necessária grande precisão
devem ser devidamente con rmados.
LARGURA DA CORREIA TIPO DE TRANSPORTADOR
REFERÊNCIAS μv μc
Condições regulares de operação e manutenção 0,035 0,050
Condições ótimas de operação e manutenção 0,030 0,040
Tabela nº 19: Coe cientes de atrito por rolamento na movimentação da correia vazia (μv) e carregada (μc) sobre roletes.
Fórmula nº 5
Pm = 17 x (T/V)
Fórmula nº 6
Tv = 0,32 x Cf x μv x P
Fórmula nº 7
Tc = 0,32 x Cf x μc x Pm
Fórmula nº 8
Th = Pm x H
Pm = Peso do material transportado, em kg/m
H = Altura de elevação da carga, em m
Fórmula nº 9
Te = 0,32 x Cf x [(P x μv) + (Pm x μc)] ± Pm x H
Considerar:
+ para transporte ascendente
- para transporte descendente
Para transportadores equipados com triper, certi car-se se já está computado na tensão
efetiva (Te) a altura de elevação (H). Se for desconhecida, considerá-la de 3 m.
Caso a correia deslize sobre superfícies polidas, deve ser considerado o coe ciente de atrito
por deslize (μd) e utiliza-se, para calcular a tensão efetiva (Te), a Fórmula nº 10:
CÁLCULO DA TENSÃO EFETIVA (Te), EM kgf
Fórmula nº 10
Te = (1 + μd) x (Tv + Tc ± Th)
Fórmula nº 11
Tb = K x Te
Fórmula nº 12
Tm = (1 + K) x Te
Quando a correia opera normalmente em toda a capacidade do projeto, submete-se à sua
tensão máxima, que, em transportadores horizontais ou ascendentes, localiza-se no
tambor de descarga.
I-11-7: CONSIDERAÇÕES SOBRE A POTÊNCIA DO MOTOR
Fórmula nº 13
W = (Te x V)/4500
Nota: Para se trabalhar com folga no sistema de acionamento, orienta-se especificar a potência do
motor considerando rendimento η = 0,75.
Nota: Para os cálculos, considerar os dados fornecidos pelo item I-12: Coleta de dados para correias
transportadoras.
P = 82 kg
Valores de μv e μc
Pela Tabela nº 19, para condições regulares de operação e manutenção, temos:
μv = 0,035
μc = 0,050
Cf = 98 + (2,18 x C)
Cf = 98 + 2,18 x 120
Cf ≈ 360 m
Pm = 17 x (T/V)
Pm = 17 x (500/90)
Pm ≈ 94,44 kg/m
Tv = 0,32 x Cf x μv x P
Tv = 0,32 x 360 x 0,035 x 82
Tv ≈ 330 kgf
Tc = 0,32 x Cf x μc x Pm
Tc = 0,32 x 360 x 0,050 x 94,44
Tc ≈ 544 kgf
I-13-6: CÁLCULO DA TENSÃO DE ELEVAÇÃO (Th)
Conforme Fórmula nº 8:
= Pm x H
= 94,44 x 18
≈ 1700 kgf
K = 0,38
Tm = (1 + K) x Te
Tm = (1 + 0,38) x 2574
Tm ≈ 3552 kgf
W = (Te x V)/4500
W = (2.574 x 90)/4500
W ≈ 51,5 hp
Tb = K x Te
Tb = 0,38 x 2574
Tb ≈ 978 kgf
I-13-11: CÁLCULO DO PESO DO CONTRAPESO (P1)
Calculado através das Fórmulas nº 1 ou nº 2:
P1 = 2 x Tb
P1 = 2 x 978
P1 ≈ 1956 kg
Ou
P1 = 2 x K x Te
P1 = 2 x 0,38 x 2574
P1 ≈ 1956 kg
Observação: Nesse valor deve ser levado em conta as notas já observadas anteriormente, em
função do sistema tensionador.
μd = 0,30
Calculamos anteriormente:
Tv ≈ 330 kgf
Tc ≈ 544 kgf
≈ 1700 kgf
Te = (1 + μd) x (Tv + Tc ± )
Te = (1 + 0,30) x (330 + 544 + 1700)
Te ≈ 3346 kgf
A seleção de uma correia transportadora envolve uma série de dados que devem ser
conhecidos para satisfatória indicação em termos de custo e produto:
2. Largura da correia
3. Velocidade da correia
4. Tonelagem/hora transportada
5. Considerações do transportador:
Fórmula nº 14
Tev = (2 x C)/V
LADO TRANSPORTADOR
TEMPO DE
EVOLUÇÃO (min)
DE
CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL GRANULOMETRIA ATÉ ACIMA
0,5 A
TRANSPORTADO (mm) 0,5 DE 1,0
1,0
ESPESSURA DA
COBERTURA (mm)
Até 25 1,5 1,5 a 1,5 a
Pouco Abrasivos a 4,0 3,0
Carvão, Cascalho, Cereais, Cavaco de Madeira, 5,0
Cimento, Cal, Sal, Areia, Terra etc. 3,0
3,0 a 1,5 a
De 25 a 125 a
5,0 5,0
6,0
3,0
3,0 a 2,0 a
Acima de 125 a
6,0 6,0
8,0
3,0
3,0 a 2,0 a
Até 25 a
6,0 4,0
8,0
Abrasivos 3,0
3,0 a 3,0 a
Sinter, Escória, Calcário, Coque, Bauxita, Péllets, Minério De 25 a 125 a
7,0 6,0
de Cobre etc. 10,0
5,0
5,0 a 3,0 a
Acima de 125 a
10,0 8,0
10,0
3,0
3,0 a 3,0 a
Até 25 a
8,0 6,0
10,0
Muito Abrasivos 3,0
3,0 a 3,0 a
Minério de Ferro, Cavaco de Vidro, Clinquer, Granito, De 25 a 125 a
10,0 8,0
Quartzo, Manganês etc. 12,0
6,0
6,0 a 6,0 a
Acima de 125 a
14,0 12,0
14,0
Nota: Dependendo das condições de transporte, manutenção, do material e sua granulometria, em
situações de impacto é recomendada a utilização de espessuras maiores de cobertura. Em caso de
dúvida, entrar em contato com o nosso departamento de Engenharia de Aplicação e Assistência
Técnica.
Tabela nº 22: Espessuras de coberturas recomendadas.
I-14-2: COBERTURA DO LADO DOS TAMBORES
A cobertura do lado dos tambores deve ser da mesma qualidade que a cobertura do lado
transportador. Para determinar sua espessura pode ser usado o seguinte critério:
Número de Lonas 2 3 2 3 4 5 6 2 3 4 5
2,1 3,2 3,2 4,4 4,9 6,2 7,4 4,3 5,1 6,9 8,6
Peso da Carcaça
– – – – – – – – – – –
(kg/m²)
2,3 3,4 3,3 4,6 5,3 6,6 7,9 4,5 5,4 7,2 8,9
1,8
2,8 – 2,8 – 4,0 – 4,6 – 5,7 – 6,9 – 3,7 – 4,5 – 6,0 – 7,5 –
Espessura da Carcaça (mm) –
3,2 3,2 4,4 5,0 6,3 7,5 4,1 4,9 6,4 8,1
2,2
20° 12 20 18 24 30 30 42 20 30 36 42
Largura
Mínima αr 35° 14 20 18 24 30 36 48 24 30 36 42
(pol)
45° 18 20 24 30 36 42 54 32 36 42 48
0
40 48 54 72 84 90 94 66 84 94 94
a 800
801 a
Largura 32 42 48 72 72 88 88 60 72 84 88
1600
Máxima kg/m³
1601 a
αr ٢٠° 32 36 42 60 72 72 84 60 72 84 84
2400
2401 a
30 36 36 54 60 66 72 54 60 72 84
3200
0 a 800 36 42 48 66 72 84 88 60 72 88 88
801 a
30 36 42 60 66 72 84 54 66 72 84
Largura 1600
Máxima kg/m³ 1601 a
24 32 36 54 66 66 72 54 60 72 84
αr ٣٥° 2400
2401 a
24 32 36 48 54 60 66 48 54 60 72
3200
0 a 800 32 36 48 66 72 84 88 48 66 84 88
801 a
26 32 42 48 66 72 84 48 60 72 84
Largura 1600
Máxima kg/m³ 1601 a
20 26 36 42 60 66 72 42 54 60 72
αr ٤٥° 2400
2401 a
- 24 32 42 54 60 66 36 48 60 60
3200
Tabela nº 25 – parte 1 de 2: Informações técnicas correias de lona – PN.
Tipo PN 4000 PN 5000 PN 6500
Número de Lonas 3 4 5 6 4 5 6 4 5 6
Tensão Admissível
132 176 220 264 200 250 300 260 325 390
(kgf/cm)
6,3 8,4
Peso da Carcaça 10,5 – 12,6 – 9,9 12,3 – 14,8 – 11,3 – 14,2 – 16,9 –
– –
(kg/m²) 10,9 13,0 – 10,2 12,7 15,3 11,6 14,5 17,5
6,5 8,7
20° 30 36 42 48 36 42 48 36 42 48
Largura
Mínima αr 35° 30 36 42 48 42 48 48 42 48 48
(pol)
45° 36 42 48 54 42 48 54 42 48 54
0 a 800 88 88 94 94 94 94 94 94 94 94
801 a
84 84 88 94 88 94 94 88 94 94
Largura 1600
Máxima kg/m³ 1601 a
72 84 84 88 84 88 94 84 88 94
αr ٢٠° 2400
2401 a
66 84 84 84 84 84 88 84 84 88
3200
0 a 800 84 88 88 94 94 94 94 94 94 94
801 a
72 84 84 94 88 94 94 88 94 94
Largura 1600
Máxima kg/m³ 1601 a
66 84 84 88 84 88 88 84 88 88
αr ٣٥° 2400
2401 a
60 72 84 84 72 84 88 72 84 88
3200
0 a 800 84 84 88 88 88 94 94 88 94 94
801 a
72 84 84 84 84 88 94 84 88 94
Largura 1600
Máxima kg/m³ 1601 a
60 72 84 84 84 84 88 84 84 88
αr ٤٥° 2400
2401a
54 72 84 84 72 72 84 72 72 84
3200
Tabela nº 25 – parte 2 de 2: Informações técnicas correias de lona – PN.
Tipo NN 1100 NN 1800
Número de Lonas 2 3 4 3 4 5 6
Tensão Admissível
52 78 104 108 144 180 216
(kgf/cm)
4,2 4,7 5,3 10,5
3,0 – 7,0 8,8 –
Peso da Carcaça (kg/m²) – – – –
3,2 – 7,3 9,2
4,5 5,0 5,5 11,0
Espessura da Carcaça 3,4 – 4,9 – 5,8 – 5,1 – 6,8 – 8,5 – 10,2 –
(mm) 3,8 5,3 6,2 5,5 7,2 9,1 10,8
20° 18 24 30 30 36 42 48
Largura
Mínima αr 35° 18 24 30 30 36 42 48
(pol) 45° 24 30 36 36 42 48 54
0 a 800 54 72 88 84 90 94 94
801 a
48 72 84 84 88 90 94
Largura 1600
Máxima kg/m³ 1601 a
αr ٢٠° 42 60 72 72 84 88 90
2400
2401 a
36 54 60 60 72 84 88
3200
0 a 800 48 72 84 72 88 94 94
801 a
42 60 72 72 84 88 90
Largura 1600
Máxima kg/m³ 1601 a
αr ٣٥° 36 54 60 60 72 84 88
2400
2401 a
30 48 54 54 60 72 84
3200
0 a 800 42 60 72 72 84 90 94
801 a
36 54 60 60 72 84 88
Largura 1600
Máxima kg/m³ 1601 a
αr ٤٥° 30 48 54 54 60 72 84
2400
2401 a
24 42 48 48 54 72 84
3200
Tabela nº 26: Informações técnicas correias de lona – NN.
DIMENSÕES COBERTURA TENSÃO
RESISTÊNCIA
MERCÚRIO BÁSICAS PESO DA ADMISSÍVEL MÓDULO DE
BORRACHA A RUPTURA
ST CARCAÇA DA ELASTICIDADE
MÍNIMA DA CORREIA
d P CORREIA
TIPO mm mm mm kg/m² kN/m P/W kN/m P/W kN/m
ST 800 3,8 17,5 4,0 7,2 800 4568 120,0 685 57.600
ST 1000 3,8 13,9 4,0 7,8 1000 5710 150,0 856 72.000
ST 1250 5,2 21,7 4,0 10,4 1250 7138 187,5 1070 90.000
ST 1600 5,2 16,9 4,0 11,6 1600 9136 240,0 1370 115.200
ST 2000 5,2 13,5 4,0 12,9 2000 11420 300,0 1712 144.000
ST 2500 5,2 11,4 4,0 14,6 2500 14275 375,0 2140 180.000
ST 3150 8,0 19,5 6,0 20,6 3150 17987 472,5 2697 226.800
ST 3500 8,0 17,5 6,0 21,8 3500 19985 525,0 2996 252.000
ST 4000 9,2 20,1 6,5 25,0 4000 22840 600,0 3424 288.000
ST 4500 10,6 20,4 8,0 28,3 4500 25695 675,0 3852 324.000
ST 5000 12,0 23,5 9,0 33,9 5000 28550 750,0 4280 360.000
ST 5400 12,0 21,0 9,0 35,0 5400 30835 810,0 4623 388.800
Tabela nº 27: Informações técnicas correias de cabo de aço.
I-14-4: UNIDADE DE TENSÃO (Ut)
Com a Fórmula nº 15 poderemos encontrar a unidade de tensão (Ut) a que será
submetida a carcaça da correia.
CÁLCULO DA UNIDADE DE TENSÃO (Ut), EM kgf/cm
Fórmula nº 15
Ut = Tm/L
Importante: Para efeito de cálculo da unidade de tensão (Ut) e do número de lonas (NL), a largura
da correia (L) deve ser considerada em cm.
Fórmula nº 16 Fórmula nº 17
NL = Tm/(L x Rt) NL = Ut/Rt
Fórmula nº 18
% Tad = Tm/(NL x Rt x L) x 100
NL = Ut/Rt
Ó
FÓRMULA nº 14
Tev = (2 x C)/V
Tev = (2 x 120)/90
Tev = 2,67 min
Tev = Tempo de evolução, em min
C = Distância entre centro dos tambores, em m
V = Velocidade da correia, em m/min
Por se tratar de material muito abrasivo, a cobertura a ser usada será Extra Abrasão (EA).
Através da Tabela nº 22, e considerando a granulometria máxima de 50mm e a frequência
de impacto de 2,67 minutos, a espessura da cobertura de 5,0 mm dará excelente resultado
na vida útil da correia. Em função da largura desta, a cobertura de 1,5 mm atenderá
plenamente os lados dos tambores.
Conclui-se, portanto, que a correia indicada será:
1. Inspeção:
Somente inspeção dimensional do produto acabado.
Não é permitido acompanhamento de fabricação.
2. Testes:
Poderão ser feitos os seguintes testes:
Dureza da borracha;
Flexão da carcaça;
Adesão dos componentes;
Ruptura por lona;
Abrasão;
Ruptura dos cabos.
Os custos do material gasto para execução dos testes serão por conta do comprador, assim
como as despesas que, porventura, forem necessárias para confecção destes em órgão
externo, quando solicitados.
São considerados aceitáveis os parâmetros estabelecidos pela Norma DIN 22102, salvo
quando houver outra similar, que deve prevalecer nesses casos.
I-16: TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS
Caso não seja solicitado de outra forma junto à CORRElAS MERCÚRIO, as tolerâncias
dimensionais tanto para correia transportadora como para elevadora obedecerão os
seguintes valores:
I-16-1: LARGURA
Largura nominal (mm) Desvio limite
Até 500 ± 5,0 mm
Acima de 500 ± 1%
I-17: EMBALAGEM
As correias transportadoras, em geral, são fornecidas em rolos, tendo sua ponta inicial
presa a um tubo de madeira ou ferro para o devido bobinamento. As correias são
enroladas de modo que o lado de retorno que para fora.
O tipo e diâmetro do tubo é de nido em função da espessura e peso da correia, podendo
variar de 180 a 450 mm de diâmetro e o furo quadrado para sustentação de 80 a 160
mm.
O diâmetro do rolo depende da espessura e comprimento da correia e deve, sempre que
possível, ser fornecido em grandes lances para reduzir no máximo possível o número de
emendas no campo, porém, devem ser considerados o peso e o diâmetro do rolo, que
limitam as condições de transporte.
As fórmulas abaixo nos fornecem os elementos para cálculos aproximados de diâmetro do
rolo e do comprimento da correia aberta.
Dr = √127.E.Ca + d2
2. Comprimento da correia em função da sua espessura e do diâmetro externo do
rolo, bem como do diâmetro externo do tubo no qual ela é enrolada:
FÓRMULA nº 20 (m)
Ca = (π x Nv)/200 x (Dr + d)
Onde:
Dr = Diâmetro externo do rolo, em cm
d = Diâmetro externo do tubo, em cm
E = Espessura da correia, em cm
Ca = Comprimento da correia aberta, em m
Nv = Número de voltas num rolo de correia
Figura nº 74: Rolo de correia.
OUTROS LOCAIS
ALMOXARIFADO
PERÍODO LUZ SOLAR DIRETA
COBERTO COBERTA COM LONA
(INDESEJÁVEL)
RECOMENDÁVEL 1,5 Anos 2 Semanas 6 Meses
Placas puxadoras;
Cabo de aço;
Roldanas;
2 Tirfors;
Trator (para puxar grandes lances);
Longarinas para xação das pontas da correia;
Cavaletes para sustentação dos rolos.
A bobina deve ser colocada junto ao tambor de retorno e estar disposta no mesmo
alinhamento do transportador.
A disposição da bobina no cavalete de sustentação deve propiciar o desenrolar da correia
saindo por baixo, pois esta condição proporciona melhor controle ao ser puxada para o
transportador e coloca o lado de transporte na parte superior.
Figura nº 79: Passagem da correia no transportador.
Para a passagem da correia, deveremos xar as placas puxadoras em sua ponta, prendê-las
com o gancho do cabo de aço e distendê-las ao longo do transportador para que a mesma
seja puxada.
Na área da emenda, os roletes devem ser retirados num espaço de cerca de 8,0m, quando
possível, para dar condição de se obter um alinhamento perfeito da emenda.
II-2-1: INTRODUÇÃO
Na realidade, existem muitas variações na maneira de se preparar e executar uma emenda
em correia transportadora. Na maioria das vezes, essas variações não alteram o resultado
nal, como comentaremos a seguir; por outro lado, procedimentos incorretos podem
comprometer todo o trabalho e condenar a correia transportadora.
As emendas em correias transportadoras podem ser executadas de três maneiras:
Observação: Além dos itens acima, a atividade de campo costuma exigir outros equipamentos,
como: base para apoio no transportador, ferramentas para desmontar a estrutura do transportador,
sinalização de segurança, proteção para chuva e poeira etc., sendo que a equipe de emenda deve
avaliar cada situação, respeitando as normas de segurança da empresa.
Figura nº
80: Terminologia básica.
Descrevemos, a seguir, a terminologia básica utilizada na confecção de uma emenda:
É Á
VIÉS: Área não removível da emenda, parte integrante do seu comprimento e
que determina o ângulo de escalonamento.
PASSO: Também chamado de degrau, acompanha paralelamente a linha de
viés. É responsável pela área de garra da emenda.
LINHA DE BASE: É a linha feita em ângulo de 90º em relação ao centro da
correia, que determina o comprimento da emenda e que serve de base para
todas as medidas de escalonamento.
LINHA DE CENTRO: É a linha disposta no centro absoluto da correia, em
ângulo de 90º em relação à linha de base. Serve para garantir o alinhamento da
emenda.
ESCALONAMENTO: É o processo de corte e destaque das lonas para
confecção da emenda.
Observação: Conforme tabela acima, concluímos que, qualquer que seja a largura, o passo nunca
deve ser inferior a 250mm para lonas PN1200 / PN2200 / NN1100; 400mm para lonas PN3000 /
NN1800 e 500mm para lonas PN4000 / PN5000 / PN6500.
Onde:
Exemplo de Cálculo
Calcularemos o comprimento da emenda da seguinte correia:
Nº DE PASSOS = nº de lonas – 1
=3–1
=2
Figura nº
85: Corte da emenda – linha do viés.
Paralelo ao corte inclinado será feito outro, com a faca para borracha na posição vertical,
também na espessura da cobertura e sem tocar a lona. Retirar, através da torquês, uma tira
diagonal da cobertura, expondo a primeira lona para facilitar o início do escalonamento.
Figura nº
86: Início do escalonamento – exposição da lona.
Cortar a extremidade da correia, paralelamente ao viés, CE + 150mm.
Figura nº
87: Corte do excedente de correia.
Realizar cortes longitudinais na borracha de cobertura distantes +/- 40 mm entre si,
partindo do viés em direção à extremidade da correia. Esses cortes devem ser feitos como
os anteriores, ou seja, procurando não atingir a lona.
Com a faca para borracha, como se fosse uma espátula, retirar as arestas de borracha que
permaneceram sobre a lona, sem feri-la.
Com a faca para borracha, como se fosse uma espátula, retirar as arestas de borracha que
permaneceram sobre a lona, sem feri-la.
A partir do ponto onde foi cortada a segunda lona (onde inicia o segundo passo), em
direção à extremidade da correia, medir junto à borda o comprimento do último passo.
Figura nº 97: Marcação do 2º passo.
Rente à linha diagonal na 3ª lona, cortar a lona e borracha na posição mais deitada
possível (em torno de 20º), formando, assim, o chanfro superior.
Observação: Para correias com mais de três lonas, o procedimento é praticamente idêntico,
necessitando apenas acrescentar mais passos e repetir os procedimentos de escalonamento.
Figura nº
99: Alinhamento de centro e fotogra a
Utilizando a extremidade que está por cima como se fosse uma régua, marcar a linha do
viés na extremidade que está por baixo, obtendo, assim, exatamente o mesmo ângulo
(Processo de fotogra a).
Figura nº 100: Marcação do viés através da fotogra a
Utilizando a faca especí ca para lona, cortar a segunda lona, tomando o cuidado para não
atingir a terceira. Retirar a segunda lona.
Retirar as arestas de borracha que caram sobre a lona.
Em situação de sobreposição, “marcar/fotografar”, ao mesmo tempo, a linha onde
termina o segundo passo e onde termina o chanfro inferior.
Figura nº 102: Marcação do chanfro e 2º passo.
CE = VIÉS + (2 x passo)
Observação: Ao valor encontrado, deve ser acrescentado 150mm para a execução dos
chanfros superior e inferior.
II-2-7-2: QUANTIDADE DE PASSOS
Para correias com 2 (DUAS) lonas, a quantidade necessária de passos será sempre igual a
2 (DOIS).
Nº PASSOS = 2
Observação: Para correias com mais de duas lonas, verificar o procedimento específico neste
manual.
Observação: Pela tabela conclui-se que, qualquer que seja a largura, o passo nunca deve ser
inferior a 250mm para lonas PN1200/PN2200/NN1100; 400mm para lona PN3000 e 500mm
para lonas PN4000/NN1800
Onde:
Exemplo de cálculo
Calculemos o comprimento da emenda da seguinte correia:
Figura nº
106: Corte da borracha de cobertura – 1º passo.
Utilizando a faca especí ca para lona, levantá-la junto ao passo, para que se possa, em
seguida, agarrá-la com a torquês. Em seguida, puxar tira por tira, até expor a segunda
lona.
Figura nº
110: Corte do chanfro superior.
Utilizando a faca para lona, cortar a primeira lona, tomando todo o cuidado para não
atingir a segunda lona.
Através da torquês e por tiras, retirar a primeira lona juntamente com a cobertura
superior.
Retirar as arestas de borracha que caram sobre a segunda lona.
Em situação de sobreposição, “fotografar”, ao mesmo tempo, a linha onde termina o
segundo passo e onde termina o chanfro inferior. Com a faca para borracha, cortar toda a
cobertura de borracha, formando o chanfro inferior.
II-2-8-1: CHANFROS
Não é necessário retirar toda a borracha da lona. O importante é garantir uma superfície
limpa e uniforme, sem depressões acentuadas e “pelotes” de borracha que poderiam causar
bolhas.
Em algumas correias é comum que, após a retirada das tiras de lona, permaneça borracha
sobre a superfície. Essa borracha é a camada de ligação e NÃO precisa ser retirada.
Importante: Em nenhum caso é recomendado o uso do rebolo tipo “copinho” ou “tungstênio” devido
à sua ação extremamente agressiva.
A experiência mostra que a grande maioria dos casos de abertura de emendas se deve ao lixamento
excessivo das lonas, levando ao rompimento das fibras.
Figura nº
117: Limpeza química das lonas.
II-2-9: COLAGEM
O adesivo deve ser misturado de forma que apresente uma coloração uniforme.
O adesivo e o catalisador devem ser misturados somente no momento do uso.
A quantidade preparada de adesivo + catalisador deve ser em função da área a ser
colada e do tempo de consumo, lembrando que depois de preparada, a mistura
poderá ser consumida no máximo em 2 horas.
A proporção entre adesivo e catalisador pode variar, portanto, devem ser
seguidas as recomendações de cada fabricante.
Certi que-se de que o prazo de validade do adesivo não esteja expirado.
Observação: Para lonas PN4000 / PN5000 e PN6500 deve-se aplicar três demãos de cola. Este
procedimento torna-se necessário devido à espessura e texturização da lona.
Observação: Devem ser evitados acúmulos ou excessos localizados de adesivo, pois podem originar
bolhas.
Depois de totalmente apoiada nas travessas, para a união deverão ser retiradas
primeiramente as travessas centrais, para que o centro da emenda seja unido e
pressionado primeiro.
Sequencialmente, a retirada das travessas deve ocorrer gradativamente, primeiro um lado,
depois o outro, e de dentro para fora, sempre pressionando com o martelo de borracha.
Figura nº 122: Retiradas das travessas centrais.
Depois desse processo de marteladas, aplicar o rolete de pressão, garantindo que toda a
superfície seja roletada, inclusive os chanfros.
Figura nº
124: Roletagem da área de emenda para eliminar bolhas de ar.
II-2-9-4: ACABAMENTO
O acabamento tem fundamental importância no desempenho da emenda, por isso deve
ser executado com extremo cuidado. Devem ser evitadas saliências excessivas e ssuras nas
linhas de acabamento.
Para que a emenda apresente um resultado perfeito, recomendamos, como último
procedimento, que seja feito o lixamento da região do acabamento para a correção de
quaisquer saliências derivadas da execução.
O momento certo para execução deste trabalho é de, no mínimo, 2 horas após a colagem,
pois quanto mais seco o adesivo, menor a chance de que o acabamento descole devido à
temperatura gerada.
Observação: O lixamento deverá ser executado com a lixadeira angular em movimentos rápidos,
tomando o cuidado de evitar a ação da ferramenta sobre um mesmo ponto por mais de 1 segundo.
Isso evitará o superaquecimento da borracha e, consequentemente, o empastamento da lixa. O
movimento da ferramenta, quando a lixa estiver em contato com a borracha, nunca poderá ocorrer
contra o acabamento.
Para terminar, passar uma demão do adesivo sobre toda a linha de acabamento, a m de
impermeabilizar ao máximo a emenda.
Figura nº
126: Impermeabilização da emenda.
II-3-1: INTRODUÇÃO
A confecção de emendas utiliza muitos dos procedimentos descritos no item anterior
(emendas à frio), como alinhamento, xação, preparação etc., e por isso, serão suprimidos
nesta etapa.
Assim, os procedimentos que se seguem descreverão apenas os pontos peculiares dos
métodos de execução à quente.
Giz e barbante;
Régua metálica milimetrada (avaliar conforme largura da correia);
Pedra rebolo (grana 24, Ø 4”);
EPI´s (óculos, luvas de os metálicos, protetor auricular, capacete etc.);
Esquadro metálico (aproximadamente 15”);
Trena (mínimo 3m);
Pincel ou trincha de 1.1/2” ou 2” para aplicação do adesivo;
Torquês;
Faca para borracha;
Faca para lona;
Lápis ou esferográ ca;
Sargento;
Escova de pelo;
Lixadeira Angular 7” (6000 rpm, disco de lixa grana 100, Ø 7”);
Esmeril de cabo exível para escova de aço (750W, 4800rpm);
Escova de aço (Ø de 4”);
Vazador pontiagudo (sovela);
Chave de fenda com cantos arredondados;
Cola cimento;
Borracha de ligação;
Borrachas de cobertura;
Rodilhos para roletar a emenda (1/2” e 2” de largura);
Prensa;
Solvente;
Papel siliconado; e
Calços laterais (1mm abaixo da espessura da correia).
Onde:
II-3-5-1: ACABAMENTOS
Considerar ± 150mm, pois compreende:
Chanfro superior;
Passo de acabamento (25mm);
Adicional para encaixe nal da última lona, a ser retirado após o fechamento.
II-3-5-2: LIMPEZA DAS LONAS
Conforme procedimento anterior, em nenhum caso é recomendado o uso do rebolo tipo
“copinho” ou “tungstênio” devido à sua ação extremamente agressiva.
II-3-5-4: VULCANIZAÇÃO
Centralizar a emenda sobre o platô da prensa de modo que as pontas da emenda quem
para dentro do platô pelo menos 50mm, ou seja, o platô deve ser 100mm maior que a
emenda, tanto no comprimento quanto na largura. Utilizar papel siliconado para evitar
aderência entre a correia e os platôs.
Colocar junto às bordas da correia, guias (ou calços) laterais de aço com espessura de
1mm a 2mm menor que a espessura da correia (dependendo da espessura total). A
temperatura de vulcanização deve ser de 145ºC, 155ºC e/ou 165ºC e a pressão de
7kgf/cm² . O tempo de vulcanização deve ser considerado da seguinte forma:
Nota: Lembrar que o tempo de vulcanização começa a contar a partir do instante em que a
temperatura ideal é atingida.
PRESSÃO X TEMPERATURA
Pressão da Prensa (kgf/cm²) 3 4 5 6 7
Temperatura °C Ambiente 80 100 120 155
Tempo de vulcanização (min) Conforme Tabela nº 33
Tabela nº 34: Pressão x Temperatura.
II-3-5-6: PRENSA
A Prensa é um dos principais itens a ser minuciosamente inspecionado. Deve-se realizar uma avaliação mecânica e
elétrica das suas condições operacionais, a m de se evitar possíveis falhas durante o processo de vulcanização da
emenda.
O controle de dissipação da temperatura e pressão deve estar uniforme em todo o
equipamento. Para tanto, é de boa prática checar os itens a seguir:
Giz e barbante;
Régua metálica milimetrada (avaliar conforme largura da correia);
Pedra rebolo (grana 24, Ø 4”);
EPI´s (óculos, luvas de os metálicos, protetor auricular, capacete etc.);
Esquadro metálico (aproximadamente 15”);
Trena (mínimo 3m);
Pincel ou trincha de 1.1/2” ou 2” para aplicação do adesivo;
Torquês;
Faca para borracha;
Faca para lona;
Lápis ou esferográ ca;
Sargento;
Escova de pelo;
Lixadeira Angular 7” (6000 rpm, disco de lixa grana 100, Ø 7”);
Esmeril de cabo exível para escova de aço (750W, 4800rpm);
Escova de aço (Ø de 4”);
Vazador pontiagudo (sovela);
Chave de fenda com cantos arredondados;
Rodilhos para roletar a emenda (1/2” e 2” de largura);
Prensa;
Solvente;
Papel siliconado; e
Régua de borda (1mm abaixo da espessura da correia).
II-4-2: MATERIAIS NECESSÁRIOS
II-4-3: PROCEDIMENTOS
1. Calcular o comprimento da emenda conforme procedimento anterior.
2. Preparar as extremidades conforme procedimento anterior, porém, lixar uma faixa
adjacente ao chanfro de 25mm de largura, sobre a qual será colocada a borracha de
cobertura.
3. Efetuar a limpeza das lonas, na área escalonada, tomando os cuidados necessários
para se evitar o rompimento das bras pela ação de ferramentas rotativas e
eliminando qualquer resíduo de lixamento e gordura da superfície preparada.
4. Aplicar sobre as lonas das duas extremidades uma demão da Solução 1, deixando
secar por aproximadamente 30 minutos.
Observação: A solução 1 deve ser aplicada exclusivamente sobre as lonas e não sobre a borracha.
Pontos isolados de borracha sobre a superfície da lona também não devem receber a Solução 1.
5. Efetuar a mistura da SOLUÇÃO 2 com o Adesivo ATS (COLA CIMENTO ATS)
na sua totalidade e na proporção de 0,5 litro de solução para 5 litros de adesivo
(1:10). Pintar as lonas e os chanfros (incluindo a faixa de 25mm lixada) das duas
extremidades com o produto resultante, deixando secar até a obtenção do “tack”
(Figura nº 129).
6. Aplicar uma camada de Borracha de Ligação sobre a superfície dos passos – com
exceção do Passo de Acabamento, no qual será aplicada posteriormente.
7. Roletar bem a borracha de ligação (com o papel protetor) sobre as lonas para total
aderência da mesma.
8. Retirar completamente o papel protetor da Borracha de Ligação.
9. Limpar e ativar a superfície da camada de ligação com solvente apropriado.
10. Com a sovela, fazer pequenos furos na borracha de ligação para eliminar a
possibilidade de bolhas.
11. Unir as duas extremidades, garantindo o perfeito alinhamento e encaixe dos
degraus.
12. Aplicar sobre as lonas do passo de acabamento uma demão da Solução 1,
deixando secar por aproximadamente 30 minutos.
13. Pintar as lonas do passo de acabamento, os chanfros (incluindo a faixa de 25mm
lixada) das duas extremidades com o produto resultante da mistura do adesivo com a
solução 2, deixando secar até a obtenção do “tack”.
14. Aplicar a borracha de ligação sobre as lonas do Passo de Acabamento (ver Figura nº
130).
15. Roletar sobre o papel protetor; retirar o papel, limpar com solvente e furar com a
sovela.
16. Aplicar a borracha de cobertura na região de acabamento, para preencher o
espaço e formar a “tira de acabamento".
Figura nº 129: Montagem do fechamento da emenda.
Observação: A fim de facilitar a adesão das camadas cruas da emenda, conforme a necessidade,
pode-se pintá-las com a Cola Cimento. Com isso, o manuseio e a montagem da emenda serão
otimizados.
Centralizar a emenda sobre o platô da prensa de modo que as pontas da emenda quem
para dentro do platô pelo menos 50mm, ou seja, o platô deve ser 100mm maior que a
emenda, tanto no comprimento quanto na largura.
Utilizar papel siliconado para evitar aderência entre a correia e os platôs.
Colocar junto às bordas da correia, guias (ou calços) laterais de aço com espessura de
1mm a 2mm menor que a espessura da correia (dependendo da espessura total).
Nota: Lembrar que o tempo de reticulação começa a contar a partir do instante em que a temperatura
ideal é atingida.
A prensa deverá ser aberta somente após a temperatura ter baixado para 60ºC.
II-5: OUTROS TIPOS DE EMENDAS PARA CORREIAS COM
CARCAÇAS TÊXTEIS
Figura nº 132: Emenda em “V”. Emenda reversora utilizada para correias com 2 lonas.
Figura nº 133: Emenda em diamante. Emenda reversora utilizada para correias com 3 ou mais lonas.
II-5-2: EMENDAS DE ÁREA REDUZIDA
Caso a avaria tenha ultrapassado completamente a carcaça da correia, o reparo deverá ser
executado nos dois lados da mesma, conforme mostra o exemplo da Figura nº 139. Note
que o escalonamento do lado superior e inferior converge para a lona central, ou seja, para
o centro da carcaça.
IMPORTANTE: Deve-se garantir que os passos nos lados superior e inferior não coincidam, a fim de
evitar regiões fragilizadas e sujeitas a linhas de fadiga. Ainda assim, as dimensões mínimas dos
passos devem ser respeitadas.
Apesar das dimensões mínimas apresentadas acima, deve-se considerar que as regiões a
serem escalonadas devem estar totalmente isentas de impurezas do material transportado e
do próprio ambiente de trabalho.
Assim, o tamanho do reparo será tanto maior quanto maior for a impregnação e a
extensão da camada a ser retirada para eliminar essa contaminação.
II-6-5: LIMPEZA DAS LONAS
Após o devido escalonamento, a limpeza das camadas exige os mesmos cuidados
utilizados para a confecção de uma emenda, ou seja:
Observação: Em situações de campo nas quais não se dispõe da lona crua, as lonas deverão ser
previamente “pintadas” com a cola cimento.
Lembrar que a cola cimento deve ser misturada com a “Solução 2” presente no kit, na
proporção 10:1.
Assim como na emenda, deve-se lixar uma faixa adjacente ao chanfro de 25 mm de largura
(fig. 142).
A fim de facilitar a adesão das camadas cruas da emenda, conforme a necessidade, pode-se
pintá-las com a cola cimento. Com isso, o manuseio e a montagem da emenda serão
otimizados.
Figura nº 142: Lixamento de uma polegada sobre a cobertura.
Para a reticulação deverá ser utilizado o papel siliconado para evitar a aderência
aos platôs da prensa, tanto da região crua como da reticulada.
Reparos na borda exigem guias (ou calços) laterais de aço com espessura de
1mm a 2mm menor que a espessura da correia (dependendo da espessura total).
Para terminar, passar uma demão do adesivo sobre toda a linha de acabamento,
a m de impermeabilizar ao máximo o reparo.
III. EMENDAS: CORREIAS CABO DE AÇO – ST
III-1: INTRODUÇÃO
Linha de base: linha traçada com ângulo de 90º em relação ao centro da correia,
no sentido longitudinal. Usada como base para todas as medidas da emenda.
Linha de centro: linha traçada no centro absoluto da correia com ângulo de 90°
em relação à linha de base, com o objetivo de garantir o alinhamento da correia.
Viés: área não removível da emenda, parte integrante do seu comprimento e que
determina o ângulo de escalonamento.
Diagrama da emenda: croqui com a disposição e medidas dos cabos para o corte.
Pode ser descrito como estágio 1, 2, 3 ou 4, de nido através da especi cação da
correia cabo de aço.
“Macarrão”: composto de borracha de ligação não vulcanizada, cortada no
formato de tiras.
Observação: O comprimento do viés pode ser ajustado de acordo com o ângulo do platô.
Observação: Caso a ponta da correia esteja irregular, é necessário refilá-la. Sendo assim,
considerar na marcação do comprimento da emenda, comprimento adicional para o corte.
Traçar a linha do viés de acordo com o diagrama da emenda, de forma que acompanhe a
direção do ângulo do platô da prensa.
Virar a ponta da correia e chanfrar a cobertura inferior, também em ângulo de 45º. Deve-
se evitar que o chanfro inferior coincida com o chanfro superior.
Figura nº 150: Chanfro inferior.
Con rmar o comprimento da emenda, cortar o excedente com a ajuda de uma lixadeira.
Esse corte deverá seguir a linha de viés que naliza o comprimento da emenda.
Iniciar a retirada da borracha de cobertura superior a partir da linha do viés. Utilizar uma
torquês para iniciar o descolamento, conectar o tirfor e aplicar uma força gradativa. Pode-
se utilizar uma faca para auxiliar na soltura da borracha.
Importante: Não remover toda borracha dos cabos, ou seja, deixando-os totalmente limpos (no
aço).
Com o auxílio da esmerilhadeira, escovar toda a região do chanfro da emenda, bem como
a área de ancoragem, tanto do lado de carga quanto do lado de retorno. Utilizar disco de
escova.
Atentar-se para não desgastar de forma desnivelada a região.
Limpar detritos de borracha com o auxílio da escova de pelo e do solvente de borracha.
Figura nº 155: Desgaste da borracha – chanfros e área de ancoragem.
Aplicar também o Adesivo Cimento sobre a região dos chanfros. Virar as pontas da
correia e aplicar o adesivo na parte inferior.
Após a aplicação, proteger os cabos para que não haja contaminação com poeira ou
sujeiras proveniente da execução da emenda.
Importante: Não utilizar o Adesivo Cimento para aderir os componentes de borracha. Para tal deve-
se utilizar solvente de borracha (para ativar a aderência dos componentes). A utilização do Adesivo
Cimento pode resultar na porosidade dos componentes de borracha, comprometendo a qualidade
final da emenda.
Colocar papel de poliéster/TNT sobre os platôs da prensa (parte de retorno) para facilitar
o escoamento da borracha durante a vulcanização, evitar possível surgimento de bolhas e
adesão da borracha sobre os platôs da prensa.
Figura nº 157: Aplicação do papel de poliéster/TNT.
Importante: Verificar o alinhamento das duas pontas da correia e fixá-la. Traçar uma linha na região
central das pontas para, na próxima etapa, confirmar o alinhamento da emenda.
Inserir sobre o papel de poliéster/TNT a borracha de cobertura inferior, com a espessura
conforme a especi cação da correia, ajustando-a conforme a dimensão da emenda.
Observação: Certificar que a borracha de cobertura inferior esteja inserida em toda a região da
emenda. É recomendado fazer pequenos orifícios ao longo da borracha de cobertura, com o auxílio
de vazadores, para prevenir o armazenamento de ar, evitando bolhas após o término do processo de
execução da emenda.
Aplicar a borracha de ligação sobre a cobertura inferior. Ela também deverá cobrir toda a
região da emenda.
Figura nº 159: Aplicação da borracha de ligação sobre a cobertura inferior.
Realinhar as duas pontas da correia com o auxílio de um barbante “talqueado” e xá-las
na estação de trabalho.
Caso seja necessário realizar a marcação dos estágios da emenda, usar o barbante
“talqueado”. Traçar uma linha central sobre a borracha de ligação para iniciar a
transposição dos cabos.
Observação: Confirmar o alinhamento da correia através da linha de centro e do comprimento
longitudinal da emenda.
Iniciar a transposição dos cabos de aço pela região central da correia. Seguir as dimensões
da emenda de acordo com o diagrama/estágio. Para cortar os cabos de aço poder ser
utilizado um tesourão.
Figura nº 161: Início da intercalação dos cabos de aço.
Aplicar novamente a borracha de ligação sobre os cabos de aço, cobrindo toda a região da
emenda.
Inserir as réguas de bordas, retirando, com o auxílio de uma faca, o excesso das borrachas
de ligação e cobertura.
Travar as réguas tencionando-as com a ajuda de uma talha, impedindo todo tipo de
movimento durante o processo de vulcanização.
Observação: Certificar que as réguas de bordas possuam altura entre 1,0 mm e 2,0 mm inferior à
espessura total da emenda, e que esta exceda em 300 mm o comprimento da prensa de vulcanização.
PRESSÃO X TEMPERATURA
Pressão da Prensa (kgf/cm²) 3 4 5 6 9 12 à 14
Temperatura °C Ambiente 100 120 130 140 155
Tempo de vulcanização (min) Conforme a Tabela nº 37
Tabela nº 38: Pressão x Temperatura.
Observação: Observar os cuidados já descritos neste Manual com relação à Prensa (tópico II-3-5-6),
Problemas Elétricos e Perda de Pressão (tópico II-3-5-7) e Platôs Seccionados (tópico II-3-5-8)
Aparar as bordas da emenda não vulcanizada com uma faca e com o auxílio de uma régua,
para alinhar com a borda da correia.
Figura nº 171: Procedimento de emenda concluído.
III-2-3: INSPEÇÃO DA EMENDA
Deve-se veri car as dimensões da emenda e se a mesma está alinhada. Se necessário,
aparar o restante das borrachas salientes. A espessura da correia na região da emenda não
deve exceder 10% do seu valor nominal.
Efetuar uma inspeção em toda a emenda para avaliar se há bolhas ou problemas de adesão
ao longo das bordas e da linha de viés.
É recomendado movimentar a correia por pelo menos duas voltas sem carga para veri car
o seu alinhamento e, somente após a mesma, atingir a temperatura ambiente.
III-2-4: DIAGRAMAS DA EMENDA
Posição inicial do contrapeso A posição inicial do contrapeso deve ser suficiente para o
inadequada. alongamento natural da correia.
Contrapeso muito pesado. Reavaliar a tensão necessária para o esticamento da correia.
Figura nº
VI-2-5: PÉ DO ELEVADOR
É a parte inferior do elevador na qual é inserido o tambor de retorno.
A calha de alimentação e o dispositivo de esticamento são partes integrantes do pé do
elevador. Essa parte da estrutura é provida de portas para inspeção e limpeza do poço do
elevador.
VI-2-9: CONTRARRECUO
Conjunto ligado diretamente ao eixo do tambor de acionamento, localizado na cabeça do
elevador.
O contrarrecuo tem livre movimentação no sentido de elevação. No caso de uma parada
do elevador com as canecas carregadas, o contrarrecuo, como diz o próprio nome, trava-
se, evitando o retorno da correia e consequente descarga do material no fundo do
elevador.
VI-3-1: CORREIAS
A correia elevadora tem sua construção idêntica às correias transportadoras, porém, sua
seleção deve ser criteriosa, já que, devido às condições de trabalho, a carcaça, via de regra,
deve ser mais robusta, pois, além de ter sua resistência longitudinal afetada pelos furos de
xação das canecas, permanece tensionada desde sua colocação no elevador.
Para seleção de uma correia elevadora deve ser adotado o mesmo critério da correia
transportadora.
Em se tratando de um projeto novo, a fabricante do equipamento deverá prover a
Correias Mercúrio de todos os dados necessários para sua devida seleção, através do
formulário apropriado.
Ao selecionar uma carcaça, não se deve apenas considerar a tensão máxima a que ela vai
ser submetida a plena carga. Deve-se considerar, acima de tudo, sua robustez para resistir
ao arrancamento dos parafusos de xação das canecas e também relacionar os diâmetros
dos tambores com a espessura da correia, a m de lhe assegurar perfeita exibilidade,
principalmente na área da emenda.
Para se determinar o tipo e a espessura da cobertura da correia, deve-se considerar a
natureza do material elevado.
Deve ser avaliado seu peso, tipo, formato, temperatura, umidade, pegajosidade, dureza,
impregnação de óleo, graxa, solvente etc.
Deve-se considerar que, em geral, a cobertura do lado dos tambores em correias
elevadoras tem desgaste mais acentuado que a do lado das canecas, devendo, portanto, ser
mais espessa. Esta condição se deve ao fato do material elevado praticamente não ter
contado direto com a cobertura do lado das canecas, porém, isso não deverá alterar o
critério na indicação de coberturas resistentes a óleos ou outros quando o material elevado
tiver tal natureza ou outras.
VI-3-2: CANECAS
São os elementos responsáveis pela elevação da carga.
Sua construção é variada e sua robustez depende do tipo do material elevado, podendo ser
construída em chapas de ferro ou aço soldadas, ferro fundido, termo plásticos, bra de
vidro moldada etc.
A m de se obter maior rendimento na elevação de materiais, existem diversos tipos de
canecas, cuja escolha depende do tipo do elevador e do material a ser elevado.
São três os tipos mais usuais de canecas para elevadores:
Tipo A – ou per l cilíndrico profundo
Tipo B – ou per l cilíndrico raso
Tipo V – ou per l V
As canecas do tipo A têm as partes laterais cortadas em ângulos de 65°, o que lhes
proporciona considerável profundidade.
São aplicadas na elevação de materiais de livre vazão, tais como: grão, areia, carvão
triturado, produtos químicos secos etc. São usadas somente em elevadores centrífugos e,
em geral, operando em alta velocidade, obtém-se alta capacidade de elevação em função
de sua con guração profunda. Figura nº 175.
As canecas do tipo B apresentam suas partes laterais cortadas em ângulos de 45°, o que as
torna bastante rasas. Também são usadas em elevadores centrífugos com velocidade
moderada e, por serem rasas, são mais apropriadas a elevação de materiais de descarga
mais lenta. Figura nº 176.
As canecas do tipo V são usadas, unicamente, nos elevadores contínuos. Por sua
con guração, prestam-se para todo tipo de elevação, principalmente para materiais
abrasivos de grande granulometria.
Esse tipo de caneca é xada à correia praticamente uma encostada à outra e, pelo seu
formato, uma serve de calha de descarga para a outra, quando da passagem pelo tambor
de acionamento. Figura nº 177.
A furação em linha deve ser usada em correias estreitas, na elevação de materiais leves.
A furação alternada, isto é, em linha dupla, deve ser usada para correias largas ou quando
o peso do material elevado o exigir.
Se xarmos canecas em correias largas por meio de furação em linha, estaremos criando
uma linha de ruptura no sentido transversal, que se torna mais crítica se considerarmos o
“vaivém” das canecas fazendo dobradiça na correia quando de sua passagem pelos
tambores.
A furação alternada proporciona xação mais rme, praticamente anula o “vaivém” em
dobradiça, bem como alterna os furos, sem formar linha crítica de ruptura.
Em geral, mantém-se uma distância de 25 mm entre as linhas de centro dos furos.
O número de furos e o diâmetro do parafuso de xação são determinados em função dos
pesos da caneca vazia e do material elevado e da tensão admissível do aço escolhido para
fabricação dos parafusos.
A xação das canecas na correia deve ser criteriosa e obedecer, rigorosamente, a formação
de um ângulo de 90° como sentido longitudinal da mesma. A não observação desse
ângulo acarretará uma xação inclinada das canecas e, neste caso, a carga penderá para os
lados, deslocando a correia contra a estrutura do elevador, dani cando-a.
VI-3-4: FURAÇÃO DA CORREIA ELEVADORA
Os furos de xação das canecas nas correias elevadoras devem ser feitos com um vazador,
ter o mesmo diâmetro dos parafusos e a linha de furação estar em ângulo absoluto de 90°
em relação às bordas da correia.
Ao ser furada a correia, a carcaça cará exposta à ação da umidade ou pó e, para protegê-
la, é de bom critério pintar a área furada com cola cimento de borracha.
Ao ser encomendada uma correia elevadora, Correias Mercúrio poderá entregá-la
devidamente furada e cimentada, pronta para receber as canecas.
Para tanto, o cliente deverá fornecer um desenho constando:
Não se deve usar chapas metálicas no lado interno da correia visando segurar a cabeça do
parafuso de xação, com receio de deixá-la atuar diretamente na correia, ou pretendendo,
com seu uso, proteger os parafusos contra possíveis arrancamentos.
O uso desnecessário dessas chapas metálicas só provocará cortes na carcaça da correia e no
tambor de acionamento quando revestido, ou deslizamento quando sem revestimento.
Esse deslizamento ocorre, de modo geral, quando as canecas estão carregadas ou ao se dar
partida ao sistema de acionamento do elevador.
VI-3-6: FOLGA LATERAL
Entre as laterais das canecas e as bordas da correia deve existir uma folga, a m de evitar
que as canecas, por um deslocamento da correia, sejam arrancadas pela estrutura do
elevador. Figura nº 182.
Em vista disso, a folga lateral mínima para elevadores de canecas deve ser:
alimentação descentralizada;
canecas xadas fora de esquadro; e
emendas fora de esquadro.
As emendas mecânicas são as mais comuns e, em virtude dos pequenos cursos dos
esticadores por parafuso, proporcionam maior facilidade de reemendar a correia, quando
o curso do esticador chegar ao máximo. A emenda mecânica oferece maior facilidade de
montagem e manutenção.
Ao ser instalada uma correia elevadora, sempre que possível, seguir o seguinte critério:
Fórmula nº 25
Ce = (3e + 2h)/1000
Nota: Esta fórmula diz respeito ao comprimento de emenda fixada par 4 canecas.
Esse tipo de emenda não deve ser feito em correias que tenham acima de 10 mm de
espessura, pois o degrau seria excessivo, prejudicando o equipamento quando de sua
passagem pelos tambores.
Na área da emenda, as canecas devem ter projeção menor para compensar a transposição,
mantendo, deste modo, uma linha normal de projeção em toda a extensão da correia.
Fórmula nº 26
Ce = (5e + 2h)/1000
Observação: Tanto para emenda tipo transposição quanto justaposição, seu comprimento pode
variar, isto é, depende do número de espaçamentos entre canecas “e” que se queira adotar para sua
fixação.
Exemplo:
OBSERVAÇÕES
1. *Consultar o Departamento de Engenharia de Aplicação e Assistência Técnica
2. Quando o fator preponderante for somente um (exemplo: Alta Abrasão) pode-se utilizar a tabela
acima. Porém, se houver mais do que um fator (exemplo: Alta Abrasão, Alta Temperatura etc.) ou se
desejar outro tipo de cobertura da nossa linha e que não conste na tabela acima, consulte o nosso
Departamento de Engenharia de Aplicação e Assistência Técnica.
Capacidade de
Dimensões, Capacidades e Pesos das Canecas
Elevação (t/h)
Largura da Distância entre
Caneca Velocidade da
Correia Centros das Canecas Largura x Peso
Tipo Altura Capacidade Correia
(mm) (mm) Projeção Aproximado
(mm) (m³) (m/min)
(mm) (kg)
60 90 120 150
-
A 1 175 250 150 x 100 110 0,85 x 10 ³ 1,40 12 17 24 30
-
2 225 250 200 x 125 135 1,98 x 10 ³ 2,30 28 42 56 70
-
3 250 300 225 x 150 155 3,12 x 10 ³ 2,90 37 55 74 92
-
4 275 300 250 x 150 155 3,40 x 10 ³ 3,70 40 61 82 100
-
5 325 300 300 x 150 155 3,97 x 10 ³ 4,40 47 63 94 110
-
6 325 350 300 x 175 180 5,38 x 10 ³ 5,60 55 82 110 137
-
7 400 350 350 x 175 180 6,52 x 10 ³ 6,50 67 100 134 168
-
8 400 400 350 x 200 210 8,50 x 10 ³ 8,60 76 114 152 190
-
9 425 350 375 x 175 180 7,08 x 10 ³ 6,70 72 108 144 180
-
10 450 350 400 x 175 180 7,65 x 10 ³ 7,40 78 117 156 195
-
11 450 400 400 x 200 210 9,63 x 10 ³ 10,10 86 129 172 215
-
12 500 400 450 x 200 210 11,05 x 10 ³ 10,90 99 148 198 247
-
13 500 500 450 x 250 260 17,28 x 10 ³ 16,10 124 186 218 310
-
14 550 400 500 x 200 210 12,18 x 10 ³ 11,90 109 163 218 272
-
15 550 500 500 x 250 260 18,41 x 10 ³ 20,00 132 198 264 330
-
16 650 400 600 x 200 210 14,45 x 10 ³ 14,00 130 195 260 325
-
17 650 500 600 x 250 260 22,95 x 10 ³ 25,00 165 247 390 412
-
1 125 100 100 x 35 55 0,13 x 10 ³ 0,20 4 6 8 11
-
2 200 200 175 x 85 125 0,85 x 10 ³ 1,00 15 22 30 37
-
3 225 200 200 x 85 125 1,13 x 10 ³ 1,10 20 31 39 51
B
-
4 275 250 250 x 100 135 1,70 x 10 ³ 1,80 24 36 48 60
-
5 325 300 300 x 135 185 3,97 x 10 ³ 3,00 47 70 94 117
-
6 450 350 400 x 160 225 6,80 x 10 ³ 6,10 69 103 138 172
V 200 x -
1 225 205 195 2,32 x 10 ³ 2,40 20 29 40 49
125
200 x -
2 225 305 295 5,78 x 10 ³ 4,40 34 51 68 85
200
250 x -
3 275 205 195 2,89 x 10 ³ 2,70 25 37 50 62
125
250 x -
4 275 305 295 6,32 x 10 ³ 4,60 37 55 74 92
175
275 x -
5 300 230 220 4,42 x 10 ³ 3,60 34 51 68 85
150
275 x -
6 300 305 295 7,76 x 10 ³ 5,20 45 67 90 112
200
300 x -
7 325 230 220 4,84 x 10 ³ 3,90 37 55 74 92
150
300 x -
8 325 305 295 8,61 x 10 ³ 5,60 50 75 100 125
200
350 x -
9 400 305 295 8,92 x 10 ³ 5,80 52 76 104 128
175
350 x -
10 400 305 295 10,11 x 10 ³ 6,20 69 88 117 147
200
400 x -
11 450 305 295 11,59 x 10 ³ 6,80 68 102 136 170
200
400 x -
12 450 455 445 26,60 x 10 ³ 12,00 105 157 210 262
300
450 x -
13 500 305 295 13,06 x 10 ³ 7,40 77 115 154 192
200
450 x -
14 500 305 295 16,66 x 10 ³ 8,70 98 147 196 245
250
500 x -
15 550 305 295 14,53 x 10 ³ 8,00 85 127 170 212
200
500 x -
16 550 455 445 33,31 x 10 ³ 16,00 131 196 262 327
300
-
17 600 305 550 x 295 15,95 x 10 ³ 10,30 94 141 188 235
200
600 x -
18 650 305 295 17,42 x 10 ³ 11,00 102 153 204 255
200
600 x -
19 650 455 445 40,00 x 10 ³ 18,20 158 237 316 395
300
ELEVADORES
DIÂMETRO DO TAMBOR
CENTRÍFUGOS
VELOCIDADE CONTÍNUOS
ROTAÇÃO DO TAMBOR
mm pol DA CORREIA
(rpm)
(m/min)
305 12 55 55 Velocidade:
380 15 50 60 Materiais Normais
V = 30 a 75 m/min
450 18 47 70 Materiais Pesados
600 24 42 82 V = Valores Baixos
760 30 38 92 < 30 m/min
910 36 35 100
1060 42 32 108
1220 48 29 112
1360 54 28 120
1520 60 27 130
Tabela nº 47: Velocidades recomendadas para elevadores
de canecas tipo industrial centrífugos e contínuos.
VI-6: CONSIDERAÇÕES GERAIS E FÓRMULAS PARA CÁLCULO DE
CORREIAS ELEVADORAS
A especi cação correta de uma correia elevadora envolve uma série de cálculos
fundamentais.
Apresentamos a seguir as diversas fórmulas para os cálculos.
Fórmula nº 27
Q = (60 x V x p1 x n)/e
Fórmula nº 28
Pm = 17 x (T/V)
Fórmula nº 29
N = (1000 x Ca x n)/e
Fórmula nº 30
Tp = (p x N) + (pc x Ca)/2 + (p1 x N)/4
Fórmula nº 31
Te = Pm (H + Ho)
Observação:
Ho = 7m para elevadores de descarga centrífuga
Ho = 2m para elevadores de descarga contínuo
Fórmula nº 32
Te = 0,8 x p1 x N (H +Ho/H)
Fórmula nº 33
Tm = (1 + K) Te (kgf)
Fórmula nº 34
Ut = Tm/L (kgf/cm)
L = Largura da correia, em cm
IMPORTANTE: Para cálculo da Unidade de Tensão (Ut) e do Número de Lonas (NL), a largura da
correia deve ser considerada em cm.
Fórmula nº 35 Fórmula nº 36
NL = Tm/(L x Rt) NL = Ut/Rt
L = Largura da correia, em cm
Tm = Tensão máxima,em kgf
Ut = Unidade de tensão, em kgf/cm
Rt = Tensão admissível da lona, em kgf/cm/lona
Fórmula nº 37
%Tad = Tm/(NL x Rt x L) x 100
A Coleta de Dados (Item VI-7) solicita indicação para uma correia elevadora para areia de
fundição. Os dados complementares informam que há desgaste prematuro das coberturas
e ruptura nas emendas mecânicas, bem como nos pontos de xação das canecas.
Analisando os dados coletados, veri camos ser possível calcular e proceder à indicação
técnica, com alternativas, mediante as quais nosso Departamento de Vendas terá
condições de elaborar um orçamento para o solicitante.
Q = (60 x V x p1 x n)/e
Substituindo-se os valores, temos:
Q = (60 x 120 x 9 x 1)/350
Onde:
Q = 185,14 t/h
Te = Pm (H + Ho)
Te = 21,25 (21,44 + 7)
Te = 604,35 kgf
VI-8-4-2: TENSÃO EFETIVA (Te) EM FUNÇÃO
DO NÚMERO DE CANECAS
Para este cálculo é utilizada a Fórmula nº 32:
Tm = (1 + K) Te
Substituindo-se valores, vem:
Tm = (1 + 0,85) x 1222,5
Tm = 2261,7 kgf
Ut = Tm/L
Substituindo-se os valores, temos:
Ut = 2261,7/45
Ut = 50,26 kgf/cm
NL = Ut/Rt
Ce = (5e + 2h)/1000
Substituindo-se os valores, temos:
Ce = (5 x 350 + 2 x 225)/1000
Ce = 2,20m
VI-8-10-1: ALTERNATIVA I
Elevadora alta temperatura, com 3 lonas PN3000; cobertura de 5,0 x 3,0 mm; medindo
45,00 m x 450 mm – aberta.
CAUSA CORREÇÃO
Encurtar a correia, regular a carga para a qual a
Caneca tocando no fundo do poço do elevador.
caneca foi dimensionada.
Proceder à limpeza do poço, proporcionando
Fundo do poço entulhado de material.
passagem livre de canecas.
Cabeça do parafuso de fixação das canecas
Trocar os parafusos pelos corretos.
menor que o convencional.
Correia subdimensionada. Trocar a correia pelo tipo adequado.
CAUSA CORREÇÃO
Canecas com a mesma largura da correia. Usar canecas mais estreitas.
A alimentação má centralizada. Corrigir a calha de alimentação.
Emenda fora do esquadro. Refazer a emenda, corrigindo o desalinhamento.
CAUSA CORREÇÃO
Diâmetro dos tambores menor que o
Aumentar o diâmetro dos tambores.
recomendado.
Deslizamento da correia sobre o tambor de Aumentar o diâmetro desse tambor,
acionamento. e/ou revesti-lo.
Retirar as chapas e colocar parafusos de fixação
Uso de chapa para fixação das canecas.
adequados.
CAUSA CORREÇÃO
Furação em linha. Aplicar furação alternada.
Correia subdimensionada. Trocar a correia.
Correia trabalhando em ambiente úmido sem a Proteger a carcaça contra a umidade, revestindo-
devida proteção da carcaça. a e cimentando os furos.
CAUSA CORREÇÃO
Correia subdimensionada. Trocar a correia.
Carga por caneca excedendo a especificada Reduzir a carga por caneca aumentando a velocidade,
(aumento de capacidade). mantendo a capacidade desejada.
N Não Abrasivos
ABRASIVIDADE A Abrasivos
M Muito Abrasivos
Peso Ângulo de
Ângulo de
Material Específico Inclinação Máximo Abrasividade
Repouso (αe)
(kg/m³) (αi)
Aço (cavaco, lascas) 1200/2400 18 35 M
Aço em Limalhas 1200/2400 18 25 M
Açúcar granulado 880 15 10 N
Açúcar não refinado de
1050 23 25 A
cana
Algodão em caroço,
600 16 29 N
seco e desfiado
Algodão em caroço,
300/400 19 35 N
seco, não desfiado
Algodão (torta) moído 600/700 32 30/45 N
Algodão (torta)
600/700 28 20/30 N
granulado
Algodão sem caroço 200 38 45 N
Algodão farinha 600 32 30/45 N
Algodão polpa 600 32 30/45 N
Alúmen (pedra-ume) fino 750 23 25 N
Alúmen (pedra-ume)
880 23 25 N
pedaço
Alumina 800/1000 12 10 M
Alumínio, hidrato de 300 24 34 M
Peso Ângulo de
Ângulo de
Material Específico Inclinação Máximo Abrasividade
Repouso (αe)
(kg/m³) (αi)
Alumínio – minério
1400 17 20 M
(bauxita)
Alumínio, sulfato de 900 17 32 M
Amendoim em casca 320 8 10 N
Amendoim descascado 640 8 10 N
Amido, fécula 400/800 12 10 N
Antracito até 1/8” 960 18 20 A
Antracito em pedaços 960 16 10 A
Ardósia (lousa) até 1/2” 1400 15 20 A
Ardósia (lousa) 1.1/2”
1400 18 20 A
até 3”
Areia de rio úmida 1760/2100 22 30 M
Areia de rio seca 1450/1760 18 20 M
Areia de fundição
1400 24 30 M
preparada
Areia de fundição usada 1300/1600 22 39 M
Arenito quebrado 1400 20 20 M
Argamassa de cimento 2100 22 22 A
Argamassa úmida 2400 22 10 A
Argila calcinada 1500 22 25 M
Argila fina seca 1600/1900 22 20 M
Argila em pedaços seca 1150 20 20 M
Argila xistosa esmagada 1400 22 39 N
Arroz 800 8 10 N
Peso Ângulo de
Ângulo de
Material Específico Inclinação Máximo Abrasividade
Repouso (αe)
(kg/m³) (αi)
Arroz descascado 730/780 8 20 N
Arroz em casca 580 22 20/30 N
Asbestos desfiado 370 30 30 A
Asbestos em pedra 1300 20 10 M
Asfalto para pavimento 1300 30 30 N
Aveia 420 10 10 N
Bagaço – cana 160 30 30 N
Basalto 1300/1600 20 20/28 A
Barrilha 800 7 10 A
Bauxita moída – seca 1100 20 20 M
Bauxita bruta 1400 17 20 M
Bauxita britada até 3” 1300 20 20 M
Bentonita, 100 mesh e
800/1000 20 42 A
abaixo
Beterraba inteira 770 27 20 N
Bicarbonato de sódio 660 23 30 N
Bórax 1.1/2” a 3” 1000 27 25 A
Bórax 1/2” penetrado 1000 20 20 A
Bórax fino 900 22 10 A
Borracha granulada 880 22 25 N
Borracha regenerada 400 18 20 N
Cacau em pó 400/600 32 45 N
Café em pó 300 24 20/30 N
Peso Ângulo de
Ângulo de
Material Específico Inclinação Máximo Abrasividade
Repouso (αe)
(kg/m³) (αi)
Café torrado 300/400 15 20 N
Cal até 1/8” 1000 23 30 N
Cal em cristais 800/900 17 30 N
Cal hidratada até 1/8” 640 21 25 N
Cal em pedra 880 17 20 N
Calcário 1760 19 25 A
Calcário para agricultura
1100 20 10 A
até 1/8”
Calcário esmagado 1400 18 25 A
Calcário em pó 1280/1360 20 30 A
Cana-de-açúcar, cortada 200 30 45 N
à faca
Caolim granulado até 3” 1000 19 20 A
Carne (pedaços) 800/900 28 30/45 N
Carvão antracitoso
900/1000 16 27 A
uniforme
Carvão betuminoso 800 20 25 N
Carvão vegetal 290/400 25 25 A
Carvão de pedra,
600 20 35 M
escória de
Carvão, linhita 600/700 22 38 A
Casca e resíduos de
200/300 27 45 N
madeira
Cascalho seco 1450 15 20/30 M
Cascalho molhado 1600 18 23 M
Cavacos de madeiras 480 27 25 N
Caulim, 3” e abaixo 1000 23 45 A
Peso Ângulo de
Ângulo de
Material Específico Inclinação Máximo Abrasividade
Repouso (αe)
(kg/m³) (αi)
Caulim (talco), 100 mesh 700/900 23 45 A
Centeio 700 8 23 N
Cereais 700 20 10 N
Chumbo minério fino 3200/4330 15 20 A
Cimento argamassa 1200/1400 22 20/30 A
Cimento Portland 1500 23 25 A
Clínquer (cimento) 1200/1500 18/20 30/40 M
Cinza em pó (carvão) 720 25 30 M
Cinza, fuligem, terra 1700 17 32 N
Cinza produzida por
1250 30 30 M
gás, úmida (fuligem)
Cloreto de Amônio
800 10 10 N
(cristalino)
Cloreto de Magnésio 530 25 30 N
Cloreto de Potássio 1200 18 30/44 M
Cobre, Minério de 1900/2400 20 20 M
Cobre minério britado 1600/2400 20 20 M
Cobre, Sulfato de 1200/1400 17 31 A
Cola granulada 600 11 25 N
Coco fragmentado 300 15 45 N
Concreto úmido até 2” 1760/2400 26 10 A
Concreto em pranchas 2100/2400 20 25 M
Coque solto 370/560 18 30 M
Coque miúdo até 1/4” 400/560 22 10 M
Peso Ângulo de
Ângulo de
Material Específico Inclinação Máximo Abrasividade
Repouso (αe)
(kg/m³) (αi)
Coque, petróleo
600/700 20 30/44 A
calcinado
Cortiça 160/320 27 30 N
Cristais de ácido oxálico 60 1 30/44 N
Cromo minério 2000/2250 17 10 M
Dolomita em pedaços 1600 22 20 M
Enxofre 1250 20 20 N
Ervilha seca 800 20 20 N
Escória de alto forno 900 20 20 M
Escória de cimento 1200/1500 20 25 M
Farinha de trigo 600 21 30 N
Farelo 200/300 32 30/45 N
Feldspato peneirado até
1300 18 25 A
1/2”
Feldspato 1.1/2” até 3” 1440/1760 17 20 A
Feldspato em pó 1600 17 20 A
Fermento em pó 600/900 18 20/30 N
Ferro, escória de forno 900 18/20 35 M
Ferro minério 1600/3200 20 25 M
Ferro minério até 1/2” 2160/2400 22 20 M
Ferro minério granulado
1870/2100 15 20 M
(pellets)
Ferro, óxido de 400 25 40 M
Fosfato (super),
800/900 30 45 N
fertilizante moído
Peso Ângulo de
Ângulo de
Material Específico Inclinação Máximo Abrasividade
Repouso (αe)
(kg/m³) (αi)
Fosfato de tricálcio
1000 11 30/44 N
(granular)
Fosfato de trisódio 800 25 40 N
(pulverizado)
Fosfato, fertilizante 1000 13 26 N
Fosfato, pedra
1000 25 40 A
(pulverizada)
Flocos de mica 320 5 5 A
Fluorita 1/2” 1360/1680 20 30 M
Fluorita 1.1/2” até 3” 1850 27 30 M
Fosfato – ácido
960 13 10 N
fertilizante
Fosfato em pedra
1280 15 10 M
despedaçado seco
Fosfato em pedra
960 25 25 A
pulverizado
Fubá 640 22 20 N
Gelatina granulada 500 20 20/30 N
Gelo triturado 640 5 5 A
Gesso em pedaços 1300 15 10 A
Gipsita, pedaço de
1100/1300 15 30 N
1.1/2” a 3”
Gipsita, peneirada de
1100/1300 21 40 N
1/2”
Gipsita, poeira exposta
1000/1100 23 42 A
ao ar
Giz granulado 1200/1400 20 20/30 A
Goma-laca 1300 32 45 N
Goma-laca em pó ou
500 20 20/30 N
granulada
Grafite laminado 640 5 5 N
Peso Ângulo de
Ângulo de
Material Específico Inclinação Máximo Abrasividade
Repouso (αe)
(kg/m³) (αi)
Grafite peneirado 1/2” 1360 18 10 M
Grama seca, cortante 1400/1600 15/17 30/44 M
Granito quebrado
1570 20 20 M
1.1/2” a 3”
Greda de pisoneiro em
600 20 35 A
bruto
Hematita mineral (fina) 2400/3500 22 25 N
Lava de fornalha, 1000 13/16 25 M
granular, seca
Lava de fornalha,
1400/1600 20/22 45 M
granular, úmida
Leite em pó 600 20 20/30 N
Linhaça moída 430 20 20 A
Linho em grão 120 12 5 N
Linho moído 400 15 10 N
Lixo doméstico 800 30 45 N
Lodo 600/800 20 20/30 N
Madeira, casca e
200/300 27 45 A
resíduos de
Madeira, cavacos de 200/500 27 45 N
Manganês minério 2000/2250 20 25 M
Mármore em pedaços
1280/1530 15 10 M
até 1/2”
Mica moída 200 23 34 A
Molibdenito em pó 1700 25 40 N
Níquel 1280/2400 22 20 M
Nitrato de amônia 720 23 25 A
Nitrato de sódio 1200 11 10 N
Peso Ângulo de
Ângulo de
Material Específico Inclinação Máximo Abrasividade
Repouso (αe)
(kg/m³) (αi)
Óxido de bário em pó 2100 15 10 A
Óxido em chumbo 3200/4000 15 20 A
Óxido de ferro –
400 25 25 N
pigmento
Pedra britada 2200/2500 18 20 M
Pedra calcária moída 1400 18 20/30 A
Pedra mole (escavada
1600/1800 22 30/45 A
com pá)
Pedra saponácea 1400 18 20 M
Pedra-pomes até 1/8” 690 25 30 M
Pedregulho 1550 17 10 M
Pedregulho para diques,
1400/1700 20 38 M
barreiras
Pedregulho pontiagudo 1400/1600 15/17 30/44 M
(seco)
Pedregulho, seixo 1400/1600 12 30 A
Peixe (farinha de) 500/600 32 45 N
Peixe (pedaços de) 600/800 30 45 N
Poeira de pedra calcária 1300/1400 18 38 A
Pólvora 1000 20 20/30 N
Pólvora de pedra
1400 18 20/30 A
calcária
Pó de esmeril 3700 20 20/30 M
Potassa – minério
1300 15 20 M
(carbonato de P.)
Quartzo 1/2” a 3” 1450 15 20 M
Refugo de fundição 1120/1600 20 25 M
Peso Ângulo de
Ângulo de
Material Específico Inclinação Máximo Abrasividade
Repouso (αe)
(kg/m³) (αi)
Sabão, sabonete
240/400 10 10 N
granulado
Sabão detergente 200/800 30 30/45 N
Sabão em flocos 80/200 30 30/45 N
Sabão em pó 300/400 20 20/30 N
Sal comum, seco grosso 770 22 10 A
Sal comum, seco
1100/1300 11 20/30 A
refinado
Serragem 200 22 25 N
Sílica 1400/1600 10/15 20/29 M
Sinter 1600/2200 15 10 M
Soda calcinada leve 300/600 22 37 A
Soda calcinada pesada 900/1000 19 32 A
Soda calcinada, em
800 7 22 A
blocos de pó
Sódio, nitrato de 1100/1300 11 24 N
Soja 700/800 12/16 18/21 N
Soja quebrada 500/600 15/18 35 N
Soja, bolo de (acima de
600/700 17 32 N
1/2”)
Soja, farinha de 600 16/20 32/37 N
Sulfato, 3” e abaixo 1300/1400 18 30/44 N
Sulfato em pó 800/1000 21 30/44 N
Sulfato moído, 1/2” e
800/1000 20 30/44 N
abaixo
Sulfato de Alumínio 870 17 10 N
Sulfato de amônia
800 10 10 A
granulado
Peso Ângulo de
Ângulo de
Material Específico Inclinação Máximo Abrasividade
Repouso (αe)
(kg/m³) (αi)
Sulfato de cobre 1300 17 20 N
Sulfato de manganês 1130 15 10 M
Sulfato de sódio 1350 21 25 A
Tabaco (folhas de) seco 200 30 30/45 N
Tabaco (pedaços de) 200/400 32 30/45 N
Taconita em grãos 1800/2100 13/15 30/44 M
Talco em pó 1450 15 10 N
Terra e bauxita seca 1100 20 20/29 A
Terra escavada seca 1200 20 25 A
Terra úmida argilosa 1680 23 30 A
Tijolo 2000 27 30 M
Titânio minério 2250/2550 20 20 M
Trigo 700/800 12 28 N
Trigo, farinha de 600 21 45 N
Uréia 800 12 25 N
Vidro 1500 22 10 M
Zinco minério quebrado 2570 22 25 M
(Resultado em m)
Onde:
X= 4 x Ca - 6,28 (D+d)
Ca = Comprimento da correia aberta, sem adicional para emenda, em m
D = Diâmetro do tambor de acionamento, em m
d = Diâmetro do tambor de retorno, em m
VIII-2-3: VELOCIDADE DA CORREIA (V)
FÓRMULA nº 40
V = π x D x n (Resultado em m/min)
onde:
D = Diâmetro do tambor de acionamento, em m
n = Rotação do tambor de acionamento, em rpm
VIII-2-5: TRIGONOMETRIA
FÓRMULA nº 42
C = B/(cos αi)
Ó
FÓRMULA nº 43
C = H/(sen αi)
FÓRMULA nº 44
C = √B² + H ²
FÓRMULA nº 45
B = C x cos αi
FÓRMULA nº 46
B = H/(tg αi)
FÓRMULA nº 47
B = √C² - H²
FÓRMULA nº 48
H = C x sen αi
FÓRMULA nº 49
H = B x tg αi
FÓRMULA nº 50
H = √C² - B²
Onde:
C = Distância entre centros de tambores extremos, medida ao longo do per l
H = Altura de elevação
B = Distância entre centros dos tambores extremos, medida na horizontal
αi = Ângulo de inclinação do transportador
SIMBOLOGIA
P ( )
Francis Manolio
R
Luciana Francischinelli
R
Correias Mércurio
CERTO
ERRADO