Você está na página 1de 26

e-book ABECOM

TUDO SOBRE
CORREIAS TRANSPORTADORAS
O GUIA DEFINITIVO
ÍNDICE

1. QUE SÃO CORREIAS TRANSPORTADORAS? 03

2. UM POUCO DE HISTÓRIA 04

3. TIPOS DE CORREIAS TRANSPORTADORAS 05

4. ABECOM – QUALIDADE EM CORREIAS 08

5. SELEÇÃO DE UMA CORREIA TRANSPORTADORA PARA SEU PROJETO 09

6. USO, VIDA ÚTIL E DURABILIDADE DAS CORREIAS TRANSPORTADORAS 13

7. CUIDADOS NA MONTAGEM DE UMA CORREIA TRANSPORTADORA 15

8. MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS 16

9. INSPEÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS: SAIBA O QUE FAZER 18

10. MONITORAMENTO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS DURANTE A OPERAÇÃO 23

11. ARMAZENAGEM DE CORREIAS TRANSPORTADORAS 24

12. DISPOMOS DA CORREIA TRANSPORTADORA IDEAL E TODA


GAMA DE PRODUTOS E SERVIÇOS PARA A SUA INDÚSTRIA! 26

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 02
1. QUE SÃO CORREIAS TRANSPORTADORAS?

As correias transportadoras são bem conhecidas por quem trabalha na área industrial. São
Produtos fundamentais para maquinários de transporte de diversos tipos de materiais, desde
leves, como embalagens, aos mais pesados, como Mineração. Consistem em dois ou mais
tambores que movimentam uma superfície para facilitar o transporte de determinados
materiais ou objetos que são transportados.

As correias transportadoras contam, em sua composição, com quatro itens: cobertura superior
de borracha (tem a função de proteção proteger da ação dos produtos transportados), carcaça
têxtil (fornece resistência à tensão), borracha de ligação (cujas características são adesão,
estabilidade e acamamento) e cobertura inferior (protege a carcaça de ações advindas do
processo entre correias, tambores e roletes).

Têm como finalidade a garantia de um transporte mais eficiente. Por isso, precisam que sejam
resistentes e de alta qualidade para que se evitem acidentes ou grandes gastos com
manutenções em curtos períodos de tempo.

No caso de transportadores para materiais muito pesados, como pedras e cimentos, o cuidado
com as correias deve ser redobrado. Contar com produtos adequados para cada aplicação se
torna uma obrigação das indústrias. Eles são essenciais para os maquinários que fazem o
transporte de diversos tipos de materiais.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 03
2. UM POUCO DE HISTÓRIA

É inegável que nas últimas décadas, com a evolução da indústria, as correias transportadoras
adquiriram papel fundamental nessa história e foram fundamentais, sem dúvida, para o
progresso do segmento industrial. Elas estão ligadas diretamente à melhoria de desempenho, à
rapidez, à economia de tempo na movimentação dos mais variados tipos de carga e, claro, a
melhor relação custo-benefício em diversos segmentos.

Mas qual a origem das correias transportadoras? Não se tem como precisar uma data específica
de quando e por quem as correias foram inventadas, mas em 1795 se têm registros do uso das
primeiras correias transportadoras. Ou seja, durante a primeira Revolução Industrial. Já os
primeiros relatos em literatura técnica, foram publicados em 1848, Filadélfia, USA, por Olivier
Evans, no livro The Young Mill Wright and Millers Guide.

Na época, ainda eram produtos rudimentares,


construídos em couro ou telas e que deslizavam por
superfícies planas de madeira e eram usados para o
transporte de cereais para navios, mas ainda para
distâncias curtas especificamente para carga e
descarga. Antes, em 1804, foi instalada a primeira
correia transportadora acionada por uma máquina
a vapor. Foram esses inventos rudimentares que
deram origem às modernas correias usadas
atualmente.

Dando um pulo histórico, as primeiras cintas (ou correias) em aço foram introduzidas em 1901
pela empresa sueca Sandvik, para uso em transporte de areia, carvão vegetal e cana-de-açúcar.
Já o aço inoxidável só chegou na década de 1920, muito usado na indústria de alimentos.

A indústria automobilística foi responsável por mais avanços nesse tipo de transporte de
material. Henry Ford, considerado pai da indústria moderna, em 1913, criou esse conceito da
linha de montagem, pelo qual os veículos se deslocavam para serem montados. Isso acontecia
por meio de um sistema transportador que levava o veículo a ser construído pelos operários – e
não ao contrário, como antes. Assim, cada parte da linha fazia sua parte na montagem do
componente 4*da linha tinha um custo de fabricação e de venda bem mais interessantes.

Com o tempo, claro, o invento foi sendo


aprimorado e foram descobertas novas funções,
além de materiais mais modernos, resistentes e
fáceis de se trabalhar e com melhores resultados.
Hoje, não se imagina o rápido e seguro
movimento de materiais sem o uso das correias
transportadoras, com segurança e,
principalmente, ganho em economia de mão de
obra e o consequente aumento de produtividade.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 04
3. TIPOS DE CORREIAS TRANSPORTADORAS

As correias transportadoras são classificadas de várias formas e tipos. Vale ressaltar que seu
tipo de construção é que garantirá se a correia é adequada para um tipo de destinação ou não e
que seja adequada para suas principais propriedades, que são:
• Absorção de energia proveniente do choque dos materiais durante o carregamento;
• Transporte nas melhores condições de estabilidade, a fim de evitar ou minimizar perdas por
projeção ou fracionamento;
• Transmissão de tensões resultantes de resistências de deslocamento.
Ou seja, são as correias transportadoras que dão estabilidade aos mecanismos e permitem
suportar variações de tensão que ocorrem durante as várias fases do transporte. Assim, as
formas com que podem ser classificadas são: (Fonte: https://www.ctborracha.com)

Tipo de correia transportadora:


• Correias lisas;
• Correias com taliscas ou bordas sanfonadas;
• Correias de cobertura;
• Correias elevadoras;
• Correias deslizantes;
• Entre outros.

Formas de operação:
• Correias planas;
• Correias abauladas;
• Correias em U;
• Correias tubulares;
• Correias com perfil de centragem;
• Correias circulares.

Ângulo de inclinação do transpor


tador
• Correias planas – que operam em ângulos compreendidos entre 0º e 20º;
• Correias com nervuras ou taliscas com altura <20 mm - operam com ângulos compreendidos
entre 20º e 35º;
• Correias com nervuras ou taliscas com altura >20 mm - operam com ângulos compreendidos
entre 35º e 45º;

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 05
• Correias com bordas de contenção e taliscas com altura >75 mm - operam com ângulos
compreendidos entre 45º até 90º
• Correias do tipo sanduíche - operam com ângulos compreendidos entre 60º e 90º;
• Correias elevadoras - operam com ângulos superiores a 85º.

Tipos de aplicação:
• Correias de uso geral;
• Correias para contato com material oleoso;
• Correias para contato com produtos químicos;
• Correias resistentes a altas temperaturas;
• Correias resistentes a baixas temperaturas;
• Correias resistente à extrema abrasão;
• Correias resistentes à chama;
• Correias para produtos alimentares;
• Correias antiestáticas;
• Entre outros.

Tipos de borracha de revestimento:


• Revestimentos para uso geral;
• Revestimentos resistentes aos óleos;
• Revestimentos resistentes a produtos químicos;
• Revestimentos resistentes a altas temperaturas;
• Revestimentos resistentes a baixas temperaturas;
• Revestimentos resistentes à chama;
• Revestimentos para contato com produtos alimentares;
• Revestimentos antiestáticos;
• Revestimento resistente à extrema abrasão;
• Entre outros.

Tipo de bordas:
• Correias transportadoras com bordas moldadas;

• Correias transportadoras sem orlas e bordas não vedados.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 06
Tipo da superfície de transporte;
• Correias com a superfície lisa;
• Correias com a superfície corrugada;
• Correias com taliscas (Retas, em Y, V etc);
• Correias com bordas de contenção (band-a-bord).

Tipos de carcaça:
• Carcaça têxtil;
• Carcaça mista (têxtil e metálica);
• Carcaça metálica (Cabos de aço);
• Carcaça em aramida;
• Entre outros.

Formas de fornecimento:
• Correias abertas;
• Correias sem-fim.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 07
4. ABECOM – QUALIDADE EM CORREIAS

A ABECOM fornece apenas produtos de qualidade premium, alta tecnologia e resistência para
seus clientes. Você encontra correias transportadoras para aplicação nos mais diversos tipos de
transportadores. Fornecidas para todos segmentos da indústria tais como: papel e celulose,
alimentos, siderurgia, petroquímica, mineração, construção civil e muitos outros. Podem contar
com nossos produtos em seus equipamentos. A ABECOM garante os melhores resultados para
todos os projetos, conseguindo total satisfação de empresas e clientes, tanto no processo como
para o operador.

Além disso, nossa equipe é altamente treinada para poder ajudar em suas dúvidas e auxiliar na
aplicação e manutenção de suas correias. Para garantir produtos de alta qualidade, basta entrar
em contato. Nossa equipe comercial está sempre à disposição para lhe oferecer as melhores
soluções!

COMO É FEITA UMA CORREIA TRANSPORTADORA DE QUALIDADE


Qualidade é, sem sombra de dúvida, o maior diferencial de um equipamento industrial.
Qualidade na fabricação, no uso, na garantia e no pós-venda. Para isso, é fundamental que, já
na primeira fase de processo, a fabricação, já se garanta essa qualidade. A ABECOM só trabalha
com produtos de primeira linha e mais do que garantia, a confiabilidade é o nosso maior aliado.

Mas, afinal, como é feita uma correia transportadora de qualidade e o que garante isso? Um
equipamento eficiente, que melhore os processos, reduza o desperdício, diminua o consumo de
energia elétrica, sem prejuízo da qualidade da produção.

Essencialmente, a qualidade depende de:

- Matéria-prima. Quais são os materiais empregados na fabricação da correia;

- Mão de obra. Como estão capacitados e habitados os profissionais que fabricarão o produto;

- Capital. Quais os recursos para montar uma estrutura que possa comportar a fabricação, a
mão de obra, a matéria-prima e as máquinas;

- Tecnologia. Conhecimento da matéria-prima e instrumentação (equipamentos) para a


manufatura. Também contam nesse item a experiência o conhecimento técnico de todos os
profissionais para a fabricação do produto.

E vai além, passando pela entrega, transporte, garantia, pós-venda, assistência técnica, entre
outros pontos. Como mencionamos neste e-book, deve-se levar em conta pontos importantes
na escolha sua correia, como impacto dos materiais, capacidade de flexão e absorção de
impactos, resistência a materiais engastados, tempo de desgaste e vida útil.

Os especialistas da ABECOM são verdadeiros consultores e conhecem todos os tipos de correias.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 08
5. SELEÇÃO DE UMA CORREIA TRANSPORTADORA
PARA SEU PROJETO

Como são de suma importância para várias atividades, as correias transportadoras devem ser
vistas por suas aplicações específicas. Os tipos acima têm diversas utilidades e é necessário que
seja feita, na aquisição, uma análise bem criteriosa sobre qual a aplicação que se deseja e qual o
tipo indicado. Para isso, os profissionais da ABECOM têm formação e conhecimentos técnicos
para transmitir as informações da correia destinada a cada uso, sempre visando a maior vida
útil possível da mesma.

Ao compreender o projeto a que se destina, nossos profissionais darão o suporte na seleção de


uma correia transportadora para seu projeto, avaliando o tipo de material a ser transportado,
entre outros dados. Na escolha de uma correia transportadora, devem-se observar, além desses
pontos anteriores, alguns detalhes como:

- Características do trabalho;

- Aplicação do material;

- Tipo e efeito de transporte;

- Materiais a serem transportados;

- Diferentes condições desse objetivo e atividade;

- Tamanho da correia transportadora (largura, altura, comprimento etc.);

- Velocidade de transporte;

- Quantidade de material transportado;

- Potência de acionamento;

- Tempo de execução;

- Resultados esperados;

- Tensão de acionamento;

- Resistência da correia transportadora;

- Reforço necessário;

- Tipos de construção;

- Acessórios necessários;

- Alimentação das correias;

- Manutenção e limpeza;

- Tambores do conjunto de transporte;

- Tempo de descanso para reuso.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 09
Pode ser simples chegar a um especialista e explicar o que se precisa, mas esse trabalho
depende de análises e até de cálculos para chegar à melhor solução e indicação. A escolha
correta do transportador é uma decisão técnica, pois envolve conhecimento de sistemas de
transporte, características operacionais, capacidades e velocidades. Mas também é econômica,
já que têm de ser ponderados pontos como: tempo, capacidades, custos operacionais, custos
de manutenção, disponibilidade de máquina entre outros. A ABECOM só fornece produtos de
qualidade e resistência para a aplicação nos mais diversos tipos de transportadores.

Indústrias de papel, alimentos, petroquímica, siderurgia, mineração e muitas outras podem


contar com produtos de qualidade, com garantia e melhores resultados para projetos. A equipe
altamente treinada ajudará nas dúvidas e auxiliará na aplicação e manutenção dessas correias.
Nosso suporte é aplicado às necessidades da indústria, apresentando soluções que resultem
em redução de custos na manutenção.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 10
Espessura
Peso aproximado
Tipo de Correia Nº de Lonas Tensão Admissível aproximada
da Carcaça kg/m²
Carcaça kg/m²

EP 250/2 2 25 3,1 2,6

EP 400/2 2 40 3,7 3,3

EP 630/3 3 63 5,6 5,0

EP 1000/3 3 100 7,0 6,0

EP 1250/3 3 125 7,4 7,2

EP 800/4 4 80 7,5 6,6

EP 1250/4 4 125 9,3 8,0

EP 1600/4 4 160 9,8 9,6

EP 2000/4 4 200 13,2 11,0

EP 1000/5 5 100 9,4 8,5

EP 1600/5 5 160 11,7 10,0

EP 2000/5 5 200 12,3 12,0

EP 2500/5 5 250 15,7 13,8

EP 1250/6 6 125 11,0 10,2

EP 2500/6 6 250 17,4 14,4

Percentual Recomendado para Curso do Esticador - Considerar Distâncias Entre Centros

Tipo de Esticador Emenda Mecânica Emenda Vulcanizada

100% da Tensão 75% da Tensão 100% da Tensão 75% da Tensão


de Trabalho de Trabalho de Trabalho de Trabalho

Parafuso 1,5% 1,0% 4,0% 3,0%


Automático 1,0% 1,0% 1,5% 1,5%

Tipos de Coberturas e suas Características

Designação Temperatura Peso (**)


Características Típicas
Internacional Máxima ºC kg/m²

Excelente resistência a abrasão e ao impacto,


W 70 1,10
excede as normas DIN e RMA1

Ótima resistência a abrasão, alta absorção ao


RMA1 70 1,15
impacto, resistência a cortes e atende a norma RMA1

Boa resistência a abrasão e a intempéries,


RMA2 70 1,15
média absorção ao impacto e atende a norma RMA2

OIL RESISTANT /
SIDEWALL / CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS PARA CADA APLICAÇÃO
ENTRE OUTRAS

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 11
FORMULÁRIO - DADOS NECESSÁRIOS PARA ANÁLISE DE CORREIAS TRANSPORTADORAS:
EMPRESA:
ENDEREÇO:
DADOS DO TRANSPORTADOR
SETOR: N.º DO TRANSPORTADOR:
LARGURA DA CORREIA: mm
VELOCIDADE DA CORREIA: m/min m/s
DISTÂNCIA C/C: Mts
ELEVAÇÃO: Graus mts
DIÂMETRO DA POLIA ACIONANTE: mm REVESTIDA LISA
DIÂMETRO DA POLIA ACIONADA.: mm REVESTIDA LISA
DIÂMETRO DA POLIA TENSORA: mm REVESTIDA LISA
DIÂMETRO DA POLIA DE DESVIO: mm REVESTIDA LISA
ARCO DE CONTATO (POLIA ACIONANTE): Graus
DIÂMETRO DOS ROLETES DE CARGA: mm ângulo dos roletes graus

DADOS DO MATERIAL
TONELADAS (MÁXIMA) POR HORA: T/H
MATERIAL TRANSPORTADO:
TEMPERATURA: ºC
GRANULOMETRIA: mm
OLEOSO SIM NÃO
DADOS COMPLEMENTARES
ESPAÇAMENTO DOS ROLETES DE CARGA: Mts
PESO ESPECÍFICO DO MATERIAL: K/m 3
ALTURA DE QUEDA DO MATERIAL: mts

DADOS GERAIS
TIPO DE ESTICADOR: PARAFUSO CONTRAPESO CURSO/mm
TIPO DDE EMENDA: VULCANIZADA MECÂNICA
MARCA DA CORREIA ATUAL: TIPO DE COBERTURA:

LARGURA: N.º DE LONAS: COBERTURAS:

RESUMO DE CÁLCULO E ESPECIFICAÇÃO


TENSÃO MÁXIMA DE TRABALHO: N
TENSÃO UNITÁRIA DE TRABALHO: N/mm
CORREIA RECOMENDADA:
LARGURA: N.º DE LONAS:
COBERTURA SUPERIOR: COBERTURA INFERIOR:
TIPO DE COBERTURA:

OBSERVAÇÕES croquis instalação

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 12
6. USO, VIDA ÚTIL E DURABILIDADE DAS CORREIAS
TRANSPORTADORAS

Assim como produtos de uso contínuo de qualquer espécie, as correias transportadoras


precisam de atenção no tocante às melhores formas de uso e manutenção para garantir maior
vida útil e durabilidade de seus componentes e, consequentemente de todo o equipamento.

USO CORRETO
A escolha e uso corretos de uma correia transportadora definirá por completo sua vida útil.
Dessa forma, como dito anteriormente, ter um profissional especializado da ABECOM
oferecendo consultoria técnica na escolha do equipamento é fundamental também para sua
maior durabilidade.
Para isso, é preciso analisar as condições de uso das correias levando-se em consideração
fatores como tipo de empresa, ambiente agressivo, temperatura. As características do material
também são fundamentais. Por isso, entender a granulometria, temperatura, abrasividade,
agressividade e vazão horária devem ser pesados na escolha e melhor uso.
O local de uso; o tempo do percurso da correia e a forma correta, tendo em mente as distâncias
curtas ou grandes que percorrerá, a tensão aplicada, as temperaturas ambiente, do material
transportado e a decorrente do seu uso e ajustes para evitar um desgaste prematuro são
fatores que definirão o quanto o material durará, ainda na sua compra.
Outro ponto fundamental com relação ao uso das correias é a segurança decorrente desse uso,
que é definida pela Norma Regulamentadora 12 (NR-12) do Ministério do Trabalho, ou seja, não
basta somente a melhor escolha, ela também deve respeitar critérios estabelecidos. Por fim,
nesse quesito, a questão da relação custo-benefício definirá a escolha e uso correto do modelo
a ser mais apropriado às necessidades do adquirente.

VIDA ÚTIL E DURABILIDADE DAS CORREIAS TRANSPORTADORAS


Como colocado nos itens anteriores, o uso e a manutenção correta definirão a vida útil e
durabilidade das correias transportadoras e, claro, a melhor relação custo-benefício que se
espera do equipamento. Sua vida útil varia de acordo com a indústria e a forma com que a
correia é utilizada, bem como das próprias características de fabricação.
Os manuais trazem, de acordo com a aplicação, o tempo de uso que se espera de um
equipamento. Da mesma forma, em conformidade com normas técnicas, as validades (que
existem em qualquer produto) estão definidas. Claro que, no caso de correias transportadoras,
que não são produtos de rápida perecibilidade, podem ser de muitos anos, décadas, desde que
feitas as manutenções corretas.
Alguns cuidados devem ser observados com maior frequência para aumentar a vida útil do
equipamento:

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 13
- Verificar sempre seu alinhamento. Isso evita desgastes prematuros. Essa condição é de fácil
execução pelo próprio operador do equipamento;

- Os tambores (elementos de tração, retorno e mudar a direção de uma correia) devem ter
atenção. Eles devem sempre estar bem limpos e perpendiculares à linha de centro do
transportador e paralelos entre si. A limpeza evita acúmulo, bem como a observância de sua
posição atrasa desgastes da correia, alterações no diâmetro e desalinhamentos;

- Roletes (conjunto de rolos, que possuem rotação livre, e são usados para guiar as correias
transportadoras em seu trajeto) devem ser cuidados. Além da posição deles, devem estar
limpos e sem qualquer coisa que impeça seu giro;

- Uso correto dos materiais a serem transportados. Distribuição de peso, cuidado e atenção com
o percurso, força desiquilibrada e desalinhamento da correia causam problemas com o tempo
e devem ser evitados.

Além disso, não só o equipamento, mas quem o manuseia precisa de atenção para maior
durabilidade das correias, bem como a fatores e ambientes de uso. Portanto, é importante
cuidar de pontos como treinamento de pessoal. O planejamento com relação à, por exemplo,
segurança, redução de material fugitivo e facilidade de manutenção, é outro ponto a ser
considerado.

Acessibilidade ao equipamento para manutenções e inspeções garantem maior produtividade.


Prevenir é fundamental, com o estabelecimento de metodologias de manutenção preventiva.
Também devem-se observar questões como alinhamento das correias para evitar desperdícios
e desgastes, além da limpeza do equipamento. (repetição).

Por fim, mas não menos importante, a forma correta com que se desligam as correias
transportadoras, que devem ser esvaziadas antes desse processo. Se houver algum tipo de
produto ao se ligar novamente, haverá aumento de consumo de energia, bem como maior
necessidade de força ao equipamento.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 14
7. CUIDADOS NA MONTAGEM DE UMA CORREIA
TRANSPORTADORA

Este capítulo tem ligação direta com o anterior, de manutenção e vida útil, bem como com
relação à segurança e operação das correias transportadoras. Existem métodos específicos para
montagem de cada tipo de correia e local de uso, o que vem definido também nos manuais.

Por exemplo, para a montagem de uma estação de trabalho se recomenda a definição e escolha
de um local plano, com uma plataforma rígida na qual a correia seja fixada e posteriormente
montada a prensa de vulcanização.

Em muitos casos, as correias estão em espaços livres a céu aberto e sujeitas às mudanças e
ações climáticas, mas a definição correta da área onde será colocada a estação de acionamento
do equipamento é fundamental. Ela deve ter iluminação adequada, ser ventilada, com
disposição de energia elétrica adequada aos equipamentos, fonte de água para o resfriamento
da prensa e limpeza geral.

Já a montagem da correia em si, segue um checklist definido pelo fabricante, seguindo as


orientações de tipo de produto, espaço e utilização. Esse checklist segue um projeto pré-
definido e estudado entre cliente e fornecedor. A montagem correta é fundamental para ajudar
no manuseio diário e na manutenção do equipamento. O cuidado com cada parte é
fundamental para o todo.

Uma montagem mal feita ou direcionada de forma incorreta gera mal uso, desgaste excessivo,
eleva o risco de danos ao equipamento, causando paradas, manutenções corretivas, retrabalhos
no projeto, e obviamente, prejuízos.

Assim, é fundamental que a montagem siga métodos e características da correia


transportadora. A montagem deve observar cada detalhe dos componentes do equipamento e
suas características operacionais. São elas que definem o projeto, a montagem e a seleção do
equipamento, para se evitar, por exemplo, riscos de ocorrência de defeitos.

Os benefícios da montagem correta de


uma correia transportadora permitem
também:

- Maior resistência ao desgaste por atrito;

- Maior suporte à tensão pelo peso exigido;

- Maior resistência a impactos;

- Maior resistência aos derivados de


petróleo usados, como óleo, gasolina etc.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 15
8. MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS

As correias transportadoras geralmente operam em condições de extrema severidade, que


geram desgaste e problemas. Portanto, um ponto a ser ponderado com extremo cuidado é a
manutenção do equipamento. Fundamental ter em mente a correta especificação e
manutenção das correias, dois pontos de suma importância para o uso correto e eficiente, com
resultados no trabalho e resultados esperados.

O estado geral das correias transportadoras deve ser, sem outra alternativa, excelente. Só assim
para se garantir maior produtividade para as empresas. Para isso, é necessário se observar
prazos e detalhes de sua manutenção adequada.

Sem a menor dúvida, assim como todo e qualquer equipamento industrial, os detalhes do uso,
a observação e obediência de regras e atenção aos detalhes e pontos que já vem definidos e
apontados nos manuais de uso são essenciais para maior útil do produto.

Como em todo equipamento, é necessário ter em mente o tempo e a forma correta e indicada
de manutenções preventiva (feita periodicamente antes que algum problema aconteça – e para
evitar que aconteça), corretiva (para corrigir e consertar problema que impeçam ou atrapalhem
o uso) e preditiva (baseada em inspeção sistemática e em observação frequente das
modificações dos parâmetros ou condições de desempenho do equipamento).

Para se definir a melhor forma de manutenção, é necessário se fazer diagnósticos de estrutura


e necessidades de cada empresa e equipamento. As manutenções preventivas e preditivas
evitam ou retardam as corretivas sem planejamento, visto que problemas podem acontecer,
mas podem ser previstos e administrados.

Dessa forma, deve-se se precaver as possíveis causas de defeitos e riscos e administrar


corretamente suas correções. Para se cuidar melhor e de forma precisa das correias
transportadoras, deve-se seguir as recomendações técnicas. Esse tipo de atitude garante uma
melhor vida útil do
equipamento. Os manuais
técnicos e a experiência dos
profissionais que usam esses
equipamentos são
imprescindíveis nesse sentido,
identificando todos os possíveis
problemas e suas devidas
soluções.

O que se recomenda é que as


indústrias optem sempre pelas
manutenções preventiva ou
preditiva, com o
desenvolvimento de estratégias

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 16
para suas aplicações conjuntamente.

Vantagens obtidas com esses procedimentos:

- Melhoria e maior desempenho;

- Confiabilidade no processo produtivo e sem interrupções por problemas técnicos;

- Redução e adequação de custos de manutenção em razão da programação dessas ações;

- Aumento da vida útil do equipamento;

- Diminuição da depreciação das correias;

- Alta dada produtividade e da eficácia dos processos;

- Menores riscos de acidente do trabalho.

O diagnóstico sobre a melhor forma de manutenção deve ser feito conjuntamente pela
empresa, gestores, fornecedor e empresas especializadas em manutenção, sempre em busca
das melhores alternativas no processo.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 17
9. INSPEÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS: SAIBA
O QUE FAZER

Assim como a manutenção, a inspeção é outra etapa fundamental. São duas etapas distintas,
mas correlatas, pois uma, a inspeção, pode evitar ou fazer com que a outra aconteça, a
manutenção. O procedimento de inspeção pode e deve envolver testes ou ensaios com o
equipamento. São eles que fornecem o real estado das correias.

Alguns dos testes indicados tem com relação à dureza da borracha, flexão da carcaça, adesão
dos componentes, tensão de ruptura por lona, índice de abrasão, tensão de ruptura dos cabos.
Claro, fundamental também os testes e ensaios em relação ao uso do equipamento. Um técnico
deve acompanhar o operador e ambos observarem os detalhes de preservação desse
patrimônio valioso. A inspeção e a manutenção preventiva permitem que pontos críticos da
operação sejam observados e consertados ou realinhados quando for o caso.

Entre esses pontos críticos podem estar desgastes, rasgos, raspadores e outras peças com mal
funcionamento, travamentos, vazamentos de materiais etc. São itens fundamentais para a melhor
operação e maior tempo de vida do equipamento e devem ser observados e corrigidos a tempo.

A verificação e localização de problemas permitem também entender como eles ocorrem, suas
causas e possibilitam encontrar soluções e correções a tempo de ficarem ainda maior, o que
faria com que todo o processo de produção fosse parado, gerando prejuízo ainda maiores.
Assim, inspecionar e corrigir problemas é de suma importância para se prevenir falhas maiores
e futuras, sem perda de efetividade.

Alguns itens são fundamentais que sejam inspecionados com maior regularidade. Assim, cabe
maior detalhamento e cuidado quanto:

- Alinhamento da correia;

- Estado de roletes e tambores;

- Estado da cobertura e emendas da correia (espessura);

- Estiramento da correia;

- Situação de raspadores e limpadores;

- Condições da emenda;

- Estado das guias de material e chutes como forma de se evitar vazamentos.

Como são de fundamental importância, as correias transportadoras possuem itens críticos que
devem ser periodicamente inspecionados e testados. Outros pontos importantes a se ponderar
para definir os testes e inspeções são o segmento de atuação e o uso das correias, pois esses
fatores podem alterar os pontos críticos do equipamento e suas necessidades de manutenção e
conserto. Sempre é importante ter a consultoria de um especialista da ABECOM para orientar
nesse sentido.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 18
PROBLEMAS / CAUSAS EM ORDEM DE PROVÁVEL OCORRÊNCIA
Utilizando as informações abaixo como referência, utilize a lista após a tabela para conferir
quais são as falhas mais comuns e como resolvê-las.

A. A correia corre para um lado em um só ponto da estrutura. 5 4 1 2 3 44

B. Determinada seção da correia transportadora desvia-se


6 7 - - - -
lateralmente em toda a extensão do sistema transportador.

C. A correia transportadora desvia-se lateralmente em toda a


39 8 5 1 2 3
extensão do sistema transportador.

D. A correia transportadora desvia da polia de pé. 39 10 1 - - -

E. A correia transportadora desvia-se na polia de cabeceira. 33 10 1 3 - -

F. A correia transportadora derrapa. 34 33 31 10 4


-

G. A correia transportadora derrapa na partida. 34 31 33 - - -

H. Esticamento excessivo da correia. 41 42 43 12 32 35

I. Arrancamento, a correia transportadora desvia-se - -


13 14 15 16
lateralmente em toda a extensão do sistema transportador.

J. Desgaste excessivo da cobertura superior da correia -


19 20 10 8 36
transportadora.

K. Desgaste excessivo da cobertura inferior da correia


4 9 10 17 11 27
transportadora.

L. Estrias ou quebras longitudinais na cobertura inferior. 4 10 9 33 - -

M. Coberturas endurecidas ou quebradiças. 23 37 - - - -

N. A cobertura incha, formando estrias em certos pontos - - - - -


21
da correia.
O. A correia quebra nos grampos ou logo após os
24 22 12 23 - -
grampos e os grampos são puxados para fora.

P. Separação de emenda vulcanizada. 38 30 12 17 25 -

Q. Gasto excessivo ou quebra das bordas da correia. 8 10 40 7 - -

R. Quebras transversais na borda da correia. 18 25 26 - - -

S. Pequenas quebras da carcaça paralela à borda da correia,


16 17 - - - -
a rachaduras em forma de estrela da carcaça.

T. Separação das lonas. 29 30 23 - - -

U. Fadiga da carcaça na junção dos roletes. 25 26 27 28 29 36

V. Bolhas na cobertura ou bolhas de areia. 45 21 - - - -

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 19
SOLUÇÕES DE PROBLEMAS QUE POSSAM OCORRER EM CORREIAS
TRANSPORTADORAS

Conforme mencionado, é de suma importância a inspeção periódica das correias


transportadoras para que possíveis falhas sejam detectadas e corrigidas. Como em qualquer
equipamento, correias também podem apresentar problemas durante o uso. Mas a boa notícia
é que algumas podem ser corrigidas durante o processo, sem que parar seu funcionamento
por completo.

Saliente-se que, de acordo com fabricantes, somente 5% das falhas são decorrentes de defeitos
de fabricação dos componentes. Assim, o que se observa, em contrapartida, é que origem
desses problemas vem do uso incorreto dos equipamentos e/ou seus componentes, bem como
de uma manutenção inadequada.

Existem algumas falhas mais recorrentes, mas que, conhecidas e verificadas em uma inspeção
ou manutenção periódicas, podem diminuir ou impedir custos com consertos e/ou trocas
prematuras e perda de produtividade. A seguir uma lista das mais comuns e como resolvê-las:

1 - Roletes ou polias fora de esquadro com a linha de centro da correia: reajustar os roletes na
área afetada;

2 - Estrutura do transportador distorcida: alinhar a área distorcida;

3 - Roletes não centralizados com a correia: reajustar roletes;

4 - Roletes emperrados: soltar os roletes e melhorar a manutenção e lubrificação;

5 - Material granulado nos roletes: remover este material a manutenção, por meio da instalação
de raspadores ou outros dispositivos de limpeza;

6 - Correia não emendada no esquadro: remover ou abrir a emenda e emendar dentro do


esquadro;

7 - Correia torta ou curvada: quando a correia é nova, esta condição deve desaparecer durante a
fase inicial de serviço. Raramente a correia tem de ser endireitada pela fábrica de origem ou
substituída, em todos os casos, devem ser verificadas as condições de manuseio e estocagem,
desde que estas possam provocar esta condição;

8 - Carregamento falho ou fora de centro: ajustar o shut para colocar no centro da correia,
descarregar o material no sentido da correia e, também, a velocidade deve ser igual ou próxima
à velocidade da correia;

9 - Derrapagem na polia motora: aumentar a tensão da correia por meio do esticador de


parafusos ou do aumento de peso do contrapeso, revestir a polia motora com borracha e
aumentar o arco de contato da correia com a polia;

10 - Material derrama fora da correia e há acúmulo desse material em pontos indesejáveis:


melhorar as condições de carregamento e de transferência, instalar dispositivos de limpeza e
melhorar a manutenção;

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 20
11 - Parafusos fora da superfície do revestimento da polia: apertar os parafusos, substituir o
revestimento ou usar revestimento vulcanizado sobre a polia;

12 - Tensão da correia alta demais: aumentar a velocidade com a mesma tonelagem, reduzir
tonelagem com a mesma velocidade, reduzir a fricção dos roletes com melhor manutenção e
substituição dos roletes defeituosos, reduzir a tensão por meio do aumento do arco de contato
ou por meio de revestimento da polia motora, reduzir o peso do contrapeso para o valor
mínimo;

13 - Protetor lateral ajustado impropriamente ou é de material errado: ajustar o suporte


metálico do protetor lateral para o mínimo de 1”, entre o metal e a correia, com o espaço
aumentado gradativamente no sentido do movimento da correia, usar protetor lateral de
borracha e não correias usadas ou outro tipo de material;

14 - Correia prejudicada demais com o impacto da carga: instalar roletes amortecedores;

15 - Material ficando preso dentro ou debaixo do shut: melhorar condições de carregamento,


aumentar a largura do shut, eliminar pontos onde o material fica estacionário;

16 - Impacto do material na correia: reduzir o impacto por meio de shut de melhor desenho,
instalar roletes amortecedores;

17 - Material preso entre correia e polia: instalar raspadores no lado de retorno na frente da
polia do pé;

18 - As bordas das correias ficam raspando na estrutura: mesmas correções como nos casos 1,
2 e 3, instalar chaves limitadoras, providenciar maior espaço livre;

19 - Roletes de retorno mal alinhados, presos ou sujos: remover a sujeira acumulada, instalar
dispositivos de limpeza, usar roletes de retorno auto limpadores, melhorar manutenção e
lubrificação;

20 - Qualidade de cobertura baixa demais: substituir com correia de cobertura de maior


espessura ou de qualidade superior;

21 - Graxa ou óleo de lubrificação espirrando dos roletes: melhorar manutenção, reduzir


quantidade de graxa ou óleo utilizado, verificar as vedações dos roletes;

22 - Emendas mecânicas apertadas ou soltas demais, ou de tipo errado: usar grampos e técnica
de aplicação adequada, fazer programa de inspeção periódico;

23 - Correia falhando devido ao calor ou a produtos químicos: usar correias com cobertura
adequada para estas condições;

24 - Emendas mecânicas com placas grandes demais para o trabalho das polias: substituir com
emendas mecânicas de placas menores, aumentar o diâmetro das polias;

25 - Transição imprópria entre a parte da correia acamada e a polia do terminal: ajustar


transição de acordo com o manual de instalação;

26 - Curva convexa severa no sentido vertical: reduzir espaçamento dos roletes nesta curva,
aumentar raio de curvatura, consultar o manual técnico;

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 21
27 - Inclinação excessiva para frente dos roletes: reduzir a inclinação, para que a mesma não
seja superior ao segundo da vertical da estrutura;

28 - Espaço excessivo entre os rolos dos roletes de carga: substituir por correias mais pesadas;

29 - Correia flexível demais: substituir com correia de suporte de carga apropriado;

30 - Polias pequenas demais: adicionar peso ao contrapeso ou esticar mais através do esticador
de parafuso, para chegar ao valor de tensão determinado pelo cálculo;

31 - Contrapeso leve demais: adicionar peso ao contrapeso ou esticar de parafuso, para chegar
ao valor de tensão determinado pelo cálculo;

32 - Contrapeso pesado demais: aliviar o contrapeso para obter a tensão adequada;

33 - Revestimento gasto da polia: substituir o revestimento por outro novo;

34 - Tração insuficiente entre correia e polia: revestir a polia, aumentar o arco de contato,
instalar dispositivo de limpeza;

35 - Instalação com correia fraca: recalcular a tensão da correia e selecionar correia com maior
resistência, adequada ao tipo de serviço;

36 - Flecha (SAG) excessiva entre roletes de carga, ocasionando movimento de carga: aumentar
a tensão na correia quando desnecessariamente baixa, reduzir espaçamento dos roletes,
aumentar contrapeso;

37 - Estocagem e manuseio impróprio: consultar a Goodyear a respeito desta condição;

38 - Correia emenda impropriamente: reemendar conforme método recomendado pela


Goodyear;

39 - Correia fora de centro na polia do pé e na área de carregamento: instalar roletes


autoalinhantes no lado de retorno, em frente à polia de pé;

40 - Correia raspada na estrutura: instalar roletes autoalinhantes ao lado da carga e do retorno;

41 - Instalação imprópria da correia, causando aparente esticamento excessivo: puxar a correia


através do contrapeso com uma tensão igual, no mínimo, a da correia vazia, utilizar emendas
mecânicas para ensaiar a correia;

42 - Posição inicial imprópria do contrapeso, causando um aparente esticamento excessivo da


correia: verificar o manual Goodyear, para determinar a posição inicial recomendada para a
instalação da correia;

43 - Curso insuficiente do contrapeso: consultar o manual Goodyear para determinar o curso


mínimo recomendado;

44 - Estrutura fora do nível: nivelar onde necessário;

45 - Cortes ou furos permitindo que o material fino penetre entre a cobertura e a carcaça: fazer
reparos na cobertura com material a ser vulcanizado ou a frio.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 22
10. MONITORAMENTO DE CORREIAS
TRANSPORTADORAS DURANTE A OPERAÇÃO

Este capítulo também tem relação direta com os anteriores, inspeção e manutenção, visto que o
monitoramento das correias durante a operação também definirá a vida útil, o uso correto e o
tempo para se fazer as correções necessárias.

O monitoramento visa a diagnosticar falhas de operação, ameaças e desgastes, entre outros


problemas que possam gerar paradas do equipamento e perdas financeiras significativas. Da
mesma forma, permite confirmar seu bom funcionamento.

Existem alguns sistemas para a realização desse procedimento, sem que a operação seja
afetada e que usam abordagens elétricas, mecânica ou digital – que podem ser adotados
individualmente ou em conjunto. Entre eles, estão os baseados em processamento de imagens,
sistemas de monitoramento de pressão, análise sinais de sensores por meio de sistemas Neuro-
Fuzzy, análise de imagens de raio-X com ou sem auxílio de redes neurais, sensores inteligentes
incorporados ao equipamento, sensores de radiofrequência, fotoelétricos, de ultrassom e
mecânicos.

Todos com suas especificações, objetivos e que permitem, pelas novas tecnologias empregadas,
um monitoramento em tempo real para detecção de problemas e tomadas de decisão de forma
mais rápida, assertiva ou mesmo para se ter a confirmação que os sistemas internos e o
equipamento como um todo estão em perfeita ordem.

Esse monitoramento em tempo real, antes mesmo


de criar condições para uma manutenção
eficiente, inclusive com substituição de
componentes comprometidos, permite as
corretivas menores, com consertos e reparos
pontuais, que não atrapalham a operação das
correias transportadoras.

Permite, por exemplo, analisar a necessidade do


conserto e sua cuidadosa avaliação, tendo em
vista o nível de criticidade que pode causar à
operação e o quanto está afetando o equipamento
e a produção. Vale ressaltar que pequenos
problemas, se não resolvidos imediatamente,
podem evoluir para casos graves e complexos. Esse “tamanho de problema” é perfeitamente
identificável no monitoramento, que pode definir o reparo ou substituição das peças
danificadas.

Em resumo, essa fase é de suma importância para a empresa e toda sua operação. Em conjunto
com a inspeção e, depois, com a manutenção, permite a operação correta e sem prejuízos de
qualquer parte de todo o equipamento, além de melhoria contínua de toda a operação.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 23
11. ARMAZENAGEM DE CORREIAS TRANSPORTADORAS

O armazenamento das correias transportadoras não pode ser feito de qualquer maneira. Deve
seguir padrões para cada tipo de correia, que são informadas pelos fabricantes. Existem
embalagens específicas para as peças e seus periféricos (acessórios), que podem ser de madeira
ou de aço, conforme tipo, acomodações e cuidados. Elas devem ser usadas desde o transporte
do equipamento e durante seu armazenamento para maior durabilidade e efetividade dele.

Outro ponto importante no tocante ao armazenamento é com relação à manutenção das


características do produto. É aconselhável a troca de posição das caixas seja feita
periodicamente, a cada 20 dias. Esse procedimento evita a deformação – até permanente – da
correia e acessórios.

Mas deve-se ter cuidado nesse “remanejamento”, usando


calços embaixo das caixas, orientando quanto à largura
do espaço etc., para reduzir e evitar possíveis danos.
Além do armazenamento, o transporte, a movimentação
e o manuseio das correias e outros materiais também
devem seguir essas recomendações.

COMO ARMAZENAR
Não só pelo cuidado com estragos causados pelo
manuseio, as correias podem ser afetadas por
intempéries da naturais ou artificiais, como calor, luz
solar, umidade, chuva, solventes, óleos, graxas, gasolina,
diesel etc. Até mesmo pragas como ratos e insetos
podem danificar os equipamentos.

Deve-se levar em consideração cuidados no


armazenamento, como:

- Não deixar que correias tenham contato direto com o


chão, principalmente as de grande porte e de uso mais imediato;

- Um ano e meio é o tempo ideal para armazenamento em almoxarifados cobertos. Mas em


alguns casos, pode chegar, mas não ultrapassar três anos;

- Para ambientes abertos, que tenham incidência de luz solar indireta, o recomendado é duas
semanas. Se estiver coberto com lona, por exemplo, pode ficar seis meses, não excedendo um
ano;

- O ideal é armazenamento em locais secos, principalmente se as correias forem em PU e PVC,


com baixo índice de umidade e com temperatura entre 15°C e 25°C;

Essas recomendações evitam, além de danos, problemas com ressecamento e envelhecimento


dos equipamentos, evitando também mofo, bolor, decomposição e deterioração.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 24
A definição do tipo de armazenamento vai depender de alguns fatores, como:

- Dimensões da correia (comprimento, largura e espessura);

- Peso por metro quadrado de correia;

- Tipo de correia;

- Tipo de transporte utilizado quando for levada ao seu local de destino.

Enfim, todo cuidado com as correias e seus acessórios e peças acarretará em maior tempo de
vida útil delas e de se manter as condições ideais de uso quando necessárias. Normalmente, os
manuais dos produtos especificam isso, mas os profissionais da ABECOM estão à disposição
para orientar da melhor forma possível.

abecom.com.br Tudo sobre correias transportadoras - O guia definitiv


o 25
12. DISPOMOS DA CORREIA TRANSPORTADORA
IDEAL E TODA GAMA DE PRODUTOS E SERVIÇOS PARA
A SUA INDÚSTRIA!

Para dar o suporte necessário a todos os clientes, atendemos em todo território nacional.
Nossos pontos de apoio estão em: São Paulo - “CD1/Matriz-SP – produtos de transmissão de
potência e CD2 - correias transportadoras e serviços. Duas filiais: uma em Minas Gerais e a
outra em Alumínio. Escritórios avançados de vendas: Campinas e Curitiba.
Toda a nossa equipe está pronta para ouvir as necessidades particulares de cada cliente. Desde
a troca de um simples produto ou serviço que otimize o processo de produção, como
ferramentas de monitoramento on-line, podendo ajudar a realizar a manutenção preditiva e
consequentemente a redução de custos. Estamos sempre focados na excelência do
atendimento, oferecendo maior desempenho e custo-benefício.
Combinamos a experiência de mais de meio século na indústria, com o fornecimento de
produtos como: rolamentos, correias de transmissão, correias transportadoras (tema deste E-
book), lubrificação, mecatrônica e serviços especializados, oferecendo às fábricas através de
uma única fonte tudo o que necessita. Estas ações irão ajudá-lo a reduzir o tempo de paradas,
cumprir objetivos de sustentabilidade, reduzir o consumo de energia e de insumos, melhorar a
segurança do trabalhador, atualizar ou otimizar os equipamentos e reduzir o custo de capital.
Nossos serviços vão desde: treinamentos, logística, contratos com benefícios personalizados,
analise preditiva com mão de obra qualificada, entre outros. Tudo com foco na gestão dos ativos.
Desenvolvemos uma ampla variedade de tecnologias, tendo como base o conhecimento de
equipamentos rotativos e da inter-relação entre componentes de máquinas e processos industriais.
Este E-book foi desenvolvido para ampliar o seu aprendizado.

Contate-nos sempre que precisar.

Abecom, há mais de meio século cuidando bem da indústria.

Matriz-SP: (11) 2797-1322 – vendas@abecom.com.br


CD2/Eugênio de Freitas: (11) 2902-1474 – correias@abecom.com.br
Escritório Campinas: (19) 3243-6026 – campinas@abecom.com.br
Escritório Curitiba: (41) 3365-4476 – curitiba@abecom.com.br
Filial de Belo Horizonte: (31) 3441-7100 – minas@abecom.com.br
Escritório Alumínio: (11) 4715-1252 – filial.cba@abecom.com.br
Service: (11) 2902-1460 – service@abecom.com.br

abecom.com.br
/AbecomSolucoesIndustriais /abecomsolucoesindustriais

/company/abecom-rolamentos-e-produtos-de-borracha /AbecomSolucoesIndustriais
26

Você também pode gostar