Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
IPATINGA
PRÁTICA PEDAGÓGICA
INTERDISCIPLINAR:
FUNDAMENTOS E
METODOLOGIA DA
ORIGEM E EVOLUÇÃO
DAS ESPÉCIES
1
PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR:
FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DA ORIGEM
E EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES
1ª edição
Ipatinga – MG
2020
2
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização
escrita do Editor.
3
Menu de Ícones
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo
aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles
são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um
com uma função específica, mostradas a seguir:
1
SUMÁRIO
01
1.1 MATÉRIA ........................................................................................................................8
1.2 ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA..................................................................................9
1.3 PROPRIEDADES EXTENSIVA DO SISTEMA X PROPRIEDADE INTENSIVA DO
SISTEMA .......................................................................................................................13
1.4 PROPRIEDADES ESPECÍFICAS DA MATÉRIA.............................................................14
1.4.1Densidade ................................................................................................. 14
1.4.2Cor ............................................................................................................... 15
1.4.3Dureza......................................................................................................... 15
1.4.4Brilho ............................................................................................................ 16
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................... 17
02
2.1 INTRODUÇÃO AS MISTURAS .....................................................................................22
2.2 MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS ...............................................................23
2.2.1 Decantação ............................................................................................ 23
2.2.2 Filtração .................................................................................................... 24
2.2.3 Sifonação ................................................................................................. 25
2.2.4 Flotação .................................................................................................... 26
2.2.5 Separação Magnética ......................................................................... 26
2.2.6 Centrifugação......................................................................................... 27
2.2.7 Evaporação ............................................................................................. 28
2.2.8 Destilação................................................................................................. 29
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................... 30
03
3.1 A IDEIA DE ÁTOMO .................................................................................................... 34
3.2 MODELO DE DALTON................................................................................................. 34
3.3 MODELO ATÔMICO DE THOMSON.......................................................................... 36
3.4 MODELO RUTHERFORD ..............................................................................................37
3.5 MODELO DE BOHR ..................................................................................................... 39
3.6 O ÁTOMO MODERNO ...............................................................................................40
3.6.1Orbital ......................................................................................................... 43
3.6.2 Configuração Eletrônica...................................................................... 44
3.7 LEI PERIÓDICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS ..........................................................48
3.7.1 Famílias ou Grupos ................................................................................. 51
3.7.2Períodos...................................................................................................... 52
3.7.3Classificação dos Elementos................................................................ 52
3.8 PROPRIEDADES PERIÓDICAS ....................................................................................54
3.8.1Raio Atômico ............................................................................................ 54
3.8.2Energia De Ionização ............................................................................. 55
3.8.3 Afinidade Eletrônica .............................................................................. 59
3.8.4 Eletronegatividade ................................................................................ 60
3.8.5 Demais Propriedades Periódicas ....................................................... 62
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................... 63
2
UNIDADE LIGAÇÕES QUÍMICAS ....................................................................67
04
4.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 67
4.2 LIGAÇÃO IÔNICA...................................................................................................... 69
4.2.1 Propriedades Físicas dos Compostos Iônicos ................................. 72
4.3 LIGAÇÃO COVALENTE ..............................................................................................73
4.3.1 Propriedades dos Compostos Moleculares ou Covalentes ....... 74
4.3.2 Ligação Covalente Coordenativa.................................................... 75
4.4 LIGAÇÃO METÁLICA ................................................................................................. 75
4.4.1Propriedades das Substâncias Formadas por Ligação Metálica
............................................................................................................................... 76
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................... 77
05
5.1 FORÇAS DE VAN DER WAALS OU DIPOLO INSTANTÂNEO – DIPOLO INDUZIDO80
5.2 DIPOLO – DIPOLO ...................................................................................................... 82
5.3 LIGAÇÃO DE HIDROGÊNIO ......................................................................................82
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................... 85
06
6.1 ÓXIDOS .......................................................................................................................90
6.1.1 Óxidos Neutros ........................................................................................ 91
6.1.2Óxidos Básicos .......................................................................................... 91
6.1.3Óxidos Ácidos ou Anidridos .................................................................. 92
6.1.4Óxidos Duplos ou Mistos ........................................................................ 92
6.1.5Óxidos Anfóteros...................................................................................... 92
6.1.6 Reação de Formação de um Óxido ................................................ 93
6.1.7 Nomenclatura de Óxidos..................................................................... 94
6.2 BASES OU HIDRÓXIDOS.............................................................................................96
6.2.1Reação de Obtenção de uma Base ................................................ 97
6.2.2Nomenclatura de Hidróxidos ............................................................... 97
6.3 ÁCIDOS .......................................................................................................................97
6.3.1Hidrácidos.................................................................................................. 98
6.3.2 Oxiácidos .................................................................................................. 98
6.4 SAIS ............................................................................................................................ 100
6.3.3 Nomenclatura de Sais......................................................................... 100
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................. 102
07
7.1 BIOQUÍMICA COMO CIÊNCIA E NO COTIDIANO............................................... 105
7.2 LIGAÇÕES E INTERAÇÕES MOLECULARES ............................................................ 107
7.3 Propriedades da água ........................................................................................... 110
7.4 ISOMERIA ÓTICA...................................................................................................... 112
Fixando o conteúdo ........................................................................................................ 115
3
UNIDADE ÁCIDOS NUCLEICOS ....................................................................119
08
8.1 Introdução................................................................................................................ 119
8.2 ESTRUTURA DOS ÁCIDOS NUCLEICOS................................................................... 119
8.3 ESTRUTURA DO RNA E DO DNA .............................................................................. 121
8.4 DUPLICAÇÃO DO DNA ........................................................................................... 125
8.5 TRANSCRIÇÃO DO DNA PARA RNA ...................................................................... 127
8.6 TRADUÇÃO DE RNA PARA PROTEÍNAS.................................................................. 130
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................. 133
09
9.1 ESTRUTURA................................................................................................................. 137
9.2 FUNÇÃO .................................................................................................................... 141
9.3 DESAMINAÇÃO........................................................................................................ 143
9.4 CICLO DA URÉIA ...................................................................................................... 145
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................. 148
10
10.1 ESTRUTURA................................................................................................................. 152
10.2 FUNÇÃO .................................................................................................................... 155
10.3 CINÉTICA ENZIMÁTICA............................................................................................ 158
10.4 INIBIÇÃO ENZIMÁTICA............................................................................................ 160
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................. 163
UNIDADE CARBOIDRATOS............................................................................167
11
11.1 ESTRUTURA................................................................................................................. 167
11.2 FUNÇÃO .................................................................................................................... 175
11.3 GLICÓLISE ................................................................................................................. 179
11.4 FERMENTAÇÃO......................................................................................................... 182
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................. 184
12
12.1 Introdução................................................................................................................ 187
12.2 LIPÍDEOS DE ARMAZENAMENTO ............................................................................ 187
12.3 LIPÍDEOS CONSTITUINTES DE MEMBRANAS BIOLÓGICAS................................... 190
12.4 ESTRUTURA DAS MEMBRANAS BIOLÓGICAS ........................................................ 194
12.5 CICLO DE LYNEN ...................................................................................................... 197
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................. 202
13
13.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 206
13.2 CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO .................................................................................... 206
13.3 CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS ........................................................... 210
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................. 216
REFERÊNCIAS.................................................................................221
4
INTRODUÇÃO
Os fenômenos químicos são conhecidos há muito tempo atrás. Existem registros
do domínio do fogo pelo homem, das mumificações no Egito antigo, da produção
de vinho no Império Romano bem como a fundição de metais e formação de ligas
5
metálicas de interesse na época para produção de vasilhames e armas de guerra.
Ficou registrado também a alquimia, que foi uma grande contribuição à química
como ciência, embora a alquimia por não utilizar o método científico não pode ser
considerada uma ciência. Também não podemos deixar de destacar as
contribuições de Paracelso na Iatroquímica. No entanto toda ciência só pode ser
considerada assim se empregar o método científico, foi no século XVIII que com a
introdução do método científico e influenciada pelos trabalhos de Lavoisier que a
química se firma como uma Ciência Moderna. No entanto, o que é a química?
Como um conceito geral podemos dizer “química é a ciência que estuda a
matéria, suas transformações e suas interações bem como a aplica”. A química é a
ciência que estuda a matéria do ponto de vista microscópico, as interações das
partículas bem como suas transformações tal como um sólido passando para o
estado líquido ou um material que se transforma em outro ao sofrer uma reação
química.
Existe um pré-conceito com o conhecimento químico. Uma pessoa quando
quer se referir a um alimento com muito conservante diz assim, isso faz mal, tem muita
química, ou quando uma pessoa observa uma região poluída por uma indústria diz
que isso foi a química que fez. Mas em contrapartidas, as pessoas não se referem aos
inúmeros benefícios que a química é responsável no nosso organismo ou tem trazido
nos dias atuais na produção de medicamentos, alimentos, cosméticos, produtos de
limpezas, combustíveis e óleos lubrificantes entre outros inúmeros casos, nos quais a
vida moderna já não tem com existir sem eles.
A química se divide de uma forma geral em Química Inorgânica, Química
Orgânica e Físico-Química. Para entendermos de uma maneira simples podemos
dizer que a inorgânica estuda os compostos iônicos ou covalentes sem cadeia
carbônica como exemplos os sais, minerais, óxidos tais como minério de ferro e os
materiais metálicos. Já a Química Orgânica estuda os compostos do carbono. A
exemplo temos as moléculas constantes no nosso organismo como as proteínas,
gorduras, vários medicamentos, plásticos e pesticidas. Já a físico-química se ocupa
em estudar as variações de energia que ocorre nos fenômenos físico e químicos com
as moléculas ou compostos inorgânicos ou moléculas orgânicas, como exemplo
podemos citar a velocidade de uma reação química, a espontaneidade de uma
reação (se ela ocorre espontaneamente ou precisa ser forçada) e as interações com
6
a radiações no ambiente.
Cada área possui uma importância enorme dentro do universo da química,
pois é com o somatório das três que possibilitamos hoje presenciar o atual estágio de
avanço da química a exemplo realizar a produção de compostos nanotecnológicos
ou “inteligentes” no qual apresentam uma eficiência muito maior se comparado os
compostos não nanotecnológicos. Podemos observar na Figura 1 a manipulação das
substâncias em um laboratório químico.
7
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIDADE
1.1 MATÉRIA
01
A matéria pode ser definida de uma forma clássica como “Tudo que possui
massa e ocupa lugar no espaço’, mas e agora se nos perguntarmos, o que é a
matéria do ponto de vista da química? Todos os materiais apresentam o mesmo
ponto de fusão? Respondendo às perguntas começando pela segunda, óbvio que
não, um material que apresenta composição diferente do outro e apresenta ponto
de fusão diferente. Então chegamos a uma conclusão que a composição faz
apresentar diferentes pontos de fusões.
Podemos dizer que o ponto de fusão afere uma propriedade do material que
é a capacidade de separar suas partículas. Então começamos a responder a
primeira pergunta também, a matéria do ponto de vista químico é um conjunto de
partículas sendo que as partículas podem ser átomos, moléculas ou íons que são
arranjadas ou organizadas a uma determinada distância, no popular uma partícula
pode ficar longe ou mais perto da outra ao se organizar ou compor o material, e de
acordo com as forças que chamamos de interação que estão unindo as partículas
do material fazem elas ficarem mais perto ou mais longe e também definem o quanto
de energia (calor) elas precisam para se distanciar é que define o ponto exato de
fusão como acima mencionamos, assim cada material tem o seu ponto de fusão já
que se as partículas são diferentes, as interações também são diferentes podendo ser
mais forte ou mais fraca e assim necessita de mais energia (calor) para realizar tal
processo. Tudo isso explica porque diferentes materiais possuem diferentes
propriedades, pois a composição define tudo no material, qual seu ponto de fusão
ou ebulição, se é sólido, líquido ou gasoso a temperatura ambiente, se é mais duro
ou mais mole, se possui rigidez ou elasticidade, se possui cheiro ou não ou qual cor
vai apresentar.
Podemos então dizer que estudar as propriedades dos Materiais é de suma
importância para entendermos seu comportamento, prevermos suas transformações
ao ser submetido a um processo e realizar a aplicação de seu uso em uma
determinada função tecnológica. Assim podemos ver fotos de diversos materiais na
8
Figura 2.
A matéria possui basicamente três estados físicos, sendo eles o estado sólido,
líquido e gasoso. O estado sólido é marcado pelo momento em que as partículas de
um determinado material estão no estado de maior proximidade e organização (ou
baixa grau de liberdade). Assim as interações (forças) existentes entre as partículas
são fortes e estão prevalecendo sobre a energia cinética total das partículas (energia
cinética é a energia ligado ao grau de vibração, ou seja, a velocidade no qual as
partículas se movimentam) e assim as partículas ficam com pouca vibração se
comparado a outros estados e podem assim ficar mais próximas e organizadas. Uma
marca do estado sólido é a forma e volume definidos, como exemplo podemos citar
ao encher um copo de gelo, o gelo não ocupa todo o volume do copo porque sua
forma é rígida e não se deforma de acordo com a forma do copo, ou seja, o gelo
tem forma definida e cada cubo tem um determinado volume.
O Estado Líquido é o estado no qual a energia cinética se comparado ao
estado sólido foi aumentada e as interações (forças) já não conseguem manter as
partículas tão próximas quanto no estado sólido. É importante destacar que ainda
existe interação já que a interação é de natureza eletrostática a distância interfere
na sua intensidade, mas o que faz as partículas se afastarem e vencer a interação é
a energia cinética. Assim o estado líquido possui uma organização não uniforme
como no estado sólido e as partículas encontram-se um pouco mais distante do que
9
no estado sólido. Uma marca do estado líquido é que ele possui volume, mas não
forma definida, a exemplo podemos citar ao encher um copo de água, a água
ocupa o volume do copo, mas adquire também a forma do copo assim
preenchendo todo o volume do copo.
O estado gasoso é o estado de maior energia cinética se comparado aos
estados anteriores, assim as partículas estão tão distantes que se avaliado a pressão
atmosférica a interação entre as partículas é praticamente nula. Quanto mais longe
menor a interação entre as partículas. A falta de interação entre as partículas faz
com o estado gasoso seja o estado de menor organização entre as partículas. Uma
marca do estado gasoso é que ele não possui forma definida e que por simples
difusão ele ocupa o volume do recipiente que se encontra. A exemplo do cotidiano
temos as fragrâncias de perfume que são compostos voláteis, assim ao passar para
o estado gasoso as pessoas sentem o cheiro a uma determinada distância da pessoa
devido a simples difusão.
10
passagem do estado líquido para o estado gasoso. Também existe a evaporação
que passa do líquido para o gasoso, mas é uma passagem lenta sem atingir o ponto
de ebulição. A Figura 3 também mostra o caminho contrário quando o material e
resfriado, assim a passagem do gasoso para o líquido que é a liquefação ou
condensação e a passagem do líquido para o sólido que é a solidificação. Ainda
existe uma passagem direta do sólido para o líquido ou do líquido para o gasoso que
é denominada sublimação.
Quando temos um material puro, temos apenas um tipo de interação entre as
partículas, no entanto no momento de quebra das interações a energia cinética já
chegou ao máximo, por isso as interações estão sendo quebradas e as partículas
separadas. A temperatura é por definição a média da energia cinética das partículas
(sua vibração), assim se não há aumento da energia cinética, a temperatura de uma
substância pura durante a passagem de estado físico permanece constante. Então
vem a pergunta, para onde vai o calor que o material está absorvendo? Já que o
calor não é convertido em energia cinética, ele é convertido em função trabalho
para quebrar e separa as partículas do material fazendo como que ele passe do
estado de agregação sólido para o estado de agregação líquido. Ao término de
toda a passagem se continuar fornecendo calor ao líquido as partículas voltam a
aumentar sua energia cinética até o ponto novamente em que inicia a quebra das
interações do estado líquido. Quanto mais forte o tipo de interação (iônica, ligação
de hidrogênio ou Van Der Waals) maior a quantidade de calor necessário. Assim
ocorre o mesmo fenômeno, e durante a passagem do estado líquido para o gasoso
de uma substância pura a temperatura permanece constante conforme podemos
conferir na Figura 4.
11
Já uma mistura possui comportamento diferente. Durante a mudança de
estado físico a temperatura não permanece constante. A explicação vem que ao
compor a mistura com mais de uma substância durante a fusão ocorre a função
trabalho, mas como existe no sistema outras substâncias com ponto de fusão maior
ocorre também aumento de energia cinética, e se aumenta vibração aumenta a
temperatura. A mesma situação ocorre na passagem do estado líquido para o
estado gasoso.
Observe na Figura 4 que durante as transições de estado físico não ocorre variação de
temperatura. Já na Figura 5 as passagens de estado físico não são constantes que se
refere a uma mistura.
12
azeotrópica.
Figura 6: Gráfico de uma mistura eutética (esquerda) e de uma mistura azeotrópica (direita)
13
Uma variável que depende do tamanho do sistema é uma variável extensiva
do sistema, ou seja, como exemplo podemos citar a massa de cloreto em uma
piscina de um clube. Se sabemos a concentração é só multiplicar pelo volume e
achamos a massa, caso a piscina tenha um maior volume na mesma concentração
a massa será maior, ou seja, a massa depende da extensão do sistema. Já uma
variável intensiva é aquela que não depende do tamanho do sistema, ao exemplo
anterior seria a concentração, pois qualquer amostra que for coletada em qualquer
porção da piscina a concentração será a mesma.
1.4.1 Densidade
m
D= (1)
v
14
ver um pedaço de isopor e um pedaço de ferro. É notório que pedaços de mesmo
tamanho e mesmo volume dos dois materiais se forem medidos sua massa em uma
balança, o ferro possui uma massa maior. Isso ocorre devido o ferro ter seu interior
menor teor de espaço vazio.
Quando mergulhamos materiais de diferentes densidades em um meio fluido,
se o material tem menor densidade que o fluido, o material vai boiar sobre o fluido, e
se, o material tiver maior densidade que o meio fluido o material vai afundar. Como
exemplo temos o óleo de mamona que tem densidade 0,951 g/cm3a 20°C, já a água
possui densidade 0,998 g/cm3 a 20°C., no entanto se adicionarmos o óleo a água, o
óleo ficará sobrenadante ou boiando na água. Isso deve-se ao óleo possuir menor
densidade. Já a densidade do chumbo é 11,34 g/cm3 a 20°C. Se adicionarmos um
pedaço de chumbo a um copo d’água o chumbo vai afundar. Isso se deve ao
chumbo ter maior densidade que a água. Alguns vão se perguntar o motivo de fixar
a temperatura para densidade. Isso se deve ao fato de que os materiais possuem
capacidade de se dilatar ou seja aumentar de volume com a variação da
temperatura. Assim ao alterar o volume altera a densidade. No entanto o correto é
comparar todos à mesma temperatura.
1.4.2 Cor
1.4.3 Dureza
15
sua dureza, assim a dureza também pode ser um critério de análise e seleção dos
materiais.
1.4.4 Brilho
Você sabia que existe um quarto estado da Matéria? Não? Então entre na rede mundial
de computadores, selecione um buscador como Google, SciELO e outros e pesquise sobre
o tema. Aproveite e assista o vídeo no sobre o tema. Disponível em: https://bit.ly/2NH31V8.
Acesso em: 01 fev. 2020.
Descubra qual é o quarto estado da matéria. Após chegar a uma conclusão você irá
produzir um relatório explicando como é a nível molecular o quarto estado da matéria em
no mínimo uma folha. Bom trabalho e bora buscar conhecimento!
16
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (MACKENZIE-SP) Dos três estados de uma substância, a que possui menor energia
cinética é o estado ________, cuja característica é apresentar ________.
Os termos que preenchem corretamente as lacunas são:
17
a) pressão osmótica do iodo.
b) sublimação do iodo.
c) fusão do iodo.
d) decomposição do iodo.
e) alta reatividade química do iodo.
18
e) N.D.A
19
b) A substância A não é uma substância pura.
c) A temperatura de ebulição da substância A é 41 ºC.
d) A faixa de temperatura em que a substância permanece líquida é 25 – 182 ºC.
e) Em 25 ºC, a substância é um líquido.
a) O clorofórmio a 70 ºC é gasoso.
b) A 85 ºC, o hidróxido de sódio é sólido.
c) A 25 ºC, duas das substâncias são líquidas.
d) A substância mais volátil é o clorofórmio.
e) A 1500 °C o hidróxido de sódio é sólido
8. (UFPI) Em uma cena de um filme, um indivíduo corre carregando uma maleta tipo
007(volume de 20 dm3) cheia de barras de um certo metal. Considerando que um
adulto de peso médio (70 kg) pode deslocar com uma certa velocidade, no
máximo, o equivalente ao seu próprio peso, indique qual o metal, contido na
maleta, observando os dados da tabela a seguir.
(Dado: 1 dm3 = 1L = 1 000 cm3.)
20
a) Alumínio.
b) Zinco.
c) Prata.
d) Chumbo.
e) Ouro.
21
MISTURA Erro!
Fonte de
referênci
a não
2.1 INTRODUÇÃO AS MISTURAS
encontra
da.
No nosso cotidiano lidamos com misturas o tempo todo. A natureza nos
fornece a matéria misturada e somos nós que desenvolvemos tecnologias para
separar as substâncias e utilizar as substâncias com maior eficiência em processos
tecnológicos. Assim uma mistura é o conjunto de duas ou mais substâncias juntas.
Como exemplo de misturas temos a água mineral que tem água (H 2O) e os
minerais como Na+, Ca2+, K+ entre outros, os refrigerantes que tomamos, o Ar que está
na atmosfera que contêm vários gases dentre vários outros exemplos que podem ser
citados.
As misturas podem ser classificadas em dois tipos básicos. Misturas
Homogêneas e Misturas Heterogêneas.
As misturas Homogêneas são aquelas que possuem apenas uma fase ao ser
analisado o sistema de estudo. Exemplo: Se for produzido uma mistura de água com
álcool, no recipiente só irá ser observado uma fase. Assim a mistura é denominada
homogênea pois olhando parece todas as partes do sistema são iguais sem existir
diferença. Do ponto de vista Físico-Químico, uma mistura homogênea possui suas
propriedades iguais em qualquer parte do sistema, ou seja, se selecionarmos
qualquer parte da solução de água e álcool e testarmos encontraremos as mesmas
características. Abaixo a Figura 8 mostra uma mistura homogênea.
22
As misturas Heterogêneas são aquelas que possuem duas ou mais fases ao ser
analisado o sistema de estudo. Como exemplo podemos citar se for misturado água
com óleo, devido a apolaridade do óleo e a polaridade da água o óleo não irá se
misturar com a água. O óleo fica por cima boiando devido a sua menor densidade
como vimos no capítulo anterior e a água por baixo devido ter maior densidade. O
sistema é uma mistura pois satisfaz o critério de ter no mínimo duas substâncias juntas,
pode ter mais, mas nesse caso tem apenas duas. Ao observarmos o óleo em cima
ele será uma fase em nossa observação e a água em baixo será outra fase. Assim o
sistema apresentará duas fases. Todo sistema que apresenta duas ou mais fases é
classificado como heterogêneo. Do ponto de vista físico-químico o sistema não possui
as mesmas propriedades em toda a sua extensão. Caso retirarmos uma amostra
somente da primeira fase e analisarmos iremos encontrar somente óleo, e se retiramos
da segunda fase, iremos encontrar somente água. No entanto as propriedades de
cada parte do sistema são diferentes o que caracteriza um sistema como
heterogêneo.
Como foi dito acima, uma substância polar não se mistura com uma apolar, já
as substâncias polares dissolvem ou solubilizam as polares e as apolares solubilizam as
apolares, assim na química foi criado o seguinte ditado “ Semelhante dissolve
semelhante, já os diferentes não se dissolvem entre si”.
2.2.1 Decantação
23
Figura 9: Esquema de decantação
Para saber mais sobre o uso da decantação no tratamento da água veja vídeo da SABESP
sobre o tratamento de água. Disponível em: Link: https://bit.ly/2VbWcyA. Acesso em: 06
fev. 2020.
2.2.2 Filtração
24
Figura 10: Esquema de filtração
2.2.3 Sifonação
25
2.2.4 Flotação
26
Figura 13: Esquema de separação magnética
2.2.6 Centrifugação
27
2.2.7 Evaporação
28
2.2.8 Destilação
29
FIXANDO O CONTEÚDO
2. (UFES) Na perfuração de uma jazida petrolífera, a pressão dos gases faz com que
o petróleo jorre para fora. Ao reduzir-se a pressão, o petróleo bruto para de jorrar
e tem de ser bombeado. Devido às impurezas que o petróleo bruto contém, ele é
submetido a dois processos mecânicos de purificação, antes do refino: separá-lo
da água salgada e separá-lo de impurezas sólidas como areia e argila.
a) decantação e filtração.
b) decantação e destilação fracionada.
30
c) filtração e destilação fracionada.
d) filtração e decantação.
e) destilação fracionada e decantação
São corretas:
a) apenas I e II.
b) apenas I, II e IV.
c) apenas III e V.
d) apenas II, III e V.
e) apenas I, II, III e IV.
a) destilação simples.
b) titulação.
c) condensação.
d) destilação fracionada.
e) filtração simples.
5. (UFJF) Em geral, as águas dos rios que cortam as regiões metropolitanas são
poluídas. Esse fato ocorre principalmente devido ao lançamento de esgoto
31
doméstico e rejeitos industriais diretamente nos rios. Considere as afirmativas
abaixo:
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) II e IV.
e) I e III.
32
7. (UEBA) A obtenção industrial do oxigênio (PE = –183ºC) e do nitrogênio (PE = –
196ºC) é feita por destilação fracionada do ar. Comprimindo-se o ar fortemente e
resfriando-o até aproximadamente 200ºC abaixo de zero ele se liquefaz. Então se
destila o ar líquido.
a) evaporação.
b) destilação.
c) filtração.
d) centrifugação.
e) sedimentação.
33
ESTRUTURA DA MATÉRIA Erro!
Fonte de
referênci
3.1 A IDEIA DE ÁTOMO a não
encontra
A ideia de átomo surgiu na Grécia antiga por um filósofo chamado Demócrito.
da.
Demócrito disse que ao se dividir um material chegaria a ponto em que ele se tornaria
indivisível. Assim em grego tomo é divisível e o A vem da negação, chamando então
de Átomo, o indivisível. Demócrito não propôs um modelo atômico, ele apenas
propôs uma ideia, até porque para ser um modelo, precisa de ser baseado no
método científico. Também não se conhecia muitas particularidades da menor
partícula da matéria.
Por Volta de 1808, John Dalton um hábil químico e estudioso das diversas áreas
das ciências se propôs explicar algumas leis que já estavam enunciadas e não
podiam ser explicadas a nível molecular. Uma das leis é a lei da conservação da
massa de Lavoisier que já tinha sido enunciada e comprovada a nível macroscópico
em 1785, assim era necessário já que o enfoque da química é o nível molecular, de
uma explicação microscópica. Assim Dalton baseou na lei de Lavoisier e nas
proporções constante de Proust para enunciar o primeiro modelo atômico.
34
5. Os átomos são indivisíveis e indestrutíveis.
6. Os átomos são neutros.
35
Figura 19: Reação Química com modelo molecular de Dalton
36
elétrons negativos, os elétrons eram as passas nesse modelo conforme podemos ver
na Figura 20.
No final do século XIX, Rutherford descobriu que as partícula alfa são apenas os núcleos
do hélio, (segundo elemento da tabela periódica). Portanto, seu núcleo contém dois
prótons. Para manter o equilíbrio do núcleo, dois nêutrons devem ser colocados juntos.
Portanto, partículas alfa ou núcleos de hélio contêm dois prótons e dois nêutrons e têm as
seguintes características:
Massa de repouso: 6,64 ∙ 10 kg
Massa de repouso em unidades de massa atômica: 4,0026 u (u = 1,66 ∙ 10 kg)
Carga elétrica: +3,20 ∙ 10 kg
Razão carga/massa: +4,82 ∙ 10 C/kg
Disponível em: https://bit.ly/3o8Z5Nf. Acesso em: 07 fev. 2020 (Adaptado).
37
um pequeno ofício orientado a incidir em uma finíssima placa de ouro. Após a placa
de ouro, foi colocado um material fotográfico de sulfeto de zinco (ZnS) para registrar
caso a radiação incidente na placa de ouro atravessasse. Já que a radiação alfa
possui massa conforme podemos ver no Box Fique atento acima e também é positiva
Rutherford realizou o experimento com o objetivo de entender a estrutura interna dos
átomos.
Por que Rutherford usou o ouro e não outro metal? Faça uma pesquisa e em seguida
discuta com seu tutor.
38
circular em torno do núcleo sendo muito maior que o núcleo, o átomo era vazio e
não preenchido como na visão de Thomson. Assim o modelo ficou conhecido como
planetário por se associar ao sistema solar como também podemos observar na
Figura 21 acima.
Bohr submeteu uma ampola de vidro contendo gás hidrogênio a uma grande
descarga elétrica e assim foi emitido uma luz. A luz emitida foi colimada por uma
lente e incidida em um prisma. Bohr então registrou um chapa os comprimentos de
onda emitidos e assim pela primeira vez registrou o espectro de linha de um elemento
químico. Podemos ver na Figura 22 um experimento semelhante.
39
O que é um espectro de linha?
Faça uma pesquisa e discuta o resultado com seu tutor. Vamos lá construir a
aprendizagem, não fique parado!
40
do átomo. Uma grande contribuição entro da mecânica quântica além da
proposição de Max Planck e da explicação do efeito fotoelétrico por Albert Einstein
já citado anteriormente, foi o princípio da incerteza de Heisenberg. O princípio da
Incerteza trata do nível de precisão para se medir um sistema quântico. Para
entendermos o princípio da incerteza vamos analisar dois sistemas não quânticos,
mas apenas por semelhança didática. Sistema I: um copo com água e Sistema II:
uma gota de orvalho em uma planta pela manhã de um dia frio. Agora vamos medir
a temperatura dos dois sistemas empregando um termômetro tradicional. Imagine o
termômetro no copo, obviamente o termômetro vai passar um pouco de calor ou
retirar um pouco de calor da água ao entrar em contato e estabelecer equilíbrio
térmico, mas devido ao tamanho do sistema essa alteração não trará um desvio
muito grande na temperatura da água ao fazer a leitura final da temperatura da
água no copo. Agora, imagine à medida da gota de orvalho, a ponta do
termômetro toca a gota de orvalho que é quase do mesmo tamanho ou menor que
a ponta do termômetro, assim a temperatura final da leitura será bem diferente da
real da gota de orvalho antes do termômetro tocar. Ou seja, um sistema menor sofre
interferência devido a medida, quanto menor, ao medir a medida interfere no
resultado.
Em um átomo, é mais importante conhecer sobre a energia do elétron do que sobre sua
posição ou velocidade. Assim o princípio da incerteza nos induz a pensar que ao medir
sua posição altera-se sua velocidade e ao medir sua velocidade altera-se sua posição
devido o sistema ser microscópico.
41
Henry G. I. Moseley, em 1914, determina os números atômicos para os
elementos. Número atômico é a carga nuclear ou número de prótons
existentes no núcleo de um átomo.
Louis de Broglie, em 1924, propõe a natureza dual do elétron, ou seja, o
elétron apresentando comportamento de partícula e de onda.
Erwin Schrödinger, em 1926, propõe uma equação de onda para o elétron.
Werner Karl Heisenberg, em 1927, propõe o princípio da incerteza que
abordamos logo acima: Não é possível determinar, simultaneamente, a
posição ou velocidade do elétron.
James Chadwick, em 1932, descobre mais uma partícula nuclear: O nêutron
– partícula sem carga e com massa próxima à do próton.
Assim podemos dizer que o átomo que conhecemos hoje possua duas regiões
distintas, a primeira é o núcleo onde ficam concentrados todo a massa do átomo
com os prótons e os nêutrons, e a segunda é a eletrosfera onde contêm os elétrons.
Assim um átomo vai ser neutro quando o número de partículas positivas for igual ao
de partículas negativas, ou seja, o número de prótons (prótons são positivos) que
ficam no núcleo forem iguais ao de elétrons (elétrons são negativos) que ficam na
eletrosfera. O número de prótons, ou seja, a carga do núcleo, é denominado número
atômico e representado pela letra Z.
42
“Trocando em miúdos” podemos dizer que o número atômico caracteriza um átomo de
um elemento e o diferencia de outro.
= + (2)
Assim já que os elétrons não possuem massa eles não entram na equação (2).
Na representação de um elemento, usamos a seguinte forma:
Sendo X o símbolo do elemento então AZX assim A é representado em a cima
sobrescrito e z embaixo sobrescrito.
É importante destacarmos que o número de massa não é a massa do átomo.
Isso apenas representa a soma dos números de prótons e nêutrons que se encontram
no núcleo.
3.6.1 Orbital
43
e também energia definida.
No modelo quântico, o giro do elétron ao redor do núcleo não ocorre na forma
de órbita, seja ele qual for (circular ou elíptica), o giro ocorre em uma região que
denominamos de orbital.
Neste diagrama, possuem sete níveis de energia como podemos ver, variando
assim de 1 a 7. Os níveis são divididos em subníveis. Os subníveis são representados
pelas letras, e os quatro principais são s, p, d e f que vem do inglês Sharp, Principal,
difuse e fundamental. Como o subnível é preenchido por elétrons, dentro de cada
um existe um número máximo de elétrons permitido que são conforme a tabela:
44
Tabela 3: Subníveis
Subnível Número máximo de elétrons Representação
S 2 s2
P 6 p6
D 10 d10
F 14 f14
Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)
1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10, 4p6, 5s2, 4d10, 5p6, 6s2, 4f14, 5d10, 6p6, 7s2, ....
a) 1H
configuração: 1s2
b) 7N
c) 9F
45
configuração: 1s2, 2s2, 2p5
d) 17Cl
e) 28Ni
Cátion:
Ânion:
46
Ao adicionar um elétron: fica então 17 prótons e 18 elétrons.
a) 11Na+
b) 17Cl-
c) 26Fe2+
d) 26Fe
3+
e) 16S-2
47
Ao comparáramos os elementos químicos temos quatro situações que são:
Isótopos, Isóbaros, Isótonos e Isoeletrônicos, vejamos os conceitos de cada um.
48
corpo era capaz de levar a fusão do pedaço de gálio que estivesse na mão. Mais
para frente a tabela foi aperfeiçoada já que inicialmente ela foi proposta em ordem
crescente de massa atômica, Henry Mosley um químico novo e fantástico que morreu
em combate de guerra, realizou estudos como raio X e percebeu que ao interagir o
raio X com os elementos cada elemento emitia uma frequência diferente e isso
estava associado ao núcleo do elemento. Assim ficou consolidado que o número
atômico é que define o elemento químico, ou seja, o número de prótons no núcleo
do átomo é que define o elemento, assim um núcleo, com um próton é o Hidrogênio,
com dois prótons ai já é o Hélio e se quebrarmos o núcleo do hélio em dois núcleos
cada um com um próton ai se formam dois átomos de hidrogênio. Podemos ver a
representação atualizada da tabela periódica na Figura 23.
O tipo de elemento químico é definido pelo seu número de prótons, e não sua massa,
como exemplo temos o carbono que possui Z = 6 ou seja 6 prótons, mas podemos ter o
carbono de massa 12 e massa 14. O que difere sua massa é o número de nêutrons que
não interfere na definição do elemento químico. Quando dois elementos possuem mesmo
número de prótons e diferente número de nêutron denominamos que são isótopos.
49
Figura 23: Tabela Periódica atualizada IUPAC
50
3.7.1 Famílias ou Grupos
Assim podemos concluir que um elemento que está no estado fundamental e possui o
mesmo número de elétrons que outro na última camada ele possui as mesmas
propriedades e por isso estão na mesma família.
Algumas famílias possuem nomes que estão relacionadas a sua origem e que
por alguma situação cultural ficou assim conhecidas:
51
Figura 24: Classificação de famílias e elementos
3.7.2 Períodos
Exemplo:
7N: então se é igual a 7, sua distribuição eletrônica considerando que está
neutro (número de prótons igual ao número de elétrons) é 1S 22S22P3.
Assim o nitrogênio possui o nível 1S2 preenchido e nível 2S22P3 não totalmente
preenchido. Como possui dois níveis então se encontra no segundo período da
tabela periódica, ou seja, na segunda linha horizontal de cima para baixo. Já um
elemento que está no quarto período possui quatro níveis energéticos.
52
eletropositivo. Os metais são a maioria dos elementos da tabela periódica. Os
Ametais ou não metais possuem muitos elétrons no último nível energético, assim
precisam ganhar poucos elétrons para adquirir estabilidade e ao ganhar se tornam
negativos, assim ou elementos que possuem elevada eletronegatividade (iremos
abordar ainda nesse capítulo) são ametais, são a minoria na tabela periódica e
iniciam na família 3A apenas o Boro, pegam alguns da família 4A , 5A , 6A e a toda a
família 7A.
Os elementos também são classificados em elementos representativos e
elementos de transição. Os elementos representativos terminam sua configuração
eletrônica em s e p e estão presentes nas famílias de 1A, 2A, 3A, 4A, 5A, 6A, 7A e 0, já
os elementos de transição terminam sua configuração eletrônica em d e f e estão
presentes na família B’s. Os elementos de transição de dividem em elementos de
transição interna por que possuem a série de transição de s a d, e os elementos de
transição externa que possuem a série de transição de s a f. Podemos observar os
aspectos discutidos na Figura 25 e 26 abaixo.
53
Figura 26: Organização dos elementos químicos
54
elemento de maior número atômico é menor seu raio atômico do que um elemento
de menor número atômico.
Já quando vamos avaliar um elemento na mesma família, não podemos usar
a mesma lógica anterior. Uma família se encontra na vertical e assim cada elemento
da família está em um período diferente. Um elemento da família 1A no segundo
período tem dois níveis energéticos (a grosso modo duas camadas) e outro elemento
na mesma família no terceiro período tem três níveis energéticos (a grosso modo três
camadas). O efeito do aumento de camadas sobrepõe ao efeito do aumento da
carga efetiva nuclear. O elemento que está então no terceiro período é maior do
que o elemento que está no segundo período, lembrando que estamos comparando
ambos os elementos na forma neutra e não na forma iônica. Podemos ver a
tendência do raio atômico na Figura 27.
55
que foi usado para ionizar a amostra de átomos em questão.
A energia de Ionização se divide em 1ª energia de ionização, 2ª energia de
ionização até a última energia de ionização de um mesmo elemento. Primeiramente
vamos avaliar a 1ª energia de ionização de mais de um elemento ao longo da tabela
para entendermos a variação global da energia de ionização e usaremos como
abreviação a sigla 1ª E.I.
1ª E.I ao longo de um mesmo período: Quando vamos da esquerda para
direita em um determinado período como exemplo vamos pegar o terceiro período,
o elemento reduz de tamanho como estudamos acima com o raio atômico que é
devido ao aumento da carga efetiva nuclear. No mesmo período os átomos
possuem mesmo número de níveis energéticos (a grosso modo de camadas) e assim
se pegarmos o Na e o Mg, o sódio é maior que o magnésio. O elemento que é maior
o sódio, o seu último elétron que será retirado para ionizar está mais longe do núcleo,
e pela força de atração eletrostática elétron núcleo ela é menor do que no elemento
que é menor no caso o Magnésio.
Pela lei de Coulomb ou força eletrostática uma carga positiva atrai outra negativa
inversamente proporcional ao quadrado da distância, ou seja, se afasta reduz muito a
atração e se aproxima aumenta muito a atração entre as cargas.
No entanto a 1ª E.I no sódio será menor, já que o elétron está mais longe do
núcleo e mais fracamente atraído do que no magnésio onde o elétron está mais
perto e mais fortemente atraído do que no sódio. Mas fique atento, por que existe
algumas descontinuidades que chamamos de blindagem, por exemplo o alumínio
que vem depois do magnésio no mesmo período é menor e espera-se que aumente
ainda mais a 1ª E.I, isso não acontece no Alumínio que a 1ª E.I reduz e não aumenta
e depois no silício que vem depois continua aumentando. Isso é devido a um efeito
que chamamos de blindagem eletrônica, como o alumínio é o primeiro elemento a
completar um subnível anterior o 3s2 o próximo 3p1 tem apenas um elétron e essa
blindagem sobre o 3p1 reduz a atração núcleo elétron funcionando como uma
proteção da atração do núcleo elétron e causando essa descontinuidade. Podemos
ver esses valores na Figura 28 e no gráfico da Figura 29.
56
Figura 28: Valores de Energia de Ionização (E.I) em Kj.mol -1 para o segundo período da
tabela periódica.
Figura 29: Gráfico dos valores da energias de ionização para o segundo período da tabela
periódica
O sódio neutro possui 11 elétrons, quando ocorre a 1ª ionização ele fica assim:
Na(g ) + Calor → Na+ + é0
Assim o calor é o 1ª ∆H de ionização
O sódio possui a seguinte distribuição em níveis energéticos
2 ) 8) 1
Ao perder um elétron no último nível ele não tem mais para perder e esse nível
57
acaba nesse momento
2) 8
Agora para perder o segundo elétron deverá perder o mais energético dos
oito elétrons que possui no segundo nível que é o 2p 6, assim ao acabar com o terceiro
nível e só ficar dois níveis ocorre uma redução drástica no raio atômico e assim os
elétrons ficam muito mais próximos do núcleo atômico potencializando a ação da
carga efetiva nuclear conforme vimos na Lei de Coulumb.
Assim:
Observe que ainda tem um elétron no último nível, assim ao retirar um elétron
também ocorreu uma redução do raio atômico, mas esse efeito se dá somente
porque no núcleo fica 12 prótons e na eletrosfera 11 elétrons, assim corre apenas
porque a carga efetiva nuclear é maior que o número de elétrons, então essa
redução é menor que no primeiro caso que discutimos do sódio, não acabou nível
eletrônico. Assim a 2ª E.I será maior que a 1ª E.I devido os elétrons estarem mais
próximos ao núcleo sofrendo uma maior influência da carga efetiva nuclear, mas não
será muito maior porque não acabou com nível energético (a grosso modo
camada). Ao retirar o segundo elétron acabou com o terceiro nível energético, assim
para retirar agora o terceiro elétron do magnésio tendo a 3ª E.I o elétron será retirado
do segundo nível energético e a 3ª E.I sofrerá o mesmo efeito que discutimos no sódio,
sendo a 3ª E.I do magnésio muito maior que a 2ª E.I e 1ª E.I. Podemos ver a tendência
geral da energia de ionização na Figura 29 abaixo.
58
Em qualquer elemento podemos concluir que devido a redução do raio atômico a:
1ª∆H E.I < 2ª ∆H E.I < 3ª ∆H E.I< nª ∆H E.I
59
elétrons sobre a carga efetiva nuclear. Mas a soma da absorção com a liberação no
final é exotérmica o que explica a tendência espontânea de formar o íon. Podemos
ver a tendência geral da afinidade eletrônica na Figura 30 abaixo.
Assim podemos concluir que quanto menor um átomo e maior a sua carga efetiva nuclear
maior será sua afinidade eletrônica. No entanto a tendência do aumento da afinidade
eletrônica é o contrário do raio atômico, ou seja, o aumento da afinidade eletrônica se
dá no período da esquerda para a direita e nas famílias de baixo para cima.
O( ) + 1é → O( ) ∆H 1° . = − 57 kj ∙ mol
O( ) + 1é → O( ) ∆H 2° . = + 702 kj ∙ mol
3.8.4 Eletronegatividade
→ +
60
No exemplo temos o cloro muito mais eletronegativo que o hidrogênio, assim
na ligação H − Cl os elétrons na prática ficam mais próximos ao cloro que possui uma
maior carga efetiva nuclear e atrai com mais forças os elétrons dele e do hidrogênio,
ao quebrar a ligação o cloro leva o elétron do hidrogênio ionizando o hidrogênio e
o cloro se transforma em um ânion.
Falamos que os gases nobres não possuem eletronegatividade, mas possuem afinidade
eletrônica que é baixa pois por estarem estáveis absorvem muito calor ao receber um
elétron.
61
3.8.5 Demais Propriedades Periódicas
62
FIXANDO O CONTEÚDO
63
negativa.
e) O fenômeno se deve a existência de elétrons no átomo.
4. O entendimento dos fenômenos que nos cercam continuam sendo uma das
grandes preocupações dos seres humanos, para tal, frequentemente surgem
modelos com o objetivo de compreender o universo em toda sua dimensão. Um
dos pensamentos mais antigos que se tem registro em relação à matéria, é dado
por Demócrito e Leucipo. Em relação às ideias de ambos podemos AFIRMAR QUE:
64
6. Durante o réveillon, é comum as pessoas ficarem maravilhadas com os efeitos
pirotécnicos realizados em várias cidades, principalmente quanto à coloração dos
fogos que encantam pela sua diversidade de cores.
65
uma sensação de maior limpeza devido à absorção de U.V.
e) Os branqueadores ópticos são compostos geralmente por orgânicos que
absorvem a luz U.V e transformam essa radiação em luz visível.
66
LIGAÇÕES QUÍMICAS Erro!
Fonte
de
4.1 INTRODUÇÃO
referênc
ia não
Por que um elemento busca fazer ligação Química? Na vida, na natureza, na
economia e em qualquer situação os processos tendem a buscar uma situação de
estabilidade, assim não é diferente com os elementos químicos. Ao encontr
longo do tempo
ada.
a pergunta acima foi realizada por vários químicos pesquisadores, no entanto existe
um conjunto de elementos na tabela periódica que não buscam realizar ligações
químicas e, no entanto, se apresentam na forma monoatômica na natureza, que são
os gases nobres: Hélio, Neônio, Criptônio, Xenônio e Radônio. Assim os pesquisadores
se perguntaram ao longo do tempo o motivo disso. Foi observado que os gases
nobres possuem baixa energia, e a baixa energia potencial do sistema é o motivo do
elemento ganhar estabilidade, no entanto se os outros elementos conseguirem
adquirir essa baixa energia os mesmos também se tornam estáveis.
Mas qual o mecanismo que os elementos buscam a realizar para baixar a
energia? Ficou evidenciado que a energia de um átomo está relacionada com a
interação elétron núcleo, se o elemento minimizar a energia potencial do sistema o
mesmo abaixará sua energia e ganhará estabilidade. Observou-se que os gases
nobres com exceção do Hélio todos possuem oito elétrons em seu último nível
energético (a grosso modo camada), assim foi instituído a regra do octeto.
Regra do Octeto: Todo elemento químico busca ficar com 8 (oito) elétrons em seu último
nível energético para copiar a configuração de um gás nobre, ganhar estabilidade
abaixando sua energia.
67
Camada de Valência: É a última camada, ou seja, último nível energético que vai ganhar,
perder ou compartilhar elétrons para copiar um gás nobre e ganhar estabilidade.
68
Figura 34: Digrama de repulsão dos núcleos atômicos em uma aproximação (Primeiro
momento)
Exemplo:
69
Na 1s22s22p63s1 F 1s22s22p5
Assim o sódio fica Assim o Flúor fica
Na 2 ) 8 ) 1 7 ( 2 F
exercer atração eletrostática por outra carga oposta que é a negativa. Já o Flúor
possui como vimos acima 7 elétrons na última camada, no entanto para ele é mais
fácil ganhar elétron do posto de vista energético do que perde os 7 e copiar o Hélio
como faz o hidrogênio. Então o Flúor ganha 1 elétron ficando com 8 elétrons na última
camada e atingindo o octeto, assim ganha estabilidade formando um ânion:
pode atrair o ânion formado pelo flúor ou vice versa, no balanço de elétron o sódio
precisou perder um elétron e o flúor ganhar um, no entanto é necessário apenas um
sódio para um flúor na proporção formando assim a estrutura do que é o fluoreto
de sódio e a soma das cargas totais dos íons tem que ser igual a zero (neutra). A
ligação iônica é uma ligação forte pois a força que uni os elementos é de natureza
eletrostática, ou seja, atração de carga positiva com negativa, por isso muito forte e
vai influenciar em tudo nas propriedades físicas dos compostos iônicos. As
representações oficiais da estrutura após a formação são:
70
I – Íon-Fórmula ou fórmula dos compostos: NaF (nunca pode ser chamada de
molécula porque compostos iônicos não são moleculares)
II – Fórmula de Lewis ou Fórmula eletrônica:
Observe que na fórmula de Lewis o cátion é representado sem os elétrons da
camada de valência já que perdeu com a carga positiva e sempre entre colchete,
já o ânion é representado com os elétrons completos na camada da valência com
a carga negativa também entre colchete, entre os dois colchetes não se coloca
nada apenas aproxima os dois colchetes. Essa fórmula também é denominada
eletrônica porque demonstra como ficam os elétrons após a ligação ocorrer.
·· -
Na+ : F :
Existe uma forma mais fácil de formular os compostos iônicos. Primeiro é então
selecionado o cátion e o ânion. Exemplo:
Mg e Cl
71
4.2.1 Propriedades Físicas dos Compostos Iônicos
72
Figura 36: Condução elétrica de uma substância iônica
O: 1s22s22p4 O: 1s22s22p4
73
Na fórmula de Lewis de um composto covalente ou molecular nunca use colchete.
Fórmula estrutural:
Fórmula Molecular:
74
interação intermolecular.
75
arranjos cristalinos:
I – Cúbico de face centrada (CFC).
II – Hexagonal compacto (HC).
III – Cúbico de corpo centrado (CCC).
Os elétrons negativos que foram liberados pelos íons positivos têm a função de
manter os próprios íons positivos unidos. Assim o número total de cargas positivas e
negativas são exatamente iguais gerando assim um balanço de carga e deixando a
estrutura neutra como podemos observar na Figura 38.
Faça uma pesquisa para saber o que é um supercondutor, em seguida faça um paralelo
como um metal bom condutor como é o caso do cobre. Escreva um texto destacando a
diferença entre um material bom condutor e um material supercondutor. Vamos lá, não
vamos ficar parado.
76
FIXANDO O CONTEÚDO
a) NO e CO.
b) CO e CO2.
c) CO e SO2.
d) SO3 e SO2.
e) NO2 e SO2.
2. Dados os compostos:
I. NaCl.
II. HBr.
III. CO2.
IV. CH3OH.
V. Fe2O3.
a) I e V.
b) III e V.
c) II, IV e V.
d) II, III e IV.
e) II, III, IV e V.
77
3. Na ligação entre átomos dos elementos químicos 15P 31 e Ca, que tem 20 prótons,
forma-se o composto de fórmula:
a) CaP.
b) Ca3P.
c) CaP3.
d) Ca2P3.
e) Ca3P2.
4. As propriedades exibidas por um certo material podem ser explicadas pelo tipo de
ligação química presente entre suas unidades formadoras. Em uma análise
laboratorial, um químico identificou para um certo material as seguintes
propriedades:
• Alta temperatura de fusão e ebulição;
• Boa condutividade elétrica em solução aquosa;
• Mau condutor de eletricidade no estado sólido;
A partir das propriedades exibidas por esse material, assinale a alternativa que
indica o tipo de ligação predominante no mesmo:
a) metálica.
b) covalente.
c) dipolo induzido.
d) iônica.
e) Covalente coordenativa.
78
6. O gosto amargo da cerveja é devido à seguinte substância de fórmulas estrutural
plana: Essa substância, denominada mirceno, provém das folhas de lúpulo
adicionadas durante a fabricação da bebida.
79
Erro!
INTERAÇÃO INTERMOLECULARES Fonte de
referênci
a não
encontra
da.
Também existe cristais covalentes. O que deixa um cristal covalente coeso são
as interações intermoleculares que são forças de atração de uma molécula com a
outra. A natureza da força de interação molecular depende do grau de polaridade
das moléculas envolvidas.
Deu uma forma geral podemos dizer que quanto maior for a polaridade das
moléculas envolvidas maior será força de atração e quanto menor for a polaridade
das moléculas envolvidas menor será a força de interação.
Quem iniciou o estudo e elucidou as primeiras considerações sobre as
interações intermoleculares foi o físico holandês Johannes Diderik van der Waals (1837
– 1923) mais conhecido como Van Der Waals e o mesmo teve suas primeiras
publicações acerca das interações intermoleculares em 1873.
80
uma região da molécula e assim a região que fica deficiente de elétrons que é a
contrária à da acumulação vai ficar com uma carga parcial positiva devido a ação
da carga efetiva do núcleo, pronto, assim foi gerado um dipolo instantâneo. A região
parcialmente positiva de um dipolo instantâneo ao se aproximar de outra molécula
vai fazer com que a nuvem eletrônica da outra molécula mude para próximo dele
(positivo atrai negativo) assim como esse dipolo na outra molécula foi induzido pelo
dipolo instantâneo ele é denominado Dipolo Induzido. Por isso uma a interação de
Van Der Waals também é conhecida como dipolo instantâneo – dipolo induzido ou
força de dispersão de London. Podemos ver o discutido na Figura 39 abaixo.
Como falamos inicialmente, as forças são fracas devido os dipolos serem bem
fracos e não permanentes na molécula, mas não se engane, uma interação mesmo
fraca quando bem orientada pode se tornar muito intensa.
Conheça mais sobre o potencial das forças de Van der Waals em: https://bit.ly/31o6hNo.
Acesso em: 18 fev. 2020.
81
5.2 DIPOLO – DIPOLO
82
explicado no tópico anterior. Mas então qual a diferença? A diferença é que na
ligação de hidrogênio como ela é muito mais forte que a dipolo-dipolo ela precisa
de ter uma força de atração maior entre as moléculas e uma atração maior se dá
em uma polaridade mais acentuada, para a polaridade ser muito acentuada na
molécula é necessária uma grande diferença de eletronegatividade entre os
elementos envolvidos. Assim para formar ligação de hidrogênio pega-se um
elemento da outra ponta da tabela que é o Hidrogênio, nome bem sugestiva ligação
de hidrogênio e ele então se liga aos elementos bastante eletronegativos da tabela
periódica que são oxigênio, nitrogênio e flúor, assim chamamos de Hidrogênio ligados
ao FON (flúor, nitrogênio ou Oxigênio). Vejamos como exemplo da ligação de
hidrogênio que ocorre entre as moléculas de água e que são responsáveis pelo
elevado ponto de ebulição da água se comparado a um líquido molecular.
Podemos observar na Figura 41 abaixo.
Figura 41: Ligação de hidrogênio na água (átomos de hidrogênio em cinza e átomos de
oxigênio em vermelho)
Para verificarmos como uma ligação de hidrogênio é mais forte que uma
dipolo-dipolo vejamos a Figura do gráfico 42 que descreve essa diferença
83
Observe que no gráfico o HCl, HBr e HI devido ao hidrogênio não realizar
ligação com FON então não ocorre ligação de hidrogênio, embora as moléculas
sejam muito mais pesadas devido a massa molecular (mais pesada maior ponto de
ebulição) elas possuem ponto de ebulição muito menor que o HF que é leve, isso é
devido a interação intermolecular que é a força que liga as moléculas de HF serem
muito mais forte que nas outras moléculas, no caso HF o hidrogênio se liga ao flúor
que faz parte do FON assim faz ligação de hidrogênio que é mais forte.
As duas cadeias de nucleotídeos do DNA são unidas uma à outra por ligações chamadas
de pontes de hidrogênio, que se formam entre as bases nitrogenadas de cada fita.
84
FIXANDO O CONTEÚDO
a) iônico.
b) ponte de hidrogênio.
c) forças dipolo-dipolo.
d) forças de London.
e) forças dipolo-permanente.
Com relação aos dados apresentados na tabela acima, podemos afirmar que:
as interações intermoleculares presentes na acetona são mais fortes que aquelas
presentes na água.
a) as interações intermoleculares presentes no etanol são mais fracas que aquelas
presentes na acetona.
b) dos três líquidos, a acetona é o que apresenta ligações de hidrogênio mais fortes.
c) a magnitude das interações intermoleculares é a mesma para os três líquidos.
d) as interações intermoleculares presentes no etanol são mais fracas que aquelas
presentes na água.
85
3. A comunicação implica transmissão de informação. É o que acontece no
processo de hereditariedade através do DNA, em que são passadas informações
de geração em geração. A descoberta da estrutura do DNA, na metade do
século XX, representou um grande avanço para a humanidade. Wilkins, Watson e
Crick ganharam o Prêmio Nobel em 1962 por essa descoberta.
Para que seja mantida a estrutura da dupla hélice do DNA, segundo as regras de
Chargaff, existem ligações químicas entre pares das bases abaixo mostradas,
observando-se, também, que os pares são sempre os mesmos. A representação
simplificada da estrutura do DNA, vista ao lado, pode ser comparada a uma
―escada espiralada‖ (α-hélice), onde o tamanho dos degraus é sempre o mesmo
e a largura da escada é perfeitamente constante. As bases estão ligadas ao
corrimão da escada pelo nitrogênio assinalado com asterisco nas fórmulas abaixo.
86
4. Um dos testes realizados para a determinação da quantidade de álcool na
gasolina é aquele em que se adiciona água à mesma, ocasionando a extração
do álcool pela água. Isso pode ser explicado pelo fato de álcool e água possuírem:
5. O gráfico a seguir foi construído com dados dos hidretos dos elementos do grupo
16. Com base neste gráfico, são feitas as afirmações seguintes.
87
6. O conhecimento das estruturas das moléculas é um assunto bastante relevante, já
que as formas das moléculas determinam propriedades das substâncias como
odor, sabor, coloração e solubilidade. As Figuras apresentam as estruturas das
moléculas CO2, H2O, NH3, CH4, H2S e PH3.
88
São corretas apenas:
a) I e IV.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I e II.
e) I e III.
89
INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES Erro!
INORGÂNICAS Fonte de
referênci
6.1 ÓXIDOS a não
encontra
da.
Óxidos são compostos binários contendo o oxigênio como elemento mais eletronegativo.
Na O
BaO
CaO
CO
CO
Fe O
90
6.1.1 Óxidos Neutros
Os óxidos básicos são aqueles no qual o oxigênio combina com um metal para
ser formado, e que ao reagir com a água (H O) forma uma base ou hidróxido como
produto da uma reação.
Exemplo:
( )( ) + () → ( ) ( )
91
6.1.3 Óxidos Ácidos ou Anidridos
SO ( ) + H O( ) → H SO ( )
Observe que o SO3 ao reagir com água formou o H2SO4(aq) que é um ácido
muito conhecido, o ácido sulfúrico. Por isso classificamos como óxido ácido ou
anidrido.
Vejamos alguns exemplos de óxidos ácidos:
CO
Cl O
SO
Não existem muitos metais anfóteros na tabela periódica, assim são poucos os
óxidos anfóteros. No caso são óxidos que por ser formado com metais eram para
reagir com água e formar bases, mas isso não ocorre e acabam formando ácidos.
Como exemplo temo o Mn O , onde o Manganês é um metal e que ao reagir com
água forma o ácido permangânico.
Mn O ( ) + H O( ) → HMnO ( )
92
No entanto observamos nesse caso que um é um óxido que era para ser
básico e acaba apresentando caráter ácido. Mas fique tranquilo, são poucos casos.
Substância simples é quando uma substância é formada por apenas um elemento tal
como o O2, C(grafite) ou H2.
C( ) + O ( ) → CO ( )
Vamos para outro exemplo. Vamos formar um óxido agora sabendo apenas
qual elemento vai reagir que no caso será o Cálcio, não sabemos a fórmula do
composto.
Assim a forma mais estável simples do Ca é o Ca( ) metálico.
Claro que a forma mais estável do cálcio não é o Ca metálico, mas fique atento que
estamos falando da forma mais estável simples do elemento em questão.
Ca( ) +O ( ) →
93
Para saber qual o composto que forma vamos pegar o primeiro nox do
elemento, no caso do cálcio ele só exibe quando é oxidado o +2 devido ele ser da
família 2A. Então formule o óxido formado:
Ca + 2O
Como no caso as cargas são iguais, ao somar o resultado é zero. Assim quando
o resultado é zero não é necessário cruzar as cargas como vimos em ligações
químicas. No entanto o óxido formado é o CaO.
Assim o resultado final da reação:
Exemplo: Fe O
Sabendo que O é da família 6A então seu nox é -2, assim monta-se a equação
2 ferros, então ferro igual a X, 3 oxigênios então 3 multiplicado por – 2 e iguala a zero
já que vimos que as cargas de um composto se anulam.
2X + 3(-2) = 0
Assim X = +3
94
No entanto a nomenclatura de Fe O é Óxido de Ferro (III).
Agora vamos para a nomenclatura antiga. Para dar o nome aos óxidos
segundo a nomenclatura antiga, devemos adotar o seguinte procedimento:
Exemplo:
Fe O vimos que o Fe é +3. Nesse caso é o Óxido Férrico.
FeO vimos que o Fe é +2. Nesse caso é o Óxido Ferroso.
95
Como exemplo temos os óxidos do cloro, que são o Cl O, Cl O , Cl O e
Cl O que assumem os seguintes nox respectivamente +1, +3, +5 e +7. Então as
nomenclaturas ficam:
Cl O – Óxido hipocloroso.
Cl O – Óxido Cloroso.
Cl O – Óxido Clórico.
Cl O – Óxido perclórico.
Observe que em alguns casos usamos o acento agudo apenas por uma
questão fonética.
Na nomenclatura de um óxido ácido a palavra óxido pode ser substituída por anidrido,
assim o óxido perclórico por exemplo pode ser denominado anidrido perclórico. Mas
atenção, apenas para os óxidos ácidos.
Observe que o NaOH sólido ao ser adicionado em meio aquoso liberou o íon
OH( ) hidroxila que é um ânion.
Uma base formada dos metais da família 1A e 2A são fortes e as demais bases
são consideradas bases fracas. Sua força está associada ao seu grau de dissociação,
ou seja, qual o percentual de hidroxila libera em meio de água.
96
6.2.1 Reação de Obtenção de uma Base
Para obter uma base é necessário reagir um óxido básico com água, vejamos
o exemplo:
Na O( ) + H O( ) → NaOH( )
Assim qualquer óxido básico que reagir com uma água vai formar um hidróxido
em reação similar. Lembrando que no final é necessário fazer o balanço do nox do
elemento que está combinando com a hidroxila. O nox da hidroxila sempre -1 então
quando cátion não é +1 zerando é necessário cruzar a cargas para fazer o balaço.
Para dar nome aos hidróxidos, usamos as mesmas regras de óxidos, ou seja,
tem a nomenclatura oficial e a nomenclatura antiga. No caso, em vez de usar a
palavra óxido iremos usar a palavra hidróxido.
No entanto o Na O( ) que é o óxido de sódio pois só assume um nox, ao reagir
com água forma NaOH que é o hidróxido de sódio, observe que só trocou a palavra
óxido por hidróxido. Assim se o Fe O que é o óxido de ferro (III) na nomenclatura
oficial e o óxido férrico na nomenclatura antiga, ao reagir com água forma o Fe (OH)
que é o hidróxido de ferro (III) na nomenclatura oficial e hidróxido férrico na
nomenclatura antiga.
6.3 ÁCIDOS
Segundo Arrhenius ácidos são substâncias que em meio aquoso liberam o íon H +.
97
ligação química é quebrada e o elemento mais eletronegativo fica com o elétron do
hidrogênio assim o ionizando. É comum errar dizendo que foi uma dissociação, mas
é só lembrar que dissociar é separar aquilo que já existe, no entanto em um composto
iônico se dissocia, já nos ácidos que são moleculares ioniza-se.
Entre os ácidos existem dois tipos que são os Hidrácidos e os Oxiácidos.
6.3.1 Hidrácidos
São ácidos que não contêm oxigênio. Como exemplo podemos citar o HCl, HF,
HCN e outros. Uma reação de formação de um hidrácido se dá por meio da reação
da substância simples com o gás hidrogênio.
H ( ) + Cl ( ) → 2HCl
6.3.2 Oxiácidos
98
ácido precisa formular. Assim se quer formular o ácido sulfúrico então é só selecionar
o óxido correspondente que é o óxido sulfúrico e reagir com H O.
SO ( ) + H O( ) → H SO ( )
Exemplo:
Exemplo:
SO3, óxido sulfúrico, se transforma em H2SO4, então é o ácido sulfúrico. O
enxofre vale +6 nos dois casos, por isso a terminação ico nos dois casos.
SO2, óxido sulfuroso, se transforma em H2SO3, então é o ácido sulfuroso. O
enxofre vale +4 nos dois casos, por isso a terminação oso nos dois casos.
N2O5, Óxido nítrico, se transforma em HNO3, então é o ácido nítrico. O
nitrogênio vale +5 nos dois casos, por isso a terminação ico nos dois casos.
Cl2O7, Óxido perclórico, se transforma em HClO4, então ácido perclórico. O
cloro vale +7 nos dois casos, por isso o prefixo per e a terminação ico nos dois casos.
Então:
ÁCIDO + NOME DO ELEMENTO + TERMINAÇÃO ICO PARA MAIOR NOX
ÁCIDO + NOME DO ELEMENTO + TERMINAÇÃO OSO PARA MENOR NOX
99
6.4 SAIS
Para dar nome a um sal é necessário saber de qual ácido ele é proveniente,
assim de o ácido terminar em ídrico, transforma-se a nomenclatura do ânion
proveniente em eto, se o ácido terminar em oso, transforma-se a nomenclatura do
ânion proveniente em ito, e caso o ácido termine em ico, transforma-se a
nomenclatura do ânion proveniente em ato.
Mas para dar nome não basta apenas o ânion. Também é necessário nomear
o cátion. Para nomear o cátion podemos usar a regra oficial que empregamos nos
óxidos, quando só tem um nox apenas empregue o nome, se tiver mais de um nox
empregue o nox entre parêntese em algarismos romanos, ou podemos usar a
nomenclatura antiga empregando o oso e ico.
Exemplo: NaCl: Cl é um ânion proveniente do HCl, então se é o ácido clorídrico,
ídrico conforme vimos vira eto, já o cátion é o Na que só tem um nox, usa-se apenas
o nome do elemento.
100
IDRICO → ETO
OSO → ITO
ICO → ATO
101
FIXANDO O CONTEÚDO
a) Ácido e base.
b) Óxido neutro e água.
c) Sal e óxido neutro.
d) Sal e água.
e) Anidrido e água.
a) Óxido básico.
b) Sal neutro.
c) Sal ácido.
d) Sal básico.
e) Hidróxido
3. Durante as férias na fazenda do seu avô, Gabriel, por ser um menino muito levado
acabou brincando com uma casa de abelhas e foi picado. Sabendo que a dor é
causada pela presença de ácidos orgânicos, dentre eles o ácido fórmico,
imediatamente o seu pai pegou uma solução de bicarbonato de sódio e passou
no local da picada, aliviando a dor. Com base no enunciado é CORRETO afirmar
que o bicarbonato de sódio é:
102
c) Um base ou hidróxido forte.
d) Um sal de comportamento ácido.
e) Um hidróxido fraco.
4. Observe a tabela
6. Além do efeito estufa, a chuva ácida vem sendo um dos maiores problemas
ambientais da atualidade, e seu agravamento teve início a partir da Revolução
Industrial, com a queima acentuada de combustíveis fósseis, dentre eles o carvão
e o petróleo. O PRINCIPAL componente dos combustíveis que aumentam a acidez
da chuva é o:
103
a) carbono.
b) enxofre.
c) oxigênio.
d) nitrogênio.
e) Fósforo.
a) HClO.
b) HCl2O.
c) HClO4.
d) HClO3.
e) HCl.
104
Erro! Fonte
INTRODUÇÃO À BIOQUÍMICA
de
referência
não
7.1 BIOQUÍMICA COMO CIÊNCIA E NO COTIDIANO
encontrada.
A Bioquímica pode ser definida como o estudo da química de organismos
vivos e da química relacionada com estes, formando uma ponte entre a Biologia e a
Química pois estuda como complexas reações e estruturas químicas originam vida e
processos relacionados com a vida. Podemos também definir Bioquímica como o
estudo da vida em nível molecular, tendo como finalidade principal definir como um
conjunto de moléculas inanimadas, que compõem os organismos vivos, interagem
entre si para conservar e perpetuar o estado vital (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014;
CLARK; CHOI; DOUGLAS, 2018; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
A disciplina de Bioquímica é fundamental para a formação dos profissionais
de áreas das Ciências Biológicas e Saúde uma vez que possibilita ao discente
compreender os processos biológicos a nível molecular, viabilizando o entendimento
dos mecanismos celulares envolvidos no desenvolvimento dos processos evolutivos e
patológicos em micro e macro sistemas (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON;
COX, 2019).
Dessa forma bacharéis em biologia fazem uso do conhecimento de
bioquímica para realizarem pesquisas na área de bioquímica ou em outras áreas que
tenham como base a bioquímica, como por exemplo a própria biologia molecular,
a genética, as fisiologias vegetal e animal, inclusive a imunologia, além de outras.
Além disso através da compreensão das estruturas e interações bioquímicas podem
ser realizadas diversas intervenções biológicas com o objetivo de prevenir, tratar e
curar doenças, assim como de aumentar a produtividade industrial e na agricultura.
Cada organismo, por mais simples ou complexo que seja, é meramente um
sistema bioquímico. A incrível habilidade de crescer e reproduzir parece colocar os
diversos organismos à parte do mundo dos sólidos, líquidos e dos gases, notoriamente
conhecidos na Química. A vida depende quase que exclusivamente de reações
bioquímicas que ocorrem o tempo todo desde a origem da vida, incluindo nossa
respiração no âmbito celular e até mesmo a fotossíntese no âmbito global.
105
Figura 43: Experimento de Miller
https://bit.ly/3njDa6d.
106
7.2 LIGAÇÕES E INTERAÇÕES MOLECULARES
107
Fonte: Adaptado de Alberts et. al., (2011)
Assim, as principais ligações químicas que precisamos conhecer são as
ligações covalentes, interações iônicas e as pontes de hidrogênio (ou ligações de
hidrogênio).
Quando há um compartilhamento de elétrons entre dois átomos a fim de
atingirem uma maior estabilidade é chamada de Ligação Covalente. Já nas
Interações Iônicas alguns átomos preferem perder seus elétrons da camada mais
externa, realizando uma doação de elétrons para atingir sua estabilidade, enquanto
outros podem aceitar esses elétrons atingindo também a sua estabilidade, realizando
uma cooperação eletrônica (Figura 3). As ligações covalentes polares têm enorme
importância biológica, pois criam dipolos permanentes, permitindo, assim, que a
interação entre as moléculas ocorra por meio de forças elétricas. Qualquer molécula
grande, que contenha muitos grupos polares, terá uma superfície com um padrão
de distribuição de cargas parcialmente positivas e parcialmente negativas. Quando
uma molécula dessas encontrar uma segunda molécula que possua um padrão
semelhante (complementar), as duas poderão sofrer uma atração recíproca por
meio de interações eletrostáticas que se assemelham (mas são mais fracas) às
ligações iônicas (ALBERTS et al., 2011; BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; MARZZOCO;
TORRES, 1999).
108
Fonte: Alberts et. al., (2011, p. 43)
Em resumo, quando os elétrons são doados de um átomo a outro, há a
formação de uma ligação iônica; quando dois átomos compartilham um mesmo par
de elétrons, há a formação de uma ligação covalente.
Quando há um compartilhamento parcial de elétrons dessa última camada
entre dois átomos temos as Pontes de Hidrogênio (Figura 4). Esse último tipo de
interação molecular é característico nos átomos considerados eletronegativos,
dentre eles, principalmente o oxigênio, nitrogênio e enxofre. Quando um desses
átomos se liga a um hidrogênio para atingir sua estabilidade ocorre o fenômeno de
formação de polos temporários, fazendo com que o elétron passe mais tempo com
o átomo eletronegativo, que fica com carga negativa temporária, enquanto o
hidrogênio fica com carga positiva enquanto o elétron está fora de sua orbita
eletrônica. Através da interação entre esses polos temporários são formadas as
pontes de hidrogênio (ALBERTS et al., 2011).
109
Fonte: Adaptado de Alberts et. al., (2011)
110
básicas, também chamadas de unidades monoméricas, como exemplo os
aminoácidos ou os monossacarídeos que são unidos para a formação das
macromoléculas de proteínas ou monossacarídeos respectivamente, que por sua vez
se combinam formando estruturas maiores chamadas de unidades
macromoleculares, como o DNA se combinando a proteínas para a formação dos
cromossomos, sendo as diversas unidades macromoleculares que em combinação
formam a célula (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; VIEIRA; GAZZINELLI; MARES-GUIA,
2002).
A água é formada pela união de um átomo de oxigênio e dois de hidrogênio
(Figura 5), dando a essa molécula assimétrica a capacidade de formar polos
temporários. Esse evento não é exclusivo da molécula de água, sendo a polaridade
molecular a capacidade de uma molécula de formar polos e interagir por pontes de
hidrogênio. Sendo assim temos a água como uma substância polar e por tal
característica temos as substâncias hidrofílicas àquelas que se dissolvem bem em
água além dos solutos. Entretanto, mesmo sendo polar, a água consegue interagir
em pequena proporção com substâncias apolares (ou hidrofóbicas), sendo dessa
forma considerada um solvente universal (ALBERTS et al., 2011).
Figura 47: Fórmula e estrutura linear da água ( ) e do oxigênio ( ) denotando suas
características polares e apolares devido às suas peculiaridades dimensionais
111
https://bit.ly/3d3tJDy.
112
Fonte: Adaptado de Nelson e Cox (2019) e Solomons e Fryhle (2012)
113
O medicamento Talidomida foi lançado no mercado, na década de 1950, por uma
pequena empresa alemã, a fim de controlar sintomas como náuseas e ansiedade. Isso fez
com que esse medicamento ficasse bastante popular entre gestantes, já que possuía
eficácia no combate aos recorrentes sintomas do período gestacional. Por possuir um
carbono quiral em sua molécula, a talidomida possui isômeros óticos, sendo que a
molécula destro ou enantiômero (R) desvia o plano de luz polarizada para a direita, e a
molécula levo ou enantiômero (S) desvia o plano de luz polarizada para a esquerda
(Figura 7). Assim, o medicamento era uma mistura racêmica, que é oticamente inativa
porque contém partes iguais desses dois enantiômeros. O isômero dextrogiro era
responsável pelas propriedades analgésicas e sedativas, enquanto a talidomida levogira
é teratogênica, isto é, provoca mutações no feto.
No final da década de 50, o produto já era comercializado em 147 países. Entretanto nos
anos de 1959 e 1960, diversos casos de má formação congênita levaram ao estudo dessa
droga, descobrindo seus efeitos teratogênicos. Estima-se que cerca de oito mil crianças
tenham nascido com deformidades congênitas graves em função do consumo de
talidomida pelas mães, durante a gravidez. No Brasil esses efeitos do medicamento foram
ainda mais trágicos, pois além da droga ter sido retirada do mercado com certo “atraso”,
e seu uso no tratamento de outras doenças como Lúpus, Câncer e Tuberculose, associado
à desinformação, acarretaram duas outras gerações de crianças vitimadas pela droga.
Trata-se, portanto, de um fato histórico marcante, em nível mundial, tanto pelo seu
impacto quanto pela noção que ele nos traz sobre a importância de estudos bioquímicos
especializados na área de medicamentos e principalmente da isomeria ótica das
moléculas.
114
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Responsável por 70 a 85% da massa corpórea de maior parte dos seres vivos, a
água possui propriedades físico-químicas peculiares. Considere as afirmativas:
I. A molécula de água é polarizada, ou seja, apesar de ter carga elétrica total igual
a zero, possui carga elétrica parcial negativa na região do oxigênio e carga
elétrica parcial positiva na região de cada hidrogênio.
II. Na água em estado líquido, a atração entre moléculas vizinhas cria uma espécie
de rede fluida, em contínuo rearranjo, com pontes de hidrogênio se formando e
se rompendo a todo momento.
III. A tensão superficial está presente nas gotas de água, sendo responsável pela
forma peculiar que elas possuem.
IV. O calor específico é definido como a quantidade de calor absorvida durante a
vaporização de uma substância em seu ponto de ebulição.
a) I, II e IV.
b) I, III e IV.
c) I, II e III.
d) I e III.
e) II e IV.
115
(X) Reações químicas em que ocorre união entre moléculas, com formação de água
como produto, são chamadas reações de hidrólise.
a) V,V,V,V,V.
b) F,F,F,F,F.
c) V,F,V,F,V.
d) F,V,V,F,F.
e) F,V,V,V,F.
a) CH3(CH2)10O2Na
b) CH3(CH2)15O2Na
c) CH3(CH2)12O2Na
d) CH3(CH2)11O2Na
e) CH3CH2O2Na
116
5. A condição necessária para a ocorrência de isomeria ótica é que a substância
apresente assimetria.
a) V, V, V, V.
b) V, F, V, V.
c) V, F, F, V.
d) V, V, V, F.
e) V, F, V, F.
117
7. As células são estruturas conhecidas como unidades estruturais e funcionais dos
organismos vivos. Elas são formadas basicamente por substâncias orgânicas e
inorgânicas. São consideradas substâncias inorgânicas:
a) Lipídios e proteínas.
b) Proteínas e água.
c) Sais minerais e vitaminas.
d) Água e sais minerais.
e) Lipídios e carboidratos.
a) 1 e 5; 2 e 4.
b) 2 e 4; 3 e 5.
c) 1 e 3; 2 e 4.
d) 3 e 6; 1 e 5.
e) 2 e 4; 3 e 6.
118
ÁCIDOS NUCLEICOS Erro!
Fonte de
referênci
8.1 INTRODUÇÃO a não
Os ácidos nucleicos são responsáveis pelo armazenamentoencontra
e utilização de
da.
informação genética para realizar respostas celulares mediantes a estímulos internos
e externos, assim como pela transmissão dessa informação para os descendentes de
um indivíduo. Serão discutidos a estrutura do ácido ribonucleico (RNA) e do ácido
desoxirribonucleico (DNA), a interação entre as bases nitrogenadas
complementares, a estrutura conformacional adotada pelo RNA e pelo DNA e os
mecanismos de transcrição de DNA para RNA e de tradução de RNA para
polipeptídeos. O assunto traz uma análise crítica sobre a importância da estrutura dos
ácidos nucleicos e dos mecanismos envolvidos em sua aplicação biológica para a
evolução das espécies e manutenção da vida.
Os ácidos nucleicos são constituídos por três elementos distintos (Figura 8), um
grupo fosfato (PO ), uma pentose, um carboidrato contendo cinco carbonos
apresentando duas formas que diferenciam o DNA, que contém desoxirribose, e o
RNA, que contém a ribose, e por último uma base nitrogenada (NELSON; COX, 2019).
119
Fonte: Nelson e Cox (2019, p. 281)
Existem um total de cinco bases nitrogenadas que compões a estrutura dos
ácidos nucleicos (Figura 9). Adenina e guanina são classificadas como purinas,
estando presente no DNA e no RNA, as classificadas como pirimidinas são a citosina,
presente no DNA e no RNA, a timina, que é exclusiva do DNA e a uracila que é
exclusiva do RNA (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET;
PRATT, 2014).
Figura 51: Estrutura das bases nitrogenadas que compõem os ácidos nucleicos
120
8.3 ESTRUTURA DO RNA E DO DNA
121
Após a síntese do RNA a partir do molde de DNA, chamada transcrição, o RNA
será direcionado a eventos celulares de acordo com a necessidade biológica. O
RNA é um filamento único de ácidos nucleicos, entretanto, devido a
complementariedade das bases nitrogenadas, estruturas organizacionais
tridimensionais podem ser formadas, podendo apresentar as estruturas de fita simples,
protuberâncias, alças internas, grampos e até mesmo de dupla hélice em forma de
grampo (Figura 11). Essa interação entre os ácidos nucleicos do RNA atribui maior
estabilidade a molécula, que pode exercer sua atividade com risco relativamente
inferior devido a menor chance de quebra ou degradação (BERG; TYMOCZKO;
STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019).
122
Figura 54: Estrutura tridimensional adotada pelo DNA
123
Os eucariotos possuem um genoma muito maior e mais complexo, o que é
refletido em sua organização estrutural. A cromatina se combina com proteínas em
dois estados distinto, a heterocromatina, onde ocorre super condensação da
cromatina, tornando o genoma da região inacessível a transcrição imediata, e a
eucromatina, onde ocorre a condensação moderada, com acesso praticamente
imediato as informações gênicas contidas no local (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014;
NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
A distribuição das regiões mais ou menos condensadas de cromatina está
relacionada ao tipo de tecido e fase celular, uma vez que alguns genes não são
necessários para determinadas células ou em determinadas fases do ciclo celular, a
região onde eles se encontram são super condensados em heterocromatina
(NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
Os cromossomos dos eucariotos possuem uma estrutura linear com regiões
distintas, apresentando extremidades chamadas de telômeros, com função de
proteção, e uma região onde as cromátides irmãs são conectadas, chamado
centrômero. Além disso, alguns cromossomos possuem outras estruturas chamadas
de satélites, unidos por hastes a região cromossômica principal (Figura 14) (BERG;
TYMOCZKO; STRYER, 2014; MARQUES; BALDINI, 2017; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET;
PRATT, 2014).
124
Fonte: Adaptado de Nelson e Cox (2019)
https://bit.ly/33vFy1U.
125
separando a dupla fita de DNA em duas fitas simples, uma fita chama “sense” e uma
“antisense”. A replicação do DNA é realizada pela enzima DNA polimerase, que
adiciona as bases nitrogenadas correspondentes a fita molde. Entretanto, as fitas de
DNA originais possuem sentidos diferentes de síntese, sendo que a DNA polimerase só
consegue adicionar bases nitrogenadas no sentido 5” 3’, ou seja, o grupo fosfato
ligado ao quinto carbono da desoxirribose do DNA é ligado ao terceiro carbono da
desoxirribose de outra molécula de DNA (MARQUES; BALDINI, 2017; NELSON; COX,
2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
Assim, a replicação do DNA ocorre de duas formas diferentes, uma replicação
contínua e uma descontínua. Durante a replicação contínua a primase adiciona um
“primer” ou iniciador de RNA, que serve como local de ligação para a DNA
polimerase, que adiciona as bases nitrogenadas correspondentes a fita molde de
maneira ininterrupta logo após o rompimento da dupla fita original, dando origem a
uma nova dupla fita de DNA idêntico ao original, o primer é removido e a DNA ligase
realiza a ligação fosfodiéster entre os ácidos nucleicos da nova fita, dando origem a
uma fita dupla de DNA idêntica a original (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; MARQUES;
BALDINI, 2017; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
Durante a replicação descontínua, a DNA polimerase não consegue adicionar
as bases de maneira contínua, sendo necessária a adição de vários primers pela
enzima primase, após a ligação do iniciador a DNA polimerase entra em atividade,
adicionando “fragmentos” de DNA correspondentes a fita molde. Para cada
iniciador de RNA são adicionados entre 100 e 200 bases nitrogenadas a fita molde,
chamado de fragmentos de Okazaki. Após a adição dos fragmentos de Okazaki, os
iniciadores de RNA são removidos e a enzima DNA ligase realiza a ligação fosfodiéster
entre os ácidos nucleicos da nova fita, dando origem a uma fita dupla de DNA
idêntica a original (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; MARQUES; BALDINI, 2017; NELSON;
COX, 2019).
126
Fonte: Cabral, Hemerly e Masuda (2017, p. 51)
127
expressão ocorre mediante a um estímulo interno ou externo, refletindo na expressão
mediada ou temporal, que ocorrerá para responder a uma situação celular
transitória, após a qual a transcrição será interrompida (BERG; TYMOCZKO; STRYER,
2014; MARQUES; BALDINI, 2017; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
128
Fonte: Marques e Baldini (2017, p. 117)
129
Fonte: Nelson e Cox (2019, p. 984)
130
Figura 60: Representação do processo de tradução de RNA para proteínas
131
Figura 61: Códons e suas respectivas traduções
132
FIXANDO O CONTEÚDO
a) Desoxorribose e ribose.
b) Ribose e desoxirribose.
c) Desoxiglicose e glicose.
d) Desoxirribose e ribose.
e) Glicose e desoxiglicose.
133
e) Devido a estrutura tridimensional das bases nitrogenadas bases púricas se ligam a
bases pirimídicas através do encaixe molecular, mantido por ligações covalentes
entre as moléculas.
3. Os ácidos nucleicos são unidos linearmente por ligações fosfodiéster no sentido 5’
3’, e as bases púricas e pirimídicas se ligam de maneira complementar para que
o DNA e o RNA assumam estruturas tridimensionais características. Marque a
alternativa que corresponde as estruturas organizacionais que podem ser
adotadas pela molécula de RNA.
a) Hipercromatina.
b) Eucromatina.
c) Homocromatina.
d) Hipocromatina.
e) Heterocromatina
134
DNA é necessária a reorganização de sua estrutura. Marque a alternativa que
corresponde a enzima responsável pela desespiralização do DNA.
a) Helicase.
b) DNA polimerase.
c) Topoisomerase.
d) RNA polimerase.
e) DNA ligase.
a) Fragmentos de Okazaki.
b) Fragmentos de Nagazaki.
c) Fragmentos de Omozaki.
d) Fragmentos de Nagashima.
e) Fragmentos de Shirozaki.
135
d) Durante o processe de transcrição do DNA de eucariotos, toda sequência de
RNAm produzida será transcrita para proteínas.
e) Durante a transcrição podem ocorrer erros onde as bases são colocadas de forma
não complementar a fita molde de DNA, entretanto a RNA polimerase realiza a
conferência durante a transcrição para identificar possíveis erros.
a) 20.
b) 21.
c) 22.
d) 23.
e) 24.
136
PROTEÍNAS Erro!
Fonte de
referênci
9.1 ESTRUTURA a não
A unidade básica (monômeros) das proteínas são moléculasencontra
orgânicas
da.
peculiares, os aminoácidos. Cada um desses aminoácidos possui uma estrutura em
comum, chamada de estrutura básica dos aminoácidos, a qual apresenta um
carbono central ou carbono alfa que é tetraédrico (Figura 20). Uma das quatro
ligações desse C é com uma região amina, chamada de amino terminal ou N-
terminal, composta por um átomo de nitrogênio e dois de hidrogênio. Esse carbono
alfa também está ligado a um outro grupo chamado carboxila, também conhecido
como carboxiterminal ou C-Terminal, formado por um carbono ligado a uma hidroxila
(OH) e a um oxigênio. Este C alfa tem como característica também ter uma ligação
a uma molécula de hidrogênio. A quarta e última ligação deste carbono tetraédrico
é com a chamada grupo R ou cadeia lateral, que representa a região molecular dos
aminoácidos que irá diferenciar esses aminoácidos e que atribuem suas
características distintas. Existem apenas 20 aminoácidos que compõem a estrutura
de todas as proteínas conhecidas (Tabela 1) (NELSON; COX, 2019).
137
Tabela 4: Propriedades e convenções associadas a aminoácidos comuns encontrados em
proteínas
Valores de pKa
Ocorr. em
Abrev. pK1 pK2 pKR Índ. de proteínas
Aminoácido /Simb. Mr (COOH) (NH3+) (Grupo R) pl hidropatia (%)
Glicina Gly G 75 2,34 9,60 5,97 –0,4 7,2
Grupos R alifáticos,
138
de hidropatia, polaridade, carga e presença de grupos aromáticos. Através da união
de todas essas características em sequência, tem-se as propriedades e
características das proteínas formadas e consequentemente suas interações e
funções (NELSON; COX, 2019; SOLOMONS; FRYHLE, 2012).
Durante a síntese de proteínas, os aminoácidos são unidos por ligações
covalentes por condensação, ou seja, com a remoção de uma molécula de água,
o contrário também é válido, para a degradação de proteínas os aminoácidos são
clivados ou quebrados por reações de hidrólise, ou seja, a cada quebra da ligação
covalente entre aminoácidos é adicionado uma molécula de água. Essa ligação
entre aminoácidos é chamada ligação peptídica pela união do N-terminal de um
aminoácido a um C-terminal de outro aminoácido (Figura 21) (BERG; TYMOCZKO;
STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019).
139
Figura 64: Esquema que demonstra a formação de polos elétricos após as ligações
peptídicas entre aminoácidos em pH neutro
Figura 65: Resumo da sequência progressiva dos níveis estruturais durante a síntese proteica
140
secundárias. As folhas betas também são formadas por pontes de hidrogênio, mas
de maneira linear e não sequencial como nas alfa-hélices, podendo sequências
relativamente distantes interagirem para formar essas estruturas. A última estrutura fixa
é chama de volta beta ou loops, formadas por pontes de hidrogênio entre dois
aminoácidos, forçando a estrutura a uma dobra de 180°. Para que essa estrutura
possa ser formada é necessária a presença de um aminoácido prolina ou glicina, que
permitem esse giro devido a compactação de sua cadeia lateral (BERG; TYMOCZKO;
STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
A construção progressiva da sequência de aminoácidos gera uma
conformação específica terciária, definida por um arranjo espacial de todos átomos
constituintes de uma proteína. A conformação existente sob um determinado
conjunto de condições é a forma termodinamicamente mais estável, tendo menor
energia livre de Gibbs (G) – também denominadas como proteínas nativas. A
ativação da função proteica se dá através estruturação da conformação ativa da
proteína.
https://bit.ly/2I3kVlB.
9.2 FUNÇÃO
141
temos as proteínas em estruturas globulares, que apresentam todas as interações
moleculares formando uma estrutura compacta com as demais funções, incluindo
enzimática, hormonal, sinalizadora, transportadora, entre outras (Figura 24) (BERG;
TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019).
142
Fonte: Adaptado Nelson e Cox (2019)
9.3 DESAMINAÇÃO
143
Figura 68: Reação de transaminação de um aminoácido no fígado através da ação da
Aminotransferase resultando em glutamato e um alfa-cetoácido que continuará pela via
metabólica
144
aspartato é clivada, liberando fumarato e resultando em uma molécula de arginina,
cujos grupos aminos são hidrolizados liberando uma molécula de ornitina, que pode
reiniciar o ciclo, e uma molécula de ureia, que pode ser direcionada para filtração
renal e excreção. O ciclo da ureia veremos com mais detalhes adiante (NELSON;
COX, 2019).
145
Figura 69: Representação do ciclo da ureia completo
146
147
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Nos dias atuais sabemos que as moléculas de proteínas são formadas por dezenas,
centenas ou milhares de outras moléculas, ligadas em sequência como os elos de
uma corrente. Assinale a alternativa que menciona quais moléculas formam as
proteínas.
a) Moléculas de proteínas.
b) Moléculas de aminoácidos.
c) Moléculas de glicose.
d) Moléculas de polissacarídeos.
e) Moléculas de quitina.
2. Para que uma célula possa produzir suas proteínas, ela precisa de aminoácidos,
que podem ser obtidos de duas formas: ingeridos em alimentos ricos em proteínas,
ou produzidos pelas células a partir de outras moléculas orgânicas. Nas alternativas
abaixo marque respectivamente como são chamados os aminoácidos que um
organismo não consegue produzir, e como são chamados os aminoácidos
produzidos a partir de outras substâncias.
a) As proteínas podem diferir uma das outras nos seguintes aspectos: quantidade de
aminoácidos na cadeia polipeptídica; tipos de aminoácidos presentes na cadeia
polipeptídica e sequência de aminoácidos na cadeia polipeptídica.
148
b) Os aminoácidos essenciais são aqueles que um organismo não consegue produzir.
c) A ligação entre dois aminoácidos vizinhos em uma molécula de proteína é
chamada de ligação peptídica e se estabelece sempre entre um grupo amina de
um aminoácido e o grupo carboxila do outro aminoácido.
d) Com exceção das ribozimas, todas as enzimas são proteínas, sendo que muitas
são proteínas simples e outras conjugadas.
e) No final da reação, a molécula do produto se separa da enzima, que é
descartada pelo organismo.
a) 82 aminoácidos.
b) 83 aminoácidos.
c) 84 aminoácidos.
d) 85 aminoácidos.
e) 86 aminoácidos.
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, III e IV.
d) II e IV.
e) Apenas I.
149
hemoglobina radioativa no sangue do animal. Isso aconteceu porque as proteínas
do alimento foram:
150
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
151
ENZIMAS Erro!
Fonte de
referênci
10.1 ESTRUTURA a não
encontra
Todas enzimas são proteínas, e como tais são formadas por longas cadeias
da.
lineares de aminoácidos que sofrem um enovelamento que tem como resultado um
produto com estrutura tridimensional. Cada sequência única de aminoácidos produz
também uma estrutura tridimensional única que possui propriedades específicas. Da
mesma forma que as proteínas, elas podem ter tamanhos variados desde algumas
dezenas de aminoácidos, até um tamanho de 2.500 aminoácidos, como é o caso da
sintase de ácidos graxos (Figura 28). A exceção é representada por um pequeno
grupo de moléculas de RNA com propriedades catalíticas, denominadas RIBOZIMAS
e de grande importância na síntese proteica (CLARK; CHOI; DOUGLAS, 2018; VIEIRA;
GAZZINELLI; MARES-GUIA, 2002).
152
Se observamos bem a Figura 28, veremos à direita um modelo da sequência
de reação de catálise de uma apoenzima, destacando-se o sítio ativo no qual o
substrato se liga a fim de catalisado em moléculas menores.
Sendo assim enzimas são moléculas capazes de acelerar a velocidade de
uma atividade biológica, possuindo atividade catalisadora, atuando em condições
físico-químicas específicas. Durante sua ação, a enzima não é perdida, podendo
exercer sua atividade catalítica sucessivamente. Todas as enzimas possuem alta
especificidade por seus substratos, ou seja, elas se ligam apenas às moléculas as quais
elas irão modificar. Grande parte dessas moléculas catalisadoras são maiores do que
o substrato sobre o qual atuam, justamente por apenas uma pequena região da
enzima (cerca de 3-4 aminoácidos) estar envolvida na catálise. Essa região em
questão que se liga ao substrato e que desempenha a reação, é conhecida como
sítio ativo das enzimas (Figura 28) (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX,
2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
Existem quatro tipos estruturais de enzimas: enzimas simples (apoenzimas
formadas apenas pelos aminoácidos), enzimas alostéricas (que dependem de
moduladores alostéricos), holoenzimas (que dependem de cofatores ou coenzimas)
e as isoenzimas (enzimas diferentes que catalisam a mesma reação química) (BERG;
TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
Além da ação isolada da enzima, em alguns casos somente a interação entre
a estrutura básica da enzima e o substrato não é o suficiente para que a atividade
catalítica ocorra. Desta maneira, além dos sítios ativos das reações catalíticas, as
moléculas de enzima podem possuir outros sítios, nos quais se ligam cofatores, que
são necessários às reações catalíticas, porém sem serem o alvo da reação (Figura
29). Os cofatores possuem origem inorgânica, sendo formatos geralmente por
átomos como magnésio, cálcio ou ferro. Além dos cofatores, outras moléculas que
se fazem necessárias em algumas ocasiões são as coenzimas.
De origem orgânica, as coenzimas servem o propósito de aceitar ou de doar
grupos químicos ou átomos durante a atividade enzimática, também sem serem o
alvo da reação em si. Existem também os moduladores alostéricos que regulam a
atividade das enzimas alostéricas através de ligações não covalentes (que possuem
regiões próprias de regulação). Todas essas moléculas servem para aumentar ou
diminuir a atividade da enzima, providenciando um meio de regulação ou até
mesmo serem indispensáveis à atividade enzimática (NELSON; COX, 2019; VOET;
153
VOET; PRATT, 2014).
154
10.2 FUNÇÃO
155
Na reação S → P da Figura 30 temos que os intermediários ES e EP ocupam o
nível mínimo na curva de energia de por onde o “caminho” da reação percorre. A
energia de ativação para a reação não catalisada é muito maior do que a energia
necessária quando a reação é catalisada por uma enzima. Logo, conclui-se que a
energia de ativação é menor quando a reação é catalisada por uma enzima,
aumentando a eficiência da reação.
Sendo assim a principal função desse grupo de proteínas é viabilizar a
atividade celular e metabólica acelerando reações termodinamicamente possíveis.
Em sistemas vivos, a maioria das reações bioquímicas ocorrem em vias metabólicas,
que são sequências de reações em que o produto de uma reação é utilizado como
reagente na reação seguinte. Diferentes enzimas catalisam diferentes passos de vias
metabólicas, agindo de forma concertada de modo a não interromper o fluxo nessas
vias. Cada enzima pode sofrer regulação da sua atividade, aumentando-a,
diminuindo-a ou mesmo interrompendo-a, de modo a modular o fluxo da via
metabólica em que se insere (NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
Na formação das estruturas secundária e terciária de uma enzima acabam
surgindo certos locais na molécula que servirão de encaixe para o alojamento de um
ou mais substratos, os chamados sítios ativos, os quais possuem alta especificidade
para substratos. Uma vez que as enzimas exibem estruturas flexíveis, os sítios ativos
alteram sua forma de maneira continuada durante a catálise. As enzimas interagem
com os substratos enquanto esse mesmo substrato vai interagindo com a enzima
formando com eles, temporariamente, complexos transitórios chamados de
complexos enzima-substrato. Assim que ocorre a reação química com os substratos,
a enzima se modifica em um complexo enzima-substrato, o qual é desfeito
posteriormente liberando-se os produtos. A enzima continua a atrair novos substratos
para a formação de outros complexos de transição. É importante ressaltar que como
catalisador de uma reação química, a enzima não é consumida durante a reação
que ela catalisa (Figura 31) (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2014;
VOET; VOET; PRATT, 2014).
Para que a atividade enzimática possa ocorrer a enzima não pode ser
complementar a estrutura do substrato, e sim a estrutura do estado de transição da
molécula. Caso ela fosse complementar ao substrato a molécula obteria ainda mais
estabilidade, aumento a energia necessária para se atingir o estado de transição
(ALBERTS, et al., 2011; BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2014; VOET;
156
VOET; PRATT, 2014).
https://bit.ly/3lcuKvE.
157
10.3 CINÉTICA ENZIMÁTICA
∆ ‡
V = k[S] → = (3)
ℎ
158
enzimática aumente quase exponencialmente (Figura 06). A velocidade inicial
máxima (Vmáx) descreve o cenário em que todas as enzimas estão ligadas ao
substrato, nesse caso, o aumento da concentração do substrato não acarreta no
aumento da velocidade enzimática, já que foi atingido um platô de velocidade. Os
pesquisadores Michaelis e Menten deduziram a equação (2) que determina essa
velocidade com a hipótese de que a etapa limitante da velocidade em uma reação
enzimática é a quebra do complexo enzima/substrato (ES) em produto e enzima livre.
Através da equação é definida a relação quantitativa entre a velocidade inicial (V ),
a velocidade máxima (V á ), e a concentração inicial de substrato ([S]), em relação
à constante de Michaelis (K ). A equação descreve o comportamento da grande
maioria das enzimas, para quando K é igual a concentração de substrato quando
a velocidade inicial é metade da velocidade máxima (Figura 32) (NELSON; COX,
2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
V á [S]
V = (4)
K + [S]
159
10.4 INIBIÇÃO ENZIMÁTICA
160
o substrato. Já a inibição reversível não competitiva ocorre quando o inibidor se liga
a enzima após a formação do complexo enzima-substrato, impedindo a
continuidade da reação. Enquanto na inibição reversível mista, assim como na não
competitiva, o inibidor se liga fora do sítio ativo da proteína, entretanto, nesse caso
não precisa aguardar a formação do complexo enzima/substrato, podendo se ligar
tanto ao complexo transitório quanto à enzima livre. Tanto os inibidores não
competitivos, quanto os mistos não bloqueiam a ligação com o substrato, mas
causam outras alterações na enzima de forma que ela não consiga mais catalisar a
reação de forma eficiente (Figura 33) (NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014)
161
162
FIXANDO O CONTEÚDO
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas I, II IV.
d) Apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.
163
3. O ADH requer NAD+ para sua atividade catalítica. Na reação catalisada pela
ADH, um álcool é oxidado a um aldeído e o NAD+ é reduzido a NADH e dissociado
da enzima. O NAD+ funciona como um(a)
a) Apoenzima.
b) Coenzima, cosubstrato.
c) Coenzima, grupo prostético.
d) Cofator.
e) Efetor heterotrópico.
a) Temperatura do meio.
b) Forma tridimensional das moléculas.
c) Energia de ativação.
d) Concentração de minerais.
e) Reversibilidade da reação.
164
e) A atividade de uma determinada enzima é inibida irreversivelmente por um
mecanismo chamado de inibição competitiva, na qual o inibidor tem a forma
semelhante ao substrato.
165
7. O gráfico abaixo mostra a taxa de digestão de um alimento em diferentes pH.
166
CARBOIDRATOS Erro!
Fonte de
referênci
11.1 ESTRUTURA a não
encontra
Carboidratos são moléculas orgânicas amplamente distribuídas na natureza,
da.
compostas basicamente por moléculas de carbono hidratadas, tendo como sua
fórmula básica estrutural (CH O) . Desta maneira em uma estrutura básica de um
carboidrato contendo três carbonos teríamos (CH O) ou C H O , sempre com no
formato de uma hidroxila e um átomo de hidrogênio, para cada átomo de carbono
(ALBERTS et al., 2011; BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET;
PRATT, 2014).
Além de seu formato básico, modificações como a remoção ou adição
grupos específicos podem ocorrer, como no caso da desoxirribose da notória
molécula de DNA, que possui um oxigênio a menos, ou da quitina, açúcar que
compõem a carapaça de diversos invertebrados, constituída de uma molécula de
glicose com um grupo acetamida ligada ao segundo carbono substituindo uma
hidroxila (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT,
2014)
Assim como no caso de outras moléculas orgânicas, os açucares também
possuem isomeria ótica quando um ou mais carbonos realizam quatro ligações
simples com grupos químicos diferentes. Dessa forma, quanto mais carbonos em sua
estrutura, mais isômeros a molécula de carboidratos irá possuir. Mas
independentemente do número de isômeros óticos, as moléculas possuem a
tendência de girarem para esquerda ou direita quando incindidas por luz polarizada,
sendo classificados os isômeros óticos destros ou levos (Figura 34). No metabolismo,
apenas os isômeros destros de carboidratos são utilizados.
Os carboidratos podem ser classificados de acordo com a posição da dupla
ligação com o oxigênio em aldoses, que possuem a dupla ligação na extremidade
da cadeia ou em cetoses, que possuem a dupla ligação no meio da cadeia
carbônica. Outra classificação utilizada para carboidratos leva em consideração o
número de carbonos de sua estrutura, sendo os carboidratos mais simples as trioses,
possuindo três carbonos, em sequência existem as tetroses com quatro carbonos, as
167
pentoses com cinco carbonos, as hexoses com seis carbonos, e assim por diante.
Essas estruturas são consideradas as unidades monoméricas, chamadas
monossacarídeos, que podem formar estruturas mais complexas (BERG; TYMOCZKO;
STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
De acordo com o número de unidades monoméricas presentes na estrutura
de um carboidrato, ele pode ser classificado em monossacarídeo, contendo uma
unidade monomérica, dissacarídeo, contendo duas unidades monoméricas,
oligossacarídeo, contendo entre três e dezenove unidades monoméricas ou em
polissacarídeos, contendo vinte ou mais unidades monoméricas.
Figura 76: representação do isômero ótico Destro (A) e Levo (B) da glicose, destacando o
local do grupo carbonila
168
diferentes, dessa forma a ciclização da origem aos anômeros de ciclização alfa e
beta, isômeros óticos.
169
Figura 78: Processo de ciclização da D-Glicose e formação dos anômeros alfa e beta de
Glicopiranose
Figura 79: Representação dos anômeros alfa e beta da glicose, destacando a diferença na
posição do grupo hidroxila no carbono 1
170
mesmo com a elevada qualidade do material obtido. Assim, cabe a cada indivíduo
realizar ações que visem a minimização dos impactos que a utilização indiscriminada,
não só do papel, mas de todos os materiais renováveis e não renováveis causam ao meio
ambiente.
Figura 80: Representação da quitina com destaque para a substituição do grupo hidroxila
(OH) por um grupo amina acetilado
171
Para a formação das estruturas macromoleculares de carboidratos os
monossacarídeos realizam ligações por condensação, ou seja, realizam uma ligação
covalente onde um grupo hidroxila de um monossacarídeo e um hidrogênio de outro
monossacarídeo são removidos liberando uma molécula de água (H O), dando
origem a um dissacarídeo. Por sua vez a degradação dos polissacarídeos ocorre
através da hidrólise, ou seja, a degradação enzimática adiciona a hidroxila e o
hidrogênio anteriormente removidos (Figura 39). Dentre os dissacarídeos de maior
importância biológica e comercial se destacam: a maltose, formada por duas
moléculas de glicose, advinda da molécula de amido. A sacarose, formada por uma
molécula de glicose e uma de frutose, em abundância alimentos como cana-de-
açúcar, frutas e na beterraba. E a lactose, formada por uma molécula de glicose e
uma de galactose, é o açúcar presente no leite e seus derivados (BERG; TYMOCZKO;
STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
Figura 81: Representação dos processos de síntese por condensação e de degradação por
hidrólise
172
Figura 82: Representação da ribose (A) e
Desoxirribose (B) destacando o grupo
carbonila (em preto) e a diferença entre
as estruturas (em vermelho)
A família da glicose (Figura 41) pode ser utilizada para representar essa imensa
diversidade, apresentando grupos associados a diferentes posições que atribuem
propriedades específicas à molécula. Essa grande diversidade baseada em
moléculas relativamente simples torna os carboidratos moléculas de escolha para a
formação de uma estrutura celular importante chamada de glicocálice, presente no
lado externo da membrana plasmática de eucariotos. Através dessa estrutura,
formada por moléculas de carboidratos associadas a moléculas proteicas
(Proteoglicanos e glicoproteínas) e lipídicas (glicoesfingolipídeos), as células realizam
o procedimento de autorreconhecimento, participando na defesa imunológica
célula-célula. Um exemplo clássico desse reconhecimento celular é o sistema
sanguíneo baseado nos antígenos A, B e O, cuja atividade ocorre devido a
alterações no gene das glicosiltransferases (NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT,
2014).
173
https://bit.ly/3jA9cJa.
Figura 83: A Glicose e algumas das moléculas baseadas em sua estrutura básica
174
uma ligação não linear, ela é dita ramificada. Assim, através dessas ligações de
condensação podem ser formados homopolissacarídeos ramificados,
homopolissacarídeos não-ramificados, heteropolissacarídeos ramificados ou
heteropolissacarídeos não-ramificados (Figura 42) (ALBERTS et al., 2011; BERG;
TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
11.2 FUNÇÃO
175
carbono 1, ela passa a ser chamado de 1α, a reação de condensação da glicose
ocorre entre o carbono 1 de uma unidade monomérica e o carbono 4 de outra
unidade monomérica, realizando assim a ligação de condensação chamada 1α4
(Figura 43A). Suas ligações de condensação que formam as ramificações ocorrem
entre o carbono 1 de uma unidade monomérica e o carbono 6 de outra unidade
monomérica, lembrando que esse carbono 6 está fora da estrutura de ciclização, e
por isso apresenta um formato de ramificação da estrutura linear através da ligação
de condensação 1α6 (Figura 43B) (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX,
2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
176
Figura 86: Representação da formação do amido e a relação entre a amilopectina e
amilose
177
Figura 87: Representação da reação de condensação e as pontes de hidrogênio
formadas entre as moléculas na celulose
178
11.3 GLICÓLISE
179
originados de moléculas de adenosina trifosfato (ATP), ocorrendo assim o gasto de
duas moléculas de ATP durante a fase de preparação (BERG; TYMOCZKO; STRYER,
2014; NELSON; COX, 2019).
180
agora com duas moléculas de gliceroldeido-3-fosfato, advindas da clivagem da
glicose, assim, todos os processos descritos a seguir devem ser analisados em dobro.
No início da fase de pagamento, o gliceroldeido-3-fosfato é oxidado e fosforilado
pela gliceroldeido-3-fosfato-desidrogenase, ocorrendo a adição de um fosfato
inorgânico ao primeiro carbono e a síntese de uma molécula de Nicotinamida
Adenina Dinucleotídeo (NADH), a liberação de um hidrogênio na forma de H para
o meio e a formação da molécula de 1,3-bifosfoglicerato (BERG; TYMOCZKO; STRYER,
2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
181
de H O, gerando fosfoenolpiruvato, utilizado para a fosforilação de outra molécula
de ADP, formando mais uma molécula de ATP e o produto final da glicólise, a
molécula de piruvato (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VOET;
VOET; PRATT, 2014).
Como o início do processo da fase de pegamento corresponde a utilização
de duas moléculas de gliceroldeido-3-fosfato para cada molécula de glicose, pode-
se dizer que durante a fase de preparação ocorre o gasto de duas moléculas de ATP
e durante a fase de pagamento a produção de quatro moléculas de ATP, duas
moléculas de NADH e duas moléculas de H O restando ao final do processo duas
moléculas de piruvato para cada molécula de glicose utilizada (BERG; TYMOCZKO;
STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
A continuação do processo metabólico da glicose pode seguir três vias
principais, com certa variação em alguns procariotos, sendo utilizada na produção
das pentoses que constituem os ácidos nucleicos, em organismos anaeróbicos ou em
estados de hipóxia e anóxia em aeróbicos, é direcionada à fermentação, e em
organismos aeróbicos na presença de oxigênio é direcionada ao ciclo do ácido
cítrico, que será discutido na unidade 07 de bioquímica (BERG; TYMOCZKO; STRYER,
2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
11.4 FERMENTAÇÃO
182
Fonte: Nelson e Cox (2019, p. 565)
183
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 50.
b) 99.
184
c) 100.
d) 101.
e) 200.
a) Revestir as organelas.
b) Formar a membrana plasmática.
c) Compor a estrutura da parede celular.
d) Acumular reserva energética no hialoplasma.
e) Servir de transportador de informações.
185
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) II e IV.
a) Glicose.
b) Celulose.
c) Glicogênio.
d) Amido.
e) Quitina.
a) Amido.
b) Glicose.
c) Maltose.
d) Sacarose.
e) Glicogênio.
186
LIPÍDEOS Erro!
Fonte de
referênci
a não
12.1 INTRODUÇÃO
encontra
da.
Os lipídeos são moléculas que possuem características apolares e uma grande
variedade estrutural, refletida em diversas funções biológicas exercidas por essas
moléculas como armazenamento e produção de energia, sinalizadora, hormonal,
estrutural, de coenzima, entre outras. Serão abordadas as estruturas gerais associadas
a função de armazenamento energético, constituinte das membranas biológicas e
as estruturas gerais das mesmas, assim como funções hormonais associadas aos
compostos lipídicos. Ainda, será abordado o processo de produção energética pela
degradação de lipídeos de armazenamento através do ciclo de Lynen, também
chamado de oxidação beta (β), responsável pela produção de produtos que serão
utilizados em outras etapas metabólicas para a produção de energia química.
187
Figura 93: Estrutura dos ácidos graxos (A), glicerol (B) e dos triacilglicerídeos (C)
188
insaturação pode ocorrer em qualquer posição da cadeia carbônica e mais de uma
vez, entretanto, nunca ocorre duas vezes no mesmo carbono, ou seja, nenhum
lipídeo apresenta a configura eletrônica de um carbono realizando duas duplas
ligações com carbonos dentro da sequência da cadeia carbônica nos ácidos graxos
(R = C = R) (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; SOLOMONS; FRYHLE,
2012).
189
12.3 LIPÍDEOS CONSTITUINTES DE MEMBRANAS BIOLÓGICAS
190
Figura 95: Representação da estrutura dos glicerofosfolipídeos e tipos de cabeça polar
associadas
191
As plantas são dependentes de bactérias fixadoras de nitrogênio para
obterem esse átomo. Devido a essa capacidade limitada de obtenção, as plantas
utilizam carboidratos no lugar do grupo fosfato para formação de seus lipídeos
constituintes de membrana, dando origem aos galactolipídeos, constituídos por duas
moléculas de ácidos graxos associados a um glicerol, que também é ligado a uma
ou duas moléculas de galactose (Figura 55) (ALBERTS et al., 2011; BERG; TYMOCZKO;
STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019).
Por sua vez, os esfingolipídeos são constituídos pela união de uma molécula de
ácido graxo e uma molécula de esfingosina ou outra estruturalmente semelhante, e
um grupo polar que caracteriza sua função, formando moléculas de ceramida.
Dependendo de seu grupo polar, essas moléculas são subdivididas em
esfingomielinas, gangliosídeos e lipídeos neutros (Figura 56) (BERG; TYMOCZKO;
STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
O principal representante das esfingomielinas é a bainha de mielina, uma
membrana com função de isolamento elétrico que envolve o axônio neuronal de
animais. Os gangliosídeos possuem função associada a diferenciação tecidual,
enquanto os lipídeos neutros ou glicoesfingolipídeos estão associados principalmente
a formação do glicocálix, localizado na lâmina externa da membrana plasmática de
células cujo papel no reconhecimento célula-célula é de extrema importância para
resposta imune (NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
192
Figura 98: Representação dos diferentes tipos de esfingolipídeos
https://bit.ly/3jD4pq6.
193
diferenciação das características sexuais, pelo cortisol e pela aldosterona (BERG;
TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
194
A capacidade de formar a dupla camada lipídica constituinte das
membranas biológicas é associada ao formato cilíndrico dos constituintes lipídicos
estruturais. Em ambiente aquoso, a região apolar dos lipídeos anfipáticos tende a se
agrupar, mantendo sua região polar em contato com a água. Caso possua um
formato em cone, associado a presença de somente uma molécula apolar, os
lipídeos assumem o formato de miscelas, gotículas de moléculas anfipáticas
agrupadas, sem conter uma região aquosa em seu interior. Em lipídeos anfipáticos
com formato cilíndrico, associado a presença de duas moléculas apolares na
estrutura, as regiões apolares se unem, formando uma estrutura de bicamada
lipídica, caso as extremidades dessa bicamada sejam unidas é formada a estrutura
de vesícula, composta por uma região aquosa interna e uma externa separadas pela
bicamada em todos os pontos (Figura 59) (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON;
COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
195
proteína com a região polar e apolar da membrana (NELSON; COX, 2019; VOET;
VOET; PRATT, 2014)
Figura 102: Representação da estrutura de proteínas transmembrana
196
Fonte: Nelson e Cox (2019, p. 389)
12.5 CICLO DE LYNEN
Figura 104: Exemplificação do transporte de ácidos graxos para a matriz mitocondrial com
auxílio da carnitina
197
Fonte: Nelson e Cox (2019, p. 672)
198
Fonte: Adaptado de Nelson e Cox (2019)
Esse processo ocorre sucessivamente até que toda a molécula de ácido graxo
seja transformada em produtos metabólicos que serão utilizados para a síntese de
novas moléculas ou para a produção de energia química pela continuação da
oxidação pelo ciclo do ácido cítrico e pela ação da cadeia transportadora de
elétrons (NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
No caso da presença de uma ou mais insaturações presentes no ácido graxo,
é necessário que a insaturação seja removida pela atividade da enzima Enoil-CoA-
isomerase e da Dienoil-CoA-redutase, que com o gasto de uma molécula de NADH e
de um H são capazes que romper a dupla ligação entre os carbonos do ácido graxo
(insaturação) (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET;
PRATT, 2014).
199
Após o término da oxidação de ácidos graxos que contém um número ímpar
de carbonos, o produto final formado será constituído por três carbonos associados
a CoA, ou Propionil-CoA. Diferente do Acetil-CoA, que é utilizado diretamente no
ciclo do ácido cítrico, o Propionil-CoA precisa da atividade de três enzimas, da
Propionil-CoA-carboxilase, da Metilmalonil-CoA-epimerase e da Metilmalonil-CoA-
mutase, que iram gerar a molécula de Succinil-CoA, utilizada no ciclo do ácido
cítrico. Durante esse processo é gasta uma molécula de Adenina Trifosfato (ATP) a
uma molécula de bicarbonato (HCO ) (Figura 64) (NELSON; COX, 2019; VOET; VOET;
PRATT, 2014).
200
201
FIXANDO O CONTEÚDO
a) Glicerofosfolipídeos.
b) Esfingolipídeos.
c) Esteróis.
d) Lipídeos éter.
e) Triacilgliceróis.
a) Devem ser ingeridos apenas fontes de lipídeos insaturados, como óleos vegetais e
frutas.
b) O consumo de lipídeos na dieta não deve ser superior a 20% do total de calorias
ingeridas diariamente.
c) O consumo de lipídeos na dieta deve ser minimizado, limitando a ingestão a
valores inferiores a 10% do total calórico diário.
d) A ingestão de lipídeos saturados e insaturados, de diversas fontes alimentares é
necessária para a manutenção das concentrações lipídicas ideais.
e) O consumo de lipídeos na dieta deve ser superior a 30% do total calórico ingerido
diariamente.
202
a opção que corresponde a estrutura do subtipo de esfingolipídeos chamado
cerebrosídeo.
203
estrutura e função. Marque a alternativa que corresponde ao nome do lipídeo
estrutural que possui galactose ligada ao glicerol como cabeça polar.
a) Glicerofosfolipídeos.
b) Lipídeos éter.
c) Esteróis.
d) Galactolipídeos.
e) Esfingolipídeos.
a) Triacilglicerídeos.
b) Fosfolipídeos.
c) Lipídeos éter.
d) Esfingolipídeos.
e) Galactolipídeos.
a) Coenzima A.
b) Carnitina.
c) Serina.
d) Acetil-CoA.
e) Carbapemida.
204
8. O ciclo de Lynen ou oxidação β realiza a remoção de dois carbonos de um ácido
graxo a cada etapa para a produção de moléculas que serão posteriormente
utilizadas em outras vias metabólicas, como no ciclo do ácido cítrico e na cadeia
transportadora de elétrons. Marque a alternativa que corresponde aos produtos
que serão formados a partir da oxidação β de um ácido graxo contendo 18
carbonos.
205
E
CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO E
CADEIA TRANSPORTADORA DE
ELÉTRONS
13.1 INTRODUÇÃO
rr
O metabolismo de eucariotos, sejam fungos, vegetais ou animais, possui como
foco central o ciclo do ácido cítrico, principal responsável pelo direcionamento do
catabolismo e do anabolismo. Pode ser afirmado que todas as vias metabólicas
podem ser ligadas a algum ponto desse ciclo. Por sua vez, a cadeia transportadora
de elétrons é a responsável de fato pela produção de maciça de Adenosina
Trifosfato (ATP) pela oxidação de moléculas orgânicas. Nesse capítulo serão
abordados o ciclo do ácido cítrico e pontos de conexão entre o ciclo e diferentes
o
vias metabólicas, assim como a cadeia transportadora de elétrons realiza o processo
de síntese de ATP a partir das moléculas transportadoras Nicotinamida Adenina
Dinucleotídeo (NADH) e Flavina Adenina Dinucleotídeo (FADH ).
!
substratos utilizados, oriundos de diferentes processos metabólicos. Ao observarmos o
processo de degradação da glicose pela via da glicólise, o produto final formado é
o piruvato, que sob condições aeróbicas será transportado para a matriz
mitocondrial, onde será desidrogenado a Acetil-CoA pela atividade do complexo
enzimático da piruvato desidrogenase, liberando uma molécula de CO e produzindo
uma molécula de NADH (Figura 65). Esse complexo enzimático é formado por três
enzimas combinas de atividade sequencial, a piruvato-desidrogenase (E1), di-
F
hidropolil-transacetilase (E2) e di-hidrolipoil-desidrogenase (E3) (Figura 66) (BERG;
TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VIEIRA; GAZZINELLI; MARES-GUIA, 2002;
VOET; VOET; PRATT, 2014).
206
Figura 107: Esquematização da desidrogenação do piruvato
207
passa por um novo processo de oxidação e de descarboxilação pelo complexo
enzimático da α-cetoglutarato-desidrogenase, produzindo a segunda molécula de
NADH e liberando a segunda molécula de CO , gerando succinil-CoA após a ligação
de uma coenzima A à molécula (NELSON; COX, 2019; VIEIRA; GAZZINELLI; MARES-
GUIA, 2002; VOET; VOET; PRATT, 2014).
208
A coenzima A ligada a Succinil-CoA é removida pela atividade da succinil-
CoA-sintetase, produzindo uma molécula de Guanosina Trifosfato (GTP),
energeticamente equivalente ao ATP, ocorrendo a formação da molécula de
succinato, que é desidrogenado pela succinato-desidrogenase à fumarato,
produzindo uma molécula de FADH , fumarato é transformado em malato pela
enzima fumarase, que será transformado novamente na molécula de oxaloacetato
pela malato-desidrogenase, produzindo a terceira molécula de NADH. Devido a
molécula inicial de oxaloacetato ser recuperada ao final do ciclo, e as moléculas de
coenzima A também não serem gastas, podemos afirmar que o processo envolve
apenas a oxidação completa da molécula de acetato (Figura 04) (ALBERTS et al.,
2011; BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
Figura 110: Esquematização da relação do ciclo do ácido cítrico com outras vias
metabólicas
209
Além de poder ser utilizada para síntese de Acetil-CoA, a glicose pode ser
utilizada para formação de oxaloacetato passando por fosfoenolpiruvato. Assim
como a molécula de glicose é transformada em duas moléculas de Acetil-CoA,
dando início ao ciclo do ácido cítrico, a cada oxidação beta de um ácido graxo
ocorre a formação de uma molécula de Acetil-CoA, que passa pelo mesmo
processo. Apenas no caso de um ácido graxo de número ímpar ocorre a formação
de um succinil-CoA a partir dos três últimos carbonos da sequência. Por sua vez, a
degradação do esqueleto carbônico das proteínas ocorre de maneira única para
cada aminoácido, entretanto existem dois pontos em comum, passando pela
formação de α-cetoglutarato ou de oxaloacetato, que também participam do ciclo
do ácido cítrico (Figura 68). Ainda, o piruvato pode ser direcionado para a produção
de malato em diversas espécies, essas reações são conhecidas como reações
anapleróticas (GAZZINELLI; MARES-GUIA, 2002; BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014;
NELSON; COX, 2014; VOET; VOET; PRATT, 2014).
https://bit.ly/2StTS4M.
210
gradiente de concentração fornece energia para síntese de ATP (Figura 69) (BERG;
TYMOCZKO; STRYER, 2014; NELSON; COX, 2019).
211
formas reduzidas NADH e FADH , fornecem a força motriz para a fosforilação oxidativa
(NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
A cadeia de transporte de elétrons durante a fosforilação oxidativa tem
continuidade pela transferência de elétrons das coenzimas transportadoras ou de
outra fonte doadora de elétrons para a ubiquinona na mitocôndria, plastoquinona
em cloroplastos ou para menaquinona em bactérias. As quinonas hidrofóbicas
transportam esse elétron para o citocromo, que transfere posteriormente para uma
proteína ferro enxofre, chegando ao aceptor final de elétrons, o oxigênio. Cada
átomo de oxigênio é capaz de atuar como aceptor de dois elétrons ao final da
fosforilação oxidativa, formando uma molécula de H O (NELSON; COX, 2019; VOET;
VOET; PRATT, 2014).
Esse processo gera energia eletroquímica, utilizada pelo complexo da ATP −
sintetase. O processo de rendimento energético possui rendimentos distintos entre as
espécies, principalmente ao se considerar entre animais, vegetais e bactérias. Em
humanos, a diferença de potencial fornecido por uma molécula de NADH é o
suficiente para a síntese de 2,5 moléculas de ATP, lembrando que a síntese ocorre
pela ação do par de elétrons transportados, ou seja 2 NADH = 5 ATP’s, enquanto
cada molécula de FADH fornece energia para síntese de 1,5 moléculas de ATP, ou
seja 2 FADH = 3 ATP’s (BERG; TYMOCZKO; STRYER, 2014; MARZZOCO; TORRES, 1999;
NELSON; COX, 2019; VOET; VOET; PRATT, 2014).
212
Glicólise (Citosol) 1 glicose − 2 ATP; +4 ATP; +2 NADH; +2 Piruvato.
Carbonos pares o último par (2carbonos) formam Acetil − CoA sem a beta oxidação.
Carbonos impares os últimos 3 carbonos formam Succinil − CoA sem a beta oxidação (−1ATP).
213
Quantas moléculas de ATP são formadas a partir da degradação completa de 8
moléculas de glicose?
1 Glicose + 2NADH + 4ATP + 2Piruvato
2 Piruvato + 2Acetil − CoA + 2NADH
2Acetil − CoA + 6NADH + 2FADH + 2GTP (= ATP)
+4ATP = +4ATP
+10 NADH = +25ATP
+2FADH2 = +3ATP
+2GTP = +2ATP
= total de 34 ATP por molécula de glicose
8x34 = 272 ATP
214
215
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 1 enzima.
b) 2 enzimas.
c) 3 enzimas.
d) 4 enzimas.
e) 5 enzimas.
3. O ciclo do ácido cítrico está conectado com diversas vias metabólicas dos
organismos aeróbios, sendo constituído por oito eventos enzimáticos capazes de
oxidar completamente a molécula de Acetil-CoA em gás carbônico e água.
Marque a alternativa que corresponde ao número de moléculas energéticas
produzidas durante o ciclo do ácido cítrico a partir da oxidação completa de 4
moléculas de Acetil-CoA.
216
a) 3 NADH, 1 FADH e 1 GTP.
b) 6 NADH, 2 FADH e 2 GTP.
c) 9 NADH, 3 FADH e 3 GTP.
d) 12 NADH, 4 FADH e 4 GTP.
e) 15 NADH, 5 FADH e 5 GTP.
a) Citrato.
b) Oxaloacetato.
c) α-Cetoglutarato.
d) Succinil-CoA.
e) Malato.
217
a) 3 ATP’s.
b) 9 ATP’s.
c) 10 ATP’s.
d) 15 ATP’s.
e) 30 ATP’s.
a) 30 ATP’s.
b) 32 ATP’s.
c) 34 ATP’s.
d) 150 ATP’s.
e) 160 ATP’s.
a) 70 ATP’s.
b) 80 ATP’s.
c) 98 ATP’s.
d) 108 ATP’s.
e) 118 ATP’s.
218
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 01 UNIDADE 02
QUESTÃO 1 E QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 C QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 E
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 B QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 C QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 A QUESTÃO 8 A
UNIDADE 03 UNIDADE 04
QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 E
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 D
QUESTÃO 5 D QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 C
UNIDADE 05 UNIDADE 06
QUESTÃO 1 D QUESTÃO 1 D
QUESTÃO 2 E QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 A QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 A
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 B
QUESTÃO 6 C QUESTÃO 6 B
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 C
219
UNIDADE 07 UNIDADE 8
QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 D
QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 B QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 C QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 C QUESTÃO 8 C
UNIDADE 09 UNIDADE 10
QUESTÃO 1 B QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 E QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 E QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 A
UNIDADE 11 UNIDADE 12
QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 D
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 C
UNIDADE 13
QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 E
QUESTÃO 8 D
220
REFERÊNCIAS
221
FRANCISCO JÚNIOR, W. E. Uma Abordagem Problematizadora para o Ensino de
Interações Intermoleculares. Química Nova na Escola, Niterói, n. 29, p. 20-23, jul. 2008.
Disponível em: https://bit.ly/3fOVfWB. Acesso em: 20 fev. 2020.
KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. M.; WEAVER, G. C. Química geral e reações químicas. São
Paulo: Cengage Learning, 2010. 609 p.
LEE, J. D. Química inorgânica não tão concisa. São Paulo: Blucher, 1999. 527 p.
222
RAFAELA, A. Mudanças de estado físico da matéria. Estudo Prático, 2013a. Disponível
em: https://bit.ly/2ZLmBVN. Acesso em: 14 fev. 2020.
USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química 1: química geral. 11. ed. São Paulo : Saraiva, 2005.
480 p.
CANO, M. I. N. A vida nas "pontas". Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v. 39, n. 229, p. 16-
23, ago. 2006. Disponível em: https://bit.ly/3hXGO1J. Acesso em: 29 ago. 2020.
CLARK, M. A.; CHOI, J.; DOUGLAS, M. Biology. 2nd. ed. Houston: Rice University, 2018.
ISBN 2nd.
223
Bras. Reumatol., São Paulo, v. 50, n. 04, p. 434-447, ago. 2010. Disponível em:
https://bit.ly/3cocKv4. Acesso em: 16 set. 2020.
224
VIEIRA, E. C.; GAZZINELLI, G.; MARES-GUIA, M. Bioquímica celular e biologia molecular.
2. ed. São Paulo: Atheneu, 2002.
VOET, D.; VOET, J. G.; PRATT, C. W. Bioquímica. Tradução de Jaqueline Josi Samá
Rodrigues et al. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
225