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FACULDADE ÚNICA EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA

FÍSICA I

TÚLIO DO NASCIMENTO

1
FÍSICA I
TÚLIO DO NASCIMENTO

1
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL

Diretor Geral:Valdir Henrique Valério

Diretor Executivo:William José Ferreira

Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos

Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira

Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa

Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luíza mendes Leite


Carla Jordânia G. de Souza
Guilherme Prado

Design: Aline De Paiva Alves
Bárbara Carla Amorim O. Silva
Élen Cristina Teixeira Oliveira
Taisser Gustavo Soares Duarte
© 2021, Faculdade Única.

Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.

Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.

NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA


Rua Salermo, 299
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300
www.faculdadeunica.com.br

1
FÍSICA I
1° edição

Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
2
3
LEGENDA DE

Ícones
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a
seguir:

FIQUE ATENTO
São os conceitos, definições ou afirmações importantes
aos quais você precisa ficar atento.

BUSQUE POR MAIS


São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.

VAMOS PENSAR?
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade,
associando-os a suas ações.

FIXANDO O CONTEÚDO
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos
conteúdos abordados no livro.

GLOSSÁRIO
Apresentação dos significados de um determinado termo ou
palavras mostradas no decorrer do livro.

4
SUMÁRIO UNIDADE 1
GRANDEZAS VETORIAIS : OPERAÇÕES COM VETORES

1.1 Vetores .................................................................................................................................................................................................8


1.2 Operações com Vetores...........................................................................................................................................................8
1.3 Decomposições de Vetores ...............................................................................................................................................10
FIXANDO O CONTEÚDO ..............................................................................................................................................................13

UNIDADE 2
MECÂNICA NEWTONIANA: LEIS E PLICAÇÕES

2.1 As leis de Newton ....................................................................................................................................................................16


2.1.1 O conceito de Força .............................................................................................................................................................17
2.1.2 Plano Inclinado .....................................................................................................................................................................21
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................23

UNIDADE 3
CINEMÁTICA E DINÂMICA DE PARTÍCULAAS E CORPOS RÍGIDOS

3.1 Deslocamento ............................................................................................................................................................................26


3.2 Movimento Uniforme (UM) ...............................................................................................................................................27
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................34

UNIDADE 4
TRABALHO E ENERGIA: CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
4.1 Trabalho ..........................................................................................................................................................................................38
4.2 Potência .........................................................................................................................................................................................39
4.3 Energia ...........................................................................................................................................................................................39
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................47

UNIDADE 5
CONSERVAÇÃO DO MOMENTO LINEAR E COLISÕES
5.1 Introdução .......................................................................................................................................................................................51
5.2 Momento linear ..........................................................................................................................................................................51
5.2.1 Sistema de partículas .........................................................................................................................................................53
5.2.2 Tipos de colisão ...................................................................................................................................................................54
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................57

UNIDADE 6
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
6.1 Introdução ......................................................................................................................................................................................61
6.2 As leis de Kepler .........................................................................................................................................................................61
6.3 Gravitação Universal ..............................................................................................................................................................63
6.3.1 Movimento dos satéilites ..................................................................................................................................................63
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................66

RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................................................69


REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................................................................70

5
UNIDADE 1
Nesta unidade veremos os conceitos aplicados bem como as definições de grandezas
CONFIRA NO LIVRO

vetoriais. Além disso, estudaremos também as operações matemáticas com vetores.

UNIDADE 2
Na segunda unidade de nosso livro de estudos estudaremos as famosas Leis de
Newton, e é claro, suas aplicações.

UNIDADE 3
Na terceira unidade de nosso livro estudaremos os fundamentos da Cinemática,
parte da Física responsável pelo estudo dos movimentos.

UNIDADE 4
Nesta unidade estudaremos as leis aplicadas a conservação de energia, bem como
são as forças conservativas e dissipativas.

UNIDADE 5
Estudaremos nesta unidade os conceitos físicos de impulso e quantidade de
movimento, bem como o estudo da física por traz das colisões.

UNIDADE 6
Na última unidade de nosso livro estudaremos as leis gerais aplicadas a Gravitação
universal.

6
01
GRANDEZAS VETORIAIS: UNIDADE
OPERAÇÕES COM VETORES

7
1.1 VETORES

Antes mesmo de iniciar o estudo dos conceitos físicos, devemos esclarecer que exis-
tem dois tipos de grandezas físicas que são grandezas escalares e grandezas vetoriais. En-
tão vamos lá!
Grandezas escalares, que são as grandezas que necessitam apenas do módulo, va-
lor numérico, para ser expressa. Exemplo de grandezas escalar são massa (m), pressão (P),
tempo (t), volume (V) e temperatura (T).
Já Grandezas vetoriais são grandezas que necessitam de módulo, direção e sentido
para serem expressas. Para representar tais grandezas deve-se colocar uma seta, horizon-
tal para a direita, sobre a letra que indica a grandeza. Exemplos de grandezas vetoriais são
velocidade ( v ), aceleração ( a ) e força ( F ). Observe um exemplo de representação de uma
grandeza vetorial aleatória na Figura 1.

Figura 1: Representação gráfica de um Grandeza vetorial


Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

Diferenciarmos as grandezas como vetoriais e escalares é de fundamental impor-


tância.

VAMOS PENSAR?
Questão: Um automóvel trafega em uma rotatória circular, o motorista observa no velocíme-
tro que o valor aferido pelo velocímetro permanece em 50 km/h, pode se dizer que a velocida-
de do automóvel é constante?
Muito alunos dirão que sim, mas a resposta é não, velocidade é uma grandeza vetorial, para
afirmar que a velocidade é constante ela deve ser constante em módulo, direção e sentido
isso só seria possível se o movimento fosse movimento retilíneo uniforme, no caso da rotatória
apenas o módulo da velocidade é constante, a direção e sentido foi alterada.

1.2 OPERAÇÕES COM VETORES


Observe atentamente a Figura 2:

8
Figura 2: Vetores a e -a
Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

Se observamos bem, notamos que o vetor a tem módulo, direção e sentido como de-
monstramos anteriormente. Já o vetor - a tem o mesmo módulo, mesma direção e sentido
oposto do vetor a . No caso dos vetores a mudança de sinal significa apenas mudança de
sentido de sua orientação.
Observe agora a Figura 3. Se multiplicarmos um vetor por um determinado valor, o
seu módulo também será multiplicado por esse valor.

Figura 3: Multiplicação de vetores


Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

A soma de vetores por sua vez tem uma representação diferente. Observe a Figura 4,
onde se demonstra a soma dos vetores a 𝑒 b . Aqui, tem-se a soma de vetores a a + b = c⃗ .
Para representarmos essa soma existem duas maneirais possíveis conforme demonstra a
Figura 4b e 4c.

Figura 4: Soma dos vetores a 𝑒 b .


Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

O primeiro método de soma dos vetores desenhamos primeiro vetor, no caso a e


em seguida na extremidade do vetor a a desenhamos o vetor a 𝑒 b . o resultado é de onde
saiu até onde chegou, representado pelo vetor c⃗ (Figura 4b). O segundo método aplicável
consiste em desenhar-se os dois vetores com as origens juntas. Então traça-se através da

9
extremidade de um vetor uma linha paralela ao outro vetor. O resultado é uma linha do
ponto comum até o encontro das paralelas (Figura 4c).
O resultado dessa soma é chamado de Resultante, R .Para calcularmos o valor de R
empregamos a equação (1), onde θ é o ângulo entre os dois vetores a serem somados. Gra-
ficamente a soma se resume a Figura 5.

R= F2 + S2 − 2. F. S. cosθ 1

Figura 5: Resultado gráfico da soma vetorial de 𝐅⃗ e 𝑺 .


Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

Por mais que não tenhamos ciência disso, utilizamos diariamente essa fórmula e,
pois, utilizamos quando o ângulo entre os vetores é de 90°, e matematicamente falando,
cosseno de 90° possui valor nulo (0), como mostra a Figura 6. Logo obtemos a expressão
dada pela equação (2)

⃗ (𝐜𝐨𝐬𝛉 = 𝟎).
Figura 6: Soma dos vetores 𝐚 e 𝐛
Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

R = a2 + b2 2
O interessante é que se trabalharmos com os vetores idênticos aos originais, com a
mesma medida, o mesmo ângulo, se desenharmos os vetores para somá-los e medirmos
a resultante o resultado será o mesmo que o obtido nas equações apresentadas aqui.

1.3 DECOMPOSIÇÕES DE VETORES


A decomposição de vetores implica em se vetor significa encontrar o valor horizontal
(componente x) e o valor vertical (componente y) que juntos formarão o vetor, como mos-
tra a Figura 7.

Figura 7: Decomposição de vetores.


Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

10
As componentes horizontais e verticais de um vetor juntas representam o próprio
vetor, no entanto não podemos utilizar as componentes juntas com a resultante das mes-
mas para representar um vetor. Observemos um exemplo:

Exemplo 1: O vetor a , da figura possui módulo de 10 cm e faz um ângulo de 37° com a


horizontal, considerando que sen 37° = 0,60 e cos 37° = 0,80, determine suas componentes
vetoriais.
A decomposição do vetor apresentado no exemplo é demonstrada conforme a Figu-
ra 8.

Figura 8: Decomposição do vetor a em suas componentes x e y


Fonte: Elaborado pelo autor (2020)
Para decompor o vetor, precisamos “desenhar” um triângulo retângulo no plano car-
tesiano onde ambas componentes do vetor se tornam os respectivos catetos, onde a com-
ponente 𝑦 (𝑎⃗𝑦 ) é o cateto oposto e a componente em 𝑥 (𝑎⃗𝑥 ) é o cateto adjacente. Aplicando
as relações trigonométricas tem-se:
Para componente em 𝒚: Para componente em 𝒙:

cat. oposto cat. oposto


senθ = cosθ =
hipotenusa hipotenusa

cat. oposto cat. adjac.


sen37° = cos37° =
hipotenusa hipotenusa

ay ax
0,60 = 0,80 =
10 10

ay = 0,6 . 10 = 6cm ax = 0,8 . 10 = 8cm

Para comprovara a veracidade dos cálculos apresentados podemos aplicar a equa-


ção (2) para encontrar o valor inicial do vetor a ,

R= a2 + b2

R= 62 + 82

R = 10 cm

FIQUE ATENTO
Quando é solicitado encontrar o vetor resultante 𝑅 significa dizer que no final devemos subs-
tituir todos os vetores por um vetor apenas, que vai representar o resultado de todas os ve-
tores. Deve-se primeiro decompor cada força inclinada, depois encontrar-se uma resultante
horizontal ( 𝑎⃗𝑥 ), outra resultante vertical ( 𝑎⃗𝑦 ) e finalmente aplicando o Teorema de Pitágoras
[equação (2)] encontrar o valor do vetor resultante.

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Como tomamos ciência nesta Unidade, existem grandezas escalares e grandezas
vetoriais. Grandezas escalares possuem apenas módulo (valor numérico) então apenas se
alterarmos o seu valor estaremos variando a grandeza. No entanto existem parar alterar
grandezas vetoriais (que possuem módulo, direção e sentido) necessi-tamos alterar seu
módulo, direção ou o sentido.

BUSQUE POR MAIS


Para se inteirar mais do assunto abordado nesta Unidade de seu livro você pode buscar mais
informações nas obras de Hewitt (2015), Matos (2015) e Nussenzveig (2013). Todas disponíveis
em Minha Biblioteca Virtual:

HEWITT, P. G. Física Conceitual. Tradução de Trieste Freire Ricci. 12. ed. Porto Ale-
-gre: Bookman, 2015. Disponível em: https://bit.ly/2RLlG48. Acesso em: 28. ago. 2020

MATOS, M. Física do Movimento: Observar, Medir, Compreender. 1. ed. Rio de Ja-


neiro: Editora PUC-Rio, 2015. 224 p. Disponível em: https://bit.ly/2EmS0HI. Acesso
em: 28. ago. 2020.

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica 1. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Blun-
-cher, 2013. 393 p. Disponível em: https://bit.ly/3iPC7Z8. Acesso em: 28. ago. 2020

Além disso, você também pode consultar a playlist de vídeos do professor disponí-
-vel em: https://bit.ly/2FOCsg9. Acesso em: 28. ago. 2020.

VAMOS PENSAR?
Você está dentro de um veículo, que trafega no momento em uma rotatória, você observa que
a velocidade aferida pelo velocímetro permanece constante em 45 Km/h. A velocidade do ve-
ículo está variando? Discuta com seu tutor para enriquecer ainda mais o seu conhecimento!

GLOSSÁRIO
Escalar: Diz-se de uma quantidade física que pode ser definida apenas pela sua magnitude,
p.ex., temperatura, massa, pressão, tempo (ao contrário de vetores que dependem do sentido
e da magnitude e que são caracterizados por um número de parâmetro que depende da di-
mensão do espaço ao qual pertencem o vetor).

12
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (UnB-DF) É dado o diagrama vetorial da figura. Qual a expressão correta?

a)
b)
c)
d)
e)

2. (Mackenzie-SP) O vetor resultante da soma de AB, BE e CA é:

a)AE
b)AD
c)CD
d)CE
e) BC

3. (Mackenzie-SP) A resultante dos três vetores F1, F2 e F3 mostrados na figura é:

a)R1
b)R2
c)R3
d) R4
e)R5

4. Um ponto material está sob a ação das forças F1 , F2 e F3 conforme figura. Sabendo
que as intensidades de F1 , F2 e F3 valem, respectivamente, 100 N, 66 N e 88 N, calcule
intensidade da força resultante do sistema é de:

a)4 N
b)6 N
c)10 N
d)18 N
e) 22 N

5. Considerando F1 = 42 N, F2 = 36 N e F3 = 20 N as forças que atuam em um corpo de


massa m=3,0 Kg e os ângulo θ1 = 52º θ2 = 27º. A força resultante que age sobre o corpo
é de:

13
y

F1
a) 4,44 N
b)16,66 N
θ1 F3 x
c) 22,27 N
d) 38,88 N
θ2
e) 42,27 N
F2

6. Sabendo que o módulo do vetor v , da figura, vale 20 e que o ângulo θ corresponde a


65º. As componentes vetoriais de v , em relação ao eixo x e y são de:

a) V = ( 8,45 i + 18,12 j ) m/s


b)V = ( 9,67 i + 8,62 j ) m/s
c) V = ( 12,45 i + 20,05 j ) m/s
d) V = ( 5,67 i + 34,45 j ) m/s
e) V = ( 9,67 i + 12,34 j ) m/s

7. (UFRN) A figura abaixo representa os deslocamentos de um móvel em várias etapas.


Cada vetor tem módulo igual a 20m. A distância percorrida pelo móvel e o módulo do vetor
deslocamento valem, respectivamente:

a) 90 m, 23 m.
b) 100 m, 44,72m.
c) 98 m, 76 m.
d) 126 m, 78 m.
e) 44,72 m, 87 m.

8. (UFJF)Assinale a alternativa em que há somente grandezas vetoriais.

a) Velocidade, aceleração, momento linear, torque.


b) Massa, tempo, carga elétrica, temperatura.
c) Força, índice de refração, resistência elétrica, momento linear.
d) Energia, campo elétrico, densidade, empuxo.
e) Trabalho, pressão, período, calor.

14
02
MECÂNICA NEWTONIANA: UNIDADE
LEIS E APLICAÇÕES

15
“Não devemos admitir mais causas para coisas na-
turais do que as que são verdadeiras e suficiente
para explicar as aparências”
Isaac Newton (1642-1727)

2.1 AS LEIS DE NEWTON


A primeira lei física estabelecida por Newton foi a lei da inércia. Este enunciado diz
que todo objeto permanece em repouso ou em movimento com rapidez uniforme em li-
nha reta a menos que seja exercida sobre ele uma força diferente de zero. Essa lei foi uma
reelaboração das ideias de outro brilhante cientista, ainda mais antigo que Newton: Galileu
Galilei.
Costumamos em sala de aula enunciar a primeira lei da seguinte maneira:

“Na ausência de forças um corpo permanece


com o seu estado de movimento.”

Se não houver nenhuma força atuando sobre um corpo ou se a somatória de todas


as forças que atuam no corpo for nula o corpo permanecerá em equilíbrio, ou seja para-
do ou em movimento retilíneo uniforme. Existem várias situações que conseguimos de-
monstrar a primeira lei, como por exemplo, quando estamos em um ônibus e ele inicia o
movimento, curva, freia de uma maneira brusca podemos sentir a lei da inércia em nosso
próprio corpo.
A segunda lei de Newton por sua vez estabelece que a aceleração produzida por
uma dada força resultante sobre um objeto é diretamente proporcional à força resultante,
e tem a mesma orientação da força resultante e é inversamente propor-cional a massa do
objeto. Matematicamente tem-se a relação dada pela equação (3):

�F = m �a
3

Onde:
• F é a força resultante (N, Newton)
• m é a massa (kg)
• a é a aceleração (m/s2 )
A interpretação da equação (3) é a de que a força resultante é igual a massa vezes
a aceleração. A força resultante sempre possui a mesma direção e sentido da aceleração.
Não podemos deixar passar desapercebido que se houver aceleração, aplicamos a segun-
da lei de Newton. Caso não haja aceleração, devemos aplicar a primeira lei e nesse caso o
corpo estará em equilíbrio, e então a resultante das forças sobre este será nula.
A terceira lei é a chamada lei de ação e reação, a qual enuncia que toda ação tem
uma reação de mesmo módulo, mesma intensidade e sentido oposto.

16
FIQUE ATENTO
Ação e reação são forças aplicadas em corpos diferentes. Para descobrirmos as forças que
formam pares de ação e reação é só invertermos os agentes,𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎−𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 reação, 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜−𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎
então a força de ação não anula a força de reação pois elas são aplicadas em corpos diferen-
tes.

Newton no estudo da gravitação universal comprovou que entre as massas sempre


existe uma força de atração, e pela terceira Lei essas forças são iguais em módulo direção e
sentido contrário então o nosso Planeta Terra de massa 5,98 ∙ 1024 kg exerce uma atração
sobre um adolescente de 60 kg, consequentemente o adolescente também exerce uma
força de atração sobre a Terra. Apesar das disparidades das massas envolvidas a força que
a Terra atraí o menino e de mesma intensidade da força que o menino atraí a Terra.
Conseguimos também perceber a força de reação quando estamos de patins ou
sobre um skate empurramos a parede, consequentemente a reação será a parede nos
empurrar conseguiremos perceber o fato.

2.1.1 O conceito de força

Força é um conceito difícil para ser descrito embora a grandeza força seja dito
cotidianamente, mas descrever força é outra coisa. Força, grandeza vetorial, é um empurrão
ou puxão, capaz de produzir alteração da posição de repouso ou de movimento de um
corpo, capaz de causar deformação de um corpo.
Vejamos alguns exemplos de força.
A força peso P =, é
m. a
g força resultante que um planeta exerce sobre o corpo, sendo
matematicamente descrita pela equação (4):

P = m. g 4
Onde:
• P é=a m. g peso (N, Newton)
força
• m. g a aceleração da gravidade (m/s2 )
P =

O vetor aceleração da gravidade


P = m.( g ) é sempre representado perpendicularmente à
superfície do planeta verticalmente para baixo e o peso possui mesma direção e sentido
da aceleração da gravidade. Observe atentamente a Figura 9.

Figura 9: Diagrama de forças atuante um bloco


Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

17
A força ou reação normal ( FN ) é a reação da superfície de apoio, é sempre perpendi-
cular à superfície de apoio. A força de atrito ( ⃗fat ), força devido a rugosidade entre a superfí-
cie e o corpo é sempre no sentido contrário ao deslizamento ou tendência de deslizamen-
to. Por sua vez a tensão ou tração ( T ) é a força aplicada sobre cordas ou cabos atuando
sobre o bloco.
A força de atrito, pode ser dividida em três possíveis tipos, sendo a força de atrito es-
tática, atrito estática máxima e de atrito cinética ou dinâmica. A Força de atrito estática, (
f⃗at est. ) é a força de atrito que atua no bloco quando o corpo não se movimenta e não possui
uma expressão matemática para seu cálculo. A Força de atrito estática máxima ( f⃗at est. máx. )
corresponde a maior força, paralela à superfície, que se pode aplicar em um corpo sem que
ele se movimente. Esta força é calculada por meio da equação (5):

⃗fat = μe � FN
est. máx. 5
Onde:
• μe : coeficiente de atrito estático, adimensional, representa a rugosidade da superfície.
• FN : reação normal (N, Newton).

Ainda tem-se a Força de atrito estática cinética ou dinâmica ( f⃗at cin.) a qual corres-
ponde ao valor da força de atrito que atua sobre o corpo quando ele está em movimento,
independente da força aplicada sobre ele, sendo calculada pela relação dada pela equação
(7):
⃗fat = μc � FN
est. 6

Onde:
• μc é o coeficiente de atrito estático, adimensional, representa a rugosidade da superfí-
cie.
• FN é a reação normal (N, Newton).

A Figura 10 traz um exemplo clássico da aplicação do conceito de força dado pelas


leis de Newton.

Figura 10: Esquematização das forças atuante enquanto um homem empurra um baú
Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

No esquema acima, representa-se um baú, que inicialmente estava em repouso


sobre o solo, sendo empurrado horizontalmente por um homem; F é a força que o homem
aplica no livro e ⃗fat é a força de atrito exercida pelo solo sobre o baú. No local, a resistência
do ar é desprezível e geralmente para efeito didático adota-se g = 10 m⁄s 2 . Vamos ao
exemplo!

18
Exemplo:
Considere um livro sobre uma mesa, de massa igual a 5 kg e inicialmente em repouso.
Considerando g = 10 m⁄s 2 , os coeficientes de atrito estático e cinético entre o livro e a mesa
são µe = 0,20 ; µc = 0,16,, respectivamente, calcule:

a. reação normal;
b. força de atrito estática máxima;
c. força de atrito cinética; Determine estado de movimento, a força de atrito que atua no
livro, o seu e sua aceleração quando forem aplicadas as seguintes F sobre o livro em
repouso.
d. Explique o que aconteceria com a aplicação de forças variadas de F =7N,
e. F =8N
f. F =10N e
g. F =14N

a. Observe o diagrama abaixo:

Aplicando-se a equação (4), tem-se:

P = m. g
P = 5 ∙ 10 = 50 N
Reação Normal, FN , é a reação da superfície de apoio, como o livro está na horizontal
e nenhuma outra força vertical atua sobre ele, então N = P, N = 50 N.

b. A força de atrito estática máxima é dada pela equação (5), logo temos:

Para ⃗fat est. máx. = 10 N , se o livro estiver em repouso, pode-se aplicar uma força resultante
paralelo ao plano de até 10 N sem, contudo, que o livro se movimente.

c. A força de atrito cinético é dada pela equação (6). Temos que:

19
Se ⃗fat est. = 8 N implica que se por acaso o livro estiver em movimento a força de atrito
que vai atuar sobre ele é de 18 N.

d.

F = 7N , é insuficiente para movimentar o Livro, seriam necessária uma força


superior a 10 N já que inicialmente o livro está em repouso (equilíbrio), logo, a somatória
das forças é 0, então o valor do atrito será 7N (estático), e este valor não é o suficiente para
cancelar a força aplicada. Como o livro em repouso então a aceleração é zero.

e.

Temos que se F = 8N esta força é insuficiente para movimentar o livro. Como no caso
da aplicação da força de F = 7N o livro permanece em repouso e o valor da aceleração é 0.

f.

Temos que se F = 10 N esta força é insuficiente para movimentar o livro. Como no caso
da aplicação das forças de 7N o e 8N o livro permanece em repouso e o valor da aceleração
é 0.

g.

F = 14 N , é suficiente para movimentar o Livro, seria necessária uma força superior a


10 N. Com o livro em movimento, o valor do atrito será 8 N (cinético), calculado e comentado
anteriormente. Para calcular a aceleração usamos a segunda lei de Newton, dada pela
equação (3). Como os dois vetores possuem sentidos opostos iremos subtrair e o vetor
resultante será na direção e sentido do maior vetor. Logo:

14 − 8 = 5 � 𝑎⃗
6 = 5 � 𝑎⃗
𝑎⃗ = 1,2 m/s2
Logo, o valor da aceleração é de 1,2 m/s2, horizontal, para a direita.

FIQUE ATENTO
Não poderia responder apenas um valor numérico para responder a aceleração pois trata-se
de uma grandeza vetorial então para descrevê-la necessitamos de módulo, direção e sentido.
Calculando a força de atrito estática máxima e força de atrito cinético não necessariamente
encontrará a força de atrito que atua no bloco, e quando for perguntado a força de atrito que
atua no bloco ela tem apenas um valor para a situação.

20
2.1.2 Plano inclinado

Existem situações em que o bloco não está apoiado em uma superfície horizontal,
mas em uma superfície inclinada, conhecido como plano inclinado. Nessa circunstância a
força que o bloco faz sobre a superfície não igual ao próprio peso, pois neste caso precisamos
decompor a força peso. Observe a Figura 11:

Figura 11: Esquema de um plano inclinado


Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

Vamos ao exemplo!

Exemplo: Considerando a massa do bloco 3 kg, g = 10 m/s 2,sen θ = 0,8 e cos θ = 0,6 e desprezando
a força de atrito calcule o valor da decomposição de cada força atuante sobre o bloco da
Figura 11.

Primeiramente devemos calcular o a força peso do bloco por meio da equação (4), logo
temos:
P = m. g

P = 3 � 10 = 30 N
Decompondo a força peso em Px e Py , onde Px é a componete decomposição do peso na
direção da tendência natural do deslocamento do bloco na rampa e Py é a decomposição
da força peso que faz força sobre o plano inclinado (superfície de apoio) então neste caso
Py é igual a Normal, que será a reação da força de apoio Py . Temos então:

Py (cateto adjacente), logo, Py = P � cos θ

Py = 30 � 0,6 = 18 N
P𝑥 (cateto oposto), logo, P𝑥 = P � sen θ
P𝑥 = 30 � 0,8 = 24 N
Concluímos, portanto, que a componente da força peso que faz com que o bloco
comprima a superfície vale 18 N ( Py ) a componente da força peso que puxa o bloco ( P𝑥 )
plano abaixo vale 24 N.

21
VAMOS PENSAR?
Quando mencionamos que não levaremos em consideração a resistência do ar, é como esti-
véssemos realizando o experimento onde não existe ou não é considerado a atmosfera. Aten-
ção, a aceleração da gravidade permanece inalterada. Quando afirmamos que a resultante
das forças que atuam em um corpo/sistema é nula, não quer dizer que não existe força atu-
ando no corpo/sistema, pois, pode realmente não existir nenhuma força, mas também podem
estar sendo aplicadas várias forças mas que o resultado vetorial da soma dessas forças é zero.

BUSQUE POR MAIS


Para se inteirar mais do assunto abordado nesta Unidade de seu livro você pode buscar mais
informações nas obras de Cutnell e Johnson (2016), Hewitt (2015), Matos (2015) e Nussenzveig
(2013). Todas disponíveis em Minha Biblioteca Virtual:

CUTNELL, J. D.; JOHNSON, K. W. Física. Tradução de André Soares de Azevedo, José


Paulo Soares de Azevedo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, v. I, 2016. Disponível em: https://bit.
ly/3mxyKZ8. Acesso em: 28. ago. 2020.

HEWITT, P. G. Física Conceitual. Tradução de Trieste Freire Ricci. 12. ed. Porto Ale-gre:
Bookman, 2015. Disponível em: https://bit.ly/2RLlG48. Acesso em: 28. ago. 2020

MATOS, M. Física do Movimento: Observar, Medir, Compreender. 1. ed. Rio de Janei-


ro: Editora PUC-Rio, 2015. 224 p. Disponível em: https://bit.ly/2EmS0HI. Acesso em: 28.
ago. 2020.

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica 1. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Blun-cher,
2013. 393 p. Disponível em: https://bit.ly/3iPC7Z8. Acesso em: 28. ago. 2020

Além disso, você também pode consultar a playlist de vídeos do professor disponí-vel
em: https://bit.ly/3kAICQ5. Acesso em: 28. ago. 2020.

GLOSSÁRIO
Inércia: Propriedade da matéria que pode ser expressa como a resistência que esta oferece à
mudança de movimento.
Equilíbrio: condição de um sistema físico no qual as grandezas que sobre ele atuam se com-
põem de maneira a não provocar nenhuma mudança de seu estado.

22
FIXANDO O CONTEÚDO

1. ( UFVJM ) Esta figura mostra um bloco sobre a mesa.

A força F1 é a sustentação da mesa no bloco, a força F2 é o peso do bloco, a força F3 é a


força de pressão do bloco e a força F4 é a atração que o bloco provoca na Terra. ASSINALE
a alternativa que contém o(s) par(es) de forças de ação e rea-ção.

a) F1e F2; F3 e F4
b) F1 e F3; F2 e F4
c) F1 e F2
d) F2 e F3
e) N.D.A

2. Considere o bloco da figura, peso = 60 N, apoiado sobre um plano inclinado sob o ângulo
de 75º, onde o coeficiente de atrito estático vale 0,6 e o coeficiente de atrito dinâmico
vale 0,4, considerando F como força aplicada sobre o bloco, con-forme figura, estando o
mesmo inicialmente em repouso.

Determine a aceleração do bloco quando a força for 45 N.

a) 0,9 ms2
b) 1,13 m/s2
c) 2,34 m/s2
d) 3,93 m/s2
e) 5,45 m/s2

3. Considere o esquema representado na figura abaixo, onde um homem de 800 N de peso,


ergue com velocidade constante, um corpo de 500 N de peso, utilizando um roldana móvel.
Determine a força que o homem exerce para elevar o corpo com velocidade constante.

a) 1300 N
b) 800 N
c) 500 N
d) 250 N
e) 100 N

4. A figura I, abaixo, ilustra um bloco A apoiado sobre um bloco B, estando o conjun-to


em repouso sobre uma mesa horizontal. Na figura II são apresentados diagramas que
representam as forças que agem sobre cada um dos blocos, considerados como sistemas
isolados. Nessa figura, as linhas tracejadas são igualmente espaça-das e os tamanhos dos
vetores são proporcionais aos módulos das respectivas for-ças.

Das forças representadas nos diagramas, aquelas que podem configurar um par ação-
reação são:

23
a)F1 e F4
b) F1 e F2
c) F3 e F4
d) F2 e F5
e) F1 e F3

5. Força P = 80 N, ângulo Θ = 70° para empurrar um bloco de 5 kg, no teto do quarto,


coeficiente de atrito cinético é 0,40. Determine a aceleração do bloco.

a) 1,12 m/s2
b) 2,62 m/s2
c) 3,46 m/s2
d) 4,12 m/s2
e) 5,08 m/s2

6. No sistema esboçado na figura, M = 5 kg e m = 8 kg são as massas dos blocos. Os


coeficientes de atrito estático e cinético são respectivamente iguais a 0,5 e 0,2. Determine
a tração na corda.

a) 12,45 N
b) 16.45 N
c) 24,84 N
d) 36,96 N
e) 48,92 N

7. Coloca-se dentro de um elevador uma balança e sobre ela um homem de peso 490
N. determine a indicação da balança quando o elevador está subindo uniformemente
acelerado, com aceleração igual a 2 m/s2.

a) 380 N
b) 438 N
c) 490 N
d) 588 N
e) 690 N

8. Um bloco de peso 90 N está em repouso em uma superfície. Os coeficientes de atrito


estático e cinético são respectivamente iguais a 0,3 e 0,2. Qual o valor da força máxima que
pode ser aplicada ao corpo para que ele permaneça em re-pouso.

a) 9 N
b) 18 N
c) 21 N
d) 27 N
e) 35 N

24
03
CINEMÁTICA E DINÂMICA DE UNIDADE
PARTÍCULAS E CORPOS RÍGIDOS

25
Galileu Galilei foi o primeiro a relacionar rapidez comparando a distância percorrida
com o tempo gasto para percorrê-la. Atualmente ainda usamos o conceito de Galileu, para
velocidade. A Velocidade é uma grandeza vetorial que representa a taxa de deslocamento
de um corpo em movimento.
O movimento é relativo. Tudo está sempre em movimento, mesmo se nos
encontramos em repouso sobre a superfície da Terra, estamos em movimento em relação
ao espaço. Então o estado de movimento de qualquer quantidade de matéria depende
exclusivamente do referencial de análise.

3.1 DESLOCAMENTO
Escolhemos o eixo X para nosso sistema de coordenadas, convenciona-se como
positivo o sentido crescente do eixo X. O móvel que se desloca no sentido crescente do eixo
X o deslocamento e a velocidade são positivos, o chamado movimento progressivo. Caso o
deslocamento seja no sentido decrescente do eixo X o deslocamento e a velocidade serão
negativas e o movimento é denominado retrógrado. O tempo é uma grandeza escalar
então em ambos os sentidos é positivo, sendo a variação do tempo é sempre crescente. A
velocidade média de uma partícula que se movimenta a velocidade constante é dada pela
equação (7):

Pode-se considerar velocidade média como distância total percorrida dividido pelo
tempo total gasto para o trajeto. Outro conceito de velocidade é o de velocidade instantânea
é a velocidade aferida pelo velocímetro de um carro por exemplo. A velocidade instantânea
é obtida por meio da aplicação do conceito de limite aplicado a velocidade média quando
o intervalo de tempo tende a zero, como mostra a equação (8).

Também podemos considerar a velocidade como sendo a 1ª derivada da posição. A


aceleração por sua vez representa a taxa de variação da velocidade, sendo demonstrada
pela equação (9). A aceleração também é dada pela 2ª derivada da posição:

FIQUE ATENTO
Existem dois tipos de aceleração: aceleração tangencial, objeto de estudo do capí-tulo, que
muda o módulo da velocidade, possui sempre mesma direção da velocidade. Aceleração cen-
trípeta altera a direção da velocidade.

26
Estudando a aceleração tangencial, for o seu sentido crescente do eixo X a aceleração
será positiva, caso contrário será negativa. Se o sinal da aceleração for coincidente com o
sinal da velocidade o movimento será acelerado, a aceleração está contribuindo com o
movimento, o módulo da velocidade aumenta; se o sinal da aceleração for o sinal contrário
da velocidade o movimento será retardado, aceleração está atrapalhando o movimento, o
módulo da velocidade diminui. Observe a Figura 12.

Figura 12: Movimento do móvel em relação ao eixo X.


Fonte: Young e Freedman (2016)

• Em tA o movimento é retrógrado ( V < 0 ), retardado. O móvel está diminuindo a


velocidade.
• Em tb , o móvel está parado ( V = 0 ), exato instante em que este vai mudar o sentido de
seu deslocamento.
• Em tc , o movimento progressivo ( V > 0 ) MU, movimento uniforme, velocidade constante
a = 0,
• Em td , o móvel parado ( V = 0 ), exato instante em que o móvel vai mudar o sentido de
seu deslocamento.
• Em te , o movimento retrógrado ( V < 0 ), acelerado, móvel aumentando a velocidade.

Observe atentamente a Figura 13, a qual mostra o gráfico e sua a inclinação


correspondente a velocidade do móvel.

Figura 13: Gráfico x x t (posição x tempo).


Fonte: Young e Freedman (2016)

• Ponto A a inclinação > 0, movimento progressivo( V < 0 );


• De A para B a velocidade aumenta, inclinação aumenta, mov. Progressivo ( V < 0 ) e
acelerado;
• Ponto B temos que a inclinação > 0, movimento progressivo, a aceleração vai mudar de
sentido.
• De B para C velocidade diminui, mov. Progressivo retardado.

27
• Ponto C inclinação = 0, móvel em repouso, instante em que vai-se mudar o sentido do
deslocamento.
• De C para D tem-se velocidade negativa, aumentando em módulo, mov. Retrógrado e
acelerado.
• Ponto D tem inclinação < 0, movimento retrógrado, a aceleração vai mudar de sentido,
a inclinação vai começar a diminuir.
• De D para E a velocidade diminui, em módulo, mov. retrógrado e retardado.

O gráfico da Figura 14 demonstra a variação da velocidade em função do tempo


(aceleração)

Figura 14: Gráfico V x<t 0(velocidade x tempo)


Fonte: Young e Freedman (2016)

A inclinação nesse gráfico corresponde a aceleração do móvel. A área desse gráfico


corresponde a distância percorrida. Logo:

• Ponto A: a > 0 e V < 0 ,movimento retrógrado; movimento retardado, a e V como sinais


contrários implicam que o módulo da velocidade diminui.
• Ponto B: a > 0 e V = 0 , o móvel está parado e vai mudar de sentido, começando a ser
acelerado.
• De B a C: o móvel começa a aumentar sua velocidade, em um movimento progressivo
e acelerado, o móvel atinge sua velocidade máxima em C.
• De C a D: a < 0 e V > 0 . O movimento é progressivo e retardado, a e V possuem sinais
contrários, módulo da velocidade diminui parando em D.
• De D a E, o móvel começa a aumentar sua velocidade (em módulo), tendo movimento
retrógrado e acelerado.

FIQUE ATENTO
• Em exercícios que são apresentados gráficos conseguimos muitas vezes calculando a in-
clinação do gráfico, a área do gráfico encontrar algumas grandezas sem utilizar as equa-
ções tradicionais.
• Sempre que nos depararmos com os gráficos devemos ter a capacidade de descrever o
movimento apenas analisando o gráfico.

28
3.2 MOVIMENTO UNIFORME (UM)
Podemos encontrar a posição do móvel em função do tempo utilizando a função
horária das posições. Essa função é dada pela equação (10).
x = x0 + v � t 10

Onde:

• x, posição no tempo t;
• x0, posição em tempo t = 0s;
• V ,<velocidade;
0
• t , tempo.

Quando se tem influência de aceleração no movimento de uma partícula este


movimento passa a se chamar Movimento Uniformemente Variado, que nada mais é do que
um movimento com aceleração tangencial constante. Podemos encontrar a velocidade
do móvel em função do tempo utilizando a função horária das velocidades, descrita na
equação (11).
v = v0 + a � t 11

Onde:
• V , <velocidade;
0
• V 0<, velocidade
0 em tempo t = 0s;
• t , tempo.
• a , aceleração

Podemos encontrar a posição do móvel em função do tempo utilizamos a função


horária das posições, descrita na equação (12):

12

Existe ainda uma equação na qual podemos calcular a velocidade ou deslocamento


ou aceleração quando não temos o tempo, chamada de equação de Torricelli (13). Em
homenagem ao físico e matemático Evangelista Torricelli, historicamente conhecido pela
invenção do barômetro.

v2 = 𝑣⃗02 + 2a � ∆x 13

• V , <
velocidade
0 no tempo t;
• v0, velocidade em tempo t = 0s;
• a , aceleração;
• ∆x, variação da posição, (x-x0), deslocamento.

Exemplo:

29
Para t = 0 um carro pára em um semáforo. Quando a luz fica verde, o carro começa
a acelerar com uma taxa constante, elevando sua velocidade para 20 m/s, 8 s depois de
a luz ficar verde. Ele se move com essa nova velocidade por uma distância de 60 m. A
seguir, o motorista avista uma luz vermelha no cruzamento seguinte e começa a diminuir
a velocidade com uma taxa constante. O carro para no sinal vermelho a 180 m da posição
para t = 0 s . Determine:

a. aceleração nos três trechos.


b. Para o movimento do carro, desenhe gráficos acurados de x-t, v-t e a-t.
c. velocidade média.

a. É importante percebermos que existem três trechos distintos, é como se resolvêssemos


três exercícios. Observe:

Dados:
v0 = 0 m/s
V =< 20
0 m/s
t=8s
a= ?
x=?

Considerando o 1º trecho do trajeto/


Para calcular o valor de aceleração do veículo aplicamos a equação (11). Temos então:

v = v0 + a � t
20 = 0 + a � 8
a = 2,5 m/s 2
Para calcularmos a distância percorrida (x) aplicamos a equação (12) ou se preferirmos
as equação (13). Logo: x=?
a ∙ t2
x = x0 + v0 ∙ t + v 2 = v02 + 2a ∙ ∆x
2

1 202 = 02 + 2.2,5. ∆x
x = 0.8 + . 2,5. 82 ou
2

∆x = 80 m
x = 80 m

Considerando o 2º trecho do trajeto/


Como o movimento é descrito uniforme ( a =0) podemos aplicar a equação (10). Temos
então: • X=?
• x = x 0 + v. t
• ∆x = v � t
• 60 = 20t
• t = 3s

30
Considerando o 3º trecho do trajeto/

Dados:
V 0<= 0
20 m/s
V =<00m/s
∆x=180-80-60=40 m
t=?
a= ?

Aplicando-se a equação de Torricelli (13), temos que:

𝑣⃗ 2 = 𝑣⃗02 + 2𝑎⃗ � ∆𝑥

02 = 202 + 2𝑎⃗. 40

𝑎⃗ = − 5 𝑚/𝑠2

Para o cálculo do tempo:


v = v0 + a � t

0 = 20 − 5 � t

t = 4s
b. Observe atentamente a Figura 15

Figura 15: Gráficos resultantes V (t),


< 0a (t) e x(t),
Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

31
No gráfico V (t)< 0(Figura 15a) se calcularmos as inclinações dos trechos 1 e 2
encontraremos suas respectivas acelerações e se calcularmos as áreas de cada trecho
encontraremos a distância percorrida. Já no gráfico a (t) (Figura 15b) a área do gráfico
corresponde a variação de velocidade. No gráfico x(t) (Figura 15c) a inclinação corresponde
a velocidade, não temos ferramentas para calcular a inclinação de todos os trechos, mas
vemos que no primeiro trecho a inclinação aumenta, consequentemente a velocidade do
móvél aumenta, no segundo trecho a inclinação é constante, movimento uniforme, no
terceiro trecho a inclinação diminui, movimento retardado.

c. Aplicando a equação (7) temos:

∆𝑥 80 + 60 + 40
𝑣⃗𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = = 12 𝑚⁄𝑠
∆𝑡 8+3+4

VAMOS PENSAR?
• Velocidade é uma grandeza vetorial, que indica como e para onde um objeto se desloca,
podemos alterar a velocidade sem modificar o seu valor numérico.
• Aceleração, grandeza vetorial, que varia a velocidade.

BUSQUE POR MAIS


Para se inteirar mais do assunto abordado nesta Unidade de seu livro você pode buscar mais
informações nas obras de Cutnell e Johnson (2016), Hewitt (2015), Matos (2015) e Nussenzveig
(2013). Todas disponíveis em Minha Biblioteca Virtual:

CUTNELL, J. D.; JOHNSON, K. W. Física. Tradução de André Soares de Azevedo, José


Paulo Soares de Azevedo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, v. I, 2016. Disponível em: https://bit.
ly/3mxyKZ8. Acesso em: 28. ago. 2020.

HEWITT, P. G. Física Conceitual. Tradução de Trieste Freire Ricci. 12. ed. Porto Ale-gre:
Bookman, 2015. Disponível em: https://bit.ly/2RLlG48. Acesso em: 28. ago. 2020.

MATOS, M. Física do Movimento: Observar, Medir, Compreender. 1. ed. Rio de Janei-


ro: Editora PUC-Rio, 2015. 224 p. Disponível em: https://bit.ly/2EmS0HI. Acesso em: 28.
ago. 2020.

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica 1. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Blun-cher,
2013. 393 p. Disponível em: https://bit.ly/3iPC7Z8. Acesso em: 28. ago. 2020

Além disso, você também pode consultar a playlist de vídeos do professor disponível
em: https://bit.ly/3iQSjcx. Acesso em: 28. ago. 2020

32
GLOSSÁRIO
• Movimento acelerado: movimento de um sistema sujeito a uma força resultante não-nula.
• Movimento retardado: movimento em que a aceleração tem o sentido oposto do des-lo-
camento.
• Movimento retrógrado: movimento no sentido decrescente do eixo das posições.

33
FIXANDO O CONTEÚDO
1. nalise as afirmativas sobre o gráfico abaixo:

I. O movimento pode ser classificado como acelerado.


II. O móvel partiu da origem das posições.
III. A aceleração do móvel é negativa.

Com relação as afirmativas acima é correto afirmar que:

a)Somente I é correta.
b) Somente II é correta.
c) Somente III é correta.
d) Somente I e III são corretas.
e) Somente II e III são corretas.

2. Um trem de 100 m de comprimento, com velocidade de 30 m/s, começa a frear com


aceleração constante de módulo 2 m/s2, no instante em que inicia a ultrapassagem de
um túnel. Esse trem pára no momento em que seu último vagão está saindo do túnel. O
comprimento do túnel é igual a quantos metros?

a) 80 m.
b) 125 m.
c) 225 m.
d) 328 m.
e) 364 m.

3. Para aterrissar num aeroporto um avião de passageiros deve chegar à cabeceira da pista
com velocidade inferior a 360 km/h, caso contrário ele corre o risco de não parar até o final
da pista. Sabendo que o comprimento da pista desse aeroporto é de 2000 m, determine
o tempo gasto na aterrissagem, ou seja do instante em que o avião toca na pista até ele
parar.

a) 18 s.
b) 20 s.
c) 32 s.
d) 40 s.
e) 48 s.

4. UFV. O gráfico mostra a variação da aceleração de um móvel em função do tempo.


Sabendo-se que o móvel encontrava-se inicialmente em repouso. Determine a velocidade
do móvel instante t = 6 s.

34
a) 4 m/s
b) 8 m/s
c) 10 m/s
d) 12 m/s
e) 16 m/s

5. Os dados da tabela referem-se à velocidade de um corpo em função do tempo.


Considerando que o móvel possui movimento uniformemente variado.
t (s) 2,0 4,0 6,0 8,0
V (m/s) 104 96 88 80

Determine, contando a partir do momento que o cronômetro foi acionado, a distância


percorrida até parar.

a) 980 m.
b) 1086 m.
c) 1152 m.
d) 1600 m.
e) 1780 m.

6. Um trem de metrô parte do repouso em uma estação e acelera com uma taxa constante
de 1,60 m/s2 durante 14,0 s. Ele viaja com velocidade constante durante 70,0 s e reduz a
velocidade com uma taxa constante de 3,50 m/s2 até parar na estação seguinte. Calcule a
distância total percorrida.

a) 962 m.
b) 1348 m.
c) 1645 m.
d) 1796,48 m.
e) 2354 m

7. O gráfico mostra a velocidade (v), em função do tempo (t), de dois automóveis, A e B.


Pelo gráfico, podemos afirmar que:

a) O espaço percorrido por B é maior do que o de A, de 0 a 10s.


b) Ambos partiram do repouso.
c) A aceleração de B é maior do que a de A .
d) O espaço percorrido por B é 200m, de 0 a 10s.
e) móvel B vai ultrapassar o A em t = 80s.

8. Em um determinado instante um automóvel (B) está 400 m à frente de um automóvel


(A), sabendo que ambos possuem velocidades constantes e trafegam no mesmo sentido,
o automóvel A com velocidade de 30 m/s e automóvel B de 20 m/s. Sabendo que no

35
momento mencionado o automóvel B está com movimento retrógrado e na posição 1000
m, determine a posição em que A alcança B.

a) 100 m.
b) 160 m.
c)200 m.
d) 380 m.
e) 500 m.

36
04
TRABALHO E ENERGIA: UNIDADE
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA

37
4.1 TRABALHO
Quando uma força Fd, constante, atua sobre um objeto em movimento em direção
inclinada com relação ao seu deslocamento d, apenas a componente da força paralela ao
deslocamento Fd realiza trabalho, W , sobre o objeto. Tem-se então a equação (14).

W = F � d � cos θ 14
Onde:
• W, trabalho (J, joule e J = N.m)
• d, deslocamento (m, metros)

O Trabalho é uma grandeza física que possui várias fórmulas, cada uma a ser aplicada
em uma determinada situação, ou seja, em cada fórmula diferente para calcular o trabalho.
Uma coisa que tem grande influência em uma taxa de trabalho é o ângulo de aplicação da
força, como mostrado na Figura 16.

Figura 16: Influência do ângulo no trabalho


(Trabalho motor 0°≤ θ <90°)
Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

A componente da força na direção do deslocamento possui o mesmo sentido do


deslocamento, esse trabalho ajuda o movimento. Quando o ângulo da força é de 90º
(cos90º = 0) o trabalho não interfere no movimento, como é demonstrado na Figura 17.

Figura 17: Trabalho nulo ( θ =90°)


Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Quando a componente da força na direção do deslocamento possui o sentido


contrário do deslocamento, esse trabalho atrapalha o movimento, logo temos o esquema
da Figura 18

Figura 18: Trabalho resistente (90°≤ θ <180°)


Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

38
4.2 POTÊNCIA
Potência é a quantidade de energia por unidade de tempo necessária para
realização do trabalho. No sistema internacional, a uniadde de potência é o Watt (J/s).
Matematicamente, potência é dada pela equação (15):

15
Para representar grandes quantidades de energia costuma-se utilizar prefixos, como
os mostrados no quadro 1. Um exemplo conhecido é a quantificação da energia elétrica
gerada pelas usinas hidrelétricas em Megawatts.
Quilo (K) Mega (M) Giga (G) Tera (T)
103 106 109 1012
Quadro 1: Prefixos
Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

4.3 ENERGIA
O conceito físico de energia é um tanto quanto complexo, contudo, dentro da Física
Clássica costuma-se adotar o conceito de energia como como a capacidade de produzir
trabalho. Existem diversos tipos de energia, contudo, para nosso estudo abordaremos a
energia cinética, potencial gravitacional e potencial elástica.
A Energia cinética é uma grandeza escalar relacionada ao movimento dos corpos,
ou seja, todo objeto em movimento possui energia cinética. A equação para o cálculo da
energia cinética é dada pela relação (16)

16

O trabalho pode ser calculado utilizando a variação de energia cinética, como mostra
a relação (17):

W = ∆ec = e�
cf − ec0

𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑐𝑖𝑛. 𝑓𝑖𝑛. 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑐𝑖𝑛. 𝑖𝑛.
17

Dizemos que algum objeto possui energia potencial apenas quando o objeto está
em repouso em uma determinada posição se houver uma força externa para mantê-lo
na posição. Só conseguimos manter uma bola em repouso a 2 metros do solo se fizermos
uma força sobre ela, a uma altura de 2 metros do solo um objeto naturalmente está em
movimento. A energia potencial gravitacional é dada pela equação (18), onde h é o valor da
altura (em m):

Epg = m. g. h
18

Assim como no caso demonstrado acerca da energia cinética, o trabalho pode ser
calculado utilizando a variação de energia potencial, mas atenção quando se trata energia
potencial, qualquer uma delas a variação é calculada com energia potencial inicial menos

39
energia potencial final.

W = ∆epg = e�
pg0 − e�
pgf
𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎
𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑡𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑡𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
19
A Energia Potencial Elástica é uma grandeza vetorial que relaciona a deformação
de uma mola em relação a sua posição natural de equilíbrio estático, sendo também
denominada força restauradora. Sua equação é dada pela relação (20):

1
Epe = k � x2
2 20
Onde:
Epe: energia potencial elástica (J);
k: Constante elástica da mola (N/m);
x: deformação da mola (m).

Vale a pena também ressaltar sobre a força elástica, dada pela equação (21), onde
o sinal negativo da fórmula mostra que a força é no sentido contrário da deformação da
mola. Para entender melhor, observe atentamente a Figura 19:

Fe = −k � x 21

Figura 19: Gráfico de Força x Deformação da mola


Fonte: Adaptado de Luz e Alvarenga (2006)

Podemos notar no gráfico Força x deformação da mola que a inclinação do gráfico


nos fornece a constante elástica da mola, enquanto que sua área nos fornece o trabalho
realizado pelo movimento da mola.
Assim como no caso da energia cinética e da energia potencial gravitacional a energia
elástica também pode causar trabalho (como dito anteriormente). Matematicamente o
trabalho realizado pela energia potencial elástica pode ser descrita pela equação (22).

40
W = ∆epe = e�
pe0 − e�
pef
𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎
𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
22

Nos fenômenos físicos que envolvam o movimento raramente um tipo de força será
o principal atuante do sistema. Para isso calcula-se o valor da Energia mecânica, Em, que
nada mais é que a soma das demais energias apresentadas no início do Unidades. Desta
forma temos a equação (23), que pode ser chamada de equação da energia mecânica.

Em = Ec + Epg + Epe
23

FIQUE ATENTO
Devemos sempre nos lembrar que mesmo que uma certa forma de energia não esteja atu-
ante no sistema não quer dizer que esta não existe. Lembre-se sempre que as energias assim
como a matéria não podem ser criadas nem destruídas, apenas transformadas. Uma forma
de energia pode se converter em outra durante um processo físico. Fique sempre atento a isso
na formulação de suas hipóteses para resolver problemas que envolvam conceitos de Física.

FIQUE ATENTO
• Basicamente vamos separar a maneira de resolver os exercícios de acordo com as forças
que atuam no sistema em forças conservativas ou forças dissipativas.
• Quando forças conservativas atuam no sistema, significa dizer, que não temos atrito por
exemplo e que a energia mecânica se conserva, neste caso em qual-quer posição que
formos calcular o que foi pedido o valor da energia mecânica é constante em qualquer
posição.
• Quando apenas forças dissipativas atuam no sistema, significa dizer, que temos atrito por
exemplo e que a energia mecânica diminui no decorrer do tempo. Atenção: forças dissipa-
tivas interferem apenas na energia cinética, consequen-temente altera também a energia
mecânica.

Quando se consideram as forças dissipativas devido a força de atrito, o trabalho da


força de atrito pode ser calculado por meio da equação (24):

wfat = fat � d � cos 180° = ∆em = emf − em0 24


Vamos ao exemplo!

Exemplo (UFV):
Um bloco de massa 2,0 kg sobe a rampa ilustrada na figura abaixo, comprimindo uma
mola de constante elástica k = 200 N/m, até parar em B.

41
Sabe-se que a velocidade do bloco em A era 8,0 m/s e que não houve quaisquer
efeitos dissipativos no trecho entre os pontos A e B. Considerando-se a aceleração da
gravidade local igual a 10 m/s2 , pede-se

a) a velocidade do corpo ao atingir a mola.


b) compressão máxima da mola.
c) velocidade do bloco a uma altura de 1 m na rampa.

a. a velocidade do corpo ao atingir a mola.


Primeiramente devemos identificar se existe alguma força de atrito ou não, nesse
caso não há, não houve quaisquer efeitos dissipativos no trecho entre os pontos A e B.
O próximo passo é procurar uma posição na qual podemos encontrar a energia
mecânica. No caso o Ponto A. Substituindo as equações (16), (18) e (20) na equação (23)
temos que:

Em = Ec + Epg + Epe

O ponto A está no solo então a altura será 0, e não tem mola na posição, então Epg=0
e Epe=0. Logo:

1
EmA = � 2 � 82 + 0 + 0 = 64 J
2
Para calcular a velocidade do corpo ao atingir a mola devemos considerar que o
ponto 0 é a posição que o bloco atinge a mola. A energia mecânica em qualquer posição
é de 64 j. No ponto 0 a mola ainda não foi deformada então não temos energia potencial
elástica. Logo:

Em0 = Ec + Epg + Epe

64 = v 2 + 28
v2 = 64 − 38
v2 = 36 ∴ v = 36 = 6 m/s
b. compressão máxima da mola.

42
Partindo do Ponto B a energia mecânica em qualquer posição é de 64 j. No ponto
B a mola foi deformada ao máximo, posição onde o corpo para (v=0m/s, ec = 0J ) para ser
lançado de volta. Logo:

Emb = Ec + Epg + Epe

64 = 100x2 + 28
36 = 100x 2

0,36 = x 2
x = 0,36 = 0,6 m
𝑥=
c. velocidade do bloco a uma altura de 1 m na rampa.

No ponto C notamos que a mola não foi deformada então não temos energia potencial
elástica. A energia mecânica em qualquer posição é de 64 J. Aplicando a equação (23) no
ponto C:

Emc = Ec + Epg + Epe

64 = v 2 + 20
v2 = 64 − 20
v2 = 44

v = 6,63 m/s
Agora vamos a um exemplo que envolva forças dissipativas.

Exemplo:
Observe o diagrama a seguir: Um bloco de massa m = 0,90 kg é solto a partir do
ponto A numa superfície que tem a forma e as dimensões dadas na figura. Os trechos AB
e CD são lisos, mas no trecho BC atua sobre o bloco uma força de atrito FAT = 1,3 N.

43
a. Que altura ele atinge do lado oposto?
b. Em que ponto da superfície o carrinho acabará parando?

a. Que altura ele atinge do lado oposto?


Sabemos que as partes inclinadas não possuem atrito, mas que na parte horizontal o
atrito existe. O bloco foi abandonado no ponto A, logo, v = 0 m⁄s , então vamos calcular sua
energia mecânica. Como não existe não existe mola em ponto algum do sistema, então
podemos excluir a energia potencial elástica. Assim ao aplicáramos a equação da energia
mecânica (23):

0
EmA = Ec + Epg + Epe
Logo:

1
EmA = . 0,9 � 02 + 0,9.10.0,4
2
EmA = 0 + 3,6
EmA = 3,6 J
Ao chegar no ponto B, antes de atingir a parte com atrito a energia mecânica será 3,6
j. O trabalho da força de atrito pode ser calculado por meio da equação (24), Logo:

wfat = fat � d � cos 180°


wfat = 1,3 � 0,8 � (−1)
wfat = −1,04 J
O resultado indica o valor da energia dissipada toda vez que o bloco atravessar a
região do atrito. Mas, a que altura ele atinge do lado oposto?
Bom, sabemos que o bloco chega a região de atrito com energia mecânica em 3,6 J,
ao atravessar essa região plana dissipa 1,04 J chegando ao ponto C com energia mecânica
de 2,56 J. O bloco sobe a rampa sem atrito então no percurso da rampa acima mantém a
energia mecânica (2,56 J).Porém, ao atingir a altura máxima sua velocidade será zero, então
não haverá energia cinética nem energia potencial elástica, apenas a energia potencial
gravitacional. Como temos apenas energia potencial, podemos aplicar a equação (18).
Temos então:

44
0 0
EmA = Ec + Epg + Epe
EmA = Epg = m � g � h
2,56 = 0 + 0,9 � 10 � h
2,56 = 9 � h ∴ h ≅ 0,28 m
b. Em que ponto da superfície o carrinho acabará parando?
O bloco conseguirá atravessar a rampa toda vez que entrar na região de atrito com
energia mecânica superior ao valor do trabalho realizado pela força de atrito. Cada vez que
passar pela região de atrito, independente do sentido, ele vai dissipar 1,04 J de energia.
Observe atentamente o diagrama abaixo:

A energia vai sendo dissipada e o bloco atravessa a região de atrito até atingir a região
pelo ponto c com energia de 0,48 J, conforme figura.
Agora o bloco não conseguirá ultrapassar a região do atrito, parando, pois terá então
energia cinética nula. Como está no solo então a energia potencial gravitacional também
será nula. Na posição que o bloco parar a energia mecânica será zero. Aplicando a equação
(24) o trabalho da força de atrito será então:

wfat = ∆em = emf − em0 = 0 − 0,48 → wfat = −0,48 J

wfat = fat � d � cos 180° → −0,48 = 1,3. d. −1 → d ≅ 0,37 m

O bloco vai parar a uma distância de 0,37 m do ponto C.

VAMOS PENSAR?
• A energia não pode jamais ser criada ou destruída; ela pode ser transformada de uma for-
ma em outra, mas a quantidade total de energia se mantém constante.

45
BUSQUE POR MAIS
Para se inteirar mais do assunto abordado nesta Unidade de seu livro você pode buscar mais
informações nas obras de Cutnell e Johnson (2016), Hewitt (2015), Matos (2015) e Nussenzveig
(2013). Todas disponíveis em Minha Biblioteca Virtual:

CUTNELL, J. D.; JOHNSON, K. W. Física. Tradução de André Soares de Azevedo, José


Paulo Soares de Azevedo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, v. I, 2016. Disponível em: https://bit.
ly/3mxyKZ8. Acesso em: 28. ago. 2020.

HEWITT, P. G. Física Conceitual. Tradução de Trieste Freire Ricci. 12. ed. Porto Ale-gre:
Bookman, 2015. Disponível em: https://bit.ly/2RLlG48. Acesso em: 28. ago. 2020.

MATOS, M. Física do Movimento: Observar, Medir, Compreender. 1. ed. Rio de Janei-


ro: Editora PUC-Rio, 2015. 224 p. Disponível em: https://bit.ly/2EmS0HI. Acesso em: 28.
ago. 2020.

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica 1. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Blun-cher,
2013. 393 p. Disponível em: https://bit.ly/3iPC7Z8. Acesso em: 28. ago. 2020

Além disso, você também pode consultar a playlist de vídeos do professor disponível
em: https://bit.ly/3iQSjcx. Acesso em: 28. ago. 2020

46
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Uma partícula em movimento circular uniforme. Qual das afirmativas abaixo é CORRETA
em relação a energia cinética (EC ) e velocidade ( v ) ?

a) EC é constante.
b) EC varia e V varia.
c) v é constante e EC varia.
d) v e EC são constantes.
e) v é constante.

2. O gráfico abaixo mostra como varia a intensidade da força elástica sobre uma mola.
Utilizando um bloco , m = 4 kg, para comprimir a mola citada e comprimindo-a 15 cm,
antes de abandonar o bloco.

Calcule a velocidade do bloco ao abandonar a mola.

a) 9,18 m/s
b) 16,77 m/s
c) 18,93 m/s
d) 23,56 m/s
e) 26,67 m/s

3. Um carro de passeio de massa 500 kg é acelerado uniformemente com uma velocidade


v = 20 m/s, é realizado um trabalho de 125 K J. Assinale a velocidade do carro, ao completar
esses 10 primeiros segundos.

a) 26 m/s
b) 30 m/s
c) 34 m/s
d) 32,5 m/s
e) 40 m/s

4. Um corpo é abandonado, em queda livre, de um ponto situado à altura h = 100 m do solo.


Pode-se afirmar que

a) a energia cinética é máxima no ponto de máxima altura.


b) após descer 50 m, a energia cinética é igual à potencial.
c) quando atinge o solo, a energia cinética é igual à potencial.
d) ao atingir o solo, a energia potencial é máxima.
e) no ponto de altura máxima, a energia potencial é o dobro da cinética.

5. (UFF)- A figura 1 mostra o instante em que um pequeno bloco de massa 0,50kg é


abandonado, sem velocidade, do ponto A de uma rampa. No trecho AB da rampa, o atrito é

47
desprezível, mas em BC deve ser considerado. A figura 2 mostra o instante em que o bloco,
após atingir a mola ideal, de constante elástica igual a 1,5 . 102 N/m, causa à mesma uma
deformação máxima igual a 0,20m:

Utilize os dados apresentados a velocidade do bloco ao atingir o ponto B é de

a) 2 m/s
b) 4 m/s
c) 6 m/s
d) 6 m/s
e) 10 m/s

6. Um corpo, de massa m = 2,0 kg, move-se sobre uma superfície horizontal com atrito,
indo de encontro de uma mola cuja a constante elástica é k = 100 N/m. A velocidade do
corpo imediatamente antes de atingir a mola é v = 3,0 m/s. O corpo comprime a mola X =
40 cm, chegando ao repouso no ponto B.

Qual é o trabalho realizado pelo atrito no deslocamento do corpo de A até B ?

a) -3 J
b) -2 J
c) -1 J
d) 1 J
e) 2 J

7. (UFF)- Um corpo de massa m, preso a um fio ideal, oscila do ponto P ao ponto S, conforme
representado na figura.

O ponto Q é o mais baixo da trajetória; R e S estão , respectivamente, 0,90 m e 1,80 m, acima


de Q. Despreze a resistência do ar, considere g = 10 m⁄s 2 encontre a velocidade do corpo
a uma altura de 0,2 m em relação ao solo.

48
a) 5,65 m/s
b) 6,18 m/s
c) 7,15 m/s
d) 6 m/s
e) 8 m/s

8. (UFV)- Um corpo de massa 3 kg é empurrado contra uma mola de constante elástica k


= 500 N/m, comprimindo-a 40 cm.

Ele é liberado e a mola o projeta ao longo de uma superfície horizontal que termina em
uma rampa inclinada conforme figura. Determine a altura máxima atingida considerando
após abandonar a mola o corpo percorra uma superfície rugosa , havendo uma perda de 15
% da energia mecânica do corpo do ponto de partida ao ponto mais alto atingido.

a) 9,96 m.
b) 1,13 m.
c) 0,48 m.
d) 0,84 m.
e) 1,60 m.

49
05
CONSERVAÇÃO DO MOMENTO
LINEAR E COLISÕES
UNIDADE

50
5.1 INTRODUÇÃO
Na Unidade anterior antes de resolver os exercícios deveríamos verificar se havia ou
não forças dissipativas para determinar a maneira pelo qual devemos resolver o exercício.
Agora vamos ter uma conduta semelhante vamos verificar antes de resolver os exercícios se
no caso estamos trabalhando com partículas, quando apenas um objeto tem liberdade de
movimento, ou quando estamos estudando um objeto isoladamente; ou sistemas, quando
mais de um corpo possui liberdade de movimento. Outra coisa energia é uma grandeza
escalar, impulso e quantidade de movimento ou momento linear, são grandezas vetoriais
então quando obtivermos resposta devemos mencionar módulo, direção e sentido.

5.2 MOMENTO LINEAR


O momento (ou movimento) linear é uma grande vetorial, que dentro do campo
de estudo da mecânica clássica é dado pelo produto da massa pela velocidade.
Matematicamente temos a equação (25):

Q= m�v
25
Onde:
• Q : quantidade de movimento ou momento linear (kg∙m/s)

A quantidade de movimento possui sempre a mesma direção e sentido da velocidade.


Um objeto em movimento possui quantidade de movimento, se aplicamos uma força
em um corpo em movimento vamos aplicar um impulso ao corpo, consequentemente
alteraremos a quantidade de movimento do corpo. Não necessariamente ao aplicar uma
força sobre um corpo vamos alterar o valor, módulo, da quantidade de movimento, por se
tratar de vetor se alterar a direção da quantidade de movimento estamos alterando o vetor
quantidade de movimento.
Ao se aplicar uma força sobre um corpo vamos imprimir um impulso nesse corpo,
o impulso tem mesma direção e sentido da força. O impulso causa uma variação da
quantidade de movimento do corpo. O cálculo do impulso é dado pela equação (26):

⃗I = F . ∆t = ∆q = q f − q 0
26

Onde:
• ⃗I : Impulso (N∙s)
• ∆t: intervalo de tempo (s)
• ∆q : variação de quantidade de movimento (kg∙m/s)
• q f : quantidade de movimento final (kg∙m/s)
• q 0 : quantidade de movimento inicial (kg∙m/s)

FIQUE ATENTO
m
Se ⃗I = ∆q, então N � s = kg.
s

51
Utilizamos as fórmulas apresentadas quando estamos estudando um corpo
isoladamente, ou seja, partículas. Vamos ao exemplo!

Exemplo:
Uma partícula tem uma quantidade de movimento q1 igual a 5,0 kg∙m/s e colide
contra um obstáculo, retornando com uma quantidade de movimento q2, também em
módulo, igual a 5,0 kg∙m/s. Determine o impulso que o obstáculo exerce sobre a partícula.

Observe atentamente o diagrama abaixo:

A quantidade de movimento de movimento da partícula manteve seu módulo


q 1 = 5 kg � m⁄s .A quantidade de movimento pode ser decomposta em horizontal e vertical,
e ambas as componentes terão o mesmo valor pois θ = 45° . Logo aplicando o conceito de
decomposição de vetores e da equação (25) temos:

q 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 = q � cos 45° = 5 � 0,71 = 3,55 kg � m/s


qℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 = q sen 45° = 5 � 0,71 = 3,55 kg � m/s
É fácil verificar que além do módulo da quantidade de movimento permanecer
constante, a componente vertical também não se alterou, mas o sentido da componente
horizontal foi alterado. Para mostrarmos que os vetores possuem sentidos opostos basta
colocá-los com sinal oposto, aqui vamos considerar o q f > 0 então q i < 0 pois possui sentido
contrário. Logo aplicando a equação (26):

⃗I = ∆q = q f − q 0 = 3,55 − −3,55 = 7,1 N � s

52
5.2.1 Sistema de partículas

Agora vamos tratar situações de mais de um corpo tem liberdade de movimento, um


sistema de partículas. Neste caso, avaliaremos o conjunto de partículas, (o sistema), onde
as partículas irão colidir entre si, alterando sua quantidade de movimento individualmente,
mas se desconsiderarmos as forças externas a quantidade de movimento do sistema
sempre permanecerá inalterada em módulo, direção e senti-do como mostra a equação
(27):

Q Totalantes = Q Totaldepois
27

Exemplos:
Vamos analisar o caso mais simples em que bolas de massas diferentes,
movimentando-se em sentidos opostos, após a colisão, se movimentam na mesma direção
e mesmo sentido mA = 4 kg , mB = 2 kg . Medindo os valores das velocidades antes e depois
da colisão, foram obtidos os seguintes valores experimentalmente. Partindo disso, calcule
a quantidade de movimento antes e depois da colisão.

Bola A Bola B
Antes da colisão v1A = 6 m/s v1B = − 4 m/s
Depois da colisão v2A = 1 m/s v2B = 6 m/s

Calculando a quantidade de movimento antes da colisão, considerando o sentido


para direita como positivo temos que:

Q Totantes = mA � v1A − mb � v1B = 4 x 6 − 2 x 4 = 24 − 8 = 16 kg � m⁄s

Observe que como os vetores quantidades de movimentos têm sentidos contrários


foi realizada a diferença entre os módulos dos dois vetores.
Calculando a quantidade de movimento depois da colisão:

Q Totdepois = mA � v2A − mb � v2B = 4 x 1 + 2 x 6 = 24 − 8 = 16 kg � m⁄s

FIQUE ATENTO
Quando a resultante das forças externas a um sistema for nula (0) a quantidade de movimen-
to de um sistema é constante.

Exemplo:
Uma sonda espacial de 1000 kg, vista de um sistema de referencial inercial, encontra-
se em repouso no espaço. Num determinado instante seu foguete propulsor é ligado e,
durante o intervalo de tempo de 5s,os gases são ejetados a uma rapidez constante, em
relação à sonda, de 5000 m/s. No final desse processo, com a sonda movendo-se a 20 m/s,
a massa aproximada de gases ejetados é de:

53
Primeiramente devemos tomar cuidado em não avaliar a situação como partículas,
estamos estudando um sistema (foguete + gases expelidos) então devemos seguir o
protocolo de sistema. Logo:

Q Totantes = Q Totdepois
Antes de serem expelidos os gases o foguete estava me repouso então:

Q Totalantes = 0 m⁄s
Com a partida do foguete o motor é acionado e os gases são expelidos. Partindo dos
dados informados no problema (Massa da sonda = 1.000 kg, intervalo de tempo para ejetar
o gás ∆t=5s e Velocidade da sonda 20 m/s.) temos que:

0 = msonda � vsonda − mgases � vgases


msonda � vsonda = mgases � vgases
1000 � 20 = mgases � 5000
20000 = 5000mgases

5.2.2 Tipos de colisão


Desconsiderando forças externas quando ocorrem colisões, essas são classificadas
em três categorias:

• Colisão elástica ou perfeitamente elástica, há conservação da energia cinética, após o


choque os corpos retornam a sua forma inicial, não há deformações permanentes.
• Já a Colisão inelástica, não há conservação da energia cinética, após o choque os corpos
ficam deformados.
• Por fim, a Colisão completamente inelástica, é o tipo de colisão onde não há
conservação da energia cinética, após o choque os corpos ficam grudados parados
ou em movimento.

Dentro do estudo da conservação do momento linear e das colisões, para s podemos


classificar as colisões em seus distintos tipo precisamos conhecer o coeficiente de restituição
e, dado pela equação (28):
velocidade relativa de afastamento ( depois)
e=
velocidade relativa de aproximação ( antes) 28
Com o valor do coeficiente de restituição, sendo:

• Colisão elástica ou perfeitamente elástica, e = 1


• Colisão inelástica, 0 < e < 1
• Colisão completamente inelástica, e = 0

54
Exemplo:
O gráfico abaixo representa as velocidades escalares de duas pequenas esferas, A
e B, que realizam uma colisão frontal (com faixa de duração em destaque no gráfico).
Determine:

a) o coeficiente de restituição entre A e B;


b) a relação entre as massas de A e B.

a. Interpretando o gráfico, observamos que nesse choque houve troca de velocida-


des entre as esferas, como mostra o diagrama abaixo:

Logo:

como e=1, A colisão é perfeitamente elástica.

b. Temos que Q Totalantes = Q Totaldepois , logo:

mA � 2 + mb � 0 = mA � 0 + mb � 2
2mA = 2mb
mA = mb

FIQUE ATENTO
Em todo choque frontal e perfeitamente elástico, entre partículas de massas iguais, ocorre a
troca de velocidades.

55
VAMOS PENSAR?
Na ausência de uma força externa, a quantidade de movimento de um sistema se mantém
constante. Mas, e quando ocorrem perturbações ao sistema devido a aplicação de forças ex-
ternas? Pense no assunto e discuta com seu tutor!

BUSQUE POR MAIS


Para se inteirar mais do assunto abordado nesta Unidade de seu livro você pode buscar mais
informações nas obras de Cutnell e Johnson (2016), Hewitt (2015), Matos (2015) e Nussenzveig
(2013). Todas disponíveis em Minha Biblioteca Virtual:

CUTNELL, J. D.; JOHNSON, K. W. Física. Tradução de André Soares de Azevedo, José


Paulo Soares de Azevedo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, v. I, 2016. Disponível em: https://bit.
ly/3mxyKZ8. Acesso em: 28. ago. 2020.

HEWITT, P. G. Física Conceitual. Tradução de Trieste Freire Ricci. 12. ed. Porto Ale-gre:
Bookman, 2015. Disponível em: https://bit.ly/2RLlG48. Acesso em: 28. ago. 2020.

MATOS, M. Física do Movimento: Observar, Medir, Compreender. 1. ed. Rio de Janei-


ro: Editora PUC-Rio, 2015. 224 p. Disponível em: https://bit.ly/2EmS0HI. Acesso em: 28.
ago. 2020.

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica 1. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Blun-cher,
2013. 393 p. Disponível em: https://bit.ly/3iPC7Z8. Acesso em: 28. ago. 2020

Além disso, você também pode consultar a playlist de vídeos do professor disponível
em: : https://bit.ly/35WWShU. Acesso em: 28. ago. 2020

56
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Uma granada m = 400 g é lançada horizontalmente, para a direita, com velocidade
constante de 20 m/s; após explodir a granada se parte em três partes A,B e C, de massas
mA = 50 g , mB = 150 g. Sabe-se que o pedaço A é lançado verticalmente para cima com
velocidade de 30m/s, o pedaço B é lançado verticalmente para baixo com velocidade vB e vC
vB e vC os módulos das velocidades vB e vC
e o pedaço C lançado para a direita com velocidade
,bem como a são respectivamente:

a) 10 m/s,40 m/s
b) 12 m/s,32 m/s
c) 8 m/s,14 m/s
d) 20 m/s,5 m/s
e) 6 m/s,16 m/s

2. Considere o esquema seguinte, em que , inicialmente ,tanto o homem e o carrinho estão


em repouso em relação à Terra. No local não há ventos e a resistência do ar é desprezível.
O carrinho é livre para se mover para a esquerda ou para a direita sobre trilhos horizontais,
sem atrito.

Num determinado instante, o homem sai do ponto A e dirige-se para o ponto B, movendo-
se na direção do eixo longitudinal do carrinho. Admitindo que ao chegar em B, o homem
para em relação ao carrinho, analise as proposições seguintes:

I. A quantidade de movimento total do sistema constituído pelo homem e pelo carrinho


é nula em qualquer instante.
II. Enquanto o homem dirige-se do ponto A para o ponto B, sua quantidade de movimento
é não-nula e oposta à do carrinho.
III. Ao atingir o ponto B, o homem para em relação ao carrinho e este por sua vez, para em
relação a Terra.
IV. Após a chegada em B , o sistema prossegue em movimento retilíneo e uniforme, por
inércia.

São corretas

a) apenas alternativa I.
b) apenas alternativas I e III.
c) apenas Alternativas, I, II e III.
d) todas alternativas estão corretas.
e) apenas alternativas II e III.

3. Uma bola de tênis, de massa 100 g e velocidade v1 = 20 m⁄s , é rebatida por um dos
jogadores, retomando com uma velocidade v2 de mesmo valor e direção de v1 ,=porém
20 m⁄s

57
de sentido contrário. Supondo que a força média exercida pela raquete sobre a bola foi de
100N, qual o tempo de contato entre ambas?.

a) 0,01 s
b) 0,02 s
c) 0,03 s
d) 0,04 s
e) 0,05 s

4. Considere uma bala de massa m = 8 g, representada na figura por uma seta, disparada
com uma velocidade v, cujo valor desejamos medir. Fazendo a bala incindir contra um
bloco de madeira de massa M, suspenso por um fio, a bala se engasta no bloco e o conjunto
sobe até uma altura h. Suponha que, em uma experiência, na qual m = 8 g e M = 2 kg,
tenha-se observado h = 20 cm . Determine a velocidade em que a bala foi disparada.

a) 400 m/s
b) 500 m/s
c) 600 m/s
d) 700 m/s
e) 800 m/s

5. Uma bola A, de massa 2,0 Kg, move-se sobre uma mesa lisa e horizontal, ao longo da reta
MN, com uma velocidade de 2,0 m/s. Ela colide obliquamente com uma bola B, de massa
10 Kg, inicialmente em repouso. Observa-se que após a colisão, a bola A move-se em uma
direção perpendicular a MN, conforme figura, com uma velocidade de 1,5 m/s. A velocidade
da bola B após a colisão é de

a) 0,5 m/s
b) 1,0 m/s
c) 1,5 m/s
d) 2,0 m/s
e) 2,5 m/s

6. Duas esferas de aço A e B, de mesma massa, estão sobre uma superfície horizontal lisa.
A esfera B inicialmente em repouso, é atingida obliquamente pela esfera A, que se movia
com velocidade de 2,0 m/s. Após a colisão, A passa a se mover com velocidade de 1,5 m/s,
formando um ângulo de 30º com a direção inicial. Determine a velocidade adquirida por B.

a) 0,93 m/s
b) 1,05 m/s
c) 1,86 m/s
d) 2,12 m/s
e) 2,98 m/s

7. Uma bola de massa igual a 0,40 kg foi jogada contra uma parede com velocidade

58
de 30 m/s, horizontalmente da direita para a esquerda , conforme figura, retornando
horizontalmente da esquerda para direita a 20 m/s. O impulso recebido pela bola é de

a) 8 N.s
b) 16 N.s
c) 20 N.s
d) 28 N.s
e) 34 N.s

8. Um bloco A de massa 5 kg e velocidade 2,0 m/s colide com um bloco B, m = 3 kg, que
está parado . Depois da colisão verifica-se que a velocidade do bloco A,1,0 m/s, é dada por
com uma direção que faz um ângulo de 30º com a direção inicial. Qual é a velocidade final
do bloco B ?

a) 1,04 m/s
b)2,06 m/s
c) 3,08 m/s
d) 4,10 m/s
e) 5,12 m/s

59
06
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL UNIDADE

60
“Olhem para as estrelas que elas ensinam.
Como as ideias do mestre podem nos alcançar. Cada
uma segue a matemática de Newton. Em silêncio ao
longo de seu caminho.”

Albert Einstein homenageando Isaac Newton

6.1 INTRODUÇÃO
O homem sempre olhou para o céu e se perguntou: o que tem lá? O que são aqueles
pontos brilhantes? A astronomia é uma das mais antigas ciências. Em várias etapas do
desenvolvimento da humanidade as estrelas e os corpos celestes sempre fascinaram as
pessoas, estando de fato a busca pela exploração e conhecimento do cosmos como um
dos motores que impulsionaram a evolução tecnológica da raça humana
A primeira teoria mais consistente para explicar os movimentos dos corpos ce-lestes
foram as leis de Kepler desenvolvida utilizando observações feitas por pelo as-trônomo
dinamarquês Tyco Brahe (1546-1601)

6.2 AS LEIS DE KEPLER


Johannes Kepler (1571-1630) foi um astrônomo e matemático alemão, sendo um
dos grandes pioneiros no estudo dos corpos celestes e o seu comportamento, tendo
este contribuído em muito para o estudo da mecânica celeste formulando suas três leis
conhecidas como as leis de Kepler.
A 1ª Lei de Kepler diz que qualquer planeta gira em torno do Sol, descrevendo uma
órbita elíptica, na qual o Sol ocupa um dos focos do movimento, como mostra a Figura:

Figura 20: Representação da 1ª Lei de Kepler


Fonte: Gouveia (2018, online)

A 2ª Lei de Kepler diz que A reta que une um planeta ao Sol “varre” áreas iguais em
tempos iguais. Isso implica que durante a orbita do planeta, que a velocidade do planeta
ao longo da sua trajetória orbital é diferente. Ou seja, esta é maior quando o planeta se
encontra mais próximo do seu periélio (menor distância entre o planeta e o Sol) e menor
quando o planeta se encontra próximo do seu afélio (maior distância do planeta ao Sol). A
Figura demostra o conceito da 2ª Lei de Kepler.

61
Figura 21: 2ª Lei de Kepler
Fonte: Gouveia (2018, online)

Se as áreas A1 e A2 são iguais e o tempo é o mesmo, significa dizer que em A1 o planeta


possui uma velocidade maior, a distância percorrida é maior que a distância percorrida em
A2, note que distância percorrida é diferente de área.
Por fim temos a 3ª e última lei de Kepler nos diz a relação diretamente proporcional
entre os períodos de revolução dos planetas (tempo de translação) e os raios médios de
suas órbitas ao redor do Sol. Matematicamente, a 3ª Lei de Kepler é dada pela equação (29):

29

Onde:
• T : período de revolução (em anos terrestres).
• r: Raio da órbita (unidade astronômica)

Planeta Período de Raio da


Revolução (T) orbita (r, u.a)

Mercúrio 0,214 anos 0,387 1,002


Vênus 0,615 anos 0,723 1
Terra 1 ano 1 1
Marte 1,8881 ano 1,524 0,999
Júpiter 11,86 anos 5,204 0,997
Saturno 29,6 anos 9,58 0,996
Urano 83,7 anos 19,14 1
Netuno 165,4 anos 30,2 0,993
Quadro 2 : Razão entre os quadrados dos períodos de translação dos planetas e os
cubos dos respectivos raios médios de suas órbitas
Fonte: Gouveia (2018, online)

FIQUE ATENTO
Essa simples fórmula da equação (29) é incrível, pois Kepler, não dispunha de recursos avança-
dos como radiotelescópios ou computadores a mão para desenvolver seus estudos. Tudo que
possuía eram as observações de Brahe para estabelecer uma equação que é válida até hoje!
As leis de Kepler são aplicadas a qualquer sistema solar.

62
6.3 GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
Sr. Isaac Newton (1642-1727), considerado por muitos como uma das maiores mentes
da história da ciência desenvolveu a Lei da Gravitação Universal, e o mesmo desenvolveu a
fórmula de atração entre as massas. Todos os corpos se atraem mutuamente, e essa força
de atração pode ser expressa com a equação (30) a seguir:
G�M�m
F=
r2 30
Onde:
• F : força de atração entre as massas (N)
• M: massa do corpo maior (kg),
• m: massa do corpo menor (kg),
• G: constante gravitacional, ( 6,67∙10-11N∙m2/kg2 )

Uma simples borracha, material escolar, atraí a Terra com a mesma força que a Terra
a atraí, lembre-se da terceira lei de Newton, apesar da diferença significativa das massas.
Os corpos sofrem atrações das massas que estão em suas proximidades, isso explica a
engrenagem do universo.

6.3.1 Movimento dos satélites

Figura 21: Raio da orbita entre a terra e lua


Fonte: Elaborado pelo autor (2020) com imagem do pixabay

Como dito anteriormente, tudo aquilo que possui massa no universo possui força de
atração. A força de atração das massas é a mesma que mantém os corpos em órbita, então
temos uma adaptação da equação (30) na forma da equação (31), onde r é o raio da órbita,
r=h+R:

G�M�m G�M�m
F= =
r2 h+R 2 31

63
A órbita elíptica é quase uma circunferência, e, a força que mantém um corpo em
órbita circular é a força centrípeta, dada pela equação (32):

32
Ambas as forças são representação de forças resultantes, então ambas são iguais
o que implica em F = Fc . Reorganizando temos equação (33) para calcular a velocidade
orbital de um satélite:

33

VAMOS PENSAR?
v é a velocidades de satélite para que ele se mantenha em órbita a uma altura h em relação
a Terra. Se o satélite mantiver uma velocidade inferior a calculada pela fórmula no decorrer do
tempo a satélite ira colidir na Terra. Se o satélite for colocado em órbita com uma velocidade
superior a calculada, ele sofrerá um desvio e não ficará em órbita na Terra. O interessante que
a massa do satélite não interessa para calcular a velocidade necessária para mantê-lo em
órbita.

A lei da gravitação universal também permite o cálculo da aceleração da gravidade


em cada altitude na Terra. A força de atração dos planetas sobre os corpos também é
chamada de força peso. Para isso podemos correlacionar a equação (30) com a equação
(18) vista na Unidade 4 para obter uma nova equação (34). Sendo 𝐹⃗ = 𝑃⃗ temos:

G�M�m
= m. g
r2

G∙M∙m
=g
r2 ∙ m
G∙M
g=
r2 34

Com a equação (34) podemos calcular a aceleração gravitacional em função da


altitude na Terra! Não é demais?

64
BUSQUE POR MAIS
Para se inteirar mais do assunto abordado nesta Unidade de seu livro você pode buscar mais
informações nas obras de Cutnell e Johnson (2016), Hewitt (2015), Matos (2015) e Nussenzveig
(2013). Todas disponíveis em Minha Biblioteca Virtual:

CUTNELL, J. D.; JOHNSON, K. W. Física. Tradução de André Soares de Azevedo, José


Paulo Soares de Azevedo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, v. I, 2016. Disponível em: https://bit.
ly/3mxyKZ8. Acesso em: 28. ago. 2020.

HEWITT, P. G. Física Conceitual. Tradução de Trieste Freire Ricci. 12. ed. Porto Ale-gre:
Bookman, 2015. Disponível em: https://bit.ly/2RLlG48. Acesso em: 28. ago. 2020.

MATOS, M. Física do Movimento: Observar, Medir, Compreender. 1. ed. Rio de Janei-


ro: Editora PUC-Rio, 2015. 224 p. Disponível em: https://bit.ly/2EmS0HI. Acesso em: 28.
ago. 2020.

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica 1. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Blun-cher,
2013. 393 p. Disponível em: https://bit.ly/3iPC7Z8. Acesso em: 28. ago. 2020

Além disso, você também pode consultar a playlist de vídeos do professor disponível
em: : https://bit.ly/2ZYfACf. Acesso em: 28. ago. 2020

65
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (UFV-MG) O peso de um corpo na superfície da Terra é de 40 N. Esse mesmo corpo pesa 8
N no interior de uma nave espacial, que se move sob ação da gravidade em torno da Terra.
Calcule a distância da nave ao centro da Terra no momento da pesagem, considerando o
raio da Terra R.

a) √3 R
b) √5 R
c) 3R
d) 4R
e) 5R

2. Um corpo de massa 100 kg encontra-se dentro de uma nave que está girando em torno
da Terra a uma altitude igual ao raio terrestre. (considerando g = 10 m⁄s 2 )

Determine o peso do corpo caso estivesse na superfície terrestre. (Considere a Terra


estacionária no espaço)

a) 250 N
b) 400 N
c) 600 N
d) 1000 N
e) 1600 N

3. (UFMG) Três satélites – I, II e III – movem-se em órbitas circulares ao redor da Terra.

• O satélite I tem massa m e os satélites II e III têm, cada


um, massa 2m.

• Os satélites I e II estão em uma mesma órbita de raio


r e o raio da órbita do satélite III é r/2.

Nesta figura (fora de escala), está representada a posição de


cada um desses três satélites:

Sejam FI , FII e FIII os módulos das forças gravitacionais da Terra sobre, respectivamente, os
satélites I, II e III. Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar que:

a) FI = FII < FIII .


b) FI = FII > FIII .
c) FI < FII < FIII .
d) FI < FII = FIII .
e) Nenhuma das alternativas.

66
4. (CEFET-PR) A Lei de Newton da gravitação universal diz: “Dois pontos materiais atraem-
se com forças cujas intensidades são proporcionais às suas massas e inversamente
proporcionais ao quadrado da distância entre eles. ” A intensidade dessa força gravitacional
é dada por F = G. m1.m2/d2 , onde “G” é denominada constante da gravitação universal.

Analise as afirmativas:
I. Se a distância entre duas massas for reduzida à metade, a força gravitacional entre elas
fica duas vezes maior.
II. O gráfico da força gravitacional em função da distância entre as massas é um arco de
parábola.
III. A fórmula dimensional da constante G é dada por L3 M–1 T 4 .

Sobre elas, podemos assegurar que

a) somente a afirmativa I está correta.


b) somente as afirmativas I e II estão corretas.
c) somente as afirmativas II e III estão corretas.
d) todas as afirmativas estão corretas.
e) todas as afirmativas estão incorretas.

5. (Lavras 2000) - O módulo da força gravitacional entre duas pequenas esferas iguais de
massa m, cujos centros estão separados por uma distância d, é F. Aumentando a separação
entre as esferas para 2d, qual será o módulo da força gravitacional entre elas?

a) 2F
b) F
c) F/2
d) F/4
e) 4F

6. Com relação às leis de Kepler, podemos afirmar que

a) não se aplicam ao estudo da gravitação da Lua em torno da Terra.


b) só se aplicam ao nosso sistema solar.
c) aplicam-se à gravitação de quaisquer corpos em torno de uma grande massa central.
d) contrariam a mecânica de Newton.
e) preveem a possibilidade de apenas órbitas circulares.

7. (OSEC-SP) A 2ª Lei de Kepler ( Lei das áreas) permite concluir que um planeta possui

a) maior velocidade quando se encontra mais longe do Sol.


b) maior velocidade quando se encontra mais perto do Sol.
c) menor velocidade quando se encontra mais perto do Sol.
d) velocidade constante em toda a trajetória.
e) velocidade variável, movimento sempre acelerado.

67
8. Dois corpos estão situados a uma distância r um do outro, atraindo-se com uma força de
intensidade 5N. Qual será a nova intensidade da força de interação entre eles se a massa
de ambos for triplicada.

a) 15 N
b) 30 N
c) 45 N
d) 60 N
e) 75 N

68
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO

UNIDADE 1 UNIDADE 2
QUESTÃO 1 D QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 A QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 A
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 A QUESTÃO 8 D

UNIDADE 3 UNIDADE 4
QUESTÃO 1 D QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 B
QUESTÃO 6 D QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 B

UNIDADE 5 UNIDADE 6
QUESTÃO 1 A QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 C QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 B
QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 C QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 C

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUTNELL, J. D.; JOHNSON, K. W. Física. Tradução de André Soares de Azevedo, José Paulo
Soares de Azevedo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, v. I, 2016.

GOLDEMBERG, J. Física geral e experimental. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora


Nacional, 1970. 525 p.

GOUVEIA, R. Leis de Kepler. Toda a Matéria, 2018. Disponível em: https://bit.ly/3iWijDv.


Acesso em: 30 ago. 2020.

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física: mecânica. 6. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2002.

HEWITT, P. G. Física Conceitual. Tradução de Trieste Freire Ricci. 12. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2015.

LUZ, A. M. R. D.; ALVARENGA, B. Física Ensino Médio. 1. ed. São Paulo: Scipione, v. I, 2006.

MATOS, M. Física do Movimento: Observar, Medir, Compreender. 1. ed. Rio de Janeiro:


Editora PUC-Rio, 2015. 224 p.

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica 1. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Bluncher, 2013.
393 p.

TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e


ondas, termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010. 759 p.

YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I, Sears e Zemansky: Mecânica. Tradução de Daniel


Vieira. 14. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016.

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graduacaoead.faculdadeunica.com.br

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