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Outubro de 2011
mensagem Valer
Caro Empregado,
Vamos Trilhar!
INTRODUÇÃO 7
Introdução 167
Ferramentas necessárias 173
Itens de verificação da inspeção sensitiva 177
Mão de obra necessária 167
Duração e frequência da inspeção sensitiva 173
Introdução 167
Critérios adotados neste tipo de inspeção 173
Mão de obra necessária 177
Duração e frequência da inspeção preditiva 173
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Introdução
Introdução
Para ter uma visão panorâmica do conteúdo dessa apostila, veja o esquema a seguir.
Nesse módulo você conhecerá alguns conceitos importantes relativos ao sistema de transporte por
correias.
Conceitos básicos
Conceitos Básicos
TRANSPORTADORES DE CORREIA
Os sistemas em operação hoje atingem capacidades de até 40.000 t/h, cobrindo distâncias de até
50km. Os dados levantados em 1991 revelam que o dispêndio energético em transporte de materiais
compromete 40% da energia utilizada em processos minerais, somando dezenas de milhões de kWh
gastos.
O crescente aumento de preços da energia a colocam como o item de maior peso, correspondendo
a 35% do custo total de operação. O segundo elemento mais importante do custo operacional é:
manutenção e reposição do material rodante.
Várias soluções estão sendo buscadas para manter os dispêndios de capital controlados. Melhorias
de layout, velocidades maiores e novos tipos de correias com resistência e dureza aumentadas são
algumas das medidas empregadas para otimizar os desempenhos, porém, muito pouco se fez para
melhorar o item responsável por predominante parcela dos custos, ou seja o rolo transportador. O
seu projeto foi mantido praticamente inalterado nos últimos 50 anos.
O transportador de correia tem a mesma configuração básica quanto ao arranjo dos rolos desde os
tempos de sua invenção sem grandes alterações. Isto significa que há normalmente 03 rolos por
suporte, e os 02 rolos laterais são inclinados, num ângulo variável entre 01 e 45º.
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Conceitos básicos
VALER - EDUCAÇÃO VALE
Módulo II
TIPOS DE ROLETES
Nesse módulo você conhecerá os diferentes tipos de roletes, e saberá qual a sua localização e para
que servem.
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ROLETES DE CARGA
Rolete sobre o qual se apoia o lado de carregamento da correia transportadora (Figura 2.1).
ROLETES DE RETORNO
Rolete sobre o qual se apoia o lado de retorno da correia transportadora (Figura 2.2).
ROLETES DE IMPACTO
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Conjunto de rolos cujo suporte é dotado de mecanismo giratório, com a finalidade de controlar o
deslocamento lateral da correia através do contato da mesma com os rolos guias. São montados
tanto no lado de carregamento quanto no lado de retorno da correia (Figura 2.4).
ROLETE HELICOIDAL
ROLETES DE ANÉIS
Rolete de retorno onde o(s) rolo (s) é constituído de anéis de borracha espaçados, de modo a evitar o
acúmulo de material no rolete e promover o desprendimento do material aderido à correia.
VALER - EDUCAÇÃO VALE
ROLETES DE TRANSIÇÃO
Rolete dotado de rolos laterais fixos ou ajustáveis, a fim de acompanhar a mudança da concavidade
da correia normalmente nas proximidades dos tambores de descarga e retorno (Figura 2.6).
ROLETE EM CATENÁRIA
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Módulo III
FORMA CONSTRUTIVA DOS
ROLETES
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ROLOS
Os rolos são compostos por corpo cilíndrico, eixo trefilado, caixa do rolamento, rolamento e conjunto
de vedação. Veja na Figura 3.1 os itens que compõem um rolo.
CAVALETES
Os cavaletes são compostos por perfis metálicos dobrados, soldados ou parafusados a chapas
cortadas (Figura 3.2).
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Módulo IV
DIMENSIONAMENTO DOS ROLOS
Nesse módulo você saberá como são selecionados os rolos em função das diferentes cargas e como
estas são distribuídas sobre os rolos.
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A seleção dos rolos, para cada transportador, é feita em função do material transportado (peso
especifico), velocidade da correia, espaçamento entre cavaletes, peso da correia e capacidade de
carga desejada, considerando um percentual de 70% de sua capacidade.
Os rolos são projetados obedecendo às normas da ABNT/ ou CEMA. Entretanto, especial atenção
deve ser dada aos rolos aplicados em curvas convexas, onde há significativo aumento dos esforços
aplicados, em função do tensionamento da correia nestas regiões.
Em geral, os rolos possuem corpos metálicos para carga, metálicos e revestidos com borracha para
retorno e revestido com borracha para impacto. Porém, para aplicações específicas, o material do
tubo poderá ser de poliuretano ou outros materiais.
A vida de um rolo depende de muitos fatores, como por exemplo: material transportado; espessura
da parede do tubo; eficiência da vedação do rolamento; meio ambiente etc.
Porém, como todos estes fatores não são quantificáveis, a vida do rolamento é utilizada como
indicativo da vida do rolo. Entende-se como vida do rolamento, o número de horas a uma
determinada rotação que 90% dos rolamentos atingem antes que apareçam os primeiros sinais de
fadiga (descascamento) em seus anéis ou corpos rolantes. A vida real da carcaça do rolo pode ser,
portanto, inferior à vida do rolamento.
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Convém observar que diâmetros de rolos maiores são mais adequados a serviços mais pesados,
estando os eixos maiores relacionados com os diâmetros maiores. Os diâmetros maiores apresentam
menor resistência ao rolamento, menor penetração na correia, maior espessura do tubo (rolos de
aço) etc., garantindo de um modo geral uma maior vida útil.
VELOCIDADE DA CORREIA
Deve-se observar que uma variação para mais na velocidade pode permitir a redução na largura da
correia e diminuição da carga nas estruturas, para uma mesma capacidade desejada.
Esta vantagem pode trazer, em contrapartida: maior desgaste da correia; possível degradação do
material transportado; impacto maior sobre os roletes, principalmente quando transportando
materiais pesados; e perda de produto devido ao vento, quando o material é fino e seco. Pode,
portanto,Relembrando
reduzir a vida de alguns componentes do transportador.
Pesquisando
Observando
Módulo V
DISPOSIÇÃO DOS ROLETES AO
LONGO DO TRANSPORTADOR DE
CORREIA
Nesse módulo você saberá como devem ser localizados os diferentes roletes no transportador de
correia.
São instalados ao longo de quase a totalidade do transportador. Esses roletes são usados para
suportar e / ou guiar a correia.
ROLETES DE IMPACTO
Ficam localizados na zona de carregamento da correia, onde o contato do material com a superfície
da correia sempre gera um impacto. Este impacto ocorre porque, no plano vertical, a direção do
fluxo de material sendo carregado nunca é exatamente a direção do movimento da correia.
VALER - EDUCAÇÃO VALE
Grandes impactos tendem a danificar a cobertura da correia e enfraquecer sua carcaça. Materiais
muito finos, mesmo sendo pesados, não causam muitos impactos, podendo gerar deflexão da
correia entre os roletes, a menos que o espaçamento entre os mesmos seja bem reduzido sob o
ponto de carregamento. Tais deflexões podem provocar vazamento sob as guias laterais
ocasionando, neste ponto, grandes derramamentos de material pelas extremidades da correia.
Materiais de granulometria irregular, sobretudo aqueles com partículas mais pesadas, causam
considerável impacto na correia. Quando pontiagudos, podem até cortar sua cobertura e esmagar a
carcaça, enfraquecendo-a.
Para se absorver grande parte dos choques, devem-se utilizar os roletes de impacto, de forma a
proteger a correia. Eles devem ser colocados sob o ponto de carregamento da mesma, de tal forma
que grande parte do material de maior granulometria caia preferencialmente entre roletes, e não
sobre eles (Figura 5.2).
ROLETES DE TRANSIÇÃO
Transição nada mais é do que a mudança de planos da correia, isto é, a passagem do plano ao
acamado e vice-versa.
É preciso manter uma distância necessária para que a correia passe de sua forma plana para
configuração dos roletes de carga. Esta distância deve ter valores mínimos para se evitar a sobre
tensão das suas bordas. As correias com cabo de aço necessitam de distância de transição
aproximadamente igual a 02 vezes a distância de correias com lonas (Figura 5.3). Assim sendo, ao se
mudar de correia de lona para correia com cabo de aço, estes valores devem ser cuidadosamente
verificados.
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Pesquisando
Observando
Módulo VI
MONTAGEM DE ROLETES
Nesse módulo você aprenderá sobre o processo de montagem de roletes de forma segura.
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>>Os cavaletes dos roletes devem ser montados deixando-se os parafusos de fixação no meio do
rasgo de seus suportes. Isto permite uma movimentação posterior no sentido que for
necessário.
>>Os roletes que têm os rolos laterais inclinados de 2º deverão ser montados de tal forma que a
direção do deslocamento da correia coincida com a direção da inclinação dos rolos laterais
(Figura 6.1).
>>Os roletes que não têm os cavaletes laterais inclinados de 2º podem ser montados nesta
inclinação, com o auxílio de pequenos calços (arruelas) do lado de trás de seus suportes.
VALER - EDUCAÇÃO VALE
Entretanto, a inclinação não pode ser superior à indicada, porque provocará um desgaste
acentuado na cobertura inferior da correia.
>>Os roletes autoalinhadores devem ser montados de 12 a 19 mm acima da linha normal dos
demais roletes para garantir um bom contato com a correia. A maioria dos autoalinhadores
trabalhará melhor quando a correia estiver seca, pois quando úmida, o coeficiente de atrito
entre correia e rolete diminui bastante. Para ambientes úmidos, os roletes autoalinhadores
devem possuir rolos laterais.
>>A posição mais atuante para roletes autoalinhadores se situa de 6 a 15 metros a partir dos
tambores extremos, dependendo da largura da correia. Para transportadores de grande
capacidade e comprimento, espaçamentos de 30 m deverão ser usados. Não se pode usar
autoalinhantes sob as guias de material.
>>Os rolos guias dos roletes autoalinhadores não devem ser colocados antes de se fazer um
trabalho prévio de alinhamento da correia e não devem ser colocados em transportadores
com máquinas móveis na parte da carga.
>>Todos os tipos de rolos guias desgastam a correia quando ficam em contato permanente com
a mesma.
>>Os rolos guias devem ficar com 25 a 30 mm de distância da borda da correia em cada lado,
pois com a distância maior ou menor o conjunto perde a eficiência de alinhar a correia.
>>O conjunto autoalinhante de carga deve ser colocado sempre entre 02 cavaletes e a uma
distância igual ou menor que 0,90 m. Como é um conjunto que está apoiado sobre rolamento,
a uma distância maior ou em uma área de transição ele receberá muito peso e provocará
esforço da correia, o que causará danos ao conjunto. Por isso, quando for preciso colocar um
autoalinhante de carga antes dos chutes perto do retorno da correia, devemos observar a
distância do tambor traseiro até o último cavalete da transição.
>>Rolos de carga com revestimento de borracha devem ser montados apenas nas zonas de
impacto.
>>Para a instalação de rolos de carga, a correia deve estar suspensa de maneira a permitir a
retirada e inserção de um novo rolo. Para suspender a correia, podem ser utilizados
guindastes, dispositivos mecânicos ou hidráulicos de içamento, com travas de segurança
(Figura 6.2).
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>>Para a instalação de rolos de impacto, não é possível suspender a correia devido à posição das
guias de material. Todo rolete deve ser retirado, o rolo deve ser trocado e é preciso instalar
Relembrando
todo o rolete novamente.
>>Para encaixar rolos nos cavaletes não se deve utilizar marreta, tubo ou ferramentas metálicas
de impacto. Em caso de dificuldade de encaixe, deve-se utilizar martelos de borracha, de
maneira a evitar danos aos rolamentos dos rolos.
Pesquisando
Observando
VALER - EDUCAÇÃO VALE
Módulo VII
INSPEÇÃO SENSITIVA DE ROLETES
Nesse módulo você aprenderá como e com que frequência deve ser feita a inspeção sensitiva de
roletes. Além disso, saberá também quem é o profissional habilitado a fazer este tipo de inspeção.
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Tão importante quanto observar rolos travados, é verificar como foi feita sua localização, a fim de se
determinar as causas dos travamentos. Além disso, é também fundamental que seja feita a correção
Relembrando
dos itens levantados pela inspeção.
FERRAMENTAS NECESSÁRIAS
>>Escova de aço;
Observando
>>Martelo pequeno;
>>Lanterna;
>>Toalha industrial;
>>Marcador industrial.
VALER - EDUCAÇÃO VALE
>>identificar rolos que apresentem vibração anormal e ruídos e realizar medição de temperatura.
Os rolos que apresentarem temperatura até 60º C devem ter troca programada. Para
temperaturas maiores do que 80º C deve-se solicitar resfriamento e troca imediata, pois
podem ocasionar incêndio na correia (Figura 7.2);
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>>verificar se a correia esta tocando os roletes de carga e retorno. Caso não esteja, a correia deve
estar com excesso de tensão (Figura 7.3);
FIGURA 7.3 - CORREIA COM EXCESSO DE TENSÃO NÃO TOCANDO O ROLO DE CARGA CENTRAL
>>verificar suporte dos rolos (cavaletes) quanto ao desgaste no encaixe dos rolos (Figura 7.4).
Programar troca e se necessário solicitar que a corretiva elimine o risco.
FIGURA 7.4 - CAVALETE COM ENCAIXE DANIFICADO, REDUZINDO A VIDA ÚTIL DO ROLO
VALER - EDUCAÇÃO VALE
>>verificar rolos guias dos autoalinhantes travado / quebrado /faltando (Figura 7.5). Programar
troca e se necessário solicitar que a corretiva elimine o risco.
>> verificar rolos travados, com desgaste do revestimento ou revestimento solto. Priorizar troca
(Figura 7.6).
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>>verificar limpeza da mesa de impacto (Figura 7.7). Solicitar limpeza, troca do rolos e ajuste das
guias.
>>verificar distância entre os suportes dos rolos (cavaletes) na mesa de impacto. Programar
ajuste das distâncias. Normalmente suportes dos rolos (cavaletes) da mesa de impacto devem
manter uma distância de 300 a 400 mm.
>>verificar se a transição da correia dos cavaletes para o tambor está ocorrendo uniformemente
de forma a evitar a fadiga da correia, ou seja, se o ângulo da correia está decrescendo de
forma uniforme (Figura 7.8);
VALER - EDUCAÇÃO VALE
Para realizar o tipo de inspeção sensitiva é necessário um inspetor com formação técnica em
mecânica.
A duração deste tipo de inspeção varia em função do comprimento do transportador de correia a ser
inspecionado, da largura da correia, da velocidade média de deslocamento do inspetor, da
localização e acessos existentes.
Já a frequência deste tipo inspeção varia em função da criticidade do equipamento e dos processos
operacionais, podendo ser da seguinte maneira:
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Módulo VIII
INSPEÇÃO PREDITIVA DE ROLETES
Nesse módulo você aprenderá como e com que frequência deve ser feita a inspeção preditiva de
roletes. Além disso, saberá também quem é o profissional habilitado a fazer este tipo de inspeção.
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Associada à inspeção sensitiva, pode também ser aplicada uma técnica preditiva de verificação em
roletes, principalmente nos rolos com revestimento de borracha (impacto e retorno).
A técnica empregada é a inspeção termográfica, que é uma técnica não destrutiva realizada com a
utilização de sistemas infravermelhos, possibilitando a medição de temperaturas e a formação de
imagens térmicas de um componente, equipamento ou processo.
Pesquisando
Observando
VALER - EDUCAÇÃO VALE
A grande maioria dos rolos opera, normalmente, entre 40ºc e 50ºc e os fabricantes garantem a
operação até 70ºc. Rolos operando acima de 70ºc não tem previsibilidade de sua vida útil.
Para este tipo de inspeção preditiva, é necessário um inspetor com formação técnica em mecânica e
com qualificação em Termografia nível I.
Como esta inspeção é feita em associação à inspeção sensitiva, a duração e frequência são as
mesmas indicadas no Módulo 7 apresentado anteriormente.
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ARMAZENAGEM DE ROLETES
No armazém, os rolos deverão ser acondicionados em caixas madeira ou paletes, afixados por fitas
de aço ou similar, com proteção na região de contato com a mesma.
Caso os rolos estejam fora dos armazéns, devem ser acondicionados empilhados, em forma de
pirâmide, e com calços na base das pilhas de maneira evitar movimentação dos rolos e,
consequentemente, acidentes. Os rolos não devem estar acondicionados apoiados no próprio eixo.
FIGURA 9.1 - DETALHE DOS CALÇOS PARA EVITAR MOVIMENTAÇÃO DOS ROLOS
ARMAZENAGEM DE CAVALETES
No armazém, os cavaletes deverão ser acondicionados em paletes, afixados por fitas de aço ou
similar, com proteção na região de contato com a mesma.
Caso os cavaletes estejam fora dos armazéns, devem ser acondicionados sobre paletes ou dormentes
(Figura 9.2).
VALER - EDUCAÇÃO VALE
TRANSPORTE DE ROLETES
O transporte de roletes do armazém para os postos de trabalho ou área deve ser realizado com a
utilização de caminhão munck.
Os roletes devem estar acondicionados em caixas de madeira. Caso não possuam as caixas, devem
ser transportados em gaiolas metálicas com olhais para içamento (Figura 9.3).
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Referência bibliográfica
Referência bibliográfica
3. Foundations – Guia prático para um controle mais limpo, seguro e produtivo de pó e material a
4. Belt Conveyors for bulk materials - 6° edição – 2009 – CEMA, Conveyor Equipment Manufacturers
Association.